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JESSICA MARQUES DOS SANTOS Trabalho Final de Filosofia para Psicologia II Rio de Janeiro 2019 1) Em que sentido, para Foucault, a História da Loucura, do Renascimento à Modernidade, é um processo de silenciamento de uma experiência trágica da loucura? Quais as etapas deste processo e como seria possível identificar neste trabalho de Foucault uma influência do pensamento de Nietzsche? Segundo Foucault, a experiência trágica da loucura tem início na Idade Média, onde os loucos eram considerados donos de um saber restrito a poucas pessoas e donos de uma verdade excêntrica. Nesse período a linguagem dos loucos ainda não era explicitamente excluída, mas algumas estratégias foram usadas para tirar os loucos do convívio social, o que nos mostra um tipo de silenciamento. Assim, os loucos eram colocados em navios e “jogados” ao mar, tal estratégia foi chamada por Foucault de “Naus dos Loucos”. Tal fato, entretanto, carregava um caráter místico, pois pensava-se que caso os loucos conseguissem sobreviver ao mar (que era temido por muitos na época clássica), era porque de fato estavam além da nossa experiência e eram, consequentemente, legítimos donos dessa verdade excêntrica. Ademais, embora os Naus dos Loucos fosse um meio de repressão do discurso do louco, pois estando no navio, eles estavam excluídos do meio social, este navio também representava um lugar onde cabia o discurso dessas pessoas. Ao avançar da História da Loucura, percebe-se que toda a liberdade que os loucos possuíam na Idade Média, e da visão dos mesmos como donos de um saber esotérico, se modificou no período do Renascimento, pois houve, na época, uma tentativa de isolar esse louco, sem lhe atribuir ‘’um estatuto exatamente médico’’ como dito por Foucault et al. (2008, apud PROVIDELLO e YASUI, 2012). Nesse momento, houve uma maior valorização da razão individual, o que remete aos preceitos de Descartes “Cogito ergo sum”, que introduziram na época clássica uma valoração da dúvida que advém com o ato de pensar. Consequentemente, nessa época surge a ideia do louco como um “sem razão”, pois a loucura era vista como uma ilusão, e a razão era uma instância que introduziria a verdade ao homem, onde, segundo o pensamento de Descartes, só se alcançaria com a dúvida. O louco era, então, percebido como um sem razão e dono de uma ignorância: o que introduz o erro como sua verdade. O louco era o fraco, o que vivia na sua própria ilusão, no defeito; e aquele que possuía uma irregularidade na sua conduta. Houve, nesse momento, uma dominação da loucura pelo uso da razão. A linguagem do louco, que anteriormente era vista como uma verdade de forma extravagante, é desqualificada e a experiência trágica da loucura é dominada e substituída pelo saber racional, centrado na questão da verdade que se alcança pela moral. Nesse mesmo período renascentista, surgem as primeiras instituições de reclusão, ambientes que buscavam não só segregar os loucos, mas excluir todo um conjunto de pessoas que não seguiam as regras sociais e morais impostas pela sociedade da época. Nestas instituições de internamento, não existia um tratamento de fato para esses sujeitos, o médico somente fazia suas visitas por medo de que aquela população adoecesse e que doenças como o tifo, se alastrasse para a cidade. Constituía-se, assim, uma população heterogênea dentro das instituições de reclusão e a sociedade era formada de uma maneira homogênea, fomentadas pela higienização social da época e longe da diversidade dos que eram vistos como desviantes e que se encontravam nas instituições; como os devassos, as prostitutas, o feiticeiro, o sodomita, o suicida, além dos loucos, embora até esse momento, não houvesse uma diferenciação dos loucos com os demais que estavam nesse ambiente. Desse modo, todos eram postos nessas instituições de reclusão a mando do diretor, que representava um terceiro poder ao lado da justiça e da polícia. O afastamento desses indivíduos da sociedade, criou um distanciamento entre as pessoas ditas como “normais” e as pessoas que