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RESUMO CEFALEIA

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Raissa Novelli T.67 
 
CLASSIFICAÇÃO 
CEFALEIAS PRIMÁRIAS 
ENXAQUECA (MIGRÂNEA) 
Cefaleias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo o modo de instalação e evolução: 
CEFALEIAS EXPLOSIVAS 
Surgem abruptamente, em fração de segundo, 
atingindo a intensidade máxima instantaneamente. 
Existem tipos benignos de cefaleia que podem ter início 
dessa forma: cefaleia orgásmica e a “thunderclap 
headache”. 
CEFALEIAS AGUDAS 
Atingem seu máximo em minutos ou poucas horas. 
Tanto as cefaleias primárias como as secundárias 
podem apresentar este tipo de instalação. 
CEFALEIAS SUBAGUDAS 
Instalação insidiosa, atingindo o ápice em dias ou 
poucos meses (até três meses). Ocorrem, 
principalmente, nas cefaleias secundárias, 
decorrentes de hematomas subdurais, tumores de 
crescimento rápido, meningites crônicas (fungo, 
tuberculose). 
Obs.: Toda vez que tem caráter progressivo tem que 
pensar em hipertensão intracraniana. 
CEFALEIAS CRÔNICAS 
Persistem por meses ou anos e, em geral, são 
primárias. Podem ser recidivantes, ocorrendo por 
período variável (minutos, horas, dias) para depois 
desaparecerem, reaparecendo algum tempo depois. A 
intensidade da dor deve permanecer mais ou menos a 
mesma no decorrer dos meses. 
 
Obs.: Médico deve estar atento nas cefaleias crônicas, 
para mudanças das características ou da intensidade 
da dor, pois podem indicar o aparecimento de cefaleia 
secundária associada. 
 
 
 
 
 
 
 
“A enxaqueca é um distúrbio familiar caracterizado 
por crises recorrentes de cefaleia muito variáveis em 
intensidade, frequência e duração. As crises são 
comumente unilaterais e geralmente associadas com 
anorexia, náuseas e vômitos. Em alguns casos são 
precedidas por, ou associadas com, perturbações 
neurológicas ou de humor. Todas estas características 
referidas não estão necessariamente presentes em 
cada crise ou em cada paciente.” 
Mais comum no SEXO FEMININO, antes dos 20 anos. 
 
O termo cefaleia aplica-se a todo processo 
doloroso referido no segmento cefálico, o qual 
pode originar-se em qualquer das estruturas 
faciais ou cranianas, sensíveis a dor. 
Cefaleia Primária: não existe nenhum substrato 
orgânico subjacente, a dor de cabeça decorrendo 
de mecanismos fisiopatogênicos nem sempre 
ainda totalmente elucidados. 
Cefaleia Secundária: A cefaleia pode estar na 
dependência de uma patologia orgânica 
intracraniana ou extracraniana, ou então de uma 
doença sistêmica. 
Obs.: A incidência de sofre declínio com a idade. 
Normalmente quando é de caráter crônico que se 
inicia na adolescência tende a ser primária; já a 
cefaleia secundária são mais frequentes em idosos 
e no sexo masculino. 
 
