Buscar

teorico estudos epidemio 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estudos Epidemiológicos 
em Enfermagem
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Fernanda Faleiros de Almeida Oliveira
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Revisor Técnico:
Prof. Dr. Julio Cesar
Indicadores em Saúde e o Método Epidemiológico
Indicadores em Saúde e o 
Método Epidemiológico
 
 
• Apresentar os indicadores utilizados na Área da Saúde;
• Analisar as Doenças Epidemiológicas.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Indicadores de Saúde;
• Tipos de Medidas em Saúde;
• Medidas de Morbidade;
• Medidas de Mortalidade;
• Letalidade;
• Coeficiente de Natalidade.
UNIDADE Indicadores em Saúde e o Método Epidemiológico
Indicadores de Saúde
Vamos conversar sobre indicadores de saúde?
Medir saúde resulta conceituá-la, e a grande dificuldade está no fato de não haver uma 
separação nítida entre a saúde e a doença (FRANCO, 2011).
Mas, O Que É Indicador?
Segundo o Dicionário, indicador significa aquilo que indica, que dá a conhecer.
O termo “indicador” é usado para medir aspectos não sujeitos à observação direta, 
como, por exemplo, a saúde, a qualidade de vida e a felicidade (PEREIRA, 2013).
Na Área da Saúde, as informações epidemiológicas como fatores de risco de uma 
doença, por exemplo, são apresentadas sob a forma de indicadores, chamados, então, 
de Indicadores de Saúde.
Em Epidemiologia, vários são os indicadores utilizados para mensurar o nível de vida 
e a saúde de uma população (FRANCO, 2011, p. 117).
Em 1998, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) definiu que:
Os indicadores básicos de desenvolvimento humano assumem importância 
fundamental em toda análise da situação de saúde, pois documentam as 
condições de vida da população e dimensionam o espaço social em que 
ocorrem as mudanças no estado de saúde. (ROUQUAYROL, 2018, p. 25)
Tipos de Medidas em Saúde
Você Sabia?
Os coeficientes são usados para cálculos de estimativas e projeções! Por exemplo, o co-
eficiente de mortalidade de uma população X pode ser usado para calcular a estimativa 
da mortalidade de uma população Y.
Em Saúde, é comum identificar diferentes tipos de Medidas Básicas: os índices abso-
lutos, os coeficientes e as taxas, denominados de acordo com sua função.
Índice
Refere-se a todos os descritores da vida e da saúde. Nesse termo, são incluídos todos os 
termos numéricos que trazem a noção de grandezas existentes e incidentes. É o resultado 
de medidas básicas, estimativas e projeções sobre a vida e a saúde, quantificando variáveis 
8
9
de duas categorias, ocorrências e prevalências. Os mais usados expressam eventos de três 
naturezas: nascimentos, doenças e óbitos (ROUQUAYROL, 2018, p. 29).
Indicadores
Trata-se do índice eleito para alertar qual o momento, a hora, o tempo e o lugar para 
que se desencadeie uma ação, ou seja, o indicador é o índice crítico capaz de orientar a to-
mada de decisão em prol das evidências ou providências (ROUQUAYROL, 2018, p. 29) .
Taxas
Termo usado para designar as medidas auxiliares nos cálculos de estimativas e projeções 
de fenômenos dos quais não se têm registros confiáveis (ROUQUAYROL, 2018, p. 29).
Coeficientes
Termo usado para designar as medidas que descrevem os fenômenos observados. 
Todo coeficiente de risco pode ser usado para cálculos de estimativas e projeções das res-
pectivas ocorrências. Nessa função, é renomeado como taxa de risco (ROUQUAYROL, 
2018, p. 29).
Coeficientes descrevem os fenômenos observados, enquanto as taxas auxiliam o cál-
culo dos fenômenos esperados.
