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RESUMO RADIO2 - Tomografia computadorizada

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Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Radiologia 2 – 2020.2 
Tomografia computadorizada 
É o registro das secções das fatias de um 
corpo. A priori foi desenvolvida por Goldfrey 
Hounsfield e Allan M Cormack, após os raios X. 
O princípio fundamental é: os raios X quando 
atravessam os tecidos são atenuados e emanam 
uma quantidade de energia que caracteriza a 
densidade de cada tecido irradiado. 
Na radiografia convencional, não é possível 
identificar a tridimensionalidade das estruturas, 
assim, é necessário expor o paciente mais de uma 
vez aos raios X, com incidências diferentes 
(perpendiculares entre si) para a mesma região. Na 
tomografia, as imagens geradas fornecem cortes 
consecutivos das estruturas, de maneira 
volumétricas; em uma mesma exposição é possível 
obter vários cortes. 
 
OBS.: é feito uma tomografia axial, e a partir dela é feita as várias 
reconstruções necessárias. 
• Tipos de sistemas tomográficos no mercado 
Tomografia computadorizada de feixes em leque 
(fan bean) – TCFL 
Podem ser chamadas: TC médica, TC 
convencional, TC espiral/helicoidal e Multislice 
(TCMS). 
Tomografia computadorizada de feixes cônicos 
(cone beam) – TCFC/CBCT 
Podem ser chamadas: TC odontológica, TC cone 
beam e TC volumétrica. 
• Composição da sala de exames 
Dividida em sala de exames, onde estará 
instalado o tomógrafo/ gantry e a mesa eletrônica, 
e sala de comando, com o visor e 
computador/console de comandos que vai 
possibilitar a visualização das imagens, e a 
definição das especificações necessárias para a 
realização do exame. 
OBS.: anteriormente a eletrônica de controle ficava dentro da sala de 
comando, porém, hoje, ela vem embutida no gantry. 
OBS.: a sala de exames é revestida de chumbo. 
• O gantry: 
Estão presentes no gantry um tubo de raios 
X, que precisa ter um sistema de refrigeração 
eficiente, colimadores, que servem para barrar a 
radiação secundária e janelas, e os detectores que 
são feitos de cristais luminescentes de tungstato de 
cadmio e gadolínio e metais de terras raras. 
O gantry pode ser inclinado em até 45º para 
obtenção de cortes/reconstruções em diferentes 
planos em relação ao paciente. 
OBS.: paciente é posicionado em decúbito dorsal com o plano sagital 
mediano paralelo ao solo, para aquisição de imagens de cabeça e 
pescoço. 
• A mesa: 
É o local onde o paciente é posicionado de 
acordo com a região de interesse a ser registrada; 
ela possui um tampo deslizante, um suporte para a 
cabeça e um sistema de elevação para posicionar 
o paciente. 
• Console de comandos 
Um computador onde serão dados os 
comandos para a execução da tomografia. 
 
 
 
 
 
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Radiologia 2 – 2020.2 
OBS.: a região de interesse é introduzida progressivamente no 
interior do gantry. 
OBS.: o feixe estreito de raios X atravessa as estruturas, sendo 
atenuado e sensibilizando os sensores diametralmente opostos. 
OBS.: uma mesma região é exposta várias vezes, sendo as áreas 
registradas como uma soma volumétrica de fatias. 
Características da Imagem 
As imagens que são vistas na tela são 
compostas por pixels, que formam a matriz, esses 
pixels, expressam apenas uma parte do volume da 
imagem, que é denominada de FOV. 
OBS.: quanto maior a quantidade de pixels, maior é a matriz, sendo 
maior a qualidade da imagem. 
 A imagem é exibida como sendo a soma de 
diversas pequenas unidades bidimensionais (pixel) 
que possuem a espessura relativa do corte 
realizado (voxel). 
OBS.: quanto menor o voxel, maior a resolução. 
 As estruturas são observadas segundo as 
suas densidades, podendo ser hipodensa (baixa 
densidade), hiperdensa (alta densidade) ou 
isodensas (densidade semelhantes). Essa 
densidade é definida pela estrutura de Hounsfield, 
que se baseia na densidade da água, sendo 0, as 
imagens isodensas, >0 imagens hiperdensas, <0 
imagens hipodensas, estando em uma faixa de 
+3000 a – 3000. 
 
