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IBC - Caso clínico V - Cisto de úraco

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
Integração Básico-clínico I 
2021.1 
Turma 108 
 
 
Alunos: Alice Morschbacher Almeida Costa, Aline Ferreira de Jesus, Gabriel 
Elias de Gois Santos Silva, Júlia de Oliveira Machado, Julia Gonçalves 
Queiroz, Magno Eduardo Barbosa Ferreira 
 
CASO CLÍNICO 5 - Dor umbilical 
 
Identificação : Ana Amélia Silva, 23 anos, sexo feminino, casada, secretária, 
residente na Ponta da Fruta em Vila Velha - ES 
Queixa principal : “Dor no umbigo” 
HDA : Refere surgimento de dor em região hipogástrica associada com febre 
intermitente há 4 dias (39ºC hoje). Há 24 horas iniciou hiperemia e eliminação de 
secreção purulenta pela cicatriz umbilical, com piora do quadro doloroso abdominal. 
Relata não haver alterações no ritmo intestinal. Informa que apresenta infecção 
urinária de repetição há mais de 10 anos, e que a eliminação de secreção purulenta 
pela cicatriz umbilical ocorre de forma intermitente associada com a infecção 
urinária. 
Exame físico : Bom estado geral. Hidratada (+/4), Febril (38,2ºC) 
Abdome flácido, doloroso à palpação do hipocôndrio. 
HPP : Nega outras doenças / Cirurgias prévias: Cesariana 
HF : Pai com hipertensão arterial (HA) / Mãe saudável 
Ana informou para a médica do Pronto Atendimento (PA) da Glória que “ficou muito 
preocupada com a saída do pus do seu umbigo”. 
A médica também solicitou a coleta de um exame de sangue que revelou 
leucocitose com neutrofilia . Devido ao seu estado febril e a neutrofilia , a médica do 
PA encaminhou a paciente para realização de uma ultrassonografia (US) de 
urgência no hospital Evangélico. Simone ficou muito agradecida pela atenção dada 
pela médica do PA. Ao chegar ao hospital, Simone foi informada que só haveria 
ultrassonografista no dia seguinte, Então Simone resolveu pagar o exame particular. 
O US revelou uma imagem hipoecogênica próximo a bexiga (cisto perivesical) com 
aderência na cicatriz umbilical e ao íleo . O médico ultrassonografista encaminhou a 
 
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Integração Básico-clínico I 
2021.1 
Turma 108 
 
paciente para o hospital Antônio Bezerra de Farias para avaliação com o cirurgião 
geral. O tratamento consistiu na exérese do cisto e do trajeto fistuloso , Foi 
necessária também a ressecção de 5 cm de íleo aderido e fistulizado, com 
reconstrução íleo-ileal. 
Diagnóstico: Cisto de úraco 
 
 
PALAVRAS DESCONHECIDAS 
● Hiperemia: alteração da circulação em que há aumento do fluxo 
sanguíneo para um órgão ou tecido, o que pode acontecer de forma 
natural, quando o organismo precisa de maior quantidade de sangue 
para que funcione corretamente, ou como consequência de doença, 
ficando acumulado no órgão. 
● Secreção purulenta: exsudato produzido a partir de um processo 
inflamatório, contendo leucócitos polimorfonucleares vivos e mortos e 
células necróticas. 
● Leucocitose: consiste em um número anormalmente elevado de 
linfócitos (um tipo de glóbulo branco) no sangue. 
● Neutrofilia: aumento do número de neutrófilos no sangue, o que pode 
ser indicativo de infecções e doenças inflamatórias ou ser apenas uma 
resposta do organismo ao estresse ou à prática de atividade física, por 
exemplo. 
● Imagem hipoecogênica: exame que recorre a uma técnica que 
produz imagens bidimensionais de "fatias" dos órgãos atravessados, 
acrescida de alguma forma de interpretação tridimensional efetuada 
por parte do observador. 
● Cisto perivesical: cisto que se encontra adjacente à bexiga. 
● Exérese: manobra cirúrgica utilizada para retirar uma parte ou a 
totalidade de um órgão ou tecido visando a finalidade terapêutica. 
● Trajeto fistuloso: trajeto anormal entre duas superfícies epiteliais. 
 
PALAVRAS-CHAVE 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
Integração Básico-clínico I 
2021.1 
Turma 108 
 
Dor em região hipogástrica, febre, eliminação de secreção purulenta, infecção 
urinária de repetição, cirurgia prévia: cesariana, neutrofilia, imagem hipoecogênica 
próximo a bexiga, cisto perivesical com aderência a cicatriz umbilical e o íleo. 
 
