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Didatismo e Conhecimento
C a rg o E s c r i t u r á r i o
BANCO DO BRASIL
Didatismo e Conhecimento
Índice
CONHECIMENTOS BÁSICOS
LÍNGUA PORTUGUESA
Compreensão e interpretação de textos. .................................................................................................................................................. 01
Tipologia textual. ....................................................................................................................................................................................... 10
Ortografia oficial........................................................................................................................................................................................ 17
Acentuação gráfica. ................................................................................................................................................................................... 29
Emprego das classes de palavras.............................................................................................................................................................. 33
Emprego do sinal indicativo de crase. ..................................................................................................................................................... 65
Sintaxe da oração e do período. ............................................................................................................................................................... 69
Pontuação. .................................................................................................................................................................................................. 91
Concordância nominal e verbal. .............................................................................................................................................................. 94
 Regência nominal e verbal. .....................................................................................................................................................................110
 Significação das palavras. .......................................................................................................................................................................116
Redação de correspondências oficiais. ....................................................................................................................................................118
ATUALIDADES
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como política, economia, sociedade, educação, tecnologia, energia, 
relações internacionais, desenvolvimento sustentável, responsabilidade sócio-ambiental, segurança e ecologia, e suas vinculações 
históricas. ...................................................................................................................................................................................................... 01/38
MATEMÁTICA
Números inteiros ........................................................................................................................................................................................ 01
Racionais .................................................................................................................................................................................................... 06
Reais ............................................................................................................................................................................................................ 09
Problemas de contagem ............................................................................................................................................................................ 01
Sistema legal de medidas ...........................................................................................................................................................................11
Razões e proporções .................................................................................................................................................................................. 15
Divisão proporcional ................................................................................................................................................................................. 24
Regras de três simples e compostas ......................................................................................................................................................... 21
Porcentagens .............................................................................................................................................................................................. 19
Equações e inequações de 1.º e 2.º graus ................................................................................................................................................. 29
Sistemas lineares ........................................................................................................................................................................................ 29
Funções; gráficos ....................................................................................................................................................................................... 44
Seqüências numéricas ............................................................................................................................................................................... 55
Funções exponenciais e logarítmicas ....................................................................................................................................................... 44
Noções de probabilidade e estatística. ..................................................................................................................................................... 55
Juros simples e compostos: capitalização e descontos............................................................................................................................ 64
C a rg o E s c r i t u r á r i o
BANCO DO BRASIL 
Didatismo e Conhecimento
Índice
Taxas de juros: nominal, efetiva, equivalentes, proporcionais, real e aparente................................................................................... 64
Rendas uniformes e variáveis ................................................................................................................................................................... 64
Planos de amortização de empréstimos e financiamentos ..................................................................................................................... 64
Cálculo financeiro: custo real efetivo de operações de financiamento, empréstimo e investimento. ................................................. 64
Avaliação de alternativas de investimento. ............................................................................................................................................. 64
Taxas de retorno. ....................................................................................................................................................................................... 64
RACIOCÍNIO LÓGICO
 Lógica sentencial e de primeira ordem. Enumeração por recurso. Contagem: princípio aditivo e multiplicativo. Arranjo. 
Permutação. Combinação simples e com repetição.. ............................................................................................................................... 01/40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INFORMÁTICA
Conceitos de informática, hardware e software. .................................................................................................................................... 01
Ambientes operacionais Windows eLinux. ............................................................................................................................................ 09
Processador de texto (Word) .................................................................................................................................................................... 20
BrOffice.org Writer. .................................................................................................................................................................................. 20
Planilhas eletrônicas (Excel) ..................................................................................................................................................................... 45
BrOffice.org Calç ....................................................................................................................................................................................... 71
Editor de Apresentações (PowerPoint) .................................................................................................................................................... 71
BrOffice.org Impress ................................................................................................................................................................................. 71
Conceitos de tecnologias relacionadas à Internet e Intranet, Protocolos Web, World Wide Web, Navegador Internet (Internet 
Explorer e Mozilla Firefox), busca e pesquisa na Web. ................................................................................................................................. 80
Conceitos de tecnologias e ferramentas de colaboração, correio eletrônico, grupos de discussão, fóruns e wikis........................... 80
Conceitos de proteção e segurança, realização de cópias de segurança (backup), vírus e ataques a computadores. ...................... 98
Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ........................................................ 09
Conceitos de educação à distância. ........................................................................................................................................................ 105
Conceitos de acesso à distância a computadores. ................................................................................................................................... 80
Conceitos de tecnologias e ferramentas multimídia, de reprodução de áudio e vídeo. ..................................................................... 105
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional: Conselho Monetário Nacional; COPOM – Comitê de Política Monetária; BNDES – 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social; Bancos Múltiplos; Bancos de Câmbio; Companhias Hipotecárias; Agências 
de Fomento; CCB – Cédula de Crédito Bancário; Banco Central do Brasil; Comissão de Valores Mobiliários; ................................... 01
Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional; bancos comerciais; caixas econômicas; cooperativas de crédito; bancos 
comerciais cooperativos; bancos de investimento; bancos de desenvolvimento; sociedades de crédito, financiamento e investimento; 
sociedades de arrendamento mercantil; sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos 
e valores mobiliários; bolsas de valores; bolsas de mercadorias e de futuros; Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC); 
Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP); sociedades de crédito imobiliário; associações de poupança e 
empréstimo. ....................................................................................................................................................................................................... 03 
Sistema de Seguros Privados e Previdência Complementar: Conselho Nacional de Seguros Privados; Superintendência de Seguros 
Privados; Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC; Superintendência Nacional de Previdência Complementar – 
PREVIC; Resseguradores; sociedades seguradoras; sociedades de capitalização; entidades abertas e entidades fechadas de previdência 
privada; corretoras de seguros; sociedades administradoras de seguro-saúde. ......................................................................................... 08 
Sociedades de fomento mercantil (factoring); sociedades administradoras de cartões de crédito. .................................................. 12
Didatismo e Conhecimento
Índice
Produtos e serviços financeiros: depósitos à vista; depósitos a prazo (CDB e RDB); letras de câmbio; cobrança e pagamento de 
títulos e carnês; transferências automáticas de fundos; commercial papers; arrecadação de tributos e tarifas públicas; home/office 
banking, remote banking, banco virtual, dinheiro de plástico; conceitos de corporate finance; Fundos de Investimento; hot money; 
contas garantidas; crédito rotativo; descontos de títulos; financiamento de capital de giro; vendor finance/compror finance; leasing 
(tipos, funcionamento, bens); financiamento de capital fixo; crédito direto ao consumidor; crédito rural; cadernetas de poupança; 
financiamento à importação e à exportação – repasses de recursos do BNDES; cartões de crédito; títulos de capitalização; planos de 
aposentadoria e pensão privados; planos de seguros. ................................................................................................................................... 13
Mercado de capitais: ações – características e direitos; debêntures; diferenças entre companhias abertas e companhias fechadas; 
operações de underwriting; funcionamento do mercado à vista de ações; mercado de balcão; operações com ouro. Mercado de câmbio: 
instituições autorizadas a operar; operações básicas; contratos de câmbio – características; taxas de câmbio; remessas; 
SISCOMEX. ...................................................................................................................................................................................................... 30
Operações com derivativos: características básicas do funcionamento do mercado a termo, do mercado de opções, do mercado 
futuro e das operações de swap. ........................................................................................................................................................................... 
Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; penhor mercantil; alienação fiduciária; hipoteca; fianças bancárias; 
Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas. ....................................................................... 38
Prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e suas alterações, Circular Bacen 3.461/2009 e suas 
alterações e Carta-Circular Bacen 2.826/98. Autorregulação Bancária ...................................................................................................... 66
 HABILIDADES NO ATENDIMENTO
Legislação: Lei n.º 8.078/90; Código de Defesa do Consumidor; Resolução CMN n.º 3.694; Código de Defesa do Consumidor 
Bancário; Lei nº 10.048/00; Lei nº 10.098/00; Decreto nº 5.296/04. ............................................................................................................. 01
Marketing em empresas de serviços. Satisfação, valor e retenção de clientes. Como lidar com a concorrência. Propaganda e 
promoção. Venda. Telemarketing. Etiqueta empresarial: comportamento, aparência, cuidados no atendimento pessoal e telefônico. 28 
Decreto Lei nº 6523 - Regulamenta a Lei nº 8078, de 11 de setembro de 1990, para fixar normas gerais sobre o Serviço de 
Atendimento ao Consumidor - SAC. ..............................................................................................................................................................37
Resolução CMN nº 3849 de 25/03/10 - Dispõe sobre a instituição de componente organizacional de ouvidoria pelas instituições 
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil .......................................................................... 38
Didatismo e Conhecimento
Índice
ATENÇÃO
SAC
DÚVIDAS DE MATÉRIA
A NOVA APOSTILA oferece aos candidatos um serviço diferenciado - SAC (Serviço de Apoio ao Candidato).
O SAC possui o objetivo de auxiliar os candidatos que possuem dúvidas relacionadas ao conteúdo do edital.
O candidato que desejar fazer uso do serviço deverá enviar sua dúvida somente através do e-mail: professores@
novaapostila.com.br.
Todas as dúvidas serão respondidas pela equipe de professores da Editora Nova, conforme a especialidade da 
matéria em questão.
Para melhor funcionamento do serviço, solicitamos a especificação da apostila (apostila/concurso/cargo/Estado/
matéria/página). Por exemplo: Apostila do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Cargo Escrevente. Português 
- paginas 82,86,90.
Havendo dúvidas em diversas matérias, deverá ser encaminhado um e-mail para cada especialidade, podendo 
demorar em média 05 (cinco) dias para retornar. Não retornando nesse prazo, solicitamos o re-envio do mesmo.
ERROS DE IMPRESSÃO
Alguns erros de edição ou impressão podem ocorrer durante o processo de fabricação deste volume, caso 
encontre algo, por favor, entre em contato conosco, pelo nosso e-mail, nova@novaapostila.com.br.
Alertamos aos candidatos que para ingressar na carreira pública é necessário dedicação, portanto a NOVA 
APOSTILA auxilia no estudo, mas não garante a sua aprovação. Como também não temos vínculos com a organizadora 
dos concursos, de forma que inscrições, data de provas, lista de aprovados entre outros independe de nossa equipe.
Havendo a retificação no edital, por favor, entre em contato pelo nosso e-mail, pois a apostila é elaborada com 
base no primeiro edital do concurso, teremos o COMPROMISSO de enviar gratuitamente a retificação APENAS por 
e-mail e também disponibilizaremos em nosso site, www.novaapostila.com.br, na opção ERRATAS.
Lembramos que nosso maior objetivo é auxiliá-los, portanto nossa equipe está igualmente à disposição para 
quaisquer dúvidas ou esclarecimentos. RESSALTAMOS QUE DÚVIDAS E ESCLARECIMENTOS SERÃO 
RESPONDIDOS APENAS POR E-MAIL, nossos atendentes telefônicos são treinados apenas para vendas e 
follow-up de pedidos.
Atenciosamente,
NOVA APOSTILA
Equipe Nova Apostila
1
Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
BANCO DO BRASIL 01/2011
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO 
DE TEXTOS
A maioria das pessoas fala enquanto faz alguma coisa. Numa 
partida de futebol, os jogadores não só correm e chutam, mas 
gritam, advertem, perguntam. Difícil é ler e ao mesmo tempo fazer 
outra coisa. Ao lermos, a realidade em torno de nós tende a sumir 
de nossa atenção, porque ficamos concentrados naquilo que o texto 
nos diz.
“Na leitura, é importante descobrir o que é relevante em 
cada texto e conseguir situar-se convenientemente no ponto de 
observação escolhido pelo autor, compreendendo suas intenções 
e propósitos”.
A importância dada a questões de interpretação de textos 
deve-se ao caráter interdisciplinar, o que equivale dizer que a 
competência de ler texto interfere decididamente no aprendizado 
em geral, já que boa parte do conhecimento mais importante nos 
chega por meio da linguagem escrita. A maior herança que a escola 
pode legar aos seus alunos é a competência de ler com autonomia, 
isto é, de extrair de um texto os seus significados.
Num texto, cada uma das partes está combinada com as 
outras, criando um todo que não é mero resultado da soma das 
partes, mas da sua articulação. Assim, a apreensão do significado 
global resulta de várias leituras acompanhadas de várias hipóteses 
interpretativas, levantadas a partir da compreensão de dados e 
informações inscritos no texto lido e do nosso conhecimento do 
mundo.
Como instrução geral, podemos dizer que uma hipótese 
interpretativa é aceitável sempre que o texto apresenta pista ou 
pistas que a confirmam e sustentam. O texto abaixo é bastante 
apropriado.
“Aquela senhora tem um piano.
Que é agradável, mas não é o correr dos rios.
Nem o murmúrio que as árvores fazem...
Por que é preciso ter um piano?
O melhor é ter ouvidos
E amar a Natureza.”
Que simboliza o piano no poema?
Dentro do contexto que se insere o piano, representa um bem 
cultural, o que se percebe pela oposição que o texto estabelece entre 
o som do piano (bem cultural) e o correr dos rios e o murmúrio das 
árvores (bens naturais). O poema descarta a necessidade do piano, 
dando preferência à fruição dos sons da Natureza.
Para que serve a linguagem?
(...)
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Todo o sentido da vida
principia à vossa porta;
o mel do amor cristaliza
seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...
A liberdade das almas,
ai! Com letras se elabora...
E dos venenos humanos
sois a mais fina retorta:
frágil, frágil como o vidro
e mais que o aço poderosa!
Reis, impérios, povos, tempos,
pelo vosso impulso rodam...
(...)
Cecília Meireles.
Romanceiro da Inconfidência. In: Obra poética.
Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1985, p. 442.
Esses versos foram extraídos do poema “Romance LIII 
ou das palavras aéreas”, em que Cecília Meireles fala sobre o 
poder da palavra. Mostram que a palavra, apesar de frágil, por 
ser constituída de sons, é ao mesmo tempo extremamente forte, 
porque, com seu significado, derruba reis e impérios; serve para 
construir a liberdade do ser humano e também para envenenar a 
sua vida; serve para sussurrar declarações de amor, para exprimir 
os sonhos, para impulsionar os desejos mais grandiosos, mas 
também para caluniar, para expor a raiva, para impor a derrota.
A linguagem é o traço definidor do ser humano, é a aptidão 
que o distingue dos animais.
O provérbio popular “Palavra não quebra osso”, contrapondo 
a palavra à ação, insinua que a linguagem não tem nenhum poder: 
um golpe, mas não uma palavra, é capaz de quebrar osso. Ora 
podemos desfazer facilmente essa visão simplista das coisas, 
analisando para que serve a linguagem.
A linguagem é uma maneira de perceber o mundo
“Este deve ser o bosque”, murmurou pensativamente (Alice), 
“onde as coisas não têm nomes”. (...)
Ia devaneando dessa maneira quando chegou à entrada do 
bosque, que parecia muito úmido e sombrio. “Bom, de qualquer 
modo é um alívio”, disse enquanto avançava em meio às árvores, 
“depois de tanto calor, entrar dentro do... dentro do... dentro do 
quê?” Estava assombrada de não poder se lembrar do nome. “Bom, 
isto é, estar debaixo das... debaixo das... debaixo disso aqui, ora!”, 
disse, colocando a mão no tronco da árvore. “Como é que essa 
coisa se chama? É bem capaz de não TR nome nenhum... ora, com 
certeza não tem mesmo!”
Ficou calada durante um minuto, pensando. Então, de repente, 
exclamou: - Ah, então isso terminou acontecendo! E agora quem 
sou eu? Eu quero me lembrar, se puder.
Lewis Carroll. Aventuras de Alice.
Trad. Sebastião Uchôa Leite.
3ª Ed. São Paulo, Summus, p 165-166
Esse texto, reproduzido do livro Através do espelho e o que 
Alice encontrou lá, mostra que a protagonista, ao entrar no bosque 
em que as coisas não têm nome, é incapaz de apreender a realidade 
em torno dela, de saber o que as coisas são. Isso significa que as 
coisas do mundo exterior só têm existência para os homens quando 
são nomeadas. A linguagem é uma forma de apreender a realidade: 
só percebemos aquilo a que a língua dá nome.
Roberto Pompeu de Toledo, articulista da Veja, comenta essa 
questão na edição de 26 de junho de 2002 (p. 130), ao falar da 
expressão “risco país”, usada para traduzir o grau de confiabilidadede um país entre credores ou investidores internacionais:
2
Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
BANCO DO BRASIL 01/2011
(...) As coisas não são coisas enquanto não são nomeadas. 
O que não se expressa não se conhece. Vive na inocência do 
limbo, no sono profundo da inexistência. Uma vez identificado, 
batizado e devidamente etiquetado, o “risco país” passou a existir. 
E lá é possível viver num país em risco? Lá é possível dormir em 
paz num país submetido à medição do perigo que oferece com 
a mesma assiduidade com que a um paciente se tira a pressão? 
É como viajar num navio onde se apregoasse, num escandaloso 
placar luminoso, sujeito a tantas oscilações como as das ondas do 
mar, o “risco naufrágio”.
A linguagem é uma forma de interpretar a realidade
O segundo projeto era representado por um plano de abolir 
completamente todas as palavras, fossem elas quais fossem 
(...). Em vista disso, propôs-se que, sendo as palavras apenas 
nomes para as coisas, seria mais conveniente que todos os 
homens trouxessem consigo as coisas de que precisassem falar 
ao discorrer sobre determinado assunto (...). ...muitos eruditos 
e sábios aderiram ao novo plano de se expressarem por meio de 
coisas, cujo único inconveniente residia em que, se um homem 
tivesse que falar sobre longos assuntos e de vária espécie, ver-se-ia 
obrigado, em proporção, a carregar nas costas um grande fardo de 
coisas, a menos de poder pagar um ou dois criados robustos para 
acompanhá-lo (...).
Outra grande vantagem oferecida pela invenção consiste em 
que ela serviria de língua universal, compreendida em todas as 
nações civilizadas, cujos utensílios e objetos são geralmente da 
mesma espécie, ou tão parecidos que o seu emprego pode ser 
facilmente percebido.
Jonathan Swift. Viagens de Gulliver.
Rio de Janeiro/São Paulo, Ediouro/Publifolha, p. 194-195.
Esse trecho do livro Viagens de Gulliver narra um projeto dos 
sábios de Balnibarbi: substituir as palavras – que, no seu entender, 
têm o inconveniente de variar de língua para língua – pelas coisas. 
Quando alguém quisesse falar de uma cadeira, mostraria uma 
cadeira, quem desejasse discorrer sobre uma bolsa, mostraria 
uma bolsa, etc. Trata-se de uma ironia de Swift às concepções 
vulgares de que a compreensão da realidade independe da língua 
que a nomeia, como se as palavras fossem etiquetas aplicadas a 
coisas classificadas independentemente da linguagem, quando, 
na verdade, a língua é uma forma de categorizar o mundo, de 
interpretá-lo.
O que inviabiliza o sistema imaginado pelos sábios de 
Balnibarbi não é apenas o excesso de peso das coisas que cada 
falante precisaria carregar: é o fato de que as coisas não podem 
substituir as palavras, porque a língua é bem mais que um sistema 
de mostração de objetos ou mera cópia do mundo natural. As 
coisas não designam tudo que uma língua pode expressar.
Mostrar um objeto, por exemplo, não indica sua inclusão 
numa dada classe. No léxico de uma língua, agrupamos os nomes 
em classes. Maçã, pêra, banana e laranja pertencem à classe das 
frutas. Ao mostrar uma fruta qualquer, não consigo exprimir a idéia 
da classe fruta; não posso, então, expressar idéias mais gerais. 
Não produzimos palavras somente para designar as coisas, mas 
para estabelecer relações entre elas e para comentá-las. Mostrar 
um objeto não exprime as categorias de quantidade, de gênero 
(masculino e feminino), de número (singular e plural); não permite 
indicar sua localização no espaço (aqui/aí/lá), etc. A língua não é 
um sistema de mostração de objetos, pois permite falar do que está 
presente e do que está ausente, do que existe e do que não existe; 
permite até criar novas realidades, mundos não existentes.
A linguagem é uma atividade simbólica, o que significa que as 
palavras criam conceitos, e eles ordenam a realidade, categorizam 
o mundo. Por exemplo, criamos o conceito de pôr-do-sol. Sabemos 
que, do ponto de vista científico, o Sol não “se põe”, uma vez que 
é a Terra que gira em torno dele. Contudo esse conceito, criado 
pela linguagem, determina uma realidade que nos encanta a 
todos. Outro exemplo: apagar uma coisa escrita no computador 
é uma atividade diferente de apagar o que foi escrito a lápis, a 
caneta ou mesmo a máquina. Por isso, surgiu uma nova palavra 
para denominar essa nova realidade, deletar. No entanto, se essa 
palavra não existisse, não perceberíamos a atividade de apagar no 
computador como uma ação diferente de apagar o que foi escrito 
a lápis. Uma nova realidade, uma nova invenção, uma nova idéia 
exigem novas palavras, e estas é que lhes conferem existência para 
toda a comunidade de falantes.
As palavras formam um sistema independente das coisas 
nomeadas por elas, tanto é que cada língua pode ordenar o mundo 
de maneira diversa, exprimir diferentes modos de ver a realidade. 
O inglês, por exemplo, para expressar o que denominamos 
carneiro, tem duas palavras: sheep, que designa o animal, e 
mutton, que significa a carne do carneiro preparada e servida à 
mesa. Em português, dizemos as duas coisas numa palavra só: Este 
carneiro tem muita lã e Este carneiro está apimentado – ou seja, 
não aplicamos a distinção que os falantes da língua inglesa têm 
incorporada à sua visão de mundo. Isso mostra que a linguagem 
é uma maneira de interpretar o universo natural e segmentá-lo em 
categorias, segundo as particularidades de cada cultura. Por essa 
razão, a linguagem modela nossa maneira de perceber e de ordenar 
a realidade.
A linguagem expressa também as diferentes maneiras de 
interpretar uma ocorrência. Querendo desculpar-se, o filho diz 
para a mãe: O jarro de porcelana caiu e quebrou. A mãe replica: 
Você derrubou o jarro e, por isso, ele quebrou. Observe-se que, na 
primeira formulação, não existe um responsável pela queda e pela 
quebra do objeto. É como se isso se devesse ao acaso. Na segunda 
formulação, atribui-se a responsabilidade pelo acontecimento a 
um agente.
A linguagem é uma forma de ação
Existem certas fórmulas lingüísticas que servem para agir 
no mundo. Quando um padre diz aos noivos Eu vos declaro 
marido e mulher, quando alguém diz Prometo estar aqui amanhã, 
quando um leiloeiro proclama Arrematado por mil reais, quando 
o presidente de alguma câmara municipal afirma Declaro aberta 
a sessão, eles não estão constatando alguma coisa do mundo, mas 
realizando uma ação. O ato de abrir uma sessão realiza-se quando 
seu presidente a declara aberta; o ato da promessa realiza-se 
quando se diz Prometo. Em casos como esses, o dizer se confunde 
com a própria ação e serve para demonstrar que a linguagem não é 
algo sem conseqüência, porque ela também é ação.
As funções da linguagem
Quando se pergunta a alguém para que serve a linguagem, 
a resposta mais comum é que ela serve para comunicar. Isso 
está correto. No entanto, comunicar não é apenas transmitir 
informações. É também exprimir emoções, dar ordens, falar 
apenas para não haver silêncio. Para que serve a linguagem?
3
Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
BANCO DO BRASIL 01/2011
A linguagem serve para informar (função referencial)
ESTADOS UNIDOS INVADEM O IRAQUE
Essa frase, numa manchete de jornal, informa-nos sobre um 
acontecimento do mundo.
Com a linguagem, armazenamos conhecimentos na memória, 
transmitimos esses conhecimentos na memória, transmitimos 
esses conhecimentos a outras pessoas, ficamos sabendo de 
experiências bem-sucedidas, somos prevenidos contra as tentativas 
malsucedidas de fazer alguma coisa. Graças à linguagem, um ser 
humano recebe de outro conhecimentos, aperfeiçoa-os e transmite-
os.
Condillac, um pensador francês, diz: “Quereis aprender 
ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria 
língua!” Com efeito, a linguagem é a maneira como aprendemos 
desde as mais banais informações do dia-a-dia até as teorias 
científicas,as expressões artísticas e os sistemas filosóficos mais 
avançados.
A função informativa da linguagem tem importância central 
na vida das pessoas, consideradas individualmente ou como 
grupo social. Para cada indivíduo, ela permite conhecer o mundo; 
para o grupo social, possibilita o acúmulo de conhecimentos e a 
transferência de experiências. Por meio dessa função, a linguagem 
modela o intelecto.
É a função informativa que permite a realização do trabalho 
coletivo. Operar bem essa função da linguagem possibilita que 
cada indivíduo continue sempre a aprender.
A função informativa costuma ser chamada também de 
função referencial, pois seu principal propósito é fazer com que 
as palavras revelem da maneira mais clara possível as coisas ou os 
eventos a que fazem referência.
A linguagem serve para influenciar e ser influenciado 
(função conativa)
Vem pra Caixa você também.
Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a 
aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica Federal. 
Para persuadir o público alvo da propaganda a adotar esse 
comportamento, formulou-se um convite com uma linguagem 
bastante coloquial, usando, por exemplo, a forma vem, de segunda 
pessoa do imperativo, em lugar de venha, forma de terceira pessoa 
prescrita pela norma culta quando se usa você.
Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer determinadas 
coisas, a crer em determinadas idéias, a sentir determinadas 
emoções, a ter determinados estados de alma (amor, desprezo, 
desdém, raiva, etc.). Por isso, pode-se dizer que ela modela 
atitudes, convicções, sentimentos, emoções, paixões. Quem 
ouve desavisada e reiteradamente a palavra negro pronunciada 
em tom desdenhoso aprende a ter sentimentos racistas; se a todo 
momento nos dizem, num tom pejorativo, Isso é coisa de mulher, 
aprendemos os preconceitos contra a mulher.
Não se interfere no comportamento das pessoas apenas com 
a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos influenciam 
de maneira bastante sutil, com tentações e seduções, como 
os anúncios publicitários que nos dizem como seremos bem 
sucedidos, atraentes e charmosos se usarmos determinadas marcas, 
se consumirmos certos produtos. Por outro lado, a provocação e a 
ameaça expressas pela linguagem também servem para fazer fazer.
Com essa função, a linguagem modela tanto bons cidadãos, 
que colocam o respeito ao outro acima de tudo, quanto espertalhões, 
que só pensam em levar vantagem, e indivíduos atemorizados, que 
se deixam conduzir sem questionar.
Emprega-se a expressão função conativa da linguagem 
quando esta é usada para interferir no comportamento das pessoas 
por meio de uma ordem, um pedido ou uma sugestão. A palavra 
conativo é proveniente de um verbo latino (conari) que significa 
“esforçar-se” (para obter algo).
A linguagem serve para expressar a subjetividade (função 
emotiva)
Eu fico possesso com isso!
Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação 
com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetivamos e 
expressamos nossos sentimentos e nossas emoções. Exprimimos 
a revolta e a alegria, sussurramos palavras de amor e explodimos 
de raiva, manifestamos desespero, desdém, desprezo, admiração, 
dor, tristeza. Muitas vezes, falamos para exprimir poder ou para 
afirmarmo-nos socialmente. Durante o governo do presidente 
Fernando Henrique Cardoso, ouvíamos certos políticos dizerem A 
intenção do Fernando é levar o país à prosperidade ou O Fernando 
tem mudado o país. Essa maneira informal de se referirem ao 
presidente era, na verdade, uma maneira de insinuarem intimidade 
com ele e, portanto, de exprimirem a importância que lhes 
seria atribuída pela proximidade com o poder. Inúmeras vezes, 
contamos coisas que fizemos para afirmarmo-nos perante o grupo, 
para mostrar nossa valentia ou nossa erudição, nossa capacidade 
intelectual ou nossa competência na conquista amorosa.
Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom de voz 
que empregamos, etc., transmitimos uma imagem nossa, não raro 
inconscientemente.
Emprega-se a expressão função emotiva para designar a 
utilização da linguagem para a manifestação do enunciador, isto 
é, daquele que fala.
A linguagem serve para criar e manter laços sociais 
(função fática)
__Que calorão, hein?
__Também, tem chovido tão pouco.
__Acho que este ano tem feito mais calor do que nos outros.
__Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor.
Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram num 
elevador e devem manter uma conversa nos poucos instantes em 
que estão juntas. Falam para nada dizer, apenas porque o silêncio 
poderia ser constrangedor ou parecer hostil.
Quando estamos num grupo, numa festa, não podemos 
manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros. Nessas 
ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso, quando não se 
tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se histórias que todos 
conhecem, contam-se anedotas velhas. A linguagem, nesse caso, 
não tem nenhuma função que não seja manter os laços sociais. 
Quando encontramos alguém e lhe perguntamos Tudo bem?, em 
geral não queremos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem, 
se está doente, se está com problemas. A fórmula é uma maneira 
de estabelecer um vínculo social.
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Didatismo e Conhecimento
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Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja entre 
alunos de uma escola, entre torcedores de um time de futebol 
ou entre os habitantes de um país. Não importa que as pessoas 
não entendam bem o significado da letra do Hino Nacional, pois 
ele não tem função informativa: o importante é que, ao cantá-lo, 
sentimo-nos participantes da comunidade de brasileiros.
Na nomenclatura da lingüística, usa-se a expressão função 
fática para indicar a utilização da linguagem para estabelecer ou 
manter aberta a comunicação entre um falante e seu interlocutor.
A linguagem serve para falar sobre a própria linguagem 
(função metalingüística)
Quando dizemos frases como A palavra “cão” é um 
substantivo; É errado dizer “a gente viemos”; Estou usando o 
termo “direção” em dois sentidos; Não é muito elegante usar 
palavrões, não estamos falando de acontecimentos do mundo, 
mas estamos tecendo comentários sobre a própria linguagem. É 
o que chama função metalingüística. A atividade metalingüística 
é inseparável da fala. Falamos sobre o mundo exterior e o mundo 
interior e ao mesmo tempo, fazemos comentários sobre a nossa 
fala e a dos outros. Quando afirmamos Como diz o outro, estamos 
comentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que não 
temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a que estamos 
enunciando; inversamente, podemos usar a metalinguagem como 
recurso para valorizar nosso modo de dizer. É o que se dá quando 
dizemos, por exemplo, Parodiando o padre Vieira ou Para usar 
uma expressão clássica, vou dizer que “peixes se pescam, homens 
é que se não podem pescar”.
A linguagem serve para criar outros universos
A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala também 
do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos mundos, outras 
realidades. Essa é a grande função da arte: mostrar que outros 
modos de ser são possíveis, que outros universos podem existir. 
O filme de Woody Allen A rosa púrpura do Cairo (1985) mostra 
isso de maneira bem expressiva. Nele, conta-se a história de uma 
mulher que, para consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus-
tratos infligidos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo 
inúmeras vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, 
e o galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e ambos 
vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra realidade, os 
homens são gentis, a vida não é monótona, o amor nunca diminui 
e assim por diante.
A linguagem serve como fonte de prazer (função poética)
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido e os sons 
são formasde tornar a linguagem um lugar de prazer. Divertimo-
nos com eles. Manipulamos as palavras para delas extrair 
satisfação.
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”, diz 
Tupi or not tupi; trata-se de um jogo com a frase shakespeariana To 
be or not to be. Conta-se que o poeta Emílio de Menezes, quando 
soube que uma mulher muito gorda se sentara no banco de um 
ônibus e este quebrara, fez o seguinte trocadilho: É a primeira 
vez que vejo um banco quebrar por excesso de fundos. A palavra 
banco está usada em dois sentidos: “móvel comprido para sentar-
se” e “casa bancária”. Também está empregado em dois sentidos o 
termo fundos: “nádegas” e “capital”, “dinheiro”.
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diversas, com 
significados diferentes, nesta frase do deputado Virgílio Guimarães 
(PT-MG):
ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu 
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e quer 
bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata uma dor de 
consciência e bata em retirada. (Folha de S. Paulo)
Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitariamente 
ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada para informar, 
para influenciar, para manter os laços sociais, etc. No segundo, 
para produzir um efeito prazeroso de descoberta de sentidos. Em 
função estética, o mais importante é como se diz, pois o sentido 
também é criado pelo ritmo, pelo arranjo dos sons, pela disposição 
das palavras, etc.
Na estrofe abaixo, retirada do poema “A cavalgada”, de 
Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/, /k/, /b/, 
/d/, /g/ sugere o patear dos cavalos:
E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha...
Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª Ed.
Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássicos.
Observe-se que a maior concentração de sons oclusivos ocorre 
no segundo verso, quando se afirma que o barulho dos cavalos 
aumenta.
Quando se usam recursos da própria língua para acrescentar 
sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se que estamos 
usando a linguagem em sua função poética.
Potencialidades da linguagem
Depois de analisar as funções da linguagem, conclui-se que 
ela é onipresente na vida de todos nós. Cerca-nos desde o despertar 
da consciência, ainda no berço, segue-nos durante toda a vida e 
acompanha-nos até a hora da morte. Sem a linguagem, não se 
pode estruturar o mundo do trabalho, pois é ela que permite a troca 
de informações e de experiências e a cooperação entre os homens. 
Sem ela, o homem não pode conhecer-se nem conhecer o mundo. 
Sem ela, não se exerce a cidadania, porque os eleitores não podem 
influenciar o governo. Sem ela não se pode aprender, expressar os 
sentimentos, imaginar outras realidades, construir as utopias e os 
sonhos. No entanto, a linguagem parece-nos uma coisa natural. 
Não prestamos muita atenção a ela. Nem sempre dedicamos muito 
tempo ao seu estudo. Conhecer bem a língua materna e línguas 
estrangeiras é uma necessidade.
Que é saber bem uma língua? Evidentemente, não é saber 
descrevê-la. A descrição gramatical de uma língua é um meio de 
adquirir sobre ela um domínio crescente. Saber bem uma língua 
é saber usá-la bem. No entanto, o emprego de palavras raras e a 
correção gramatical não são sinônimos do uso adequado da língua. 
Falar bem é atingir os propósitos de comunicação. Para isso, é 
preciso usar um nível de língua adequado, é necessário construir 
textos sem ambigüidades, coerentes, sem repetições que não 
acrescentam nada ao sentido.
O texto que segue foi dito por um locutor esportivo:
Adentra o tapete verde o facultativo esmeraldino a fim de 
pensar a contusão do filho do Divino Mestre, mola propulsora do 
eleven periquito. (Álvaro da Costa e Silva. In: Bundas, p.33.)
O que o locutor quis dizer foi: Entra em campo o médico do 
Palmeiras a fim de cuidar da contusão de Ademir da Guia (filho 
de Domingos da Guia), jogador de meio de campo do time do 
Parque Antártica. Certamente, aquele texto não seria entendido 
pela maioria dos ouvintes. Portanto não é um bom texto, porque 
não usa um nível de língua adequado à situação de comunicação.
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
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Outros exemplos:
As videolocadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas 
de sexo explícito. A decisão atende a uma portaria de dezembro 
de 1991, do Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeo 
aluguem, exponham e vendam fitas pornográficas a menores de 
18 anos. A portaria proíbe ainda os menores de 18 anos de irem a 
motéis e rodeios sem a companhia ou autorização dos pais. (Jornal 
Folha do Sudoeste)
Certamente a portaria não deveria obrigar os pais a acompanhar 
os filhos aos motéis nem a dar-lhes uma autorização por escrito 
para ser exibida na entrada desse tipo de estabelecimento.
O jornal da USP publicou uma série de textos encontrados 
em comunicados de paróquias e templos. Todos são mal escritos, 
embora neles não se encontrem erros de ortografia, concordância, 
etc.:
- Não deixe a preocupação acabar com você. Deixe que a 
Igreja ajude.
- Terça-feira à noite: sopão dos pobres, depois oração e 
medicação.
- (...) lembre-se de todos que estão tristes e cansados de nossa 
igreja e de nossa comunidade.
- Para aqueles que têm filhos e não sabem, nós temos uma 
creche no segundo andar.
- Quinta-feira às 5:00 haverá reunião do Clube das Jovens 
Mamães. Todos aqueles que quiserem se tornar uma Jovem 
Mamãe, devem contatar padre Cavalcante em seu escritório. (...) 
(Jornal da USP, 9, p. 15)
Humor à parte, esses exemplos comprovam que aprender 
não só a norma culta da língua, mas também os mecanismos de 
estruturação do texto.
A palavra texto é bastante usada na escola e também em 
outras instituições sociais que trabalham com a linguagem. 
É comum ouvirmos expressões como O texto constitucional 
desceu a detalhes que deveriam estar em leis ordinárias; Seu 
texto ficou muito bom; O texto da prova de Português era muito 
longo e complexo; Os atores de novelas devem decorar textos 
enormes todos os dias. Apesar de corrente, porém, o termo não é 
de fácil definição: quando perguntamos qual é o seu significado, 
percebemos que a maioria das pessoas é incapaz de responder com 
precisão e clareza.
Texto é um todo organizado de sentido, delimitado por dois 
brancos e produzido por um sujeito num dado tempo e num 
determinado espaço.
O texto é um todo organizado de sentido, isso quer dizer que 
ele não é um amontoado de frases simplesmente colocadas umas 
depois das outras, mas um conjunto de frases costuradas entre si. 
Por isso o sentido de cada parte depende da sua relação com as 
outras partes, isto é, o sentido de uma palavra ou de uma frase 
depende das outras palavras ou frases com que mantêm relação. 
Em síntese, o sentido depende do contexto, entendido como a 
unidade maior que compreende uma unidade menor, a oração 
é contexto da palavra, o período é contexto da oração e assim 
sucessivamente. O contexto pode ser explícito (quando é exposto 
em palavras) ou implícito (quando é percebido na situação em que 
o texto é produzido).
Observe os três pequenos textos abaixo:
I- Todos os dias ele fazia sua fezinha. Na noite de segunda-
feira sonhou com um deserto e jogou seco no camelo.
II- Nos desertos da Arábia, o camelo é ainda o principal 
meio de transporte dos beduínos.
III- O camelo aqui carrega a família inteira nas costas, porque 
lá ninguém trabalha.
Em cada uma dessas frases a palavra camelo tem um sentido 
