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Prof(a) Ma: Julietty Morais E-mail:julietty@unifor.br 75 SETORES DE UMA EMPRESA DE FUNDIÇÃO Baseando-se nas páginas anteriores, pode-se dizer que a fabricação de uma peça fundida requer, pelo menos, os seguintes setores: De projetos; De confecção e reparação de modelos caixas de macho e elementos de modelo, ou seja, modelagem; De fabricação de peças fundidas, ou seja, a fundição propriamente dita. A oficina de fundição pode ser dividida nas seguintes áreas: De preparação de areias para a moldação; De moldação; De confecção de machos, isto é, macharia; De preparação do metal líquido, isto é, área de fusão; De vazamento dos moldes; De rebarbação e limpeza, isto é, área de acabamento de peças. FUNDIÇÃO Processos de Fundição Fundição em Areia – Quase todas as ligas podem ser fundidas em moldes de areia; de fato, é um dos poucos processos que podem ser usados com metais de alto ponto de fusão, como aços, níquel, e titânio. Sua versatilidade permite fundir peças variando em tamanho de pequenas a muito grandes e em quantidade produzida, de uma até milhões. Processos de Fundição Fundição em Areia – Fundição em areia, também chamada fundição em molde de areia, consiste em vazar o metal fundido num molde em areia, deixando o metal solidificar, e, depois, quebrar o molde para remover a peça. – A partir dessa breve descrição, observa- se que a fundição em areia inclui não somente as operações de fundição propriamente ditas, mas também a confecção do modelo e do molde. Processos de Fundição Fundição em Areia – Modelos e Machos – A fundição em areia requer um modelo, uma reprodução em tamanho real da peça, com dimensões maiores para considerar a contração de solidificação e as tolerâncias para usinagem da peça fundida acabada. Materiais empregados na confecção de modelos incluem madeira, plásticos e metais. – A seleção de um material apropriado para um modelo depende, em grande parte, da quantidade total de fundidos a serem produzidos. Processos de Fundição Fundição em Areia – Modelos e Machos – Existem vários tipos de modelos: • Modelo sólido (individual): com mesma geometria da peça, ajustada no tamanho para a contração de solidificação e a usinagem. Embora, seja o modelo de mais fácil fabricação, ele não é o de mais fácil emprego na confecção do molde em areia. Com um modelo individual, a determinação da localização da linha de partição entre as duas metades do molde pode ser um problema. Processos de Fundição Fundição em Areia – Modelos e Machos – Existem vários tipos de modelos: • Modelos bipartidos: consistem em duas peças, cujo plano de separação coincide com a linha de partição do molde. Modelos bipartidos são apropriados para peças com geometrias complexas e quantidades moderadas de produção. A linha de partição do molde é predeterminada pelas duas metades do modelo. Processos de Fundição Fundição em Areia – Modelos e Machos – Existem vários tipos de modelos: • Placa-modelo: para a produção de grandes quantidades, placas-modelo são usadas. Numa primeira opção, cada metade do modelo é fixada num lado de uma placa de madeira ou metal, e o conjunto pode ser chamado placa reversível. Processos de Fundição Fundição em Areia – Modelos e Machos – Os modelos definem a forma externa do componente fundido. Se o fundido tiver superfícies internas, um macho será necessário. Um macho é um modelo em tamanho natural do interior das superfícies do componente. Ele é inserido na cavidade do molde antes do vazamento, de tal forma que o metal fundido flui e solidifica no espaço entre a cavidade do molde e o macho, formando ao mesmo tempo as superfícies externa e interna. Processos de Fundição Fundição em Areia – Modelos e Machos – Dependendo da geometria do componente, o macho pode necessitar de suportes para mantê- lo, durante o vazamento, em posição dentro do molde. Esses suportes, denominados chapelins, são fabrica- dos em metal com temperatura de fusão maior que a do metal fundido. Por exemplo, chapelins em aço poderiam ser usados na moldagem de peças de ferro fundido. Com o vazamento e a solidificação, os chapelins ficam unidos ao fundido. Processos de Fundição Fundição em Areia – Moldes – As areias de fundição são constituídas de sílica (SiO2) ou sílica misturada com outros minerais. A areia deve possuir boas propriedades refratárias, capacidade para suportar altas temperaturas sem fusão ou outro tipo de degradação. Outras importantes características da areia incluem tamanho de grão, distribuição granulométrica e a forma dos grãos individuais. Grãos finos resultam no melhor acabamento superficial da peça fundida, mas grãos grosseiros são mais permeáveis (para permitir o escape dos gases durante o vazamento). 