Buscar

ALTERAÇÕES GENÉTICAS E A INFLUÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO FETAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ALTERAÇÕES GENÉTICAS E A INFLUÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO FETAL 
INTRODUÇÃO 
O genoma humano é composto por grandes quantidades de ácido desoxirribonucleico – DNA. Na qual, contêm na sua estrutura a informação genética necessária para especificar todos os aspectos da embriogênese, do desenvolvimento, do crescimento, do metabolismo e da reprodução.
Toda célula nucleada do corpo carrega sua própria cópia do genoma humano. Os genes, que neste momento definidos simplesmente como unidades funcionais de informação genética, são codificados no DNA do genoma, organizados em várias organelas em forma de bastonete, denominadas cromossomos, no núcleo de cada célula. 
Cromossomo = são estruturas formadas por uma molécula de DNA associada a moléculas proteicas. São filamentos de cromatina espiralados, presentes no núcleo da célula. Nos eucariontes, os cromossomos são lineares e estão localizados no interior do núcleo 
· Estrutura dos cromossomos:
· São formandos por DNA e proteínas associadas, um complexo chamado de Cromatina
· As proteínas associadas ajudam a enrolar a molécula de DNA, reduzindo seu comprimento. Na cromatina, observamos a presença, principalmente, das proteínas denominadas de Histonas.
· Quando a célula entra em divisão celular, verificamos alterações na estrutura da cromatina, que se torna altamente compactada, formando o que chamamos Cromossomos. Na fase de metáfase, observa-se o período de maios condensação, sendo possível contar e analisa melhor os cromossomos 
· Partes do cromossomo:
· Centrômero = região de constrição primaria dos cromossomos. Nesse local, localiza-se o Cinetócoro, formado por proteínas que garantem a conexão das cromátides irmãs. O centrômero permite dividir os cromossomos em braços, os quais podem ter tamanhos diferentes a depender da posição do centrômero. 
· Telômeros = região encontrada na extremidade dos cromossomos. Neles não há genes, sendo encontradas apenas pequenas repetições de nucleotídeos. A função dos telômeros é garantir a proteção
· O cromossomo corresponde a cromatina condensada
MUTAÇÕES 
As alterações hereditárias do material genético de um organismo, decorrentes de erros de replicação antes da divisão celular e não causadas por recombinação antes da divisão celular e não causadas por recombinação ou secreção, são denominadas mutações. 
Como resultado das mutações, um gene pode diferir entre os indivíduos em termos de sequência de DNA. As sequencias diferentes são denominadas Alelos. A localização de um gene em um cromossomo é denominada Locus – por exemplo, uma pessoa possui certo alelo no locus B-globina no cromossomo
ALTERAÇÕES GENETICAS E SEUS TIPOS – MODIFICAÇÕES EPIGENÉTICAS 
Os seres humanos exibem uma quantidade substancial de variação genética, que se reflete em traços como altura, cor da pele. Incluindo no aspecto de variação estão os estados patológicos como fibrose cística, etc 
A variação genética é uma alteração na sequencia de DNA. As mutações podem afetar as células da linhagem germinativas – células que produzem gametas ou as células somáticas – todas as outras células que não são as da linhagem germinativa 
MUTAÇÃO 
As alterações hereditárias do material genético de um organismo, decorrentes de erros de replicação antes da divisão celular e não causadas por recombinação ou segregação, são denominadas mutações. 
As modificações hereditárias que ocorrem em um lócus gênico especifico são chamadas:
· Mutações gênicas, de ponto ou pontuais – que podem envolver substituição, adição ou perda de uma única base
· Mutações cromossômicas – modificações maiores que alteram os cromossomos, sendo mutações estruturais – modificam a estrutura dos cromossomos 
· Mutações numéricas – alteram o seu número
Algumas mutações consistem em uma alteração no número ou na estrutura dos cromossomos em uma célula
 MUTAÇÃO GÊNICA
As mutações são classificadas em espontâneas, quando ocorrem sem que haja a interferência conhecida de qualquer agente capaz de provoca-las e induzidas, quando ocorrem em frequência aumentada pela ação de agentes físicos ou químicos, denominados agente mutagênicos 
A maioria desses agentes atua diretamente sobre o DNA, seja alterando uma determinada base, seja incorporando-se ao mesmo 
As mutações gênicas podem ser de três tipos:
· Substituição – é uma substituição que troca uma base por outra (por exemplo, a troca de uma única “letra” como trocar um A por um G). As substituições de bases alteram apenas o códon ao qual ela pertence, acarretando somente a alteração de um aa na proteína 
· Apresentam denominações diferentes, de acordo com o tipo de bases que envolvem: 
· Transição = abrange bases do mesmo tipo, substituição de uma purina por outra purina ou de uma perimidina por outra de igual tipo.