No coeficiente, o número de casos está relacionado ao tamanho da população da 
qual eles procedem e esta é a estrutura de um coeficiente:
 
 
númerodecasosCoeficiente constante
população sobrisco
= ×
Onde:
• No numerador: os casos (de doença, incapacidade, óbito, indivíduos com determi-
nadas características etc.);
• No denominador: a população sob risco (de adoecer, de se tornar incapacitada 
etc.). É o grupo de onde vieram os casos ;
• Constante: = 10, 100, 1.000, 10.000, 100.000, 1.000.000 etc. Pode ser qualquer 
múltiplo de 10, que evite muitos decimais e melhor expresse o resultado final. A cons-
tante facilita a comunicação dos resultados, que podem ser expressos sem recurso 
a constantes. Por exemplo, 0,02 significa 2% e 0,002 é o mesmo que 2 por 1.000 
(PEREIRA, 2013).
“Índice” e “indicador”, às vezes, são usados como sinônimos! O índice ajuda na des-
crição e expressa situações multidimensionais e o indicador ajuda na tomada de de-
cisão para a ação e inclui apenas um aspecto, por exemplo, a natalidade.
9
UNIDADE Indicadores em Saúde e o Método Epidemiológico
Você já pensou que os indicadores, na maioria das vezes, são negativos, pois são 
utilizados no sentido de estarem avaliando mais a doença que a saúde!
Nesta Unidade, reunimos alguns coeficientes e índices mais usados em Epidemiolo-
gia, divididos em dois grupos: as medidas de morbidade e as de mortalidade.
Medidas de Morbidade
Segundo Rouquayrol, medidas de morbidade têm como característica essencial o fato 
de serem usadas, preferencialmente, para avaliar o nível de saúde e para aconselhar 
ações de caráter abrangente que visem a melhorar o estado sanitário da comunidade 
(ROUQUAYROL, 2018).
Os indicadores de morbidade possibilitam mensurar os novos casos de uma doença, 
bem como o total de casos dessa doença, ou seja, demonstram a situação de saúde de 
um local, região ou país, dando aos gestores públicos ferramentas para um bom plane-
jamento do Sistema e dos Serviços de Saúde.
As medidas de morbidade são mais difíceis de obter que as medidas de mortalidade, 
pois a morte é evento único, enquanto a morbidade é embasada em várias ocorrências 
na vida (FRANCO, 2011).
Importante!
Indicadores de morbidade analisam do que as pessoas adoecem.
Segundo Galleguillos (2014), a morbidade identifica as causas que determinam o ado-
ecer, e estudar dados de morbidade é essencial para as análises de causa/efeito.
Já Rouquayrol afirma que as medidas de morbidade têm duas características fundamentais:
• O fato de serem utilizadas, preferencialmente, para avaliação do nível de saúde;
• Serem usadas para o aconselhamento de ações de caráter abrangente que visem a 
melhorar o estado sanitário de uma comunidade (ROUQUAYROL, 2018, p. 33).
As Medidas de Saúde Coletiva abrangem categorias de medidas que possibilitam 
realizar diagnóstico em saúde: a prevalência e a incidência. 
Medidas de prevalência retratam o que existe numa população enquanto as medidas 
de incidência retratam o que ocorre nessa população. 
Juntas, prevalência e incidência, mostram o panorama epidemiológico numa popu-
lação, ou seja, sua situação de saúde e suas condições de vida. 
10
11
Segundo Pereira, a incidência é como se fosse um “filme” sobre a ocorrência da do-
ença, enquanto a prevalência produz apenas um “retrato” dela na coletividade. Uma é 
dinâmica e a outra, estática. 
Para conhecer a incidência, aponta-se a duração do tempo de observação de surgi-
mento dos casos novos. Em contrapartida, a prevalência aborda o número de casos já 
existentes (PEREIRA, 2013, p. 76).
Figura 1
Fonte: Adaptada de PEREIRA, 2013, p. 77
Em Síntese
• Incidênci a: R epresenta novos casos da doença;
• Prevalência : Re presenta o total de casos da doença.
