Buscar

REANIMACAO NEONATAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Preparação ................................................................... 3
3. Clampeamento do cordão ...................................... 4
4. Passos iniciais ............................................................. 5
5. Ventilação com pressão positiva (VPP) ............ 7
6. Massagem cardíaca ................................................11
7. Medicações ................................................................11
Referências Bibliográficas .........................................15
3REANIMAÇÃO NEONATAL
1. INTRODUÇÃO
Um estudo realizado pelo Programa 
de Reanimação Neonatal da Socieda-
de Brasileira de Pediatria evidenciou 
que houve 5-6 mortes de neonatos 
com peso ≥ 2500g sem malforma-
ções congênitas por dia entre os anos 
de 2005 e 2010, principalmente as-
sociadas à asfixia neonatal e sín-
drome de aspiração do mecônio. As 
principais ações que visam diminuir a 
morbimortalidade nesses casos são: 
acompanhamento pré-natal capaz de 
identificar fatores de risco e equipe 
capaz de realizar reanimação neona-
tal na sala de parto. 
CONCEITO! A Sociedade Brasileira de 
Pediatria diz que a reanimação neonatal 
é o “apoio especializado para uma tran-
sição bem sucedida ao nascer”.
Parto cesárea entre 37 e 39 semanas, 
prematuridade e baixo peso são fato-
res de risco para reanimação neona-
tal. Estima-se que 1 em 10 crianças 
precisa de ajuda para alcançar a res-
piração efetiva, 1 em 100 precisa de 
intubação orotraqueal e 1 em 1000 
requer massagem cardíaca.
SE LIGA! Estamos falando da reanima-
ção de um RN com idade gestacional 
igual ou superior a 34 semanas.
2. PREPARAÇÃO
Antes do nascimento do RN, é ne-
cessário colher a anamnese materna 
com o objetivo de identificar fatores 
de risco para a necessidade da rea-
nimação. Deve-se preparar e testar 
o material necessário para reanima-
ção antes do parto. Em toda sala de 
parto, um profissional de saúde ca-
paz de realizar os passos iniciais e a 
ventilação com pressão positiva com 
máscara facial no RN deve estar pre-
sente. Se houver algum fator de ris-
co para reanimação, 2-3 profissionais 
capacitados para fazer a reanimação 
devem estar presentes, sendo um 
deles, obrigatoriamente, um médico 
(de preferência um pediatra) capaz de 
intubar e iniciar compressão cardíaca.
Também antes do nascimento de to-
dos os bebês é necessário que todos 
os materiais que podem ser utilizados 
durante a reanimação sejam prepara-
dos e testados. Assim, durante a re-
animação, não haverá tempo perdido 
para busca ou troca de utensílios.
SE LIGA! Os materiais precisam estar 
prontos para todos os RN, não somente 
para os que apresentam fatores de risco.
4REANIMAÇÃO NEONATAL
FATORES DE 
RISCO 
ANTENATAIS
Ausência de pré-natal
Idade materna (<16 anos ou > 
35 anos)
Presença de comorbidades
Infecção
Aloimunização
Uso de medicações
Uso de drogas
Mal passado obstétrico
Gestação múltipla
Rotura prematura das mem-
branas 
Alteração no líquido amnió-
tico 
Sangramento no 2º ou 3º 
trimestres
Malformação fetal
FATORES DE 
RISCO 
RELACIONADOS 
AO PARTO
Cesárea
Uso de fórcipe ou vácuo 
extrator 
Placenta prévia 
Líquido amniótico meconial 
Anestesia geral
Estágio expulsivo prolongado
Trabalho de parto prematuro
Apresentação não cefálica
Antes da recepção do RN, o médico 
deve se paramentar através da higie-
nização das mãos, trajar aventais, lu-
vas e máscara cirúrgica.
3. CLAMPEAMENTO 
DO CORDÃO
Clampeamento precoce Até 60 segundos
Clampeamento tardio Entre 1 e 3 minutos
Clampeamento imediato Após extração
Após a extração completa do RN de-
ve-se avaliar 2 fatores para indicar o 
momento de clampeamento do cor-
dão umbilical. São eles: Respiração/
choro e tônus muscular. O clampe-
amento pode ser precoce, tardio ou 
imediato. É definido como clampea-
mento precoce aquele que ocorre até 
60 segundos; clampeamento tardio 
aquele após 60 segundos até 3 minu-
tos; e clampeamento imediato aquele 
logo após a extração do concepto.
SAIBA MAIS!