· Transversão = envolve bases de tipos diferentes, isto é, troca de uma purina por outra pirimidina, ou vice-versa 
· Sentido trocado (missense) = há uma alteração de uma das bases do DNA, de tal forma que o trio de nucleotídeo da qual ela faz parte se altera, passando a codificar um aa incorreto. Isso pode alterar a função da proteína em maior ou menor grau, dependendo da localização e da importância desse aa em particular com redução ou perda da sua atividade biológica ou pode acarretar também em uma proteína semelhante á normal.
· Sem sentido (nonsense) = surgi um dos três códons terminais (UAA, UAG E UGA), finalizando prematuramente a síntese proteica. Na maioria dos casos, a cadeia polipeptídica é encurtada e provavelmente não conserva sua atividade biológica normal 
· Diretas = substituição de base que resultam na troca de aa original para um novo aa
· Reversas = responsável pelo processo inverso, quando ocorrem no mesmo ponto
· Neutras = quando a substituição de base resulta em troca de aa, mas isso não afeta a atividade da proteína 
· Mutações Silenciosas = quando a mudança implica um códon sinônimo, que não altera o aminoácido. Exemplo: UUA (leucina) UUU (fenilalanina)
· Anemia Falciforme – muda um códon para um que codifica um aa diferente e causa pequenas mudanças na proteína produzida. Contudo, é causado por uma substituição no gene da beta-hemoglobina, o qual altera um único aa na proteína produzida 
· Deleções e Inserções – há perda ou adição de aa na cadeia polipeptídica, mas a fase de leitura das bases da sequencia restante não se altera, embora o polipeptídio possa não ser funcional. No entanto, quando essas mutações não envolvem três bases ou múltiplos de três bases, a leitura se altera até o fim da ceia, e geralmente o polipeptídio resultante é não funcional 
· Frequentemente são prejudiciais 
· Fibrose cística 
· Inserção: são mutações nas quais possui um acréscimo de bases extras em um novo lugar do DNA. Com consequência, pode alterar-se na leitura da proteína
· Deleção: são mutações nas quais um trecho de DNA é perdido ou deletado. A severidade dos possíveis fenótipos esta associada ao tamanho do fragmento envolvido (quanto maior, mais genes perdidos) e se os genes são vitais ao desenvolvimento. Normalmente, causam danos ao organismo. Esta relacionadas com vários tipos de câncer 
· Síndrome de Le cri-du-chat
A mutações podem ainda ser classificadas:
· Mutações estáveis ou fixas = quando são transmitidas inalteradas às gerações seguintes. Abrange as substituições, deleção e inserção 
· Mutações instáveis ou dinâmicas = quando sofrem alterações ao serem transmitidas nas famílias. Consistem em sequencias de trincas repetidas que ocorrem em número de cópias aumentadas – amplificação ou expansão de trinucleotídeos, constituindo as mudanças básicas para as mudanças de herança monogênica 
- Sabe- se, no entanto, que as repetições de trincas são fielmente transmitidas, na mitose e na meiose; acima de certo número de repetições para cada doença, são instáveis e geralmente serão transmitidas com aumento ou decréscimo no número de trincas repetidas. Um dos possíveis mecanismos causadores é o crossing-over desigual entre cromátides-irmãs, gerando e expandindo essas repetições de trincas 
· Mutações somáticas = ocorrem em célulassomáticas, acarretam maior prejuízo para o indivíduo. Nos adultos, se atingirem células em divisão podem causar tumores e outras lesões degenerativas. Se atingirem um zigoto, embrião ou feto, essas mutações podem causar mosaicismo, sendo que o grau deste ultimo dependerá do período do desenvolvimento em que as mutações ocorreram 
· Mutações gaméticas = ocorrem nas células da linhagem germinativa, são transmitidas às futuras gerações. Em geral não causam prejuízo ao seu portador, mas dependendo do tipo de dano, poderão acarretar redução da fertilidade 
MODIFICAÇÕES EPIGENETICAS 
É definida como modificações do genoma que são herdadas pelas próximas gerações, mas que não alteram a sequência de bases – adenina, guanina, citosina e timina da molécula de DNA
A herança epigenética depende de pequenas mudanças químicas no DNA e em proteínas quem envolvem o DNA. Existem evidencias cientificas mostrando que hábitos da vida e o ambiente social em que uma pessoa está inserida pode modificar o funcionamento de seus genes 
As modificações epigenéticas podem ser herdadas no momento da divisão celular – mitose e irão ter um profundo efeito na biologia do organismo. Seu efeito biológico pode partir de mudanças químicas que podem ocorrer na molécula de DNA em proteínas chamadas Histonas. 