 Raissa Novelli T.67 
 
DOR SINTOMAS ASSOCIADOS 
Pulsátil/latejante; 
Unilateral; Piora com 
movimento; Moderada / 
forte / incapacitante; 
4 a 72h. 
Náuseas e Vômitos; 
Fotofobia; Fonofobia; 
Palidez e suores. 
Fatores desencadeantes: Emocionais (estresse, 
ansiedade, depressão); Alterações hormonais 
(menstruação); Alimentares (chocolate, queijo 
amarelo, vinho tinto, pimenta); Alteração do ritmo do 
sono; Sensoriais (mudanças de temperatura). 
FORMAS CLÍNICAS 
CLÁSSICA: Migrânea com aura (sinais neurológicos 
focais). Primeiro ocorre um fenômeno de 
vasoconstrição com aparecimento de auras. Depois, 
em alguns minutos esse fenômeno passa de 
vasoconstrição para vasodilatação que é o evento 
doloroso, que tem a característica de ser pulsátil, 
geralmente unilateral. 
Tipo de aura Características 
Visual Escotomas, formas, objetos 
Auditiva Zumbidos, barulhos, músicas 
Motora Movimentos bruscos ou repetitivos 
Sensitivos Queimação, dor, parestesia 
COMUM: Migrânea sem aura. 
OFTALMOPLÉGICA: Precedente ou acompanhando a 
dor o paciente tem paralisia, parcial ou completa, do 
nervo oculomotor (tem ptose palpebral, estrabismo 
divergente e midríase do lado comprometido) → 
Necessidade de um exame complementar para 
afastar uma patologia, o exame de escolha é a 
angiografia cerebral → Se fizer a pesquisa e não 
encontrar lesão do oculomotor é uma enxaqueca 
oftalmoplégica. É uma cefaleia complicada porque 
muitos pacientes podem não recuperar essa 
oftalmoplegia. 
Obs.: Um estudo mostrou que 20% dos pacientes 
diagnosticados com enxaqueca oftalmoplégica tinham 
aneurisma de carótida interna comprimindo o 
oculomotor, principalmente se o aneurisma for na 
emergência da comunicante posterior (onde passa o 
oculomotor). 
ENXAQUECA BASILAR: Acomete o território vertebro-
basilar, e a dor vai se localizar na região occipital, e os 
sintomas acompanhantes ou precedentes vão ser mais 
próximos a fossa posterior → vertigem, ataxia de 
marcha e dismetria. 
ESTADO MIGRANOSO: Enxaqueca que persiste sem 
recuperação por mais de 72h. 
INFARTO MIGRANOSO: Possibilidade de o paciente 
evoluir com uma área de isquemia ou infarto cerebral 
durante uma crise de enxaqueca. Existem fatores de 
risco para isso: principalmente se for mulher portadora 
de enxaqueca da forma clássica, em uso de 
anticoncepcional oral e história de tromboembolismo. 
TRATAMENTO 
TRATAMENTO DAS CRISES 
ANALGÉSICOS (aspirina, dipirona, paracetamol): 
começar com analgésicos comuns, se resolver é aqui 
que fica, o risco desses analgésicos em uso crônico 
desencadear efeitos colaterais ruins é menor do que 
com outros. 
AINEs (Naproxeno - Naprozyn®): Segunda linda de 
tratamento. O naproxeno tem poder analgésico bom 
para cefaleia e é o que tem menor efeito renal. 
VASOCONSTRITORES: 
•Ergotamina e diidroergotamina 1: o problema da 
ergotamina é que não deve exceder 6mg por dia nem 
12 a 15mg por semana em forma crônica porque pode 
causar o ergotismo (surgimento de fenômenos 
vasoconstritivos, principalmente no território cardíaco 
gerando angina e IAM por vasoconstrição 
coronariana); •Isometepteno (Neosaldina®); •Cafeína 
associada com analgésicos. 
Obs.: Por ter o mecanismo de vasoconstrição se der 
esse medicamento para paciente com cefaleia 
tensional ele não melhora, por isso a importância do 
diagnóstico. 
ANTIEMÉTICOS (metoclopramida - Plasil®): migrânea 
acompanhada de vômitos. 
COMBINAÇÕES DE CODEÍNA (Tylex®) - Causa 
dependência. 
ANSIOLÍTICOS E TRANQUILIZANTES (diazepan, 
cloxazolan, bromazepan) - fenômenos emocionais são 
importantes no desencadeamento da crise. 
TRIPTANOS (Sumax®, Maxalt®, Zomig®, Naramig® etc.) 
vasoconstritores mais modernos, desenvolvidos para o 
tratamento da enxaqueca. 
TRATAMENTO ABORTIVO 
Quando eu vou receber um paciente no hospital? 
Estado migranoso ou paciente em crise aguda que já 
fez uso dos medicamentos prescritos e a dor continua 
forte e intensa. A abordagem é de acordo com a 
presença de vômito desde o início da crise ou não. 
Crises com vômitos desde o início: 
•Utilizar triptano por via subcutânea (Sumatriptano); 
•Metaclopramida ou domperidona, 10mg, IM; •AINEs 
IM; •Dipirona, 1g EV diluída em SF0,9%. 
Crises sem vômitos: 
•Triptano por qualquer via; •Metaclopramida ou 
domperidona, 10mg, VO; •Após 20 a 30 minutos, uma 
 Raissa Novelli T.67 
 