Incidência e prevalência medem diferentes aspectos da morbidade e, em geral, são 
reveladas por meio de relações entre casos da doença e população exposta.
Incidência
A incidência de uma doença é definida como o número de casos novos que ocorrem 
em um determinado período, em uma população exposta ao risco de adoecer. É uma 
medida de eventos, o que quer dizer que a doença se propaga em pessoas preliminar-
mente saudáveis (não doentes) (FRANCO, 2011).
É expressa em valores absolutos de casos novos, obtidos por contagem, em um in-
tervalo de tempo e população definidos e seu cálculo é feito a partir da fórmula a seguir .
Seu cálculo é feito dividindo-se o número de casos novos de uma doença – em um in-
tervalo de tempo, período e área determinada –pela população exposta, nesse mesmo 
período, ao risco de adquiri-la, e multiplicando-se o resultado por um múltiplo de dez, 
conforme descrito na fórmula a seguir:
11
UNIDADE Indicadores em Saúde e o Método Epidemiológico
"casos novos" 10= × nnúmero de em determinado período CI 
número de pessoas expostas ao risco no período
Onde:
• CI = Coeficiente de incidência;
• Casos novos = número de pessoas afetadas ou número de episódios de um agravo 
à saúde;
• n = qualquer potência de base 10, de acordo com a doença ou o agravo (quanto 
menos frequente o agravo, maior deve ser a potência de 10 para tornar o resultado 
um número inteiro), tendo na fórmula de cálculo um múltiplo de 10: 100, 1000, 
10000 etc.
Por exemplo
Entre 600 crianças do Ensino Fundamental de uma Escola, acompanhadas durante 
o mês de março de 2019, foram diagnosticados 3 casos de catapora. 
Calcule a taxa de incidência:
3 1.000 
600
CI = ×
0,005 1.000 5CI = × →
O coeficiente de incidência na referida Escola foi de 5 casos de catapora, por 1.000 
crianças, no mês de março de 2019.
Onde:
• CI = Coeficiente de incidência;
• Casos novos = 3;
• Pessoas expostas ao risco = 600;
• Constante = 1.000.
Viu só como é tranquilo calcular a taxa de incidência!!!
Prevalência
Segundo Franco, prevalência é uma “fotografia instantânea” da população com 
relação a uma determinada doença ou agravo. Isso significa que a prevalência é a 
soma de casos novos e antigos, que permanecem na comunidade no período estudado 
(FRANCO, 2011, p. 121).
12
13
Caso o estudo seja realizado em momento diferente, é bem provável que a preva-
lência também seja diferente, porque o cenário muda e, é quase certo, que novos casos 
terão surgido e outros não existirão mais por migração, cura ou morte.
Seu cálculo é feito dividindo-se o número de casos conhecidos de uma dada doen-
ça (novos e antigos) pela população, em um intervalo de tempo e área determinados, 
e multiplicando-se o resultado por um múltiplo de dez, conforme descrito na fórmula 
a seguir:
 10
 
nnúmerodecasos existentesCP
númerode pessoas na população
= ×
Onde:
• CP = Coeficiente de Prevalência;
• Casos existentes = total de casos da doença (casos novos e antigos);
• n = qualquer potência de base 10, de acordo com a doença ou o agravo (quanto 
menos frequente o agravo, maior deve ser a potência de 10 para tornar o resultado 
um número inteiro), tendo na fórmula de cálculo um múltiplo de 10: 100, 1000, 
10000 etc.
Por exemplo
Vamos supor que a cidade de Boaventura tem uma população de 156.000 habitantes 
e, no ano de 2020, apresentava 3.050 habitantes hipertensos. 
Qual é o coeficiente de prevalência?
3.050 1 00
156.000
CP X=
0,0195 100 1,955CP = × →
O coeficiente de prevalência foi de 1,95 hipertensos/100 habitantes.