Revisão / explicação do comportamento da célula: 
O núcleo é responsável por abrigar o DNA, entre outras moléculas (i.e. proteínas e RNA). Entretanto, sabemos que a molécula de DNA é infinitamente maior do que o próprio núcleo; por exemplo, o DNA humano, se esticado, teria um comprimento de cerca de 1 metro e meio; o núcleo de uma célula humana, mede cerca de 5 micrometros (5 x 10-6 m). Como isso é possível? O DNA é capaz de caber dentro do núcleo graças à ação de proteínas nucleares denominadas de histonas. As histonas se especializaram para empacotar a molécula de DNA numa estrutura chamada de nucleossomos, que assumem conformações similares a de um carretel de linha. Fazendo uma analogia, imaginem o carretel sendo as histonas, e a linha sendo a molécula de DNA. Se agora imaginarmos que o DNA (a linha do carretel) é composto pelos genes, e que muitos dos genes precisam ser expressos (ou seja, eles precisam decodificar suas sequências na forma de proteínas, que efetivamente são as moléculas que fazem as células funcionarem), se o DNA permanecesse totalmente enrolado, os genes não seriam capazes de serem expressos na forma de proteínas. É justamente nesse momento que entra a epigenética. Para que os genes possam ser expressos, mediante a chegada dos sinais (mencionados acima), a molécula de DNA precisa ser parcialmente desempacotada, para que os genes fiquem acessíveis à ação de proteínas (os fatores de transcrição, que efetivamente disparam a ativação dos genes). Entretanto, diferentes genes são expressos em diferentes momentos e, naturalmente, estão localizados em diferentes regiões da molécula de DNA (ou nos cromossomos). Nesse sentido, partes da molécula de DNA são constantemente desenroladas e enroladas (o que se conhece por “remodelamento dos cromossomos”, ou “da cromatina”). Um exemplo de controle da expressão gênica pode ser descrito pela ação dos hormônios sexuais; na fase da puberdade, uma alta concentração de testosterona (nos meninos) ou estrogênio (nas meninas) é lançada na corrente sanguínea e esse é o sinal para que genes relacionados ao desenvolvimento sexual (i.e. crescimento de pelos, dos seios, aumento da massa muscular etc), sejam ativados e expressos. No momento desta sinalização, regiões do DNA (ou cromossoma) onde esses genes estão localizados, precisam ser abertas, desempacotadas, remodeladas. Por outro lado, no momento em que a fase da puberdade passa e os níveis de hormônios caem drasticamente, muitos destes genes precisam ser desativados e, agora, as mesmas regiões do DNA precisam ser fechadas, reempacotadas, para que esses mesmos genes não mais sejam ativados.
- É nesse constante remodelamento do DNA que se da justamente por mudanças epigenéticas, ou seja, mudanças químicas que ocorrem tanto na molécula de DNA, como nas proteínas Histonas. No DNA, ocorre a metilação, que é a adição de um grupo metila (-CH3, ou seja, um átomo de carbono ligado a três átomos de hidrogênio) ao nucleotídeo citosina; nas histonas, pode ocorrer tanto a metilação como a acetilação (-COCH3) nos aminoácidos lisina e/ou arginina. As modificações no DNA ou nas histonas são realizadas por enzimas do tipo DNA metilases/desmetilases, histona metilases/desmetilases e histona acetilases/desacetilases.