diferente. Na primeira, significa “o oitavo grupo do jogo no bicho, 
que corresponde ao número 8 e inclui as dezenas 29, 30, 31 e 32”; 
na segunda, “animal originário das regiões desérticas, de grande 
porte, quadrúpede, de cor amarelada, de pescoço longo e com duas 
saliênciasno dorso”; na terceira, “pessoa que trabalha muito”. O 
que determina essa diferença de sentido da palavra é exatamente 
o contexto, o todo em que ela está inserida. No texto, portanto, o 
sentido de cada parte não é independente, tudo são relações. Aliás, 
a palavra texto significa “tecido”, que não é um amontoado de fios, 
mas uma trama arranjada de maneira organizada. O sentido não é 
solitário, é solidário.
Vejamos outros dois períodos:
I- Marcelinho é um bom atacante, mas é desagregador.
II- Marcelinho é desagregador, mas é um bom atacante.
Esses períodos relacionam diferentemente as orações. 
No primeiro, a oração é desagregador é introduzida por mas, 
enquanto no segundo é a oração é um bom atacante que é iniciada 
por essa conjunção. O sentido é completamente diferente, pois o 
mas introduz o argumento mais forte e, por conseguinte, determina 
a orientação argumentativa da frase. Isso significa que, quando 
afirmo I, não quero o jogador no meu time; quando digo II, acredito 
que todos os seus defeitos devem ser desculpados.
Observe agora o poema “Canção do Exílio” de Murilo 
Mendes:
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos de exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
Poesias (1925-1953). Rio de Janeiro,
José Olympio, 1959, p. 5.
Tomando apenas os dois primeiros versos, pode-se pensar 
que esse poema seja uma apologia do caráter universalista e 
cosmopolita da brasilidade: macieiras e gaturamos representam 
a natureza vegetal e animal, respectivamente; Califórnia e Veneza 
são a imagem do espaço estrangeiro, e minha terra, a do solo 
pátrio. No Brasil, até a natureza acolhe o que é estrangeiro.
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Pode-se ainda acrescentar, em apoio a essa tese, que esses 
versos são calcados nos dois primeiros do poema homônimo de 
Gonçalves Dias, que é uma glorificação da terra pátria:
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
Apud: Manuel Bandeira.
Gonçalves Dias: Poesia. 7ª Ed. Rio de Janeiro
Agir, 1976, p. 18. Coleção Nossos Clássicos.
Essa hipótese de leitura, se não é absurda quando isolamos os 
versos em questão, não encontra amparo quando os confrontamos 
com o restante do texto. Murilo Mendes mostra, na verdade, que as 
características da brasilidade não têm valor positivo, não concorrem 
para a exaltação da pátria: o poeta denuncia que a cultura brasileira 
é postiça, é uma miscelânea de elementos advindos de vários 
países. Ele mostra que os poetas são pretos que vivem em torres de 
ametista, alienados num mundo idealizado, evitando as mazelas do 
mundo real, sem se preocupar com os negros, que vivem, em geral, 
em condições muito precárias (trata-se de uma referência irônica ao 
Simbolismo e, principalmente, a Cruz e Sousa); que os sargentos 
do exército são monistas, cubistas, ou seja, em vez da preocupação 
com seu ofício de garantir a segurança do território nacional, têm 
pretensões de incursionar por teorias filosóficas e estéticas; que 
os filósofos são polacos vendendo a prestações, são prostituídos 
(polaca é termo designativo de prostituta) pela venalidade barata; 
que os oradores se identificam com os pernilongos em sua oratória 
repetitiva; que o romantismo gonçalvino estava certo ao afirmar 
que a natureza brasileira é pródiga, só que essa prodigalidade não 
é acessível à maioria da população. A exclamação do final é, ao 
mesmo tempo, a manifestação do desejo de ter contato com coisas 
genuinamente brasileiras e um lamento, pois o poeta sabe que não 
se tornará realidade.
O texto de Murilo faz referência ao de Gonçalves Dias, mas, 
diferentemente do poema gonçalvino, não celebra ufanisticamente 
a pátria. Ao contrário, ironiza-a, lamenta a invasão estrangeira. O 
exílio é a própria terra, desnaturada a ponto de parecer estrangeira.
Desse modo, os dois primeiros versos não podem ser 
interpretados como um elogio ao caráter cosmopolita da cultura 
brasileira. Ao contrário, devem ser lidos como uma crítica 
ao caráter postiço da nossa cultura. Isso porque só a segunda 
interpretação se encaixa coerentemente dentro do contexto.
Por exemplo, comprova-se que o significado das frases não é 
autônomo. Num texto, o significado das partes depende do todo. 
Por isso, cada frase tem um significado distinto, dependendo do 
contexto em que está inserida.
Que é que faz perceber que um conjunto de frases compõe um 
texto? O primeiro fator é a coerência, ou seja, a compatibilidade 
de sentido entre elas, de modo que não haja nada ilógico, nada 
contraditório, nada desconexo. Outro fator é a ligação das 
frases por certos elementos que recuperam passagens já ditas ou 
garantem a concatenação entre as partes. Assim, em Não chove 
há vários meses. Os pastos não poderiam, pois, estar verdes, a 
palavra pois estabelece uma relação de decorrência lógica entre 
uma e outra frase. O segundo fator, entretanto, é menos importante 
que o primeiro, pois mesmo sem esses elementos de conexão, 
um conjunto de frases pode ser coerente e, portanto, um todo 
organizado de sentido.
Delimitações e Sujeito do Texto
O texto é delimitado por dois brancos. Se ele é um todo 
organizado de sentido, ele pode ser verbal, visual (um quadro), 
verbal e visual (um filme), sonoro (uma música), etc. Mas em todos 
esses casos ele será delimitado por dois espaços de não-sentido, 
dois brancos, um antes de começar o texto e outro depois. É o 
branco do papel; é o tempo de espera para que um filme comece 
e o que está depois da palavra FIM; é o silêncio que precede os 
primeiros acordes de uma melodia e que sucede às notas finais, etc.
O texto é produzido por um sujeito num dado tempo e num 
determinado espaço. Esse sujeito, por pertencer a um grupo social 
que vive num dado tempo e num certo espaço, expõe em seus 
textos as idéias, os anseios, os temores, as expectativas desse 
grupo. Todo texto, assim, relaciona-se com o contexto histórico e 
geográfico em que foi produzido, refletindo a realidade apreendida 
por seu autor, que sobre ela se pronuncia.
O poema de Murilo Mendes que comentamos anteriormente 
mostra o anseio de uma geração, no Brasil, em certa época, de 
conhecer bem o país e revelar suas mazelas para transformá-lo.
Não há texto que não reflita o seu tempo e o seu lugar. Cabe 
lembrar, no entanto, que uma sociedade não produz uma única 
forma de ver a realidade, um modo único de analisar os problemas 
estabelecidos num dado contexto. Como a sociedade é dividida 
em grupos sociais, que têm interesses muitas vezes antagônicos, 
ela produz idéias divergentes entre si. A mesma sociedade que 
gera a idéia de que é preciso pôr abaixo a floresta amazônica para 
explorar suas riquezas, produz a idéia de que preservá-la é mais 
rentável. É bem verdade, no entanto, que algumas idéias, em certas 
épocas, exercem domínio sobre outras.
É necessário entender as concepções correntes na época e na 
sociedade em que o texto foi produzido, para não correr o risco de 
entendê-lo de maneira distorcida. Como não há idéias puras, todas 
as idéias estão materializadas em textos, analisar a relação de um 
texto com sua época é estudar a sua relação com outros textos.
É preciso que fiquem bem claras estas conclusões:
I- No texto, o sentido não é solitário, mas solidário.
II- O texto está delimitado por dois espaços de não-sentido.
III- O texto revela ideais, concepções, anseios, expectativas 
e temores deum grupo social numa determinada época, em 
determinado lugar.
Apreensão e Compreensão do Sentido
Quando Lula disse a Collor no primeiro debate do segundo 
turno das eleições presidenciais de 1989: Eu sabia que você era 
collorido por fora, mas caiado por dentro.
Os brasileiros colocaram essa frase no âmbito dos “discursos 
da campanha presidencial” e entenderam não “Você tem cores 
fora, mas é revestido de cal por dentro”, mas “Você apresenta um 
discurso moderno e de centro-esquerda, mas é um reacionário”.
Observe que há duas operações diferentes no entendimento 
do texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações 
que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No 
entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. Uma 
pessoa que conhecesse todas as palavras da frase acima, mas não 
conhecesse o universo dos discursos da campanha presidencial, 
não entenderia o significado da frase. Por isso, é preciso colocar o 
texto dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior 
do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam conhecimento 
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Didatismo e Conhecimento
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de mundo ao universo discursivo. Na frase acima, collorido 
e caiado não pertencem ao universo da pintura, mas da vida 
política: a primeira palavra refere-se a Collor e ao modo como ele 
se apresentava, um político moderno e inovador; a segunda diz 
respeito a Ronaldo Caiado, político conservador que o apoiava. A 
essa operação chamamos compreensão.
Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de 
leitura: informativa e de reconhecimento.
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro 
contato com o texto, extraindo-se informações e se preparando 
para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-
chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à idéia-
central de cada parágrafo.
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas 
e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, 
respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha adequada.
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia 
a frase anterior e posterior para ter idéia do sentido global proposto 
pelo autor.
Um texto para ser compreendido deve apresentar idéias 
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela 
idéia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão 
do texto.
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos 
menores, tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, 
o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um 
espaçamento da margem esquerda.
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, 
ou seja, a idéia central extraída de maneira clara e resumida.
Atentando-se para a idéia principal de cada parágrafo, 
asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do texto.
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um tecido. 
O fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que o trabalho 
não se perca. O mesmo acontece com o texto. O ato de escrever 
toma de empréstimo uma série de palavras e expressões amarrando, 
conectando uma palavra uma oração, uma idéia à outra. O texto 
precisa ser coeso e coerente.
Coesão
É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais 
elementos de coesão são os conectivos, vocábulos gramaticais, que 
estabelecem conexão entre palavras ou partes de uma frase. O texto 
deve ser organizado por nexos adequados, com seqüência de idéias 
encadeadas logicamente, evitando frases e períodos desconexos. 
Para perceber a falta de coesão, a melhor atitude é ler atentamente 
o seu texto, procurando estabelecer as possíveis relações entre 
palavras que formam a oração e as orações que formam o período 
e, finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um 
texto bem trabalhado sintática e semanticamente resultam num 
texto coeso.
Coerência
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de 
estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é o que faz com 
que o texto faça sentido para quem lê, devendo, portanto, ser 
entendida, interpretada. Na avaliação da coerência da redação, será 
levada em conta o tipo de texto. Em um texto dissertativo, será 
avaliada a capacidade de relacionar os argumentos e de organizá-
los de forma a extrair deles conclusões apropriadas; num texto 
narrativo, será avaliada sua capacidade de construir personagens 
e de relacionar ações e motivações.
Tipos de Composição 
Descrição: descrever é representar verbalmente um objeto, uma 
pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos característicos, 
de pormenores individualizantes. Requer observação cuidadosa, 
para tornar aquilo que vai ser descrito um modelo inconfundível. 
Não se trata de enumerar uma série de elementos, mas de captar os 
traços capazes de transmitir uma impressão autêntica. Descrever é 
mais que apontar, é muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por 
isso, impõe-se o uso de palavras específicas, exatas. 
Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais 
ou imaginários. São seus elementos constitutivos: personagens, 
circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o episódio, e o 
que a distingue da descrição é a presença de personagens atuantes, 
que estão quase sempre em conflito. A Narração envolve:
•	 Quem? Personagem;
•	 Quê? Fatos, enredo;
•	 Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
•	 Onde? O lugar da ocorrência;
•	 Como? O modo como se desenvolveram os 
acontecimentos;
•	 Por quê? A causa dos acontecimentos; 
Dissertação: dissertar é apresentar idéias, analisá-las, é 
estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; 
é estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, 
narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O raciocínio 
é que deve imperar neste tipo de composição, e quanto maior a 
fundamentação argumentativa, mais brilhante será o desempenho.
EXERCÍCIOS
Nas provas, você terá tempo limitado para responder às 
questões. Por isso, treine obedecendo fielmente às indicações de 
tempo máximo. Quando estiver terminando o tempo, chute; não 
deixe questão sem resposta. Contudo, nos concursos, dependendo 
da banca, se tiver dúvida, é melhor deixar a questão em branco, 
pois uma resposta errada anula uma correta.
Este é o caminho: leitura, exercício, correção, entendimento 
dos erros. Quanto mais você entender porque errou, mais estará 
aprendendo.
Esaf: Leia atentamente o texto para responder às questões de 
1 a 4. 
(Tempo máximo: 14 minutos)
Parques em chamas
Saudados por ecologistas como arcas de Noé para o futuro, por 
serem repositórios de espécies animais e vegetais em extinção 
acelerada noutras áreas do país, alguns dos 25 parques nacionais 
do Brasil tiveram, na semana passada, a sua paisagem mutilada 
pelo fogo. A rigorosa estiagem que acompanha o inverno no 
Centro-Sul ressecou a vegetação e abriu caminho para que as 
chamas tragassem 6 dos 33 quilômetros quadrados do Parque 
Nacional da Tijuca, pegado à cidade do Rio de Janeiro, e 
convertessem em carvão 10% dos 300 quilômetros quadrados 
do Parque Nacional do Itatiaia, na divisa de Minas Gerais com o 
Estado do Rio.
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
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 Contido pelos bombeirosjá no fim de semana, na Tijuca, e 
abafado por uma providencial chuva no ltaXiaia, na 
quarta-feira o fogo pipocou em outro extremo do país. Naquele 
dia, o incêndio começou no Parque da Serra da Capivara, no sertão 
do Piauí, calcinado há seis anos pela seca, e avançou pela 
caatinga, que esconde as pinturas rupestres inscritas na rocha, há 
pelo menos 31.500 anos, pelo homem brasileiro pré-histórico. 
(Isto é, 221811984)
1. O autorjustifica o fato de os ecologistas referirem-seaos 
parques nacionais como “arcas de Noé para o futuro” da seguinte 
maneira:
a) Porque são áreas preservadas da caça e pesca i ndiscri 
minadas. 
b) Porque ocupam espaços administralívamente delimitados 
pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. 
c) Porque espécies animais e vegetais que estão se 
extinguindo em outras regiões têm preservada sua sobrevivência 
nesses parques. 
d) Porque nesses parques colecionam-se casais de espécies 
animais e vegetais em extinção noutras áreas. 
e) Porque há agentes florestais incumbidos de zelar pelos 
animais e vegetais dos parques.
2. A respeito dos incêndios referidos pelo autor, depreende-se 
do texto que:
a) Embora tivessem ameaçado espécies animais e vegetais 
raras, apresentaram um lado positivo: aumentaram a produção de 
carvão. 
b) Foram provocados pela rigorosa estiagem do inverno, no 
Centro-Sul, e pela seca prolongada no sertão nordestino. 
c) Não foram combatidos com presteza e eficiência pelos 
bombeiros. 
d) Só foram debelados por providenciais chuvas que 
eventualmente vieram a cair sobre os parques. 
e) Destruíram parte da flora e fauna das reservas, 
desfigurando sua paisagem.
3. Depreende-se que o autor do texto, em relação ao fato 
descrito, manifesta:
a) Descaso 
b) Hesitação 
c) Desesperança 
d) Pesar 
e) Indiferença
4. Aponte a única conclusão que é estrita e licitamente 
deduzível do texto:
a) As chamas serviram para mostrar a precária situação dos 
parques brasileiros. 
b) Devem ser tomadas providências para dotar os parques 
de meios para se protegerem dos incêndios. 
c) Devem ser desencadeadas campanhas para conscientizar 
a população de como evitar incêndio nos parques. 
d) Parte da culpa dos incêndios cabe às autoridades 
responsáveis pelas reservas e parques. 
e) 0 incêndio no Parque da Serra da Capivara ameaçou 
valioso patrimônio histórico e antropológico.
MPU ‑ auxiliar‑ Esaf: Para responder às questões de 5 a 9, 
leia o texto a seguir. 
(Tempo máximo: 16 minutos)
Procura‑se uma explicação
Um mundo de mistérios se esconde por trás dos pequenos 
anúncios. Nunca pude avaliar, pelas suas fórmulas, quais as suas 
verdadeiras intenções. Fico a imaginar se o desespero de quem 
vende está na mesma proporção emocional de quem quer comprar. 
Objetos perdidos, quase sempre de estimação, documentos 
importantes, cachorrinhos desaparecidos, tudo na base do 
“gratifica-se bem”. Mas o que é gratificar bem, por exemplo, a uma 
pessoa que acha uma carteira com pouco dinheiro?
 Acho que há um pouco de ironia e de deboche da parte de 
toda pessoa que põe um anúncio - e muito boa vontade da parte 
de quem acha que ali está a sua oportunidade. Há vários anos que 
encontro promessas de Iugar de futuro” e acho incompreensível 
que esse futuro não chegue nunca, e que as vagas continuem 
sempre disponíveis. Ou as pessoas acabam por descobrir que o seu 
futuro está fora dali ou são outras firmas que estão se iniciando para 
oferecer novos futuros a futuros candidatos. Há uma certa ilusão 
de lado a lado: quem anuncia o futuro dos outros está pensando 
no seu presente e quem procura o seu futuro no presente de quem 
anuncia acaba é fazendo o futuro dos outros. 
Até que ponto é sincero um anúncio que procura moças de 
“boa aparência”, de 18 a 25 anos, com prática de datilografia e 
um mínimo de 150 batidas certas por minuto? É tão necessário que 
sejam todas as batidas certas?
 E esses que vivem vendendo objetos, um de cada vez, 
«por motivo de viagem”? Será que o dinheirinho de um aparelho 
de televisão ou de uma máquina de costura ou de um gravador 
último tipo lhes pagará a passagem? Talvez a viagem seja 
conseqüência: depois de vender os objetos, o melhor será mesmo 
abandonar a cidade. 
E os técnicos? É impressionante como tem gente especializada 
anunciando sua especialidade. Mecânicos e eletricistas 
montam e desmontam qualquer aparelho em menos de cinco 
minutos, e no fim sempre nos entregam três ou quatro parafusos 
que não têm a menor utilidade. Penso na economia monstruosa 
que as fábricas fariam se, ao montarem seus aparelhos, houvessem 
contratado os técnicos do “atende-se a domicílio”.
(Eliachar, Leon. O Homem ao Cubo. Rio deJaneiro: Francisco 
Alves S.A., 6ª ed., adoptado)
5. Ao falar de “pequenos anúncios”, o autor refere-se
a) Essencialmente aos que tratam de empregos. 
b) Especificamente aos que oferecem serviços. 
c) Exclusivamente aos que falam de objetos perdidos. 
d) Genericamente a vários tipos de anúncios. 
e) Somente aos anúncios de compra e venda.
6. A expressão que não aparece nos anúncios que o autor 
menciona é:
a) “lugar de fututo” 
b) “gratifica-se bem” 
c) “procura-se uma explicação” 
d) “atende-se a domicílio”
e) “por motivo de viagem”
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Didatismo e Conhecimento
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7. Conforme o texto, os técnicos que anunciaram sua 
especialidade:
a) Trabalham com rapidez, mas não conseguem encaixar 
todas as peças de um aparelho.
b) Trabalham melhor que os das fábricas, resultando disto 
maior economia para as montadoras.
c) Entendem mais da montagem dos aparelhos que os 
técnicos das fábricas de eletrodomésticos.
d) Duvidam da competência dos mecânicos e eletricistas 
das grandes fábricas.
e) Pretendem conseguir uma contratação como mecânicos 
ou eletricistas em firmas conceituadas.
8. As “fórmulas” dos anúncios a que se refere o autor dizem 
respeito:
a) À especificação 
b) À quantidade
c) Ao argumento
d) Ao conteúdo
e) À correção
9. Assinale a opção que expressa o significado da seguinte 
frase do texto: “... quem procura o seu futuro no presente de quem 
anuncia acaba é fazendo o futuro dos outros”.
a) Quem oferece melhoria de vida aos outros através de 
anúncios pretende melhorar a própria vida.
b) Aquele que pretende encontrar boas oportunidades nos 
anúncios proporciona lucros ao anunciante.
c) O anunciante projeta seus atuais objetivos nas pretensões 
dos leitores.
d) Quem busca o seu futuro no futuro dos outros prejudica 
irremediavelmente seu presente.
e) O anunciante procura melhorar a vida do leitor 
independentemente de suas intenções.
MPU – nível técnico – MF: Leia o trecho abaixo para 
responder às questões de 10 a 14
(Tempo máximo: 15 minutos)
A rigor, se cometêssemos para com a publicidade o ingênuo 
extremismo de acreditar plenamente no seu discurso, teríamos 
à nossa frente a mais desvairada das utopias. A sua eficiência, 
elevada ao absurdo, consistiria em fazer com que o consumidor, 
ao consumir um produto, incorporasse à sua percepção sensorial 
um deleite Sublime, um estado nirvânico, um gozo celetial.
A se ressalvar e a se ressaltar, porém, a defasagem entre a 
promessa publicitária e o real preenchimento proporcionado pelos 
bens de consumo, conclui-se tristemente que o saldo é bastante 
negativo: a felicidade prometida é muito fugaz e o retorno ao 
abismo da lacuna primordial – da consciência da finitude – é 
ainda maior, uma vez que a busca do sublime esteve exacerbada 
por estímulos fantasiosos. Cada vez que o paraíso é prometido, 
represema-se (ritualiza-se) o drama do retorno. Cada vez que esse 
retorno é frustrado, dramatiza-se, outra vez, o mito da queda.
A promessa de preenchimento dá lugar ao vazio. Existência e 
angústia retornam à sua condição de paralelismo. Compreende-se 
então o quanto a retórica publicitária era irreal, sublimadora. E 
uma leitura literalizante desse discurso delirante coloca-se de 
imediato lidando com uma elaboração profundamente onírica. 
Literalmente, a publicidade é uma fábrica de sonhos. (Extraído 
de A promessa do paraíso já, Luís Martins, Humanidades, Ano IV, 
1987/88, nº15, p. 110/111)
10. O tema central do fragmento acima é:
a) A publicidade desequilibra a relação de forças existente 
entre a demanda e a oferta de bens de consumo.b) Dramatizar o mito da queda é o objetivo perseguido pela 
retórica publicitária. 
c) Há uma similaridade estrutural entre a elaboração 
publicitária e a elaboração onírica.
d) Os comerciais veiculados pelos meios de comunicação 
cumprem o papel de informar o consumidor em potencial sobre as 
reais qualidades dos produtos. 
e) Ao adquirir bens de consumo, o consumidor sublima 
suas carências afetivas num estado de deleite sublime.
11. À leitura literal da retórica publicitária associam-se vários 
termos no texto, exceto:
a) Deleite sublime 
b) Estado nirvânico 
c) Gozo celestial 
d) Consciência da finitude 
e) Estímulos fantasiosos
12. Uma leitura errada do texto levaria a afirmar que:
a) Interpretar literalmente o discurso publicitário é uma 
atitude ingénua. 
b) A publicidade elabora um cenário onírico para os objetos 
da sociedade industrial. 
c) O discurso publicitário é formulado com mensagens que 
se sustentam no princípio do prazer. 
d) A felicidade prometida nas propagandas dá ao homem a 
consciência de sua finitude. 
e) Está incorporado à publicidade o componente mítico de 
retorno ao paraíso.
13. “Drama do retorno” e “mito da queda”, no texto, 
referem-se a:
a) Elaboração da primeira versão da publicidade e sua 
recusa pelo cliente que a encomendou. 
b) Retorno dos comerciais aos meios de comunicação 
devido à queda do faturamento das empresas. 
c) Promessas fantasiosas contidas nos anúncios e decepção 
do consumidor por não vê-ias realizadas ao adquirir o produto. 
d) Estado nirvânico do publicitário no momento de criação 
da propaganda e posterior decepção ao vê-lo rejeitado pelo diretor 
de marketing. 
e) Mitos de povos primitivos a respeito das concepções de 
Paraíso e Inferno.
14. Assinale a letra que contém o enunciado falso.
a) Colocadas em sequência, as expressões “a se ressalvar” e 
“a se resaltar” são equivalentes quanto ao conteúdo.
b) O segmento - da consciência da finitude – explica a 
expressão lacuna primordial.
c) O termo “(ritualiza-se)” especifica o sentido de 
“representa-se”.
d) As expressões “deleite sublime”, “estado nirvânico”, 
“gozo celestial”, colocadas em sequência, reiteram a mesma idéia.
e) Em “sua eficiência”, o possessivo refere-se à eficiência 
da publicidade.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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RESPOSTAS COMENTADAS
“Parque em chamas”
1. c
2. e
a) Errado. O texto não fala que a produção de carvão é 
positiva.
b) Errado. Segundo o texto, a estiagem “abriu caminho para 
que as chamas tragassem...”; de acordo com esta alternativa a 
estiagem provocou o incêndio. Abrir caminho não é provocar.
c) Errado. Se os bombeiros apagaram o fogo, pelo menos 
foram eficientes.
d) Errado.
e) Certo.
3. d - “paisagem mutilada pelo fogo”.
4. b - No comando deveria estar escrito “dedutível” (que se 
deduz) porque não existe a palavra “deduzível”.
a) Errado. Não se pode deduzir estrita e licitamente que se 
“alguns dos 25 parques” (o texto só fala em três deles) estão em 
situação difícil, todos estarão. Três não são vinte e cinco.
b) Certo. O que seria competência, por exemplo, dos 
legisladores. Os responsáveis pelos parques não são culpados de 
não terem condições.
c) Errado. O texto não culpa a população nem as 
autoridades responsáveis pelos parques e reservas.
d) Errado. O texto não culpa a população nem as 
autoridades responsáveis pelos parques e reservas.
e) Errado. Se as pinturas rupestres existem há pelo menos 
31.500 anos, certamente já resitiram a inúmeros incêndios, o que 
não justifica dizer que um incêndio constitua ameaça a elas.
“Procura‑se uma explicação”
5. d - Objetos perdidos, lugar de futuro = emprego, técnicos = 
serviços (venda).
6. c 7. a
8. c - Nunca pude avaliar, pelas suas fórmulas (=pelo que 
argumental – “gratifica-se bem”, “lugar de futuro”, “por motivo de 
viagem”), quais as suas verdadeiras intenções (= o que realmente 
querem dizer).
9. b - Observe que a frase “... quem procura seu futuro no 
presente de quem anuncia acaba é fazendo o futuro dos outros” 
pode ser reduzida a “quem procura” ... faz “o futuro dos outros”, 
em que o sujeito “quem procura” é o leitor e os “outros” são os 
anunciantes.
A única alternativa que põe na ordem certa de importância do 
texto “leitor – anunciante” é a letra b.
Compare: letra a) anunciante – anunciante; c) anunciante – 
leitor; d) leitor – leitor; e) anunciante – leitor.
“A rigor, se cometêssemos...”
10. c - Reler as quatro últimas linhas do texto (onírico = de 
sonho).
11. d - É a única alternativa de significado negativo. A 
publicidade, no texto, só busca ressaltar o lado positivo.
12. d - A “consciência de finitude” acontece só depois que a 
ilusão despertada pela publicidade acaba. A felicidade prometida 
nas propagandas dá ao homem a ilusão.
13. c - Por exclusão, chega-se a esta resposta, porém, como 
o comando se refere a “Drama do retorno” e “mito da queda”, 
a alternativa melhor seria: “decepção do consumidor por não ver 
realizadas as promessas da propaganda”.
14. a - Ressalvar = corrigir, prevenir com ressalva, excetuar... 
Ressaltar = destacar, sobressair, dar relevo...
TIPOLOGIA TEXTUAL
Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor 
que também é transmitida através de figuras, impregnado de 
subjetivismo. Ex: um romance, um conto, uma poesia... 
Texto Não‑Literário: preocupa-se em transmitir uma 
mensagem da forma mais clara e objetiva possível. Ex: uma 
notícia de jornal, uma bula de medicamento.
Basicamente existem três tipos de texto: Texto Narrativo; 
Texto Descritivo; Texto Dissertativo. Cada um desses textos 
possui características próprias de construção.
Narração
Ao longo de nossa vida, tomamos contato com os mais 
variados tipos de textos: literários e jornalísticos, em verso e em 
prosa, políticos, religiosos e muitos outros.
Há uma classificação que, por revelarse útil tanto para a 
produção escrita quanto para a leitura, enraizouse na tradição 
escolar. Tratase do agrupamento dos textos em narrativos, 
descritivos e dissertativos.
Antes de mais nada, é preciso deixar claro que esses tipos não 
são encontrados em estado puro. Narração, descrição e dissertação 
podem alternarse num mesmo texto. Isso não impede que, por 
razões didáticas, estudemos cada uma delas separadamente. 
Vamos ocuparnos da narração.
Leia o texto que segue:
Porquinhodaíndia
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinhodaíndía.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
 0 meu porquinhodaíndia foi a 
minha primeira [namorada.
Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira. 4ª ed. Rio de Janeiro, 
José Olympio, 1973, pág. 110.
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
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Narrativas são Transformações
Observe que, no texto acima, há um conjunto de transformações 
de situação: ganhar um porquinhodaíndia é passar da situação de 
não ter o animalzinho para a de têlo; leválo para a sala ou para 
outros lugares é passar da situação de ele estar debaixo do fogão 
para a de estar em outros lugares; ele não gostava: queria era estar 
debaixo do fogão implica a volta à situação anterior; não fazia 
caso nenhum das minhas ternurinhas dá a entender que o menino 
passava de uma situação de não ser terno com o animalzinho para 
uma situação de ser; no último verso temse a passagem da situação 
de não ter namorada para a de ter. 
Verifica-se, pois, que nesse texto há um grande conjunto 
de mudanças de situação. É isso que define o que se chama o 
componente narrativo do texto, ou seja, narrativa é uma mudança 
de estado pela ação de alguma personagem,é uma transformação 
de situação. Mesmo que essa personagem não apareça no 
texto, ela está logicamente implícita. Assim, por exemplo, se o 
menino ganhou um porquinhodaíndia, é porque alguém lhe deu 
o animalzinho.
Tipos de Narrativa
Há, basicamente, dois tipos de mudança: aquele em que 
alguém recebe alguma coisa (o menino passou a ter o porquinhoda 
índia) e aquele em que alguém perde alguma coisa (o porquinho 
perdia, a cada vez que o menino o levava para outro lugar, o espaço 
confortável de debaixo do fogão). Assim, temos dois tipos de 
narrativas: de aquisição e de privação.
A Sequência Narrativa Prototípica
Uma narrativa não tem uma única mudança, mas várias: uma 
coordenase a outra, uma implica a outra, uma subordinase a outra. 
A narrativa típica tem quatro mudanças de situação: 
•	 uma em que uma personagem passa a ter um querer ou 
um dever (um desejo ou uma necessidade de fazer algo); 
•	 uma em que ela adquire um saber ou um poder (uma 
competência para fazer algo); 
•	 uma em que a personagem executa aquilo que queria ou 
devia fazer (é a mudança principal da narrativa);
•	 uma em que se constata que uma transformação se deu 
e em que se podem atribuir prêmios ou castigos às personagens 
(geralmente os prêmios são para os bons, e os castigos, para os 
maus).
Toda narrativa tem essas quatro mudanças, pois elas se 
pressupõem logicamente. Com efeito, quando se constata a 
realização de uma mudança é porque ela se verificou, e ela efetuase 
porque quem a realiza pode, sabe, quer ou deve fazêla. Tomemos, 
por exemplo, o ato de comprar um apartamento: quando se assina 
a escritura, realizase o ato de compra; para isso, é necessário poder 
(ter dinheiro) e querer ou dever comprar (respectivamente, querer 
deixar de pagar aluguel ou ter necessidade de mudar, por ter sido 
despejado, por exemplo).
Algumas mudanças são necessárias para que outras se dêem. 
Assim, para apanhar uma fruta, é necessário apanhar um bambu 
ou outro instrumento para derrubála. Para ter um carro, é preciso 
antes conseguir o dinheiro.
Narrativa e Narração
Até agora estamos falando em narrativa. Existe alguma 
diferença entre as duas? Sim. A narratividade é um componente 
narrativo que pode existir em textos que não são narrações. A 
narrativa é a transformação de situações. Por exemplo, quando se 
diz Depois da abolição, incentivouse a imigração de europeus, 
temos um texto dissertativo, que, no entanto, apresenta um 
componente narrativo, pois contém uma mudança de situação: do 
não incentivo ao incentivo da imigração européia.
Se a narrativa está presente em quase todos os tipos de texto, 
o que é narração?
A narração é um tipo de narrativa. Tem ela três 
características:
•	 é um conjunto de transformações de situação (o texto de 
Manuel Bandeira do começo deste capítulo, como vimos, preenche 
essa condição); 
•	 é um texto figurativo, isto é, opera com personagens e 
fatos concretos (o texto «Porquinho-daíndia” preenche também 
esse requisito);
•	 as mudanças relatadas estão organizadas de maneira 
tal que, entre elas, existe sempre uma relação de anterioridade e 
posterioridade (no texto «Porquinhodaíndia” o fato de ganhar o 
animal é anterior ao de ele estar debaixo do fogão, que por sua vez 
é anterior ao de o menino leválo para a sala, que por seu turno é 
anterior ao de o porquinhoda-índia voltar ao fogão).
Essa relação de anterioridade e posterioridade é sempre 
pertinente num texto narrativo, mesmo que a seqüência linear 
da temporalidade apareça alterada. Assim, por exemplo, no 
romance machadiano Memórias póstumas de Brás Cubas, quando 
o narrador começa contando sua morte para em seguida relatar 
sua vida, a seqüência temporal foi modificada. No entanto, o leitor 
reconstitui, ao longo da leitura, as relações de anterioridade e de 
posterioridade.
Resumindo: na narração, as três características explicadas 
acima (transformação de situações, figuratividade e relações de 
anterioridade e posterioridade entre os episódios relatados) devem 
estar presentes conjuntamente. Um texto que tenha só uma ou duas 
dessas características não é uma narração.
Narração é uma modalidade de redação que envolve sucessivas 
ações desencadeadas por personagens, constituídas por uma 
sequencia temporal, que leva a uma tensão narrativa crescente e 
culmina com o clímax ou desfecho. O narrador, portanto, é aquele 
que conta fatos, reais ou imaginários, organizados numa sucessão 
que visa provocar o interesse do leitor pela solução da trama.
A narração envolve vários elementos:
•	 o narrador, foco narrativo ou ponto de vista, que define 
a posição de quem narra em relação à matéria narrada. 0 narrador 
pode ser protagonista ou personagem, construindo a narrativa em 
primeira pessoa. Pode ser testemunha ou observador, narrando 
em terceira pessoa, mas se identificando como ente narrativo. 
Pode, ainda, estar fora da matéria narrada, em posição onisciente, 
narrando em terceira pessoa, com distanciamento em relação ao 
acontecido.
•	 personagens, que se revelam por meio de características 
físicas ou psicológicas. Os personagens podem ser lineares 
(previsíveis), complexos, tipos sociais (trabalhador, estudante, 
burguês etc.) ou tipos humanos (o medroso, o tímido, o avarento 
etc.), heróis ou antiheróis, protagonistas ou antagonistas.
•	 outros elementos fundamentais são a caracterização do 
espaço e a do tempo, que servem como molduras da ação narrada.
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Caracterização Formal
Em geral, a narrativa se desenvolve na prosa. O narrar surge 
da busca wansmitir, de comunicar qualquer acontecimento ou 
situação em que o em tenha sido protagonista de forma direta ou 
indireta. O aspecto narrativo apresenta, até certo ponto, alguma 
subjetividade, porquanto a criação e o colorido do contexto estão 
em função da individualidade e do estilo do narrador.
Dependendo do enfoque do redator, a narração terá diversas 
abordagens. Assim é de grande importância saber se o relato é 
feito em primepessoa ou terceira pessoa. No primeiro caso, há a 
participação do narrador; segundo, há uma inferência do último 
através da onipresença e onisciência.
Por outro lado, já que o elemento fundamental da estrutura 
narrativa é a ação, dáse lugar de realce aos verbos de ação, sendo 
esses muito utilizad no pretérito perfeito do indicativo.
Conceituação
A estruturação narrativa é uma seqüência de fatos relacionados 
entre em que há uma ordem temporal e uma ordem causal.
A ordem temporal implica referência à cronologia, e a ordem 
causal, tabelece uma relação causaefeito.
Quanto à temporalidade, não há rigor na ordenação dos 
acontecimentos: esses podem oscilar no tempo, transgredindo o 
aspecto linear e constituindo o que se denomina “flashback”. O 
narrador que usa essa técnica (característica comum no cinema) 
demonstra maior criatividade e originalidade. 
Elementos da narrativa
Personagens Quem? Protagonista/Antagonista
Acontecimento O quê?Fato
Tempo Quando? Época em que ocorreu o fato
Espaço Onde? Lugar onde ocorreu o fato
Modo Como? De que forma ocorreu o fato
Causa Por quê? Motivo pelo qual ocorreu o fato
Resultado: previsível ou imprevisível.
Final: Fechado ou Aberto.
Quanto aos elementos da narrativa, esses não estão, 
obrigatoriamente sempre presentes no discurso, exceto as 
personagens ou o fato a ser narrado.
Assim, no contexto narrativo, temos:
• importância das personagens, que se movimentam, se 
relacionam e dão lugar à trama que se estabelece na ação;
• importância do espaço, no qual se entrechocam as 
personagens e que se apresenta limitado ou ilimitado, real ou 
suprareal;
• importância do tempo, que poderá ser psicológico ou 
cronológico.
Exemplo
A NOITE EM QUE OS HOTÉIS ESTAVAM CHEIOS
O casal chegou à cidade tarde da noite.Estavam cansados da 
viagem; ela, grávida, não se sentia bem. Foram procurar um lugar 
onde passar a noite. Hotel, hospedaria, qualquer coisa serviria, 
desde que não fosse muito caro.
Não seria fácil, como eles logo descobriram. No primeiro 
hotel, o gerente, homem de maus modos, foi logo dizendo que 
não havia lugar. No segundo, o encarregado da portaria olhou com 
desconfiança o casal e resolveu pedir documentos. O homem disse 
que não tinha; na pressa da viagem esquecera os documentos.
 E como pretende o senhor conseguir um lugar num hotel, 
se não tem documentos? disse o encarregado. Eu nem sei se o 
senhor vai pagar a conta ou não!
O viajante não disse nada. Tomou a esposa pelo braço e seguiu 
adiante. No terceiro hotel também não havia vaga. No quarto que 
era mais uma modesta hospedaria havia, mas o dono desconfiou 
do casal e resolveu dizer que o estabelecimento estava lotado. 
Contudo, para não ficar mal, resolveu dar uma desculpa:
 O senhor vê, se o governo nos desse incentivos, como dão 
para os grandes hotéis, eu já teria feito uma reforma aqui. Poderia 
até receber delegações estrangeiras. Mas até hoje não consegui 
nada. Se eu conhecesse alguém influente... O senhor não conhece 
ninguém nas altas esferas?
O viajante hesitou, depois disse que sim, que talvez conhecesse 
alguém nas altas esferas.
 Pois então disse o dono da hospedaria fale para esse seu 
conhecido da minha hospedaria. Assim, da próxima vez que o 
senhor vier, talvez já possa lhe dar um quarto de primeira classe, 
com banho e tudo.
O viajante agradeceu, lamentando apenas que seu problema 
fosse mais urgente: precisava de um quarto para aquela noite. Foi 
adiante.
No hotel seguinte, quase tiveram êxito. O gerente estava 
esperando um casal de conhecidos artistas, que viajavam 
incógnitos. Quando os viajantes apareceram, pensou que fossem 
os hóspedes que aguardava e disse que sim, que o quarto já estava 
pronto, ainda fez um elogio:
 O disfarce está muito bom. Que disfarce? perguntou o 
viajante. Essas roupas velhas que vocês estão usando, disse o 
gerente. Isso não é disfarce, disse o homem, são as roupas que nós 
temos. O gerente aí percebeu o engano:
 Sinto muito desculpouse. Eu pensei que tinha um quarto 
vago, mas parece que já foi ocupado.
O casal foi adiante. No hotel seguinte, também não havia 
vaga, e o gerente era metido a engraçado. Ali perto havia uma 
manjedoura, disse, que não se hospedavam lá? Não seria muito 
confortável, mas em compensação não pagariam diária. Para 
surpresa dele, o viajante achou a idéia boa, até agradeceu. Saíram.
Não demorou muito, apareceram os três Reis Magos, 
perguntando sobre um casal de forasteiros. E foi aí que o gerente 
começou a achar que vez tivesse perdido os hóspedes mais 
importantes já chegados a Belém.
(SCLIAR, Moacyr. A massagista japonesa. Porto Alegre: 
L&PM, 1984, p. 495O)
DescriçãoChamavase Raimundo este pequeno, e era mole, 
aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em reter 
aquilo que a outros levava apenas trinta ou cinqüenta minutos; 
vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o cérebro. 
Reunia a isso grande medo ao pai. Era uma criança fina, pálida, 
cara doente; raramente estava alegre. Entrava na escola depois do 
pai e retiravase antes. 0 mestre era mais severo com ele do que 
conosco.
Machado de Assis. “Conto de escola”. Contos. 3ed. São 
Paulo, Ática, 1974, págs. 3132.
Esse texto traça o perfil de Raimundo, o filho do professor da 
escola que o narrador freqüentava. 
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Devese notar: 
•	 que todas as frases expõem ocorrências simultâneas 
(ao mesmo tempo que gastava duas horas para reter aquilo que 
os outros levavam trinta ou cinqüenta minutos, Raimundo tinha 
grande medo ao pai); 
•	 por isso, não existe uma ocorrência que possa ser 
considerada cronologicamente anterior a outra do ponto de 
vista do relato (no nível dos acontecimentos, entrar na escola é 
cronologicamente anterior a retirarse dela; no nível do relato, 
porém, a ordem dessas duas ocorrências é indiferente: o que o 
narrador quer é explicitar uma característica do menino, e não 
traçar a cronologia de suas ações); 
•	 ainda que se fale de ações (como entrava, retiravase), 
todas elas estão no pretérito imperfeito, que indica concomitância 
em relação a um marco temporal instalado no texto (no caso, o ano 
de 1840, em que o narrador freqüentava a escola da rua da Costa) 
e, portanto, não denota nenhuma transformação de estado; 
•	 se invertêssemos a seqüência dos enunciados, não 
correríamos o risco de alterar nenhuma relação cronológica 
poderíamos mesmo colocar o últímo período em primeiro lugar e 
ler o texto do fim para o começo:
0 mestre era mais severo com ele do que conosco. Entrava na 
escola depois do pai e retirava-se antes...
Evidentemente, quando se diz que a ordem dos enunciados 
pode ser invertida, está-se pensando apenas na ordem cronológica, 
pois, como veremos adiante, a ordem em que os elementos são 
descritos produz determinados efeitos de sentido.
Quando alteramos a ordem dos enunciados, precisamos fazer 
certas modificações no texto, pois este contém anafóricos (palavras 
que retomam o que foi dito antes, como ele, os, aquele, etc. ou 
catafóricos (palavras que anunciam o que vai ser dito, como este, 
etc.), que podem perder sua função e assim não ser compreendidos. 
Se tomarmos uma descrição como As flores manifestavam todo o 
seu esplendor. O Sol fazia-as brilhar, ao invertermos a ordem das 
frases, precisamos fazer algumas alterações, para que o texto possa 
ser compreendido: O Sol fazia as flores brilhar. Elas manifestavam 
todo o seu esplendor. Como, na versão original, o pronome 
oblíquo as é um anafórico que retoma flores, se alterarmos a ordem 
das frases ele perderá o sentido. Por isso, precisamos mudar a 
palavra flores para a primeira frase e retomá-la com o anafórico 
elas na segunda.
Por todas essas características, dizse que o fragmento do conto 
de Machado é descritivo. Descrição é o tipo de texto em que 
se expõem características de seres concretos (pessoas, objetos, 
situações, etc.) consideradas fora da relação de anterioridade e de 
posterioridade.
Características da Descrição
As características do texto descritivo são:
•	 como o texto narrativo, é figurativo;
•	 ao contrário do texto narrativo, não relata mudanças de 
situação, mas propriedades e aspectos simultâneos dos elementos 
descritos, considerados, pois, numa única situação;
•	 como o que nele se reproduz é simultâneo, não existe 
relação de anterioridade e posterioridade entre seus enunciados.
A característica fundamental de um texto descritivo é essa 
inexistência de progressão temporal – isto é, o que se expõe 
é simultâneo, e não se pode, portanto, considerar um enunciado 
anterior a outro. Podese apresentar, numa descrição, até mesmo 
ação ou movimento, desde que eles sejam sempre simultâneos, 
não indicando progressão de uma situação anterior para outra 
posterior. Tanto é que uma das marcas lingüísticas da descrição 
é o predomínio de verbos no presente ou no pretérito imperfeito 
do indicativo: o primeiro expressa concomitância em relação ao 
momento da fala; o segundo, em relação a um marco temporal 
pretérito instalado no texto.
Para transformar uma descrição numa narração, bastaria 
introduzir um enunciado que indicasse a passagem de um 
estado anterior para um posterior. No caso do texto inicial, para 
transformá-lo em narração, bastaria dizer:
Reunia a isso grande medo do pai. Mais tarde, Iibertouse 
desse medo...
Os efeitos de sentido criados pela disposição dos elementos 
descritivos
Como se disse acima, do ponto de vista da progressão 
temporal, a ordem dos enunciados na descrição é indiferente, uma 
vez que eles indicam propriedades ou característicasque ocorrem 
simultaneamente. No entanto, ela não é indiferente do ponto de 
vista dos efeitos de sentido: descrever de cima para baixo ou 
viceversa, do detalhe para o todo ou do todo para o detalhe cria 
efeitos de sentido distintos.
Observe os dois quartetos do soneto “Retrato Próprio”, de 
Bocage:
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
bem servido de pés, meão de altura,
triste de facha, o mesmo de figura,
nariz alto no meio, e não pequeno.
Incapaz de assistir num só terreno,
mais propenso ao furor do que à ternura;
bebendo em níveas mãos por taça escura
de zelos infernais letal veneno.
 