Estudos evidenciaram que o clampeamento entre 1-3 minutos melhora os níveis hematimé-
tricos entre 3-6 meses de vida. Porém podem elevar a bilirrubina indireta na primeira semana 
de vida e aumentar a necessidade de fototerapia.
SE LIGA! O aspecto do líquido amnióti-
co não interfere no tempo de clampea-
mento do cordão.
Se o RN estiver respirando ou cho-
rando e com tônus muscular em fle-
xão, a Organização Mundial da Saúde 
indica que o clampeamento seja tar-
dio. Durante esse período, o RN deve 
ser colocado no tórax ou abdome da 
genitora em contato pele a pele.
5REANIMAÇÃO NEONATAL
Já se o RN não obedecer a um dos 
dois critérios (respiração e tônus em 
flexão) o cordão deve ser clampeado 
imediatamente para não retardar as 
medidas de reanimação. 
FLUXOGRAMA CLAMPEAMENTO DO CORDÃO
No abdome ou 
tórax da genitora
RN respira/chora e 
com tônus em flexão?
Sim Não
Contato pele a pele Clampeamento imediato
Clampeamento tardio
Logo após extração
1-3 minutos
Se o RN atingiu os parâmetros para 
clampeamento tardio, ele deverá ser 
mantido em contato pele a pele com a 
mãe na primeira hora de vida. Nesse 
período, avalia-se a freqüência cardí-
aca e deve-se assegurar que as vias 
aéreas se mantenham pérvias e ava-
liar a vitalidade continuamente (res-
piração, tônus e atividade). Deve-se 
secar o RN com compressas aqueci-
das e deixá-lo em contato pele a pele 
coberto com tecido de algodão aque-
cido. Deve-se estimular a amamenta-
ção ainda na primeira hora de vida. 
4. PASSOS INICIAIS
Se o RN não tem respiração regular 
ou tem tônus muscular flácido, após 
o clampeamento imediato do cor-
dão, ele deve ser encaminhado para 
o berço de reanimação. Então, está 
indicado a realização dos passos ini-
ciais. Manter em berço aquecido a fim 
de obter normotermia (temperatura 
axilar entre 36,5 e 37,5ºC. Posicio-
nar a cabeça em leve extensão para 
garantir permeabilidade das vias aé-
reas, pode-se colocar um coxim sob 
os ombros. Se o RN tiver vias aéreas 
obstruídas por secreção, aspirar boca 
e narinas. Secar corpo e cabeça e des-
prezar campos úmidos, também para 
garantir normotermia. Reposicionar a 
cabeça em leve extensão. Os passos 
iniciais precisam ser realizados em, 
no máximo, 30 segundos. 
6REANIMAÇÃO NEONATAL
Após realização dos passos iniciais 
em 30 segundos, faz-se a avaliação 
da frequência cardíaca e da respira-
ção do paciente. 
Figura 1. Berço aquecido. FONTE: Hospital de Clínicas 
- UNICAMP
SAIBA MAIS!
Os passos iniciais funcionam como es-
tímulo sensorial para o RN iniciar respi-
ração.
Após realização dos passos iniciais 
em 30 segundos, faz-se a avalia-
ção da frequência cardíaca e da res-
piração do paciente. A respiração é 
avaliada pela presença de choro ou 
expansão da cavidade torácica. É 
considera adequada se for regular e 
capaz de manter a frequência cardía-
ca maior que 100 batimentos por mi-
nuto. A frequência cardíaca é avaliada 
por ausculta com estetoscópio por 6 
segundos e multiplicação do núme-
ro de batimentos por 10. Assim, ob-
têm-se o número de batimentos em 
1 minuto de maneira rápida. Porém, a 
melhor forma de avaliação é através 
de monitor cardíaco de 3 eletrodos. 
SE LIGA! A frequência cardíaca é o prin-
cipal parâmetro para indicar as mano-
bras de reanimação.
Se após os passos iniciais o RN apre-
sentar respiração espontânea regular 
e frequência cardíaca > 100 bpm, ele 
deve ser levado para o contato pele 
a pele com mãe e realizada avaliação 
continuada de respiração, tônus e ati-
vidade.
7REANIMAÇÃO NEONATAL
5. VENTILAÇÃO COM 
PRESSÃO POSITIVA (VPP)
Após os cuidados iniciais, se o pa-
ciente não apresenta ventilação ou 
frequência cardíaca adequada, está 
indicada a ventilação com pressão 
positiva, a fim de inflar os pulmões, 
dilatar a vascularização pulmonar e 
garantir hematose adequada.