estavam inseridas nessas instituições, o que fomentou a ideia de um ‘’outro’’, como possuinte de uma desordem moral ou social, dado o conteúdo de suas ideias representarem ilusão ou erro e que deveriam ser expurgados desse meio social por serem incompatíveis com os demais. Ao longo do período Renascentista, foi questionado acerca da coabitação dos presos conjuntamente com os loucos; entre os marginalizados e, e estes, que se encaixavam naquilo compreendido por loucura na época. Questionou-se muito sobre isso, se essas pessoas que não apresentavam a loucura, poderiam habitar no mesmo espaço que os loucos. Entretanto, não foi questionado - em nenhum momento - a relação entre a loucura e o internamento. Ou seja, o problema era internar pessoas que estavam presas por algum tipo de imoralidade ou desvio, que não a loucura, no mesmo espaço que os loucos, em vez do questionamento sobre ser acerca da real necessidade de um encarceramento desses loucos. No entanto, essa revolta por pessoas presas por algum desvio na conduta coabitarem um mesmo ambiente que pessoas loucas, criou uma nova realidade institucional e uma nova visão sobre a loucura, fundamentando-se, nesse instante, em critérios sobre a medicalização da loucura. A transição da visão do louco na modernidade começa com o deslocamento do pensamento do louco como um sem razão, para a visão do louco como alienado de sua própria verdade, uma espécie de entorpecimento da razão. Esse adormecimento da razão ocorre às custas da libertação do louco por Pinel, que recobre a noção de que a razão do louco pode ser recuperada e introduz, como forma dessa restauração da razão, o procedimento de medicalização desses corpos, pois se a razão estava adormecida, havia algo a ser feito para despertá-la. Até o começo da Idade Moderna, ainda no período mercantilista, aqueles que não trabalhavam e, portanto, que não consumiam, eram excluídos do vínculo econômico por meio da internação em instituições. Assim, essas pessoas não representavam nenhuma importância, do ponto de vista econômico. No entanto, com a ascensão do capitalismo, a partir das Revoluções Industriais nos séculos XVIII e XIX, a população tornou-se força de trabalho, o que conferiu às pessoas uma importância econômica, pois estas poderiam ocupar alguma posição de trabalho nas fábricas de produção. A pobreza passa, então, a não se confundir mais com a loucura, visto que cada pessoa é, a partir desse momento, considerada força de trabalho ou mão de obra e por isso, podem ter alguma utilidade para a economia. Ainda no século XVIII, surgem duas categorias que são fundamentais para a modificação da compreensão da loucura. Os pobres, que eram pessoas socialmente marginalizadas, são divididos em dois grupos: os “pobres válidos” e os “pobres doentes”, estando os loucos presentes neste último. O primeiro é composto por pessoas que podem e devem trabalhar e por isso, representam um aspecto positivo para a sociedade. O outro grupo, no entanto, é socialmente visto como um peso morto e carrega um caráter negativo para esta sociedade, pois perde, por sua condição de doente, a utilidade econômica, devido à incapacidade de trabalhar. Assim, com a noção de que há um grupo de pessoas que necessitam de amparo, pois não possuem autonomia, surge a necessidade de assistência por meio estatal ou privado. No meio estatal, a assistência são as instituições de internamento, esses grandes hospitais que recebiam os doentes. Já no meio privado, são as famílias que se responsabilizam pelos cuidados destes doentes. Percebe-se, entretanto, que mais uma vez o mesmo se repete, interna-se e questiona-se sobre o internamento de outros doentes neste mesmo espaço que o louco, mas nada é questionado sobre esse método de assistência, pois tais instituições de internamento parecem seguramente destinadas aos loucos. A loucura, que antes era compreendida como aqueles que se apresentavam desviantesdo que era moral e socialmente aceito, passa a ser compreendida como uma doença, que mais tarde, é entendida não só como doença - no aspecto físico -, mas como doença