 Obras de Bocage. Porto, Lello & Irmão, 
 1968, pág. 497 / Vunesp1993. 
 
O poeta descrevese das características físicas para as 
características morais. Se fizesse o inverso, o sentido não seria o 
mesmo, pois as características físicas perderiam qualquer relevo. 
 
O objetivo de um texto descritivo é levar o leitor a visualizar 
uma cena. É como traçar com palavras o retrato de um objeto, lugar, 
pessoa etc., apontando suas características exteriores, facilmente 
identificáveis (descrição objetiva), ou suas características 
psicológicas e até emocionais (descrição subjetiva).
Uma descrição deve privilegiar o uso freqüente de adjetivos, 
também denominado adjetivação. Para facilitar o aprendizado 
desta técnica, sugerese que o concursando, após escrever seu texto, 
sublinhe todos os substantivos, acrescentando antes ou depois 
deste um adjetivo ou uma locução adjetiva.
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Descrição de Ambientes
1 - Introdução: comentário de caráter geral.
2 - Desenvolvimento: detalhes referentes à estrutura global 
do ambiente: paredes, janelas, portas, chão, teto, luminosidade e 
aroma (se houver).
3 - Desenvolvimento: detalhes específicos em relação a objetos 
lá existentes: móveis, eletrodomésticos, quadros, esculturas ou 
quaisquer outros objetos.
4 - Conclusão: observações sobre a atmosfera que paira no 
ambiente.
Descrição de Paisagens
1 - Introdução: comentário sobre sua localização ou qualquer 
outra referência de caráter geral.
2 - Desenvolvimento: observação do plano de fundo 
(explicação do que se vê ao longe).
3 - Desenvolvimento: observação dos elementos mais 
próximos do observador explicação detalhada dos elementos que 
compõem a paisagem, de acordo com determinada ordem.
4 - Conclusão: comentários de caráter geral, concluindo 
acerca da impressão que a paisagem causa em quem a contempla.
Descrição de Pessoas variação 1
1 - Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer 
aspecto de caráter geral.
2 - Desenvolvimento: características físicas (altura, peso, cor 
da pele, idade, cabelos, olhos, nariz, boca, voz, roupas).
3 - Desenvolvimento: características psicológicas 
(personalidade, temperamento, caráter, preferências, inclinações, 
postura, objetivos).
4 - Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter 
geral
Descrição de Pessoas variação 2
1 - Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer 
aspecto de caráter geral.
2 - Desenvolvimento: análise das características físicas, 
associadas às características psicológicas (1ª parte).
3 - Desenvolvimento: análise das características físicas, 
associadas às características psicológicas (2ª parte).
4 - Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter 
geral.
A descrição, ao contrário da narrativa, não supõe ação. É uma 
estrutura pictórica, em que os aspectos sensoriais predominam.
Porque toda técnica descritiva implica contemplação e 
apreensão de algo objetivo ou subjetivo, o redator, ao descrever, 
precisa possuir certo grau de sensibilidade.
Assim como o pintor capta o mundo exterior ou interior em 
suas telas, o autor de uma descrição focaliza cenas ou imagens, 
conforme o permita sua sensibilidade.
Tipos
A descrição, conforme o objetivo que se propõe, pode ser 
literária ou não-literária.
Na primeira, não deve haver preocupação quanto à exatidão 
da imagem descrita, porque a finalidade é transmitir a impressão 
sensorial.
Isso não implica preocupação com detalhes. O que importa 
é que o conjunto, ao deixar sobressair os traços principais, seja 
enfatizado.
É importante a seleção desses traços, para que o trabalho não 
dê a impressão de uma fotografia, mas seja a imagem do objeto 
(como o autor ve e sente esse objeto).
Na descrição literária, predomina o aspecto subjetivo. O autor 
transfigura o ser de acordo com suas vivências psicossensoriais. 
Aqui predomina a conotação.
Com relação à descrição de tipos, podese descrevêlos física 
ou psicologicamente. A primeira será uma descrição em que 
predomina a objetividade, na segunda, porém, predominará a 
subjetividade.
Às vezes, o autor, através da caricatura intencional dos traços 
físicos personagem, deixa entrever o retrato psicológico da mesma, 
caracterizam suas idiossincrasias. Basta lembrar Quincas Borba, 
em Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
Quanto à descrição nãoliterária, aqui sim, há grande 
preocupação com a exatidão dos detalhes e precisão vocabular. 
É uma descrição objetiva, o autor descreve o ser tal qual ele se 
apresenta na realidade. Há predomínio de denotação.
Qualquer manual de instruções de aparelhos ou mecanismos é 
uma descrição técnica. Poderíamos também citar outros exemplos, 
como: descrição de um mineral, descrição anatômica de um corpo, 
etc.
Caracterização Formal
Com relação ao aspecto formal da descrição, devemse evitar 
os verbos e, se isso não for possível, que se usem então as formas 
nominais, o presente e o pretério imperfeito do indicativo, dando-se 
sempre preferência aos verbos que indiquem estado ou fenômeno.
Todavia deve predominar o emprego das comparações, dos 
adjetivos e dos advérbios, que conferem colorido ao texto.
Esquema da Descrição
O que se descreve (real ou imaginário).
Como se descreve (objetivamente ou subjetivamente).
Texto Literário com Descrição Real Subjetiva
A CASA MATERNA
Vinicius de Morais
Há, desde a entrada, um sentimento de tempo na casa materna. 
As grades do portão têm uma velha ferrugem e o trinco se oculta 
num lugar que só a mão filial conhece. O jardim pequeno parece 
mais verde e úmido que os demais, com suas palmas, tinhorões e 
samambaias que a mão filial, fiel a um gesto de infância, desfolha 
ao longo da haste.
É sempre quieta a casa materna, mesmo aos domingos, quando 
as mãos filiais se pousam sobre a mesa farta do almoço, repetindo 
uma antiga imagem. Há um tradicional silêncio em suas salas e 
um dorído repouso em suas poltronas. O assoalho encerado, sobre 
o qual ainda escorrega o fantasma da cachorrinha preta, guarda 
as mesmas manchas e o mesmo taco solto de outras primaveras. 
As coisas vivem como em prece, nos mesmos lugares onde as 
situaram as mãos maternas quando eram moças e lisas. Rostos 
irmãos se olham dos portaretratos, a se amarem e compreenderem 
mudamente. O piano fechado, com uma longa tira de flanela 
sobre as teclas, repete ainda passadas valsas, de quando as mãos 
maternas careciam sonhar.
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A casa materna é o espelho de outras, em pequenas coisas 
que o olhar filial admirava ao tempo que tudo era belo: o licoreiro 
magro, a bandeja triste, o absurdo bibelô. E tem um corredor 
à escuta de cujo teto à noite pende uma luz morta, com negras 
aberturas para quartos cheios de sombras. Na estante, junto à 
escada, há um Tesouro da Juventude com o dorso puído de tato 
e de tempo. Foi ali que o olhar filial primeiro viu a forma gráfica 
de algo que passaria a ser para ele a forma suprema de beleza: o 
verso.
Na escada há o degrau que estala e anuncia aos ouvidos 
maternos a presença de passos filiais. Pois a casa materna se divide 
em dois mundos: o térreo,onde se processa a vida presente, e o de 
cima, onde vive a memória. Embaixo há sempre coisas fabulosas 
na geladeira e no armário da copa: roquefort amassado, ovos 
frescos, mangasespadas, untuosas compotas, bolos de chocolate, 
biscoitos de araruta pois não há lugar mais propício do que a casa 
materna para uma boa ceia noturna. E porque é uma casa velha há 
sempre uma barata que aparece e é morta com uma repugnancia 
que vem de longe. Em cima ficaram guardados antigos, os livros 
que lembram a infância, o pequeno oratório em frente ao qual 
ninguém, a não ser a figura
Texto NãoLiterário com Descrição Real Subjetiva
Meu primo tinha olhos grandes e profundos e neles 
espelhavamse a suas mágoas e a sua desconfiança.
Texto NãoLitérário com Descrição Real Objetiva
“Com a finalidade de compensar as possíveis irregularidades 
do piso, seu freezer possui, na parte inferior dianteira, dois pés 
niveladores para servir de perfeito apoio no chão.” (Manual de 
Instruções)
Texto Literário com Descrição Imaginária Subjetiva
“Não sei nada dela, apenas penso saber. Na realidade, dela só 
sei o que parece ser. Ela é para mim uma sombra que viajou por 
dentro de mim, pois sou, foi embora, mas, paradoxalmente, ficou 
e continua.
Sim, ela é uma sombra. Uma sombra carregada de carinho, de 
amor, de compreensão, de amizade. Uma sombra que não possui: 
somente é. (Trecho de redação de aluno)
A descrição nãoliterária real e objetiva predomina no texto 
técnico, e no exemplo acima, comprovase o compromisso com a 
precisão e a economia lingüística.
Já na descrição literária, seja real ou imaginária, os 
pormenores, as figuras de linguagem vão tornála mais pitoresca 
estilisticamente, fazendo cor que ela seja mais ou menos objetiva 
ou subjetiva.
A partir dos recursos literários utilizados num texto descritivo, 
não se pode esquecer que os mesmos variam de acordo com as 
épocas em que foram redigidos.
Desse modo, numa descrição romântica, há uma recorrência 
ao cromatismo, aos aspectos sonoros e visuais, aos pormenores, à 
idealização, poder, do escritor exercitar toda a sua capacidade para 
criar mundos imaginários.
Já na descrição realista, percebe-se certo equilíbrio da 
observação e na análise.
Por outro lado, a descrição modernista apresentanos a 
libertação da linguagem através de temas, motivos e formas 
inovadores.
Dissertação
Observe agora o texto que segue:
Há três métodos pelos quais pode um homem chegar a ser 
primeiroministro. 0 primeiro é saber, com prudência, como 
servirse de uma pessoa, de uma filha ou de uma irmã; o segundo, 
como trair ou solapar os predecessores; e o terceiro, como 
clamar, com zelo furioso, contra a corrupção da corte. Mas um 
príncipe discreto prefere nomear os que se valem do último 
desses métodos, pois os tais fanáticos sempre se revelam os mais 
obsequiosos e subservientes à vontade e às paixões do amo. Tendo 
à sua disposição todos os cargos, conservamse no poder esses 
ministros subordinando a maioria do senado, ou grande conselho, 
e, afinal, por via de um expediente chamado anistia (cuja natureza 
lhe expliquei), garantemse contra futuras prestações de contas e 
retiramse da vida pública carregados com os despojos da nação.
 Jonathan Swift. Viagens de Gulliver.
São Paulo, Abril Cultural, 1979, págs. 234235.
Esse texto explica os três métodos pelos quais um homem 
chega a ser primeiroministro, aconselha o príncipe discreto 
a escolhêlo entre os que clamam contra a corrupção na corte e 
justifica esse conselho.
Observese que:
•	 o texto é temático, pois analisa e interpreta a realidade 
com conceitos abstratos e genéricos (não se fala de um homem 
particular e do que faz para chegar a ser primeiroministro, mas do 
homem em geral e de todos os métodos para atingir o poder);
•	 existe mudança de situação no texto (por exemplo, a 
mudança de atitude dos que clamam contra a corrupção da corte 
no momento em que se tornam primeirosministros);
•	 a progressão temporal dos enunciados não tem 
importância, pois o que importa é a relação de implicação (clamar 
contra a corrupção da corte implica ser corrupto depois da 
nomeação para primeiroministro).
Esse texto é dissertativo. Dissertação é o tipo de texto que 
comenta, analisa, interpreta e explica os dados da realidade.
Caracerísticas do Texto Dissertativo
As características do texto dissertativo são: 
•	 ao contrário do texto narrativo e do descritivo, ele é 
temático;
•	 como o texto narrativo, ele mostra mudanças de situação;
•	 ao contrário do texto narrativo, nele as relações de 
anterioridade e de posterioridade dos enunciados não têm maior 
importância o que importa são suas relações lógicas: analogia, 
pertinência, causalidade, coexistência, correspondência, implica-
ção, etc.
A estética e a gramática são comuns a todos os tipos de redação. 
Já a estrutura, o conteúdo e a estilística possuem características 
próprias a cada tipo de texto. Diante disso, a seguir, apresentase a 
aplicabilidade de cada um desses critérios à dissertação.
Estrutura
Introdução: Os principais autores de redação em língua 
portuguesa no Brasil sugerem os conhecidos esquemas de acordo 
com cada tipo de texto. Seguir as instruções de introdução dá ao 
candidato o ponto pertinente.
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Desenvolvimento: Siga as orientações do esquema adequado 
à tipologia textual.
Conclusão: Siga as orientações do esquema adequado à 
tipologia textual.
Gênero textual: Este quesito contempla a adequação ao 
gênero em foco. Por exemplo, caso o candidato se exprima, em 
uma dissertação, com subjetividade própria de textos literários 
como a narração e a descrição , perderá pontos.
Esquema: Cada tipo de texto requer esquema próprio. A 
utilização correta de um esquema vale ponto na prova. Leia com 
atenção e siga todos os passos a seguir.
Quanto à introdução, Hildebrando A. de André (1998, p. 
67) sugere frasesíntese acrescida de tópicos frasais do segundo e 
terceiro parágrafos.
Por sua vez, Branca Granatic (1996, p. 80) aborda a redação 
dividida em esquemas, independentemente da tipologia textual.
Dissertação: esquema 1
1 - Introdução: expressão inicial (facultativa) + tema com 
objetivo + citação dos argumentos 1, 2 e 3
2 - Desenvolvimento do argumento 1
3 - Desenvolvimento do argumento 2
4 - Desenvolvimento do argumento 3
5 - Conclusão: expressão conclusiva (facultativa) +tema com 
objetívo + observação final (impessoal, positiva, otimista, que 
solucione o problema e apresente viés humanístíco)
Em primeiro lugar, leia o(s) texto(s) apresentado(s) na prova 
várias vezes, até sua perfeita compreensão. Lembrese de que 
não há necessariamente relação direta dos textos com o tema. A 
seguir, identifique o tema, caso este não tenha sido explicitado. 
Depois, crie seu objetivo, ou seja, sem fugir do tema, posicionese. 
Alguns autores chamarão o tema com o objetivo de tese. Por fim, 
de acordo com seu posicionamento e sem fugir do tema, busque 
dois ou três argumentos para desenvolver a redação. Para ilustrar, 
seguem alguns exemplos. 
Tema: Sexo antes do casamento.
Objetivo: Apresentar visões favoráveis ao sexo antes do 
casamento.
Argumentos: (1) Maior conhecimento íntimo do parceiro; (2) 
Novo conceito de liberdade; (3) Ruptura da ideologia vigente.
Tema: Problema hídrico no Distrito Federal.
Objetivo: Mostrar a real e trágica situação e apresentar 
soluções.
Argumentos: (1) A construção de poços artesianos sem 
nenhuma fiscalização e planejamento em condomínios irregulares; 
(2) A conivência do GDF; (3) A construção de uma nova barragem 
(Corumbá 4) para abastecimento de água do DF e entorno.
Tema: MST
Objetivo: Apresentar a existência de várias correntes dentro 
do MST e suas posições.
Argumentos: (1) Propostas de reforma agrária pelas quaiseles lutam; (2) Posição das correntes mais radicais; (3) Soluções 
do governo ao MST.
A seguir, duas sugestões extraídas da coluna Língua Solta, de 
Dad Squarisi, do jornal Correio Braziliense.
Assunto: Velhice 
Leitor: Grupo de pessoas com idade entre 60 e 65 anos.
Delimitação do assunto: O perigo da ociosidade na velhice.
Objetivo: Apresentar sugestões de atividades capazes de 
prevenir a ociosidade na velhice.
 Idéias do desenvolvimento: (1) A aposentadoria do trabalho 
não significa aposentadoria de mãos, pés e cabeça; (2) Há muitas 
ofertas de atividades para pessoas que já passaram dos 60 anos: 
grupos de estudo, viagens, cerâmica, contadores de histórias; 
(3) Atividade física é importante, mas não deve ser vista como 
tortura. Escolha a que mais lhe dá prazer: caminhada, musculação, 
hidroginástica, natação.
Assunto:Falar em público.
Leitor: Alunos do curso de expressão oral.
Delimitação do assunto: Falar bem é dom ou habilidade 
aprendida?
Objetivo: Demonstrar que, com treino, qualquer pessoa pode 
falar em público com desenvoltura e sem medo.
Idéias do desenvolvimento: ( 1) Falar, como escrever, é 
habilidade melhorar depende de treino; (2) Exemplo de pessoas 
que, graças ao treino, venceram as dificuldades. O principal deles: 
Demóstenes, pai da Oratória. Ele venceu até a gagueira; (3) Como 
melhorar a expressão oral.
Dissertação: esquema 2
1 - Introdução: expressão inicial + tema com objetivo + 
citação dos argumentos 1 e 2.
2 - Desenvolvimento do argumento 1
3 - Desenvolvimento do argumento 2
4 - Conclusão: expressão conclusiva + tema com objetívo + 
observação final (impessoal, positiva, otimista, que solucione o 
problema e apresente viés humanístíco)
Quanto ao esquema 2, que apresenta somente dois argumentos, 
o candidato deve seguir as orientações do esquema 1, com atenção 
ainda maior aos dois argumentos para fundamentar o texto.
Exemplo de Dissertação
MEGALÓPOLE: UM BEM OU UM MAL?
Apresentação do assunto proposto:
Quando uma cidade cresce vertiginosa e desenfreadamente, 
assume as características de uma megalópole. Assim, Nova 
Iorque, Tóquio, São Paulo e outros centros urbanos espalhados 
pelo mundo têm conseguido diariamente aumentar a sua densidade 
demográfica, apresentando os pontos positivos e negativos para os 
seus habitantes.
Frase‑ponte (ligação)
Vejamos primeiramente os aspectos positivos numa grande 
cidade.
Elemento relacionador + pró + justificativa
Com relação ao setor econômico, há maiores possibilidades de 
emprego, melhores salários, mais chance de ascensão profissional, 
conferindo tudo isso ao trabalhador da megalópole a oportunidade, 
por tantos desejada, de atingir um “status” social.
Elemento relacionador + pró + justificativa
Se focarmos o assunto através do prisma cultural, observaremos 
que a megalópole, possuindo vários teatros, museus, universidades 
e casas de cultura, poderá oferecer grandes oportunidades para a 
aquisição de conhecimentos na área artístico-cultural.
Elemento relacionador + pró + justificativa
Quanto ao lazer, podemos afirmar que a megalópole 
proporciona uma vida social intensa, possuindo boas casas de 
diversão, muitos clubes, restaurantes com comidas das mais 
variadas origens, lugares aprazíveis para passear e toda a sorte de 
atrativos.
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Elemento relacionador + pró + justificativa
Finalmente, se levarmos em consideração as facilidades que a 
megalópole oferece aos seus moradores, podemos aventar toda a 
gama de conforte conquistada pela moderna tecnologia científica, 
como o metrô, o aperfeiçoamento da aparelhagem doméstica nos 
prédios residenciais, hipermercados, alimentos prontos, etc.
Frase‑ponte (separação)
Se focarmos porém, o lado negativo da megalópole, veremos 
que a mesma apresenta diversos pontos cruciais.
Elemento relacionador + contra + justificativa
Em primeiro lugar, podemos citar a falta de solidariedade 
humana e o egoísmo que habitam o coração dos indivíduos da 
grande metrópole. Sendo pessoas sem tempo para dialogar, os 
moradores da megalópole tornam-se praticamente insensíveis à 
dor e aos problemas dos que os cercam.
Elemento reacionador + contra + justificativa
Como decorrência desse fato, o habitante da megalópole, 
embora cercado por alguns milhões de indivíduos, sente-se, 
paradoxalmente, muito só; o ambiente lhe é estranho, o meio lhe 
é hostil.
Elemento relacionador + contra + justificativa
Acrescente-se a isto o problema da poluição ambiental. 
Numa cidade, onde a indústria prolifera, lançando, no ar, rios e 
mares, toda sorte de detritos químicos, um indivíduo que aqui se 
desenvolva terá maior chance de adoecer física e psiquicamente.
Frase‑ponte (ligação) + Conclusão propriamente dita
De tudo que se expôs acima, infere-se que a megalópole 
apresentará mais pontos positivos do que negativos, se a pessoa 
que nela habita for ambiciosa (econômica e culturalmente) e 
apreciar o movimento das grandes cidades, a rapidez e o conforto. 
Se, por outro lado, tratar-se de indivíduo preso à natureza e à vida 
pacata, o aspecto negativo da megalópole pesará muito mais na sua 
balança valorativa, porquanto não atenderá às suas necessidades 
vitais.
Crônica
É o texto curto, publicado com periodicidade regular 
em jornais e revistas, e que explora literariamente, por meio 
do lirismo ou do humor, um fato do cotidiano. Distinguese a 
crônica jornalística (social, esportiva, econômica etc.), de caráter 
puramente informativo, da crônica literária, que revela um trabalho 
artístico, lingüístico sobre a matéria tratada.
A crônica é o gênero mais aberto e maleável da prosa. Pode 
ser indistintamente descritiva, narrativa ou reflexiva, muitas vezes 
aproximandose do conto, ou do poema em prosa, ou de outros 
gêneros. Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, 
Rubem Braga, Nélson Rodrigues estão entre nossos grandes 
cronistas.
ORTOGRAFIA OFICIAL
A palavra ortografia é formada pelos elementos gregos orto 
“correto” e grafia “escrita” sendo a escrita correta das palavras 
da língua portuguesa, obedecendo a uma combinação de critérios 
etimológicos (ligados à origem das palavras) e fonológicos 
(ligados aos fonemas representados).
Somente a intimidade com a palavra escrita, é que acaba 
trazendo a memorização da grafia correta. Deve-se também criar o 
hábito de consultar constantemente um dicionário.
Desde o dia 01/01/2009 já estão em vigor as novas regras 
ortográficas da língua portuguesa, por isso temos até 2012 para 
nos “habituarmos” com as novas regras, pois somente em 2013 
que a antiga será abolida. Certifique se no edital do concurso que 
irá participar está explícito que irão cobrar as novas regras, pois 
caso contrário ainda estão valendo as velhas.
 Relembrando
Vogal: a, e, i, o, u. 
Consoante: b,c,d,f,g,h,j,l,m,n,p,q,r,s,t,v,x,z.
Alfabeto: a,b,c,d,e,f,g,h,i,j,l,m,n,o,p,q,r,s,t,u,v,x,z.
O alfabeto será formado por 26 letras. As letras “k”, “w” e 
“y” não são consideradas integrantes do alfabeto (agora serão). 
Essas letras serão usadas em unidades de medida, nomes próprios, 
palavras estrangeiras e outras palavras em geral. Exemplos: km, 
kg, watt, playground, William, Kafka, kafkiano.
1‑ Emprego das letras K, W e Y
Usam-se apenas:
a) Em abreviaturas e como símbolos de termos científicos 
de uso internacional: km (quilômetro), kg (quilograma), K 
(potássio), w (watt), W (oeste), Y (ítrio), yd (jarda), etc.
b) Na transcrição de palavras estrangeiras não 
aportuguesadas: kart, kibutz, smoking, show, watt, playground, 
playboy, hobby, etc.
c) Em nomes próprios estrangeiros não aportuguesados e 
seus derivados: Kant, Franklin, Shakespeare, Wagner, Kennedy, 
Mickey, Newton, Darwin, Hollywood, byroniano, etc.
2‑ Emprego da letra H
Esta letra, em início ou fim de palavras,não tem valor fonético; 
conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da 
tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta palavra 
vem do latim hodie.
Emprega-se o H:
a) Inicial, quando etimológico: hábito, hélice, herói, hérnia, 
hesitar, haurir, etc.
b) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh e nh: chave, 
boliche, telha, flecha companhia, etc.
c) Final e inicial, em certas interjeições: ah!, ih!, hem?, 
hum!, etc.
d) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo 
elemento, se etimológico: sobre-humano, anti-higiênico, super-
homem, etc.
e) Algumas palavras iniciadas com a letra H: hálito, 
harmonia, hangar, hábil, hélice, hemorragia, herói, hemisfério, 
heliporto, heliporto, hematoma, hérnia, hesitar, hífen, hilaridade, 
hipocondria, hipótese, hipocrisia, homenagear, humor, hora, 
história, hera, hospital, húmus;
OBS: Sem h, porém, os derivados baiano, baianinha, baião, 
baianada, etc.
Não se usa H:
a) No início ou no fim de certos vocábulos, no passado 
escritos com essa letra, embora sem fundamento etimológico: 
ontem, úmido, iate, ombro, etc.
b) No início de alguns vocábulos em que o h, embora 
etimológico, foi eliminado por se tratar de palavras que entraram 
na língua por via popular, como é o caso de erva, inverno, e 
18
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Espanha, respectivamente do latim, herba, hibernus e Hispania. 
Os derivados eruditos, entretanto, grafam-se com h: herbívoro, 
herbicida, hispânico, hibernal, hibernar, etc.
c) Em palavras derivadas e em compostos sem hífen: reaver 
(re + haver), reabilitar, inábil, desonesto, desonra, exaurir, etc.
3‑ Emprego das letras E, I, O e U
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/, /o/ 
e /u/ nem sempre é nítida. É principalmente desse fato que nascem 
as dúvidas quando se escrevem palavras como quase, intitular, 
mágoa, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais.
Escrevem‑se com a letra E:
a) A sílaba final de formas dos verbos terminados em –uar: 
continue, habitue, pontue, etc.
b) A sílaba final de formas dos verbos terminados em –oar: 
abençoe, magoe, perdoe, etc.
c) As palavras formadas com o prefixo ante– (antes, 
anterior): antebraço, antecipar, antedatar, antediluviano, 
antevéspera, etc.
d) Os seguintes vocábulos: 
e) 
ZeferinoQuepeLacrimogêneoDisenteriaConfete
UmedecerQuaseIrrequietoDestilarCireneu
SeringaPeruIndígenaDesperdícioCemitério
SeriemaOrquídeaEncarnaçãoDesperdiçarCandeeiro
SequerMimeógrafoEncarnarCumeeiraCadeado
SenãoMexericoEmpecilhoCreolinaArrepiar
ZeferinoQuepeLacrimogêneoDisenteriaConfete
UmedecerQuaseIrrequietoDestilarCireneu
SeringaPeruIndígenaDesperdícioCemitério
SeriemaOrquídeaEncarnaçãoDesperdiçarCandeeiro
SequerMimeógrafoEncarnarCumeeiraCadeado
SenãoMexericoEmpecilhoCreolinaArrepiar
Emprega‑se a letra I:
a) Na sílaba final de formas dos verbos terminados em –
air/–oer /–uir: cai, corrói, diminuir, influi, possui, retribui, sai, etc.
b) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): 
antiaéreo, Anticristo, antitetânico, antiestético, etc.
c) Nos seguintes vocábulos: 
Virgíliopontiagudoinclinaçãodisplicentecimento
Tibiriçápenicilinainclinardisplicênciachefiar
terebintinapátioIfigêniadigladiarCasimiro
sirilampiãofrontispíciocrioulocamoniano
silvícolalajianoFilipecriaçãoartimanha
Sicília (ilha)invólucrofemininocriadorartifício
requisitoinigualávelescárniocriaraçoriano
privilégioincinerarerisipelacrânioaborígine
Virgíliopontiagudoinclinaçãodisplicentecimento
Tibiriçápenicilinainclinardisplicênciachefiar
terebintinapátioIfigêniadigladiarCasimiro
sirilampiãofrontispíciocrioulocamoniano
silvícolalajianoFilipecriaçãoartimanha
Sicília (ilha)invólucrofemininocriadorartifício
requisitoinigualávelescárniocriaraçoriano
privilégioincinerarerisipelacrânioaborígine
Grafam‑se com a letra O: 
triboRomêniaocorrêncianódoa
romenorebotalhoóbolonévoa
mosquitomágoacobiçarboletim
molequegoelacobiçabolacha
moelaengolirchoverboate 
mocambocostumebússolabanto
magoarconcorrênciabotequimabolir
triboRomêniaocorrêncianódoa
romenorebotalhoóbolonévoa
mosquitomágoacobiçarboletim
molequegoelacobiçabolacha
moelaengolirchoverboate 
mocambocostumebússolabanto
magoarconcorrênciabotequimabolir
Grafam‑se com a letra U: 
urtigamutucaentupirchuviscar
tréguaManuelcutucarcamundongo
tonitruantelóbulocurtumeburburinho
tabuadajabuticabacúpulabulir
tábuajabuticumbucabuliçoso
rebuliçoínguachuviscobulício
urtigamutucaentupirchuviscar
tréguaManuelcutucarcamundongo
tonitruantelóbulocurtumeburburinho
tabuadajabuticabacúpulabulir
tábuajabuticumbucabuliçoso
rebuliçoínguachuviscobulício
Parônimos
Registramos alguns parônimos que se diferenciam pela 
oposição das vogais /e/ e /i/, /o/ e /u/. Fixemos a grafia e o 
significado dos seguintes:
imergir = mergulhar
emergir = vir à tona
vadiar = viver na vadiagem, 
vagabundear, levar vida de 
vadio
discrição = qualidade de 
quem é discreto
vadear = atravessar (rio) por 
onde dá pé, passar a vau
descrição = ato de 
descrever
surtido = produzido, 
causado
dilatar = distender, 
aumentar
sortido = abastecido, bem 
provido, variadodelatar = denunciar
surtir = produzir (efeito ou 
resultado)
diferir = ser diferente, 
divergir
sortir = abastecerdeferir = conceder, atender
suar = expelir suor pelos 
poros, transpirar
custear = pagar as custas, 
financiar
soar = emitir som, ecoar, 
repercutir
costear = navegar ou 
passar junto à costa
recriar = criar novamente
cumprimento = saudação, 
ato de cumprir
recrear = divertircomprimento = extensão
iminente = que ameaça 
acontecer
cumprido = particípio de 
cumprir
eminente = elevado, ilustrecomprido = longo
imigrante = que ou quem 
imigra
arriar = abaixar, pôr no 
chão, cair
emigrante = que ou quem 
emigraarrear = pôr arreios, enfeitar
imigrar = entrar num país 
estranhoária = melodia, cantiga
emigrar = sair do paísárea = superfície
imergir = mergulhar
emergir = vir à tona
vadiar = viver na vadiagem, 
vagabundear, levar vida de 
vadio
discrição = qualidade de 
quem é discreto
vadear = atravessar (rio) por 
onde dá pé, passar a vau
descrição = ato de 
descrever
surtido = produzido, 
causado
dilatar = distender, 
aumentar
sortido = abastecido, bem 
provido, variadodelatar = denunciar
surtir = produzir (efeito ou 
resultado)
diferir = ser diferente, 
divergir
sortir = abastecerdeferir = conceder, atender
suar = expelir suor pelos 
poros, transpirar
custear = pagar as custas, 
financiar
soar = emitir som, ecoar, 
repercutir
costear = navegar ou 
passar junto à costa
recriar = criar novamente
cumprimento = saudação, 
ato de cumprir
recrear = divertircomprimento = extensão
iminente = que ameaça 
acontecer
cumprido = particípio de 
cumprir
eminente = elevado, ilustrecomprido = longo
imigrante = que ou quem 
imigra
arriar = abaixar, pôr no 
chão, cair
emigrante = que ou quem 
emigraarrear = pôr arreios, enfeitar
imigrar = entrar num país 
estranhoária = melodia, cantiga
emigrar = sair do paísárea = superfície
4‑ Emprego das letras G e J
Para representar o fonema /j/ existem duas letras ; g e j. Grafa-
se este ou aquele signo não de modo arbitrário, mas de acordo com 
a origem da palavra. Exemplos: gesso (do grego gypsos), jeito (do 
latim jactu) e jipe ( do inglês jeep).
19
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Escrevem-se com G:
a) Os substantivos terminados em –agem, -igem, -ugem: 
garagem, massagem, viagem, origem, vertigem, ferrugem, 
lanugem. Exceção: pajem
b) As palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, 
-úgio: contágio, estágio, egrégio, prodígio,relógio, refúgio.
c) Palavras derivadas de outras que se grafam com g: 
massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem), ferruginoso 
(de ferrugem), engessar (de gesso), faringite (de faringe), 
selvageria (de selvagem), etc.
d) Os seguintes vocábulos:
tigelamongegizgibiauge
tangerinamegeragíriagestoapogeu
sugestãoheregeginetegengivaangico
rabugentohegemoniagileteestrangeiroalgema
tigelamongegizgibiauge
tangerinamegeragíriagestoapogeu
sugestãoheregeginetegengivaangico
rabugentohegemoniagileteestrangeiroalgema
Escrevem-se com J:
a) Palavras derivadas de outras teminadas em –já: laranja 
(laranjeira), loja (lojista, lojeca), granja (granjeiro, granjense), 
gorja (gorjeta, gorjeio), lisonja (lisonjear, lisonjeiro), sarja 
(sarjeta), cereja (cerejeira).
b) Todas as formas da conjugação dos verbos terminados 
em –jar ou –jear: arranjar (arranje), despejar (despejei), gorjear 
(gorjeia), viajar (viajei, viajem) – (viagem é substantivo).
c) Vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j: 
laje (lajedo), nojo (nojento), jeito (jeitoso, enjeitar, projeção, 
rejeitar, sujeito, trajeto, trejeito).
d) Palavras de origem ameríndia (principalmente tupi-
guarani) ou africana: canjerê, canjica, jenipapo, jequitibá, jerimum, 
jibóia, jiló, jirau, pajé, etc.
e) As seguintes palavras:
varejistarijezamajestosojericocerejeira
ultrajepegajentomajestadeJeremiascafajeste
trajeojerizajiu-jítsujegueberinjela
sujeiramanjericãojérseijecaalforje
sabujicemanjedouraJerônimointrujicealfanje
varejistarijezamajestosojericocerejeira
ultrajepegajentomajestadeJeremiascafajeste
trajeojerizajiu-jítsujegueberinjela
sujeiramanjericãojérseijecaalforje
sabujicemanjedouraJerônimointrujicealfanje
5‑ Representação do fonema /S/
O fonema /s/, conforme o caso, representa-se por:
a) C, Ç:
vicissitudepaçocamaçoexceçãocensura
suíçomuçuranamaçarocacontorçãoanoitecer
Suíçamuçulmanomaçaricodançaralmaço
pinçamiçangaIguaçudançaaçafrão
pançamaciçoendereçocimentoacetinado
vicissitudepaçocamaçoexceçãocensura
suíçomuçuranamaçarocacontorçãoanoitecer
Suíçamuçulmanomaçaricodançaralmaço
pinçamiçangaIguaçudançaaçafrão
pançamaciçoendereçocimentoacetinado
b) S:
utensíliopropensãogansodescansoansiedade
tensopretensiosofarsadescansaransioso
sebopretensãoexcursãocansadoansiar
remorsohortênsiadiversãocansarânsia
utensíliopropensãogansodescansoansiedade
tensopretensiosofarsadescansaransioso
sebopretensãoexcursãocansadoansiar
remorsohortênsiadiversãocansarânsia
c) SS:
.sessentaobsessãoexpressãocarrossel
.ressurreiçãonecessárioessencialassinar
.profissionalmissãoescassoasseio
sucessivoprofissãomassagistaescassezassar
submissãoprocissãomassadiscussãoacessível
sossegopêssegoimpressãoconcessãoacessório
sossegaropressãofracassocassinoacesso
.sessentaobsessãoexpressãocarrossel
.ressurreiçãonecessárioessencialassinar
.profissionalmissãoescassoasseio
sucessivoprofissãomassagistaescassezassar
submissãoprocissãomassadiscussãoacessível
sossegopêssegoimpressãoconcessãoacessório
sossegaropressãofracassocassinoacesso
d) SC, SÇ:
vísceraseiscentosnésciodiscernirdesço
suscitarressuscitarimprescindíveldiscípulodescer
suscetibilidadepiscinaflorescerdisciplinacresço
suscetíveloscilarfascinardesçacrescer
conscienteconsciênciaascensãoadolescenteacréscimo
vísceraseiscentosnésciodiscernirdesço
suscitarressuscitarimprescindíveldiscípulodescer
suscetibilidadepiscinaflorescerdisciplinacresço
suscetíveloscilarfascinardesçacrescer
conscienteconsciênciaascensãoadolescenteacréscimo
e) X: aproximar, auxiliar, auxílio, máximo, próximo, 
proximidade, trouxe, trouxer, trouxeram, etc.
f) XC: exceção, excedente, exceder, excelência, excelente, 
excelso, excêntrico, excepcional, excesso, excessivo, exceto, 
excitar, etc.
Homônimos
.sismo = terremoto
.cismo = pensão
russo = natural da Rússiasírio = natural da Síria
ruço = pardacentocírio = grande vela de cera
interseção = ponto em que 
duas linhas se cruzam
sexta = ordinal referente a 
seis
intercessão = ato de 
interceder
cesta = utensílio de vime 
ou outro material
insipiente = ignorante
ascético = referente ao 
ascetismo, místico
incipiente = principiante
acético = referente ao 
ácido acético (vinagre)
empossar = dar posse a
assento = lugar para 
sentar-se
empoçar = formar poça
acento = inflexão da voz, 
sinal gráfico
.sismo = terremoto
.cismo = pensão
russo = natural da Rússiasírio = natural da Síria
ruço = pardacentocírio = grande vela de cera
interseção = ponto em que 
duas linhas se cruzam
sexta = ordinal referente a 
seis
intercessão = ato de 
interceder
cesta = utensílio de vime 
ou outro material
insipiente = ignorante
ascético = referente ao 
ascetismo, místico
incipiente = principiante
acético = referente ao 
ácido acético (vinagre)
empossar = dar posse a
assento = lugar para 
sentar-se
empoçar = formar poça
acento = inflexão da voz, 
sinal gráfico
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4‑ Emprego de S com valor de Z
Escrevem-se com S com som de Z:
a) Adjetivos com os sufixos –oso, -osa: gostoso, gostosa, 
gracioso, graciosa, teimoso, teimosa, etc.
b) Adjetivos pátrios com os sufixos –ês, -esa: português, 
portuguesa, inglês, inglesa, milanês, milanesa, etc.
c) Substantivos e adjetivos terminados em –ês, feminino 
–esa: burguês, burguesa, burgueses, camponês, camponesa, 
camponeses, freguês, freguesa, fregueses, etc.
d) Verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s: 
analisar (de análise), apresar (de presa), atrasar ( de atrás), extasiar 
(de êxtase), extravas (de vaso), alisar (de liso), etc.
e) Formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados: pus, 
pusemos, compôs, impuser, quis, quiseram, etc.
f) Os seguintes nomes próprios de pessoas:
.TeresinhaQueirósIsabelEliseu
.TeresaLuísaInêsBrás
ValdêsSousaLuísHeloísaBaltasar
TomásResendeIsauraGarcêsAvis
.TeresinhaQueirósIsabelEliseu
.TeresaLuísaInêsBrás
ValdêsSousaLuísHeloísaBaltasar
TomásResendeIsauraGarcêsAvis
g) Os seguintes vocábulos e seus cognatos:
visitarequisitoobusfraseconvés
vigésimorepresaobséquiofasecolisão
vaselinaraposamesadaevasivabesouro
vasilhaquerosenemêsespontâneoaviso
usinapresídiomanganêsesplendoravisar
trêspresépiohesitaresplêndidoatravés
tesouropresaheresiaempresaatrás
tesourapesquisagroselhadespesaás, ases
surpresapêsamesGoiásdescortesiaarnês
revés, revesesparaísogásdefesaanis
retróspaísfusívelcortesiaanálise
rês, resespaisagemfreguesiacortêsaliás
visitarequisitoobusfraseconvés
vigésimorepresaobséquiofasecolisão
vaselinaraposamesadaevasivabesouro
vasilhaquerosenemêsespontâneoaviso
usinapresídiomanganêsesplendoravisar
trêspresépiohesitaresplêndidoatravés
tesouropresaheresiaempresaatrás
tesourapesquisagroselhadespesaás, ases
surpresapêsamesGoiásdescortesiaarnês
revés, revesesparaísogásdefesaanis
retróspaísfusívelcortesiaanálise
rês, resespaisagemfreguesiacortêsaliás
5‑ Emprego da letra Z
Grafam-se com Z:
a) Os derivados em –zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: 
cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, cãozito, avezita, etc.
b) Os derivados de palavras cujo radical termina em –z: 
cruzeiro (de cruz), enraizar (de raiz), esvaziar (de vazio), etc.
c) Os verbos formados com o sufixo –izar e palavras 
cognatas: fertilizar, fertilizante, civilizar, civilização, etc.
d) Substantivos abstratos em –eza, derivados de adjetivos e 
denotando qualidade física ou moral: pobreza (de pobre), limpeza 
(de limpo), frieza (de frio), etc.
e) As seguintes palavras: S ou Z?
.vazanteprezadobazaramizade
.vazãoprezarbuzinarazedo
.vazamentoojerizabuzinaazáfama
xadrezvazarcicatrizbalizaazeite
vizinhoproezachafarizaprazívelazar
.vazanteprezadobazaramizade.vazãoprezarbuzinarazedo
.vazamentoojerizabuzinaazáfama
xadrezvazarcicatrizbalizaazeite
vizinhoproezachafarizaprazívelazar
Sufixo –ÊS e –EZ
a) O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes 
substantivos) derivados de substantivos concretos: montês (de 
monte), cortês (de corte), burguês (de burgo), montanhês (de 
montanha), francês (de França), chinês (de China), etc.
b) O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos 
derivados de adjetivos: aridez (de árido), acidez (de ácido), rapidez 
(de rápido), estupidez (de estúpido), mudez (de mudo) avidez (de 
ávido) palidez (de pálido) lucidez (de lúcido), etc.
Sufixo –ESA e –EZA
Usa-se –esa (com s):
a) Nos seguintes substantivos cognatos de verbos 
terminados em –ender: defesa (defender), presa (prender), despesa 
(despender), represa (prender), empresa (empreender), surpresa 
(surpreender), etc.
b) Nos substantivos femininos designativos de títulos 
nobiliárquicos: baronesa, dogesa, duquesa, marquesa, princesa, 
consulesa, prioresa, etc.
c) Nas formas femininas dos adjetivos terminados em –
ês: burguesa (de burguês), francesa (de francês), camponesa (de 
camponês), milanesa (de milanês), holandesa (de holandês), etc.
d) Nas seguintes palavras femininas: framboesa, indefesa, 
lesa, mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, toesa, turquesa, etc. 
Usa-se –eza:
a) Usa se –eza (com z) nos substantivos femininos abstratos 
derivados de adjetivos e denotado qualidades, estado, condição: 
beleza (de belo), franqueza (de franco), pobreza (de pobre), leveza 
(de leve), etc.
Verbos terminados em –ISAR e ‑IZAR
Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes 
correspondentes termina em –s. Se o radical não terminar em –s, 
grafa-se –izar (com z): 
matizar (matiz + izar)canalizar (canal + izar)
deslizar (deslize + izar)civilizar (civil + izar)
cicatrizar (cicatriz + izar)anarquizar (anarquia + izar)
escravizar (escravo + izar)grisar (gris + ar)
motorizar (motor + izar)frisar (friso + ar)
vulgarizar (vulgar + izar)pisar, repisar (piso + ar)
colonizar (colono + izar)pesquisar (pesquisa + ar)
amenizar (ameno + izar)paralisar (paralisia + ar)
improvisar (improviso + ar)alisar (a + liso + ar)
catalisar (catálise + ar)analisar (análise + ar)
bisar (bis + ar)avisar (aviso + ar)
matizar (matiz + izar)canalizar (canal + izar)
deslizar (deslize + izar)civilizar (civil + izar)
cicatrizar (cicatriz + izar)anarquizar (anarquia + izar)
escravizar (escravo + izar)grisar (gris + ar)
motorizar (motor + izar)frisar (friso + ar)
vulgarizar (vulgar + izar)pisar, repisar (piso + ar)
colonizar (colono + izar)pesquisar (pesquisa + ar)
amenizar (ameno + izar)paralisar (paralisia + ar)
improvisar (improviso + ar)alisar (a + liso + ar)
catalisar (catálise + ar)analisar (análise + ar)
bisar (bis + ar)avisar (aviso + ar)
6‑ Emprego do X
a) Esta letra representa os seguintes fonemas:
Ch – xarope, enxofre, vexame, etc.
CS – sexo, látex, léxico, tóxico, etc.
Z – exame, exílio, êxodo, etc.
SS – auxílio, máximo, próximo, etc.
S – sexto, texto, expectativa, extensão, etc.
21
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b) Não soa nos grupos internos –xce- e –xci-: exceção, 
exceder, excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar, 
inexcedível, etc.
c) Grafam-se com x e não com s: expectativa, experiente, 
expiar, expirar, expoente, êxtase, extasiado, extrair, fênix, texto, 
etc.
d) Escreve-se x e não ch:
•	 Em geral, depois de ditongo: caixa, baixo, faixa, feixe, 
frouxo, ameixa, rouxinol, seixo, etc. Excetuam-se caucho e os 
derivados cauchal, recauchutar e recauchutagem.
•	 Geralmente, depois da sílaba inicial en-: enxada, enxame, 
enxamear, enxagar, enxaqueca, enxergar, enxerto, enxoval, 
enxugar, enxurrada, enxuto, etc. Excepcionalmente, grafam-se 
com ch: encharcar (de charco), encher e seus derivados (enchente, 
preencher), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda vez 
que se trata do prefixo en- + palavra iniciada por ch.
•	 Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi, 
xavante, caxambu, caxinguelê, orixá, maxixe, etc.
•	 Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, 
graxa, lagartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, puxar, rixa, oxalá, 
praxe, vexame, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu.
7‑ Emprego do dígrafo CH
Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocábulos: 
bucha, charque, charrua, chavena, chimarrão, chuchu, cochilo, 
cochilar, fachada, ficha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha.
Homônimos
Bucho = estômago
Buxo = espécie de arbusto
Cocha = recipiente de madeira
Coxa = capenga, manco
Tacha = mancha, defeito; pequeno prego; prego de cabeça 
larga e chata, caldeira.
Taxa = imposto, preço de serviço público, conta, tarifa
Chá = planta da família das teáceas; infusão de folhas do chá 
ou de outras plantas
Xá = título do soberano da Pérsia (atual Irã)
Cheque = ordem de pagamento
Xeque = no jogo de xadrez, lance em que o rei é atacado por 
uma peça adversária
8‑ Consoantes dobradas
a) Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes 
C, R, S.
b) Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes 
soam distintamente: convicção, occipital, cocção, fricção, 
friccionar, facção, sucção, etc.
c) Duplicam-se o R e o S em dois casos:
•	 Quando, intervocálicos, representam os fonemas /r/ forte 
e /s/ sibilante, respectivamente: carro, ferro, pêssego, missão, etc.
•	 Quando a um elemento de composição terminado em 
vogal seguir, sem interposição do hífen, palavra começada com 
/r/ ou /s/: arroxeado, correlação, pressupor, bissemanal, girassol, 
minissaia, etc.
9‑ CÊ - cedilha
É a letra C que se pôs cedilha. Indica que o Ç passa a ter som 
de /S/: almaço, ameaça, cobiça, doença, eleição, exceção, força, 
frustração, geringonça, justiça, lição, miçanga, preguiça, raça.
Nos substantivos derivados dos verbos: TER e TORCER e 
seus derivados: ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção; 
torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer, distorção.
O Ç só é usado antes de A,O,U.
10‑ Emprego das iniciais maiúsculas
a) A primeira palavra de período ou citação. Diz um provérbio 
árabe: “A agulha veste os outros e vive nua”. No início dos versos 
que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula.
b) Substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, 
topônimos, nomes sagrados, mitológicos, astronômicos): José, 
Tiradentes, Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, 
Tupã, Minerva, Via-Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc. O deus 
pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno.
c) Nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, 
festas religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da 
Independência do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.
d) Nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da 
República, etc.
e) Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, 
Nação, Estado, Pátria, União, República, etc.
f) Nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, 
agremiações, órgãos públicos, etc.:
 Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de 
Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.
g) Nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, 
literárias e científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, 
Arquitetura, Os Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico 
Brasileiro, Correio da Manhã, Manchete, etc.
h) Expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, 
Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.
i) Nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os 
povos do Oriente, o falar do Norte.
 Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.
j) Nomes comuns, quando personificados ou individuados: o 
Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.
11‑ Emprego das iniciais minúsculasa) Nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes 
gentílicos, nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, 
carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc.
b) Os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando 
empregados em sentido geral:
 São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria.
c) Nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o 
rio Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
d) Palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação 
direta:
 “Qual deles: o hortelão ou o advogado?” (Machado de 
Assis)
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 “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, 
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)
e) Atenção: no interior dos títulos, as palavras átonas, como: o, 
a, com, de, em, sem, grafam-se com inicial minúscula.
15‑ Algumas palavras ou expressões costumam apresentar 
dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar 
ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você 
aperfeiçoar seu desempenho. Preste atenção e tente incorporar tais 
palavras certas em situações apropriadas.
A anos: a indica tempo futuro: Daqui a um ano iremos à 
Europa.
Há anos: há indica tempo passado: não o vejo há meses.
“Procure o seu caminho
Eu aprendi a andar sozinho
Isto foi há muito tempo atrás
Mas ainda sei como se faz
Minhas mãos estão cansadas
Não tenho mais onde me agarrar.” (gravação: Nenhum de 
Nós)
Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há 
necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo.
Acerca de: equivale a a respeito de: Falávamos acerda de uma 
solução melhor.
Há cerca de: equivale a faz tempo. Há cerca de dias resolvemos 
este caso.
Ao encontro de: equivale estar a favor de: Sua atitude vai ao 
encontro da verdade.
De encontro a: equivale a oposição, choque: Minhas opiniões 
vão de encontro às suas.
A fim de: locução prepositiva que indica finalidade: Vou a fim 
de visitá-la.
Afim: é um adjetivo e equivale a igual, semelhante: Somos 
almas afins.
Ao invés de: equivale ao contrário de: Ao invés de falar 
começou a chorar (oposição).
Em vez de: equivale a no lugar de: Em vez de acompanhar-
me, ficou só.
A par: equivale a bem informado, ciente: Estamos a par das 
boas notícias.
Ao par: indica relação de igualdade ou equivalência entre 
valores financeiros (câmbio): O dólar e o euro estão ao par.
Aprender = tomar conhecimento de. Ex. O menino aprendeu 
a lição. 
Apreender = prender. Ex. O fiscal apreendeu a carteirinha 
do menino. 
À toa: é uma locução adverbial de modo, equivale a inutilmente, 
sem razão: Andava à toa pela rua.
À‑ toa: é um adjetivo (refere-se a um substantivo), equivale a 
inútil, desprezível. Foi uma atitude à‑ toa e precipitada.
Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços 
funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos 
supermercados. Vamos comemorar, pessoal!
Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos 
(sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) da 
gasolina.
Bebedor: é a pessoa que bebe: Tornei-me um grande bebedor 
de vinho.
Bebedouro: é o aparelho que fornece água. Este bebedouro 
está funcionando bem.
Bem‑Vindo: é um adjetivo composto: Você é sempre bem 
vindo aqui, jovem.
Benvindo: é nome próprio: Benvindo é meu colega de classe.
Berruga/Verruga: as duas formas estão corretas: Olhe só a sua 
berruga/verruga, menina!
Boêmia/Boemia: são formas variantes (usadas normalmente): 
Vivia na boêmia/boemia.
Botijão/Bujão de gás: ambas formas corretas: Comprei um 
botijão/bujão de gás.
Câmara: equivale ao local de trabalho onde se reúnem 
os vereadores, deputados: Ficaram todos reunidos na Câmara 
Municipal.
Câmera: aparelho que fotografa, tira fotos: Comprei uma 
câmera japonesa.
Champanha/Champanhe (do francês): O champanha/
champanhe está bem gelado.
Cessão: equivale ao ator de doar, doação: Foi confirmada a 
cessão do terreno.
Sessão: equivale ao intervalo de tempo de uma reunião: A 
sessão do filme durou duas horas.
Seção/Secção: repartição pública, departamento: Visitei hoje a 
seção de esportes.
Demais: é advérbio de intensidade, equivale a muito, aparece 
intensificando verbos, adjetivos ou o próprio advérbio. Vocês falam 
demais, caras!
Demais: pode ser usado como substantivo, seguido de artigo, 
equivale a os outros. Chamaram mais dez candidatos, os demais 
devem aguardar.
De mais: é locução prepositiva, opõe-se a de menos, refere-se 
sempre a um substantivo ou a um pronome: Não vejo nada de mais 
em sua decisão.
Dia‑a‑dia: é um substantivo, equivale a cotidiano, diário, que 
faz ou acontece todo dia. Meu dia‑a‑dia é cheio de surpresas.
Dia a dia: é uma expressão adverbial, equivale a diariamente. 
O álcool aumenta dia a dia. Pode isso?
Descriminar: equivale a inocentar, absolver de crime. O réu 
foi descriminado; pra sorte dele.
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Discriminar: equivale a diferençar, distinguir, separar. Era 
impossível discriminar os caracteres do documento. Cumpre 
discriminar os verdadeiros dos falsos valores. /Os negros ainda são 
discriminados.
Descrição: ato de descrever: A descrição sobre o jogador foi 
perfeita.
Discrição: qualidade ou caráter de ser discreto, reservado: 
Você foi muito discreto.
Entrega em domicílio: equivale a lugar: Fiz a entrega em 
domicílio.
Entrega a domicílio com verbos de movimento: Enviou as 
compras a domicílio.
Espectador: é aquele que vê, assiste: Os espectadores se 
fartaram da apresentação.
Expectador: é aquele que está na expectativa, que espera 
alguma coisa: O expectador aguardava o momento da chamada.
Estada: permanência de pessoa (tempo em algum lugar): A 
estada dela aqui foi gratificante.
Estadia: prazo concedido para carga e descarga de navios 
ou veículos: A estadia do carro foi prolongada por mais algumas 
semanas.
Fosforescente: adjetivo derivado de fósforo; que brilha no 
escuro: Este material é fosforescente.
Fluorescente: adjetivo derivado de flúor, elemento químico, 
refere-se a um determinado tipo de luminosidade: A luz branca do 
carro era fluorescente.
Haja - do verbo haver - É preciso que não haja descuido. 
Aja - do verbo agir - Aja com cuidado, Carlinhos. 
Houve: pretérito perfeito do verbo haver, 3ª pessoa do 
singular 
Ouve: presente do indicativo do verbo ouvir, 3ª p. do 
singular 
Levantar:é sinônimo de erguer: Ginês, meu estimado cunhado, 
levantou sozinho a tampa do poço.
Levantar‑se: pôr de pé: Luís e Diego levantaram‑se cedo e, 
dirigiram-se ao eroporto.
Mal: advérbio de modo, equivale a erradamente, é oposto de 
bem: Dormi mal. (bem)
Mal: equivale a nocivo, prejudicial, enfermidade; oposto de 
bem; pode vir antecedido de artigo, adjetivo ou pronome: A comida 
fez mal para mim. Seu mal é crer em tudo.
Mal: conjunção subordinativa temporal, equivale a assim que, 
logo que: Mal chegou começou a chorar desesperadamente.
Mau: adjetivo, equivale a ruim, oposto de bom; plural=maus; 
feminino=má. Você é um mau exemplo (bom).
Mau: substantivo: Os maus nunca vencem.
Mas: conjunção adversativa (idéia contrária), equivale a 
porém, contudo, entretanto: Telefonei-lhe mas ela não atendeu.
Mais: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-se a menos: 
Há mais flores perfumadas no campo.
Nem um: equivale a nem um sequer, nem um único; a palavra 
um expressa quantidade: Nem um filho de Deus apareceu para 
ajudá-la.
Nenhum: pronome indefinido variável em gênero e número; 
vem antes de um substantivo, é oposto de algum: Nenhum jornal 
divulgou o resultado do concurso.
Obrigada: As mulheres devem dizer: muito obrigada, eu 
mesma, eu própria. 
Obrigado: Os homens devem dizer: muito obrigado, eu 
mesmo, eu próprio. 
Onde: indica o lugar em que seestá; refere-se a verbos 
que exprimem estado, permanência: Onde fica a farmácia mais 
próxima?
Aonde: indica idéia de movimento; equivale para onde (somente 
com verbo de movimento desde que indique deslocamento, ou seja, 
a+onde). Aonde vão com tanta pressa?
“Pode seguir a tua estrada
o teu brinquedo de star
fantasiando um segredo
o ponto aonde quer chegar...” (gravação: Barão Vermelho)
Por ora: equivale a por este momento, por enquanto: Por ora 
chega de trabalhar.
Por hora: locução equivale a cada sessenta minutos: Você 
deve cobrar por hora.
Por que: escreve se separado; quando ocorre: preposição 
por+que - advérbio interrogativo (Por que você mentiu?); 
preposição por+que – pronome relativo pelo/a qual, pelos/as quais 
(A cidade por que passamos é simpática e acolhedora.) (=pela 
qual); preposição por+que – conjunção subordinativa integrante; 
inicia oração subordinada substantiva (Não sei por que tomaram 
esta decisão. (=por que motivo, razão)
Por quê: final de frase, antes de um ponto final, de interrogação, 
de exclamação, reticências; o monossílabo que passa a ser tônico 
(forte), devendo, pois, ser acentuado: __O show foi cancelado mas 
ninguém sabe por quê. (final de frase); __Por quê? (isolado)
Porque: conjunção subordinativa causal: equivale a: pela 
causa, razão de que, pelo fato, motivo de que: Não fui ao encontro 
porque estava acamado; conjunção subordinativa explicativa: 
equivale a: pois, já que, uma vez que, visto que: “Mas a minha 
tristeza é sossego porque é natural e justa.” (Fernando Pessoa) ; 
conjunção subordinativa final (verbo no subjuntivo, equivale a para 
que): “Mas não julguemos, porque não venhamos a ser julgados.” 
(Rui Barbosa)
Porquê: funciona como substantivo; vem sempre acompanhado 
de um artigo ou determinante: Não foi fácil encontrar o porquê 
daquele corre-corre.
Senão: equivale a caso contrário, a não ser: Não fazia coisa 
nenhuma senão criticar.
Se não: equivale a se por acaso não, em orações adverbiais 
condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá 
desta situação crítica.
Tampouco: advérbio, equivale a também não: Não compareceu, 
tampouco apresentou qualquer justificativa.
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Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão 
pouco esta semana.
Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios 
Traz - do verbo trazer
Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui.
Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está 
vultuosa e deformada.
16‑ Hífen
O hífen representa um sinal gráfico, cujas funções estão 
associadas a uma infinidade de ocorrências lingüísticas, tais como:
- ligar palavras compostas;
- fazer a junção entre pronomes oblíquos e algumas formas 
verbais, representadas pela mesóclise e ênclise;
- separar as sílabas de um dado vocábulo;
- ligar algumas palavras precedidas de prefixos.
Com o advento da Nova Reforma Ortográfica, houve 
mudanças em relação à sua aplicabilidade. Sendo assim, dada 
a complexidade que se atribui ao sinal em questão, temos por 
finalidade evidenciá-las, procurando enfatizar, em alguns casos, 
o que antes prevalecia e o que atualmente vigora. Mediante tais 
pressupostos, constatemos, pois:
Circunstâncias lingüísticas a que se deve o emprego do hífen:
 