RESUMO DO CASO 
Paciente do sexo feminino, de 23 anos busca o PA (Pronto Atendimento) 
queixando-se de dor no umbigo. Além disso, relata sentir febre intermitente há 4 dias 
e apresenta hiperemia e eliminação de secreção purulenta na cicatriz umbilical. A 
paciente não possui alterações no ritmo intestinal e relatou que apresenta infecção 
urinária de repetição há mais de 10 anos, com secreção umbilical purulenta de forma 
intermitente associada à infecção. Ao realizar o exame físico, a médica observa que 
a jovem está em bom estado geral, porém possui o abdome flácido e doloroso à 
palpação na região do hipocôndrio. Não possui histórico de doenças pregressas e a 
única cirurgia prévia feita foi a cesariana. Segundo histórico familiar relatado, 
somente o pai possui alguma enfermidade, pois apresenta hipertensão arterial. 
A médica solicitou exames de sangue que revelaram leucocitose com neutrofilia. A 
médica, então, encaminha a paciente para a realização de uma ultrassom, que foi 
feita no âmbito particular, pois só haveria ultrassonografista no dia seguinte no 
hospital público o qual havia sido direcionada. O US revelou um cisto perivesical 
com aderência na cicatriz umbilical e ao íleo. A paciente é encaminhada para o 
Hospital Antônio Bezerra de Farias, onde é realizada a cirurgia de retirada do cisto e 
do trajeto fistuloso, além da ressecção de 5 cm do íleo e, posteriormente, a 
reconstrução íleo-ileal. 
 
ANATOMIA 
 
1. Quais são as pregas umbilicais da parede anterolateral do abdome? 
● Prega umbilical mediana; 
● Prega umbilical medial; 
● Prega umbilical lateral. 
 
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Turma 108 
 
 
 
2. O que são os ligamentos umbilicais mediano e mediais? 
● Ligamento umbilical mediano: é um remanescente do chamado úraco 
na etapa embriológica que é coberto pela prega umbilical mediana; 
● Ligamento umbilical medial: é um remanescente embriológico das 
artérias umbilicais que ocupavam aquela região que é coberto pela 
prega umbilical medial. 
 
3. Quais são as fossas peritoneais daparede anterolateral do abdome? 
● Fossa supravesical - está localizada entre as pregas umbilicais 
mediana e mediais; 
● Fossa inguinal medial - entre as pregas umbilicais mediais e laterais; 
● Fossa inguinal lateral - laterais às pregas umbilicais laterais. 
 
CITOLOGIA E HISTOLOGIA 
 
4. Quais são as funções e como identificar os neutrófilos? 
 
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Os neutrófilos são um tipo de leucócitos que constituem a primeira linha de 
defesa do organismo, tendo como função fagocitar, matar e digerir bactérias e 
fungos. 
Para identificar essas células, é preciso observar as seguintes características: 
● Células arredondadas com diâmetros entre 10 e 14 μm; 
● Núcleos formados por dois a cinco lóbulos (mais frequentemente, três 
lóbulos) ligados entre si por finas pontes de cromatina; 
A célula muito jovem não tem o núcleo segmentado em lóbulos, sendo 
chamada de neutrófilo com núcleo em bastonete, ou, simplesmente, 
bastonete. 
 
 
 
5. Quais são as camadas da bexiga? 
● Camada serosa e adventícia (com a serosa recobrindo a camada 
superior externa e a adventícia recobrindo a camada externa restante); 
● Camada muscular (também chamada de músculo detrusor, é formada 
por fibras de músculos que serão responsáveis pela contração ou 
 
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relaxamento da bexiga para que o processo da micção seja 
controlado); 
● Camada submucosa (fina camada de tecido conjuntivo que se conecta 
à camada muscular e à camada mucosa); 
● Camada mucosa (a camada mais interna do órgão e recobre toda 
essa região. Apresenta aspecto enrugado quando a bexiga está vazia 
e aspecto liso quando a bexiga está cheia). 
 
 
EMBRIOLOGIA 
 
6. Qual é a origem embrionária do úraco? 
 O úraco origina-se de uma involução do alantóide que forma um tubo 
relativamente grosso, durante o período fetal. Isso ocorre, ainda, a partir do 
crescimento da bexiga urinária - a qual, antes, pertencia a uma continuidade com a 
porção intraembrionária do alantóide, porém, com o desenvolvimento do feto, varia 
sua dimensão. 
 