Esse resultado significa que a cada 100 habitantes temos 1,95 pessoas hipertensas.
Vamos a mais um exemplo
Na localidade de Bronzeado, em 31/12/2017, havia 470 casos de diabetes. 
Nessa localidade, durante o ano de 2018, foram diagnosticados 60 novos casos des-
sa doença entre seus habitantes. Nesse ano, 28 pessoas, já com diabetes, mudaram-se 
para essa cidade e 55 pessoas faleceram devido à doença. A população estimada de 
Bronzeado era de 300.000 pessoas. 
Pergunta-se:
Qual a incidência de diabetes em Bronzeado em 2018?
13
UNIDADE Indicadores em Saúde e o Método Epidemiológico
60 10.000
300.000
CI = ×
• CI = 2/10.000 habitantes.
O coeficiente de incidência em Bronzeado foi de 2 novos diabéticos a cada 10.000 
habitantes no ano de 2018.
Qual a prevalência dessa doença em 31/12/2017?
( )470 10.000
300.000
CP = ×
• CP = 15,66/10.000 habitantes.
O coeficiente de prevalência em Bronzeado foi de 15,66 diabéticos a cada 10.000 
habitantes no ano de 2017.
Qual a prevalência dessa doença em 31/12/2018?
( )470 60 28 55 10.000
300.000
CP
+ − −
= ×
• CP = 14,9/10.000 habitantes.
O coeficiente de prevalência em Bronzeado foi de 14,9 diabéticos, a cada 10.000 
habitantes, no ano de 2018.
Você Sabia?
Uma doença aguda, como dengue por exemplo, é avaliada por sua incidência e, após o 
período epidêmico, essa incidência tende a cair! 
Se avaliarmos a prevalência após uma epidemia, ela pode não refletir a dimensão real 
da doença (FRANCO, 2011).
Medidas de Mortalidade
Segundo Rouquayrol, a preocupação em conhecer as causas e os meios de evitar a 
doença e a morte refletem o interesse em prolongar a vida e tem acompanhado a pró-
pria Humanidade (ROUQUAYROL, 2018, p. 44).
O Coeficiente de Mortalidade Geral – CMG mede, de maneira global, a quantidade 
total de mortes que aconteceram em uma população num determinado período e é usa-
do na Saúde Coletiva para comparar a mortalidade entre diferentes áreas ou comparar 
momentos diferentes de uma mesma área (FRANCO, 2011).
14
15
Esses coeficientes são organizados obedecendo a vários critérios como idade ou sexo, 
por exemplo e, a partir deles, é possível analisar os níveis de saúde de uma população, 
pois nos fornecem um parecer das condições gerais de vida dessa população. 
Esse indicador, porém, não mostra as causas que levaram à morte e, por isso, não 
é utilizado para o planejamento de ações específicas de prevenção da mortalidade 
(GALLEGUILLOS, 2014).
Gráfico indicando a diferença entre os índices de mortalidade pela gripe de 1918 e 
epidemias normais de acordo com a idade:
Figura 2
Fonte: Wikimedia Commons
Segundo Galleguillos, os dados para calcular a mortalidade geral são retirados do 
Sistema de Informação de Mortalidade, que resgata esses dados da Declaração de Óbito 
(DO), conhecida como Atestado de Óbito, e a qualidade desses dados não é a mesma 
para todas as regiões de um país e nem para países diferentes, pois depende da orga-
nização dos serviços para notificar as mortes, além da qualidade do preenchimento da 
declaração de óbito (GALLEGUILLOS, 2014).
O CMG é calculado dividindo-se o número total de óbitos por todas as causas ocorri-
das em determinada Área e em determinado período pela população da mesma Área e 
período e multiplicado por um múltiplo de 10 que, nesse caso, geralmente, multiplica-se 
por 1.000 habitantes, base referencial para a população exposta.