- O hífen passa a ser usado quando o prefixo termina em vogal 
e a segunda palavra começa com a mesma vogal: antiinflamatório/
anti-inflamatório; antiinflacionário/anti-inflacionário; microondas/
micro-ondas; microorganismo/micro-organismo.
Essa regra padroniza algumas exceções já vigentes antes do 
Acordo: auto-observação; auto-ônibus; contra-atacar.
Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”, 
mesmo que a segunda palavra comece com a mesma vogal que 
termina o prefixo: coobrigar, coadquirido, coordenar, reeditar, 
proótico, proinsulina.
- Com prefixos, emprega-se o hífen diante de palavras 
iniciadas com “h”: anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, 
extra-humano, pró-hidrotópico, super-homem.
- Emprega-se o hífen quando o prefixo terminar em consoante 
e a segunda palavra começar com a mesma consoante: inter-
regional, sub-bibliotecário, super-resistente.
- Com o prefixo “-sub”, diante de palavras iniciadas por “r”, 
usa-se o hífen: sub-regional, sub-raça, sub-reino.
- Diante dos prefixos “-além”, “-aquém”, “-bem”, “-ex”, 
“-pós”, “-recém”, “-sem”, “-vice”, usa-se o hífen: além-mar, 
aquém-mar, recém-nascido, sem-terra, vice-diretor.
- Diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra 
começar por vogal ou “h”, o hífen está presente: mal-humorado, 
mal-intencionado, mal-educado.
- Com os prefixos “-circum” e “-pan”, diante de palavras 
iniciadas por “vogal, m, n ou h”, emprega-se o hífen: circum-
navegador, pan-americano, circum-hospitalar, pan-helenismo.
- Usa-se o hífen em casos relacionados à ênclise e à mesóclise: 
entregá-lo, amar-te-ei, considerando-o.
- Com sufixos de origem tupi-guarani, representados por 
“-açu”, “-guaçu”, “-mirim”, usa-se o hífen: jacaré-açu, cajá-mirim, 
amoré-guaçu.
- Não se usa mais o hífen quando o prefixo terminar em 
vogal e a segunda palavra começar por uma vogal diferente: auto-
avaliação/autoavaliação; auto-escola/autoescola; auto-estima/
autoestima; co-autor/coautor; infra-estrutura/infraestrutura; semi-
árido/semiárido.
Essa nova regra padroniza algumas exceções existentes antes 
do Acordo: aeroespacial, antiamericano, socioeconômico.
- Não se usa mais o hífen em determinadas palavras que 
perderam a noção de composição: manda-chuva/mandachuva; 
pára-quedas/paraquedas; pára-quedista/paraquedista.
O hífen ainda permanece em palavras compostas desprovidas 
de elemento de ligação, como também naquelas que designam 
espécies botânicas e zoológicas: azul-escuro, bem-te-vi, couve-
flor, guarda-chuva, erva-doce, pimenta-de-cheiro.
- Não se usa mais o hífen em locuções substantivas, adjetivas, 
pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuntivas: fim 
de semana, café com leite, cão de guarda. Exceções: o hífen ainda 
permanece em alguns casos, expressos por: água-de-colônia, água-
de-coco, cor-de-rosa.
- Quando a segunda palavra começar com “r” ou “s”, depois 
de prefixo terminado em vogal, retira-se o hífen e essas consoantes 
são duplicadas: ante-sala/antessala, anti-rugas/antirrugas, anti-
social/antissocial, auto-retrato/autorretrato, extra-sensorial/
extrassensorial, contra-reforma/contrarreforma, supra-renal/
suprarrenal, ultra-secreto/ultrassecreto, ultra-som/ultrassom.
O hífen será mantido quando os prefixos terminarem com “r” 
e o segundo elemento começar pela mesma letra: hiper-requintado, 
inter-regional, super-romântico, super-racista.
A nova regra padroniza algumas exceções já existentes 
antes do acordo, como é o caso de: minissaia, minissubmarino, 
minissérie.
- Não se usa mais o hífen quando o prefixo termina em vogal e 
o segundo elemento começa por consoante diferente de “r” ou “s”: 
anteprojeto, autopeça, contracheque, extraforte, ultramoderno.
- Não se usa mais o hífen quando o prefixo termina em 
consoante e a segunda palavra começa por vogal ou outra 
consoante diferente: hipermercado, hiperacidez, intermunicipal, 
subemprego, superinteressante, superpopulação.
- Não se usa mais o hífen diante do advérbio “mal”, quando a 
segunda palavra começa por consoante: malfalado, malgovernado, 
malpassado, maltratado, malvestido.
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EXERCÍCIOS
1. Observe a ortografia correta das palavras: privilégio; 
disenteria; programa; mortadela; mendigo; beneficente; caderneta; 
problema.
Empregue as palavras acima nas frases: 
a) O.....................teve..............................porque 
comeu...........................estragada. 
b) O superpai protegeu demais seu filho e este lhetrouxe 
um.......................: sua..............................escolar indicou péssimo 
aproveitamento. 
c) A festa.........................teve um bom..........................e, por 
isso, um bom aproveitamento. 
 2. Passe as palavras para o diminutivo: asa; japonês; pai; 
homem; adeus; português; só; anel; 
Beleza; rosa; país; avô; arroz; princesa; café; flor; Oscar; rei; 
bom; casa; lápis; pé. 
 
3. Passe para o plural diminutivo: trem; pé; animal; só; papel; 
jornal; mão; balão; automóvel; pai; cão; mercadoria; farol; rua; 
chapéu; flor. 
 
4. Preencha as lacunas com as seguintes palavras: seção, 
sessão, cessão, comprimento, cumprimento, conserto, concerto 
a) O pequeno jornaleiro foi à.....................do jornal. 
b) Na........................musical os pequenos cantores 
apresentaram-se muito bem. 
c) O......................do jornaleiro é amável. 
d) O........................ das roupas é feito pela mãe do garoto. 
e) O..........................do sapato custou muito caro. 
f) Eu.............................meu amigo com amabilidade. 
g) A.................................de cinema foi um sucesso. 
h) O vestido tem um.................................bom. 
i) Os pequenos violinistas participaram de um.......................... 
. 
 
5. Dê a palavra derivada acrescentando os sufixos ESA ou 
EZA: Portugal; certo; limpo; bonito; pobre; magro; belo; gentil; 
duro; lindo; China; frio; duque; fraco; bravo; grande. 
 
6. Forme substantivos dos adjetivos: honrado; rápido; escasso; 
tímido; estúpido; pálido; ácido; surdo; lúcido; pequeno.
7. Use o H quando for necessário: alucinar; élice, umilde, 
esitar, oje, humano, ora, onra, aver, ontem, êxito, ábil, arpa, 
irônico, orrível, árido, óspede, abitar.
 
8. Complete as lacunas com as seguintes formas verbais: 
Houve e Ouve.
a) O menino ..............muitas recomendações de seu pai. 
b) ..............muita confusão na cabeça do pequeno. 
c) A criança não....................a professora porque não a 
compreende. 
d) Na escola.................festa do Dia do Índio. 
 9. A letra X representa vários sons. Veja: 
• e-X-agero - som de Z 
• au-X-ílio - som de S 
• comple-X-o - som de KS 
Leia atentamente as palavras oralmente: trouxemos, exercícios, 
táxi, executarei, exibir-se, oxigênio, exercer, proximidade, tóxico, 
extensão, existir, experiência, êxito, sexo, auxílio, exame.
Separe as palavras em três seções, conforme o som do X: 
Som de Z: 
Som de KS: 
Som de S:
 
10. Complete com X ou CH: en.....er; dei.....ar; ......eiro; 
le......a; ei.....o; frou.....o; ma.....ucar; .....ocolate; en.....
da; en.....ergar; cai......a; .....iclete; fai......a; .....u......u; 
alsi......a; bai.......a; capri......o; me......erica; ria.......o; 
.....ingar; .......aleira; amei......a; ......eirosos; abaca.....i.
 
11. Complete com MAL ou MAU: 
a) Disseram que Caloca passou.............ontem. 
b) Ele ficou de.................humor após ter agido daquela forma. 
c) O time se considera.................preparado para tal jogo. 
d) Caloca sofria de um....................curável. 
e) O...................é se ter afeiçoado às coisas materiais. 
f) Ele não é um...................sujeito. 
g) Mas o ..........não durou muito tempo. 
 
12. Complete as frases com porque ou por que corretamente: 
a).................. você está chateada? 
b)Cuidar do animal é mais importante......................ele fica 
limpinho. 
c).......................... você não limpou o tapete? 
d) Concordo com papai.......................ele tem razão. 
e).........................precisamos cuidar dos animais de estimação. 
 
13. Preencha as lacunas com 
MAS = PORÉM 
MAIS = INDICA QUANTIDADE 
MÁS = FEMININO DE MAU 
 
a) A mãe e o filho discutiram, ...........não chegaram a um 
acordo. 
b) Você quer..............razões para acreditar em seu pai? 
c) Pessoas..................deveriam fazer reflexões para acreditar 
........... na bondade do que no ódio. 
d) Eu limpo,................depois vou brincar. 
e) O frio não prejudica................o Tico. 
f) Infelizmente Tico morreu, ..............comprarei outro 
cãozinho. 
g) Todas as atitudes .............devem ser perdoadas,...........
jamais ser repetidas, pois, quanto....................se vive,..................
se aprende. 
 
14. Preencha as lacunas com: Trás, atrás e Traz.
 
a)..................... de casa havia um pinheiro. 
b) A poluição.................consigo graves conseqüências. 
c) Amarre-o por................ da árvore. 
d) Não vou............. de comentários bobos.. 
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 15. Preencha as lacunas com: 
HÁ - indica tempo passado 
A - tempo futuro e espaço
 
a) A loja fica....... pouco quilômetros daqui. 
b)................instantes li sobre o Natal. 
c) Eles não vão à loja porque........... mais de dois dias a 
mercadoria acabou. 
d)...............três dias que todos se preparam para a festa do 
Natal. 
e) Esse fato aconteceu ....... muito tempo. 
f) Os alunos da escola dramatizarão a história do Natal daqui 
......oito dias. 
g) Ele estava......... três passos da casa de André. 
h) ........ dois quarteirões existe uma bela árvore de Natal. 
16. Atenção para as palavras: por cima; devagar; depressa; de 
repente; por isso. 
Agora, empregue-as nas frases:
a)....................... uma bola atingiu o cenário e o derrubou. 
b) Bem...........................o povo começou a se retirar. 
c) O rei descobriu a verdade,............................ficou irritado. 
d) Faça sua tarefa........................, para podermos ir ao dentista. 
e) ......................... de sua vestimenta real, o rei usava um 
manto. 
 
17. Use mal ou mau: 
a) Caiu de..................jeito. 
b) Antes só do que ...............acompanhado 
c) Calção..........................feito. 
d) Não leves a .............o que o fiscal disse. 
e) Que fiscal................-educado. 
f) Não lhes dês....................conselho! 
g) Um ....................colega procede................e é ..............
amigo. 
h) O caso está .................... contado. 
i) Ele .................sabe o que o espera. 
j) Pratique o bem e evite o ......................... . 
 
18. -ISAR ou -IZAR? 
Veja: 
aviso - avisar
moderno - modernizar
análise - analisar 
civil - civilizar 
• Usamos ISAR nos verbos cuja palavra primitiva possui S.
Ex. aviso - avisar 
Cuidado: síntese - sintetizar/ catequese - catequizar/ batismo 
- batizar 
• Usamos IZAR no outros casos. 
Forme novas palavras usando ISAR ou IZAR: análise; 
pesquisa; anarquia; canal; civilização; colônia; humano; suave; 
revisão; real; nacional; final; oficial; monopólio; sintonia; central; 
paralisia; aviso. 
 
19. Uso do H. Use o h, quando necessário. ábil, arém, esitar, 
orário, umano; iate; abitar, iato, orrível, erva, ontem, arpa, álito, 
aver, oje, óspede, espanhol, úmido, angar, élice, ora, umildade, 
ombro, umedecer.
 20. Haja ou aja. Use haja ou aja para completar as orações: 
a) ............. com atenção para que não............ muitos erros. 
b) Talvez................ greve; é preciso que................... cuidado 
e atenção. 
c) Desejamos que .................... fraternidade nessa escola. 
d) .............. com docilidade, meu filho! 
 
21. Muito obrigada, eu mesma, eu própria 
• As mulheres devem dizer: muito obrigada, eu mesma, eu 
própria. 
• Os homens devem dizer: muito obrigado, eu mesmo, eu 
próprio. 
Complete corretamente: 
a) Muito................................, meu filho, disse vovó. (obrigado 
- obrigada) 
b) Mamãe, muito.......................... pela paciência que você 
teve com minhas amigas, disse Marina. (obrigado - obrigada) 
c) Eu............................ não sei como resolver o problema. 
(mesmo-mesma) 
d) O garoto disse: - Eu ......................fareios sanduíches. 
(mesmo ou mesma) 
e) Eu............................não sei quando poderei entregar os 
sanduíches. (próprio, própria) 
 
22. A palavra MENOS não deve ser modificada para o 
feminino. 
Veja: 
Naquele instante não tive menos coragem do que antes. 
Complete as frases com a palavra MENOS: 
a) Conheço todos os Estados brasileiros, ................a Bahia. 
b) Todos eram calmos, ....................mamãe. 
c) Quero levar ..............sanduíches do que na semana passada. 
d) Mamãe fazia doces e salgados..................tortas grandes. 
 
23. A GENTE e AGENTE 
a) A gente = nós; o povo, as pessoas. 
Veja: 
Nós vamos à praia este fim de semana. 
A gente vai à praia este final de semana. 
b) Agente = indivíduo encarregado, responsável por 
determinada ação; aquele que age. 
Observação : a expressão agente tem ainda outros 
significados. 
 
Complete as frases com a gente ou agente : 
a) Gosto de ver filmes de ..........................secreto. 
b) ......................... daquela cidade não é hospitaleira. 
c) A dor que.........................sente, quando perde alguém muito 
querido, vai passando com o tempo. 
d) ......................... paranaense é dada, amiga e hospitaleira. 
e) Quando................................. gosta, faz com prazer. 
f) Meu pai é.......................... de viagens da VARIG. 
g) Quero estudar para ser..........................policial, para 
defender o povo. 
 
24. Use por que , por quê , porque e porquê : 
a) ............................ninguém ri agora? 
b) Eis....................... ninguém ri. 
c) Eis os princípios ...........................luto. 
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d) Ela não aprendeu, .........................? 
e) Aproximei-me .....................todos queriam me ouvir. 
f) Você está assustado, ........................? 
g) Eis o motivo............................errei. 
h) Creio que vou melhorar.........................estudei muito. 
i) O.......................... é difícil de ser estudado. 
j) ....................... os índios estão revoltados? 
l) O caminho ...............................viemos era tortuoso. 
 
25. Uso do S e Z. Complete as palavras com S ou Z. A seguir, 
copie as palavras na forma correta: pou....ando; pre....ença; arte.....
anato; escravi.....ar; nature.....a; va.....o; pre.....idente; fa.....er; 
Bra.....il; civili....ação; pre....ente; atra....ados; produ......irem; 
a....a; hori...onte; torrão....inho; fra....e; intru ....o; de....ejamos; 
po....itiva; podero....o; de...envolvido; surpre ....a; va.....io; ca....o; 
coloni...ação.
 
26. Complete com X ou S e copie as palavras com atenção: 
e....trangeiro; e....tensão; e....tranho; e....tender; e....tenso; e....
pontâneo; mi...to; te....te; e....gotar; e....terior; e....ceção; e...
plêndido; te....to; e....pulsar; e....clusivo.
 
27. TÃO POUCO / TAMPOUCO 
 
Complete as frases corretamente: 
a) Eu tive .............................oportunidades! 
b) Tenho.................................. alunos, que cabem todos 
naquela salinha. 
c) Ele não veio; .......................virão seus amigos. 
d) Eu tenho .............................tempo para estudar. 
e) Nunca tive gosto para dançar; ....................para tocar piano. 
f) As pessoas que não amam, ..........................são felizes. 
g)As pessoas têm.....................atitudes de amizade. 
h) O governo daquele país não resolve seus problemas, 
........................... se preocupa em resolvê-los. 
 RESPOSTAS
1. 
a) O mendigo teve disenteria porque comeu mortadela 
estragada. 
b) O superpai protegeu demais seu filho e este lhe trouxe um 
problema: sua caderneta escolar indicou péssimo aproveitamento. 
c) A festa beneficente teve um bom programa e, por isso, um 
bom aproveitamento. 
2. Passe as palavras para o diminutivo: asa: asinha; japonês: 
japonesinho; pai: paizinho; homem: homenzinho; adeus: 
adeusinho; português: portuguesinho; só: sozinho; anel: anelzinho; 
beleza: belezinha; rosa: rosinha; país: paísinho; avô: avozinho; 
arroz: arrozinho; princesa: princesinha; café: cafezinho; flor: 
florzinha; Oscar: Oscarzinho; rei: reizinho; bom: bonzinho; casa: 
casinha; lápis: lapisinho; pé: pezinho
3. Passe para o plural diminutivo: trem: trenzinhos; pé: 
pezinhos; animal: animaizinhos; só: sozinhos; papel: papeizinhos; 
jornal: jornaizinhos; mão: mãozinhas; balão: balõezinhos; 
automóvel: automoveisinhos; pai: paisinhos; cão: cãezinhos; 
mercadoria: mercadoriazinhas; farol: faroisinhos; rua: ruazinhas; 
chapéu: chapeuzinhos; flor: florezinhas.
4. 
a) O pequeno jornaleiro foi à seção do jornal. 
b) Na sessão musical, os pequenos cantores apresentaram-se 
muito bem. 
c) O cumprimento do jornaleiro é amável. 
d) O conserto das roupas é feito pela mãe do garoto. 
e) O conserto do sapato custou muito caro. 
f) Eu cumprimento meu amigo com amabilidade. 
g) A sessão de cinema foi um sucesso. 
h) O vestido tem um comprimento bom. 
i) Os pequenos violinistas participaram de um concerto. 
5. Dê a palavra derivada acrescentando os sufixos ESA ou 
EZA: Portugal: portuguesa; certo: certeza; limpo: limpeza; bonito: 
boniteza; pobre: pobreza; magro: magreza; belo: beleza; gentil: 
gentileza; duro: dureza; lindo: lindeza; China: Chinesa; frio: 
frieza; duque: duquesa; fraco: fraqueza; bravo: braveza; grande: 
grandeza.
6. Forme substantivos dos adjetivos: honrado: honradez; 
rápido: rapidez; escasso: escassez; tímido: timidez; estúpido: 
estupidez; pálido: palidez; ácido: acidez; surdo: surdez; lúcido: 
lucidez; pequeno: pequenez.
7. Use o H quando for necessário: alucinar, ontem, Hélice, 
êxito, Humilde, Hábil, Hesitar, Harpa, Hoje, irônico, Humano, 
Horrível, Hora, árido, Honra, Hóspede, Haver, Habitar. 
8. 
a) O menino ouve muitas recomendações de seu pai. 
b) Houve muita confusão na cabeça do pequeno.
c) A criança não ouve a professora porque não a compreende.
d) Na escola, houve festa do Dia do Índio. 
9.
Som de Z: exercícios, executarei, exibir-se, exercer, existir, 
êxito e exame.
Som de KS: táxi, oxigênio, tóxico e sexo.
Som de S: trouxemos, proximidade, extensão, experiência e 
auxílio.
10. Complete com X ou CH: encher, deixar, cheiro, 
flecha, eixo, frouxo, machucar, chocolate, enxada, enxergar, 
caixa, chiclete, faixa, chuchu, salsicha, baixa, capricho, 
mexerica, riacho, xingar, chaleira, ameixa, cheirosos, abacaxi. 
11.
a) Disseram que Caloca passou mal ontem. 
b) Ele ficou de mau humor após ter agido daquela forma. 
c) O time se considera mal preparado para tal jogo. 
d) Caloca sofria de um mal curável. 
e) O mal é se ter afeiçoado às coisas materiais. 
f) Ele não é um mau sujeito.
g) Mas o mal não durou muito tempo. 
12. 
a) Por que você está chateada? 
b) Cuidar do animal é mais importante porque ele fica 
limpinho. 
c) Por que você não limpou o tapete?
d) Concordo com papai porque ele tem razão. 
e) Porque precisamos cuidar dos animais de estimação. 
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
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13. 
a) A mãe e o filho discutiram, mas não chegaram a um acordo. 
b) Você quer mais razões para acreditar em seu pai?
c) Pessoas más deveriam fazer reflexões para acreditar mais 
na bondade do que no ódio.
d) Eu limpo, mas depois vou brincar. 
e) O frio não prejudica mais o Tico. 
f) Infelizmente Tico morreu, mas comprarei outro cãozinho. 
g) Todas as atitudes más devem ser perdoadas, mas jamais ser 
repetidas, pois, quanto mais se vive, mais se aprende. 
14. 
a) Atrás de casa havia um pinheiro. 
b) A poluição traz consigo graves conseqüências. 
c) Amarre-o por trás da árvore. 
d) Não vou atrás de comentários bobos.. 
15. 
a) A loja fica a poucos quilômetros daqui. 
b) Há instantes li sobre o Natal.
c) Eles não vão à loja porque há mais de dois dias a mercadoria 
acabou.d) Há três dias que todos se preparam para a festa do Natal. 
e) Esse fato aconteceu há muito tempo. 
f) Os alunos da escola dramatizarão a história do Natal daqui 
a oito dias. 
g) Ele estava a três passos da casa de André. 
h) A dois quarteirões existe uma bela árvore de Natal. 
16. 
a) De repente uma bola atingiu o cenário e o derrubou. 
b) Bem devagar o povo começou a se retirar. 
c) O rei descobriu a verdade, por isso ficou irritado. 
d) Faça sua tarefa depressa, para podermos ir ao dentista. 
e) Por cima de sua vestimenta real, o rei usava um manto. 
17.
a) Caiu de mau jeito. 
b) Antes só do que mal acompanhado 
c) Calção mal feito.
d) Não leves a mal o que o fiscal disse. 
e) Que fiscal mal-educado.
f) Não lhes dês maus conselhos! 
g) Um mau colega procede mal e é mau amigo. 
h) O caso está mal contado. 
i) Ele mal sabe o que o espera.
j) Pratique o bem e evite o mal. 
18. Forme novas palavras usando ISAR ou IZAR: análise: 
analisar; pesquisa:pesquisar; anarquia: anarquizar; canal: 
canalizar; civilização: civilizar; colônia: colonizar; humano: 
humanizar; suave: suavizar; revisão: revisar; real: realizar; 
nacional: nacionalizar; final: finalizar; oficial: oficializar; 
monopólio: monopolizar; sintonia: sintonizar; central: centralizar; 
paralisia: paralisar; aviso: avisar.
19. Use o h, quando necessário: Hábil, Hálito, Harém, Haver, 
Hesitar, Hoje, Horário, Hóspede, Humano, Espanhol, Iate, Úmido, 
Habitar, Hangar, Hiato, Hélice, Horrível, Hora, Erva, Humildade, 
Ontem, Ombro, Harpa, Umedecer.
20. 
a) Aja com atenção para que não haja muitos erros. 
b) Talvez haja greve; é preciso que aja com cuidado e atenção. 
c) Desejamos que haja fraternidade nessa escola. 
d) Aja com docilidade, meu filho! 
21. 
a) Muito obrigada, meu filho, disse vovó. (obrigado - obrigada) 
b) Mamãe, muito obrigada pela paciência que você teve com 
minhas amigas, disse Marina. (obrigado - obrigada)
c) Eu mesma não sei como resolver o problema. (mesmo-
mesma)
d) O garoto disse: - Eu mesmo farei os sanduíches. (mesmo 
ou mesma) 
e) Eu própria não sei quando poderei entregar os sanduíches. 
(próprio, própria) - Obs.: de acordo com o gênero da pessoa que 
estiver fazendo o exercício.
22. 
a) Conheço todos os Estados brasileiros, menos a Bahia. 
b) Todos eram calmos, menos mamãe.
c) Quero levar menos sanduíches do que na semana passada. 
d) Mamãe fazia doces e salgados menos tortas grandes. 
23. 
a) Gosto de ver filmes de agente secreto. 
b) A gente daquela cidade não é hospitaleira. 
c) A dor que a gente sente, quando perde alguém muito 
querido, vai passando com o tempo. 
d) A gente paranaense é dada, amiga e hospitaleira. 
e) Quando a gente gosta, faz com prazer. 
f) Meu pai é agente de viagens da VARIG. 
g) Quero estudar para ser agente policial, para defender o 
povo. 
24. Use por que , por quê , porque e porquê : 
a) Por que ninguém ri agora? 
b) Eis por que ninguém ri.
c) Eis os princípios por que luto. 
d) Ela não aprendeu, por quê? 
e) Aproximei-me porque todos queriam me ouvir. 
f) Você está assustado, por quê? 
g) Eis o motivo por que errei. 
h) Creio que vou melhorar porque estudei muito. 
i) O porquê é difícil de ser estudado. 
j) Por que os índios estão revoltados? 
l) O caminho por que viemos era tortuoso. 
25. Pousando: Pousando; Presença: Presença; Artesanato: 
Artesanato; Escravizar: Escravizar; Natureza: Natureza; Vaso: 
Vaso; Presidente: Presidente; Fazer: Fazer; Brasil: Brasil; 
Civilização: Civilização; Presente: Presente; Atrasados: Atrasados; 
Produzirem: Produzirem; Asa: Asa; Horizonte: Horizonte; 
Torrãozinho: Torrãozinho; Frase: Frase; Intruso: Intruso; 
Desejamos: Desejamos; Positiva: Positiva; Poderoso: Poderoso; 
Desenvolvido: Desenvolvido; Surpresa: Surpresa; Vazio: Vazio; 
Caso: Caso; Colonização: Colonização.
26. Estrangeiro: estrangeiro; Extensão: extensão; Estranho: 
estranho; Estender: estender; Extenso: extenso; Espontâneo: 
Espontâneo; Misto: Misto; Teste: Teste; Esgotar: Esgotar; 
Exterior: Exterior; Exceção: Exceção; Esplêndido: Esplêndido; 
Texto: Texto; Expulsar: Expulsar; Exclusivo: Exclusivo.
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
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27. 
a) Eu tive tão poucas oportunidades! 
b) Tenho tão poucos alunos, que cabem todos naquela salinha.
c) Ele não veio; tampouco virão seus amigos. 
d) Eu tenho tão pouco tempo para estudar. 
e) Nunca tive gosto para dançar; tampouco para tocar piano.
f) As pessoas que não amam, tampouco são felizes. 
g) As pessoas têm tão poucas atitudes de amizade. 
h) O governo daquele país não resolve seus problemas, 
tampouco se preocupa em resolvê-los.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Tonicidade
Num vocábulo de duas ou mais sílabas, há, em geral, uma que 
se destaca por ser proferida com mais intensidade que as outras: 
é a sílaba tônica. Nela recai o acento tônico, também chamado 
acento de intensidade ou prosódico. Exemplos: café, janela, 
médico, estômago, colecionador.
O acento tônico é um fato fonético e não deve ser confundido 
com o acento gráfico (agudo ou circunflexo) que às vezes o assinala. 
A sílaba tônica nem sempre é acentuada graficamente. Exemplo: 
cedo, flores, bote, pessoa, senhor, caju, tatus, siri, abacaxis.
As sílabas que não são tônicas chamam-se átonas (=fracas), 
e podem ser pretônicas ou postônicas, conforme estejam antes 
ou depois da sílaba tônica. Exemplo: montanha, facilmente, 
heroizinho.
De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos com 
mais de uma sílaba classificam-se em:
Oxítonos: quando a sílaba tônica é a última: café, rapaz, 
escritor, maracujá.
Paroxítonos: quando a sílaba tônica é a penúltima: mesa, 
lápis, montanha, imensidade.
Proparoxítonos: quando a sílaba tônica é a antepenúltima: 
árvore, quilômetro, México.
Os monossílabos, conforme a intensidade com que se 
proferem, podem ser tônicos ou átonos.
Monossílabos tônicos são os que têm autonomia fonética, 
sendo proferidos fortemente na frase em que aparecem: é, má, si, 
dó, nó, eu, tu, nós, ré, pôr, etc.
Monossílabos átonos são os que não têm autonomia fonética, 
sendo proferidos fracamente, como se fossem sílabas átonas do 
vocábulo a que se apóiam. São palavras vazias de sentido como 
artigos, pronomes oblíquos, elementos de ligação, preposições, 
conjunções: o, a, os, as, um, uns, me, te, se, lhe, nos, de, em, e, que.
Acentuação dos Vocábulos Proparoxítonos
Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados na vogal 
tônica:
•	 Com acento agudo se a vogal tônica for i, u ou a, e, o 
abertos: xícara, úmido, queríamos, lágrima, término, déssemos, 
lógico, binóculo, colocássemos, inúmeros, polígono, etc.
•	 Com acento circunflexo se a vogal tônica for fechada 
ou nasal: lâmpada, pêssego, esplêndido, pêndulo, lêssemos, 
estômago, sôfrego, fôssemos, quilômetro, sonâmbulo etc.
•	 Acentuam-se também os vocábulos que terminam 
por encontro vocálico e que podem ser pronunciados como 
proparoxítonos: área, conterrâneo, errôneo, enxáguam, etc.
Acentuação dos Vocábulos Paroxítonos
Acentuam-se com acento adequado os vocábulos paroxítonos 
terminados em:
•	 ditongo crescente, seguido, ou não, de s: sábio, róseo, 
planície, nódua, Márcio, régua, árdua, espontâneo, etc.
•	 i, is, us, um, uns: táxi, lápis, bônus, álbum, álbuns, jóquei, 
vôlei, fáceis, etc.
•	 l, n, r, x, ons, ps: fácil, hífen, dólar, látex, elétrons, 
fórceps, etc.
•	 ã, ãs, ão, ãos, guam, güem: ímã, ímãs, órgão, bênçãos, 
enxáguam, enxágüem, etc.
Não se acentuam os vocábulos paroxítonos terminados em 
ens: imagens, edens, itens, jovens, nuvens, etc.
Não se acentuam os prefixos anti, semi e super, por serem 
considerados elementos átonos: semi-selvagem, super-homem, 
anti-rábico.
Não se acentua um paroxítono só porque sua vogal tônica é 
aberta ou fechada. Descabido seria o acento gráfico, por exemplo, 
em cedo, este, espelho,aparelho, cela, janela, socorro, pessoa, 
dores, flores, solo, esforços.
Acentuação dos Vocábulos Oxítonos
Acentuam-se com acento adequado os vocábulos oxítonos 
terminados em:
•	 a, e, o,seguidos ou não de s: xará, serás, pajé, freguês, 
vovô, avós, etc. Seguem esta regra os infinitivos seguidos de 
pronome: cortá-los, vendê-los, compô-lo, etc.
•	 em, ens: ninguém, armazéns, ele contém, tu conténs, ele 
convém, ele mantém, eles mantêm, ele intervém, eles intervêm, 
etc.
•	 a 3ª pessoa do presente do indicativo dos verbos 
derivados de ter e vir leva acento circunflexo: eles contêm, detêm, 
obtêm, sobrevêm, etc
•	 éis, éu(s), ói(s): fiéis, chapéu, herói.
Não devem ser acentuados os oxítonos terminados em i(s), 
u(s): aqui, juriti, juritis, saci, bambu, zebu, puni-los, reduzi-los, 
etc.
Acentuação dos Monossílabos
Acentuam-se os monossílabos tônicos:
•	 a, e, o, seguidos ou não de s: há, pá, pé, mês, nó, pôs, etc.
•	 que encerram os ditongos abertos éi, éu, ói: véu, véus, 
dói, réis, sóis, etc.
•	 acentuam-se os verbos pôr, têm (plural) e vêm (plural) 
porque existem os homógrafos por (preposição átona), tem 
(singular) e vem (singular): Eles têm autoridade: vêm pôr ordem 
na cidade.
Não se acentuam os monossílabos tônicos com outras 
terminações: ri, bis, ver, sol, pus, mau, Zeus, dor, flor, etc.
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
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Acentuação dos Ditongos
Acentuam-se a vogal dos ditongos abertos éi, éu, ói, quando 
tônicos: papéis, idéia, estréio, estréiam, chapéu, céus, herói, 
Niterói, jibóia, sóis, anzóis, tireóide, destrói, eu apóio, eles apóiam, 
etc.
Estes ditongos não se acentuam quando fechados: areia, 
ateu, joio, tamoio, o apoio, etc; e quando subtônicos: ideiazinha, 
chapeuzinho, heroizinho, tireodite, heroicamente, etc.
Não se acentua a vogal tônica dos ditongos iu e ui, quando 
precedida de vogal: saiu, atraiu, contraiu, contribuiu, distribuiu, 
pauis, etc.
Segundo as novas regras os ditongos abertos “éi” e “ói” 
não serão mais acentuados em palavras paroxítonas: assembléia, 
platéia, idéia, colméia, boléia, Coréia, bóia, paranóia, jibóia, 
apóio, heróico, paranóico, etc. Ficando: Assembleia, plateia, ideia, 
colmeia, boleia, Coreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, 
paranoico, etc.
Nos ditongos abertos de palavras oxítonas terminadas em 
éi, éu e ói e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, 
anéis, papéis, troféu, céu, chapéu.
Acentuação dos Hiatos
A razão do acento gráfico é indicar hiato, impedir a ditongação. 
Compare: caí e cai, doído e doido, fluído e fluido.
Acentuam-se em regra, o /i/ e o /u/ tônicos em hiato com vogal 
ou ditongo anterior, formando sílabas sozinhos ou com s: saída (sa-
í-da), saúde (sa-ú-de), feiúra (fei-ú-ra), faísca, caíra, saíra, egoísta, 
heroína, caí, Xuí, Luís, uísque, balaústre, juízo, país, cafeína, 
baú, baús, Grajaú, saímos, eletroímã, reúne, construía, proíbem, 
Bocaiúva, influí, destruí-lo, instruí-la, etc.
Não se acentua o /i/ e o /u/ seguidos de nh: rainha, fuinha, 
moinho, lagoinha, etc; e quando formam sílaba com letra que não 
seja s: cair (ca-ir), sairmos, saindo, juiz, ainda, diurno, Raul, ruim, 
cauim, amendoim, saiu, contribuiu, instruiu, etc.
Coloca-se acento circunflexo na primeira vogal dos hiatos ôo 
e êe, quando tônica: vôo, vôos, enjôo, abençôo, abotôo, crêem, 
dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, prevêem, provêem, etc.
Escreveremos sem acento: Saara, caolho, aorta, semeemos, 
semeeis, mandriice, vadiice, lagoa, boa, abotoa, Mooca, moeda, 
poeta, meeiro, voe, perdoe, abençoe, etc.
Segundo as novas regras da Língua Portuguesa de 01/01/2009 
não se acentuarão mais o “i” e “u” tônicos formando hiato quando 
vierem depois de ditongo: baiúca, boiúna, feiúra, feiúme, bocaiúva, 
etc. Ficarão: baiuca, boiuna, feiura, feiume, bocaiuva, etc.
Se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem em posição 
final o acento permanece: tuiuiú, Piauí. Nos demais “i” e “u” 
tônicos, formando hiato, o acento continua. Exemplo: saúde, 
saída, gaúcho.
Os hiatos “ôo” e “êe” não serão mais acentuados: enjôo, 
vôo, perdôo, abençôo, povôo, crêem, dêem, lêem, vêem, relêem. 
Ficarão: enjoo, voo, perdoo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, 
veem, releem.
Acentuação dos Grupos gue, gui, que, qui
Coloca-se acento agudo sobre o “u” desses grupos, quando 
é proferido e tônico: averigúe, averigúeis, averigúem, apazigúe, 
apazigúem, obliqúe, obliqúes, argúis, argúi, argúem, etc.
Quando átono, o referido “u” receberá trema: agüentar, argüir, 
argüia, freqüente, delinqüência, tranqüilo, cinqüenta, enxagüei, 
pingüim, seqüestro, etc.
Segundo o decreto de modificação e regulamentação do 
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, não existe mais o 
trema em língua portuguesa, apenas em casos de nomes próprios 
e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano, etc. Ficarão: 
aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, 
frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, 
tranquilo, linguiça.
Acento Diferencial
Emprega-se o acento diferencial (que pode ser circunflexo 
ou agudo) como sinal distintivo de vocábulos homógrafos, nos 
seguintes casos:
•	 pôde (pretérito perfeito do indicativo) para diferenciá-la 
de pode (presente do indicativo);
•	 côa(s) (do verbo coar) - para diferenciar de coa, coas 
(com + a, com + as);
•	 pára (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do 
verbo parar) - para diferenciar de para (preposição); 
•	 péla, pélas (do verbo pelar) e em péla (jogo) - para 
diferenciar de pela, pelas (combinação da antiga preposição per 
com os artigos ou pronomes a, as);
•	 pêlo, pêlos (substantivo) e pélo (v. pelar) - para 
diferenciar de pelo, pelos (combinação da antiga preposição per 
com os artigos o, os);
•	 péra (substantivo - pedra) - para diferenciar de pera 
(forma arcaica de para - preposição);
•	 pêra (substantivo) para diferenciar de pera (forma 
arcaica de para - preposição);
•	 pólo, pólos (substantivo) - para diferenciar de polo, 
polos (combinação popular regional de por com os artigos o, os);
•	 pôlo, pôlos (substantivo - gavião ou falcão com menos 
de um ano) - para diferenciar de polo, polos (combinação popular 
regional de por com os artigos o, os);
•	 pôr (verbo) - para diferenciar de por (preposição).
Segundo as novas regras da Língua Portuguesa de 01/01/2009 
não existirá mais o acento diferencial em palavras homônimas 
(grafia igual, som e sentido diferentes) como: pára/para, péla/pela, 
pêlo/pelo, pêra/pera, pólo/polo, etc. Ficarão: para, pela, pelo, pera, 
polo, etc.
O acento diferencial ainda permanece no verbo poder (pôde, 
quando usado no passado) e no verbo pôr (para diferenciar da 
preposição por). É facultativo o uso do acento circunflexo para 
diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do 
acento deixa a frase mais clara. Exemplo: Qual é a forma da fôrma 
do bolo?
Emprego do Til
O til sobrepõe-se às letras “a” e “o” para indicar vogal nasal. 
Pode figurar em sílaba: tônica: maçã, cãibra, perdão, barões, põe, 
etc; pretônica: ramãzeira, balõezinhos, grã-fino, cristãmente, etc; 
e átona: órfãs, órgãos, bênçãos, etc.
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
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Resumo: de acordo com as Novas Regras
Proparoxítonas
Quando acentuar: Sempre.
Como eram: simpática, lúcido, sólido, cômodo.
Como ficaram: Continua tudo igual ao que era antes da 
nova ortografia: Pode-se usar acento agudo ou circunflexo de 
acordo com a pronúncia da região: acadêmico, fenômeno (Brasil); 
académico, fenómeno (Portugal).
Paroxítonas
Quando acentuar: Se terminadas em: R, X, N, L, I, IS, UM, 
UNS, US, PS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS; ditongo oral, seguido ou não de S.
Como eram: fácil, táxi, tênis, hífen, próton, álbum(ns), vírus, 
caráter, látex, bíceps, ímã, órfãs,bênção, órfãos, cárie, árduos, 
pólen, éden.
Como ficaram: Continua tudo igual. Observe: 1) 
Terminadas em ENS não levam acento: hifens, polens. 2) Usa-
se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de 
pronúncia: sêmen, fêmur (Brasil) ou sêmen, fémur (Portugal). 3) 
Não usa acento nos prefixo paroxítonos que terminam em R nem 
nos que terminam em I: inter-helênico, super-homem, anti-herói, 
semi-internato.
Oxítonas
Quando acentuar: Se terminadas em: A, AS, E, ES, O, OS, 
EM, ENS. 
Como eram: vatapá, igarapé, avô, avós, refém, parabéns. 
Como ficaram: Continua tudo igual. Observe: 1) terminadas 
em I, IS, U, US não levam acento: tatu, Morumbi, abacaxi. 2) Usa-
se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de 
pronúncia: bebê, purê (Brasil); bebé, puré (Portugal).
Monossílabos Tônicos
Quando acentuar: terminados em A, AS, E, ES, O,OS.
Como eram: vá, pás, pé, mês, pó, pôs.
Como ficaram: Continua tudo igual. Atente para os acentos 
nos verbos com formas oxítonas: adorá-lo, debatê-lo, etc.
Í e Ú em palavras Oxítonas e Paroxítonas
Quando acentuar: Í e Ú levam acento se estiverem sozinhos 
na sílaba (hiato).
Como eram: saída, saúde, miúdo, aí, Araújo, Esaú, Luís, Itaú, 
baús, Piauí.
Como ficaram: 1) Se o i e u forem seguidos de s, a 
regra se mantém: balaústre, egoísmo, baús, jacuís. 2) Não se 
acentuam i e u se depois vier ‘nh’: rainha, tainha, moinho. 
3) Esta regra é nova: nas paroxítonas, o i e u não serão mais 
acentuados se vierem depois de um ditongo: baiuca, bocaiuva, 
feiura, maoista, saiinha (saia pequena), cheiinho (cheio). 
4) Mas, se, nas oxítonas, mesmo com ditongo, o i e u estiverem no 
final, haverá acento: tuiuiú, Piauí, teiú.
Ditongos Abertos em palavras Paroxítonas
Quando acentuar: EI, OI.
Como eram: idéia, colméia, bóia.
Como ficaram: Esta regra desapareceu (para palavras 
paroxítonas). Escreve-se agora: ideia, colmeia, celuloide, boia. 
Observe: há casos em que a palavra se enquadrará em outra regra 
de acentuação. Por exemplo: contêiner, Méier, destróier serão 
acentuados porque terminam em R.
Ditongos Abertos em Palavras Oxítonas
Quando acentuar: ÉIS, ÉU(S), ÓI(S).
Como eram: papéis, herói, heróis, troféu, céu, mói (moer).
Como ficaram: Continua tudo igual (mas, cuidado: somente 
para palavras oxítonas com uma ou mais sílabas).
Verbos Arguir e Redarguir (agora sem trema)
Quando acentuar: arguir e redarguir usavam acento agudo 
em algumas pessoas do indicativo, do subjuntivo e do imperativo 
afirmativo.
Como ficaram: Esta regra desapareceu. Os verbos arguir e 
redarguir perderam o acento agudo em várias formas (rizotônicas): 
eu arguo (fale: ar-gú-o, mas não acentue); ele argui (fale: ar-gúi), 
mas não acentue.
Verbos terminados em guar, quar e quir
Quando acentuar: aguar, enxaguar, averiguar, apaziguar, 
delinquir, obliquar usavam acento agudo em algumas pessoas do 
indicativo, do subjuntivo e do imperativo afirmativo. 
Como ficaram: Esta regra sofreu alteração. Observe: 
Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando a 
ou i tônicos, aí acentuamos estas vogais: eu águo, eles águam 
e enxáguam a roupa (a tônico); eu delínquo, eles delínquem 
(í tônico); tu apazíguas as brigas; apazíguem os grevistas. Se a 
tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado: Eu 
averiguo (diga averi-gú-o, mas não acentue) o caso; eu aguo a 
planta (diga a-gú-o, mas não acentue).
ôo, ee
Quando acentuar: vôo, zôo, enjôo, vêem.
Como ficaram: Esta regra desapareceu. Agora se escreve: 
zoo, perdoo veem, magoo, voo.
Verbos Ter e Vir
Quando acentuar: na terceira pessoa do plural do presente 
do indicativo. 
Como eram: eles têm, eles vêm.
Como ficaram: Continua tudo igual. Ele vem aqui; eles vêm 
aqui. Eles têm sede; ela tem sede.
Derivados de Ter e Vir (obter, manter, intervir)
Quando acentuar: na terceira pessoa do singular leva acento 
agudo; na terceira pessoa do plural do presente levam circunflexo.
Como eram: ele obtém, detém, mantém; eles obtêm, detêm, 
mantêm.
Como ficaram: Continua tudo igual.
Acento Diferencial
Como ficaram: Esta regra desapareceu, exceto para os 
verbos: PODER (diferença entre passado e presente. Ele não 
pôde ir ontem, mas pode ir hoje. PÔR (diferença com a preposição 
por): Vamos por um caminho novo, então vamos pôr casacos; 
TER e VIR e seus compostos (ver acima). Observe: 1) Perdem 
o acento as palavras compostas com o verbo PARAR: Para-raios, 
para-choque. 2) FÔRMA (de bolo): O acento será opcional; se 
possível, deve-se evitá-lo: Eis aqui a forma para pudim, cuja forma 
de pagamento é parcelada.
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Trema (O trema não é acento gráfico.)
Como ficaram: Desapareceu o trema sobre o U em todas 
as palavras do português: Linguiça, averiguei, delinquente, 
tranquilo, linguístico. Exceto as de língua estrangeira: Günter, 
Gisele Bündchen, müleriano.
EXERCÍCIOS
01 - (UFES) O acento gráfico de “três” justifica-se por ser o 
vocábulo:
a) Monossílabo átono terminado em ES. 
b) Oxítono terminado em ES 
c) Monossílabo tônico terminado em S
d) Oxítono terminado em S 
e) Monossílabo tônico terminado em ES 
02 - (UFES) Coloca-se trema sobre o “U” átono (pronunciando), 
como no vocábulo UNGÜENTO, sempre que estiver.
a) no grupo “gu” seguido de “E” nasal. 
b) No grupo “gu” ou “qu” seguido de E, I, A 
c) O grupo “gu” seguido de “E” ou “I”.
d) Precedido de “g “ou “q “seguido de “E” ou “I”
e) Nos grupos de “gu” e “qu”
03 - (UFES) Se o vocábulo CONCLUIU não tem acento 
gráfico, tal não acontece com uma das seguinte formas do verbo 
CONCLUIR: 
a) concluia 
b) concluirmos 
c) concluem 
d) concluindo 
e) concluas
04 - (Med./Itajubá) Nenhum vocábulo deve receber acento 
gráfico, exceto:
a) sururu 
b) peteca
c) bainha 
d) mosaico 
e) beriberi
05 - (Med./ Itajubá) Todos os vocábulos devem ser acentuados 
graficamente, exceto:
a) xadrez
b) faisca 
c) reporter 
d) oasis
e) proteina
06) (UFES) Assinale a opção em que o par de vocábulos não 
obedece à mesma regra de acentuação gráfica.
a) sofismático/ insondáveis 
b) automóvel/fácil
c) tá/já 
d) água/raciocínio 
e) alguém/comvém 
07) (Med/Itajubá) Os dois vocábulos de cada item devem ser 
acentuado graficamente, exceto:
a) herbivoro-ridiculo 
b) logaritmo-urubu 
c) miudo-sacrificio 
d) carnauba-germem 
e) Biblia-hieroglifo
08) (PUC-Campinas) Assinale a alternativa de vocábulo 
corretamente acentuado:
a) hífen 
b) ítem 
c) rúbrica 
d) rítmo 
e) nidia 
09 - (RJ) “Andavam devagar, olhando para trás... (J.A. de 
Almeida-Américo A. Bagaceira)
Assinale o item em que nem todas as palavras são acentuadas 
pelo mesmo motivo da palavra grifada no texto.
a) Más – vês 
b) Mês – pás 
c) Vós – Brás 
d) Pés – atrás 
e) Dês – pés 
10) (RJ) Assinale o item em que há dois vocábulos acentuados 
inadequadamente.
a) fôste – íris 
b) estrêla – lângüido 
c) íris – lângüido 
d) fôste – estrêla 
e) hifens – mágoa 
11) (RJ) “Como ele não vem ao seu encontro, ela pára” 
(Autran Dourado)
O vocábulo grifado leva acento agudo porque:
a) Há necessidade de diferençá-lo de outro vocábulo, pela 
tonicidade. 
b) É um vocábulo paroxítono terminado em-a; 
c) É um vocábulo oxítono terminado em-a; 
d) Há necessidade de diferençá-lo; 
e) É um vocábulo erudito. 
12 - (Mackenzie) Indique a única alternativa em que nenhuma 
palavra é acentuada graficamente:
a) lapis, canoa, abacaxi, jovens, 
b) ruim, sozinho, aquele, traiu 
c) saudade, onix, grau, orquidea 
d) flores, açucar, album, virus, 
e) voo, legua, assim, tenis 
13 - Marque o item em que o “i” e o “u” em hiato devem ser 
acentuados em todas as palavras.
a) Jesuita, juizo, juiz, faisca, juizes,
b) Sairam, caires, cairam, caistes, sairdes 
c) Balaustre, reuno, reunem, saude, bau 
d) “a “e “b” todas aspalavras são acentuadas 
e) “b” e “c” todas as palavras são acentuadas
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14 - Nas alternativas, a acentuação gráfica está correta em 
todas as palavras, exceto:
a) jesuíta, caráter 
b) viúvo, sótão 
c) baínha, raíz
d) Ângela, espádua 
e) gráfico, flúor 
15 - (F. C. chagas – RJ) Até ........ momento, ........ se 
lembrava de que o antiquário tinha o ......... que procurávamos. 
a) Aquêle-ninguém-baú 
b) Aquêle-ninguém-bau 
c) Aquêle-ninguem-baú 
d) Aquele-ninguém-baú 
e) Aquéle-ninguém-bau
RESPOSTAS
(1-E) (2-D) (3-A) (4-E) (5-A) (6-A) (7-B) (8-A) (9-D) (10-D) 
(11-A) (12-B) (13-C) (14-C) (15-D)
EMPREGO DAS CLASSES DE 
PALAVRAS
ARTIGO
“O orvalho vem caindo
Vai molhar o meu chapéu
E também vão sumindo
As estrelas lá no céu
Tenho passado tão mal
A minha cama é uma folha de papel” (Noel Rosa e Kid 
Pepe)
Artigo é a palavra que acompanha o substantivo, indicando-
lhe o gênero e o número, determinando-o ou generalizando-o. Os 
artigos podem ser:
- definidos: o, a, os, as; determinam os substantivos, trata de 
um ser juá conhecido; denota familiaridade: “A grande reforma do 
ensino superior é a reforma do ensino fundamental e do médio.” 
(Veja – maio de 2005)
- indefinidos: um, uma, uns, umas; estes; trata-se de um ser 
desconhecido, dá ao substantivo valor vago: “...foi chegando um 
caboclinho magro, com uma taquara na mão.” (A. Lima)
Emprego do Artigo
1- Usa-se o artigo definido:
– com a palavra ambos: falou-nos que ambos os culpados 
foram punidos.
– com nomes próprios geográficos de estado, pais, oceano, 
montanha, rio, lago: o Brasil, o rio Amazonas, a Argentina, o 
oceano Pacífico, a Suíça, o Pará, a Bahia. / Conheço o Canadá mas 
não conheço Brasília.
– com nome de cidade se vier qualificada: Fomos à histórica 
Ouro Preto.
– depois de todos/todas + numeral + substantivo: Todos os 
vinte atletas participarão do campeonato.
– com toda a/todo o, a expressão que vale como totalidade, 
inteira. Toda cidade será enfeitada para as comemorações de 
aniversario.
Atenção: sem o artigo, o pronome todo/toda vale como 
qualquer. Toda cidade será enfeitada para as comemorações de 
aniversário. (qualquer cidade)
– com o superlativo relativo: Mariane escolheu as mais lindas 
flores da floricultura.
– com a palavra outro, com sentido determinado: Marcelo tem 
dois amigos: Rui é alto e lindo, o outro é atlético e simpático.
– antes dos nomes das quatro estações do ano: Depois da 
primavera vem o verão.
– com expressões de peso e medida: O álcool custa um real o 
litro. (=cada litro)
2- Não se usa o artigo definido:
– antes de pronomes de tratamento iniciados por possessivos:
Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Vossa Majestade, Vossa 
Alteza.
Vossa Alteza estará presente ao debate? 
“Nosso Senhor tinha o olhar em pranto / Chorava Nossa 
Senhora.”
– antes de nomes de meses:
O campeonato aconteceu em maio de 2002. MAS:
O campeonato aconteceu no inesquecível maio de 2002. 
(modificado)
– alguns nomes de países, como Espanha, França, Inglaterra, 
Itália podem ser construídos sem o artigo, principalmente quando 
regidos de preposição.
“Viveu muito tempo em Espanha.” / “Pelas estradas líricas de 
França.”
Mas: Sônia Salim, minha amiga, visitou a bela Veneza. 
(modificado)
– antes de todos / todas + numeral: Eles são, todos quatro, 
amigos de João Luís e Laurinha. MAS: Todos os três irmãos eu vi 
nascer. (o substantivo está claro)
– antes de palavras que designam matéria de estudo, 
empregadas com os verbos: aprender, estudar, cursar, ensinar: 
Estudo Inglês e Cristiane estuda Francês.
3- O uso do artigo é facultativo:
– antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetência é 
irritante.
– antes de nomes próprios de pessoas: Você já visitou Luciana 
/ a Luciana?
– “Daqui para a frente, tudo vai ser diferente.” (para a frente: 
exige a preposição)
4- Formas combinadas do artigo definido: Preposição + o = 
ao / de + o,a = do, da / em + o, a = no, na / por + o, a = pelo, pela.
5- Usa-se o artigo indefinido:
– para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns 
oito anos / Não o vejo há uns meses.
– antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em pares: 
Usava umas calças largas e umas botas longas.
– em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela é 
uma meiguice só. / 
– para comparar alguém com um personagem célebre: Luís 
August é um Rui Barbosa.
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6- O artigo indefinido não é usado:
– em expressões de quantidade: pessoa, porção, parte, gente, 
quantidade: Reservou para todos boa parte do lucro.
– com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente: Não há 
suficiente espaço para todos.
– com substantivo que denota espécie: Cão que ladra não 
morde.
7- Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e 
em + um, uma = num, numa, dum, duma.
Atenção: o artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra 
transforma-a em substantivo. O ato literário é o conjunto do ler 
e do escrever.
SUBSTANTIVO
Lições Opostas
A professora ensinava:
substantivo abstrato é o que existe
mas nós não vemos.
Exemplificava:
penúria, angústia,
dor, fome, tristeza, miséria,
Tudo é substantivo abstrato.
Hoje, com a minha experiência,
eu lhe responderia:
¾ Então, professora,
na favela não existe
substantivo abstrato. (Marilita Pozzoli)
Substantivo é a palavra que dá nomes aos seres. Inclui os 
nomes de pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual 
ou mitológica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, passarinho, 
abraço, quadro, universidade, saudade, amor, respeito, criança.
Os substantivos exercem, na frase, as funções de: sujeito, 
predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento 
nominal, adjunto adverbial, agente da passiva, aposto e vocativo.
Os substantivos classificam-se em:
Comuns - nomeiam os seres da mesma espécie: menina, 
piano, estrela, rio, animal, árvore.
Próprios - referem-se a um ser em particular: Brasil, América 
do Norte, Deus, Paulo, Lucélia.
Concretos - são aqueles que têm existência própria; são 
independentes; reais ou imaginários: mãe, mar, água, anjo, mulher, 
alma, Deus, vento DVD, fada, criança, saci.
De gramática e de linguagem
 (Mário Quintana)
 