7. Correlacione o úraco com o alantóide na sua formação embrionária. 
A partir da 3ª semana do desenvolvimento embrionário, o saco vitelino possuirá uma 
evaginação na sua porção caudal que se estenderá até o pedículo de conexão, o 
alantoide. Tal estrutura, além de fazer parte do desenvolvimento inicial do sangue 
(formando as artérias e veias umbilicais), também se relaciona com a formação da 
bexiga urinária, a partir da continuação com a parte vesical cranial do seio 
urogenital , que dá origem a maior parte da bexiga. Porém, a partir da 12ª semana 
de desenvolvimento, o alantoide sofrerá uma constrição, formando um cordão 
fibroso e espesso, dando origem ao úraco. O úraco formará, no adulto, o ligamento 
umbilical mediano, que conecta a cicatriz umbilical à bexiga urinária. 
 
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Turma 108 
 
 
FIGURA 3: Formação do alantoide a partir do saco vitelino, com 18 dias de 
desenvolvimento embrionário. Fonte: MOORE. Embriologia Clínica 8ªed, figura 
5-5.C. 
 
FIGURA 4. Evidências da dilatação da porção vesical do seio urogenital, formando a 
bexiga, bem como a sua conexão com o alantoide. Formação do úraco. 
8. Como podem se formar os cistos do úraco? 
A formação dos cistos de úraco pode ser por conta de uma obliteração incompleta 
do úraco, resultando em um espaço na região média entre a porção associada ao 
umbigo e a associada à bexiga. Esse espaço, revestido por epitélio glandular, pode 
ser preenchido com secreções purulentas, sendo um problema muitas vezes 
assintomático. 
 
 
 
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MEDICINA SOCIAL 
 
9. Qual a importância da Comunicação na prática médica? 
O estudo da aderência veio sublinhar a importância da comunicação na relação 
médico(a)-doente e demonstrou aspectos surpreendentes desta relação, 
nomeadamente, que os doentes com muita frequência não dizem a verdade aos 
seus médicos e que na sua grande maioria os médicos desconhecem a magnitude 
deste problema, o que origina, em média, taxas de aderência de cerca de 50%. Este 
fenômeno tem implicações importantes sobre os resultados da prática médica, com 
diminuição da eficácia terapêutica, atraso no tempo de cura e aumento dos gastos 
em medicamentos, tratamentos e internamentos. Diversos estudos sobre 
compliance verificaram que muitos doentes, quando questionados, afirmavam ter 
seguido a prescrição a 100%, mas quando foram utilizados outros métodos como a 
contagem de comprimidos apuraram-se taxas de adesão 2 a 59%. Uma 
comunicação adequada com o doente permite perceber, com alguma facilidade, 
estas interdependências e tornar mais eficaz a nossa prática, mudando da 
perspectiva biomédica para a abordagem psicossocial. Na essência da comunicação 
é possível sincronizar gestos, intensidade de voz, ritmo de fala, posição do corpo, 
expressão facial. Como conclusão, considera - se a comunicação como um 
instrumento central para uma prática médica eficaz. 
 
10.Com base nas práticas de Comunicação e Saúde, a satisfação do paciente 
relaciona-se a quais fatores? 
Uma das vertentes fortemente relacionadas com a aderência é a satisfação do 
doente, dependendo esta de múltiplos fatores, na sua maioria comunicacionais. No 
entanto, efetivamente, a investigação tem reafirmado continuamente que os doentes 
satisfeitos melhoram mais depressa, têm maior aderência e menor consumo de 
consultas. Verificou-se que o tempo de consulta tem pouca influência na satisfação, 
mas que a comunicação, em especial o estilo de comunicação individual do(a) 
médico(a), tem uma grande influência. A satisfação está fortemente correlacionada 
 
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com a adequação do médico em lidar com as preocupações dos doentes, em se 
sentirem escutados e compreendidos, terem confiança no médico(a),bem como na 
expressão de sentimentos calorosos e positivos, na cortesia e na simpatia. A 
quantidade de informação influencia positivamente a satisfação, mas se o médico 
der pouca informação ou se esta for excessiva, esse fato tem uma influência 
negativa na satisfação do doente. Os aspectos psicossociais e culturais são uma 
componente importante na relação médico(a)-doente com grande influência na 
satisfação. 
11. O que é Comunicação não verbal? Descreva as diversas linguagens ou 
formas de Comunicação não verbal. 
 