CEFALEIA TENSIONAL 
 
das seguintes opções: *mesilato de diidroergotamina, 
spray nasal, 1mg; *tartarato de ergotamina, VR ou SL 
(via retal ou sublingual), 1 a 2mg; *tartarato de 
ergotamina (1mg) ou mesilato de diidroergotamina 
(1mg) + analgésico + cafeína, 2 comprimidos ou 
drágeas; *isomepteno (30mg) + analgésico + cafeína, 2 
drágeas; *paracetamol 500mg + cafeína 65mg, dois 
comprimidos; •Após 60 a 90 minutos, se necessário: 
Um AINEs, VR ou IM. 
Obs.: Em todos os casos tentar manter o paciente em 
repouso sob penumbra em ambiente tranquilo e 
silencioso. 
Quando o paciente vai precisar ser internado por crise 
de enxaqueca? 
•Vômitos profusos e desidratação → reposição 
hidroeletrolítica; 
•Estado migranoso → corticosteroides EV 
(dexametasona 6 em 6 horas); 
•Infarto migranoso → AVC isquêmico. 
TRATAMENTO PROFILÁTICO 
Cada pacientepode se beneficiar com um ou outro 
medicamento. De primeira escolha são os 
anticonvulsivantes. O tratamento profilático é todo dia 
em um período não inferior de 6 meses. Após 6 meses 
se diminui as crises diminui as medicações ou retira. Se 
retirar o medicamento e as crises voltarem o paciente 
volta a usar profilático. O objetivo é levar o paciente a 
ter menos crises e usar menos analgésicos. Não há uma 
primeira linha. 
ANTICONVULSIVANTES (1a linha de tratamento): 
•Divalproato de sódio (Depakote®) 250 a 500mg/dia; 
•Gabapentina (Neurontin®) 1200 a 2800mg/dia; 
•Topiramato (Amato®, Topamax®) 25 a 75mg/dia. 
ANTI-HISTAMÍNICOS E ANTI-SEROTONÍNICOS: 
•Pizotifeno (Sandomigran®) - 0,5 a 1,5mg. 
BETABLOQUEADORES: 
•Propranolol - 60 a 160mg/dia – paciente hipertenso. 
BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO: 
•Flunarizina (Flunarin®) - 10 a 20mg/dia – paciente 
hipertenso. 
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS: 
•Amitriptilina (Tryptanol®) 25 a75mg/dia – quando 
forte componente emocional; 
•ISRS 150 a 300mg/dia. 
 