E havia uma gramática que dizia assim:
“Substantivo (concreto) é tudo quanto indica
Pessoa, animal ou cousa: João, sabiá, caneta.”
Eu gosto é das cousas. As cousas, sim!...
As pessoas atrapalham. Estão em toda parte.
[Multiplicam-se em excesso.
As cousas são quietas. Bastam-se. Não se metem com 
ninguém.”
Abstrato - são os que não têm existência própria; depende 
sempre de um ser para existir: é necessário alguém ser ou estar 
triste para a tristeza manifestar-se; é necessário alguém beijar 
ou abraçar para que ocorra um beijo ou um abraço; designam 
qualidades, sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doença, 
amor, fé, beijo, abraço, juventude, covardia, coragem, justiça.
Os substantivos abstratos podem ser concretizados 
dependendo do seu significado: Levamos a caça para a cabana. 
(caça = ato de caçar, substantivo abstrato; a caso, neste caso, 
refere-se ao animal, portanto, concreto).
Simples - como o nome diz, são aqueles formados por apenas 
um radical: chuva, tempo, sol, guarda, pão, raio, água, ló, terra, 
flor, mar, raio, cabeça.
Compostos - são os que são formados por mais de dois 
radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia, pão-de-ló, 
pára-raio, sem-terra, mula-sem-cabeça.
Primitivos - são os que não derivam de outras palavras; 
vieram primeiro,deram origem a outras palavras: ferro, Pedro, 
mês, queijo, chave, chuva, pão, trovão, casa.
Derivados – são formados de outra palavra já existente; 
vieram depois: ferradura,pedreiro, mesada, requeijão, chaveiro, 
chuveiro, padeiro, trovoada, casarão, casebre.
Coletivos – os substantivos comuns que, mesmo no singular, 
designam um conjunto de seres de uma mesma espécie: bando, 
povo, frota, batalhão, biblioteca, constelação.
Eis alguns substantivos coletivos: álbum – de fotografias; 
alcatéia – de lobos; antologia – de textos escolhidos; arquipélago – 
ilhas; assembléia – pessoas, professores; atlas – cartas geográficas; 
banda – de músicos; bando – de aves, de crianças; baixela – 
utensílios de mesa; banca – de examinadores; biblioteca – de livros; 
biênio – dois anos; bimestre – dois meses; boiada – de bois; cacho 
– de uva; cáfila – camelos; caravana – viajantes; cambada – de 
vadios, malvados; cancioneiro – de canções; cardume – de peixes; 
casario – de casas; código – de leis; colméia – de abelhas; concílio 
– de bispos em assembléia; conclave – de cardeais; confraria – de 
religiosos; constelação – de estrelas; cordilheira – de montanhas; 
cortejo – acompanhantes em comitiva; discoteca – de discos; 
elenco – de atores; enxoval – de roupas; fato – de cabras; fornada 
– de pães; galeria – de quadros; hemeroteca – de jornais, revistas; 
horda – de invasores; iconoteca – de imagens; irmandade – de 
religiosos; mapoteca – de mapas; milênio – de mil anos; miríade – 
de muitas estrelas, insetos; nuvem – de gafanhotos; panapaná – de 
borboletas em bando; penca – de frutas; pinacoteca – de quadros; 
piquete – de grevistas; plêiade – de pessoas notáveis, sábios; prole 
– de filhos; quarentena – quarenta dias; qüinqüênio – cinco anos; 
renque – de árvores, pessoas, coisas; repertório – de peças teatrais, 
música; resma – de quinhentas folhas de papel; século – de cem 
anos; sextilha – de seis versos; súcia – de malandros, patifes; 
terceto – de três pessoas, três versos; tríduo – período de três 
dias; trinênio – período de três anos; tropilhas – de trabalhadores, 
alunos; vara – de porcos; videoteca – de videocassetes; xiloteca – 
de amostras de tipos de madeiras.
Reflexão do Substantivo
“Na feira livre do arrabaldezinho
Um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor
¾ O melhor divertimento para crianças!
Em redor dele há um ajuntamento de menininhos pobres,
Fitando com olhos muito redondos os grandes
Balõezinhos muito redondos.” (Manoel Bandeira)
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Observe que o poema apresenta vários substantivos e 
apresentam variações ou flexões de gênero (masculino/feminino), 
de número (plural/singular) e de grau (aumentativo/diminutivo).
Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. 
Latim, Grego e Inglês, possuem um terceiro gênero: o neutro.
A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a, ou o 
acréscimo da vogal a, no final de final da palavra: mestre, mestra.
FORMAÇÃO DO FEMININO
O feminino se realiza de três modos:
1. Flexionando-se o substantivo masculino: filho, 
filha / mestre, mestra / leão, leoa;
2. acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou 
um sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul, consulesa 
/ cantor, cantora / reitor, reitora.
3. utilizando-se uma palavra feminina com radical 
diferente: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro, ovelha 
/ cavalo, égua.
Observe como são formados os femininos: parente, parenta 
/ hóspede, hospeda / monge, monja / presidente, presidenta / 
gigante, giganta / oficial, oficiala / peru, perua / cidadão, cidadã 
/ aldeão, aldeã / ancião, anciã / guardião, guardiã / charlatão, 
charlatã / escrivão, escrivã / papa, papisa / faisão, faisoa / hortelão, 
horteloa / ilhéu, ilhoa / mélro, mélroa / folião, foliona / imperador, 
imperatriz / profeta, profetiza / píton, pitonisa / abade, abadessa / 
czar, czarina / perdigão, perdiz / cão, cadela / pigmeu, pigméia / 
ateu, atéia / hebreu, hebréia / réu, ré / cerzidor, cerzideira / frade, 
freira / frei, sóror / rajá, rani / dom, dona / cavaleiro, dama / 
zangão, abelha /
Substantivos Uniformes
Os substantivos uniformes apresentam uma única forma para 
ambos os gêneros: dentista, vítima. Os substantivos uniformes 
dividem-se em:
Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero, quer 
se refiram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea / a cobra 
macho ou fêmea / a formiga macho ou fêmea.
Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam 
indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A 
indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou feminino: 
o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / o, a personagem / o, 
a cliente / o, a fã / o, a motorista / o, a estudante / o, a artista / o, 
a repórter / o, a menequim / o, a gerente / o, a imigrante / o, a 
pianista / o, a rival / o a jornalista.
Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero para 
homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a testemunha 
(homem, mulher) / a pessoa (homem, mulher) / o cônjuge (marido, 
mulher) / o guia (homem, mulher) / o ídolo (homem, mulher).
1 – Substantivos que mudam de sentido, quando se troca o 
gênero: o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar); o capital 
(dinheiro) - a capital (cidade); o cabeça (chefe, líder) 
- a cabeça (parte do corpo); o guia (acompanhante) - a guia 
(documentação); o moral (ânimo) - a moral (ética); o grama (peso) 
- a grama (relva); o caixa (atendente) - a caixa (objeto); o rádio 
(aparelho) - a rádio (emissora); o crisma (óleo salgado) - a crisma 
(sacramento); o coma (perda dos sentidos) - a coma (cabeleira); o 
cura (vigário) - a cura; (ato de curar); o lente (prof. Universitário) 
- a lente (vidro de aumento); o língua (intérprete) - a língua (órgão, 
idioma); o voga (o remador) - a voga (moda).
2 – Alguns substantivos oferecem dúvida quanto ao gênero. 
São masculinos:
O eclipse / o dó / o dengue (manha) / o champanha / o soprano 
/ o clã / o alvará / o sanduíche / o clarinete / o hosana / o espécime 
/ o guaraná / o diabete ou diabetes / o tapa / o lança-perfume / o 
praça (soldado raso) / o pernoite / o formicida / o herpes / o sósia / 
o telefonema / o saca-rolha / o plasma / o estigma.
3 – São geralmente masculinos os substantivos de origem 
grega terminados em – ma: o dilema / o teorema / o emblema / o 
trema / o eczema / o edema / o enfisema / o fonema / o anátema / o 
tracoma / o hematoma / o glaucoma / o aneurisma / o telefonema 
/ o estratagema /
4 – São femininos: a dinamite / a derme / a hélice / a aluvião 
/ a análise / a cal / a omoplata / a gênese / a entorse / a faringe / 
a cólera (doença) / a cataplasma / a pane / a mascote / a libido 
(desejo sexual) / a rês / a sentinela / a sucuri / a usucapião / a 
omelete / a hortelã / a fama / a xerox / a aguardante / 
Plural dos Substantivos
Há várias maneiras de se formar o plural dos substantivos: 
Acrescentam-se:
‑ S – aos substantivos terminados em VOGAL ou DITONGO: 
povo, povos / feira, feiras.
‑ S – aos substantivos terminados em N: líquen, liquens 
/ abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes, 
abdômenes, hífenes.
‑ ES – aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz, cartazes 
/ motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em R mudam 
sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / caráter, caracteres / 
sênior, seniores.
‑ IS – aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal, 
jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções: mal, 
males / cônsul, cônsules / real, réis (antiga moeda portuguesa).
‑ ÃO – aos substantivos terminados em S: cidadão, cidadãos / 
irmão, irmãos / mão, mãos.
Trocam-se:
‑ ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões / 
mamão, mamões.
‑ ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão, alemães 
/ cão, cães.
‑ il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis 
/ pernil, pernis, e por EIS (Paroxítonas): fóssil, fósseis / réptil, 
répteis / projétil, projéteis.‑ m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs / 
atum, atuns.
‑ zito, zinho ‑ 1º coloca-se o substantivo no plural: balão, 
balões; 2º elimina-se o S + zinhos.
Balão – balões – balões + zinhos: balõzinhos;
Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos;
Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos.
‑ alguns substantivos terminados em X são invariáveis (valor 
fonético = cs): os tórax, os tórax / o ônix, os ônix / a fênix, as fênix 
/ uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax.
‑ Outros (fora de uso) têm o mesmo plural que suas variantes 
em ice (ainda em vigor): apêndix ou apêndice, apêndices / cálix 
o ucálice, cálices (x, som de s) / látex, látice ou láteces / códex 
ou códice, códices / córtex ou córtice, córtices / índex ou índice, 
índices (x, som de cs).
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‑ substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma 
no plural: aldeão, aldeões, aldeãos; verão, verões, verãos; anão, 
anões, anãos; guardião, guardiões, guardiães; corrimão, corrimãos, 
corrimões; hortelão, hortelões, hortelãos; ancião, anciões, anciães, 
anciãos; ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos.
A tendência é utilizar a forma em ÕES.
- Há substantivos que mudam o timbre da vogal tônica, no 
plural. Chama-se metafonia. Apresentam o “o” tônica fechado no 
singular e aberto no plural: caroço (ô), coroços (ó) / imposto (ô), 
impostos (ó) / forno (ô), fornos (ó) / miolo (ô), miolos (ó) / poço 
(ô), poços (ó) / olho (ô), olhos (ó) / povo (ô), povos (ó) / corvo (ô), 
corvos (ó). Também são abertos no plural (ó): fogos, ovos, ossos, 
portos, porcos, postos, reforços. Tijolos, destroços.
- Há substantivos que mudam de sentido quando usados 
no plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens. 
(patrimônio); Conferiu a féria do dia. (salário); As férias foram 
maravilhosas. (descanso); Sua honra foi exaltada. (dignidade); 
Recebeu honras na solenidade. (homenagens); Outros: bem 
= virtude, benefício / bens = valores / costa = litoral / costas = 
dorso / féria = renda diária / férias = descanso / vencimento = fim / 
vencimento = salário / letra = símbolo gráfico / letras = literatura.
- Muitos substantivos conservam no plural o “o” fechado: 
acordos / adornos / almoços / bodas / bojos / bolos / cocos / 
confortos / dorsos / encontros / esposos / estojos / forros / globos / 
gostos / moços / molhos / pilotos / piolhos / rolos / rostos / sopros 
/ sogros / subornos. 
- Substantivos empregados somente no plural: Arredores / 
belas-artes/ bodas (ô) / condolências / cócegas / costas / exéquias 
/ férias / olheiras / fezes / núpcias / óculos / parabéns / pêsames / 
viveres / idos, afazeres, algemas.
- A forma singular das palavras ciúme e saudade são também 
usadas no plural, embora a forma singular seja preferencial, já que 
a maioria dos substantivos abstratos não se pluralizam. Aceita-se 
os ciúmes, nunca o ciúmes.
“Quando você me deixou,
meu bem,
me disse pra eu ser feliz
e passar bem
Quis morrer de ciúme,
quase enloqueci
mas depois, como era
de costume, obedeci” (gravado por Maria Bethânia)
“Às vezes passo dias inteiros
imaginando e pensando em você
e eu fico com tanta saudade
que até parece que eu posso morrer.
Pode creditar em mim.
Você me olha, eu digo sim...” (Fernanda Abreu)
Atenção:
1 – avô – avôs (o avô materno e o avô paterno; avôs, fechado) 
avô avós (o avô e a avó).
2 – Termos no singular com valor de plural: Muito negro 
ainda sofre com o preconceito social. / Tem morrido muito pobre 
de fome.
Plural dos Substantivos Compostos
Não é muito fácil a formação do plural dos substantivos 
compostos. Vamos lá, prestem atenção!
1 – Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural:
 - palavra unida sem hífen: 
pontapé = pontapés / girassol = girassóis / autopeça = 
autopeças.
1.1 – verbo + substantivo: 
saca-rolha = saca-rolhas / arranha-céu = arranha-céus / bate-
bola = bate-bolas / guarda-roupa = guarda-roupas / guarda-sol = 
guarda-sóis / vale-refeição = vale-refeições.
1.2 – elemento invariável + palavra variável:
sempre-viva = sempre-vivas /
abaixo-assinado = abaixo-assinados /
recém-nascido = recém-nascidos /
ex-marido = ex-maridos /
auto-escola = auto-escolas.
1.3 – palavras repetidas:
o reco-reco = os reco-recos / o tico-tico = os tico-ticos / 
o corre-corre = os corre-corres
1.4 Substantivo composto de três ou mais elementos 
não ligados por preposição:
o bem-me-quer = os bem-me-queres
o bem-te-vi = os bem-te-vis
o sem-terra = os sem-terra
o fora-da-lei = os fora-da-lei
o João-ninguém = os joões-ninguém
o ponto-e-vírgula = os ponto-e-vírgula
o bumba-meu-boi = os bumba-meu-boi
1.5 Quando o primeiro elemento for: grão, grã 
(grande), bel:
grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grã-cruzes / bel-prazer 
= bel-prazeres.
2 – Somente o primeiro elemento vai para o plural:
2.1 – substantivo + preposição + substantivo:
 água de colônia = águas-de-colônia
 mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça
 pão-de-ló = pães-de-ló
 sinal-da-cruz = sinais-da-cruz
2.2 – quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá idéia 
de tipo, finalidade:
 samba-enredo = sambas-enredos
 pombo-correio = pombos-correio
 salário-família = salários-família
 banana-maçã = bananas-maçã
 vale-refeição = vales-refeição (vale = ter valor de, 
substantivo+especificador)
Atenção: A tendência na língua portuguesa atual é pluralizar 
os dois elementos: bananas-maçãs / couves-flores / peixes-bois / 
saias-balões. (ver Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa)
3 – Os dois elementos ficam invariáveis quando houver:
3.1 – verbo + advérbio: 
o ganha-pouco = os ganha-pouco
o cola-tudo = os cola-tudo
o bota-fora = os bota-fora
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3.2 – os compostos de verbos de sentido oposto:
 o entra-e-sai = os entra-e-sai
 o leva-e-traz = os leva-e-traz
 o vai-e-volta = os vai-e-volta
4 – Os dois elementos, vão para o plural:
4.1 – substantivo + substantivo:
 decreto-lei = decretos-leis
 abelha-mestra = abelhas-mestras
 tia-avó = tias-avós
 temente-coronel = tenentes-coronéis
 redator-chefe = redatores-chefes
Dicas: coloque entre dois elementos a conjunção e, observe 
se é possível a pessoa ser o redator e chefe ao mesmo tempo / 
cirurgião e dentista / tia e avó / decreto e lei / abelha e mestra.
4.2 – substantivo + adjetivo: 
amor-perfeito = amores-perfeitos
capitão-mor = capitães-mores
carro-forte = carros-fortes
obra-prima = obras-primas
cachorro-quente = cachorros-quentes
4.3 – adjetivo + substantivo:
 boa-vida = boas-vidas
 curta-metragem = curtas-metragens
 má-língua = más-línguas
4.4 – numeral ordinal + substantivo:
 segunda-feira = segundas-feiras
 quinta-feira = quintas-feiras
5 – Composto com a palavra guarda só vai para o plural se 
for pessoa:
 guarda-noturno = guardas-noturnos
 guarda-florestal = guardas-florestais
 guarda-civil = guardas-civis
 guarda-marinha = guardas-marinha
6 – Plural das palavras de outras classes gramaticais usadas 
como substantivo 
 (substantivadas), são flexionadas como substantivos:
 Gritavam vivas e morras.
 Fiz a prova dos noves.
 Pesei bem os prós e contras.
Atenção: Numerais substantivos terminados em s ou z não 
variam no plural. Este semestre tirei alguns seis e apenas um dez.
7 – Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas / 
os Oliveiras /
os Picassos / os Mozarts / os Kennedys / os Silvas.
8 – Plural dos substantivos estrangeiros:
Inglês: os shorts / os shows / os icebergs / os watts / os pit 
bulls / os magazines.
Latim: os déficits / os superávits / os habitats / os campi.
Italiano: as pizzas.
9 – Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo:
 CDs / DVDs / ONGs / PMS / Ufirs.
Grau do Substantivo
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir 
intensidade, exagero ou diminuição.A essas modificações é que 
damos o nome de grau do substantivo. São dois os graus dos 
substantivos: aumentativo e diminutivo.
Os graus aumentativos e diminutivos são formados por dois 
processos:
1 – sintético com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou 
diminutivo:
 peixe – peixão (aumentativo sintético)
 peixe-peixinho (diminutivo sintético)l; sulfixo inho ou 
lisinho
2 – Analítico:
 a) formado com palavras de aumento: grande, enorme, 
imensa, gigantesca:
 obra imensa / lucro enorme / carro grande / prédio 
gigantesco;
 b) formado com as palavras de diminuição: diminuto, 
pequeno, minúscula, 
 casa pequena, peça minúscula / saia diminuta.
Atenção:
- Sem falar em aumentativo e diminutivo alguns substantivos 
exprimem também desprezo, crítica, indiferença em relação a 
certas pessoas e objetos: gentalha, mulherengo, narigão, gentinha, 
coisinha, povinho, livreco.
- Já alguns diminutivos dão idéia de afetividade: filhinho, 
Toninho, mãezinha.
- Em conseqüência do dinamismo da língua, alguns 
substantivos no grau diminutivo e aumentativo adquiriram 
um significado novo: portão, cartão, fogão, cartilha, folhinha 
(calendário).
- As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em 
sílabas nasal, ditongo, hiato ou vogal tônica recebem o sufixo 
zinho(a): lâmpada (proparoxítona) = lampadazinha; irmão 
(sílaba nasal) = irmãozinho; herói (ditongo) = heroizinho; baú 
(hiato) = bauzinho; café (voga tônica) = cafezinho.
- As palavras terminadas em s ou z, ou em uma dessas 
consoantes seguidas de vogal recebem o sufixo inho: país = 
paisinho; rapaz = rapazinho; rosa = rosinha; beleza = belezinha.
- Há ainda aumentativos e diminutivos formados por 
prefixação: minissaia, maxissaia, supermercado, minicalculadora.
Funções Sintáticas do Substantivo
O substantivo pode apresentar-se na oração como:
1. sujeito: A instituição onde estudo é a FAI.
2. predicativo do sujeito: Paulo já não é mais 
adolescente.
3. predicativo do objeto direto: O técnico considerou 
o julgador um herói.
4. predicativo do objeto indireto: Foi capaz de dar-
lhe um empurrão.
5. objeto direto: Cadastre seu telefone aqui.
6. objeto indireto: Nunca deixei de confiar em Deus.
7. complemento nominal: Tenho confiança na sua 
honestidade.
8. adjunto adverbial: Alô, é da pizzaria?
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9. agente da passiva: Os campos estavam cobertos de 
flores silvestres.
10. aposto: Gilberto Gil, ministro e músico, continua 
brilhando no mundo artística.
11. vocativo: Mãe, já tô saindo.
12. adjunto adnominal: Escreveu o artigo do mês 
(=mensal) preposição = substantivo = locução adjetiva.
Substantivo caracterizador de adjetivo
Os adjetivos referentes a cores podem ser modificados por 
um substantivo: verde piscina, azul petróleo, amarelo ouro, roxo 
batata, verde garrafa.
ADJETIVO
Não digas: “o mundo é belo.”
Quando foi que viste o mundo?
Não digas: “o amor é triste.”
Que é que tu conheces do amor?
Não digas: “a vida é rápida.”
Com foi que mediste a vida? (Cecília Meireles)
Os adjetivos belo, triste e rápida expressa uma qualidade dos 
sujeitos: o mundo, o amor, a vida.
Adjetivo é a palavra variável em gênero, número e grau que 
modifica um substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade, estado, ou 
modo de ser: laranjeira florida / céu azul / mau tempo / cavalo 
baio / comida saudável / político honesto / professor competente / 
funcionário consciente / pais responsáveis.
Os adjetivos classificam-se em:
1. simples – apresentam um único radical, uma única 
palavra em sua estrutura: alegre / medroso / simpático / covarde / 
jovem / exuberante / teimoso;
2. compostos – apresentam mais de radicais, mais 
de duas palavras em sua estrutura: estrelas azul-claras / sapatos 
marrom-escuros / garoto surdo-mudo;
3. primitivos – são os que vieram primeiro; dão 
origem a outras palavras: atual / livre / triste / amarelo / brando / 
amável / confortável;
4. derivados – são aqueles formados por derivação, 
vieram depois dos primitivos: amarelado / ilegal / infeliz / 
desconfortável / entristecido / atualizado;
5. pátrios – indicam procedência ou nacionalidade, 
referem-se a cidades, estados, países
Locução Adjetiva
A locução adjetiva é a expressão que tem o mesmo valor de 
um adjetivo. A locução adjetiva é formada por preposição + um 
substantivo. Vejamos algumas locuções adjetivas: angelical = de 
anjo; abdominal = de abdômen; apícola = de abelha; aquilino = de 
águia; argente = de prata; áureo = de ouro; auricular = da orelha; 
bucal = da boca; bélico = de guerra; cervical = do pescoço; 
cutâneo = de pele; discente = de aluno; docente = de professor; 
estelar = de estrela; etário = de idade; fabril = de fábrica; 
filatélico = de selos; urbano = da cidade; gástrica = do 
estômago; hepático = do fígado; matutino = da manhã; vespertino 
= da tarde; inodoro = sem cheiro; insípido = sem gosto; pluvial = 
da chuva; humano = do homem; umbilical = do umbigo; têxtil = 
de tecido. 
Atenção: Algumas locuções adjetivas não possuem adjetivos 
correspondentes: lata de lixo / sacola de papel / parede de tijolo / 
folha de papel, e outros. 
Cidade, Estado, País e Adjetivo Pátrio: Amapá: amapense; 
Amazonas: amazonense ou baré; Anápolis: anapolino; Angra 
dos Reis: angrense; Aracajú: aracajuano ou aracajuense; Bahia: 
baiano; Bélgica: belga; Belo Horizonte: belo-horizontino; Brasil: 
brasileiro; Brasília: brasiliense; Buenos Aires: buenairense 
ou portenho; Cairo: cairota; Cabo Frio: cabo-friense; Campo 
Grande: campo-grandese; Ceará: cearense; Curitiba: curitibano; 
Distrito Federal: candango ou brasiliense; Espírito Santo: espírito-
santense ou capixaba; Estados Unidos: estadunidense ou norte 
americano; Florianópolis: florianopolitano; Florença: florentino; 
Fortaleza: fortalezense; Goiânia: goianiense; Goiás: goiano; 
Japão: japonês ou nipônico; João Pessoa: pessoense; Londres: 
londrino; Maceió: maceioense; Manaus: manauense ou manauara; 
Maranhão: maranhense; Mato Grosso: mato-grossense; Mato 
Grosso do Sul: mato-grossense-do-sul; Minas Gerais: mineiro; 
Natal: natalense ou papa-jerimum; Nova Iorque: nova-iorquino; 
Niterói: niteroiense; Novo Hamburgo: hamburguense; Palmas: 
palmense; Pará: paraense; Paraíba: paraibano; Paraná: paranaense; 
Pernambuco: pernambucano; Petrópolis: petropolitano; Piauí: 
piauiense; Porto Alegre: porto-alegrense; Porto Velho: porto-
velhense; Recife: recifense; Rio Branco: rio-branquense; Rio de 
Janeiro: carioca/ fluminense (estado); Rio Grande do Norte: rio-
grandense-do-norte ou potiguar; Rio Grande do Sul: rio-grandense 
ou gaúcho; Rondônia: rondoniano; Roraima: roraimense; Salvador: 
soteropolitano; Santa Catarina: catarinense ou barriga-verde; São 
Paulo: paulista/paulistano (cidade); São Luís: são-luisense ou 
ludovicense; Sergipe: sergipano; Teresina: teresinense; Tocantins: 
tocantinense; Três Corações: tricordiano; Três Rios: trirriense; 
Vitória: vitoriano.
- pode-se utilizar os adjetivos pátrios compostos, como: 
afro-brasileiro; Anglo-americano, franco-italiano, sino-japonês 
(China e Japão); Américo-francês; luso-brasileira; nipo-argentina 
(Japão e Argentina); teuto-argentinos (alemão).
- “O professor fez uma simples observação.” O adjetivo, 
simples, colocado antes do substantivo observação, equivale à 
banal.
- “O professor fez uma observação simples.” O adjetivo 
simples colocado depois do substantivo observação, equivale à 
fácil.
Flexões do Adjetivo
O adjetivo, como palavra variável, sofre flexões de: gênero, 
número e grau.
Gênero do Adjetivo
Quanto ao gênero os adjetivos classificam-se em:
- uniformes: têm forma única para o masculino e o feminino.
Funcionário incompetente = funcionária incompetente
Homens desonestos = mulheres desonestas
- biformes: troca-se a vogal o pela vogal a ou com o acréscimoda vogal a no final da palavra: ator famoso = atriz famosa / jogador 
brasileiro = jogador brasileira.
Atenção: Os adjetivos compostos recebem a flexão feminina 
apenas no segundo elemento: sociedade luso-brasileira / festa 
cívico-religiosa / saia verde-escura. Vejamos alguns adjetivos 
biformes que apresentam uma flexão especial: ateu – atéia / 
europeu – européia / glutão – glutona / hebreu – hebréia / Judeu – 
judia / mau – má / plebeu – plebéia / são – sã / vão – vã. 
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Atenção:
- às vezes, os adjetivos são empregados como substantivos 
u como advérbios: Agia como um ingênuo. (adjetivo como 
substantivo: acompanha um artigo).
- A cerveja que desce redondo. (adjetivo como advérbio: 
redondamente).
- substantivos que funcionam como adjetivos, num processo 
de derivação imprópria, isto é, palavra que tem o valor de outra 
classe gramatical, que não seja a sua: Alguns brasileiros recebem 
um salário-família. (substantivo com valor de adjetivo).
- substituto do adjetivo: palavras / expressões de outra 
classe gramatical podem caracterizar o substantivo, ficando a ele 
subordinadas na frase.
Semântica e sintaticamente falando, valem por adjetivos.
Vale associar ao substantivo principal outro substantivo em 
forma de aposto.
O rio Tietê atravessa o estado de São Paulo.
Plural do Adjetivo
O plural dos adjetivos simples flexionam de acordo co mo 
substantivo a que se referem: menino chorão = meninos chorões 
/ garota sensível = garotas sensíveis / vitamina eficaz = vitaminas 
eficazes / exemplo útil = exemplos úteis.
Atenção:
- substantivos empregados como adjetivos para nomear cores 
permanecem invariáveis, surdo-mudo = surdos-mudos, variam os 
dois elementos.
- Composto formado de adjetivo + substantivo referindo-se 
a cores, o adjetivo cor e o substantivo permanecem invariáveis, 
não vão para o plural: terno azul-petróleo = ternos azul-petróleo 
(adjetivo azul, substantivo petróleo); saia amarelo-canário = saias 
amarelo-canário (adjetivo, amarelo; substantivo canário).
- As locuções adjetivas formadas de cor + de + substantivo, 
ficam invariáveis: papel cor-de-rosa = papéis cor-de-rosa / olho 
cor-de-mel = olhos cor-de-mel.
- São invariáveis os adjetivos raios ultravioleta / alegrias sem-
par, piadas sem-sal.
Grau do Adjetivo
Grau comparativo de: igualdade, superioridade (Analítico e 
Sintético) e Inferioridade;
Grau superlativo: absoluto (analítico e sintético) ou relativo 
(superioridade e inferioridade).
Exemplificando
O grau do adjetivo exprime a intensidade das qualidades dos 
seres.
O adjetivo apresenta duas variações de grau: comparativo e 
superlativo.
I – O grau comparativo é usada para comparar uma qualidade 
entre dois ou mais seres, ou duas ou mais qualidades de um mesmo 
ser.
O comparativo pode ser:
1. de igualdade: iguala duas coisas ou duas pessoas:
Sou tão alto quão / quanto / como você. (as duas pessoas têm 
a mesma altura)
2. de superioridade: iguala duas pessoas / coisas 
sendo que uma é mais do que a outra: Minha amiga Many é mais 
elevante do que / que eu. (das duas, a Many é mais)
2.1 – O grau comparativo de superioridade possui duas 
formas:
a) analítica – mais bom / mais mau / mais grande / mais 
pequeno
O salário é mais pequeno do que / que justo. (salário pequeno 
e justo)
ATENÇÃO: quando comparamos duas qualidades de um 
mesmo ser, podemos usar as formas: mais grande, mais mau, mais 
bom,mais pequeno.
b) sintética – bom, melhor / mau, pior / grande, maior / 
pequeno, menor:
 Esta sala é melhor do que / que aquela.
3. de inferioridade – um elemento é menor do que outro:
 Somos menos passivos do que / que tolerantes.
II – O grau superlativo: a característica do adjetivo se 
apresenta intensificada:
 O superlativo pode ser absoluto ou relativo.
1. superlativo absoluto – atribuída a um só ser; de forma 
absoluta. Pode ser:
1.1 – analítico: advérbio de intensidade muito, intensamente, 
bastante,
 extremamente, excepcionalmente + adjetivo: Nicola é 
extremamente simpático.
1.2 – sintético – adjetivo + issimo, imo, ílimo, érrimo:
 Minha comadre Mariinha é agradabilíssima.
Atenção:
- o sufixo -érrimo é restrito aos adjetivos latinos terminados 
em r; pauper (pobre) = paupérrimo; macer (magro) = macérrimo;
- forma popular: radical do adjetivo português + íssimo: 
pobríssimo;
- adjetivos terminados em vel + bilíssimo: amável = 
amabilíssimo;
- adjetivos terminados em eio formam o superlativo apenas 
com i: feio = feíssimo / cheio = cheíssimo.
- os adjetivos terminados em io forma o superlativo em 
iíssimo: sério = seriíssimo / necessário = necessariíssimo / frio = 
friíssimo.
Algumas formas do superlativo absoluto sintético erudito 
(culto): ágil = agílimo; agradável = agradabilíssimo; agudo 
= acutíssimo; amargo = amaríssimo; amigo = amicíssimo; 
antigo = antiqüíssimo; áspero = aspérrimo; atroz = atrocíssimo; 
benévolo = benevolentíssimo; bom = boníssimo, ótimo; capaz 
= capacíssimo; célebre = celebérrimo; cruel = crudelíssimo; 
difícil = deficílimo; doce = dulcíssimo; eficaz = eficacíssimo; 
fácil = facílimo; feliz = felicíssimo; fiel = fidelíssimo; frágil = 
fragílimo; frio = frigidíssimo, friíssimo; geral = generalíssimo; 
humilde = humílimo; incrível = incredibilíssimo; inimigo = 
inimicíssimo; jovem = juvenilíssimo; livre = libérrimo; magnífico 
= magnificentíssimo; magro = macérrimo, magérrimo; mau 
= péssimo; miserável = miserabilíssimo; negro = nigérrimo, 
negríssimo; nobre = nobilíssimo; pessoal = personalíssimo; pobre 
= paupérrimo, pobríssimo; sábio = sapientíssimo; sagrado = 
sacratíssimo; simpático = simpaticíssimo; simples = simplícimo; 
tenro = teneríssimo; terrível = terribilíssimo; veloz = velocíssimo.
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Atenção: usa-se também, no superlativo:
- prefixos: maxinflação / hipermercado / ultrassonografia / 
supersimpática.
- expressões: suja à beça / pra lá de sério / duro que nem 
sola / podre de rico / linda de morrer / magro de dar pena.
- adjetivos repetidos: fofinho, fofinho (=fofíssimo) / linda, 
linda (=lindíssima).
- diminutivo ou aumentativo: cheinha / pequenininha / 
grandalhão / gostosão / bonitão.
- linguagem informa, sufixo érrimo, em fez de íssimo: 
chiquérrimo, chiquentérrimo, elegantérrimo. 
2 – superlativo relativo: ressalta a qualidade de um ser entre 
muitos, com a mesma qualidade. Pode ser:
2.1 – superlativo relativo de superioridade:
 Wilma é a mais prendada de todas as suas 
amigas. (ela é a mais de todas)
2.2 – superlativo relativo de inferioridade:
 Paulo César é o menos tímido dos filhos.
Funções Sintáticas do Adjetivo
O adjetivo desempenha as funções sintáticas de:
- predicativo: a qualidade expressa pelo adjetivo transmite-
se ao substantivo através de um verbo. O adjetivo em função 
predicativa apresenta-se como:
- predicativo do sujeito: O jardim tornou-se um cenário 
fantástico./ Sua voz parecia macia, de veludo.
- predicativo do objeto: A paciente considerou o atendimento 
hospitalar precário.
- adjunto adnominal: o adjetivo refere-se, sem intermediário, 
ao substantivo.
A bela Fernanda entregou os convites aos amigos.
Emprego Adverbial do Adjetivo
Vejamos as seguintes orações.
1. O menino dorme tranqüilo. / As meninas dormem 
tranqüilas.
- em ambas as frases o adjetivo concorda em gênero e número 
com o sujeito.
2. O menino dorme tranquilamente. / As meninas 
dormem tranquilamente.
- o adjetivo assume um valor adverbial, com o acréscimo do 
sufixo mente, sendo, portanto, invariável, não vai para o plural.
3. Sorriu amarelo e saiu. / Ficou meio chateada e 
calou-se.
- o adjetivo amarelo modificou um verbo, portanto, assume a 
função de advérbio; oadjetivo meio + chateada (adjetivo) assume, 
também, a função de advérbio.
NUMERAL
Guerra diferente das tradicionais
Guerra de astronautas nos espaços siderais
E tudo isso em meio às discussões
Muitos palpites, mil opiniões
Um fato só já existe
Que ninguém pode negar
7, 6, 4, 3,2, 1, já!
Lá se foi o homem
Conquistar os mundos
Lá se foi
Lá se foi buscando
A esperança que aqui já se foi. (Gilberto Gil)
Os numerais exprimem quantidade, posição em uma série, 
multiplicação e divisão. Daí a sua classificação, respectivamente, 
em: cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários.
- Cardinal: indica número, quantidade: um, dois, três, oito, 
vinte, cem, mil;
- Ordinal: indica ordem ou posição: primeiro, segundo, 
terceiro, sétimo, centésimo;
- Fracionário: indica uma fração ou divisão: meio, terço, 
quarto, quinto, um doze avos;
- Multiplicativo: indica a multiplicação de um número: duplo, 
dobro, triplo, quíntuplo.
Os numerais que indicam conjunto de elementos de quantidade 
exata são os coletivos: bimestre: período de dois meses; centenário: 
período de cem anos; decálogo: conjunto de dez leis; decúria: 
período de dez anos; dezena: conjunto de dez coisas; dístico: 
dois versos; dúzia: conjunto de doze coisas; grosa: conjunto de 
doze dúzias; lustro: período de cinco anos; milênio: período de 
mil anos; milhar: conjunto de mil coisas; novena: período de nove 
dias; quarentena: período de quarenta dias; qüinqüênio: período de 
cinco anos; resma: quinhentas folhas de papel; semestre: período 
de seis meses; septênio: período de sete meses; sexênio: período de 
seis anos; terno: conjunto de três coisas; trezena: período de treze 
dias; triênio: período de três anos; trinca: conjunto de três coisas.
QUADRO DOS NUMERAIS
Algarismos: Arábicos e Romanos, respectivamente: 1-I, 2-II, 
3-III, 4-IV, 5-V, 6-VI, 7-VII, 8-VIII, 9-IX, 10-X, 11-XI, 12-XII, 
13-XIII, 14-XIV, 15-XV, 16-XVI, 17-XVII, 18-XVIII, 19-XIX, 
20-XX, 30-XXX, 40-XL, 50-L, 60-LX, 70-LXX, 80-LXXX, 90-
XC, 100-C, 200-CC, 300-CCC, 400-CD, 500-D, 600-DC, 700-
DCC, 800-DCCC, 900-CM, 1.000-M.
Numerais Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco, seis, 
sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze, catorze ou quatorze, 
quinze, dezesseis, dezessete, dezoito, dezenove, vinte..., trinta..., 
quarenta..., cinqüenta..., sessenta..., setenta..., oitenta..., noventa..., 
cem..., duzentos..., trezentos..., quatrocentos..., quinhentos..., 
seiscentos..., setecentos..., oitocentos..., novecentos..., mil.
Numerais Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, quarto, 
quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono, décimo, décimo primeiro, 
décimo segundo, décimo terceiro, décimo quarto, décimo quinto, 
décimo sexto, décimo sétimo, décimo oitavo, décimo nono, 
vigésimo..., trigésimo..., quadragésimo..., qüinquagésimo..., 
sexagésimo..., septuagésimo..., ctogésimo..., nonagésimo..., 
centésimo..., ducentésimo..., trecentésimo..., quadrigentésimo..., 
qüingentésimo..., sexcentésimo..., septingentésimo..., 
ctingentésimo..., nongentésimo..., milésimo.
Numerais Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, 
quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo, nônuplo, décuplo, undécuplo, 
duodécuplo, cêntuplo.
Numerais Fracionários: meia, metade, terço, quarto, quinto, 
sexto, sétimo, oitavo, nono, décimo, onze avos, doze avos, treze avos, 