Observe, agora, a fórmula para calcular a mortalidade geral:
 1 0
 
nnúmerodeóbitos na populaçãoemdeterminado períodoeáreaCMG X
populaçãoresidentena área nomesmo período
=
Onde:
• CMG = coeficiente de mortalidade geral
15
UNIDADE Indicadores em Saúde e o Método Epidemiológico
• Número de óbitos ocorridos num determinado local e tempo;
• n = qualquer potência de base 10, de acordo com a doença ou agravo (quanto 
menos frequente o agravo, maior deve ser a potência de 10 para tornar o resultado 
um número inteiro), tendo na fórmula de cálculo um múltiplo de 10: 100, 1000, 
10000 etc.
Por exemplo
O município de Alegres, que tem 500.000 habitantes, registrou, em 2019, 2.500 óbitos. 
Calcule o Coeficiente de Mortalidade Geral – CMG:
2.500 1.000
500.000
CMG = ×
O CMG do município de Alegres, em 2019 foi de 5 óbitos a cada 1.000 habitantes.
Coeficiente de Mortalidade Materna
Galleguillos diz que mulheres gestantes não deveriam morrer, afinal ,gravidez não 
é doença. Entretanto, no Brasil, a mortalidade materna ainda é alta, o que reflete que 
os Serviços de Saúde não estão acompanhando todas as gestantes de forma adequada 
(GALLEGUILLOS, 2014, p. 63).
Figura 3 – Morte da mãe enquanto o recém-nascido lhe é levado. 
Alto-relevo, 1863, Striesener Friedhof em Dresden
Fonte: Wikimedia Commons
O Coeficiente de Mortalidade Materna – CMM é uma medida de risco relativa à mu-
lher quando grávida e é calculado dividindo-se os óbitos ligados à gestação, ao parto e 
ao puerpério numa certa área e num certo período pelo número de nascidos vivos no 
mesmo local e no mesmo período e multiplicando por um múltiplo de 10 que, nesse 
caso, geralmente, multiplica-se por 100.000 habitantes, base referencial para a popula-
ção exposta, conforme a fórmula a seguir:
16
17
 " "1 0
 
nnúmerode óbitos maternos emáreae períododeterminadosCMM
nascidos vivos demães residentes nesta áreae período
= ×
Onde:
• CMM = Coeficiente de Mortalidade Materna;
• Óbitos Maternos = Óbitos ligados à gestação, ao parto e ao puerpério;
• n = qualquer potência de base 10, de acordo com a doença ou agravo (quanto 
menos frequente o agravo, maior deve ser a potência de 10 para tornar o resultado 
um número inteiro), tendo na fórmula de cálculo um múltiplo de 10: 100, 1000, 
10000 etc.
Por exemplo
No Brasil, em 2015, foram registrados 1.738 óbitos maternos e 3.017.203 nascidos vivos. 
Qual o coeficiente de mortalidade materna?
1.738 100.000
3.017.203
CMM = ×
O Coeficiente de Mortalidade Materna, no Brasil, em 2015, foi de 57,6 óbitos para 
cada 100.000 nascidos vivos nesse ano.
Coeficiente de Mortalidade Infantil
 Embora ainda perdurem desigualdades regionais e locais no Brasil, tem sido regis-
trada diminuição significativa na mortalidade infantil, atribuída a intervenções simples, 
planejadas e conjugadas do Setor da Saúde (ROUQUAYROL, 2018).
Figura 4
Fonte: ibge.gov.br
17
UNIDADE Indicadores em Saúde e o Método Epidemiológico
O Coeficiente de Mortalidade Infantil – CMI é um dado muito importante, pois se 
os cuidados com as gestantes e com crianças são bons, espera-se que a maioria delas 
nasçam saudáveis.
O coeficiente de mortalidade infantil mede o risco de morte para crianças menores 
de 1 ano (GALLEGUILLOS, 2014).