1- AREIA SILICO-ARGILOSA SINTÉTICA Entre as areias de moldação, utiliza-se mais comumente a areia sílico- argilosa sintética ou areia a verde, cuja areia-base é a sílica e cujo aglomerante é uma mistura de argila e água. 1.1- Areia-base • A sílica de densidade relativa igual a 2,65 funde-se a 1.725°C. • Os grãos de sílica caracterizam-se pela forma, estrutura e dimensão. • Quanto à forma, os grãos de sílica podem ser arredondados, angulares ou subangulares (fig. 1) e, quanto à estrutura, eles podem ser compactados (fig. 2). • A determinação da forma e estrutura dos grãos é feita pela análise dos mesmos em microscópio estereoscópico. • Quanto às dimensões, os grãos são classificados pelo tamanho médio de uma amostra utilizada no ensaio de granulometria. • O tamanho médio dos grãos é traduzido pelo índice ou módulo de finura de areia-base, calculado segundo o método de ensaio. • Quanto maior o módulo de finura mais fina é a areia, isto é, menor é o tamanho médio dos grãos. Desta forma, uma areia de módulo 90 AFS é mais fina que uma areia de módulo 60 AFS. 1.2- Argila • Argila é um material constituído por silicatos de alumínio hidratados. • A argila tem a propriedade de absorver água adquirindo plasticidade e coesão. • Existem diferentes tipos de argila. Em fundição, utiliza-se, geralmente, as bentonitas, sob a forma de dimensões inferiores a 0,02 mm, ou seja, 20 µ. • Adicionando-se água a uma mistura de grãos de sílica e argila, esta absorve a água e, por ação mecânica, envolve os grãos de sílica ligando-os entre si, isto é, aglomerando-os. • Uma areia assim preparada pode ser trabalhada, ou seja, utilizada na moldação. Uma areia nova preparada para moldação pode ter seguinte composição: 100 partes de sílica; 10 partes de argila; 3 partes de água. 1.3- Produtos de adição • Além da areia-base, da argila e da água, costuma-se adicionar à areia de moldação outros produtos, a fim de melhorar alguma propriedade da mesma. • Existem diferentes aditivos para areia de moldação. Todos eles apresentam efeitos colaterais positivos ou não. Por isso, recomenda-se prudência em sua utilização. Como efeitos positivos devido a produtos de adição podem-se citar: Redução de reação entre molde e metal; Melhoria de acabamento superior; Melhoria de resistência a temperaturas elevadas; Maior facilidade de desagregação da areia na desmoldagem. 1.4- Recuperação e regeneração • Tendo sido usada na confecção de um molde, uma areia sílico- argilosa é recuperada e regenerada para utilização posterior. Geralmente, após a desmoldagem, a areia: Encontra-se quente e seca; Apresenta torrões; Contém pedaços metálicos. • A recuperação dessa areia consiste em eliminar os pedaços metálicos, quebrar os torrões, resfriar, se necessário, peneirar e estocá-la. • Devido ao aquecimento da areia com o vazamento dos moldes, parte da argila é queimada, perde a capacidade de absorver água e, consequentemente, o seu poder aglomerante. • A regeneração da areia recuperada consiste em prepará-la a fim de conferir- lhe, novamente, as propriedades necessárias a uma areia de moldação. • Isto é atingindo ao acrescentar à areia recuperada uma quantidade de argila correspondente à queimada e água. • Esses constituintes são misturados demaneira homogênea e, em seguida, a areia é distribuída na área de moldação. Se for o caso, introduz-se na regeneração “o” ou “os” produtos de adição. Processos de Fundição Fundição em Areia – Moldes – Na confecção do molde, os grãos de areia são mantidos unidos por uma mistura de água e argila como aglomerante. Uma típica mistura (em volume) é 90% areia, 3% água e 7% argila. Outros agentes aglomerantes podem ser usados em substituição à argila, incluindo resinas orgânicas e aglomerantes inorgânicos. Além da areia e do aglomerante, aditivos são algumas vezes adicionados à mistura para melhorar propriedades como resistência mecânica e/ou permeabilidade do molde. – Para formar a cavidade do molde, o método tradicional é compactar a areia de moldagem ao redor do modelo para formar ambas as partes (superior e inferior) do molde num contêiner chamado caixa de moldagem. Processos de Fundição Fundição em Areia – Moldes – Diversos indicadores são usados para determinar a qualidade do molde em areia: • Resistência mecânica: habilidade do molde para manter sua forma e resistir à erosão causada pelo fluxo de metal líquido; depende do formato dos grãos e das qualidades adesivas do aglomerante; • Permeabilidade: capacidade do molde de permitir que o ar quente e os gases oriundos das operações fundição passem através dos vazios da areia; • Estabilidade térmica: habilidade da camada de areia da superfície do molde de resistir ao trincamento e empenamento após o contato com o metal fundido; • Colapsibilidade: habilidade do molde de desmoronar, permitindo que o fundido se contraia sem a formação de trincas na peça fundida, também se refere à habilidade de remover a areia do fundido durante as operações de limpeza; • Reutilização: capacidade de reutilizar a areia oriunda do molde destruído. Processos de Fundição Fundição em Areia – Moldes – Moldes em areia são geralmente classificados como: • Moldes em areia-verde: são confeccionados com uma mistura de areia, argila e água, e a palavra verde se refere ao fato de que o molde contém umidade no momento do vazamento. Os moldes em areia-verde possuem resistência mecânica suficiente para a maioria das aplicações, boa colapsibilidade, boa permeabilidade, boa reutilização, e são os moldes menos caros. • Moldes em areia-seca: são confeccionados usando aglomerantes orgânicos de preferência à argila, e o molde é estufado num fomo de grande porte a temperaturas variando de 200 ° C a 320°C (400°F a 600°F). A secagem em estufa aumenta a resistência do molde e endurece superficialmente a cavidade. Um