A ventilação pulmonar é o procedi-
mento mais efetivo na reanimação do 
RN devido à hipóxia que o RN estásubmetido neste período. Ela deve 
ser indicada ainda no primeiro minuto 
de vida, o chamado minuto de ouro.
FLUXOGRAMA PASSOS INICIAIS
RN sem respirar ou tônus flácido
Clampeamento imediato
Berço aquecido
Posicionar a cabeça 
em leve extensão
Aspirar boca e 
narinas se necessário
Secar cabeça e corpo e 
desprezar campos úmidos
Reposicionar a cabeça
Avaliar FC e respiração
PASSOS INICIAIS
8REANIMAÇÃO NEONATAL
Ao iniciar a VPP, deve-se monitorizar 
o paciente com oximetria de pulso e 
monitor cardíaco, para avaliação mais 
rápida e efetiva do RN. O oxímetro 
deve estar localizado na região do 
pulso radial direito a fim de detectar a 
circulação pré-ductal. O monitor car-
díaco é posicionado com um eletrodo 
em cada braço e um terceiro eletrodo 
na face anterior da coxa. Não é ne-
cessário avaliar o traçado apresenta-
do, apenas a frequência cardíaca.
A VPP deve ser iniciada com oferta de 
oxigênio a 21% (ar ambiente) através 
de balão autoinflável ou ventilador 
mecânico manual em T acoplado a 
uma máscara facial. A máscara deve 
ter tamanho suficiente objetivando 
cobrir a ponta do queixo, a boca e o 
nariz. Deve ser segurada de forma 
firme para minimizar escapes com 
os dedos indicador e polegar na bor-
da da máscara, formando a letra C, e 
os dedos médio, anular e mínimo for-
mando a letra E.
A VPP com balão autoinflável e más-
cara é aplicada com frequência de 40-
60 movimentos por minuto, numa se-
quência de aperta-solta-solta. Com o 
ventilador manual em T também são 
40-60 movimentos por minuto, numa 
sequência de oclui-solta-solta.
Realiza-se a VPP por 30 segundos 
e observa se houve melhora da fre-
quência cardíaca, respiração e satu-
ração de oxigênio. A saturação alvo 
varia conforme o tempo de vida. Até 
5 minutos espera-se uma SatO2 en-
tre 70-80%. Entre 5 e 10 minutos, 
SatO2 entre 80-90%. Acima de 10 
minutos, SatO2 ente 85-95%.
TEMPO DE VIDA SATO2 ALVO
Até 5 minutos 70-80%
5-10 minutos 80-90%
>10 minutos 85-95%
SE LIGA! O melhor parâmetro que indi-
ca efetividade da ventilação é o aumen-
to da frequência cardíaca. 
Após 30 segundos de VPP, realiza-
-se a avaliação da frequência cardí-
aca e da respiração, caso ele esteja 
com respiração espontânea adequa-
da e frequência cardíaca > 100 bpm, 
o procedimento está suspenso.
SE LIGA! 9 em cada 10 RN que melho-
ram apenas com VPP e não precisam de 
outras manobras.
Caso não haja melhora dos parâme-
tros após 30 segundos, deve-se ava-
liar se a técnica está adequada. Se 
houver necessidade de oxigênio su-
plementar, ele deve ser ofertado com 
aumento de 20% e, após 30 segun-
dos, reavaliar e se necessário aumen-
tar mais 20%, atingindo 60%. 
SE LIGA! Antes de aumentar a oferta de 
oxigênio suplementar, deve-se sempre 
reavaliar se a técnica está correta.
9REANIMAÇÃO NEONATAL
Se a VPP não for efetiva ou se o RN 
precisar de VPP prolongada, está in-
dicada a intubação orotraqueal. A 
tentativa de intubação deve durar no 
máximo 30 segundos. Caso não ob-
tenha sucesso nesse tempo, deve-se 
ventilar novamente o paciente com 
VPP até sua estabilização para, só 
então, tentar nova intubação.
SAIBA MAIS!
Se o RN tiver suspeita de hérnia diafragmática, está contraindicada a VPP com máscara fa-
cial, então o RN será ventilado com cânula orotraqueal.
Hérnia diafragmática é uma malformação que possibilita a passagem dos órgãos da cavidade 
abdominal para a cavidade torácica. O RN apresenta como sintomas: dificuldade respiratória 
e pectus excavatum.