 
Também denominada de “cefaleia de contração 
muscularl”, constitui a cefaleia mais frequente na 
prática clínica. A dor é difusa sobre o couro cabeludo 
e é geralmente descrita como “peso”, “pressão”, 
“constrição”. As localizações mais comuns são frontal, 
temporal ou fronto-temporal, geralmente bilateral e 
frequentemente com componente occipital, aumenta 
quando o paciente se inclina para frente ou faz esforço 
físico. Distingue-se da enxaqueca pela inexistência de 
fenômenos associados, embora náuseas ou fotofobia 
podem estar presentes de forma leve e isolada. É mais 
comum pela manhã ou logo depois de se levantar da 
cama. 
 Afeta principalmente adultos jovens de meia idade. 
DOR SINTOMAS ASSOCIADOS 
Opressiva; Bilateral; 
Leve a moderada (não 
incapacita); 30 min a 7d. 
Náuseas e fotofobia – na 
forma leve e isolada. 
Fatores desencadeantes: Emocionais (estresse, 
ansiedade, depressão). 
Pode se apresentar de forma: 
AGUDA OU EPISÓDICA: Qualquer pessoa ao longo da 
vida tem pelo menos 1 episódio; 
CRÔNICA: é a forma mais comum, com recorrência 
mais comum do que na enxaqueca; 
ASSOCIADA À ENXAQUECA (CEFALEIA COMBINADA): 
Tem crise de enxaqueca intercalada com cefaleia de 
contração, as crises variam entre uma e outra → 
importante identificar qual crise está tendo porque as 
respostas aos analgésicos são diferentes (na 
enxaqueca a maioria da forma dos tratamentos agudos 
precisa de substância vasoconstritora, o que não 
acontece na tensional). 
CEFALEIA DO TIPO TENSIONAL EPISÓDICA 
Pelo menos 10 episódios prévios de dor de cabeça. 
NO de dias com cefaleia <180 por ano (<15/ mês). 
Episódio com duração: 30 min até 7 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
≥ 2 das seguintes 
características da dor: 
 
Ausência dos itens 
seguintes: 
 
Em pressão/aperto; 
Bilateral; 
Leve ou moderada; 
Bilateral; 
Não agravada por 
esforços físicos. 
 
Náuseas e vômitos; 
Fotofobia e fonofobia, 
ou apenas um 
presente. 
 
Não devida a uma outra doença → Afastando 
condições orgânicas. 
 
 Raissa Novelli T.67 
 
NO de dias com cefaleia ≥15d/m (>180d/ano). 
 
A dor dura horas ou é contínua. 
≥ 2 das seguintes 
características da dor: 
 
Ausência dos itens 
seguintes: 
 
Bilateral; 
Em pressão, não 
pulsátil; 
Leve ou moderada; 
Não agravada por 
esforços físicos. 
 
Fotofobia, fonofobia e 
náuseas ou apenas um 
presente (náuseas 
quando presentes, são 
leves e não há vômito). 
Não devida a uma outra doença. 
 CEFALEIA EM SALVAS 
Dor muito forte unilateral, orbitária, supraorbitária 
e/ou temporal com durando de 15 a 180 minutos 
(se não tratada) 
As crises têm uma frequência de 1 a cada 2 dias até 
8 vezes por dia. 
A cefaleia acompanha-se de pelo menos um dos 
seguintes fatores: sempre ipsilateral 
 
Hiperemia conjuntival 
e/ou lacrimejamento; 
Congestão nasal e/ou 
rinorreia; 
Edema palpebral. 
 
Sudorese frontal e 
facial; 
Miose e/ou ptose; 
Sensação de 
inquietude ou 
agitação. 
 
Não atribuída a outra transtorno. 
CEFALEIA TENSIONAL DO TIPO CRÔNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
CEFALEIA DO TIPO TENSIONAL EPISÓDICA 
Paracetamol e dipirona ou AINEs. Relaxantes 
musculares (carisoprodol 350mg) 
Obs.: O paciente usa essas medicações quando tem 
crise, raramente faz tratamento profilático, exceto na 
forma crônica. O tratamento profilático não é tão 
eficaz quanto na enxaqueca. 
CEFALEIA TENSIONAL DO TIPO CRÔNICA 
Geralmente muito resistentes às medidas 
terapêuticas. Os analgésicos comuns, além de atuar 
pouco, são geralmente excessivamente utilizados 
pelos pacientes, como automedicação compulsiva. 
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS: 
•Amitriptilina - 25 a 75mg/dia e nortriptilina – 25 a 
75mg/dia → São os medicamentos profiláticos mais 
eficazes, estão associados a efeitos colaterais que 
muitas vezes não são tolerados (aumentando o apetite 
e ganho de peso ponderal). 
INCENTIVAR O REPOUSO. AUXÍLIO PSICOLÓGICO OU 
PSIQUIÁTRICO: mais de 70% dos fatores 
desencadeantes são ansiedade, estresse e depressão. 
Quando o paciente aceita procurar ajuda psicológica 
ele melhora e consegue fazer a abordagem profilática 
com maior eficiência e sem o uso de medicamentos. 
MÉTODOS ALTERNATIVOS: 
•Técnicas de relaxamento; •Acupuntura. 
Obs.: O principal é saber diferenciar tensional de 
enxaqueca para não fazer tratamento de forma 
incorreta, não agregando valor ao tratamento dos 
pacientes. 
 
