Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Maria Carolina B. de Castro Contenção física em aves • É essencial conhecer o mecanismo de defesa de cada uma (passeriformes, ratitas, aves de rapina...). • A variedade de tamanho entre as espécies é um fator importante para determinar a técnica de contenção. • Fraturas e exaustão por estresse são as consequências mais frequentes da falta de habilidade e técnica no momento de contenção física. • Especial atenção deve ser dada aos animais doentes, idosos e filhotes frágeis, quanto ao objetivo, técnica escolhida e tempo de contenção física. • Importante lembrar que aves possuem respiração comandada pela extensão e contração dos músculos intercostais e peitorais (movimento de fole). Não possuem diafragma. Ratitas • Emas, avestruzes, emus. • Potencial de defesa se concentra na força das patas, que possuem unhas capazes de lacerar. • Bico é forte e o pescoço longo confere grande mobilidade. • Importante restringir o espaço de movimentação do animal. • Equipamentos necessários seriam um gancho, especial e um capuz de tecido escuro. Anatídeos • Gansos, cisnes. • O movimento vigoroso e forte das asas quando se debatem é o maior risco. • Unhas demandam cuidado, movimentos de pedalagem rápidos com os membros inferiores devem ser contidos. • Algumas aves de porte grande possuem esporões nas asas que podem causar acidentes. • Espécies com pescoço longo merecem cuidado, visto que a mobilidade da cabeça e a possibilidade de bicadas fortes é um risco. • Aves de menor porte devem ser contidas sem dificuldade, porém com os mesmos cuidados. Contenção com dedo entre as asas, ou contenção da ave inteira com uma mão. Psitacídeos • Força do bico é grande, adaptado para alimento de consistência firme. • Unhas recurvadas, afiadas e causam importante dano. • O importante é a contenção da cabeça, com pressão suficientemente delicada para impedir a movimentação e alcance do bico ao corpo do operador. • Asas e patas devem ser contidas juntas e unidas ao corpo. Rapinantes • Principal forma de defesa são as garras. • O bico em muitas espécies é forte e perfurocortante. • Como defesa costumam colocar-se em decúbito dorsal e expor as garras. • A abordagem inicial pode ser feita com puçá ou toalha. Uma vez contida a cabeça, contem-se as patas. • Uso de máscara para restringir a visão é bastante indicado (capuz de falcoaria). Galiformes • Pavões, mutuns. • Algumas dessas espécies apresentam a característica de soltar as penas com facilidade como estratégia de fuga. • Permitem aproximação e contenção pelos membros, especialmente quando empoleirados, porém, para alguns pode ser usado o puçá. • Machos de algumas espécies (pavões, mutuns), possuem esporões no tarso que merecem atenção na contenção dos membros. Piciformes • Tucanos e araçaris. • Muita força no bico. • Unhas podem causar arranhões importantes. • Fragilidade do bico quando o ambiente apresenta obstáculos, por serem bicos grandes, pode enroscar, bater e até fraturar. Passeriformes • Pequenos, frágeis e sensíveis à contenção. • Na maioria das vezes não são necessários equipamentos. • Imobilização da cabeça, contenção das pernas, esterno liberado para que se mantenha movimentos respiratórios. • Metabolismo é mais rápido, então a resposta ao estresse também pode ser mais rápida. Uma contenção demorada demais pode ser prejudicial.
Compartilhar