Após intubação deve-se verificar se 
a cânula está no terço médio da tra-
quéia através da inspeção dos movi-
mentos ventilatórios e ausculta das 
regiões axilares e gástrica. O maior 
indicador de intubação efetiva é o au-
mento da frequência cardíaca. 
O ponto de fixação labial da cânu-
la é indicado pela idade gestacional. 
Caso a idade gestacional seja desco-
nhecida, pode-se usar a regra prática 
de peso estimado + 6, o resultado é 
a marca em centímetros a ser fixada. 
Por exemplo, RN com peso estimado 
de 2,5Kg têm-se 2,5 + 6 = 8,5. A câ-
nula deve ser fixada em 8,5 cm.
IDADE GESTACIONAL FIXAÇÃO
34 semanas 7,5 cm
35-37 semanas 8,0 cm
38-40 semanas 8,5 cm
≥41 9,0 cm
 
Uma vez intubado, deve-se acoplar o 
balão autoinflável ou o ventilador me-
cânico manual em T à cânula e con-
tinuar VPP por mais 30 segundos. 
Após esse tempo, reavalia frequência 
cardíaca e respiração, caso o RN es-
teja com FC > 100 bpm e respiração 
espontânea regular, extuba o RN e 
retorna a VPP com balão autoinflável 
ou ventilador mecânico manual em T 
e vai desmamando o oxigênio suple-
mentar a cada 30 segundos, confor-
me tolerância. 
Quando após 30 segundos de VPP 
com cânula o RN permaneceu sem 
respiração regular ou com FC < 100 
bpm, deve-se avaliar a técnica e, se 
adequada, está indicado o aumento 
de oferta de oxigênio suplementar 
com mais 20% a cada 30 segundos, 
até atingir 100%.
10REANIMAÇÃO NEONATAL
FLUXOGRAMA VPP
CUIDADOS INICIAIS:
FC >100 E VENTILAÇÃO 
ADEQUADA
Suspender VPP
Sim Não
VPP com máscara facial
Oxigênio a 21%
40- 60 movimentos 
por min
Monitorizar
Oximetro 
Monitor cardíaco
Reavaliar após 30 s
FC 
Respiração
FC >100 e ventilação 
adequada
SimNão
Técnica adequada? Interromper VPP
NãoSim
Ofertar 40% de O2 Corrigir técnica
Reavaliar após 30 s
FC >100 e ventilação 
adequada
SimNão
Técnica adequada? Desmamar O2
NãoSim
Ofertar 60% de O2 Corrigir técnica
Reavaliar após 30 s
FC < 100 e ventilação 
inadequada
Cânula orotraqueal Oxigênio de 60-100%
11REANIMAÇÃO NEONATAL
6. MASSAGEM CARDÍACA
A massagem cardíaca está indicada 
se a freqüência cardíaca do RN esti-
ver menor que 60 bpm. Só está indi-
cada se houver falha na tentativa de 
ventilação com pressão positiva com 
cânula orotraqueal e oxigênio suple-
mentar de 100%. 
SE LIGA! Antes de iniciar a massagem 
cardíaca o RN precisa estar intubado.
A compressão é realizada no terço in-
ferior do externo utilizando a técnica 
dos dois polegares. Nessa técnica os 
dois polegares encontram-se sobre-
postos no terço inferior do externo e 
os outros dedos abraçam o tórax do 
RN, dando suporte ao dorso. O pro-
fissional que realiza a massagem en-
contra-se posicionado na cabeça do 
paciente, enquanto que quem realiza 
a ventilação se desloca para a late-
ral. A compressão deve atingir 1/3 do 
diâmetro ântero-posterior do tórax e 
deve permitir reexpansão completa 
do tórax. 
A ventilação é realizada de forma sin-
crônica com a massagem cardíaca, 
com 3 compressões para uma venti-
lação, no ritmo 1-2-3-ventila. Deve-
-se ter uma frequência de 120 even-
tos por minuto (90 compressões e 30 
ventilações).
Figura 2: Massagem – Observe que a técnica não está 
adequada, pois os polegares não estão sobrepostos.
FONTE: Comunidade de Saúde
Após 60 segundos de massagem 
cardíaca, deve-se avaliar a frequência 
respiratórias, se maior que 60 bpm, 
suspender massagem. Se menor que 
60 bpm, verificar a técnica e continu-
ar massagem sincronizada com ven-
tilação. Se, ainda assim, não houver 
melhora, está indicada adrenalina.