 
“Cluster headache”. Crises de dor de forte intensidade, 
estritamente unilateral, na região orbital, supra 
orbital, temporal ou em qualquer combinação dessas 
áreas, durando de 15 a 180 minutos e ocorrendo desde 
uma vez a cada dois dias até oito vezes por dia. Os 
sintomas associados as (um ou mais) são todos 
ipsilaterais à dor. Durante as crises, a maioria dos 
pacientes ficam inquietos ou agitados. 
Muito mais frequente em homens que em mulheres e 
média de início aos 25 anos. 
DOR SINTOMAS ASSOCIADOS 
“Facada”; 
Unilateral/ periorbitária; 
insuportável; 
15 a 180 min. 
Hiperemia conjuntival, 
lacrimejamento, 
rinorreia, congestão 
nasal, sudorese facial, 
miose, ptose e edema 
palpebral. 
Fator desencadeante: Álcool. 
Obs.: Os fenômenos acompanhantes (principalmente 
miose e ptose) podem confundir com déficit 
neurológico, o que leva a suspeita de cefaleia orgânica 
causando preocupação. Mas os sintomas desaparecem 
assim que a crise cessa. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
MEDIDAS GERAIS E TRATAMENTO ABORTIVO 
PROIBIÇÃO DE INGESTÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS. 
 Raissa Novelli T.67 
 
CEFALEIAS SECUNDÁRIAS 
CEFALEIAS REFLEXAS (7) 
ARTERITE TEMPORAL (2) 
UTILIZAÇÃO DE OXIGÊNIO a 100% através de máscara 
facial, a 7litros/min, durante 15 min, para tratamento 
abortivo das crises – na maioria dos pacientes vai 
interromper a crise porque ela também tem um 
componente de vasodilatação e, a inalação do oxigênio 
vai aumentar concentração de oxigênio causando 
vasoconstrição cerebral. Essa forma de tratamento 
também é diagnóstica, nenhuma outra cefaleia aguda 
melhora com administração de oxigênio. 
MEDICAMENTOS: 
•Sumatriptano (principalmente por via nasal – 10 a 
20mg ou SC – 6mg) rápida ação; •Tartarato de 
ergotamina 2mg por via sublingual 
TRATAMENTO PROFILÁTICO 
CARBONATO DE LÍTIO (mais utilizado): 300mg, 2 a 3 
vezes ao dia (nível plasmático entre 0,4 a 0,8mEq/l). 
Cuidado com intoxicação por lítio principalmente com 
fenômenos cerebelares e quadros de confusão mental. 
Tem que monitorar através do nível sérico de lítio. 
CORTICOSTEROIDES (Prednisona): 1mg/Kg de peso até 
60Kg. INDOMETACINA: 75 a 150mg/dia. 
ERGOTAMINA: 2mg 2 a 3 vezes/dia. Menos utilizado, 
causa ergotismo. 
 
