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Salvador 2019 Curso: Enfermagem Docente: Maurício Brasil Discentes: Ingrid Marques, Júlia Perez, Larissa Ferreira, Lorena Pereira, Luana Vasconcelos e Paula Magalhaes. POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DAS POPULAÇÕES DO CAMPO E DA FLORESTA Saúde Coletiva II 1 Introdução Conceitos Gerais As populações do campo e da floresta são caracterizadas por povos e comunidades que têm seus modos de vida, produção e reprodução social relacionados predominantemente com a terra; A realidade rural brasileira é resultado de sua história econômica, política e cultural, mas também pelos conflitos e pelas lutas populares de resistência ao modelo autoritário e repressor; A Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta expressa o compromisso político do governo federal em garantir o direito e o acesso à saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), considerando seus princípios fundamentais de equidade, universalidade e integralidade. Disponível: http://bvsms.saude.gov.br 2 Enfermagem Introdução Histórico No início do século XX, o campo brasileiro transformou-se em espaço privilegiado com a expansão das fronteiras agrícolas; É nessa década a criação do Ministério da Saúde, em 1953, e a criação do Departamento de Endemias Rurais, em 1956. Paralelamente, os ruralistas organizaram a I Conferência Rural; Em 1960 ocorre, além da expansão das Ligas Camponesas, a criação, em 1963, da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (CONTAG); Golpe militar de 1964; Em 1967, é criado o Fundo de Assistência e Previdência Rural, o FUNRURAL. Disponível: http://bvsms.saude.gov.br 3 Introdução Histórico Em 1976, o Ministério da Saúde, contando com financiamento da Previdência Social, por meio do PIASS – MS/INAMPS, estendeu a cobertura de serviços públicos de saúde para a área rural; A extinção do FUNRURAL, em 1977 enfraqueceu a ação da previdenciária rural; A Constituição Federal de 1988 ratificou a saúde como direito, adotando o conceito ampliado de saúde. O final da década de 1990 e o início do século XXI são marcados por intensa movimentação no campo e na floresta. Disponível: http://bvsms.saude.gov.br 4 Introdução Disponível: http://www.saudecampofloresta.unb.br A legislação do setor (Lei nº 8.080/1990), explicita que: a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. 5 Introdução Disponível: http: //bvsms.saude.gov.br O Ministério da Saúde apresenta a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta (PNSIPCF), instituída pela Portaria n° 2.866, de 2 de dezembro de 2011, e pactuada pela Comissão de intergestores Tripartite (CIT), conforme Resolução n° 3, do dia 6 de dezembro de 2011, que orienta o seu Plano Operativo. 6 População do Campo e da Floresta Disponível: www.bonde.com.br Quem são? Seringueiros; Agroextrativistas; Trabalhadores rurais; Agricultores familiares; Povos do cerrado, semiárido, do pampa, do pantanal, entre outros; Comunidades Tradicionais como: Ribeirinhas, Quilombolas, as que usam ou habitam reservas extrativistas em áreas florestais ou aquáticas e atingida por barragem. 7 População do Campo e da Floresta Disponível: www.bonde.com.br Situação da população Desemprego; Falta de moradia digna; Alimentação inadequada; Baixo nível de escolaridade; Doenças por conta de intoxicação; Sistema de saneamento básico inexistente; Sem acesso a educação, serviços de saúde e da participação popular na construção de políticas públicas. 8 Política Nacional Disponível: www.bvsms.saude.gov.br 14ª Conferência de saúde; Portaria n 2.866, de 2 de dezembro de 2011 - Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta (PNSIPCF); Portaria Nº 2.311, de 23 de outubro de 2014 - Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (PNSIPCFA); Fazer cumprir os princípios do SUS. 9 Política Nacional Disponível: www.bvsms.saude.gov.br Participação social; Informação e comunicação em saúde; Saúde como direito universal e social; Apoio á produção sustentável e solidária; Formação e educação permanente em saúde; Valorização de práticas e conhecimentos tradicionais; Transversalidade como estratégia política e a intersetorialidade. 10 Pautas Relevantes Disponível: www.bvsms.saude.gov.br Saneamento rural; Saúde do Trabalhador (a) do CFA; Plantas medicinais e fitoterápicos; Ampliação do acesso aos serviços de saúde; Redução de problemas decorrentes da utilização de agrotóxicos; Formação de profissionais de saúde com foco às especificidades das populações do CFA e das lideranças dos movimentos sociais do CFA com foco na participação e controle social no SUS. 11 Principais Avanços Disponível: www.bvsms.saude.gov.br Participação de representantes nos movimentos sociais Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Redefinição do arranjo organizacional das equipes de Saúde da Família Portaria nº 1.591, de 23 de julho de 2012, que estabelece os critérios para habilitação de Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF) Portaria nº 290, de 28 de fevereiro de 2013, institui o Componente Construção de UBS Fluviais 12 Limitações Disponível: www.bvsms.saude.gov.br Desqualificação dos profissionais Distância Rotatividade dos professionais Falta de infraestrutura Falta de transporte Falta de acesso a meios de comunicação 13 Principais Retrocessos Disponível: www.bvsms.saude.gov.br 14 Enfermagem www2.camara.leg.br O Brasil ainda apresenta iniquidades na distribuição da riqueza, com amplos setores de sua população vivendo em condições de pobreza que não ilhes permitem o acesso ás mínimas condições e aos bens essenciais á sua saúde. 