· Metilação do DNA = ocorre em regiões que controlam a expressão gênica – denominadas de promotores, esta relacionada á repressão genica, ou seja, genes que estão marcados – metilados para não codificarem ou produzirem proteínas
· Acetilação das histonas está relacionada á ativação genica 
Como aprendemos acima, a adição de um grupo metila a molécula de DNA leva ao silenciamento de diversos genes, tendo um profundo impacto sobre a forma e a função das células e organismos, sem alterar o DNA correspondente. A metilação, e consequentemente o silenciamento de genes num determinado período do ciclo ou do desenvolvimento celular ou em determinados tipos celulares faz parte da estratégia evolutiva que culminou com o bom funcionamento celular (conhecido por homeostase) e de um organismo sadio. Caso esse padrão de metilação do DNA seja alterado, por exemplo, por agentes químicos afetando a atividade das metilases, um novo padrão de metilação no DNA será instalado, ativando genes que deveriam permanecer silenciados, podendo ter efeitos significativos na vida (e na saúde) de um organismo. Esse novo padrão epigenético será passado para as gerações futuras, o que caracteriza uma “memória epigenética”.
HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINTE E RECESSIVA – TRANSMISSÃO DE CARACTERES NO PONTO DE VISTA DE DOENÇAS GENÉTICAS 
Herança autossômica dominante 
- São observadas em aproximadamente um em cada 200 indivíduos, porem é muito rara entre as populações. 
- São observados no qual o fenótipo da doença em uma geração após a outra 
- Na maioria das vezes, as proles afetadas são produzidas pela união de um genitor não afetado com um afetado heterozigoto. O genitor afetado pode passar tanto o gene da doença quanto o gene normal para seus descendentes. Assim, em média, a metade das crianças será heterozigótica e irá desenvolver a doença, e metade será homozigotica não afetada 
Quadro de punnett ilustrando o casamento de indivíduo não afetado – aa com um individuo heterozigoto para um gene de uma doença autossômica dominante - Aa
Esse heredograma mostra várias características. Primeiro que ambos os sexos possuem a característica em proporções iguais, e os homens e mulheres podem transmitir igualmente a característica para a sua prole.
A herança autossômica dominante é caracterizada pela transmissão vertical do fenótipo da doença, ausência de salto de gerações e números aproximadamente iguais de homens e mulheres afetados. A transmissão de pai para filho pode ser observada.
Risco de recorrência = gerar crianças com uma doença tipicamente genética desejam saber o risco ou a probabilidade de seus futuros filhos serem afetados. 
O risco de recorrência de uma doença autossômica dominante é 50%. Por causa da independência, esse risco permanece constante não importando quantos filhos, afetados ou não tenham nascido.
· Polidactilia pós – axial – presença de um dedo extra ao lado do quinto dedo, pode ser herdada como uma característica autossômica dominante 
Herança autossômica recessiva 
Relativamente raro na população 
Consequentemente, ambos os pais de inviduos afetados por doenças autossômicas recessivas são geralmente portadores heterozigóticos. 
¼ da prole de dois heterozigóticos será de homozigotos não afetados, metade será de portadores heterozigotos fenoticamente não afetados e ¼ será de homozigotos afetados com a doença 
· Albinismo = resulta de mutações no gene que codifica a Tirosinase, enzima que metaboliza a Tirosina. A deficiência resulta da tirosinase criaum bloqueio na via metabólica que normalmente leva a síntese do pigmento de melanina. Consequentemente, a pessoa afetada tem pouco pigmento na pele, cabelos e olhos. Pelo fato de a melanina também ser necessária para o desenvolvimento normal das fibras ópticas, os albinismos podem também apresentar nistagmo – movimento rápido incontrolado dos olhos, estrabismo – desvio dos olhos do seu eixo normal e acuidade visual reduzida 
- As doenças autossômicas recessivas são geralmente observadas em um ou mais irmãos, mas não nas gerações anteriores. Homens e mulheres são afetados iguais 
Consanguinidade = se refere á reprodução entre pessoas aparentadas. As vezes, este é um indicador em doenças recessivas, já que pessoas aparentadas são propensas a compartilhar os mesmo alelos causadores das doenças. Esta mais presente com mais frequência envolvendo doenças autossômicas recessivas do que em outros tipos de herança.