 
Quando suspeitar da organicidade de uma cefaleia? 
SINAIS DE ALERTA 
•Início abrupto, principalmente como 
primeiroepisódio; 
•Acompanhada por distúrbio de 
consciência, febre e/ou rigidez de nuca; 
•Acompanhada de sinais e/ou sintomas 
neurológicos; 
•Aumento paulatino na intensidade e/ou frequência; 
•Início após os 50 anos; 
•Acompanhada por distúrbios endócrinos e/ou HAS; 
•Relacionada com tosse e esforço físico por causa da 
hipertensão intracraniana; 
•Mudança no padrão de uma cefaleia preexistente; 
•Desencadeada por atividade sexual, acompanhada de 
vômitos e persistir por horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Cefaleia atribuída a arterite de células gigantes.” A dor 
é causada por um processo inflamatório das artérias 
extracranianas, demonstrado pela biópsia, 
frequentemente acompanhado da presença de células 
gigantes. A cefaleia é, caracteristicamente, de início 
tardio, aparece após os 50 anos. A dor geralmente é 
intensa, muitas vezes latejante, podendo ser uni ou 
bilateral, predominando nas regiões fronto-temporais 
(região próxima da artéria temporal superficial). O 
processo arterítico pode acometer outros territórios 
vasculares sistêmicos, e mesmo o território 
intracraniano, em especial ramos da artéria oftálmica, 
levando a graves sequelas visuais. No exame físico tem 
dor na palpação da artéria temporal superficial que 
pode estar edemaciada e/ou endurecida. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
a) Qualquer cefaleia nova persistente preenchendo os 
critérios C e D 
b) Ao menos um dos seguintes: 
1. Artéria temporal edemaciada e dolorosa, com 
velocidade de hemossedimentação (VHS) e/ou 
proteína C reativa (PCR) elevadas 
2. Biópsia da artéria temporal demonstrando 
arterite de células gigantes 
c) A cefaleia aparece em relação temporal estreita com 
outros sinais e sintomas de arterite de células gigantes 
- podem ser crises de dor nas grandes articulações 
quadril, ombro e região cervical, podendo ter rigidez 
matinal e sinais sistêmicos como perda visual. 
d) A cefaleia desaparece ou apresenta grande melhora 
dentro de três dias após o início do tratamento com 
corticosteroides em altas doses. 
TRATAMENTO 
CORTICOSTEROIDES (prednisona): 1mg/Kg/dia, 
reduzindo-se progressivamente a doses de 
manutenção até de 10mg/dia (dose limite é de 60mg), 
até que tenha redução do VHS e negativação da PCR → 
é feito para evitar a cegueira do paciente em uma crise 
de arterite. 
 
CERVICOGÊNICA 
“Cefaleia atribuída a perturbação do pescoço.” -> O 
problema está na coluna cervical levando compressão 
de raízes cervicais principalmente as três primeiras, ou 
compressão dos nervos occipitais maior e menor, com 
dor irradiada da região cervical para occipital. 
 
1.Cefaleia atribuída a trauma cefálico e/ou cervical; 2. 
Cefaleia atribuída a doença vascular craniana ou 
cervical; 3. Cefaleia atribuída a transtorno intracraniano 
não-vascular; 4. Cefaleia atribuída a uma substância ou a 
sua retirada; 5. Cefaleia atribuída à infecção; 6. Cefaleia 
atribuída a transtorno da homeostase; 7. Cefaleia ou dor 
facial atribuída a transtorno do crânio, pescoço, olhos, 
ouvidos, nariz, seios da face, dentes, boca ou outras 
estruturas faciais ou cranianas; 8. Cefaleia atribuída a 
transtorno psiquiátrico. 
 