15 Objetivo Geral Disponível: www.bvsms.saude.gov.br Promover a saúde das populações do campo, da floresta e das águas, por meio de ações e iniciativas que reconheçam as especificidades: Gênero Raça/cor Geração Etnia Orientação religiosa Orientação sexual PORTARIA Nº 2.866 16 Objetivos Específicos Disponível: www.bvsms.saude.gov.br Garantir o acesso aos serviços de saúde, qualidade e humanização; Reduzir os acidentes e agravos, particularmente o adoecimento decorrente do uso de agrotóxicos e de mercúrio e da exposição contínua aos raios ultravioleta; Contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações do campo e da floresta, incluindo articulações intersetoriais para promover a saúde, através de ações; Reconhecer e valorizar os saberes e as práticas tradicionais de saúde dessas populações. 17 Financiamento Disponível: www.bvsms.saude.gov.br O financiamento desta Política deve ocorrer por meio de fontes a serem inseridas nos orçamentos da União, dos estados e municípios. Os recursos referentes ao acesso serão negociados por meio dos Planos Diretores de Regionalização e do Pacto de Gestão. São considerados os recursos alocados pelo SUS para a atenção básica, de acordo com as Portarias MS-GM n.º: 698, de 30/03/2006. 18 Plano Operativo Disponível: www.bvsms.saude.gov.br Objetivo: apresentar estratégias que orientarão as gestões federal, estadual e municipal no processo de enfrentamento das iniquidades e desigualdades em saúde, com foco nas populações do campo e da floresta. Refere-se a uma política transversal com gestão e execução compartilhadas entre as três esferas de governo e, cuja articulação às demais políticas do Ministério da Saúde é imprescindível. 19 Plano Operativo Disponível: www.bvsms.saude.gov.br TERRITÓRIO: Trama complexa de relações com raízes históricas e culturais ,configurações políticas e identidades, cujos sujeitos sociais podem protagonizar um pacto de desenvolvimento sustentável . REGIÃO DE SAÚDE: Espaço geográfico continuo constituído por agrupamentos de municípios limítrofes. MAPA DE SAÚDE: Descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela Iniciativa privada. 20 Plano Operativo Disponível: www.bvsms.saude.gov.br EIXO 1: ACESSO DAS POPULAÇÕES DO CAMPO E DA FLORESTA NA ATENÇÃO À SAÚDE Adoção de modelo de gestão; Ampliação da Atenção Básica; Aperfeiçoamento da Urgência e Emergência. Trata-se de adoção de mecanismos gerenciais e de planejamento para a promoção de equidade em saúde de grupos em condições de vulnerabilidade; 21 Trata-se de ações para a redução dos fatores de riscos e de agravos decorrentes dos processos de trabalho, destacando as intoxicações por agrotóxicos, mercúrio e, outras substâncias, assim, como desenvolver ações de saneamento ambiental. Plano Operativo Disponível: www.bvsms.saude.gov.br EIXO 2: AÇÕES DE PROMOÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE ÀS POPULAÇÕES DO CAMPO E DA FLORESTA Reduzir riscos de agravos a saúde; Ações de saneamento ambiental; Promoção e vigilância à saúde do trabalhador 22 Inserção das temáticas referentes à saúde nos processos de educação permanente; Desenvolvimento de processos educativos com base na educação popular; Qualificação da gestão descentralizada e participativa do SUS. Plano Operativo Disponível: www.bvsms.saude.gov.br EIXO 3: EDUCAÇÃO PERMANENTE E EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE COM FOCO NAS POPULAÇÕES DO CAMPO E DA FLORESTA 23 Plano Operativo Disponível: www.bvsms.saude.gov.br EIXO 4: MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO ACESSO ÀS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE ÀS POPULAÇÕES DO CAMPO E DA FLORESTA O monitoramento e a avaliação devem ocorrer com base nas ações propostas por este Plano, considerando as prioridades e metas do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP) e do Plano Plurianual (PPA) 2012/2015. Os indicadores devem ter como referência à morbimortalidade e ao acesso destas populações a atenção integral à saúde. 24 Salvador 2019 Curso: Enfermagem Docente: Mauricio Brasil Discentes: Ingrid Marques, Júlia Perez, Larissa Ferreira, Lorena Pereira, Luana Vasconcelos e Paula Magalhaes. . Obrigada! Ingrid 25