Essa herança é caracterizada pela agregação do fenótipo da doença entre irmãos, mas ela, geralmente, não é observada nos genitores ou outros ancestrais. Números iguais de homens e mulheres afetados são comumente observados e a consanguinidade pode estar presente. 
Na união de um casal homozigotica com uma heterozigótica ¼ da prole dessa união será homozigotica para o gene da doença, portando afetada. O risco de recorrência para a prole de genitores portadores é, portanto de 25%.
Agora um portador de um alelo causador de doença recessiva casa-se com uma pessoa que é homozigotica para esse alelo. Neste caso, metade dos seus filhos serão afetados e a outra será de heterozigotos portadores – risco de 50%
Às vezes, é classificado como uma herança quase dominante, nos quais a união entre heterozigotos é observada, a herança de quase dominância pode ser distinguida da verdadeira herança dominante 
 
ALTERAÇÕES CROMOSSOMICAS E SEUS TIPOS – CARÓTIPO NORMAL E ALTERADO
Como os cromossomos contêm os genes, qualquer mudança em sua estrutura ou número pode alterar a expressão gênica, produzindo um indivíduo fenoticamente inviável ou anormal 
Alterações gênicas, consistem em uma fonte de variação importante para evolução das espécies 
Podem ser classificadas em dois grandes grupos:
· Numéricas = correspondem á perda ou acréscimo de um ou mais cromossomos e pode ser de dois tipos:
· Euploidias = alterações que envolvem todo o genoma, originando células cujo número de cromossomos é um múltiplo exato do número haploide característico da espécie. Os principais tipos de euploidias são:
· Haploidia (n) = quando o cromossomo se apresenta em dose simples como nos gametas. Pode ser um estado normal em alguns organismos. É considerada anormal quando ocorre nas células somáticas de organismos diploides, e neste caso, os indivíduos excepcionais haploides são pequenos e geralmente estéreis 
· Poliploidia = quando os cariótipos são apresentados por três – triploidia, 3n, quatro – tetraploidia, 4n ou mais genomas. São comuns nas plantas, na espécie humana não se conhece indivíduos que sejam totalmente poliploides. Quase todos os casos de triploidia ou tetra são observados em abordos espontâneos ou tiveram morte neonatal 
· A triploidia pode ser causada por um erro na fase de maturação da ovulogenese ou da espermatogênese, na divisão meiótica, levando, por exemplo, á retenção de um corpúsculo polar ou a formação de um espermatozoide diploide. Pode ser causada também pela fertilização de um óvulo por dois espermatozoides, fenômeno dispermia 
· Células poliploides cujo o número de cromossomos pode atingir ate 16n são geralmente encontradas no fígado e na medula óssea, bem como em células de tumores sólidos e em leucemias 
· Aneuploidias = são alterações que envolvem um ou mais cromossomos de cada par, dando origem a múltiplos não exatos do número haploide característico da espécie.
· Elas decorrem da não disjunção ou não separação de um ou mais cromossomos durante a anáfase I ou II da meiose ou na anáfase da mitose do zigoto 
· Mosaicismo = ocorre nas primeiras divisões mitóticas após a formação do zigoto. Isso poderá, no entanto, resultar na presença de duas ou mais linhagens celulares diferentes no mesmo indivíduo
· Pode ocorrer também a perda de um cromossomo, provavelmente devido a um “atraso” na separação de um cromossomo, durante a anáfase
· As principais aneuploidias são:
· Nulissomia = quando há perda dos dois membros de um par de cromossomos. São em gerais letais 
· Monossomia = quando há perda de um dos cromossomos do par, isto é, quando o número de cromossomos da célula dor 2n-1
· Trissomia = quando um mesmo cromossomo se apresente repetido três vezes 2n+. Estão associadas a malformações congênitas múltiplas e deficiência mental. Exemplo: síndrome de down 
CATIÓTIPO NORMAL E ALTERADO 
Conjunto de cromossomos de uma dada espécie e apresenta forma, tamanho e número característico
Ao preparar o cariótipo, os cromossomos condensados são arranjados em pares. Essa organização permite avaliar todas essas estruturas de uma determinada espécie.