molde em areia- seca garante melhor controle dimensional do produto fundido, comparado com a moldagem em areia-verde. Entretanto, moldagem em areia-seca é mais cara, e a produtividade é reduzida por causa do tempo gasto na secagem. • Molde-seco na superfície: neste caso as vantagens do molde em areia-seca são parcialmente atingidas pela secagem da superfície de um molde em areia-verde até profundidades de 10 a 25 mm da cavidade do molde, usando maçaricos, lâmpadas aquecedoras ou outros meios. Processos de Fundição Moldagem em Casca – Shell-Molding – Trata-se de um processo de fundição no qual o molde é uma casca fina confeccionado em areia, cujos grãos são úmidos com uma resina aglomerante termofixa. Processos de Fundição Moldagem em Casca – Shell-Molding – O processo shell-molding apresenta várias vantagens. A superfície da cavidade do molde é menos rugosa que a do molde em areia-verde convencional, e essa baixa rugosidade facilita o fluxo de metal líquido durante o vazamento e o melhor acabamento superficial da peça fundida. Boa acurácia dimensional é também alcançada. Processos de Fundição Poliestireno Expandido – O processo de fundição com poliestireno expandido usa um molde com areia compactada ao redor de um molde em espuma de poliestireno que é vaporizada quando o metal fundido é vazado no molde. O modelo em espuma inclui o canal de descida, massalotes e o sistema de canais, e pode também conter machos internos. Como o modelo em espuma se torna a cavidade do molde, considerações sobre o ângulo de saída e linha de partição também podem ser ignoradas. O molde não precisa ser aberto em seções. Processos de Fundição Poliestireno Expandido – O molde é em geral recoberto com um composto refratário para garantir uma superfície lisa a fim de melhorar sua resistência a altas temperaturas. – Uma vantagem significativa desse processo é que o modelo não precisa ser removido do molde. Isto simplifica e torna mais rápida a confecção do molde. – O processo tem sido aplicado à produção em massa de fundidos para motores de automóveis, nos quais se emprega um sistema automatizado para a confecção de modelos de espuma de poliestireno. Processos de Fundição Fundição de Precisão – Na fundição de precisão, um modelo feito em cera é recoberto com um material refratário para fabricar o molde, após a cera ser derretida antes do vazamento do metal fundido. O termo investment vem de uma das menos conhecidas definições para a palavra invest, que significa recobrir totalmente. – É um processo de precisão, pois é capaz de produzir fundidos com elevada acurácia e detalhes intrincados. Processos de Fundição Fundição de Precisão – A produção de modelos é usualmente realizada por uma operação de moldagem, vazamento ou injeção da cera quente numa matriz padrão projetada com as tolerâncias adequadas à contração de ambos: cera e, em seguida, o metal fundido. – Em operações de elevada produção, vários modelos são fixados num canal, também feito em cera, para formar uma árvore-modelo, esse conjunto é que será fundido no metal. Processos de Fundição Fundição de Precisão – As vantagens da fundição de precisão incluem: • Peças de grande complexidade e com ramificações podem ser fundidas; • Controle dimensional estreito tolerâncias; • Bom acabamento superficial; • Com frequência, a cera pode ser recuperada e reutilizada; • Usinagem adicional não é usualmente necessária. – Todos os tipos de metais, incluindo aços, aços inoxidáveis e outras ligas resistentes a altas temperaturas, podem ser fundidos por esse processo. Processos de Fundição Fundição por Molde de Gesso e Cerâmico – Fundição em molde de gesso é similar à fundição em areia, exceto que o molde é confeccionado em gesso em vez de areia. – Para confeccionar o molde, a mistura de gesso com água é vertida sobre um modelo plástico ou metálico que está dentro da caixa e deixada curar. – A consistência fluida permite que a mistura de gesso flua de imediato no entorno do modelo, capturando seus detalhes e acabamento superficial. – O molde precisa esperar cerca de 20 minutos antes de o modelo ser extraído. O molde é então estufado por várias horas para remover a umidade. Mesmo com a estufagem, nem toda a umidade do gesso é removida. Processos de Fundição Fundição por Molde de Gesso e Cerâmico – Uma das desvantagem do molde em gesso é que ele não é permeável limitando assim a saída dos gases da cavidade do molde. Esse problema pode ser resolvido de vários modos: • Evacuando o ar da cavidade do molde antes do vazamento; • Aerando a lama de gesso antes da confecção do molde, de forma que o gesso resultante, quando endurecido, contenha vazios finamente dispersos; • Usando composição e tratamento especiais do molde, conhecido como processo Antioch. Esse processo envolve o uso de cerca de 50% de areia misturada com o gesso, aquecimento do molde numa autoclave e, então, secagem. Processos de Fundição Fundição por Molde de Gesso e Cerâmico – Moldes em gesso não podem ser expostos às mesmas altas temperaturas que os moldes em areia. Eles são, portanto, limitados à fundição de ligas com baixo de como ponto fusão, alumínio, magnésio e algumas ligas à base de cobre. – As vantagens da fundição com molde em gesso para essas aplicações são bons acabamento superficial, acurácia