catorze avos, quinze avos, dezesseis avos, dezessete avos, dezoito 
avos, dezenove avos, vinte avos..., trinta avos..., quarenta avos..., 
cinqüenta avos..., sessenta avos..., setenta avos..., oitenta avos..., 
noventa avos..., centésimo..., ducentésimo..., trecentésimo..., 
quadrigentésimo..., qüingentésimo..., sexcentésimo..., 
septingentésimo..., octingentésimo..., nongentésimo..., milésimo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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Flexão dos Numerais
Gênero
- os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de 
duzentos apresentam flexão de gênero: Um menino e uma menina 
foram os vencedores. / Comprei duzentos gramas de presunto e 
duzentas rosquinhas.
- os numerais ordinais variam em gênero: Marcela foi a nona 
colocada no vestibular.
- os numerais multiplicativos, quando usados com o valor de 
substantivos, são variáveis: A minha nota é o triplo da sua. (triplo 
– valor de substantivo)
- quando usados com valor de adjetivo, apresentam flexão de 
gênero: Eu fiz duas apostas triplas na lotofácil. (triplas valor de 
adjetivo)
- os numerais fracionários concordam com os cardinais 
que indicam o número das partes: Dois terços dos alunos foram 
contemplados.
- o fracionário meio concorda em gênero e número com o 
substantivo no qual se refere: O início do concurso será meio-dia 
e meia. (hora) / Usou apenas meias palavras.
Número
- os numerais cardinais milhão, bilhão, trilhão, e outros, 
variam em número: Venderam um milhão de ingressos para a festa 
do peão. / Somos 180 milhões de brasileiros.
- os numerais ordinais variam em número: As segundas 
colocadas disputarão o campeonato.
- os numerais multiplicativos são invariáveis quando usados 
com valor de substantivo: Minha dívida é o dobro da sua. (valor 
de substantivo – invariável)
- os numerais multiplicativos variam quando usados como 
adjetivos: Fizemos duas apostas triplas. (valor de adjetivo – 
variável)
- os numerais fracionários variam em número, concordando 
com os cardinais que indicam números das partes.
- Um quarto de litro equivale a 250 ml; três quartos equivalem 
a 750 ml.
Grau
Na linguagem coloquial é comum a flexão de grau dos 
numerais: Já lhe disse isso mil vezes. / Aquele quarentão é um 
“gato”! / Morri com cincão para a “vaquinha”, lá da escola.
Emprego dos Numerais
- Para designar séculos, reis, papas, capítulos, cantos (na 
poesia épica), empregam-se: os ordinais até décimo: João Paulo II 
(segundo). Canto X (décimo) / Luís IV (nono); os cardinais para 
os demais: Papa Bento XVI (dezesseis); Século XXI (vinte e um).
- se o numeral vier antes do substantivo, usa-se o ordinal. O 
XX século foi de descobertas científicas. (vigésimo século)
- com referência ao primeiro dia do mês, usa-se o numeral 
ordinal: O pagamento do pessoal será sempre no dia primeiro.
- na enumeração de leis, decretos, artigos, circulares, portarias 
e outros textos oficiais, emprega-se o numeral ordinal até o nono: 
O diretor leu pausadamente a portaria 8ª. (portaria oitava)
- emprega-se o numeral cardinal, a partir de dez: O artigo 16 
não foi justificado. (artigo dezesseis)
- enumeração de casa, páginas, folhas, textos, apartamentos, 
quartos, poltronas, emprega-se o numeral cardinal: Reservei a 
poltrona vinte e oito. / O texto quatro está na página sessenta e 
cinco.
- se o numeral vier antes do substantivo, emprega-se o ordinal. 
Paulo César é adepto da 7ª Arte. (sétima)
- não se usa o numeral um antes de mil: Mil e duzentos reais 
é muito para mim.
- o artigo e o numeral, antes dos substantivos milhão, milhar 
e bilhão, devem concordar no masculino:
- Quando o sujeito da oração é milhões + substantivo feminino 
plural, o particípio ou adjetivo podem concordar, no masculino, 
com milhões, ou com o substantivo, no feminino. Dois milhões 
de notas falsas serão resgatados ou serão resgatadas (milhões 
resgatados / notas resgatadas) 
- Os numerais multiplicativos quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo e 
óctuplo valem como substantivos para designar pessoas nascidas 
do mesmo parto: Os sêxtuplos, nascidos em Lucélia, estão 
reagindo bem.
- Emprega-se, na escrita das horas, o símbolo de cada unidade 
após o numeral que a indica, sem espaço ou ponto: 10h20min – 
dez horas, vinte minutos.
- Não se emprega a conjunção e entre os milhares e as centenas: 
mil oitocentos e noventa e seis. MAS 1.200 – mil e duzentos (o 
número termina numa centena com dois zeros)
Saiba mais sobre os Numerais
- Aquela mulher é dez.
Por que dez? Porque vem de nota dez,nota máxima. O 
numeral deixa de ter valor numérico e passa a ter valor de adjetivo.
1- Zero é numeral cardinal.
2- Ambos e ambas são numerais significam: um e outro, os 
dois.
3- Par é coletivo.
4- As equivale a primeiro. (nomeia os campeões – no esporte)
5- Um é numeral cardinal quando indica quantidade exata, 
plural dois.
6- Um é artigo indefinido quando indica um ser indeterminado, 
plural uns.
7- Diz-se catorze ou quatorze.
8- Cento precedido de artigo tem valor de substantivo: um 
cento de abacaxis.
9- Flexionam-se os numerais cardinais substantivados: dois 
cinquentas / três setes / dois oitos / quatro uns.
10- permanecem invariáveis os que finalizam por fonema 
consonantal: Luane tirou quatro seis e dois dez, na prova final.
11- Cuidado para não confundir numeral com substantivo.
- Flou emocionado sobre sua juventude nos anos sessentas.
- Tirou a prova dos noves.
- O número 777 é formado por três setes.
- O número 1111 é formado por quatro uns.
Sessentas, noves, setes, uns são substantivos.
 CORAÇÕES A MIL
 “Minhas ambições são dez
 dez corações de uma vez
 pra eu poder me apaixonar
 dez vezes a cada dia
 setenta a cada semana
 trezentas a cada mês...” (Gilberto Gil)
Corações a mil, expressão muito usada, significando hoje; 
estou a mil por hora, estou com o gás todo.
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
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PRONOME
“O meu nome é Severino, 
não tenho outro de pia. 
Como há muitos Severinos, 
Que é santo de romaria, 
Deram então de me chamar 
Severino de Maria.” (João Cabal de Melo NJeto)
É a palavra que acompanha ou substitui o nome, relacionando-o 
a uma das três pessoas do discurso. As três pessoas do discurso 
são: 
1ª pessoa: eu (singular) nós (plural): aquela que fala ou 
emissor; 
2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com quem se fala 
ou receptor; 
3ª pessoa: ele, ela (singular) eles, elas (plural): aquela de 
quem se fala ou referente.
Dependendo da função de substituir ou acompanhar o nome, 
o pronome é, respectivamente: pronome substantivo ou pronome 
adjetivo.
Os pronomes são classificados em: pessoais, de tratamento, 
possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e 
relativos.
Pronomes Pessoais. 
Os pronomes pessoais dividem-se em: 
- retos - exercem a função de sujeito da oração: eu, tu, ele, 
nós, vós, eles:
- oblíquos - exercem a função de complemento do verbo 
(objeto direto / objeto indireto) ou complemento nominal. São: 
tônicos com preposição: mim, comigo, ti, contigo,si, consigo, 
conosco, convosco; átonos sem preposição: me, te, se, o, a, lhe, 
nos, vos, os, as, lhes. - Ela não vai conosco. (ela-pronome reto 
/ vai-verbo / conosco-pronome oblíquo) - Eu dou atenção a ela. 
(eu-pronome reto / dou-verbo / atenção-nome / ela-pronome 
oblíquo)
Saiba mais sobre os Pronomes Pessoais
- Colocados ANTES do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª 
pessoa, apresentam sempre a forma: o, a, os, as: Eu os vi saindo 
do teatro.
- As palavras SÓ - TODOS sempre acompanham os pronomes 
pessoais do caso reto: - Eu vi só ele ontem.
- Colocados DEPOIS do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª 
pessoa apresentam as formas:
1- o, a, os, as: se o verbo terminar em VOGAL ou DITONGO 
ORAL: Encontei - a sozinha. Vejo - os diariamente.
2- o, a, os, as, precedidos de verbos terminados em: R/S/Z, 
assumem as formas: lo, Ia, los, las, perdendo, conseqüenterriente, 
as terminações R, S, Z. - Preciso pagar ao verdureiro. = 
pagá-lo. - Fiz os exercícios a lápis. = Fi-los a lápis. 
3- lo, la, los, las: se vierem DEPOIS de: EIS / NOS / VOS - 
EIS a prova do suborno. = Ei-la. - O tempo nos dirá. = no-lo dirá. 
(eis, nos, vos perdem o S)
4- no, na, nos, nas: se o verbo terminar em ditongo nasal: m, 
ão, õe: - Deram-na como vencedora. - Põe-nos sobre a mesa.
5- lhe, lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa do plural, 
terminado em S não modificado: Nós entregamoS-lhe a cópia do 
contrato. (o S permanece)
6- nos: colocado DEPOIS DO VERBO na 1ª pessoa do plural, 
perde o S: Sentamo-nos à mesa para um café rápido.
7- me, te, lhe, nos, vos: quando colocado com verbos 
TRANSITIVOS DIRETOS (TD), têm sentido POSSESSIVO, 
equivalendo a meu, teu, seu, dele, nosso, vosso: Os anos 
roubaram-lhe a esperança. (sua, dele, dela possessivo) 
8- as formas conosco e convosco são substituídas por: com 
+ nós, com + vós. seguidos de: ambos, todos, próprios, mesmos, 
outros, numeral: Marianne garantiu que viajaria com nós três.
9- o pronome oblíquo funciona como SUJEITO com os verbos: 
DEIXAR, FAZER, OUVIR, MANDAR, SENTIRe VER+verbo 
no infinitivo. DEIXE-me sentir seu perfume. (Deixe que eu sinta 
seu perfume me-- sujeito do verbo deixar - MANDEI-O calar. (= 
Mandei que ele calasse), o= sujeito do verbo mandar.
10- os pronomes pessoais oblíquos nos, vos, e se recebem o 
nome de pronomes recíprocos quando expressam uma ação mútua 
ou recíproca: Nós nos encontramos emocionados. (pronome 
recíproco, nós mesmos). NUNCA diga: Eu SE apavorei. / Euj à SE 
arrumei. - Eu ME apavorei. / Eu ME arrumei. (certos)
- Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituidos por 
mim e ti após prepõsição: - 0 segredo ficará somente entre mim 
e ti.
- E obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu e tu, 
quando funcionarem como Sujeito : Todos pediram para eu relatar 
os fatos cuidadosamente. (pronome reto + verbo no infinitivo). 
Lembre - se de que MIM não fala, não escreve, não compra, não 
anda. Somente o Tarzã e o Capitão Caverna dizem: MIM gosta / 
MIM tem / MIM faz. /MIM QUER.
- As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas 
como complemento de verbos transitivos diretos ao passo que as 
formas lhe, lhes são empregadas como complementos de verbos 
transitivos indiretos. - Dona Cecília, querida amiga, chamou-a. 
(verbo transitivo direto, VTD) - Minha saudosacomadre, Nircléia, 
obedeceu-lhe. (verbo transitivo indireto,VTI) 
- É comum, na linguagem coloquial, usar o brasileiríssimo 
a gente, substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve fazer 
caridade com os mais necessitados.
- Os pronomes pessoais retos ele, eles, ela, elas, nós e vós 
serão pronomes pessoais oblíquos quando empregados como 
complementos de um verbo e vierem precedidos de preposição. 
O conserto da televisão foi feito por ele. (ele= pronome oblíquo)
- Os pronomes pessoais ele, eles e ela, elas podem se contrair 
com as preposições de e em: Não vejo graça nele./ Já freqüentei 
a casa dela.
- Se os pronomes pessoais retos ele, eles, ela, elas estiverem 
funcionando como SUJEITO, e houver uma preposição ANTES 
deles, NÃO PODERÁ HAVER UMA CONTRAÇÃO: Está na 
hora de ela decidir seu caminho. (ela -sujeito de decidir; sempre 
com verbo no infinitivo)
- Chamam-se pronomes pessoais reflexivos os pronomes 
pessoais que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete. (eu 
- 1ª pessoa- sujeito / me- pronome pessoal reflexivo)
- Os pronomes pessoais oblíquos se, si e consigo devem 
ser empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e 
funcionam como complementos de um verbo na 3ª pessoa, cujo 
sujeito é também da 3ª pessoa: Nicole levantou-se com elegância e 
levou consigo (com ela própria) todos os olhares. (Nicole-sujeito, 
3ª pessoa/ levantou -verbo 3ª pessoa / se- complemento 3ª pessoa / 
levou- verbo- 3ª pessoa / consigo - complemento 3ª pessoa)
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LÍNGUA PORTUGUESA
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- O pronome pessoal oblíquo NÃO funciona como reflexivo 
se não se referir ao sujeito: Ela me protegeu do acidente. (ela - 
sujeito 3ª pessoa me complemento 1ª pessoa)
- Você é segunda ou terceira pessoa? Na estrutura da fala, você 
é a pessoa a quem se fala e, portanto, da 2ª pessoa. Por outro lado, 
você, como os demais pronomes de tratamento - senhor, senhora, 
senhorita, dona, pede o verbo na 3ª pessoa, e não na 2ª. 
-Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes (formas 
de objeto indireto, 0I) juntam-se a o, a, os, as (formas de objeto 
direto), assim: me+o: mo/+a: ma/+ os: mos/+as: mas: 
- Recebi a carta e agradeci aojovem, que ma trouxe. nos 
+o: no-lo / + a: no-la / + os: no-los / +as: no-las: -Venderíamos 
a casa, se no‑la exigissem. te+ o: to/+ a: ta/+ os: tos/+ as: tas: 
-Dei-te os meus melhores dias. Dei-tos. lhe+ o: lho/+ a: lha/+ os: 
lhos/+ as:lhas: -Ofereci -lhe flores. Ofereci-lhas. vos+ o: vo-lo/+ 
a: vo-la/+ os: vo-los/+ as: vo-las: - Pedi-vos conselho. Pedi vo-lo.
Atençao: No Brasil, quase não se usam essas combinações 
(mo, to, lho, no lo, vo-lo), são usadas somente em escritores mais 
sofisticados.
Pronomes de Tratamento
São usados no trato com as pessoas. Dependendo da pessoa a 
quem nos dirigimos, do seu cargo, idade, título, o tratamento será 
familiar ou cerimonioso: Vossa Alteza-V.A.-príncipes, duques; 
Vossa Eminência-V.Ema-cardeais; Vossa Excelência-V.Ex.a-
altas autoridades, presidente, oficiais; Vossa Magnificência-V.
Mag.a-reitores de universidades; Vossa Majestade-V.M.-reis, 
imperadores; Vossa Santidade-V.S.-Papa; Vossa Senhoria-V.Sa-
tratamento cerimonioso.
Atençao: 
- São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, a 
senhorita, dona, você. 
- Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. 
Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente dois 
fechos: 
- Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive 
para o presidente da República. 
- Atenciosamente: para autoridades de mesmahierarquia oude 
hierarquia inferior. 
- A forma VOSSA (Senhoria, Excelência) é empregada quando 
se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não compareceu à 
reunião dos sem-terra? (falando com a pessoa)
- A forma SUA (Senhoria, Excelência ) é empregada quando 
se fala sobre a pessoa: - Sua Eminência, o cardeal, viajouparaum 
Congresso. (falando a respeito do cardeal) 
- Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria, 
Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2ª pessoa 
(com quem se fala), EXIGEM que outros pronomes e o verbo 
sejam usados na 3ª pessoa.Vossa Excelência sabe que seus 
ministros o apoiarão.
Pronomes Possessivos
São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas 
da fala.
Singular: 1ª pessoa: meu, meus, minha, minhas; 2ª 
pessoa: teu, teus, tua, tuas; 3ª pessoa: seu, seus, sua, suas;
Plural: 1ª pessoa:nosso/os nossa/as, 2ª pessoa:vosso/os vossa/
as. 3ª pessoa: seu, seus, sua, suas.
Emprego dos Pronomes Possessivos
“Tuas palavras antigas
deixei-as todas, deixei-as, 
junto com as minhas cantigas, 
desenhadas nas areias.” (Cecília Meireles)
- O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode provocar, 
às vezes, a ambigüidade da frase. João Luís disse que Laurinha 
estava trabalhando em seu consultório.
- O pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir 
- se tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No 
caso, usa-se o pronome dele, dela para desfazer a ambigüidade.
- Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações 
numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus trinta 
anos. 
- Na linguagem popular, o tratamento seu como em: Seu 
Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma 
alteração fonética da palavra senhor
- Os pronomes possessivos podem ser substantivados: Dê 
lembranças a todos os seus.
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo 
concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e anotações.
- Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos: me, te, 
lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguir-lhe os passos. 
(os seus passos) 
- Deve-se observar as correlações entre os pronomes pessoais 
e possessivos. - “Sendo hoje o dia do TEU aniversário, apresso-me 
em apresentar-TE os meus sinceros parabéns. Peço a Deus pela 
TUA felicidade. - Abraça-TE o TEU amigo que TE preza.”
- Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando 
se trata de parte do corpo. Veja: - “Um cavaleiro todo vestido de 
negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada em 
sua, mão. “ (usa-se: no ombro; na mão)
Pronomes Demonstrativos
Indicam a posição dos seres designados em relação às pessoas 
do discurso, situando-os no espaço ou no tempo. Apresentam-se 
em formas variáveis e invariáveis.
Emprego dos Pronomes Demonstrativos
1- Em relação ao espaço:
- Este (s), esta (s), isto: indicam o ser ou objeto que está 
PRÓXIMO da pessoa que fala.
- Esse (s), essa (s), isso: indicam o ser ou objeto que está 
PRÓXIMO da pessoa,com quem se fala, que ouve (2ª pessoa)
- Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam o ser ou objeto que 
está longe de quem fala e da pessoa de quem se fala (3ª pessoa)
2 - Em relação ao tempo:
- Este (s), esta (s), isto: indicam o tempo PRESENTE em 
relação ao momento em que se fala. Este mês terrnina o prazo das 
inscrições para o vestibular da FAL
- Esse (s), essa (s), isso: indicam o tempo PASSADO há 
pouco ou o FUTURO em relação ao momento em se fala.Onde 
você esteve essa semanatoda?
3- Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam um tempo distante 
em relação ao momento em que se fala. Bons tempos aquele em 
que brincávamos descalços na rua...
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LÍNGUA PORTUGUESA
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Atenção:
- dependendo do contexto, também são considerados 
pronomes demonstrativos o, a, os, as, mesmo, próprio, semelhante, 
tal, equivalendo a aquele, aquela, aquilo. - O próprio homem 
destrói a natureza. - Depois de muito procurar, achei o que queria. 
- O professor fez a mesma observação. - Estranhei semelhante 
coincidência. - Tal atitude é inexplicável.
- para retomar elementos já enunciados, usamos aquele (e 
variações) para o elemento que foi referido em 1º Iugar e este (e 
variações) para o que foi referido em último lugar. Pais e mães 
vieram à festa de encerramento; aqueles, sérios e orgulhosos, 
estas, elegantes e risonhas.
- dependendo do contexto os demonstrativos também servem 
como palavras de função intensificadora ou depreciativa. Júlia fez 
o exercício com aquela calma! (= expressão intensificadora). Não 
se preocupe; aquilo é uma tranqueira! (=expressão depreciativa) 
- as forrnas nisso e nisto podem ser usadas com valor de então 
ou nesse momento. A festa estava desanimada; nisso, a orquestra 
atacou um samba é todos caíram na dança.
- os demonstrativos esse, essa, são usados para destacar um 
elemento anterionnente expresso. Ninguém ligou para o incidente, 
mas os pais, esses resolveram tirar tudo a limpo.
Pronomes Indefinidos
São aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de modo 
vago indefinido, impreciso: Alguém disse que Paulo César seria o 
vencedor.
Alguns desses pronomes são variáveis em gênero e número; 
outros são invariáveis.
Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, 
vário~ vários, tanto, quanto, um, bastante, qualquer.
Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, outrem, algo, quem, 
nada, cada., mais, menos, demais.
Emprego dos Pronomes Indefinidos
Não sei de pessoa alguma capaz de convencê-lo. (alguma, 
equivale a nenhum)
- Em frases de sentido negativo, nenhum (e variações) 
equivale ao pronome indefinido um: Fiquei sabendo que ele não 
é nenhum ignorante.
- O indefinido cada deve sempre vir acompanhado de um 
substantivo ou numeral, nunca s: Ganharam cem dólares cada um. 
(inadequado: Ganharam cem dólares cada.) 
- Colocados depois do substantivo, os pronomes algum / 
alguma ganham sentido negativo. Este ano, funcionário público 
algum terá aumento digno.
- Colocados antes do substantivo, os pronomes algum / 
alguma ganham sentido positivo. Devemos sempre ter alguma 
esperança.
- Certo, certa, certos, certas, vários, várias, são indefinidos 
quando colocados ANTES do substantivo e adjetivos, quando 
colocados DEPOIS do substantivo: - Certodia perdi o controle da 
situação. (antes do substantivo= indefinido). - Eles voltarão no dia 
certo. (depois do substantivo= adj etivo).
- Todo, toda (somente no singular) sem artigo, equivale a 
qualquer: Todo ser nasce chorando. (= qualquer ser; indetermina, 
generaliza).
- Outrem significa outra pessoa: Nunca se sabe o pensamento 
de outrem.
- Qualquer, plural quaisquer: Fazemos quaisquer negócios.
Locuções Pronominais Indefinidas
São locuções pronominais indefinidas duas ou mais palavras 
que equiva em ao pronome indefinido: cada qual / cada um / quem 
quer que seja / seja quem for / qualquer um / todo aquele que / um 
ou outro / tal qual (= certo) /tal e, ou qual /
Pronomes Relativos
São aqueles que representam, numa 2ª oração, alguma palavra 
que já apareceu na oração anterior. Essa palavra da oração anterior 
chama-se antecedente.
- Comprei um carro que é movido a álcool e à gasolina. É 
Flex Power.
Percebe-se que o pronome relativo que, substitui na 2 oração, 
o carro, por isso a palavra que é um pronome relativo.
Dica: substituir que por o, a, os, as, qual / quais.
Os pronomes relativos estão divididos em variáveis e 
invariáveis.
Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja, 
cujas, quanto, quantos;
Invariáveis: que, quem, quando, como, onde.
Emprego dos Pronomes Relativos
- O relativo que, por ser o mais usado, é chamado de relativo 
universal. Ele pode ser empregado com referência à pessoa ou 
coisa, no plural ou no singular: - Este é o CD novo que acabei de 
comprar. - João Adolfo é o cara que pedi a Deus.
- O relativo que pode ter por seu antecedente o pronome 
demonstrativo o, a, os, as: Não entendi o que você quis dizer. (o 
que = aquilo que).
- O relativo quem refere se a pessoa e vem sempre precedido 
de preposição: Marco Aurélio é o advogado a quem eu me referi.
- O relativo cujo e suas flexões equivalem a de que, do qual, 
de quem e estabelecem relação de posse entre o antecedente e o 
termo seguinte. (cujo, vem sempre entre dois substantivos)
Atenção:
- O pronome relativo pode vir sem antecedente claro, 
explícito; é classificado, portanto, como relativo indefinido, e não 
vem precedido de preposição: - Quem casa quer casa. - Feliz o 
homem cujo objetivo é a honestidade. - Estas são as pessoas de 
cujos nomes nunca vou me esquecer.
- Só se usa o relativo cujo quando o conseqüente é diferente 
do antecedente: 0 escritor cujo livro te falei é paulista.
- O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois 
de si.
- O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a: em 
que, no qual: Desconheço o lugar onde vende tudo mais barato. (= 
lugar em que)
- Quanto, quantos e quantas são relativos quando usados 
DEPOIS de tudo, todos, tanto: Naquele momento, a querida 
comadre Naldete, falou tudo quanto sabia.
Pronomes Interrogativos
São os pronomes em frases ínterrogativas diretas ou indiretas. 
Os principais interrogativos são: que, quem, qual, quanto: 
- Afinal, quem foram os prefeitos desta cidade? (interrogativa 
direta, com o ponto de interrogação) 
- Gostaria de saber quem foram os prefeitos desta cidade. 
(interrogativa direta, sem a interrogação)
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VERBO
“Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado.
Morreu na contramão atrapalhando o sábado.”
(Chico Buarque de Hollanda)
Nos versos acima, Chico Buarque relata poeticamente o 
drama de um operário, a partir de uma seqüência de ações: amou, 
beijou, ergueu, sentou, flutuou, acabou, morreu.
Essas palavras, que utilizamos para exprimir ações, recebem 
o nome de verbos. Verbo é a palavra que indica ação, movimento, 
fenômenos da natureza, estado, mudança de estado. Flexiona-
se em número (singular e plural), pessoa (primeira, segunda e 
terceira), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo, formas 
nominais: gerúndio, infinitivo e particípio), tempo (presente, 
passado e futuro) e apresenta voz (ativa, passiva, reflexiva).
De acordo com a vogal temática, os verbos estão agrupados 
em três conjugações:
1ª conjugação – ar: cantar, dançar, pular.
2ª conjugação – er: beber, correr, entreter.
3ª conjugação – ir: partir, rir, abrir.
Atenção! O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor, 
compor, impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua origem 
latina poer.
Elementos Estruturais do Verbo
As formas verbais apresentam três elementos em sua 
estrutura: Radical, Vogal Temática e Tema.
Radical: elemento mórfico (morfema) que concentra o 
significado essencial do verbo. Observe as formas verbais da 1ª 
conjugação: contar, esperar, brincar. Flexionando esses verbos, 
nota-se que há uma parte que não muda, e que nela está o 
significado real do verbo.
cont é o radical do verbo contar;
esper é o radical do verbo esperar;
brinc é o radical do verbo brincar.
Atenção: Se tiramos as terminações ar, er, ir do infinito 
dos verbos, teremos o radical desses verbos. Também podemos 
antepor prefixos ao radical: dês nutr ir / re conduz ir.
Vogal Temática: é o elemento mórfico que designa a 
qual conjugação pertence o verbo. Há três vogais temáticas: 1ª 
conjugação: a; 2ª conjugação: e; 3ª conjugação: i.
Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal 
temática: contar: ‑cont (radical) + a (vogal temática) = tema
Atenção: se não houver a vogal temática, o tema será apenas 
o radical: contei = cont ei.
Desinências: são elementos que se juntam ao radical – ou ao 
tema – para indicar as flexões de modo e tempo – desinências 
modo temporais e número pessoa – desinências número 
pessoais.
Contávamos
Cont = radical
a = vogal temática
va = desinência modo temporal
mos = desinência número pessoal
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
Rizotônicas: radical grego riz (o) = raiz + radical grego tonos 
= força, altura de um som, deriva daí a palavra tônica, usada para 
indicar a sílaba mais forte de uma palavra.
Arrizotônica: a mesma palavra + o prefixo a, indicando 
ausência ou negação. Portanto, formas rizotônicas são as formas 
verbais cujo acento tônico cai no radical: levo, estudo; formas 
arrizotônicas são aquelas cujo acento tônico cai fora do radical: 
estudei, venderão, levais.
Flexões Verbais
Flexão de número e de pessoa: o verbo varia para indicar o 
número e a pessoa.
- eu estudo – 1ª pessoa do singular;
- nós estudamos – 1ª pessoa do plural;
- tu estudas – 2ª pessoa do singular;
- vós estudais – 2ª pessoa do singular;
- ele estuda – 3ª pessoa do singular;
- eles estudam – 3ª pessoa do plural.
Atenção:
- Algumas regiões do Brasil, usam o pronome tu de forma 
diferente da fala culta, exigida pela gramática oficial, ou seja, 
tu foi, tu pega, tu tem, em vez de: tu fostes, tu pegas, tu tens. O 
pronome vós aparece somente em textos literários ou bíblicos. Os 
pronomes: você, vocês, que levam o verbo na 3ª pessoa, é o mais 
usado no Brasil.
- Flexão de tempo e de modo – os tempos situam o fato ou a 
ação verbal dentro de determinado momento; pode estar em plena 
ocorrência, pode já ter ocorrido ou não. Essas três possibilidades 
básicas, mas não únicas, são: presente, pretérito, futuro.
O modo indica as diversas atitudes do falante com relação ao 
fato que enuncia. São três os modos:
- modo indicativo: a atitude do falante é de certeza, precisão: o 
fato é ou foi uma realidade; Apresenta presente, pretérito perfeito, 
imperfeito e mais que perfeito, futuro do presente e futuro do 
pretérito.
- modo subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza, de 
dúvida, exprime uma possibilidade; O subjuntivo expressa uma 
incerteza, dúvida, possibilidade, hipótese. Apresenta presente,pretérito imperfeito e futuro. Ex: Tenha paciência, Lourdes. - 
Se tivesse dinheiro compraria um carro zero. - Quando o vir, dê 
lembranças minhas.
- modo imperativo: a atitude do falante é de ordem, um desejo, 
uma vontade, uma solicitação. Indica uma ordem, um pedido, uma 
súplica. Apresenta imperativo afirmativo e imperativo negativo
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Emprego dos Tempos do Indicativo
Presente do Indicativo: - Para enunciar um fato momentâneo. 
Ex: Estou feliz hoje - Para expressar um fato que ocorre com 
freqüência. Ex: Eu almoço todos os dias na casa de minha 
mãe. - Na indicação de ações ou estados permanentes, verdades 
universais. Ex: A água é incolor, inodora, insípida.
Pretérito Imperfeito: Para expressar um fato passado, não 
concluído. Ex: - Nós comíamos pastel na feira. - Eu cantava muito 
bem. 
Pretérito Perfeito: É usado na indicação de um fato passado 
concluído. Ex: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi...
Pretérito Mais‑Que‑Perfeito: Expressa um fato passado 
anterior a outro acontecimento passado. Ex: Nós cantáramos no 
congresso de música.
Futuro do Presente: Na indicação de um fato realizado num 
instante posterior ao que se fala. Ex: Cantarei domingo no coro da 
igreja matriz.
Futuro do Pretérito: Para expressar um acontecimento 
posterior a um outro acontecimento passado. Ex: Compraria um 
carro se tivesse dinheiro
1ª conjugação: ‑AR
Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais, dançam.
Pretérito perfeito: dancei, dançaste, dançou, dançamos, 
dançastes, dançaram.
Pretérito imperfeito: dançava, dançavas, dançava, 
dançávamos, dançáveis, dançavam.
Pretérito mais que perfeito: dançara, dançaras, dançara, 
dançáramos, dançáreis, dançaram.
Futuro do presente: dançarei, dançarás, dançará, dançaremos, 
dançareis, dançaram.
Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria, 
dançaríamos, dançaríeis, dançariam.
2ª Conjugação: ‑ER
Presente: como, comes, come, comemos, comeis, comem.
Pretérito perfeito: comi, comeste, comeu, comemos, 
comestes, comeram.
Pretérito imperfeito: comia, comias, comia, comíamos, 
comíeis, comiam.
Pretérito mais que perfeito: comera, comeras, comera, 
comêramos, comêreis, comeram.
Futuro do presente: comerei, comerás, comerá, comeremos, 
comereis, comerão.
Futuro do pretérito: comeria, comerias, comeria, 
comeríamos, comeríeis, comeriam.
3ª Conjugação: ‑IR
Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem.
Pretérito perfeito: parti, partiste, partiu, partimos, partistes, 
partiram.
Pretérito imperfeito: partia, partias, partia, partíamos, 
partíeis, partiam.
Pretérito mais que perfeito: partira, partiras, partira, 
partíramos, partíreis, partiram.
Futuro do presente: partirei, partirás, partirá, partiremos, 
partireis, partirão.
Futuro do pretérito: partiria, partirias, partiria, partiríamos, 
partiríeis.
Emprego dos Tempos do Subjuntivo 
Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou 
duvidoso, muitas vezes ligados ao desejo, à suposição: - Duvido 
de que apurem os fatos. – Que surjam novos e honestos políticos.
Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma condição 
ou hipótese: Se recebesse o prêmio, voltaria à universidade.
Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético, 
pode ou não acontecer. – Quando/Se você fizer o trabalho, será 
generosamente gratificado.
1ª Conjugação –AR
Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance, que nós 
dancemos, que vós danceis, que eles dancem.
Pretérito perfeito: se eu dançasse, se tu dançasses, se 
ele dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se eles 
dançassem.
Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando ele 
dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes, quando 
eles dançarem.
2ª Conjugação ‑ER
Presente: que eu coma, que tu comas, que ele coma, que nós 
comamos, que vós comais, que eles comam.
Pretérito perfeito: se eu comesse, se tu comesses, se lê 
comesse, se nós comêssemos, se vós comêsseis, se eles comessem.
Futuro: quando eu comer, quando tu comeres, quando ele 
comer, quando nós comermos, quando vós comerdes, quando eles 
comerem.
3ª conjugação – IR
Presente: que eu parta, que tu partas, que ele parta, que nós 
partamos, que vós partais, que eles partam.
Pretérito perfeito: se eu partisse, se tu partisses, se ele 
partisse, se nós partíssemos, se vós partísseis, se eles partissem.
Futuro: quando eu partir, quando tu partires, quando ele 
partir, quando nós partirmos, quando vós partirdes, quando eles 
partirem.
Emprego do Imperativo
Imperativo Afirmativo:
- Não apresenta a primeira pessoa do singular.
- É formado pelo presente do indicativo e pelo presente do 
subjuntivo.
- O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o –s.
- O Restante é cópia fiel do presente do subjuntivo.
Presente do indicativo: eu amo, tu amas, ele ama, nós 
amamos, vós amais, eles amam.
Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele 
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem.
Imperativo afirmativo: (X), ama tu, ame você, amemos nós, 
amai vós, amem vocês.
Imperativo Negativo:
- É formado através do presente do subjuntivo sem a primeira 
pessoa do singular.
- Não retira os –s do tu e do vós.
Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele 
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem.
Imperativo negativo: (X), não ames tu, não ame você, não 
amemos nós, não ameis vós, não amem vocês.
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Além dos três modos citados, os verbos apresentam ainda 
as formas nominais: infinitivo – impessoal e pessoal, gerúndio e 
particípio.
Infinitivo Impessoal: Exprime a significação do verbo de 
modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substantivo. 
Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta) - É indispensável 
combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma 
simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo: - É 
preciso ler este livro. - Era preciso ter lido este livro.
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso 
significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, não 
relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. Assim, 
considera-se apenas o processo verbal. Por exemplo: - Amar é 
sofrer. - O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de 
número e pessoa. 
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª 
pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo 
impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas 
do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase). 
Por exemplo: - Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa) - 
Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa)
Note: As regras que orientam o emprego da forma variável 
ou invariável do infinitivo não são todas perfeitamente definidas. 
Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o infinitivo 
pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se usar este último 
sempre que for necessário dar à frase maior clareza ou ênfase. 
O infinitivo impessoal é usado:
- Quando apresenta uma idéia vaga, genérica, sem se referir a 
um sujeito determinado; Por exemplo: - Querer é poder. ‑ Fumar 
prejudica a saúde. - É proibido colar cartazes neste muro. 
- Quando tiver o valor de Imperativo; Por exemplo: Soldados, 
marchar! (= Marchai!)
- Quando é regido de preposição e funciona como 
complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração 
anterior; Por exemplo: - Eles não têm o direito de gritar assim. 
- As meninas foram impedidas de participar do jogo. - Eu os 
convenci a aceitar. 
No entanto, na voz passiva dos verbos “contentar”, “tomar” 
e “ouvir”, por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) deve ser 
flexionado. Porexemplo: - Eram pessoas difíceis de serem 
contentadas. - Aqueles remédios são ruins de serem tomados. - Os 
CDs que você me emprestou são agradáveis de serem ouvidos.
Nas locuções verbais; Por exemplo:
- Queremos acordar bem cedo amanhã. 
- Eles não podiam reclamar do colégio. 
- Vamos pensar no seu caso.
 
Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração 
anterior; Por exemplo:
- Eles foram condenados a pagar pesadas multas. 
- Devemos sorrir ao invés de chorar. 
- Tenho ainda alguns livros por (para) publicar. 
Observação: Quando o infinitivo preposicionado, ou não, 
preceder ou estiver distante do verbo da oração principal (verbo 
regente), pode ser flexionado para melhor clareza do período e 
também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal. Por 
exemplo:
- Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos. 
- Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem futebol. 
- Para estudarmos, estaremos sempre dispostos. 
- Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas 
crianças. 
 
Com os verbos causativos “deixar”, “mandar” e “fazer” e seus 
sinônimos que não formam locução verbal com o infinitivo que os 
segue; Por exemplo:Deixei-os sair cedo hoje. 
 Com os verbos sensitivos “ver”, “ouvir”, “sentir” e sinônimos, 
deve-se também deixar o infinitivo sem flexão. Por exemplo: - Vi-
os entrar atrasados. - Ouvi-as dizer que não iriam à festa. 
Observações: 
a) É inadequado o emprego da preposição “para” antes 
dos objetos diretos de verbos como “pedir”, “dizer”, “falar” e 
sinônimos;
- Pediu para Carlos entrar (errado),
- Pediu para que Carlos entrasse (errado).
- Pediu que Carlos entrasse (correto).
b) Quando a preposição “para” estiver regendo um verbo, 
como na oração “Este trabalho é para eu fazer”, pede-se o emprego 
do pronome pessoal “eu”, que se revela, neste caso, como sujeito. 
Outros exemplos: 
- Aquele exercício era para eu corrigir. 
- Esta salada é para eu comer? 
- Ela me deu um relógio para eu consertar. 
Atenção: Em orações como “Esta carta é para mim!”, a 
preposição está ligada somente ao pronome, que deve se apresentar 
oblíquo tônico.
Infinitivo Pessoal: É o infinitivo relacionado às três pessoas do 
discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências, 
assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se 
da seguinte maneira:
2ª pessoa do singular: Radical + es 
 Ex.: teres (tu) 
1ª pessoa do plural: Radical + mos
 Ex.: termos (nós)
2ª pessoa do plural: Radical + des
 Ex.: terdes (vós) 
3ª pessoa do plural: Radical + em
 Ex.: terem (eles)
 
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa 
colocação.
Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso 
significa que ele atribui um agente ao processo verbal, flexionando-
se.
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:
1- Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso; 
Por exemplo: - Se tu não perceberes isto... - Convém vocês irem 
primeiro. - O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito 
desinencial, sujeito implícito = nós).
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2- Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal; 
Por exemplo: - O professor deu um prazo de cinco dias para os 
alunos estudarem bastante para a prova. - Perdôo-te por me 
traíres. - O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade. 
- O guarda fez sinal para os motoristas pararem. 
3- Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na 
terceira pessoa do plural); Por exemplo: - Faço isso para não me 
acharem inútil. - Temos de agir assim para nos promoverem. - Ela 
não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua conduta. 
4- Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de 
ação; Por exemplo: - Vi os alunos abraçarem‑se alegremente. 
- Fizemos os adversários cumprimentarem‑se com gentileza. - 
Mandei as meninas olharem‑se no espelho.
Nota: Como se pode observar, a escolha do Infinitivo 
Flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente (sujeito) 
da ação expressa pelo verbo. 
DICAS: 
a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com “j”, esse “j” 
aparecerá em todas as outras formas. Por exemplo:
‑ Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, 
enferrujarão, enferrujassem, etc. (Lembre, contudo, que o 
substantivo ferrugem é grafado com “g”.).
‑ Viajar: viajou, viajaria, viajem (3ª pessoa do plural do 
presente do subjuntivo, não confundir com o substantivo viagem) 
viajarão, viajasses, etc.
b) Quando o verbo tem o infinitivo com “g”, como em “dirigir” 
e “agir” este “g” deverá ser trocado por um “j” apenas na primeira 
pessoa do presente do indicativo. Por exemplo: eu dirijo/ eu ajo 
c) O verbo “parecer” pode relacionar-se de duas maneiras 
distintas com o infinitivo. 
- Quando “parecer” é verbo auxiliar de um outro verbo: Elas 
parecem mentir. 
- Elas parece mentirem - Neste exemplo ocorre, na verdade, 
um período composto. “Parece” é o verbo de uma oração principal 
cujo sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida 
de infinitivo “elas mentirem”. Como desdobramento dessa 
reduzida, podemos ter a oração “Parece que elas mentem.”
Gerúndio: O gerúndio pode funcionar como adjetivo ou 
advérbio. Por exemplo: - Saindo de casa, encontrei alguns amigos. 
(função de advérbio) - Nas ruas, havia crianças vendendo doces. 
(função adjetivo)
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em 
curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo: - 
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. - Tendo trabalhado, 
aprendeu o valor do dinheiro. 
Particípio: Quando não é empregado na formação dos tempos 
compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma 
ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por 
exemplo: Terminados os exames, os candidatos saíram. 
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma 
relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo 
(adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para 
representar a escola.
1ª Conjugação –AR
Infinitivo Impessoal: dançar.
Infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu; dançar ele, 
dançarmos nós, dançardes vós, dançarem eles.
Gerúndio: dançando.
Particípio: dançado.
2ª Conjugação –ER
Infinitivo impessoal: comer.
Infinitivo pessoal: comer eu, comeres tu, comer ele, 
comermos nós, comerdes vós, comerem eles.
Gerúndio: comendo.
Particípio: comido.
3ª Conjugação –IR
Infinitivo impessoal: partir.
Infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele, partirmos 
nós, partirdes vós, partirem eles.
Gerúndio: partindo.
Particípio: partido.
Verbos Auxiliares: Ser, estar, ter, haver
SER
Indicativo:
Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são.
Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos, vós 
éreis, eles eram.
Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós 
fomos, vós fostes, eles foram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho sido.
Mais‑que‑perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós 
fôramos, vós fôreis, eles foram.
Pretérito Mais‑que‑Perfeito Composto: tinha sido.
Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria, nós 
seríamos, vós seríeis, eles seriam.
Futuro do Pretérito Composto: terei sido.
Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos, 
vós sereis, eles serão.
Futuro do Pretérito Composto: Teria sido.
Subjuntivo:
Presente do Subjuntivo: que eu seja, que tu sejas, que ele 
seja, que nós sejamos, que vós sejais, que eles sejam.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: se eu fosse, se tu fosses, 
se ele fosse, se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
Pretérito Mais‑que‑Perfeito Composto: Tivesse sido.
Futuro do Subjuntivo simples: quando eu for, quando tu 
fores, quando ele for, quando nós formos, quando vós fordes, 
quando eles forem.Futuro do Subjuntivo Composto: Tiver sido.
Imperativo:
Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede 
vós, sejam eles.
Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos 
nós, não sejais vós, não sejam eles.
Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por 
sermos nós, por serdes vós, por serem eles.
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Formas Nominais:
•	 infinitivo: ser
•	 gerúndio: sendo
•	 particípio: sido
ESTAR
Indicativo:
Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais, 
eles estão.
Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós 
estávamos, vós estáveis, eles estavam.
Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele esteve, 
nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram.
Pretérito Perfeito Composto: Tenho estado.
Pretérito Mais‑que‑Perfeito simples: eu estivera, tu 
estiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles 
estiveram.
Mais‑que‑perfeito composto: Tinha estado
Futuro do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele estará, 
nós estaremos, vós estareis, eles estarão.
Futuro do Presente Composto: Terei estado.
Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele 
estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam.
Futuro do Pretérito Composto: Teria estado.
Subjuntivo:
Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que nós 
estejamos, que vós estejais, que eles estejam.
Pretérito Imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses, 
se ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles 
estivessem.
Pretérito Mais‑que‑Perfeito‑composto: Tivesse estado
Futuro Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres, 
quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós estiverdes, 
quando eles estiverem.
Futuro Composto: Tiver estado.
Imperativo:
Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós, 
estai vós, estejam eles.
Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não 
estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles.
Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele, 
por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles.
Formas Nominais:
•	 infinitivo: estar
•	 gerúndio: estando
•	 particípio: estado
TER
Indicativo:
Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes, 
eles têm.
Pretérito Imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós 
tínhamos, vós tínheis, eles tinham.
Pretérito Perfeito simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, nós 
tivemos, vós tivestes, eles tiveram.
Pretérito Perfeito Composto: Tenho tido.
Pretérito Mais‑que‑Perfeito simples: eu tivera, tu tiveras, 
ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram.
Pretérito Mais‑que‑Perfeito composto:Tinha tido.
Futuro do Presente simples: eu terei, tu terás, ele terá, nós 
teremos, vós tereis, eles terão.
Futuro do Presente: Terei tido.
Futuro do Pretérito simples: eu teria, tu terias, ele teria, nós 
teríamos, vós teríeis, eles teriam.
Futuro do Pretérito composto: Teria tido.
Subjuntivo:
Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que nós 
tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham.
Imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele tivesse, se nós 
tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem.
Pretérito Mais‑que‑Perfeito composto: Tivesse tido.
Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele tiver, 
quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles tiverem.
Futuro Composto: Tiver tido.
Imperativo:
Imperativo Afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós, 
tende vós, tenham eles.
Imperativo Negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não 
tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles.
Infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por 
termos nós, por terdes vós, por terem eles.
Formas Nominais:
•	 infinitivo: ter
•	 gerúndio: tendo
•	 particípio: tido
HAVER
Indicativo:
Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles 
hão.
Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós 
havíamos, vós havíeis, eles haviam.
Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele houve, 
nós houvemos, vós houvestes, eles houveram.
Pretérito Perfeito Composto: Tenho havido.
Pretérito Mais‑que‑Perfeito simples: eu houvera, tu 
houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles 
houveram.
Pretérito Mais‑que‑Prefeito composto: Tinha havido.
Futuro do Presente simples: eu haverei, tu haverás, ele 
haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão.
Futuro do presente composto: Terei havido.
Futuro do Pretérito do Indicativo: eu haveria, tu haverias, 
ele haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam.
Futuro do pretérito composto: Teria havido.
Subjuntivo:
Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós 
hajamos, que vós hajais, que eles hajam.
50
Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
BANCO DO BRASIL 01/2011
Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se 
ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles 
houvessem.
Pretérito Mais‑que‑Perfeito composto: Tivesse havido.
Futuro simples: quando eu houver, quando tu houveres, 
quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós houverdes, 
quando eles houverem.
Futuro composto: Tiver havido.
Imperativo: 
Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós, 
hajam eles.
Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não hajamos 
nós, não hajais vós, não hajam eles.
Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver ele, 
por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.
Formas Nominais:
•	 infinitivo: haver
•	 gerúndio: havendo
•	 particípio: havido
Verbos Regulares
Não sofrem modificação no radical durante toda conjugação 
(em todos os modos) e as desinências seguem as do verbo 
paradigma (verbo modelo)
Amar: (Eu amo) - Am-o, Am-ei, Am-ava, Am-ara, Am-arei, 
Am-aria, Am-e, Am-asse, Am-ar.
Comer: (radical: com) - Com-o, Com-i, Com-ia, Com-era, 
Com-erei, Com-eria, Com-a, Com-esse, Com-er.
Partir: (radical: part) - Part-o, Part-I, Part-ia, Part-ira, Part-
irei, Part-iria, Part-a, Part-isse, Part-ir.
Verbos Irregulares
São os verbos que sofrem modificações no radical ou em suas 
desinências.
1ª Conjugação: 
DAR
Indicativo:
Presente: eu dou, tu dás, ele dá, nós damos, vós dais, eles dão.
Pretérito Imperfeito: eu dava, tu davas, ele dava, nós dávamos, 
vós dáveis, eles davam.
Pretérito Perfeito: eu dei, tu deste, ele deu, nós demos, vós 
destes, eles deram.
Pretérito Mais-que-perfeito: eu dera, tu deras, ele dera, nós 
déramos, vós déreis, eles deram.
Futuro do Presente: eu darei, tu darás, ele dará, nós daremos, 
vós dareis, eles darão.
Futuro do Pretérito: eu daria, tu darias, ele daria, nós daríamos, 
vós daríeis, eles dariam.
Subjuntivo:
Presente: que eu dê, que tu dês, que ele dê, que nós demos, 
que vós deis, que eles dêem.
Pretérito Imperfeito: se eu desse, se tu desses, se ele desse, 
se nós déssemos, se vós désseis, se eles dessem.
Futuro: quando eu der, quando tu deres, quando ele der, 
quando nós dermos, quando vós derdes, quando eles derem.
Imperativo Afirmativo: dá tu, dê ele, demos nós, dai vós, 
dêem eles.
Imperativo Negativo: não dês tu, não dê ele, não demos nós, 
não deis vós, não dêem eles.
Infinitivo Pessoal: por dar eu, por dares tu, por dar ele, por 
darmos nós, por dardes vós, por darem eles.
Formas Nominais:
Infinitivo: dar.
Gerúndio: dando.
Particípio: dado.
AGUAR
Indicativo:
Presente: eu águo, tu águas, ele água, nós aguamos, vós 
aguais, eles águam.
Pretérito Perfeito: eu agüei, tu aguaste, ele aguou, nós 
aguamos, vós aguastes, eles aguaram.
Pretérito Perfeito: eu agüei, tu aguaste, ele aguou, nós 
aguamo, vós aguastes, eles aguaram.
Pretérito Perfeito: eu agüei, tu aguaste, ele aguou, nósaguamos, vós aguastes, eles aguaram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu aguara, tu aguaras, ele 
aguara, nós aguáramos, vós aguáreis, eles aguaram.
Futuro do Presente: eu aguarei, tu aguarás, ele aguará, nós 
aguaremos, vós aguareis, eles aguarão.
Futuro do Pretérito: eu aguaria, tu aguarias, ele aguaria, nós 
aguaríamos, vós aguaríeis, eles aguariam.
Subjuntivo
Presente: que eu ágüe, que tu ágües, que ele ágüe, que nós 
agüemos, que vós agüeis, que eles ágüem.
Pretérito Imperfeito: se eu aguasse, se tu aguasses, se ele 
aguasse, se nós aguássemos, se vós aguásseis, se eles aguassem.
Futuro: quando eu aguar, quando tu aguares, quando ele 
aguar, quando nós aguarmos, quando vós aguardes, quando eles 
aguarem.
Imperativo Afirmativo: agua tu, ague ele, aguemos nós, 
aguai vós, aguem eles.
Imperativo Negativo: não agues tu, não ague ele, não 
aguemos nós, não agueis vós, não aguem eles.
Infinitivo Pessoal: por aguar eu, por aguares tu, por aguar ele, 
por aguarmos nós, por aguardes vós, por aguarem eles.
Formas Nominais:
Infinitivo: aguar.
Gerúndio: aguando.
Particípio: aguado.
ABENÇOAR
Os verbos magoar, voar e perdoar seguem a conjugação de 
abençoar.
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
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Indicativo:
Presente: eu abençôo, tu abençoas, ele abençoa, nós 
abençoamos, vós abençoais, eles abençoam.
Pretérito Imperfeito: eu abençoava, tu abençoavas, ele 
abençoava, nós abençoávamos, vós abençoáveis, eles abençoavam.
Pretérito Perfeito: eu abençoei, tu abençoaste, ele abençoou, 
nós abençoamos, vós abençoastes, eles abençoaram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu abençoara, tu abençoaras, ele 
abençoara, nós abençoáramos, vós abençoáreis, eles abençoaram.
Futuro do Presente: eu abençoarei, tu abençoarás, ele 
abençoará, nós abençoaremos, vós abençoareis, eles abençoarão.
Futuro do Pretérito: eu abençoaria, tu abençoarias, 
ele abençoaria, nós abençoaríamos, vós abençoaríeis, eles 
abençoariam.
Subjuntivo:
Presente: que eu abençoe, que tu abençoes, que ele abençoe, 
que nós abençoemos, que vós abençoeis, que eles abençoem.
Pretérito Imperfeito: se eu abençoasse, se tu abençoasses, 
se ele abençoasse, se nós abençoássemos, se vós abençoásseis, se 
eles abençoassem.
Futuro: quando eu abençoar, quando tu abençoares, quando 
ele abençoar, quando nós abençoarmos, quando vós abençoardes, 
quando eles abençoarem.
Imperativo Afirmativo: abençoa tu, abençoe ele, abençoemos 
nós, abençoai vós, abençoem eles.
Imperativo Negativo: não abençoes tu, não abençoe ele, não 
abençoemos nós, não abençoeis vós, não abençoem eles.
Infinitivo Pessoal: por abençoar eu, por abençoares tu, por 
abençoar ele, por abençoarmos nós, por abençoardes vós, por 
abençoarem eles.
Formas Nominais:
Infinitivo: abençoar 
Gerúndio: abençoando 
Particípio: abençoado
PASSEAR
Todos os verbos terminados em –ear seguem o paradigma do 
verbo passear. E os verbos em Mario (mediar, ansiar, remediar, 
incendiar e odiar).
Indicativo:
Presente: eu passeio, tu passeias, ele passeia, nós passeamos, 
vós passeais, eles passeiam.
Pretérito Imperfeito: eu passeava, tu passeavas, ele passeava, 
nós passeávamos, vós passeáveis, eles passeavam.
Pretérito Perfeito: eu passeei, tu passeaste, ele passeou, nós 
passeamos, vós passeastes, eles passearam.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu passeara, tu passearas, ele 
passeara, nós passeáramos, vós passeáreis, eles passearam.
Futuro do Pretérito: eu passearia, tu passearias, ele passearia, 
nós passearíamos, vós passearíeis, eles passeariam.
Futuro do Presente: eu passearei, tu passearás, ele passeará, 
nós passearemos, vós passeareis, eles passearão.
Subjuntivo:
Presente: que eu passeie, que tu passeies, que ele passeie, que 
nós passeemos, que vós passeeis, que eles passeiem.
Pretérito Imperfeito: se eu passeasse, se tu passeasses, se 
ele passeasse, se nós passeássemos, se vós passeásseis, se eles 
passeassem.
Futuro: quando eu passear, quando tu passeares, quando ele 
passear, quando nós passearmos, quando vós passeardes, quando 
eles passearem.
Imperativo Afirmativo: passeia tu, passeie ele, passeemos 
nós, passeai vós, passeiem eles.
Imperativo Negativo: não passeies tu, não passeie ele, não 
passeemos nós, não passeeis vós, não passeiem eles.
Infinitivo Pessoal: por passear eu, por passeares tu, por 
passear ele, por passearmos nós, por passeardes vós, por passearem 
eles.
Formas Nominais:
Infinitivo: passear.
Gerúndio: passeando.
Particípio: passeado.
NEGOCIAR
Indicativo:
Presente: eu negocio, tu negocias, ele negocia, nós 
negociamos, vós negociais, eles negociam.
Pretérito Imperfeito: eu negociava, tu negociavas, ele 
negociava, nós negociávamos, vós negociáveis, eles negociavam.
Pretérito Perfeito: eu negociei, tu negociaste, ele negociou, 
nós negociamos, vós negociastes, eles negociaram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu negociara, tu negociaras, ele 
negociara, nós negociáramos, vós negociáreis, eles negociaram.
Futuro do Presente: eu negociarei, tu negociarás, ele 
negociará, nós negociaremos, vós negociareis, eles negociarão.
Futuro do Pretérito: eu negociaria, tu negociarias, ele 
negociaria, nós negociaríamos, vós negociaríeis, eles negociariam.
Subjuntivo:
Presente: que eu negocie, que tu negocies, que ele negocie, 
que nós negociemos, que vós negocieis, que eles negociem.
Pretérito Imperfeito: se eu negociasse, se tu negociasses, se 
ele negociasse, se nós negociássemos, se vós negociásseis, se eles 
negociassem.
Futuro: quando eu negociar, quando tu negociares, quando 
ele negociar, quando nós negociarmos, quando vós negociardes, 
quando eles negociarem.
Imperativo Afirmativo: negocia tu, negocie ele, negociemos 
nós, negociai vós, negociem eles.
Imperativo Negativo: não negocies tu, não negocie ele, não 
negociemos nós, não negocieis vós, não negociem eles.
Infinitivo Pessoal: por negociar eu, por negociares tu, por 
negociar ele, por negociarmos nós, por negociardes vós, por 
negociarem eles.
52
Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
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Formas Nominais:
Infinitivo: negociar.
Gerúndio: negociando.
Particípio: negociado.
2ª Conjugação
CABER
Indicativo:
Presente: eu caibo, tu cabes, ele cabe, nós cabemos, vós 
cabeis, eles cabem.
Pretérito Imperfeito: eu cabia, tu cabias, ele cabia, nós 
cabíamos, vós cabíeis, eles cabiam.
Pretérito Perfeito: eu coube, tu coubeste, ele coube, nós 
coubemos, vós coubestes, eles couberam.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu coubera, tu couberas, ele 
coubera, nós coubéramos, vós coubéreis, eles couberam.
Futuro do Presente: eu caberei, tu caberás, ele caberá, nós 
caberemos, vós cabereis, eles caberão.
Futuro do Pretérito: eu caberia, tu caberias, ele caberia, nós 
caberíamos, vós caberíeis, eles caberiam.
Subjuntivo:
Presente: que eu caiba, que tu caibas, que ele caiba, que nós 
caibamos, que vós caibais, que eles caibam.
Pretérito Imperfeito: se eu coubesse, se tu coubesses, se 
ele coubesse, se nós coubéssemos, se vós coubésseis, se eles 
coubessem.
Futuro: quando eu couber , quando tu couberes, quando ele 
couber , quando nós coubermos, quando vós couberdes, quando 
eles couberem.
Imperativo Afirmativo: cabe tu, caiba ele, caibamos nós, 
cabei vós, caibam eles.
Imperativo Negativo: não caibas tu, não caiba ele, não 
caibamos nós, não caibais vós, não caibam eles.
Infinitivo Pessoal: por caber eu, por caberes tu, por caber ele, 
por cabermos nós, por caberdes vós, por caberem eles.
Formas Nominais:
Infinitivo: caber.
Gerúndio: cabendo.
Particípio: cabido.
CRER
Indicativo:
Presente: eu creio, tu crês, ele crê, nós cremos, vós credes, 
eles crêem.
Pretérito Imperfeito: eu cria, tu crias, ele cria, nós críamos, 
vós críeis, eles criam.
Pretérito Perfeito: eu cri,tu creste, ele creu, nós cremos, vós 
crestes, eles creram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu crera, tu creras, ele crera, 
nós crêramos, vós crêreis, eles creram.
Futuro do Presente: eu crerei, tu crerás, ele crerá,nós 
creremos, vós crereis, eles crerão.
Futuro do Pretérito: eu creria, tu crerias, ele creria, nós 
creríamos, vós creríeis, eles creriam.
Subjuntivo:
Presente: que eu creia, que tu creias, que ele creia, que nós 
creiamos, que vós creiais, que eles creiam.
Pretérito Imperfeito: se eu cresse, se tu cresses, se ele cresse, 
se nós crêssemos, se vós crêsseis, se eles cressem.
Futuro: quando eu crer, quando tu creres, quando ele crer, 
quando nós crermos, quando vós crerdes, quando eles crerem.
Imperativo Afirmativo: crê tu, creia ele, creiamos nós, crede 
vós, creiam eles.
Imperativo Negativo: não creias tu, não creia ele, não 
creiamos nós, não creiais vós, não creiam eles.
Infinitivo Pessoal: por crer eu, por creres tu, por crer ele, por 
crermos nós, por crerdes vós, por crerem eles.
Formas Nominais:
Infinitivo: crer 
Gerúndio: crendo 
Particípio: crido
DIZER
Indicativo:
Presente: eu digo, tu dizes, ele diz, nós dizemos, vós dizeis, 
eles dizem.
Pretérito Imperfeito: eu dizia, tu dizias, ele dizia, nós dizíamos, 
vós dizíeis, eles diziam.
Pretérito Perfeito: eu disse, tu disseste, ele disse, nós dissemos, 
vós dissestes, eles disseram.
Pretérito Mais-que-perfeito: eu dissera, tu disseras, ele dissera, 
nós disséramos, vós disséreis, eles disseram.
Futuro do Presente: eu direi, tu dirás, ele dirá, nós diremos, 
vós direis, eles dirão.
Futuro do Pretérito: eu diria, tu dirias, ele diria, nós diríamos, 
vós diríeis, eles diriam.
Subjuntivo: 
Presente: que eu diga, que tu digas, que ele diga, que nós 
digamos, que vós digais, que eles digam.
Pretérito Imperfeito: se eu dissesse, se tu dissesses, se ele 
dissesse, se nós disséssemos, se vós dissésseis, se eles dissessem.
Futuro: quando eu disser , quando tu disseres, quando ele 
disser, quando nós dissermos, quando vós disserdes, quando eles 
disserem.
Imperativo Afirmativo: diz tu, diga ele, digamos nós, dizei 
vós, digam eles.
Imperativo Negativo: não digas tu, não diga ele, não digamos 
nós, não digais vós, não digam eles.
Infinitivo Pessoal: por dizer eu, por dizeres tu, por dizer ele, 
por dizermos nós, por dizerdes vós, por dizerem eles.
Formas Nominais: 
Infinitivo: dizer.
Gerúndio: dizendo.
Particípio: dito.
FAZER
Seguem o mesmo paradigma: desfazer, satisfazer, refazer
Indicativo:
Presente: eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos, vós fazeis, 
eles fazem.
Pretérito Imperfeito: eu fazia, tu fazias, ele fazia, nós 
fazíamos, vós fazíeis, eles faziam.
53
Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
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Pretérito Perfeito: eu fiz, tu fizeste, ele fez, nós fizemos, vós 
fizestes, eles fizeram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu fizera, tu fizeras, ele fizera, 
nós fizéramos, vós fizéreis, eles fizeram.
Futuro do Presente: eu farei, tu farás, ele fará, nós faremos, 
vós fareis, eles farão.
Futuro do Pretérito: eu faria, tu farias, ele faria, nós faríamos, 
vós faríeis, eles fariam.
Subjuntivo:
Presente: que eu faça, que tu faças, que ele faça, que nós 
façamos, que vós façais, que eles façam.
Pretérito Imperfeito: se eu fizesse, se tu fizesses, se ele 
fizesse, se nós fizéssemos, se vós fizésseis, se eles fizessem.
Futuro: quando eu fizer, quando tu fizeres, quando ele fizer, 
quando nós fizermos, quando vós fizerdes, quando eles fizerem.
Imperativo Afirmativo: faze tu, faça ele, façamos nós, azei 
vós, façam eles.
Imperativo Negativo: não faças tu, não faça ele, não façamos 
nós, não façais vós, não façam eles.
Infinitivo Pessoal: por fazer eu, por fazeres tu, por fazer ele, 
por fazermos nós, por fazerdes vós, por fazerem eles.
Formas Nominais: 
Infinitivo: fazer.
Gerúndio: fazendo.
Particípio: feito.
JAZER
Indicativo: 
Presente: eu jazo, tu jazes, ele jaz, nós jazemos, vós jazeis, 
eles jazem.
Pretérito Imperfeito: eu jazia, tu jazias, ele jazia, nós 
jazíamos, vós jazíeis, eles jaziam.
Pretérito Perfeito: eu jazi, tu jazeste, ele jazeu, nós jazemos, 
vós jazestes, eles jazeram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu jazera, tu jazeras, ele jazera, 
nós jazêramos, vós jazêreis, eles jazeram.
Futuro do Presente: eu jazerei, tu jazerás, ele jazerá, nós 
jazeremos, vós jazereis, eles jazerão.
Futuro do Pretérito: eu jazeria, tu jazerias, ele jazeria, nós 
jazeríamos, vós jazeríeis, eles jazeriam.
Subjuntivo:
Presente: que eu jaza, que tu jazas, que ele jaza, que nós 
jazamos, que vós jazais, que eles jazam.
Pretérito Imperfeito: se eu jazesse, se tu jazesses, se ele 
jazesse, se nós jazêssemos, se vós jazêsseis, se eles jazessem.
Futuro: quando eu jazer, quando tu jazeres, quando ele jazer, 
quando nós jazermos, quando vós jazerdes, quando eles jazerem.
Imperativo Afirmativo: jaze tu, jaza ele, jazamos nós, jazei 
vós, jazam eles.
Imperativo Negativo: não jazas tu, não jaza ele, não jazamos 
nós, não jazais vós, não jazam eles.
Infinitivo Pessoal: por jazer eu, por jazeres tu, por jazer ele, 
por jazermos nós, por jazerdes vós, por jazerem eles.
Formas Nominais: 
Infinitivo: jazer 
Gerúndio: jazendo 
Particípio: jazido
PÔR
Indicativo:
Presente: eu posso, tu podes, ele pode, nós podemos, vós 
podeis, eles podem.
Pretérito Imperfeito: eu podia, tu podias, ele podia, nós 
podíamos, vós podíeis, eles podiam.
Pretérito Perfeito: eu pude, tu pudeste, ele pôde, nós 
pudemos, vós pudestes,eles puderam.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu pudera, tu puderas, ele 
pudera, nós pudéramos, vós pudéreis, eles puderam.
Futuro do Presente: eu poderei, tu poderás, ele poderá, nós 
poderemos, vós podereis, eles poderão.
Futuro do Pretérito: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós 
poderíamos, vós poderíeis, eles poderiam.
Subjuntivo
Presente: que eu possa, que tu possas, que ele possa, que nós 
possamos, que vós possais, que eles possam.
Pretérito Imperfeito: se eu pudesse, se tu pudesses, se ele 
pudesse, se nós pudéssemos, se vós pudésseis, se eles pudessem.
Futuro: quando eu puder, quando tu puderes, quando ele 
puder, quando nós pudermos, quando vós puderdes, quando eles 
puderem.
Imperativo Afirmativo: (X).
Imperativo Negativo: (X). 
Infinitivo Pessoal: poder eu, poderes tu, poder ele, podermos 
nós, poderdes vós, poderem eles.
Formas Nominais:
Infinitivo: poder.
Gerúndio: podendo.
Particípio: podido.
QUERER
Indicativo:
Presente: eu quero, tu queres, ele quer, nós queremos, vós 
quereis, eles querem.
Pretérito Imperfeito: eu queria, tu querias, ele queria, nós 
queríamos, vós queríeis, eles queriam.
Pretérito Perfeito: eu quis, tu quiseste, ele quis, nós quisemos, 
vós quisestes, eles quiseram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu quisera, tu quiseras, ele 
quisera, nós quiséramos, vós quiséreis, eles quiseram.
Futuro do Presente: eu quererei, tu quererás, ele quererá, nós 
quereremos, vós querereis, eles quererão.
Futuro do Pretérito: eu quereria, tu quererias, ele quereria, 
nós quereríamos, vós quereríeis, eles quereriam.
Subjuntivo:
Presente: que eu queira, que tu queiras, que ele queira, que 
nós queiramos, que vós queirais, que eles queiram.
Pretérito Imperfeito: se eu quisesse, se tu quisesses, se ele 
quisesse, se nós quiséssemos, se vós quisésseis, se eles quisessem.
Futuro: quando eu quiser, quando tu quiseres, quando ele 
quiser, quando nós quisermos, quando vós quiserdes, quando eles 
quiserem.
Imperativo Afirmativo: quere/quer – tu, queira – você, 
queiramos – nós, querei – vós, queiram – vocês.
Imperativo Negativo: não queiras – tu, não queira – você, 
não queiramos – nós, não queirais – vós, não queiram – vocês.
Infinitivo Pessoal: querer eu, quereres tu,querer ele, 
querermos nós, quererdes vós, quererem eles.
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Formas Nominais:
Infinitivo: querer.
Gerúndio: querendo.
Particípio: querido.
REQUERER
Indicativo:
Presente: eu requeiro, tu requeres, ele requer, nós requeremos, 
vós requereis, eles requerem.
Pretérito Imperfeito: eu requeria, tu requerias, ele requeria, 
nós requeríamos, vós requeríeis, eles requeriam.
Pretérito Perfeito: eu requeri, tu requereste, ele requereu, 
nós requeremos, vós requereis, eles requereram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu requerera, tu requereras, ele 
requerera, nós requerêramos, vós requerêreis, eles requereram.
Futuro do Presente: eu requererei, tu requererás, ele 
requererá, nós requereremos, vós requerereis, eles requererão.
Futuro do Pretérito: eu requereria, tu requererias, ele 
requereria, nós requereríamos, vós requereríeis, eles requereriam.
Subjuntivo:
Presente: que eu requeira, que tu requeiras, que ele requeira, 
que nós requeiramos, que vós requeirais, que eles requeiram.
Pretérito Imperfeito: se eu requeresse, se tu requeresses, se 
ele requeresse, se nós requerêssemos, se vós requerêsseis, se eles 
requeressem.
Futuro: quando eu requerer, quando tu requereres, quando 
ele requerer, quando nós requerermos, quando vós requererdes, 
quando eles requererem.
Imperativo Afirmativo: requere – tu, requeira – você, 
requeiramos – nós, requerei – vós, requeiram – vocês.
Imperativo Negativo: não requeiras – tu, não requeira – 
você, não requeiramos – nós, não requeirais – vós, não requeiram 
– vocês.
Infinitivo Pessoal: requerer eu, requereres tu, requerer ele, 
requerermos nós, requererdes vós, requererem eles.
Formas Nominais: 
Infinitivo: requerer. 
Gerúndio: requerendo.
Particípio: requerido.
VALER
Indicativo:
Presente: eu valho, tu vales, ele vale, nós valemos, vós valeis, 
eles valem.
Pretérito Imperfeito: eu valia, tu valias, ele valia, nós 
valíamos, vós valíeis, eles valiam.
Pretérito Imperfeito: eu valia, tu valias, ele valia, nós 
valíamos, vós valíeis, eles valiam.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu valera, tu valeras, ele valera, 
nós valêramos, vós valêreis, eles valeram.
Futuro do Pretérito: eu valeria, tu valerias, ele valeria, nós 
valeríamos, vós valeríeis, eles valeriam.
Futuro do Pretérito: eu valeria, tu valerias, ele valeria, nós 
valeríamos, vós valeríeis, eles valeriam.
Subjuntivo:
Presente: que eu valha, que tu valhas, que ele valha, que nós 
valhamos, que vós valhais, que eles valham.
Pretérito Imperfeito: se eu valesse, se tu valesses, se ele 
valesse, se nós valêssemos, se vós valêsseis, se eles valessem.
Futuro: quando eu valer, quando tu valeres, quando ele valer, 
quando nós valermos, quando vós valerdes, quando eles valerem.
Imperativo Afirmativo: vale tu, valha ele, valhamos nós, 
valei vós, valham eles. 
Imperativo Negativo: não valhas tu, não valha ele, não 
valhamos nós, não valhais vós, não valham eles.
Infinitivo Pessoal: por valer eu, por valeres tu, por valer ele, 
por valermos nós, por valerdes vós, por valerem eles.
Formas Nominais:
Infinitivo: valer.
Gerúndio: valendo.
Particípio: valido.
VER
Indicativo:
Presente: eu vejo, tu vês, ele vê, nós vemos, vós vedes, eles 
vêem.
Pretérito Imperfeito: eu via, tu vias, ele via, nós víamos, vós 
víeis, eles viam.
Pretérito Perfeito: eu vi, tu viste, ele viu, nós vimos, vós 
vistes, eles viram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu vira, tu viras, ele vira, nós 
víramos, vós víreis, eles viram.
Futuro do Presente: eu verei, tu verás, ele verá, nós veremos, 
vós vereis, eles verão.
Futuro do Pretérito: eu veria, tu verias, ele veria, nós 
veríamos, vós veríeis, eles veriam.
Subjuntivo:
Presente: que eu veja, que tu vejas, que ele vejamos, que nós 
vejais, que vós vejam.
Pretérito Imperfeito: se eu visse, se tu visses, se ele visse, se 
nós víssemos, se vós vísseis, se eles vissem.
Futuro: quando eu vir, quando tu vires, quando ele vir, 
quando nós virmos, quando vós virdes, quando eles virem.
Imperativo Afirmativo: vê tu, veja ele, vejamos nós, vede 
vós, vejam eles.
Imperativo Negativo: não vejas tu, não veja ele, não vejamos 
nós, não vejais vós, não vejam eles.
Infinitivo Pessoal: por ver eu, por veres tu, por ver ele, por 
vermos nós, por verdes vós, por verem eles.
Formas Nominais:
Infinitivo: ver.
Gerúndio: vendo.
Particípio: visto.
REAVER
Indicativo: 
Presente: nós reavemos, vós reaveis.
Pretérito Imperfeito: eu reavia, tu reavias, ele reavia, nós 
reavíamos, vós reavíeis, eles reaviam.
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Didatismo e Conhecimento
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Pretérito Perfeito: eu reouve, tu reouveste, ele reouve, nós 
reouvemos, vós reouvestes, eles reouveram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu reouvera, tu reouveras, ele 
reouvera, nós reouvéramos, vós reouvéreis, eles reouveram.
Futuro do Presente: eu reaverei, tu reaverás, ele reaverá, nós 
reaveremos, vós reavereis, eles reaverão.
Futuro do Pretérito: eu reaveria, tu reaverias, ele reaveria, 
nós reaveríamos, vós reaveríeis, eles reaveriam.
Subjuntivo:
Presente: (X).
Pretérito Imperfeito: se eu reouvesse, se tu reouvesses, se 
ele reouvesse, se nós reouvéssemos, se vós reouvésseis, se eles 
reouvessem.
Futuro: quando eu reouver, quando tu reouveres, quando ele 
reouver, quando nós reouvermos, quando vós reouverdes, quando 
eles reouverem.
Imperativo Afirmativo: reavei vós.
Imperativo Negativo: (X).
Infinitivo Pessoal: reaver eu, reaveres tu, reaver ele, 
reavermos nós, reaverdes vós, reaverem eles.
Formas Nominais: 
Infinitivo: reaver.
Gerúndio: reavendo.
Particípio: reavido.
3ª CONJUGAÇÃO
AGREDIR
Indicativo: 
Presente: eu agrido, tu agrides, ele agride, nós agredimos, vós 
agredis, eles agridem.
Pretérito Imperfeito: eu agredia, tu agredias, ele agredia, nós 
agredíamos, vós agredíeis, eles agrediam.
Pretérito Perfeito: eu agredi, tu agrediste, ele agrediu, nós 
agredimos, vós agredistes, eles agrediram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu agredira, tu agrediras, ele 
agredira, nós agredíramos, vós agredíreis, eles agrediram.
Futuro do Presente: eu agredirei, tu agredirás, ele agredirá, 
nós agrediremos, vós agredireis, eles agredirão.
Futuro do Pretérito: eu agrediria, tu agredirias, ele agrediria, 
nós agrediríamos, vós agrediríeis, eles agrediriam.
Subjuntivo: 
Presente: que eu agrida, que tu agridas, que ele agrida, que 
nós agridamos, que vós agridais, que eles agridam.
Pretérito Imperfeito: se eu agredisse, se tu agredisses, se 
ele agredisse, se nós agredíssemos, se vós agredísseis, se eles 
agredissem.
Futuro: quando eu agredir, quando tu agredires, quando ele 
agredir, quando nós agredirmos, quando vós agredirdes, quando 
eles agredirem.
Imperativo Afirmativo: agride tu, agrida ele, agridamos nós, 
agredi vós, agridam eles.
Imperativo Negativo: não agridas tu, não agrida ele, não 
agridamos nós, não agridais vós, não agridam eles.
Infinitivo Pessoal: agredir eu, agredires tu, agredir ele, 
agredirmos nós, agredirdes vós, agredirem eles.
Formas Nominais: 
Infinitivo: agredir.
Gerúndio: agredindo.
Particípio: agredido.
ABOLIR
Indicativo:
Presente: tu aboles, ele abole, nós abolimos, vós abolis, eles 
abolem.
Pretérito Imperfeito: eu abolia, tu abolias, ele abolia, nós 
abolíamos, vós abolíeis 
eles aboliam.
Pretérito Perfeito: eu aboli, tu aboliste, ele aboliu, nós 
abolimos, vós abolistes, eles aboliram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu abolira, tu aboliras, ele 
abolira, nós abolíramos, vós abolíreis, eles aboliram.
Futuro do Presente: eu abolirei, tu abolirás, ele abolirá, nós 
aboliremos, vós abolireis, eles abolirão.
Futuro do Pretérito: eu aboliria, tu abolirias, ele aboliria, nós 
aboliríamos, vós aboliríeis, eles aboliriam.Subjuntivo:
Presente: (X).
Pretérito Imperfeito: se eu abolisse, se tu abolisses, se ele 
abolisse, se nós abolíssemos, se vós abolísseis, se eles abolissem.
Futuro: quando eu abolir, quando tu abolires, quando ele 
abolir, quando nós abolirmos, quando vós abolirdes, quando eles 
abolirem.
Imperativo Afirmativo: abole tu, aboli vós.
Imperativo Negativo: (X).
Infinitivo Pessoal: abolir eu, abolires tu, abolir ele, abolirmos 
nós, abolirdes vós, abolirem eles.
Formas Nominais: 
Infinitivo: abolir 
Gerúndio: abolindo 
Particípio: abolido
CAIR
Indicativo:
Presente: eu caio, tu cais, ele cai, nós caímos, vós caís, eles 
caem.
Pretérito Imperfeito: eu caía, tu caías, ele caía, nós caíamos, 
vós caíeis, eles caíam.
Pretérito Perfeito: eu caí, tu caíste, ele caiu, nós caímos, vós 
caístes, eles caíram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu caíra, tu caíras, ele caíra, 
nós caíramos, vós caíreis, eles caíram.
Futuro do Presente: eu cairei, tu cairás, ele cairá, nós 
cairemos, vós caireis, eles cairão.
Futuro do Pretérito: eu cairia, tu cairias, ele cairia, nós 
cairíamos, vós cairíeis, eles cairiam.
Subjuntivo:
Presente: que eu caia, que tu caias, que ele caia, que nós 
caiamos, que vós caiais, que eles caiam.
Pretérito Imperfeito: se eu caísse, se tu caísses, se ele caísse, 
se nós caíssemos, se vós caísseis, se eles caíssem.
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
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Futuro: quando eu cair, quando tu caíres, quando ele cair, 
quando nós cairmos, quando vós cairdes, quando eles caírem.
Imperativo Afirmativo: cai tu, caia ele, caiamos nós, caí vós, 
caiam eles.
Imperativo Negativo: não caias tu, não caia ele, não caiamos 
nós, não caiais vós, não caiam eles.
Infinitivo Pessoal: cair eu, caíres tu, cair ele, cairmos nós, 
cairdes vós, caírem eles.
Formas Nominais: 
Infinitivo: cair 
Gerúndio: caindo 
Particípio: caído
COBRIR
Indicativo:
Presente: eu cubro, tu cobres, ele cobre, nós cobrimos, vós 
cobris, eles cobrem.
Pretérito Imperfeito: eu cobria, tu cobrias, ele cobria, nós 
cobríamos, vós cobríeis, eles cobriam.
Pretérito Perfeito: eu cobri, tu cobriste, ele cobriu, nós 
cobrimos, vós cobristes, eles cobriram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu cobrira, tu cobriras, ele 
cobrira, nós cobríramos, vós cobríreis, eles cobriram.
Futuro do Presente: eu cobrirei, tu cobrirás, ele cobrirá, nós 
cobriremos, vós cobrireis, eles cobrirão.
Futuro do Pretérito: eu cobriria, tu cobririas, ele cobriria, 
nós cobriríamos, vós cobriríeis, eles cobririam.
Subjuntivo:
Presente: que eu cubra, que tu cubras, que ele cubra, que nós 
cubramos, que vós cubrais, que eles cubram.
Pretérito Imperfeito: se eu cobrisse, se tu cobrisses, se ele 
cobrisse, se nós cobríssemos, se vós cobrísseis, se eles cobrissem.
Futuro: quando eu cobrir, quando tu cobrires, quando ele 
cobrir, quando nós cobrirmos, quando vós cobrirdes, quando eles 
cobrirem.
Imperativo Afirmativo: cobre tu, cubra ele, cubramos nós, 
cobri vós, cubram eles.
Imperativo Negativo: não cubras tu, não cubra ele, não 
cubramos nós, não cubrais vós, não cubram eles.
Infinitivo Pessoal: cobrir eu, cobrires tu, cobrir ele, cobrirmos 
nós, cobrirdes vós, cobrirem eles.
Formas Nominais: 
infinitivo: cobrir 
gerúndio: cobrindo 
particípio: cobrido
FERIR
Indicativo:
Presente: eu firo, tu feres, ele fere, nós ferimos, vós feris, 
eles ferem.
Pretérito Imperfeito: eu feria, tu férias, ele feria, nós 
feríamos, vós feríeis, eles feriam.
Pretérito Perfeito: eu feri, tu feriste, ele feriu, nós ferimos, 
vós feristes, eles feriram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu ferira, tu feriras, ele ferira, 
nós feríramos, vós feríreis, eles feriram.
Futuro do Pretérito: eu feriria, tu feririas, ele feriria, nós 
feriríamos, vós feriríeis, eles feririam.
Futuro do Presente: eu ferirei, tu ferirás, ele ferirá, nós 
feriremos, vós ferireis, eles ferirão.
Subjuntivo:
Presente: que eu fira, que tu firas, que ele fira, que nós firamos, 
que vós firais, que eles firam.
Pretérito Imperfeito: se eu ferisse, se tu ferisses, se ele 
ferisse, se nós feríssemos, se vós ferísseis, se eles ferissem.
Futuro: quando eu ferir, quando tu ferires, quando ele ferir, 
quando nós ferirmos, quando vós ferirdes, quando eles ferirem.
Imperativo Afirmativo: fere tu, fira ele, firamos nós, feri vós, 
firam eles.
Imperativo Negativo: não firas tu, não fira ele, não firamos 
nós, não firais vós, não firam eles.
Infinitivo Pessoal: ferir eu, ferires tu, ferir ele, ferirmos nós, 
ferirdes vós, ferirem eles.
Formas Nominais:
Infinitivo: ferir.
Gerúndio: ferindo.
Particípio: ferido.
FUGIR
Indicativo:
Presente: eu fujo, tu foges, ele foge, nós fugimos, vós fugis, 
eles fogem.
Pretérito Imperfeito: eu fugia, tu fugias, ele fugia, nós 
fugíamos, vós fugíeis, eles fugiam.
Pretérito Perfeito: eu fugi, tu fugiste, ele fugiu, nós fugimos, 
vós fugistes, eles fugiram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu fugira, tu fugiras, ele fugira, 
nós fugíramos, vós fugíreis, eles fugiram.
Futuro do Pretérito: eu fugiria, tu fugirias, ele fugiria, nós 
fugiríamos, vós fugiríeis, eles fugiriam.
Futuro do Presente: eu fugirei, tu fugirás, ele fugirá, nós 
fugiremos, vós fugireis, eles fugirão.
Subjuntivo:
Presente: que eu fuja, que tu fujas, que ele fuja, que nós 
fujamos, que vós fujais, que eles fujam.
Pretérito Imperfeito: se eu fugisse, se tu fugisses, se ele 
fugisse, se nós fugíssemos, se vós fugísseis, se eles fugissem.
Futuro: quando eu fugir, quando tu fugires, quando ele fugir, 
quando nós fugirmos, quando vós fugirdes, quando eles fugirem.
Imperativo Afirmativo: foge tu, fuja ele, fujamos nós, fugi 
vós, fujam eles.
Imperativo Negativo: não fujas tu, não fuja ele, não fujamos 
nós, não fujais vós, não fujam eles.
Infinitivo Pessoal: fugir eu, fugires tu, fugir ele, fugirmos 
nós, fugirdes vós, fugirem eles.
Formas Nominais 
Infinitivo: fugir.
Gerúndio: fugindo.
Particípio: fugido.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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VIR
Indicativo:
Presente: eu venho, tu vens, ele vem, nós vimos, vós vindes, 
eles vêm.
Pretérito Imperfeito: eu vinha, tu vinhas, ele vinha, nós 
vínhamos, vós vínheis, eles vinham.
Pretérito Perfeito: eu vim, tu vieste, ele veio, nós viemos, 
vós viestes, eles vieram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu viera, tu vieras, ele viera, 
nós viéramos, vós viéreis, eles vieram.
Futuro do Presente: eu virei, tu virás, ele virá, nós viremos, 
vós vireis, eles virão.
Futuro do Pretérito: eu viria, tu virias, ele viria, nós viríamos, 
vós viríeis, eles viriam.
Subjuntivo:
Presente: que eu venha, que tu venham, que ele venha, que 
nós venhamos, que vós venhais, que eles venham.
Pretérito Imperfeito: se eu viesse, se tu viesses, se ele viesse, 
se nós viéssemos, se vós viésseis, se eles viessem.
Futuro: quando eu vier, quando tu vieres, quando ele vier, 
quando nós viermos, quando vós vierdes, quando eles vierem.
Imperativo Afirmativo: vem tu, venha ele, venhamos nós, 
vinde vós, venham eles.
Imperativo Negativo: não venhas tu, não venha ele, não 
venhamos nós, não venhais vós, não venham eles.
Infinitivo Pessoal: vir eu, vires tu, vir ele, virmos nós, virdes 
vós, virem eles.
Formas Nominais: 
Infinitivo: vir.
Gerúndio: vindo.
Particípio: vindo.
ATRIBUIR
Conjugam-se pelo paradigma de atribuir: fruir, usufruir, anuir, 
argüir, concluir, contribuir, constituir, destituir, diluir, distribuir, 
diminuir, evoluir, excluir, imbuir, instituir, instruir, obstruir, poluir, 
possuir, restituir, substituir, possuir.
Indicativo:
Presente: eu atribuo, tu atribuis, ele atribui, nós atribuímos, 
vós atribuís, eles atribuem.
Pretérito Imperfeito: eu atribuía tu atribuías, ele atribuía, 
nós atribuíamos,vós atribuíeis, eles atribuíam.
Pretérito Perfeito: eu atribuí, tu atribuíste, ele atribuiu, nós 
atribuímos, vós atribuístes, eles atribuíram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu atribuíra , tu atribuíras, ele 
atribuíra, nós atribuíramos, vós atribuíreis , eles atribuíram.
Futuro do Presente: eu atribuirei, tu atribuirás, ele atribuirá, 
nós atribuiremos, vós atribuireis 
eles atribuirão.
Futuro do Pretérito: eu atribuiria, tu atribuirias, ele atribuiria, 
nós atribuiríamos, vós atribuiríeis, eles atribuiriam.
Subjuntivo:
Presente: que eu atribua, que tu atribuas, que ele atribua, que 
nós atribuamos, que vós atribuais, que eles atribuam.
Pretérito Imperfeito: se eu atribuísse, se tu atribuísses, se 
ele atribuísse, se nós atribuíssemos, se vós atribuísseis, se eles 
atribuíssem.
Futuro: quando eu atribuir, quando tu atribuíres, quando ele 
atribuir, quando nós atribuirmos, quando vós atribuirdes, quando 
eles atribuírem.
Imperativo Afirmativo: atribui tu, atribua ele, atribuamos 
nós, atribuí vós, atribuam eles.
Imperativo Negativo: não atribuas tu, não atribua ele, não 
atribuamos nós, não atribuais vós, não atribuam eles.
Infinitivo Pessoal: atribuir eu, atribuíres tu, atribuir ele, 
atribuirmos nós, atribuirdes vós, atribuírem eles.
Formas Nominais: 
Infinitivo: atribuir. 
Gerúndio: atribuindo. 
Particípio: atribuído.
FRIGIR
Indicativo:
Presente: eu frijo, tu freges, ele frege, nós frigimos, vós 
frigis, eles fregem.
Subjuntivo:
Presente: que eu frija, que tu frijas, que ele frija, que nós 
frijamos, que vis frijais, que eles frijam.
OUVIR
Indicativo:
Presente: eu ouço, tu ouves, ele ouve, nós ouvimos, vós 
ouvis, eles ouvem.
Pretérito Perfeito: eu ouvi, tu ouviste, ele ouviu, nós 
ouvimos, vós ouvistes, eles ouviram.
Subjuntivo:
Presente: que eu ouça, que tu ouças, que ele ouça, que nós 
ouçamos, que vós ouçais, que eles ouçam.
Imperativo Afirmativo: ouve tu, ouça ele, ouçamos nós, 
ouçais vós, ouçam eles.
POLIR
Sortir segue o mesmo paradigma.
Indicativo:
Presente: eu pulo, tu pules, ele pule, nós polimos, vós polis, 
eles pulem.
Subjuntivo:
Presente: que eu pula, que tu pulas, que ele pula, que nós 
pulamos, que vós pulais, que eles pulam.
PEDIR
Seguem o mesmo paradigma: desimpedir, despedir, expedir, 
impedir e medir.
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
BANCO DO BRASIL 01/2011
Indicativo:
Presente: eu peço, tu pedes, ele pede, nós pedimos, vós pedis, 
eles pedem.
Pretérito Imperfeito: eu pedia, tu pedias, ele pedia, nós 
pedíamos, vós pedíeis, eles pediam.
Pretérito Perfeito: eu pedi, tu pediste, ele pediu, nós pedimos, 
vós pedistes, eles pediram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu pedira, tu pediras, ele 
pedira, nós pedíramos, vós pedíreis, eles pediram.
Futuro do Presente: eu pedirei, tu pedirás, ele pedirá, nós 
pediremos, vós pedireis, eles pedirão.
Futuro do Pretérito: eu pediria, tu pedirias, ele pediria, nós 
pediríamos, vós pediríeis, eles pediriam.
Subjuntivo:
Presente: que eu peça, que tu peças, que ele peça, que nós 
peçamos, que vós peçais, que eles peçam.
Pretérito Imperfeito: se eu pedisse, se tu pedisses, se ele 
pedisse, se nós pedíssemos, se vós pedísseis, se eles pedissem.
Futuro: quando eu pedir, quando tu pedires, quando ele pedir, 
quando nós pedirmos, quando vós pedirdes, quando eles pedirem.
Imperativo Afirmativo: pede tu, peça ele, peçamos nós, pedi 
vós, peçam eles.
Imperativo Negativo: não peças tu, não peça ele, não 
peçamos nós, não peçais vós, não peçam eles.
Infinitivo Pessoal: pedir eu, pedires tu, pedir ele, pedirmos 
nós, pedirdes vós, por pedirem eles.
Formas Nominais: 
Infinitivo: pedir.
Gerúndio: pedindo.
Particípio: pedido.
FALIR
Indicativo:
Presente: nós falimos, vós falis.
Pretérito Imperfeito: eu falia, tu falias, ele falia, nós 
falíamos, vós falíeis, eles faliam.
Pretérito Perfeito: eu fali, tu faliste, ele faliu, nós falimos, 
vós falistes, eles faliram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu falira, tu faliras, ele falira, 
nós falíramos, vós falíreis, eles faliram.
Futuro do Presente: eu falirei, tu falirás, ele falirá, nós 
faliremos, vós falireis, eles falirão.
Futuro do Pretérito: eu faliria, tu falirias, ele faliria, nós 
faliríamos, vós faliríeis, eles faliriam.
Subjuntivo:
Presente: (X).
Pretérito Imperfeito: se eu falisse, se tu falisses, se ele 
falisse, se nós falíssemos, se vós falísseis, se eles falissem.
Futuro: quando eu falir, quando tu falires, quando ele falir, 
quando nós falirmos, quando vós falirdes, quando eles falirem.
Imperativo Afirmativo: fali vós.
Imperativo Negativo: (X).
Infinitivo Pessoal: falir eu, falires tu, falir ele, falirmos nós, 
falirdes vós, falirem eles.
Formas Nominais: 
Infinitivo: falir.
Gerúndio: falindo.
Particípio: falido.
ANÔMALOS: SER, IR
É aquele que tem uma anomalia no radical.
IR
Indicativo:
Presente: eu vou, tu vais, ele vai, nós vamos, vós ides, eles 
vão.
Pretérito Imperfeito: eu ia, tu ias, ele ia, nós íamos, vós íeis, 
eles iam.
Pretérito Perfeito: eu fui, tu foste, ele foi, nós fomos, vós 
fostes, eles foram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu fora, tu foras, ele fora, nós 
fôramos, vós fôreis, eles foram.
Futuro do Presente: eu irei, tu irás, ele irá, nós iremos, vós 
ireis, eles irão.
Futuro do Pretérito: eu iria, tu irias, ele iria, nós iríamos, vós 
iríeis, eles iriam.
Subjuntivo:
Presente: que eu vá, que tu vás, que ele vá, que nós vamos, 
que vós vades, que eles vão.
Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse, se 
nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
Futuro: quando eu for, quando tu fores, quando ele for, 
quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.
Imperativo Afirmativo: vai tu, vá ele, vamos nós, ide vós, 
vão eles.
Imperativo Negativo: não vás tu, não vá ele, não vamos nós, 
não vades vós, não vão eles.
Infinitivo Pessoal: ir eu, ires tu, ir ele, irmos nós, irdes vós, 
irem eles.
Formas Nominais: 
Infinitivo: ir.
Gerúndio: indo.
Particípio: ido.
Verbos Defectivos
São aqueles que possuem um defeito. Não têm todos os 
modos, tempos ou pessoas.
Verbo Pronominal
É aquele que é conjugado com o pronome oblíquo.
Ex: Eu me despedi de mamãe e parti sem olhar para o passado.
Verbos Abundantes
“São os verbos que têm duas ou mais formas equivalentes, 
geralmente de particípio.” (Sacconi)
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LÍNGUA PORTUGUESA
BANCO DO BRASIL 01/2011
Infinitivo
Particípio 
Regular
Particípio 
Irregular
Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Anexar Anexado Anexo
Benzer Benzido Bento
Desenvolver Desenvolvido Desenvolto
Despertar Despertado Desperto
Dispersar Dispersado Disperso
Distinguir Distinguido Distinto
Eleger Elegido Eleito
Emergir Emergido Emerso
Encher Enchido Cheio
Entregar Entregado Entregue
Envolver Envolvido Envolto
Enxugar Enxugado Enxuto
Erigir Erigido Ereto
Expelir Expelido Expulso
Expressar Expressado Expresso
Exprimir Exprimido Expresso
Expulsar Expulsado Expulso
Extinguir Extinguido Extinto
Findar Findado Findo
Fixar Fixado Fixo
Fritar Fritado Frito
Ganhar Ganhado Ganho
Gastar Gastado Gasto
Imergir Imergido Imerso
Imprimir Imprimido Impresso
Incluir Incluído Incluso
Isentar Isentado Isento
Juntar Juntado Junto
Limpar Limpado Limpo
Malquerer Malquerido Malquisto
Matar Matado Morto
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Murchar Murchado Murcho
Ocultar Ocultado Oculto
Omitir Omitido Omisso
Pagar Pagado Pago
Pegar Pegado Pego
Prender Prendido Preso
Romper Rompido Roto
Salvar Salvado Salvo
Secar Secado Seco
Segurar Segurado Seguro
Soltar Soltado Solto
Submergir Submergido Submerso
Sujeitar Sujeitado Sujeito
Suprimir Suprimido Supresso
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir TingidoTinto
Vagar Vagado Vago
Tempos Compostos 
 