7. MEDICAÇÕES
Caso seja indicada adrenalina, a via 
preferência de administração é por 
via endovenosa por cateter na veia 
umbilical. O cateter deve ser introdu-
zido 1-2cm após o ânulo. Deve-se 
ter cuidado durante a cateterização e 
administração de drogas para evitar 
embolia gasosa. Enquanto se espe-
ra a realização da cateterização, po-
de-se administrar uma única dose de 
adrenalina traqueal, na concentração 
12REANIMAÇÃO NEONATAL
de 0,05-0,10 mg/kg. Se não houver 
melhora imediata, administra adre-
nalina endovenosa em dose de 0,01-
0,03 mg/Kg. Não havendo melhora 
da bradicardia, a adrenalina pode ser 
aplicada a cada 3-5 minutos por via 
endovenosa.
Se o RN não melhorar da bradicardia 
ou apresentar sangramento ou sinais 
de choque hipovolêmico, está indica-
do o uso de expansor de volume. A 
expansão é feita com soro fisiológico 
a 0,9%, lentamente com 10 mL/Kg 
infundido entre 5-10 minutos. Se não 
houver melhora, deve-se reavaliar a 
técnica.
ADRENALINA 
ENDOVENOSAADRENALINA 
ENDOTRAQUEAL
EXPANSOR DE 
VOLUME
Diluição 1:10.000
1 mL adrenalina 1:1000
em 9 mL de SF
1:10.000
1 mL adrenalina 1:1000
em 9 mL de SF
SF
Preparo 1 mL 5 mL 2 seringas de 20 mL
Dose 0,1 - 0,3 mL/kg 0,5 - 1,0 mL/kg 10
Peso ao nascer
1kg 0,1 - 0,3 mL 0,5 - 1,0 mL 10 mL
2kg 0,2 - 0,6 mL 2,0 2,0 mL 20 mL
3kg 0,3 - 0,9 mL 1,5 - 3,0 mL 30 mL
4kg 0,4 1,2 mL 2,0 4,0 mL 40 mL
Velocidade e 
Precauções
Infundir rapido na veia 
umbilical seguido por 0,5 
0 1,0 mL de SF
Infundir na canela tra-
queal e ventilar. USO 
UNICO
Infundir na veia umbilical len-
talmente, em 5 a 10 minutos.
Se após 10 minutos de reanimação o 
RN permanecer em assistolia, pode-
-se interromper a reanimação, no en-
tanto esta decisão é individualizada.
Tabela 1. Medicações usadas na reanimação neonatal. FONTE: Sociedade Brasileira de Pediatria
13REANIMAÇÃO NEONATAL
FLUXOGRAMA MASSAGEM CARDÍACA
Intubação orotraqueal
FC < 60 bpm
Massagem cardiáca
O2 100%
1-2-3-ventila
120 movimentos por min
60 segundos
FC > 60 bpmFC < 60 bpm
Interrompe massagemAdrenalina endotraqueal
FC < 60 bpm
Adrenalina endovenosa
FC < 60 bpm
Sinais de choque
Expansão volêmica
Dose única
0,05-0,10mg/Kg
A cada 3-5 min
0,01-0,03mg/Kg
SF o,9%
10mL/Kg
5-10 min
Assistolia após 10 min
Interromper reanimação
14REANIMAÇÃO NEONATAL
FLUXOGRAMA GERAL
Gestação a termo?
Respirando ou chorando?
Tonus muscular em flexão?
Prover calor, posicionar cabeça, 
aspirar vias aéreas s/n, secar
Cuidados de rotina junto à mãe: 
prover calor, manter VVAA 
pérvias, secar e avaliar FC e 
respiração de modo contínuo
Não Sim
FC < 100 bpm, apneia 
ou respiração irregular?
VPP, considerar monitorar a SatO2 Desconforto respiratório?
Sim Não
Sim
Considerar monitorar SatO2
Considerar CPAPFC < 100 bpm?
Sim
Assegurar VPP adequada. 
Considerar O2 suplementar. 
Considerar intubação
FC < 60 bpm?
Sim
Massagem cardíaca 
coordenada em VPP
FC < 60 bpm?
Sim
Adrenalina endovenosa
30 segundos
60 segundos 
(Golden minute)
Nascimento
Minutos de vida SatO2 pré-ductal
Até 5 70-80%
5-10 80-90%
>10 85-95%
15REANIMAÇÃO NEONATAL
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS
Sociedade Brasileira de Pediatria. Reanimação do recém-nascido ≥34 semanas em sala 
de parto. 2016
16REANIMAÇÃO NEONATAL

Outros materiais