mental. Até então, já na episteme Moderna, não existia um campo da medicina que desse conta da loucura, o primeiro campo que se propôs a esse estudo foi o alienismo, que posteriormente, dá origem ao campo da psiquiatria. Neste momento se tem a transformação da loucura que é sujeito dela mesma, para algo alienado com relação a si, característica trazida pela objetivação dessa experiência a partir do saber médico da loucura. No entanto, essa objetivação da loucura como um campo de saber médico é um mecanismo de controle da mesma, pois a figura do louco passa a ser compreendida como passível de cura ou transformação, devido à categoria de patologia que lhe é conferida pelo saber medicalizado. Desse modo, o louco não é mais compreendido como um “sem razão”, muito menos como dono de uma verdade excêntrica, mas como aquele que possui razão, mas que não consegue acesso à essa razão por estar doente e que somente por meio do tratamento médico, que buscará trazer transformações e até mesmo a cura dessa patologia, resgatará essa racionalidade que lhe está adormecida. Portanto, ao se pensar sobre a influência nietzscheana neste processo, percebe-se que Nietzsche estabelece uma crítica a todo o pensamento metafísico racional que levaria os indivíduos a decadência da valoração da vida, o niilismo. Essa crítica do pensamento racional da época se funde com a teoria platônico-socrática e que, analogamente a Foucault permeia o período renascentista, o que levaria a uma desvalorização da experiência trágica da tragédia; uma ideia que Foucault, posteriormente, incorpora como a decadência trágica da loucura. A experiência trágica, portanto, se funde em dois aspectos: o lado apolíneo e o lado dionisíaco que todos os indivíduos carregam. Tem-se que a dimensão trágica apolínea é caracterizada pela lucidez e clareza do homem. Já o lado dionisíaco é o lado obscuro do homem, tenebroso e que não pode ser expresso pelo racionalismo, mas sim pela arte. Porém, o pensamento metafísico da época aniquila a expressão dionisíaca do homem, com o uso da razão como uma forma singular de se chegar a uma verdade única. A ideia do que é verdade e ilusão se transpõe, então, como um mecanismo de dominação sobre o corpo do louco e de sua liberdade. Assim sendo, Foucault em seus postulados busca fugir da ideia de uma verdade definitiva, assim como Nietzsche, partindo de um ideal perspectivista, além de se afastar de mecanismos racionais ao extremo. Em contrapartida, utiliza-se uma linguagem neutra e que se propõe a entender o conceito de loucura partindo da ideia trágica desse fenômeno, dionisíaca, e não dos conceitos científicos racionais do que é o louco. Dessa maneira, Foucault, assim como Nietzsche critica a razão e os seus limites, mostrando que a razão levada a sua máxima pode ser uma forma de exclusão dos outros indivíduos que ameaçam sua ordem, além de não abarcar o lado dionisíaco inerente ao homem. 2) A partir dos anos 1970, Foucault direciona os seus trabalhos para uma análise do funcionamento do poder em nossas sociedades. Em que sentido, para Foucault o poder nem se confunde com poder de Estado, nem atua como instância primordialmente repressiva? A partir desta temática, como seria possível estabelecer uma diferença entre Foucault e o pensamento marxista? Em seus postulados, Foucault parte da ideia de poder não como uma forma absoluta ou apresentando características específicas, mas em contrapartida parte de outra visão genealógica da constituição desse processo. Para ele não existe o poder, mas o exercício das relações sociais de poder que age de maneira disciplinadora e controladora sobre o corpo dos indivíduos que compõem a sociedade, e que não necessariamente se manifesta de modo repressivo. Esses procedimentos, se modificam de acordo com as mudanças sociopolíticas e econômicas que ocorrem na sociedade e essas práticas que permeiam todo o tecido social se estabelecem historicamente. É um exercício que se modifica ao longo do tempo e transforma os homens; o poder cria o comportamento e o modo de agir de cada indivíduo;o poder constitui o