dimensional e a capacidade de obter fundidos com seções transversais finas. Processos de Fundição Fundição por Molde de Gesso eCerâmico – Fundição em molde cerâmico é similar à fundição em gesso, exceto que o molde é fabricado em materiais cerâmicos refratários que podem ser expostos a temperaturas mais elevadas gesso. Dessa forma, moldagem em cerâmica pode ser usada para fundir aços, ferros fundidos e outras ligas resistentes a altas temperaturas. Fundição em Molde Permanente – A fundição em molde permanente emprega um molde metálico que é construído em duas seções, que são projetadas para abertura e fechamento simples e preciso. Esses moldes são comumente confeccionados em aço ou ferro fundido. – Os metais comumente fundidos em molde permanente incluem alumínio, magnésio, ligas à base de cobre e ferro fundido. Entretanto, ferro fundido requer elevada temperatura de vazamento o que impacta na vida do molde. Fundição em Molde Permanente – Machos podem ser usados em moldes permanentes para formar as superfícies internas do produto fundido. Os machos podem ser confeccionados em metal, mas sua forma deve permitir sua remoção do fundido ou eles devem ser mecanicamente colapsáveis para permitir sua retirada. Fundição em Molde Permanente – Na preparação para a fundição, o molde é primeiro aquecido, e uma ou mais camadas de recobrimento são aspergidas na cavidade. O preaquecimento facilita o fluxo de metal por meio do sistema de canais e na cavidade. O recobrimento ajuda a dissipação de calor e lubrifica a superfície do molde para facilitar a remoção da peça fundida. Fundição em Molde Permanente – Vantagens da fundição em molde permanente incluem bom acabamento superficial e controle dimensional estreito. Adicionalmente, a solidificação mais rápida, em consequência do contato do metal com o molde metálico, resulta numa estrutura mais refinada assim são produzidos fundidos com maior resistência mecânica. O processo é em geral limitado a metais de baixo ponto de fusão. Outras limitações incluem peças com geometrias mais simples comparadas com a fundição em areia e o custo do molde. O processo é mais adequado a altos volumes de produção e, portanto, pode ser automatizado. Peças típicas incluem pistões automotivos, carcaças de bombas e certos fundidos para aeronaves e misseis. Fundição em Molde Permanente Fundição Sob Pressão – A fundição sob pressão é um processo de fundição em molde permanente no qual o metal fundido é injetado na cavidade do molde sob alta pressão. A pressão é mantida durante a solidificação, após o molde ser aberto e a peça removida. – Existem dois tipos principais de máquinas de fundição sob pressão: • Câmara quente; • Câmara- fria. Fundição em Molde Permanente Fundição Sob Pressão – Em máquinas com câmara quente, o metal é fundido num contêiner anexo à máquina, e um êmbolo é usado para injetar o metal liquido sob alta pressão na matriz. Pressões típicas de injeção vão de 7 a 35 MPa. É comum encontrar taxas de produção de até 500 peças por hora. – Esse processo é limitado em suas aplicações a metais de baixo ponto de fusão que não ataquem quimicamente o embolo e outros componentes mecânicos. Os metais incluem zinco, estanho, chumbo e, às vezes, magnésio. Fundição em Molde Permanente Fundição Sob Pressão – Em máquinas de fundição sob pressão com câmara fria, metal fundido é vazado numa câmara não aquecida a partir de um contêiner externo contendo o metal, e um êmbolo é usado para injetar o metal sob alta pressão na cavidade da matriz. – Pressões de injeção usadas nessas maquinas vão, tipicamente, de 14 a 140 MPa. Comparado às máquinas com câmara quente, os ciclos são em geral mais longos devido à necessidade de transferir o metal liquido de uma fonte externa até a câmara. – As máquinas com câmara fria são tipicamente usadas para fundição de alumínio, latão e ligas de magnésio. Fundição em Molde Permanente Fundição Sob Pressão – Moldes empregados nas operações de fundição sob pressão são usualmente confeccionados em aços ferramenta, aço médio-carbono, ou aço maraging. – Os materiais da matriz não têm naturalmente porosidade, desta forma, o metal fundido flui rápido para dentro da matriz durante a injeção, furos e canais de ventilação devem ser construídos na linha de partição das matrizes para evacuar o ar e gases da cavidade. Fundição em Molde Permanente Fundição Sob Pressão – As vantagens da fundição sob pressão incluem: • Possibilidade de elevada taxa de produção; • Economicamente viável para a produção de grandes lotes; • Possibilidade de tolerâncias estreitas; • Bom acabamento superficial; • Seções finas são possíveis até cerca de 0,5 mm; • Resfriamento rápido gera tamanho de grão pequeno e fundido com boa resistência mecânica. Fundição em Molde Permanente Fundição Centrífuga – A centrifugação se refere a diversos métodos de fundição nos quais o molde é girado a elevadas velocidades, de modo que a força centrifuga distribui o metal fundido às regiões periféricas da cavidade da matriz. Aqui, descreveremos o processo usado para peças fundidas tubulares, denominado fundição centrifuga verdadeira. Fundição em Molde Permanente Fundição Centrífuga – Na fundição centrifuga verdadeira, o metal fundido é vazado num molde giratório para produzir uma peça