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Exercicios de literatura resolvidos - Modernismo

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EXERCICIOS DE LITERATURA RESOLVIDOS 
MODERNISMO 
 
 
01. Sobre a Semana de Arte Moderna de 1922, analise as 
afirmações abaixo. 
 
I – Tinha como uma das grandes aspirações renovar o 
ambiente artístico e cultural do país, produzindo uma arte 
brasileira afinada com as tendências vanguardistas 
europeias, sem, contudo, perder o caráter nacional. 
II – Serviu menos para a indicação dos rumos que a arte 
brasileira devia trilhar do que como manifestação de um 
estado de espírito de insatisfação que tomava conta das 
gerações mais jovens diante da situação cultural do país. 
III – A exposição da artista plástica Anita Malfatti 
representou um marco para o modernismo brasileiro; suas 
obras apresentavam tendências vanguardistas europeias, 
o que de certa forma chocou grande parte do público; foi 
criticada pela corrente conservadora, mas despertou os 
jovens para a renovação da arte brasileira. 
IV – Foi um evento que contou com a simpatia de 
conservadores como Monteiro Lobato, que, apesar de 
criticar as obras de Anita Malfatti, participou ativamente 
da Semana. 
 
Estão corretas 
 
(a) apenas III e IV. 
(b) apenas I e III. 
(c) apenas I, II e III. 
(d) apena I e IV. 
(e) apenas I, III e IV. 
 
 
02. Assinale a alternativa que NÃO se refere ao Moder-
nismo brasileiro em sua primeira fase. 
 
(a) Os movimentos de vanguarda europeus, a brutalidade 
da Primeira Guerra Mundial, dentre outros fatores, 
favoreceram a busca por uma estética desvinculada de 
quaisquer dogmatismos. 
(b) No Brasil, os movimentos primitivistas foram uma 
resposta à busca da expressão nacional. 
(c) A conjunção entre primitivismo do folclore e universo 
urbano foi uma possibilidade modernista. 
(d) As inovações de ordem temática e formal permitiram 
a delimitação clara entre prosa e poesia modernistas. 
(e) A paródia aos textos e estilos consagrados da 
literatura brasileira é uma das possibilidades modernistas. 
 
 
 
 
 
03. As relações negativas do público à Semana de Arte 
Moderna refletem 
 
(a) a fixação do espírito brasileiro no propósito de 
menosprezo das criações nacionalistas. 
(b) a preferência pelas manifestações artísticas já cristali-
zadas nas linhas do academicismo. 
(c) a possibilidade do futuro fracasso do Modernismo 
como movimento estético literário. 
(d) a aversão dos autores em se comunicar com o público 
presente no Teatro Municipal de São Paulo. 
(e) o pouco amadurecimento dos autores para propostas 
de vanguarda. 
 
 
04. Em dezembro de 1917, Anita Malfatti realizou, em 
São Paulo, uma exposição de arte com 52 trabalhos que 
apresentavam forte tendência expressionista, dentre os 
quais estava “A estudante russa”, reproduzido abaixo. 
 
 
 
Partindo-se dessa exposição, assinale a alternativa correta. 
 
(a) Demonstra uma artista ligada a movimentos sociais. 
(b) O tratamento realista que recebeu tornou-a alvo de 
críticas mordazes dos modernistas durante a exposição de 
1917. 
(c) Marca o rompimento com o belo natural na arte 
brasileira, refletindo a liberdade do artista na interpretação 
do mundo. 
(d) Revela o principal objetivo dos artistas modernistas 
brasileiros: a elaboração de obras de difícil compreensão 
para o público. 
(e) É resultado da busca de padrões acadêmicos europeus 
para a reprodução da natureza com o máximo de objetivi-
dade e beleza. 
05. “Klaxon sabe que a vida existe. E, aconselhado por 
Pascal, visa o presente. Klaxon não se preocupará de ser 
novo, mas de ser atual. Essa é a grande lei da novidade. 
Klaxon sabe que a humanidade existe, por isso é 
internacionalista”. 
 
 
 
 
 
 
 Avaliação – Literatura Prof. Lizandro C. Calegari 
Esse texto foi publicado pela primeira vez 
 
(a) num manifesto futurista de Filippo Marinetti. 
(b) no manifesto regionalista de 1926. 
(c) no Prefácio interessantíssimo, de Mário de Andrade. 
(d) no Manifesto antropófago, de Oswald de Andrade. 
(e) em uma revista de 1922, que se apresentava como 
mensário da arte moderna. 
 