homem. O Estado, segundo os escritos de Foucault, não representa a única instância que exerce poder, o que se difere do pensamento das ciências políticas da época que ‘’limita o Estado como fundamento de suas investigações sobre o poder’’ (MACHADO, 1982) mas é um aparato que dá corpo a sua prática. Desta maneira, o Estado se mostra como uma entidade permeada pelas relações de poder já existentes na sociedade e que se mostram presente cotidianamente no corpo social. Esse poder, por conseguinte, não é um objeto palpável, mas existe no imaginário das relações humanas, por não ser uma coisa não pode haver pessoas que possuam o poder e outras que não o têm; mas é um exercício das prática humanas que ocorre concomitante entre os indivíduos. Não existem, consequentemente, limites ou fronteiras para o poder, de modo que não há um ponto central onde o mesmo se localize. A questão jurídica do poder é, portanto, insuficiente para entendê-lo e não basta, por exemplo, tomar o poder do Estado como tentativa de diluição desse poder, porque o poder não é uma questão puramente jurídica. O Estado possui um sistema de poderes que não se encontra localizado somente nele, mas vai além, tal como mencionado anteriormente, não existem fronteiras para o poder. Portanto, a destruição desse sistema de poderes estatais não são eficazes para modificar as redes de poderes que imperam na sociedade, visto que o poder se estende para fora disso, estando presente em todas as relações sociais. Consoante a Foucault o poder não tem somente sua atuação primordialmente em efeitos negativos de repressão, mas também possui lados positivos, que buscam auxiliar e gerir a vida do homem em seus aspectos políticos e econômicos. De modo a intervir, que esse último possa agir de maneira efetiva na vida dos indivíduos: modificando-os e os moldando para viver em comunidade. Se ocorrer uma remoção dos aspectos de valor moral ou político, a visão do poder se modifica em sua função positiva. Isso ocorre, porque os homens são um produto do poder, visto que o poder, a ninguém escapa e esse poder produz comportamentos, produz subjetividades. Além disso, os homens também são objetos do saber, pois todo saber, segundo Foucault, recebe influência de um poder; saber e poder, portanto, estão intimamente ligados. Ademais, no que diz respeito à contraposição entre o pensamento foucaultiano e o pensamento marxista, compreende-se que, para Foucault, os meios de produção são insuficientes para compreender o poder. Não há, para ele, uma classe que é instituída de poder e outra que é destituída, como no pensamento marxista. Bem como não há, destarte, uma unilateralidade do poder, como é possível ser vista pelas análises Marx sobre a sociedade capitalista. Por ser assim, todos, sem exceção, são atravessados por algum poder, são atravessados pelas malhas do poder. Essa percepção do poder para Foucault não possui um centro e portanto, não é macropolítica, mas se dá no micro, nas relações cotidianas. Por exemplo, em um hospital, a relação médico-paciente é atravessada por poderes, que não necessariamente vem de cima para baixo, mas ocorrem de forma simultânea. Além disso, esse poder que atravessa tanto o paciente, quanto o médico, é produtivo, pois atua produzindo subjetividades, no sentido de que produz tipo de vidas, comportamento, corpos humanos e por isso, não ocorre exclusivamente como algo repressivo ou essencialmente negativo, diferente do que é pensado por Marx na análise macropolítica dos meios de produção. Enquanto para Marx, o Estado capitalista estabelece sua função de poder de modo unilateral em prol dos interesses gerais da burguesia, para Foucault, acabar com a figura do Estado nãofinda o estabelecimento do poder, pois esse último sempre existirá a nível microfísico. Para Marx existe uma relação de poder hierarquizada, onde alguns detém o poder e outros são explorados pelos que estão acima na hierarquia, essa é entretanto, uma visão macro-política do poder. Já para Foucault, essa concepção hierarquizada e macro do poder não é suficiente para explicar o que ele é, pois