A comunicação não-verbal é definida como a troca de informações entre pessoas 
sem o uso de signos formalizados (palavras), escritas, faladas ou gesticuladas - 
sendo a Libras, por exemplo, uma linguagem verbal. De acordo com o autor Mark 
Knapp, a comunicação não verbal pode ser dividida em paralinguagem (uso variável 
da voz, em diferentes modalidades e tons), proxêmica (uso do espaço/ambiente pelo 
ser humano), tacêsica (uso do toque e tato), características físicas (disposição 
corporal em forma e estética), fatores do meio ambiente (organização de objetos no 
espaço) e cinésica (uso de expressões/movimentos corporais). Exemplos práticos 
da comunicação não-verbal incluem expressões faciais, postura, tipo de roupa, 
entonação da voz, etc. Acredita-se que é um pilar de suma importância para a 
relações interpessoais, especialmente entre médico(a)-paciente, porque expressa 
informações, sintomas e sentimentos nem sempre conscientes ou efetivamente 
concretizados de forma verbal. 
 
12.Descreva situações onde podemos considerar que não houve adesão dos 
pacientes às prescrições médicas. 
 
Há cinco situações principais em que se considera não-adesão do tratamento por 
pacientes: i) não uso do medicamento prescrito; ii) desrespeito ao intervalo entre as 
 
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Turma 108 
 
doses (se houver mais de uma dose); iii) não consumo de todas as doses/efetivação 
incompleta do tratamento; vi) uso excessivo de doses; v) quantidade diferente da 
prescrita para cada dose. A partir dessa questão, é mister entender como ela se 
configura como um problema devido a suas consequências detrimentosas tanto para 
os pacientes como para os serviços de saúde e seus componentes, além de atestar 
as causas desse fenômeno. Em primeira análise, vê-se que a não-adesão de 
pacientes as prescrições médicas aumenta o tempo de cura, prolongando o 
adoecimento ou agravando-o e aumenta gastos com medicamentos e serviços que 
têm de ser refeitos quando o adoecimento não é resolvido. Em segunda análise, 
acredita-se que a má comunicação entre médico(a) e paciente, seja esta por falta de 
vínculo seja por não entendimento do paciente de como o tratamento deve proceder, 
é um dos principais fatores de causa da não adesão. Além disso, listam-se também 
outros fatores como elevado custo de medicação ou medidas terapêuticas prescritas 
e a frustração por parte dos pacientes com o grande tempo de espera e atraso para 
a concretização da consulta. Em última análise, conclui-se que a não aderência de 
pacientes às suas respectivas prescrições é um fenômeno que diverge e fere ao 
princípio da medicina centrada na pessoa e ao modelo biopsicossocial, em que a 
corresponsabilização do tratamento, a abordagem do paciente pelo(a) médico(a) de 
forma global e a melhora da relação médico(a)-paciente são princípios 
fundamentais. 
 
REFERÊNCIAS 
 
FREITAS, Camila Colás Sabino de. Afinal, por que o paciente não adere ao 
tratamento? Considerações psicanalíticas da não adesão em doenças crônicas. 
Universidade de São Paulo. São Paulo, 2018. Disponível em: 
< https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-26102018-192903/publico/ 
freitas_me.pdf > Acesso em: 22 de jul. de 2021. 
 
SILVA, Lúcia Marta Giunta da et al . Comunicação não-verbal: reflexões acerca da 
linguagem corporal . Revista Latino-Americana de Enfermagem [online]. 2000, v. 8, 
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-26102018-192903/publico/freitas_me.pdf
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-26102018-192903/publico/freitas_me.pdf
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
Integração Básico-clínico I 
2021.1 
Turma 108 
 
n. 4, pp. 52-58. Disponível em: 
<https://doi.org/10.1590/S0104-11692000000400008>. Acesso em: 22 de jul. de 
2021. 
 
SILVA, Pedro Ribeiro Da. A comunicação na prática médica: O seu papel como 
componente terapêutico. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar , [S.l.], 
v. 24, n. 4, p. 505-12, jul. 2008. ISSN 2182-5181. Disponível em: 
< https://www.rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10531 >. Acesso em: 25 jul. 
2021. doi: http://dx.doi.org/10.32385/rpmgf.v24i4.10531 . 
 
JUNQUEIRA, L. C. U. ; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia Básica. 13. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. 
 
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para clínica. 8. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 
 
 
https://www.rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10531
http://dx.doi.org/10.32385/rpmgf.v24i4.10531

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