Para calcular a mortalidade infantil, divide-se o número de mortes de crianças meno-
res de 1 ano pelos nascidos vivos, em uma determinada área e período e se multiplica 
por um múltiplo de 10 que, nesse caso, geralmente, multiplica-se por 1.000, base refe-
rencial para este cálculo, conforme a fórmula a seguir:
 " " 10
 
nnúmerode óbitos infantis emum período eáreaCMI
total denascidos vivos demães residentes nessa áreae período
= ×
Onde:
• CMI = coeficiente de mortalidade infantil;
• Óbitos infantis = óbitos em menores de 1 ano de idade;
• n = qualquer potência de base 10, de acordo com a doença ou agravo (quanto menos 
frequente o agravo, maior deve ser a potência de 10 para tornar o resultado um nú-
mero inteiro), tendo na fórmula de cálculo um múltiplo de 10: 100, 1000, 10000 etc.
Por exemplo
No Brasil, em 2015, foram registrados 41.698 óbitos de crianças até um ano de idade 
e o total de nascidos vivos nesse ano foi de 3.017.203. 
Qual o coeficiente de mortalidade infantil?
41.698 1.000
3.017.203
CMI = ×
O Coeficiente de Mortalidade Infantil no Brasil, em 2015, foi de 13,82 óbitos para 
cada 1.000 nascidos vivos nesse ano.
Importante!
O coeficiente de mortalidade infantil e o coeficiente de mortalidade materna são fun-
damentais para o acompanhamento das metas nacionais e internacionais. Diminuir a 
mortalidade infantil e a materna é um dos objetivos de desenvolvimento do Milênio.
Letalidade
Letalidade, segundo o dicionário, é a condição do que é letal e, portanto, está relacio-
nada à mortalidade, ou seja, ao número de mortes de uma certa população que adquire 
uma doença. 
18
19
É um coeficiente muito utilizado e tem a propriedade de medir o risco de uma doença 
levar à morte, ou seja, a proporção esperada de pessoas que morrem ao contrair deter-
minada doença (GALLEGUILLOS, 2014).
Retrata a proporção de óbitos ocorridos entre os indivíduos acometidos por um agra-
vo de saúde e expressa a gravidade do processo, por exemplo, a letalidade da febre 
amarela é maior que a letalidade da gripe, pois um terço dos pacientes com febre ama-
rela morrem, proporção bem maior do que a observada nas pessoas afetadas pela gripe 
(PEREIRA, 2013).
Segundo Rouquayrol, a letalidade das doenças varia com a idade, o sexo e as condições 
socioeconômicas, entre outras, existindo, assim, doenças cuja letalidade esperada é de 100%, 
e existem doenças cuja letalidade esperada é zero, como é o caso do resfriado comum. 
O coeficiente de letalidade é calculado dividindo-se o número de óbitos decorrentes 
de determinada causa pelo número de pessoas afetadas pela doença e multiplicando-se 
o resultado por 100, conforme vemos na fórmula seguir:
 100
 
númerodeóbitos deuma doençaemdeterminado períodoCL
númerodecasos dessa doença nomesmo período
= ×
Onde:
• CL = Coeficiente de letalidade;
• 100 = Refere-se a porcentagem.
Por exemplo
A Escola de Primeiro Grau do município de Coqueiros tem 530 alunos matriculados. 
Durante os meses de agosto e setembro de 2019, ocorreram 121 casos de diarreia entre 
os alunos e dois óbitos devido à doença. 
Qual o coeficiente de letalidade?
2 100
121
CL = ×
O Coeficiente de Letalidade devido à diarreia, na referida Escola, foi de 1,65%.
Os indicadores de morbidade e mortalidade podem ser multiplicados por 1.000, 
10.000 ou 100.000, com exceção da letalidade, que é um percentual. A escolha deve 
levar em conta o total da população, ou seja, o valor escolhido não pode ser maior 
que o total da população (GALLEGUILLOS, 2014).