tubular. O metal fundido é vazado numa das extremidades de um molde horizontal giratório. A alta velocidade de rotação resulta em forças centrifugas que fazem com que o metal tome a forma da cavidade do molde. Assim, a forma externa do fundido pode ser esférica, octogonal, hexagonal etc. Entretanto, a forma interna do fundido é (em termos teóricos) perfeitamente esférica devido às forças radiais simétricas. Fundição em Molde Permanente Fundição Centrífuga – A força centrífuga é definida pela equação física: – O Fator-G (FG) é a razão entre a força centrífuga dividida pelo peso: – Transformando a velocidade linear em rotação, temos: Fundição em Molde Permanente Fundição Centrífuga – Se, na fundição centrifuga verdadeira, o fator- G for muito baixo, o metal líquido não permanecerá forçado contra o molde durante a metade superior do caminho circular e cairá como "chuva" no interior da cavidade. Numa base empírica, valores de FG 60 a 80 são considerados apropriados para a fundição centrifuga horizontal, embora isto dependa de alguma forma do metal que está sendo fundido. Fundição em Molde Permanente Exemplo 6.1 – Uma operação de fundição centrifuga verdadeira será realizada horizontalmente para produzir seções de tubos em cobre com De=25 cm e D=22,5 cm. Que velocidade de rotação é requerida se um Fator-G de 65 é usado para fundir o tubo? Fornos de Fundição – Os tipos de fornos mais comumente utilizados em fundições são: • Cubilôs; • Fornos diretos a combustível; • Fomos a cadinho; • Fornos elétricos a arco; • Fornos de indução. – A seleção do tipo de fomo mais apropriado depende de fatores como a liga fundida; suas temperaturas de fusão e vazamento; capacidade do forno; custos de investimento, operação e manutenção, e considerações sobre poluição ambiental. Fornos de Fundição Cubilôs – O cubilô é um forno cilíndrico vertical equipado com uma bica de vazamento próxima à sua base. Cubilôs são empregados apenas para a fusão de ferros fundidos, e, embora outros fornos também possam ser usados, a maior tonelagem de ferro fundido é produzida em cubilôs. – A carga consistindo em ferro, coque, fundente e possíveis elementos de liga, é introduzida pela porta de carregamento localizada abaixo da metade da altura do cubilô. O ferro é normalmente uma mistura de ferro-gusa e sucata (incluindo massalotes, canais de descida e demais canais que são removidos de fundidos anteriores). O coque é o combustível usado para aquecer o forno. Para a combustão do coque, ar forçado é introduzido pelas aberturas próximas ao fundo da carcaça. Fornos de Fundição Fornos Diretos a Combustível – O forno direto a combustível contém uma pequena soleira aberta, na qual a carga metálica é aquecida por queimadores a combustível localizados lateralmente no forno. – O combustível típico é o gás natural, e os produtos de combustãosaem do forno por uma chaminé. Fornos diretos a combustível são em geral usados na fusão de metais não ferrosos como ligas à base de cobre e alumínio. Fornos de Fundição Fornos a Cadinho – Esses fornos fundem o metal sem contato direto com a mistura combustivel. Por essa razão, eles são algumas vezes chamados fornos indiretos. Três tipos de fornos a cadinho são empregados em fundição: • Cadinho-removível; • Cadinho fixo; • Cadinho-basculante. Fornos de Fundição Fornos a Cadinho – No forno cadinho removível, o cadinho é colocado num forno e aquecido o suficiente para fundir a carga metálica. Óleo e gás, ou carvão pulverizado são combustíveis típicos desses fornos. Quando o metal é fundido, o cadinho é removido do forno e usado como uma panela de vazamento. – No caso do cadinho-fixo, o forno é fixo, e o metal liquido é removido do contêiner. – No cadinho-basculante, o conjunto é basculado para o vazamento. – Fomos a cadinho (dos três tipos) são usados para fundir metais não ferrosos como bronze latão e ligas de zinco e de alumínio. Fornos de Fundição Fornos a Arco Elétrico – Nesse tipo de forno a carga é fundida pelo calor gerado a partir de um arco elétrico, que flui entre dois ou três eletrodos e a carga metálica. O consumo de energia é elevado, mas fornos a arco elétrico podem ser projetados com elevadas capacidades de fusão, e são usados principalmente para fundir aço. Fornos de Fundição Fornos de Indução – O forno de indução utiliza corrente alternada passando por uma bobina para criar um campo magnético no metal, e a corrente induzida resultante causa rápido aquecimento e fusão do metal. O campo de força eletromagnética tem sobre o metal liquido uma ação misturadora, que leva à homogeneização do banho. – Fusão de aço, ferro fundido e ligas de alumínio são aplicações comuns na fundição. Vazamento, Limpeza e Tratamento Térmico – A movimentaçãoo do metal fundido do forno de fusão até o molde é, algumas vezes, feita usando cadinhos. Mais frequentemente, a transferência é realizada em panelas de diversos tipos. Vazamento, Limpeza e Tratamento Térmico – Após a solidificação e remoção do fundido do molde, uma série de etapas adicionais são em geral necessárias. Essas operações incluem: • Rebarbação; • Remoção do macho; • Limpeza da superfície; • Inspeção; • Reparo; • Tratamento. Qualidade do Fundido Defeitos de Fundição – Durante a operação de fundição, há numerosas oportunidades para algo