 
 
 
 
OBS.: leva em consideração a capacidade do olho humano em 
distinguir tonalidades de cinza (de 20 – 100 tons); assim é importante 
tem um zoom que possibilite uma visualização assertiva da imagem, 
chamadas janelas, cujo são especificas para os tecidos. 
Centro da janela (C): controla a densidade da 
imagem e o número de HU que será o cinza médio. 
Largura da Janela (W): a extensão da escala de 
cinza. 
Evolução 
EVOLUÇÃO 
1ª geração - 1972 
Feixe em forma de lápis; 1 ou 2 detectores; 
movimento de translação e rotação de 1º; 
até 5’ para obtenção de 1 corte; o exame 
durava mais de uma hora. 
2ª geração - 1974 
Feixes em forma de leque, mais sensores; 
menor tempo de aquisição dos cortes, 
cerca de 20’’ por corte. 
3ª geração 
Feixes em forma de leque; aumento do 
número de detectores (200 a 1000); 
rotação do tubo e detector em conjunto, 
em 300º; gastava-se entre 1 – 2’’ por corte. 
4ª geração 
Sensores em anel fixo externo; os tubos de 
raios X, internos aos detectores, com 
rotação de 360º; tempo de verredura 
menor, levando até 1’ para a realização do 
exame completo. 
 
TC convencional: o paciente era posicionado, na 
mesa, que ia entrando no gantry e parando, para 
que a imagem fosse registrada. 
TC helicoidal: à medida que a mesa vai se 
movimentando a imagem vai sendo formada, de 
maneira continua. 
 Os tomógrafos helicoidais, iniciaram com 
apenas um sensor, singleslice, porém foram 
aumentando a quantidade de detectores para 
melhorar a imagem reconstruída, multislice, 
podendo chegar até 320 detectores, girando entre 
0,33 e 0,5’’, cobrindo até 16cm de área, assim criam 
voxels isométricos. 
TC dual source: possui dois conjuntos de fontes de 
raios X em um ângulo de 90º, com um FOV amplo 
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Radiologia 2 – 2020.2 
e outro central; são indicados para pacientes 
obesos, TC do sistema cardiovascular; 
atendimentos de emergência e lesões. 
TC de feixe cônico para odontologia: semelhante a 
helicoidal e de feixe cônico, sendo adaptada para 
que no processo de aquisição da imagem, não 
fosse perdida condições importantes do paciente 
para a odontologia, como a oclusão. 
O sistema de detecção/ sensores é composto por 
CCD + intensificador de imagem; CMOS + iodeto de 
césio ou gadolínio; FPD (Flat Panel Detector) silício 
amorfo +camada de cristais cintiladores; variando 
de acordo com o tomógrafo. 
 
 
Formação das imagens 
As imagens são formadas, a priori, em cortes 
axiais originais, para que depois seja reconstruída 
de maneira coronal, sagital e/ou tridimensionais, 
entre outros. 
 Quando o exame é montado, com 
reconstruções completas, eles são marcados 
numericamente, em locais específicos e distância 
pré-determinada, que marcam os cortes 
parassagitais/para-axial, em uma reconstrução 
axial, coronal e sagital. 
• Aplicações: 
➢ Avaliação de alterações patológicas em 
cabeça e pescoço; 
➢ Estudo para implantodontia; 
➢ Diagnóstico de fraturas; 
➢ Presença de sangue nas estruturas; 
➢ Avaliação da ATM; 
➢ Alterações ósseas; 
➢ Avaliação de dentes retidos; 
➢ Reabsorção radicular; 
➢ Avaliação de fraturas radiculares; 
➢ Prototipagem. 
Vantagens 
➢ Imagens mais detalhadas; 
➢ Reconstrução multiplanar; 
➢ Excelente diferenciação entre diferentes 
tecidos; 
➢ Manipulação da imagem; 
➢ Intensificação das imagens por contraste. 
Desvantagens 
➢ Riscos associados ao meio de contraste; 
➢ Alto custo; 
➢ Alta dose; 
➢ Artefatos; 
OBS.: Levar em consideração o principio da justificativa, sempre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
FREITAS, A.; ROSA, J.; SOUZA, I. F. Radiologia 
Odontológica. 6ª edição. Artes Médicas.FENYO-PEREIRA, Marlene; CRIVELLO JÚNIOR, 
Oswaldo; LASCALA, César Ângelo; et 
al. Radiologia odontológica e imaginologia. [S.l: 
s.n.], 2013. 
Tubos de raios X 
com feixe cônico 
+ detector
Imagens base 
(raw data)
Volume por meio 
de algoritimos
Reconstruções 
diretas ou 
preliminares
Reconstrução 
em 2D e 3D.

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