 
06. Leia alguns aforismos extraídos do Manifesto 
antropófago (1928), de Oswald de Andrade. 
 
“Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economica-
mente. Filosoficamente”. 
“Tupy, or not tupy, that is the question”. 
“Antes de os portugueses descobrirem o Brasil, o Brasil 
tinha descoberto a felicidade”. 
 
A partir da leitura desses fragmentos, assinale V 
(verdadeira) ou F (falsa) para cada uma das afirmações 
abaixo. 
 
( V ) A partir desses aforismos, deve-se entender não a 
aversão à cultura estrangeira, mas a dialética de conjun-
ção das raízes nacionais à cultura europeia. 
( F ) A leitura dos três fragmentos acaba por desvendar a 
crítica à cultura brasileira que não estaria muito distante 
do primitivismo antropofágico. 
( V ) Em “Tupy, or not tupy, that is the question”, está 
implícita a crítica ao espírito de nacionalidade, falseado 
pelo estrangeirismo exacerbado entre os brasileiros, até 
os adventos do Modernismo. 
 
A sequência correta é 
 
(a) V – F – V. 
(b) F – V – V. 
(c) V – F – F. 
(d) V – V – V. 
(e) F – V – F. 
 
 
07. Leia o trecho abaixo extraído do romance Macuna-
íma: o herói sem nenhum caráter (1928), de Mário de 
Andrade, para responder a esta questão. 
 
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói 
de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da 
noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão 
grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a 
índia 
tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que 
chamaram de Macunaíma. 
Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: 
passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a 
falar exclamava: “– Ai! que preguiça!...” e não dizia mais 
nada. Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de 
paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principalmente 
os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na 
força de homem. O divertimento dele era decepar cabeça 
de saúva. Vivia deitado mas, si punha os olhos em dinhei-
ro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém. E também 
espertava quando a família ia tomar banho no rio, todos 
juntos e nus. Passava o tempo do banho dando mergulho, e 
as mulheres soltavam gritos gozados por causa dos guai-
muns diz-que habitando a água-doce por lá. No mucambo, 
si alguma cunhatã se aproximava dele pra fazer festinha, 
Macunaíma punha a mão nas graças dela, cunhatã se 
afastava. Nos machos guspia na cara. Porém respeitava os 
velhos, e frequentava com aplicação a murua a poracê o 
torê o bacorocô a cucuicogue, todas essas danças religio-
sas da tribo. 
Quando era pra dormir trepava no macuru pequeninho 
sempre se esquecendo de mijar. Como a rede da mãe 
estava por debaixo do berço, o herói mijava quente na 
velha, espantando os mosquitos bem. Então adormecia 
sonhando palavras-feias, imoralidades estrambólicas e 
dava patadas no ar. 
Nas conversas das mulheres no pino do dia o assunto 
eram sempre as peraltagens do herói. As mulheres se riam 
muito simpatizadas, falando que “espinho que pinica, de 
pequeno já traz ponta”, e numa pagelança Rei Nagô fez 
um discurso e avisou que o herói era inteligente. 
 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
(a) Macunaíma é “o herói sem nenhum caráter” porque, 
no âmbito individual, é múltiplo e contraditório e, no 
plano da representação de uma coletividade, é inescrupu-
loso e mau caráter. 
(b) Macunaíma é “o herói de nossa gente” por retratar, a 
partir dos traços múltiplos e contrastantes que o caracte-
rizam, a coletividade brasileira, formada pela miscigena-
ção racial e cultural. 
(c) Macunaíma é “o herói sem nenhum caráter” por 
apresentar uma personalidade complexa, caracterizada a 
partir de traços psicológicos delineados sob um ponto de 
vista objetivo e científico. 
(d) Macunaíma é “o herói de nossa gente” por ser, como 
os brasileiros, esperto e trapaceiro, valendo-se mais da 
criatividade do que da inteligência em suas ações. 
(e) Macunaíma é “o herói sem nenhum caráter” por 
reunir, de um pontode vista psicológico e antropológico, 
as características de um povo cujo comportamento se 
define pela preguiça e pela imoralidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Avaliação – Literatura Prof. Lizandro C. Calegari 
08. Leia as afirmações abaixo sobre Macunaíma: o herói 
sem nenhum caráter (1928), de Mário de Andrade, e 
assinale V (verdadeira) ou F (falsa) para cada uma delas. 
 