 Raissa Novelli T.67 
 
NEURALGIAS CRANIOFACIAIS 
NEURALGIA DO TRIGÊMIO 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
a) Dor referida de uma fonte no pescoço e percebida 
em uma ou mais regiões da cabeça e/ou face, 
preenchendo os critérios C e D 
b) Evidência clínica, laboratorial e/ou por imagem de 
um transtorno ou lesão na coluna cervical ou nos 
tecidos moles do pescoço, reconhecidos por ser, ou 
geralmente aceitos como uma causa válida de cefaleia 
processos de osteoartrose vertebral levando 
compressão radicular. Contração dos ramos occipital 
maior e menor. Hérnias de disco cervicais. 
c) Evidência de que a dor pode ser atribuída ao 
transtorno ou à lesão do pescoço, baseada em pelo 
menos uma das seguintes: 
1. Demonstração de sinais clínicos que impliquem 
uma fonte de dor no pescoço 
2. Abolição da cefaleia após um bloqueio anestésico 
diagnóstico de uma estrutura cervical ou de seu 
suprimento nervoso, utilizando placebo ou outro 
controle adequado se beneficia com bloqueio 
anestésico, sendo sinal tanto de diagnostico como 
tratamento. 
d) A dor desaparece dentro de três meses após o 
tratamento bem-sucedido do transtorno ou lesão 
causal se opera uma hérnia cervical, por exemplo, em 
até três meses melhora a dor da irradiação. 
 
 
A neuralgia do trigêmeo é um transtorno unilateral 
(região facial) caracterizado por dores de curta 
duração assemelhando-se a choques elétricos (ou 
fisgada na face), que têm início e término abrupto e se 
limitam a uma ou mais divisões do nervo trigêmeo. 
Comumente, a dor é desencadeada por estímulos 
triviais, como lavar- se, barbear-se, fumar, falar e/ou 
escovar os dentes (fatores gatilho), e frequentemente 
ocorre espontaneamente. Pequenas áreas na região 
nasolabial e/ou queixo podem ser particularmente 
suscetíveis ao desencadeamento da dor (áreas de 
gatilho). As dores costumam se remitir por períodos 
variáveis. Mais acometidos: maxilar e mandibular. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
a) Crises paroxísticas de dor que duram de uma fração 
de segundo a dois minutos, afetando uma ou mais 
divisões do nervo trigêmeo e preenchendo os critérios 
B e C. 
b) A dor tem pelo menos uma das seguintes 
características: 
1. Intensa, aguda, superficial ou em pontada. 
2. Desencadeada por fatores ou áreas de gatilho 
c) Crises estereotipadas para cada paciente 
d) Sem evidência clínica de déficit neurológico – 
principalmente déficit sensitivo. 
e) Não atribuída a outro distúrbio. 
TRATAMENTO 
O tratamento é individualizado. Por ser uma dor de 
origem neuropática, não responde nem a analgésicos 
nem anti-inflamatórios porque não tem nocicepção, 
não tem estímulo do receptor. 
ANTICONVULSIVANTES: 80% dos pacientes 
respondem bem, mesmo aqueles com compressão já 
comprovada. 
•Ccarbamazepina: 600 a 1200mg/dia; 
•Oxcarbamazepina: 200 a 600mg/dia; 
•Gabapentina: 300 a 900mg/dia; 
•Pregabalina: 75 a 150mg/dia. 
TERMOCOAGULAÇÃO DO GÂNGLIO DE GASSER e 
INJEÇÃO DE GLICEROL NA CISTERNA TRIGEMINAL: são 
os métodos permanentes que levam destruição do 
gânglio sensitivo. Melhora a dor, mas deixa anestesia 
na face do paciente. 
RIZOTOMIA SELETIVA POR RADIOFREQUÊNCIA: é 
temporária, identifica a raiz acometida e aplica uma 
onda de radiofrequência e deixa essa raiz 
temporariamente inativa, paciente melhora e depois 
se recupera sem muita sequela sensitiva. 
NEUROTOMIA DO TRIGÊMEO: é quando tudo falhou, 
é o método mais agressivo, e faz a dissecção cirúrgica 
do trigêmeo e o paciente fica com déficit sensitivo na 
face para sempre. 
DESCOMPRESSÃO MICROVASCULAR DA RAIZ DO 
TRIGÊMEO: depende da anatomia de cada paciente.

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