dar errado resultando num produto fundido com defeitos. Segue alguns destes possíveis defeitos: • Falha de preenchimento: aparece em fundidos que solidificam ante que de a cavidade do molde estar totalmente preenchida. As causas típicas incluiem: – Fluidez do metal do insuficiente; – Temperatura de vazamento muito baixa; – Vazamento feito de forma muito lenta; – Seção transversal do fundido muito fina Qualidade do Fundido Defeitos de Fundição – Durante a operação de fundição, há numerosas oportunidades para algo dar errado resultando num produto fundido com defeitos. Segue alguns destes possíveis defeitos: • Delaminação: ocorre quando duas porções do metal fluem juntas, mas falta fusão das duas frentes devido à solidificação prematura. As causas são similares às da preenchimento; Qualidade do Fundido Defeitos de Fundição – Durante a operação de fundição, há numerosas oportunidades para algo dar errado resultando num produto fundido com defeitos. Segue alguns destes possíveis defeitos: • Gotas frias: resultam do respingo durante o vazamento, causando a formação de grânulos sólidos de metal que ficam aprisionados no fundido. Procedimentos de vazamento e projeto de sistema de canais que evite os respingos podem evitar esse defeito. Qualidade do Fundido Defeitos de Fundição – Durante a operação de fundição, há numerosas oportunidades para algo dar errado resultando num produto fundido com defeitos. Segue alguns destes possíveis defeitos: • Cavidade de contração: é a depressão na superfície ou um vazio interno no fundido, causado pela contração de solidificação que restringe a quantidade de metal fundido disponível na última região a se solidificar. Este problema é muitas vezes resolvido pelo projeto de um massalote adequado. Qualidade do Fundido Defeitos de Fundição – Durante a operação de fundição, há numerosas oportunidades para algo dar errado resultando num produto fundido com defeitos. Segue alguns destes possíveis defeitos: • Microporosidade: consiste numa rede de pequenos vazios distribuídos por todo o fundido, causada pela contração que ocorre no fim da solidificação do metal noas espaços entre a estrutura dendríticas. Qualidade do Fundido Defeitos de Fundição – Durante a operação de fundição, há numerosas oportunidades para algo dar errado resultando num produto fundido com defeitos. Segue alguns destes possíveis defeitos: • Ruptura a quente: também chamada trinca a quente, ocorre quando, nos estágios finais da solidificação ou nos primeiros estágios do resfriamento, a contração do fundido é restringida devido ao molde ser pouco deformável. Qualidade do Fundido Defeitos de Fundição – Os defeitos presentes prioritariamente em fundição em areia são descritos a seguir: • Bolha: é um defeito que consiste numa cavidade de gás com a forma de um balão, causada pela liberação de gases do molde durante o vazamento. • Microporosidade: também causada pela liberação de gases durante o vazamento, consiste em diversas e pequenas cavidades formadas na superfície da peça, ou logo abaixo dela. • Erosão por lavagem: é uma irregularidade na superfície do fundido que resulta da erosão da areia do molde durante o vazamento, e o contorno da erosão será reproduzido na superfície da peça. Qualidade do Fundido Defeitos de Fundição – Os defeitos presentes prioritariamente em fundição em areia são descritos a seguir: • Crosta de erosão: são áreas rugosas na superfície do fundido devido a incrustações de areia e metal. Elas são causadas por pequenas porções da superfície do molde que se descamam durante a solidificação ficam entranhadas na superfície da peça. • Penetração: é um defeito superficial que ocorre quando a fluidez do metal liquido é alta, penetrando no molde ou no macho em areia. Durante a solidificação, a superfície do fundido consiste numa mistura de grãos de areia e metal. Maior compactação do molde de areia ajuda a reduzir esse defeito. • Deslocamento do molde: se refere ao defeito causado pela movimentação da parte superior do molde em relação à parte inferior; o resultado é um degrau no fundido na altura da linha de partição. Qualidade do Fundido Defeitos de Fundição – Os defeitos presentes prioritariamente em fundição em areia são descritos a seguir: • Deslocamento do macho: é similar ao deslocamento do molde, mas é o macho que se movimenta, e o deslocamento é geralmente vertical. O deslocamento é causado pela tendência do metal de movimentar o macho, dada a sua massa especifica ser menor que a do metal. • Trinca no molde: ocorre quando a resistência mecânica do molde é insuficiente e uma trinca se desenvolve. Qualidade do Fundido Métodos de Inspeção – Os procedimentos de inspeção na fundição incluem: • Inspeção visual para detectar defeitos óbvios como falha de preenchimento, de laminação e trincas superficiais de tamanho razoável; • Verificação dimensional para garantir que as tolerâncias foram atingidas; • Testes metalúrgicos, químicos, físicos e outros testes relacionados à qualidade do metal fundido. Testes na categoria incluem: testes hidrostáticos para localizar vazamentos no fundido; métodos radiográficos; testes com partículas magnéticas; uso de líquidos fluorescentes penetrantes e testes supersônicos para detectar os defeitos superficiais ou internos no fundido; testes