Cariótipo normal
Pode ser descrito como 46, XX ou 46, XY. Contudo, 46 cromossomos, que são organizados em 23 pares, 22 são de cromossomos homólogos, denominados autossomos (não determina sexo) e um par de cromossomos sexuais. Os cromossomos homólogos são idênticos, apresentando mesmo tamanho e posição de centrômeros. Cromossomos sexuais representados pelas letras X e Y Os cromossomos que constituem um par possuem mesmo tamanho e mesma posição de centrômeros 
Cariótipo alterado 
Alterações nos cromossomos, como em relação a quantidade ou a estrutura, podem causar alguns distúrbios. Alterações em tripicagem de cromossomos, entre outros. Comprometendo o intelectual do indivíduo, cardiopatia congênita, etc 
Para determinar alterações cromossômicas, pode realizar um exame genético denominado cariotipagem. É realizada por meio de técnicas de bandeamento cromossômico 
FATORES HEREDITARIOS QUE INFLUENCIAM NAS DOENÇAS GÊNETICAS 
Os 46 pares de cromossomos herdados dos pais carregam as informações que vão definir a cor e o formato dos olhos, dos cabelos, da pele, o fator sanguíneo e todas as características do bebê. Também são eles que carregam históricos que podem determinar se o bebê terá ou não alguma doença ou predisposição genética para desenvolver algum problema de saúde.
Essas condições se formam ainda durante concepção. Algumas podem ser identificadas durante a gestação, outras podem levar anos para manifestar sintomas ou mesmo não se manifestarem.
As características genéticas são passadas de geração em geração e, ainda que os pais não tenham sintomas, o bebê pode receber um gene defeituoso e desenvolver uma doença. Os cromossomos podem, ainda, sofrer mutações durante a formação do feto e desencadear síndromes genéticas, como a síndrome de Down.
É importante ressaltar que nem toda doença genética é hereditária, ou seja, foi transmitida dos pais para os filhos. Há doenças genéticas que se formam devido a fatores ambientais, como exposição a materiais tóxicos e radiação, que influenciam a composição das células. Há ainda mutações e erros de transmissão que ocorrem nos cromossomos durante o processo de formação do feto.
Muitos estudos que investigam a influência dos genes na prevalência de doenças têm apontado algumas condições que elevam os riscos de mutações genéticas que possam levar a doenças e síndromes.
Abaixo, listamos algumas delas:
· Idade materna - Como as mulheres já nascem com todos os óvulos que terão disponíveis ao longo da vida, eles envelhecem com ela e, por isso, quanto mais tarde acontecer a gestação, maiores são riscos de mutações genéticas e problemas na divisão celular que afetarão o bebê. As mulheres transmitem, em média, 15 novas mutações a seus descendentes. A probabilidade de uma gestante de 18 anos ter um filho com síndrome de Down é de um em mil; já para as mulheres com 40 anos, esse risco sobe para um a cada 70 nascimentos.
· Idade paterna - pesquisas recentes vêm demonstrando que a idade do pai também tem influência na transmissão de genes mutantes potencialmentenocivos para os filhos. Quanto mais velho o pai, maiores são os riscos de erros na divisão celular. Há evidências de que as alterações relacionadas à carga genética paterna elevam os riscos de a criança desenvolver doenças psiquiátricas e cognitivas, como autismo e esquizofrenia.
· Experiencias negativas durante a gestação e a primeira infância - A divisão celular acontece ao longo de toda a vida de uma pessoa para que as células velhas deem lugar às novas. Durante esse processo, é normal acontecer erros de codificação, levando a pequenas alterações no DNA que poderão ser passadas para os descendentes. experiências emotivas negativas — como abandono dos pais, violência e situações altamente estressantes durante a gravidez e a primeira infância — podem imprimir memórias nos genes, causando distúrbios de personalidade na vida adulta, como ansiedade, depressão e até mesmo autismo.
Agentes teratogênicos e os motivos de abortos espontâneos 
Agentes teratogênicos = define-se como agente teratogênico qualquer substância, organismo, agente físico ou estado de deficiência, que estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz alteração na estrutura ou função da descendência.