( V ) São elementos constitutivos da obra a mitologia 
indígena, o folclore nacional, a língua falada e os 
costumes brasileiros. 
( F ) Sendo uma rapsódia, o livro caracteriza-se pelo 
acolhimento e assimilação de elementos variados da 
cultura brasileira. Por esse caráter multifacetado, ele é 
inviável enquanto representação da identidade do país. 
( V ) Macunaíma é um tipo criado a partir de contos 
populares e está ligado a personagens do folclore 
brasileiro. 
 
A sequência correta é 
 
(a) V – V – F. 
(b) F – F – V. 
(c) V – F – F. 
(d) V – F – V. 
(e) F – V – F. 
 
 
09. Leia alguns fragmentos do poema “Ode ao burguês” 
(1922), de Mário de Andrade. 
 
01. Eu insulto o burguês! O burguês-níquel, 
02. O burguês-burguês! 
03. A digestão bem-feita de São Paulo! 
04. O homem-curva! O homem-nádegas! 
05. O homem que sendo francês, brasileiro, italiano, 
06. é sempre um cauteloso pouco a pouco! 
[...] 
07. Morte ao burguês-mensal! 
08. Ao burguês-cinema! Ao burguês-tílburi! 
09. Padaria Suíça! Morte viva ao Adriano! 
10. “– Ai, filha, que te darei pelos teus anos? 
11. – Um colar... – Conto e quinhentos!!! 
12. – Mas nós morremos de fome!” 
 
Vocabulário: “ode” = canto solene e entusiasta que celebra 
grandes acontecimentos ou sentimentos arrojados; “tílburi” (v. 
08) = carro de duas rodas e dois assentos, com capota e sem 
boleia, puxado por um só animal. 
 
Com base nesses versos, assinale V (verdadeira) ou F 
(falsa) para cada uma das preposições a seguir. 
 
( ) Nos versos 01 a 06, o eu lírico destaca tanto a 
importância que o burguês concentra no dinheiro, quanto 
a sua tendência ao conservadorismo e ao acovardamento. 
( V ) O diálogo, versos 10 a 12, destaca a preocupação do 
burguês em ostentar uma imagem de sucesso e de riqueza 
independentemente de sua real condição financeira. 
( F ) A pontuação predominantemente exclamativa traduz 
a alegria e o entusiasmo do eu lírico, justificando, assim, 
o título do poema, “Ode ao burguês”. 
A sequência correta é 
 
(a) V – F – V. 
(b) F – F – V. 
(c) V – V – V. 
(d) F – V – F. 
(e) V – V – F. 
 
 
10. Leia o poema de Manuel Bandeira e responda à 
questão proposta. 
 
“Desencanto” 
 
01. Eu faço versos como quem chora 
02. De desalento... de desencanto... 
03. Fecha o meu livro, se por agora 
04. Não tens motivo nenhum de pranto. 
 
05. Meu verso é sangue. Volúpia ardente... 
06. Tristeza esparsa... remorso vão... 
07. Dói-me nas veias. Amargo e quente, 
08. Cai, gota a gota, do coração. 
 
09. E nestes versos de angústia rouca 
10. Assim dos lábios a vida corre, 
11. Deixando um acre sabor na boca. 
12. – Eu faço versos como quem morre. 
 
Vocabulário: “desalento” (v. 02) = desânimo; “volúpia” (v. 05) 
= sensualidade. 
 
Assinale V (verdadeira) ou F (falsa) para cada uma das 
afirmações abaixo. 
 
( V ) Há um tom confessional do eu lírico que predomina 
no texto. 
( V ) O sujeito poético estabelece uma interlocução com 
um possível leitor. 
( F ) A utilização das reticências sinaliza uma postura 
irônica do seu lírico diante da vida. 
 
A sequência correta é 
 
(a) V – V – F. 
(b) F – V – V. 
(c) V – F – V. 
(d) F – F – V. 
(e) V – F – F.

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