mecânicos para determinar propriedades como resistência à tração e dureza. Materiais Para Fundição – A maioria das peças fundidas comerciais é fabricada em ligas em vez de metais puros. Ligas são geralmente mais fáceis de fundir, e as propriedadesdo produto resultante são melhores. Ligas fundidas podem ser classificadas em ferrosas e não ferrosas. A categoria de ferrosas é subdividida em ferro fundido e aço fundido. Materiais Para Fundição Ferros Fundidos – O ferro fundido é a mais importante de todas as ligas fundidas. A tonelagem de peças em ferro fundido é muitas vezes maior que a de todos os outros metais juntos. Existem diversos tipos de ferro fundido: • Ferro fundido cinzento; • Ferro nodular; • Ferro fundido branco; • Ferro maleável • Ferro fundido ligado. – A temperatura típica de vazamento para ferro fundido é em torno de 1400°C, dependendo da composição. Dentro da denominação geral de “ferro fundido”, podem ser distinguidos os seguintes tipos de liga: Ferro fundido cinzento – cuja fratura mostra uma colaboração escura (de onde a sua denominação), caracterizada para apresentar como elementos de liga fundamentais o carbono e silício e a estrutura em que uma parcela relativamente grande do carbono está no estado livre (grafita lamelar) e outra parcela no estado combinado (Fe3C); Ferro fundido branco – cuja fratura mostra uma coloração clara (de onde a sua denominação), caracterizado por apresentar ainda como elementos de liga fundamentais o carbono e silício, mas cuja estrutura, devido as condições de fabricação e menor teor de silício apresenta o carbono quase inteiramente na forma combinada (Fe3C); Ferro fundido maleável – caracterizado por ser obtido a partir do ferro branco, mediante um tratamento térmico especial (maleabilização), resultando numa transformação de praticamente todo o ferro combinado em grafita na forma de nódulos (em vez de veios ou lamelas); Ferro fundido nodular – caracterizado por apresentar, devido a um tratamento realizado ainda no estado liquido, carbono livre na forma de grafita esferoidal, o que confere ao material características de boa ductilidade, donde a denominação frequente para esse material de ferro fundido dúctil. Ferro em teor necessário para completar 100% de liga. Os ferros fundidos não ligados podem, ou não, apresentar carbono livre em sua micro mistura. Esse carbono livre, de coloração escura, chama-se grafita. Os ferros fundidos que não apresentam grafita são chamados de ferros fundidos brancos e os que a apresentam são classificados segundo a forma dessa grafita: Lamelar Esferoidal Vermicular Nodular • A forma natural da grafita é a lamelar. • O ferro fundido não ligado com grafita sob a forma de lamelas é denominado ferro fundido cinzento e representado pó FC. • A realização de determinadas operações no metal líquido, pouco antes do vazamento, promove a precipitação do carbono sob a forma de grafita esferoidal ou vermical. • Os ferros fundidos são assim obtidos são chamados, respectivamente, ferro fundido com grafita esferoidal e ferro fundido com grafita vermicular. • Os ferros fundidos maleáveis, comparados ao ferro fundido cinzento e ao ferro fundido branco, apresentam boa capacidade de deformação. • A fabricação de uma peça em ferro fundido maleável compreende, obrigatoriamente, duas etapas: Obtenção de peças brutas de fundição em ferro fundido branco; Realização de um tratamento térmico para tornar maleável o ferro fundido. • Existem dois tipos de ferro fundido maleável: De núcleo branco; De núcleo preto. O primeiro não apresenta grafita e o segundo possui grafita sob a forma nodular. Tratamento térmico é um ciclo térmico a que são submetidas as peças no estado sólido. Um ciclo de tratamento térmico (fig. 5) consiste em: Aquecimento a determinada temperatura; Manutenção a essa temperatura durante certo tempo; Resfriamento. • A realização de tratamentos térmicos em peças brutas de fundição conduz a alteração de suas características. • Nota-se, assim, que a composição química não é o único fator que determina as características de utilização de uma peça fundida, pois estas dependem de: Composição química; Condições de solidificação e resfriamento; Condições de elaboração do metal liquido; Tratamento térmico. O quadro a seguir relaciona, a título indicativo, algumas características de ferro fundido: Ferro fundido Temp. de fusão (ºC) Coef.de contração linear (%) Peso especifico (Kgf/dm3) Ỹr (kgf/mm2) % A Cinzento 1150 1 7,3 10 – 40 0 Esferoidal 1200 1,2 7,2 35 – 70 2 – 15 Maleável 1300 2 7,7 35 – 70 2 - 18 Materiais Para Fundição Aços – As propriedades mecânicas do aço o tornam um material de engenharia interessante, e a capacidade de criar geometrias complexas torna a um processo atraente. Entretanto, grandes dificuldades estão presentes na fundição especializada em aço. Primeiro, o ponto de fusão do aço é de considerável maior que o da maioria dos outros metais usados comumente em fundição. Nessas temperaturas elevadas, o aço é muito reativo quimicamente. Ele se oxida rápido, então procedimentos especiais devem ser usados durante a fusão e o vazamento para isolar o metal fundido do ar. Também, o aço tem relativamente baixa fluidez, e isso limita o projeto de seções finas de componentes fundidos em aço. Materiais