O aparecimento de anomalias genéticas devido a exposição à agentes potencialmente teratogênicos podem sofrer interferências de acordo com o período de exposição da gestante, do tipo do agente em que foi exposto, da duração da exposição e da dose exposta. Podendo levar a consequências tais como: aborto, prematuridade, malformações, distúrbios do comportamento e/ou aprendizado e até alteração no crescimento do bebê.
Exemplos:
· Doenças maternas – diabetes, epilepsia, hipotireoidismo 
· Radiações 
· Uso de drogas 
ABORTOS ESPONTÂNEOS 
O aborto espontâneo pode acontecer em uma a cada cinco gestações detectadas.
Um aborto espontâneo é uma gravidez interrompida nas primeiras 20 semanas, embora a maioria aconteça nas primeiras oito semanas (5). O aborto espontâneo pode acontecer até mesmo antes da gravidez ser detectada.
Principais causas:
· Problemas no útero - A formação do útero da mulher é responsável por até 10% dos abortos que ocorrem de forma espontânea e dentro destas alterações, a mais comum é uma situação chamada insuficiência do Istmo-cervical. Outras possíveis causas relacionadas ao útero são quando a mulher possui útero bicorno, septado, arqueado, deformação no endométrio causada pela presença de pólipos ou miomas que dificultam a implantação do embrião no útero.
· Alterações hormonais - A falta de progesterona é a causa mais comum de aborto causado por alteração hormonal, o que pode acontecer quando a mulher usa medicamentos hormonais sem orientação médico durante a gestação. Como tratar: Nesse caso é recomendado que o ginecologista seja consultado para que seja indicado o uso de remédios que ajudem a regular a quantidade de progesterona na corrente sanguínea, sendo importante que o tratamento seja feito de acordo com a orientação médica para evitar que aconteça aborto em uma futura gestação.
· Doenças na tireoide - As alterações da tireoide também podem favorecer a ocorrência de aborto, isso porque os hormônios produzidos pela tireoide coordenam vários processos metabólicos no organismo. Assim, quando há alterações na concentração de hormônios circulantes devido ao hipo ou hipertireoidismo, pode haver não só dificuldade para engravidar, mas também maiores chances de aborto. Como tratar: É importante que a alteração na tireoide seja identificada para que o endocrinologista possa indicar medicamentos que ajudem a regular os níveis de hormônios tireoidianos circulantes, diminuindo o risco de acontecer aborto e favorecendo o desenvolvimento normal da gravidez.
· Síndrome dos ovários policísticos - As mulheres que possuem a síndrome do ovário policístico têm maior dificuldade para ovular e podem não ovular todos os meses, além de possuírem maior chance de ter um aborto espontâneo, já que a produção dos hormônios relacionados com a gravidez é prejudicada. Como tratar: É importante que a mulher siga o tratamento indicado pelo médico para tratar a síndrome e evitar o aborto. Alguns estudos relatam que tomar metformina durante a gestação pode ser útil para evitar um novo aborto, mas sempre sob indicação do obstetra que está acompanhando a gestação.
· Alterações no cromossomo - Quando os cromossomos do pai e da mãe não ficam bem formados e dão origem a um embrião com alguma alteração cromossômica, o corpo da mulher pode rejeitar este embrião, levando ao aborto espontâneo. Neste caso, o pai e a mãe estão bem de saúde e não encontram nenhuma razão para a perda do bebê, mas esta causa representa 50% dos abortos espontâneos. Como tratar: Se a mulher tiver mais de 2 abortos espontâneos, o casal deverá fazer exames para tentar identificar a causa desta repetição e fazer também um teste genético para saber mais sobre sua saúde. Neste caso o aconselhamento genético pode ser muito útil.
· Infecções causadas por vírus ou bactérias - Algumas doenças infecciosas, como clamídia, sífilis, micoplasma e toxoplasmose podem também favorecer a ocorrência de um aborto espontâneo durante a gestação. Como tratar: É importante que sejam feitos exames para identificar qual o microrganismo responsável pela infecção para que possa ser iniciado o tratamento adequado, que normalmente envolve o uso de antibióticos, para combater a infecção e evitar o aborto.

Continue navegando