Letalidade x Mortalidade
Não devemos confundir letalidade com mortalidade! A diferença entre esses dois co-
eficientes está no denominador que, no caso da letalidade são os óbitos entre os casos 
da doença e na mortalidade, os óbitos da população estudada. 
19
UNIDADE Indicadores em Saúde e o Método Epidemiológico
Relação entre Letalidade, Mortalidade e Incidência
Os coeficientes de letalidade, mortalidade e incidência estão relacionados entre si e, a 
partir dos dados de dois destes elementos podemos estimar o terceiro. Esta relação está 
descrita na fórmula a seguir:
 ML
I
=
Onde:
• L = Letalidade;
• M = Mortalidade;
• I = Incidência.
Coeficiente de Natalidade
Para estudos sobre o evento “nascimento”, são múltiplas as aplicações da quantifica-
ção dos dados sobre os abortamentos, os nascimentos vivos e os natimortos, os nascidos 
vivos a termo e os pré-termos, entre outras. O coeficiente mais usado é o número de 
crianças nascidas vivas a cada ano (ROUQUAYROL, 2018).
Este coeficiente é utilizado para acompanhar o que ocorre com a população, com o 
passar do tempo, e são usadas também, no cálculo do crescimento natural da população 
(PEREIRA, 2013).
Pereira também relata que, em planejamento e administração, as taxas de natalidade 
são empregadas para prever necessidades da população, como, por exemplo, número 
de leitos em maternidades, de parteiras e de consultas pré-natais.
Coeficiente geral de natalidade relaciona o número de nascidos vivos à população 
total e é calculado a partir do número de nascidos vivos divididos pelos habitantes num 
período e multiplicado por um múltiplo de 10 que, nesse caso, geralmente, multiplica-se 
por 1.000, base referencial para este cálculo, conforme a fórmula a seguir:
 1 0
 
nnúmerodenascidos vivos emdeterminada áreae períodoCNG X
população geral dessa áerea nomesmo período
=
Onde:
• CNG = Coeficiente de Natalidade Geral;
• n = qualquer potência de base 10, de acordo com a doença ou agravo (quanto 
menos frequente o agravo, maior deve ser a potência de 10 para tornar o resultado 
um número inteiro), tendo na fórmula de cálculo um múltiplo de 10: 100, 1000, 
10000 etc.
20
21
Por exemplo
O número de nascidos vivos em Coqueiros foi de 26.912, durante o ano de 2018, 
enquanto a população desse município era estimada em 288.943 habitantes. 
Qual o coeficiente de natalidade geral?
26.912 1.000
288.943
CNG = ×
O Coe ficiente de Natalidade Geral – CNG, em 2018, foi de 10 nascidos vivos a cada 
1.000 habitantes de Coqueiros.
21
UNIDADE Indicadores em Saúde e o Método Epidemiológico
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Distanciamento social e o achatamento das curvas de mortalidade por COVID-19: 
uma comparação entre o Brasil e epicentros da pandemia
https://bit.ly/3wrpiLQ
Notificações de casos de dengue em Minas Gerais e sua relação com variáveis ambientais e sócio econômicas 
(Dengue casesnotification in Minas Gerais and its relationship with environmental and socio-economic variables)
https://bit.ly/3mmnEXm
Indicadores de qualidade: ferramentas para o gerenciamento de boas práticas em saúde
https://bit.ly/2R2hVdx
Portaria nº 399/GM de 22 de Fevereiro de 2006 
https://bit.ly/3dKCEu7
22
23
Referências
FRANCO, L. J.; PASSOS, A. D. C. Fundamentos de Epidemiologia. 2.ed. Barueri: 
Manole, 2011.
GALLEGUILLOS, T. G. B. Epidemiologia: indicadores de saúde e análise de dados. 
São Paulo: Érica, 2014.
PEREIRA, M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2013.
ROUQUAYROL, M. Z.; SILVA, M. G. C. da. Epidemiologia. 8.ed. Rio de Janeiro: 
Medbook, 2018.
23

Continue navegando