Para Fundição Ligas Não Ferrosas – Metais fundidos não ferrosos incluem ligas de alumínio, magnésio, cobre, estanho, zinco, níquel e titânio. – As ligas de alumínio são geralmente consideradas de fácil fundição. O ponto de fusão do alumínio puro é 660°C, assim as temperaturas de vazamento para ligas fundidas de alumínio são baixas, comparadas com o ferro fundido. Suas propriedades as tornam atrativas para fundidos: baixa massa especifica, vasta gama de propriedades alcançadas por meio de tratamentos térmicos e fácil usinagem. – As ligas de magnésio são as mais leves de todas as ligas fundidas. Outras propriedades incluem resistência à corrosão, assim como elevadas razões resistência-massa especifica e rigidez massa-específica. Materiais Para Fundição Ligas Não Ferrosas – As ligas de cobre incluem bronze, latão e bronze-alumínio. As propriedades que as tornam relevantes são a resistência à corrosão, boa aparência e boas propriedades como mancais. O alto custo do cobre é uma limitação ao uso de suas ligas. Aplicações incluem conexões para tubos, pás de hélices marinhas, componentes de bombas e joalheria ornamental. Materiais Para Fundição Ligas Não Ferrosas – O estanho tem o menor ponto de fusão dos metais fundidos. As ligas à base de estanho são geralmente fáceis de fundir. Elas têm boa resistência à corrosão, mas baixa resistência mecânica, o que limita suas aplicações a vasilhames e produtos similares que não necessitem de elevada resistência. – As ligas de zinco são comumente usadas na fundição sob pressão. O zinco tem baixo ponto de fusão e boa fluidez, tornando-o de fácil uso na fundição. Sua principal desvantagem é a baixa resistência à fluência, de modo que o fundido não pode ser submetido a tensões elevadas por longo tempo. Materiais Para Fundição Ligas Não Ferrosas – As ligas de níquel têm boas resistência a quente e resistência à corrosão, o que as torna adequadas a aplicações em temperaturas elevadas como em motores a jato e componentes de foguete, proteção térmica e componentes similares. Essas ligas também possuem elevada temperatura de fusão e não são fáceis de fundir. – As ligas de titânio fundidas são resistentes à corrosão e possuem elevada razão resistência- massa específica. Entretanto, titânio tem alto ponto de fusão, baixa fluidez e propensão a oxidar em temperaturas elevadas. Essas propriedades tornam difícil sua fundição e a de suas ligas. 2- LIGAS NÃO-FERROSAS Ligas não-ferrosas mais utilizadas em fundição: Ligas de cobre; Ligas de alumínio; Ligas de Zinco; Ligas de magnésio. 2.1- Ligas de cobre As ligas de cobre são principalmente: Liga de cobre e estanho chamada bronze, contendo de 5 a 20% de estanho; Liga de cobre e zinco chamada latão, contendo de 10 a 40% de zinco; Liga de cobre e alumínio chamada cupro-alumínio, contendo de 5 a 12% de alumínio. O quadro seguinte relaciona, a título indicativo, algumas característicasde ligas de cobre: Liga Temp. de fusão (ºC) Coef.de contração linear (%) Peso especifico (Kgf/dm3) Tr (kgf/mm2) % A Cu – Sn 950 – 1050 1,2 – 1,5 8,8 – 9,3 15 – 30 5 – 30 Cu – Zn 900 – 1000 1,5 – 1,8 8,5 15 – 70 10 – 20 Cu – Al 1050 1,4 – 1,5 7,5 50 – 60 5 – 16 2.2- Ligas de alumínio As principais ligas de alumínio são: Liga de alumínio e silício, contendo de 3,5 a 22% de silício; Liga de alumínio e cobre, contendo de 5 a10% de cobre; Liga de alumínio e magnésio, contendo de 3 a 10% de magnésio; Liga de alumínio e zinco, contendo 5% de zinco. Liga Temp. de fusão (ºC) Coef.de contração linear (%) Peso especifico (Kgf/dm3) Tr (kgf/mm2) % A Al – Si 650 -700 1,1 – 1,3 2,6 – 2,7 10 – 20 0,5 – 4 Al – Cu 600 – 650 1,2 – 1,4 2,8 -2,9 15 – 30 0,2 – 5 Al – Mg 600 – 650 1,1 – 1,4 2,6 -2,7 15 – 20 4 – 7 Al – Zn 660 1,5 2,8 20 4 2.3- Ligas de zinco As principais ligas de zinco são: Ligas de zinco e alumínio, contendo 4% de alumínio, conhecida como liga ZAMAK; Liga de zinco e alumínio, contendo de 11 a 13% de alumínio, conhecida como liga ILZRO -12; Liga de zinco, alumínio e cobre, contendo aproximadamente 4% de alumínio e 3% de cobre, conhecida como liga KAEM. O quadro seguinte relaciona, a título indicativo, algumas características de ligas de alumínio: O quadro seguinte relaciona, a título indicativo, algumas características de ligas de zinco: Liga Temp. de fusão (ºC) Coef.de contração linear (%) Peso especifico (Kgf/dm3) Tr (kgf/mm2) % A ZAMAK 386 0,4 – 0,5 6,65 30 3 – 8 ILZRO 430 0,9 – 1,2 6,0 30 4 KAYEM 360 – 390 0,6 – 1 6,65 20 1 – 2 2.4- Ligas de magnésio As principais ligas de magnésio são: Liga de magnésio, alumínio e zinco, contendo de 5 a 10% de alumínio e de 0,2 a 3% de zinco; Liga de magnésio, zircônio e zinco, contendo de 0,4 a 1% de zircônio e de 1 a 6% de zinco. Considerações sobre o Projeto do Produto – Se a fundição for escolhida pelo projetista de produto como o processo de fabricação principal de um determinado componente, então certas diretrizes deverão ser seguidas para facilitar a produção da peça e evitar os vários defeitos. Algumas diretrizes e são apresenta: • Simplicidade geométrica • Cantos. • A espessura das seções. • Ângulo de saída. • Uso de machos; • Tolerâncias dimensionais; • Acabamento superficial; • Tolerâncias para Usinagem. DÚVIDAS? OBRIGADA!!!
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