o mesmo se constitui nas práticas ou relações que se dão na vida cotidiana. O poder, portanto, é algo que se exerce, que se efetua, que funciona, onde todos os indivíduos, sem exceção, influenciam ou são influenciados por tal. 3) No Capítulo 2 do seu livro “Espinosa: Filosofia Prática”, o filósofo Gilles Deleuze procura estabelecer uma distinção entre a moral e a ética. Quais são os principais pontos da sua argumentação para estabelecer essa distinção? A fim de compreender o aparelho da moral, Espinosa aponta que ele se constitui de três coisas as quais ele chama de ilusórias: a consciência, os valores e as paixões tristes. O primeiro ponto, a consciência, seria ilusória pois falha como compreensão total da realidade, onde só se conhece aquilo que se passa por ela, porém o que escapa à ela, não é dado a conhecer. Tem-se também, a respeito do segundo ponto, que a moral se utiliza de valores metafísicos para realizar suas avaliações, os quais são “bem” e “mal”, por exemplo. Já sobre as paixões tristes, têm-se que representam o mais baixo grau de nossa potência, é o momento em que estamos mais distantes da potência de agir. Essa potência de agir são os valores alegres que dão um sentido à existência, esse último, no entanto não necessita de momentos necessariamente felizes ou saudáveis para se estabelecer, visto que um corpo é para muito além de um organismo e o pensamento é, por sua vez, muito além do que o que se passa somente pela consciência. Consequentemente, por se valer de valores metafísicos, a moral é criticada por Espinosa como sistema de julgamentos, pois esses três pontos destacados por Espinosa são ilusórios, dado que a consciência é ignorante ao todo e desconhece, então, a Natureza em sua universalidade. Entende-se, assim, que a moral é uma forma dos indivíduos de tentar compreender a relação de bem e mal por valores metafísicos e esse princípio moral se pauta na ideia de um julgamento transcendental de cada ação e não na potência do homem. Tal fato fundamenta-se, primordialmente, pela “falha’’ que há na consciência por não abarcar a ordem da relação entre objeto e corpo, e somente se pautar em seus efeitos, sendo esses efeitos recebidos passivamente e efeitos passivos implicam ideias incertas, inadequadas que se contrapõem a potência de agir. Em seus postulados, Deleuze (1970) usa o exemplo de Adão, onde esse último não entende a relação penosa do fruto com seu corpo (que é tóxico e venenoso), sendo assim entende a palavra de Deus, que representa a instância transcendental, como uma proibição e uma moralidade. A ética, por sua vez, se pauta em valores imanentes, ou seja, terrenos, diferentemente da moral. Há uma explícita relação Nietzschiana em sua obra, onde Deleuze busca estabelecer a ética como uma forma expressa pela potência de agir, ou seja, a ética é relativa aos valores que cada indivíduo dá em sua vida imanente. A potência de agir é o que cria os valores da ética, ou seja, modifica-se o pensar e dar-se-á um valor positivo a vida, sem que haja a interferência de qualquer instância transcendental, como um Deus, como forma de julgamento. O corpo, portanto, é a instância que experiência a ideia de bem e mal e analisa em sua vida imanente o que representa tais valores. Dessa forma, a valoração de bem e mal na ética é sempre terrena, pois não existe algo além da vida na terra que possa estabelecer a ideia de bem e mal, se não os próprios indivíduos que a experienciam e ditam tais valores. Referências DELEUZE, Gilles. Espinosa: Filosofia Prática, cap. II. Sobre a diferença da ética em relação a uma moral. p. 23-35. MACHADO, Roberto. Foucault. a Ciência e Saber. Cap. 1: Uma arqueologia da percepção, p. 51-86. MACHADO, Roberto. Por uma genealogia do Poder, p. VII-XXIII.FOUCAULT, M. Vigiar e Punir, Cap. I, O Corpo dos Condenados, p. 117-142. PROVIDELLO, Guilherme Gonzaga Duarte; YASUI, Silvio. A loucura em Foucault: arte e loucura, loucura e desrazão. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro. v.20. n.4. out.-dez. 2013. p. 1515-1529.
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