São formados por locuções verbais que têm como auxiliares 
os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo no 
particípio. São eles:
Pretérito Perfeito Composto do Indicativo: É a formação 
de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do 
Indicativo e o principal no particípio, indicando fato que tem 
ocorrido com freqüência ultimamente. Por exemplo: Eu tenho 
estudado demais ultimamente.
 
Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação 
de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do 
Subjuntivo e o principal no particípio, indicando desejo de que 
algo já tenha ocorrido. Por exemplo: Espero que você tenha 
estudado o suficiente, para conseguir a aprovação.
 
Pretérito Mais‑que‑perfeito Composto do Indicativo: 
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no 
Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio, 
tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do 
Indicativo simples. Por exemplo: Eu já tinha estudado no Maxi, 
quando conheci Magali. 
Pretérito Mais‑que‑perfeito Composto do Subjuntivo: 
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no 
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no particípio, 
tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo 
simples. Por exemplo: Eu teria estudado no Maxi, se não me 
tivesse mudado de cidade. 
Obs.: Perceba que todas as frases remetem a ação 
obrigatoriamente para o passado. A frase Se eu estudasse, 
aprenderia é completamente diferente de Se eu tivesse estudado, 
teria aprendido. 
 
Futuro do Presente Composto do Indicativo: É a formação 
de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do 
Presente simples do Indicativo e o principal no particípio, tendo 
o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do Indicativo. Por 
exemplo: Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido. 
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LÍNGUA PORTUGUESA
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Futuro do Pretérito Composto do Indicativo: É a formação 
de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do 
Pretérito simples do Indicativo e o principal no particípio, tendo 
o mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo. Por 
exemplo: Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de 
cidade. 
Futuro Composto do Subjuntivo: É a formação de locução 
verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo 
simples e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o 
Futuro do Subjuntivo simples. Por exemplo: Quando você tiver 
terminado sua série de exercícios, eu caminharei 6 Km. Veja os 
exemplos: 
- Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Manuel. 
- Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado a 
Manuel. 
Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas as 
frases apresentadas. No primeiro caso, esperarei “você” praticar 
a sua ação para, depois, praticar a minha; no segundo, primeiro 
praticarei a minha. Por isso o uso do advérbio “já”. 
Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir:
Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Manuel. 
Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a 
Manuel. 
Infinitivo Pessoal Composto: 
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no 
Infinitivo Pessoal simples e o principal no particípio, indicando 
ação passada em relação ao momento da fala. Por exemplo: Para 
você ter comprado esse carro, necessitou de muito dinheiro
Vozes Verbais
Voz Ativa: O sujeito pratica a ação, ele é o agente da ação 
verbal.
O menino chorou raivosamente.
As crianças jogavam futebol na rua.
Os namorados passeavam na praça.
Voz Passiva: O sujeito sofre a ação verbal, ele é paciente. A 
voz passiva apresenta as formas: analítica e sintética.
* PASSIVA ANALÍTICA: é formada pelo verbo auxiliar 
(VA) + particípio do verbo principal (VPP). Ocorre com VTD ou 
VTDI.
Atenção!
As crianças (sujeito) jogavam (verbo principal, VTD) futebol 
(OD) na rua (AA Lugar)
Futebol (sujeito paciente) era jogado (VA + VPP) pelas 
crianças (agente da passiva) na rua (AA Lugar). 
 
*PASSIVA SINTÉTICA É formada com VTD ou VTDI na 3ª 
pessoa do singular ou na 3ª pessoa do plural. O SE recebe o nome 
de pronome apassivador.
Ex: Vende-se pão caseiro.
Pão caseiro é vendido.
Compram-se carros usados. 
Carros usados são comprados.
* Voz Reflexiva: O sujeito recebe e pratica simultaneamente 
a ação.
Ex: O menino cortou-se.
A menina penteava-se.
* Voz do verbo é a forma que este assume para indicar que a 
ação verbal é praticada ou sofrida pelo sujeito. Três são as vozes 
dos verbos: a ativa, a passiva e a reflexiva.
* Um verbo está na voz ativa quando o sujeito é agente, isto é, 
faz a ação expressa pelo verbo. Exemplos:
•	 O caçador abateu a ave.
•	 O vento agitava as águas.
•	 Os pais educam os filhos.
* Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é paciente, 
isto é, sofre ou desfruta a ação expressa pelo verbo. Exemplos:
•	 A ave foi abatida pelo caçador.
•	 As águas eram agitadas pelo vento.
•	 Os filhos são educados pelos pais.
Obs: Só verbos transitivos podem ser usados na voz passiva.
Formação da voz passiva:
* A voz passiva, mais freqüentemente, é formada:
a) Pelo verbo auxiliar /ser/ seguido do particípio do verbo 
principal. Nesse caso, a voz é passiva analítica. Exemplos:
	 O homem é afligido pelas doenças.
	 A criança era conduzida pelo pai.
	 As ruas serão enfeitadas.
	 Seriam abertas novas escolas.
Na voz passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado de 
um agente, como nos dois primeiros exemplos deste parágrafo.
Menos freqüentemente, pode-se exprimir a passiva analítica 
com outros verbos auxiliares. Exemplos:
	 A aldeia estava isolada pelas águas.
	 A presa estava sendo devorada pelo leão.
	 O cachorro ficou esmagado pela roda do ônibus.
	 A noiva vinha acompanhada pelo pai.
	 O preso ia escoltado pelos guardas.
b) Com o pronome apassivador /se/ associado a um verbo 
ativo da 3º pessoa. Nesse caso, temos voz passiva pronominal. 
Exemplos:
	 Regam-se plantas de manhã cedo.
	 Organizou-se o campeonato.
	 Abrir-se-ão novas escolas de artes e ofícios.
	 Ainda não se lançaram as redes.
	 Já se têm feito muitas experiências.
Por amor da careza, preferir-se-á a passiva analítica toda vez 
que o sujeito for uma pessoa ou animal que possa ser o agente da 
ação verbal. Exemplo:
	 Foi retirada a guarda.
	 “Retirou-se a guarda”: tanto pode ser voz passiva como 
reflexiva.
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
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Voz reflexiva:
* Na voz reflexiva o sujeito é ao mesmo tempo agente e 
paciente: faz uma ação cujos efeitos ele mesmo sofre ou recebe. 
Exemplos:
	 O caçador feriu-se.
	 A menina penteou-se e saiu com as colegas.
	 Sacrifiquei-me por ele.
	 Os pais contemplam-se nos filhos.
* O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexivos 
me, te, se, nos, vos, se. Esses pronomes são reflexivos quando se 
lhes pode acrescentar a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, a nós 
mesmos, a vós mesmos, a si mesmos, respectivamente. Exemplos:
	 Consideras-te aprovado? (a ti mesmo)
	 Classes sociais arrogam-se (a si mesmas) direitos que a 
lei lhes nega.
	 Às vezes nos intoxicamos com alimentos deteriorados.
	 Errando, prejudicamo-nos a nós mesmos.
	 Aquele escritor fez-se por si mesmo.
	 Por que vos atribuís tanta importância?
Observações:
a) Não se deve atribuir sentido reflexivo a verbos que 
designam sentimentos, como queixar-se, alegrar-se, arrepender-
se, zangar-se, indignar-se e outros meramente pronominais. O 
pronome átono como que se dilui nesses verbos, dos quais é parte 
integrante. A prova de que não são reflexivos é que não se pode 
dizer, por exemplo, zango-me a mim mesmo.
b) Observe-setambém que em frases como “João fala de 
si” há reflexividade, mas não há voz reflexiva, porque o verbo não 
é reflexivo.
* Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocidade, 
ação mútua ou correspondida. Os verbos dessa voz, por alguns 
chamados recíprocos, usam-se, geralmente, no plural e podem 
ser reforçados pelas expressões um ao outro, reciprocamente, 
mutuamente. Exemplos:
	 Amam-se como irmãos. (amam um ao outro).
	 Os dois pretendentes insultam-se.
	 Ó povos, porque vos guerreais tão barbaramente?
	 Os dois escritores carteavam-se assiduamente.
Observação: Em muitos verbos reflexivos a idéia de 
reciprocidade é reforçada pelo prefixo entre: entreamar-se, 
entrechocar-se, entrebater-se, entredevorar-se, entrecruzar-se, 
entredilacerar-se, entrematar-se, entremorder-se, entreolhar-se, 
entrequerer-se, entrevistar-se.
Conversão da voz ativa na passiva
1)	 Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem 
alterar substancialmente o sentido da frase. Exemplo:
	 Gutenberg inventou a imprensa (voz ativa).
	 A imprensa foi inventada por Gutemberg (voz passiva).
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o 
sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo 
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Outros 
exemplos:
	 Os calores intensos provocam as chuvas. / As chuvas são 
provocadas pelos calores intensos.
	 Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. 
/ Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres.
	 Eu o acompanharei. / Ele será acompanhado por mim.
Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, como 
nos dois últimos exemplos, não haverá complemento agente da 
passiva.
Importante:
* Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos 
alguns gramáticos chamam neutros:
•	 O vinho é bom.
•	 Aqui chove muito.
*Há formas passivas com sentido ativo:
É chegada a hora (= chegou a hora).
Eu ainda não era nascido (= eu ainda não tinha nascido)
* Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido 
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos por alguns 
autores, por isso que o sujeito é paciente:
Chamo-me Luís.
Operou-se de hérnia.
Batizei-me na Igreja São Judas.
Vacinaram-se contra A1N1.
ADVÉRBIO
Advérbio é a palavra invariável que modifica um verbo (- 
Chegou cedo), um outro advérbio (- Falou muito bem), um adjetivo 
(- Estava muito bonita).
De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode 
ser de:
1 - tempo - ainda, agora, antigamente, antes, amiúde 
(=sempre), amanhã, breve, brevemente, cedo, diariamente, depois, 
depressa, hoje, imediatamente, já, lentamente, logo, novamente, 
outrora.
2 - lugar - aqui, acolá, atrás, acima, adiante, ali, abaixo, além, 
algures (= em algum lugar), aquém, alhures (= em outro lugar), 
aquém,dentro, defronte, fora, longe, perto.
3 - modo - assim, bem, depressa, aliás (= de outro modo 
), devagar, mal, melhor pior, e a maior parte dos advérbios que 
termina em mente: calmamente: suavemente, rapidamente, 
tristemente.
4 - afirmação - certamente, decerto, deveras, efetivamente, 
realmente, sim, seguramente.
5 - negação - absolutamente, de modo algum, de jeito nenhum, 
nem, não, tampouco (= também não).
6 - intensidade - apenas, assaz bastante bastante, bem, 
demais,mais, meio, menos, muito, quase, quanto, tão, tanto, pouco.
7 - dúvida - acaso, eventuamente, por ventura, quiçá, 
possivelmente, talvez.
Adverbios Interrogativos
São empregados em orações interrogativas diretas ou 
indiretas.
Podem exprimir: lugar, tempo, modo, ou causa.
- Onde fica o Clube das Acácias ? (direta)
- Preciso saber onde fica o Clube das Acássias. 
(indireta)
- Quando minha amiga Delma chegará de Campinas? (direta)
- Gostaria de saber quando minha amiga Delma chegará de 
Campinas. (indireta)
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
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- Como osjovens vêem a natureza? (direta)
- Quero saber como os jovens vêem a natureza. 
(indireta)
- Por que o povo aceita tudo passivamente. (direta)
- Pergunto-lhe por que o povo aceita tudo passivamente. 
(indireta)
Locuçoes Adverbiais
São duas ou mais palavras que têm o valor de = advérbio: às 
cegas, às claras, às toa, às pressas, às escondidas, à noite, à tarde, 
às vezes, ao acaso, de repente, de chofre, de cor, de improviso, de 
propósito, de viva voz, de medo, com certeza, por perto, por um 
triz, de vez em quando, sem dúvida, de forma alguma, em vão, por 
certo, à esquerda, à direta, a pé, a esmo, por ali, a distância. 
- De repente o dia se fez noite. 
- Por um triz eu não me denunciei. 
- Sem dúvida você é o melhor.
Graus dos Advérbios
Como já vimos o advérbio não vai para o plural, são palavras 
invariáveis, mas alguns admitem a flexão de grau: 1 – comparativo, 
2 – superlativo.
1- comparativo de:
igualdade > tão + advérbio + quanto, como: Sou tão feliz 
quanto / como você.
superioridade > analítico: mais do que: Raquel é mais elegante 
do que eu. 
 > sintético: melhor, pior que: Amanhã será melhor do que 
hoje. 
inferioridade > menos do que: Falei menos do que devia.
2- superlativo absoluto: 
analítico > mais, muito, pouco,menos: O candidato 
defendeu-se muito mal. 
sintético > íssimo, érrimo: Localizei-o rapídíssimo.
Palavras e Locuções Denotativas
São palavras semelhantes a advérbios e que não possuem 
classificação especial. Não se enquadram em nenhuma das dez 
(10) classes de palavras. 
São chamadas de denotativas e exprimem:
1- Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem: 
Ainda bem que você veio.
2- designação, indicação: eis: Eis aqui o herói da 
turma.
3- exclusão: exclusive, menos, exceto, fora, salvo, 
senão, sequer: Não me disse sequer uma palavra de amor.
4- inclusão: inclusive, também, mesmo, ainda, até, 
além disso, de mais a mais: Também há flores no céu.
5- limitação: só, apenas, somente, unicamente: Só 
Deus é perfeito.
6- realce: cá, lá, é que, sobretudo, mesmo: Sei lá o 
que ele quis dizer!
7- retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes: Irei à 
Bahia na próxima semana, ou melhor, no próximo mês.
8- explicação: por exemplo, a saber: Você, por 
exemplo, tem bom caráter.
Emprego do Advérbio
- Na linguagem coloquial, familiar, é comum o emprego do 
sufixo diminutivo dando aos advérbios o valor de superlativo 
sintético: agorinha, cedinho, pertinho, devagarinho, depressinha, 
rapidinho (bem rápido): - Rapidinho chegou a casa. - Moro 
pertinho da universidade. 
- Freqüenternente empregamos adjetivos com valor de 
advérbio: A cerveja que desce redondo. (redondamente) 
- Bastante - antes de adjetivo, é advérbio, portanto, não vai 
para o plural; equivale a muito / a: Aquelas jovens são bastante 
simpáticas e gentis. 
- Bastante, antes de substantivo, é adjetivo, portanto vai para 
o plural, equivale a muitos / as: Contei bastantes estrelas no céu. 
- Não confunda mal (advérbio, oposto de bem) com mau 
(adjetivo, oposto de bom): Mal cheguei a casa, encontrei- a de 
mau humor. 
- Antes de verbo no particípio, diz-se mais bem, mais mal: 
Ficamos mais bem informados depois do noticiário notumo. 
- Em frase negativa o advérbio já equivale a mais: Já não se 
fazem professores como antigamente. (= não se fazem mais) 
- Na locução adverbial a olhos vistos (= claramente), o 
particípio permanece no masculino plural: Minha irmã Zuleide 
emagrecia a olhos vistos. 
- Dois ou mais advérbios terminados em mente, apenas no 
último permanece mente: Educada e pacientemente, falei a todos. 
- Arepetição de um mesmo advérbio assume o valor 
superlativo: Levantei cedo, cedo.
PREPOSIÇÃO
É a palavra invariável que liga um termo dependente a um 
termo principal, estabelecendo uma relação entre ambos. As 
preposições podem ser: essenciais ou acidentais.
As preposições essenciais atuam exclusivamente como 
preposições.São: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, 
entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
- Não dê atençâo a fofocas. 
- Perante todos disse, sim.
As preposições acidentais são palavras de outras classes 
que atuam eventualmente como preposições. São: como (= na 
qualidade de), conforme (= de acordo com), consoante, exceto, 
mediante, salvo, visto, segundo, senão, tirante. 
- Agia conforme sua vontade. (= de acordo com)
Atenção:
- O artigo definido a que vem sempre acompanhado de um 
substantivo, é flexionado: - a casa, as casas, a árvore, as árvores, 
a estrela, as estrelas. 
A preposição a nunca vai para o plural e não estabelece 
concordância com o substantivo.Veja o exemplo: Fiz todo o 
percurso a pé. (não há concordância com o substantivo masculino 
pé)
- As preposições essenciais são sempre seguidas dos pronomes 
pessoais oblíquos: - Despediu-se de mim rapidamente. - Não vá 
sem mim.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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Locuções Prepositivas
É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma 
preposição. A última palavra é sempre uma preposição. Veja quais 
são: abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de 
acordo com, dentro de, embaixo de, em cima de, em frente a, em 
redor de, graças a, junto a, junto de, perto de, por causa de, por 
cima de, por trás de, a fim de, além de, antes de, a par de, a partir 
de, apesar de, através de, defronte de, em favor de, em lugar de, 
em vez de, (= no lugar de), ao invés de (= ao contrário de), para 
com, até a.
Atenção:
- Não confunda locução prepositiva com locução adverbial. 
Na locução adverbial, nunca há uma preposição no final, e sim no 
começo. 
- Vimos de perto o fenômeno do “tsunami”. (locução adverbial) - 
O acidente ocorreu perto de meu atelier. (locução prepositiva)
- Uma preposição ou locução prepositiva pode vir com outra 
preposição: - Abola passou por entre as pernas do goleiro. MAS 
é inadequado dizer: - Proibido para menores de até 18 anos. - 
Financiamento em até 24 meses.
Combinações e Contrações
Pensão familiar
“Jardim da pensãozinha burguesa. 
Gatos espapaçados ao sol. 
A tiririca sitia os canteiros chatos 
O sol acaba de crestar as boninas que murcharam. 
Os girassóis amarelos resistem. 
E as dálias, reconchuvas, plebéias, dominicais.
(Manuel Bandeina)
Combinação - ocorre combinação quando não há perda de 
fonemas, a preposição perde fonema: - a+o,os= ao, aos / a+onde 
= aonde.
Contração - ocorre contração quando a preposição perde 
fonemas: - de+a, o, as, os, esta, este, isto =da, do, das, dos, desta, 
deste, disto. 
- em+ um, uma, uns, umas,isto, isso, aquilo, aquele, aquela, 
aqueles, aquelas = num, numa, nuns, numas, nisto, nisso, 
naquilo, naquele, naquela, naqueles. 
- de+ entre, aquele, aquela, aquilo = dentre, daquele, 
daquela, daquilo. 
- para+ a = pra.
A contração da preposição a com os artigos ou pronomes 
demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo recebe o nome de 
crase e é assinalada na escrita pelo acento grave ficando assim: - à, 
às, àquele, àquela, àquilo.
Valores das Preposições
A - movimento = direção: - Foram a Lucélia comemorar os 
Anos Dourados. modo: -Partiu às pressas. tempo: - Iremos nos ver 
ao entardecer. Apreposição a indica deslocamento rápido: - Vanios 
à praia. (idéia de passear)
Ante - diante de: - Parou ante mim sem dizer nada, tanta era 
a emoção. tempo (substituídaporantes de): - Preciso chegarao 
encontro antes das quatro horas.
Após- depois de: Após alguns momentos desabou num choro 
arrependido.
Até - aproximação: - Correu até mim. tempo: - Certamente 
teremos o resultado do exame até a semana que vem. Atenção: 
Se a preposição até equivaler a inclusive, será palavra de inclusão 
e não preposição. Os sonhadores amam até quem os despreza. 
(inclusive)
Com - companhia: - Rir de alguém é falta de caridade; deve-se 
rir com alguém. causa: - A cidade foi destruída com o temporal. 
instrumento: - Feriu-se com as próprias armas. modo: - Marfinha, 
minha comadre, veste-se sempre com elegância.
Contra - oposição, hostilidade: - Revoltou-se contra a decisão 
do tribunal. direção a um limite: - Bateu contra o muro e caiu.
De - origem: - Descendi de pais trabalhadores e honestos.
lugar: - Os corruptos vieram da capital. 
causa: - O bebé chorava de fome. 
posse: - Dizem que o dinheiro do povo sumiu. 
assunto: - Falávamos do casamento da Mariele. 
matéria: - Era uma casa de sapé.
Atenção: A preposição de não deve contrair-se com o artigo, 
que precede o sujeito de um verbo. É tempo de os alunos estudarem. 
(e não: dos alunos estudarem)
Desde - afastamento de um ponto no espaço: Essa neblina 
vem desde São Paulo.
tempo: - Desde o ano passado quero mudar de casa.
Em- lugar: - Moramos em Lucélia há alguns anos. 
matéria: - As queridas amigas Nilcéia e Nadélgia moram em 
Curitiba. 
especialidade: - Minha amiga Cidinha formou-se em Letras. 
tempo: - Tudo aconteceu em doze horas.
Entre – posição entre dois limites: - Convém colocar o vidro 
entre dois suportes.
Para- 
direção: -Não lhe interessava mais ir para a Europa. 
tempo: - Pretendo vê-lo lá para o final da semana. 
finalidade: - Lute sempre para viver com dignidade. 
Apreposição para indica de permanência definitiva. Vou para 
o litoral. (idéia de morar)
Perante- posição anterior: Permaneceu calado perante todos.
Por – 
percurso, espaço,lugar: - Caminhava por ruas desconhecidas. 
causa: - Por ser muito caro, não compramos um DVD novo. 
espaço: - Por cima dela havia um raio de luz.
Sem- ausência: - Eu vou sem lenço sem documento.
Sob – debaixo de / situação: - Prefiro cavalgar sob o luar. 
Viveu, sob pressão dos pais.
Sobre – 
em cima de, com contato: - Colocou ás taças de cristal sobre 
a toalha rendada.
assunto: - Conversávamos sobre política financeira.
Trás – situação posterior; é preposição fora de uso. É 
substituída por atrás de, depois de: - Por trás desta carinha vê-se 
muita falsidade.
Curiosidade: O símbolo @ (arroba) significa AT em Inglês, 
que em Português significa em. Portanto, o nome está at, em algum 
provedor.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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CONJUNÇÃO
O mundo é grande e cabe
Nesta anela sobre o mar.
0 mar é grande e cabe
Na cama e no colchão de amar.
Oamor égrande e cabe
No breve espaço de beijar. (Carlos Drummond de Andrade)
É a palavra invariável que liga duas orações ou duas palavras 
de função semelhante numa mesma oração.
- Miséria e medo são a preocupação da população carente.
A palavra e está ligando duas palavras equivalentes, ou seja, 
duas palavras da mesmafunção.
Chegamos a Lucélia quando anoitecia. (quando, está ligando 
duas orações)
Locução Conjuntiva
É o conjunto de palavras que equivalem a uma conjunção. As 
principais são: a fim de que, assim que, à medida que, à proporção 
que, ainda que, a não ser que, logo que, se bem que, desde que, no 
entanto, por mais que, visto que, ao mesmo tempo que.
Classificação das Conjunções
Classificam-se as conjunções em: 
- coordenativas: ligam orações de sentido completos e 
independentes: Não estudo, /mas trabalho. 
- subordinativas: ligam orações de sentido incompleto a uma 
principal: Parece/que tudo vai bem.
As conjunções coordenativas são classificadas em:
- Aditivas - dão idéia de soma: e, nem, mas também, mas 
ainda,senão também, como também. Alguns programas de 
televisão não só instruem, mas também divertem.
- Adversativas - exprimem oposição:antes (=pelo contrário), 
mas, todavia, contudo, entretanto, senão, ao passo que, não 
obstante (= apesar disso), em todo caso. Beatriz revirou todas as 
gavetas, porém não encontrou o lápis de sobrancelhas.
- Alternativas- exprimem altemância: ou, ou.... ou, ora ... ora 
já ... já, quer ... quer. Ou vai ou racha, disse ela aflita.- Conclusivas - exprimem conclusão: logo, portanto, por 
conseguinte, pois (depois do verbo), por isso, assim. Você está 
preparado para o que der e vier, portanto fique calmo.
- Explicativas - exprimem explicação, motivo: pois (antes do 
verbo), que, porque, porquanto. Fale mais alto, que eu também 
quero ouvir.
As conjunções subordinativas são:
- Causais - exprimem causa: porque, como (= porque), uma 
vez que, visto que, já que, pois. A recessão do país cresceu, porque 
o dólar aumentou.
- Condicionais - exprimem condição ou hipótese: se, caso, 
contanto que, salvo se, a menos que, a não ser que, desde que, 
dado que. Nós poderemos ajudá-lo, a menos que você não queira. 
- Concessivas - dá a entender que se admite ou se concede um 
fato contrário à declaração contida na na oração principal: ainda 
que, apesar de, embora, mesmo que, posto, por mais que, se bem 
que, por pouco que, nem que, em que pese, por muito que. Embora 
fizesse muito calor, levei meu agasalho.
- Conformativas - exprimem conformidade, adequação: 
conforme, segundo, consoante, como. Tudo saiu conforme o 
combinado.
- Comparativas- exprimem idéia de comparação: como, tal 
qual , assim como, do que, quanto. Era jogadopelavida como uma 
folha ao vento.
- Consecutivas - exprimem conseqüência: que + tal, tão, 
tanto, tamanho; de modo que, que, sem que, deforma que, de 
maneira que. A fome era tanta que comeu com casca e tudo.
- Finais - exprimem finalidade:para que, afim de que, que. 
Aprefeitura interditou a rua, a fim de que as obrasse iniciassem. 
- Integrantes - introduzem orações subordinadas substantivas: 
que, se, como. Todos nós esperamos que haja igualdade social. 
- Proporcionais - expressam proporção ou simultaneidade: à 
medida que, à proporção que, menos, enquanto, quanto mais... 
mais. À medida que o via, mais me sentia apaixonada. 
- Temporais - indicam o tempo ou o momento em que 
determinado fato ocorreu: quando, enquanto, depois que, logo 
que, assim que, antes que, desde que. Enquanto caminhávamos, 
falávamos da nossajuventude.
INTERJEIÇÃO
É a palavra invariável que exprime emoções, sensações, 
estados de espírito ou apelos: As interjeições são como que frases 
resumidas: 
- Ué ! =Eu não esperava essa!
São proferidas com entonação especial, que se representa, na 
escrita, com o ponto de exclamação(!)
Locução Interjetiva
É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de uma 
interjeição: 
- Muito bem! Que pena! Quem me dera! Puxa, que legal!
Classificaçao das Interjeições e Locuções Interjetivas
As intejeições e as locuções interjetivas são classificadas,’de 
acordo com o sentido que elas expressam em determinado 
contexto. Assim, uma mesma palavra ou expressão pode exprimir 
emoções variadas. 
admiração ou espanto - Oh!, Caramba!, Oba!, Nossa!, Meu 
Deus!, Céus! 
advertência - Cuidado!, Atenção!, Alerta!, Calma!, Alto!, 
Olha lá! 
alegria - Viva!, Oba!, Que bom!, Oh!, Ah!; 
ânimo - Avante!, Ânimo!, Vamos!, Força!, Eia!, Toca! 
aplauso - Bravo!, Parabéns!, Muito bem!
chamamento -Olá!, Alô!, Psiu!, Psit! 
aversão - Droga!, Raios!, Xi!, Essa não!, lh! 
medo - Cruzes!, Credo!, Ui!, Jesus!, Uh! Uai! 
pedido de silêncio - Quieto!, Bico fechado!, Silêncio!, 
Chega!, Basta! 
saudação – Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau! 
concordância - Claro!, Certo!, Sim!, Sem dúvida! 
desejo - Oxalá!, Tomara!, Pudera!, Queira Deus! Quem me 
dera!
Atenção: observe na relação acima, que as interjeições muitas 
vezes são formadas por palavras de outras classes gramaticais: 
Cuidado! Não beba ao dirigir! (cuidado é substantivo).
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LÍNGUA PORTUGUESA
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EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE 
CRASE
Crase é a superposição de dois “a”, geralmente a preposição 
“a” e o artigo a(s), podendo ser também a preposição “a” e o 
pronome demonstrativo a(s) ou a preposição “a” e o “a” inicial 
dos pronomes demonstrativos aqueles(s), aquela(s) e aquilo. Essa 
superposição é marcada por um acento grave (`).
Assim, em vez de escrevermos “entregamos a mercadoria 
a a vendedora”, “esta blusa é igual a a que compraste” ou “eles 
deveriam ter comparecido a aquela festa”, devemos sobrepor os 
dois “a” e indicar esse fato com um acento grave: “Entregamos a 
mercadoria à vendedora”. “Esta blusa é igual à que compraste”. 
“Eles deveriam ter comparecido àquela festa.”
O acento grave que aparece sobre o “a” não constitui, pois, a 
crase, mas é um mero sinal gráfico que indica ter havido a união 
de dois “a” (crase).
Para haver crase, é indispensável a presença da preposição “a”, 
que é um problema de regência. Por isso, quanto mais conhecer a 
regência de certos verbos e nomes, mais fácil será para ele ter o 
domínio sobre a crase.
Não existe Crase
•	 Antes de palavra masculina (o “a” é apenas uma 
preposição): Chegou a tempo ao trabalho; Vieram a pé; Vende-se 
a prazo.
•	 Antes de verbo (o “a” é apenas uma preposição): 
Ficamos a admirá-los; Ele começou a ter alucinações.
•	 Antes de artigo indefinido (o “a” é apenas uma 
preposição): Levamos a mercadoria a uma firma; Refiro-me a uma 
pessoa educada.
•	 Antes de expressão de tratamento introduzida pelos 
pronomes possessivos Vossa ou Sua ou ainda da expressão 
Você, forma reduzida de Vossa Mercê (o “a” é apenas uma 
preposição): Enviei dois ofícios a Vossa Senhoria; Traremos a Sua 
Majestade, o rei Hubertus, uma mensagem de paz; Eles queriam 
oferecer flores a você.
•	 Antes dos pronomes demonstrativos esta e essa (o “a” 
é apenas uma preposição): Não me refiro a esta carta; Os críticos 
não deram importância a essa obra.
•	 Antes dos pronomes pessoais (o “a” é apenas uma 
preposição): Nada revelei a ela; Dirigiu-se a mim com ironia.
•	 Antes dos pronomes indefinidos com exceção de outra 
(o “a” é apenas uma preposição): Direi isso a qualquer pessoa; 
A entrada é vedada a toda pessoa estranha. Com o pronome 
indefinido outra(s), pode haver crase porque ele, às vezes, aceita 
o artigo definido a(s): As cartas estavam colocadas umas às outras 
(no masculino, ficaria “os cartões estavam colocados uns aos 
outros”).
•	 Quando o “a” estiver no singular e a palavra seguinte 
estiver no plural (o “a” é apenas uma preposição): Falei a 
vendedoras desta firma; Refiro-me a pessoas curiosas.
•	 Quando, antes do “a”, existir preposição (o “a” é 
apenas um artigo): Ela compareceu perante a direção da empresa; 
Os papéis estavam sob a mesa. Exceção feita, às vezes, para até, 
por motivo de clareza: A água inundou a rua até à casa de Maria (= 
a água chegou perto da casa); se não houvesse o sinal da crase, o 
sentido ficaria ambíguo: a água inundou a rua até a casa de Maria 
(= inundou inclusive a casa). Quando até significa “perto de”, é 
preposição; quando significa “inclusive”, é partícula de inclusão.
•	 Com expressões repetitivas (o “a” é apenas uma 
preposição): Tomamos o remédio gota a gota; Enfrentaram-se cara 
a cara.
•	 Com expressões tomadas de maneira indeterminada 
(o “a” é apenas uma preposição): O doente foi submetido a dieta 
leve (no masc. = foi submetido a repouso, a tratamento prolongado, 
etc.); Prefiro terninho a saia e blusa (no masc. = prefiro terninho 
a vestido).
A Crase é Facultativa
•	 Antes de nomes próprios feminino: Enviamos um 
telegrama à Marisa; Enviamos um telegrama a Marisa. Em 
português, antes de um nome de pessoa, pode-se ou não empregar 
o artigo “a” (“A Marisa é uma boa menina”. Ou “Marisa é uma boa 
menina”). Por isso, mesmo que a preposição esteja presente, a crase 
é facultativa. Quando o nome próprio feminino vier acompanhado 
de uma expressão que o determine, haverá crase porque o artigo 
definido estará presente. Dedico esta canção à Candinha do Major 
Quevedo. [A (artigo) Candinha do Major Quevedo é fanática por 
seresta.]
•	 Antes de pronome adjetivo possessivo feminino 
singular: Pediu informaçõesà minha secretária; Pediu 
informações a minha secretária. A explicação é idêntica à do item 
anterior: o pronome adjetivo possessivo aceita artigo, mas não 
o exige (“Minha secretária é exigente.” Ou: “A minha secretária 
é exigente”). Portanto, mesmo com a presença da preposição, a 
crase é facultativa.
Com o pronome substantivo possessivo feminino singular, o 
uso de acento indicativo de crase não é facultativo (conforme o 
caso, será proibido ou obrigatório): A minha cidade é melhor que a 
tua. O acento indicativo de crase é proibido porque, no masculino, 
ficaria assim: O meu sítio é melhor que o teu (não há preposição, 
apenas o artigo definido). Esta gravura é semelhante à nossa. O 
acento indicativo de crase é obrigatório porque, no masculino, 
ficaria assim: Este quadro é semelhante ao nosso (presença de 
preposição + artigo definido).
Casos Especiais
•	 Nomes de localidades: Dentre as localidades, há as que 
admitem artigo antes de si e as que não o admitem. Por aí se deduz 
que, diante das primeiras, desde que comprovada a presença de 
preposição, pode ocorrer crase; diante das segundas, não. Para se 
saber se o nome de uma localidade aceita artigo, deve-se substituir 
o verbo da frase pelos verbos estar ou vir. Se ocorrer a combinação 
“na” com o verbo estar ou “da” com overbo vir, haverá crase com 
o “a” da frase original. Se ocorrer “em” ou “de”, não haverá crase: 
Enviou seus representantes à Paraíba (estou na Paraíba; vim da 
Paraíba); O avião dirigia-se a Santa Catarina (estou em Santa 
Catarina; vim de Santa Catarina); Pretendo ir à Europa (estou 
na Europa; vim da Europa). Os nomes de localidades que não 
admitem artigo passarão a admiti-lo, quando vierem determinados. 
Porto Alegre indeterminadamente não aceita artigo: Vou a Porto 
Alegre (estou em Porto Alegre; vim de Porto Alegre); Mas, 
acompanhando-se de uma expressão que a determine, passará 
a admiti-lo: Vou à grande Porto Alegre (estou na grande Porto 
Alegre; vim da grande Porto Alegre); Iríamos a Madri para ficar 
três dias; Iríamos à Madri das touradas para ficar três dias.
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
BANCO DO BRASIL 01/2011
•	 Pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), 
aquilo: quando a preposição “a” surge diante desses 
demonstrativos, devemos sobrepor essa preposição à primeira 
letra dos demonstrativos e indicar o fenômeno mediante um 
acento grave: Enviei convites àquela sociedade (= a + aquela); A 
solução não se relaciona àqueles problemas (= a + aqueles); Não 
dei atenção àquilo (= a + aquilo).
A simples interpretação da frase já nos faz concluir se o “a” 
inicial do demonstrativo é simples ou duplo. Entretanto, para 
maior segurança, podemos usar o seguinte artifício:
Substituir os demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo 
pelos demonstrativos este(s), esta(s), isto, respectivamente. Se, 
antes destes últimos, surgir a preposição “a”, estará comprovada 
a hipótese do acento de crase sobre o “a” inicial dos pronomes 
aquele(s), aquela(s), aquilo. Se não surgir a preposição “a”, estará 
negada a hipótese de crase. 
Enviei cartas àquela empresa./ Enviei cartas a esta empresa.
A solução não se relaciona àqueles problemas./ A solução não 
se relaciona a estes problemas.
Não dei atenção àquilo./ Não dei atenção a isto.
A solução era aquela apresentada ontem./ A solução era esta 
apresentada ontem.
 
•	 Palavra “casa”: quando a expressão casa significa 
“lar”, “domicílio” e não vem acompanhada de adjetivo ou locução 
adjetiva, não há crase: Chegamos alegres a casa; Assim que saiu 
do escritório, dirigiu-se a casa; Iremos a casa à noitinha. Mas, se 
a palavra casa estiver modificada por adjetivo ou locução adjetiva, 
então haverá crase: Levaram-me à casa de Lúcia; Dirigiram-se 
à casa das máquinas; Iremos à encantadora casa de campo da 
família Sousa.
•	 Palavra “terra”: Não há crase, quando a palavra terra 
significa o oposto a “mar”, “ar” ou “bordo”: Os marinheiros ficaram 
felizes, pois resolveram ir a terra; Os astronautas desceram a terra 
na hora prevista. Há crase, quando a palavra significa “solo”, 
“planeta” ou “lugar onde a pessoa nasceu”: O colono dedicou 
à terra os melhores anos de sua vida; Voltei à terra onde nasci; 
Viriam à Terra os marcianos?
•	 Palavra “distância”: Não se usa crase diante da palavra 
distância, a menos que se trate de distância determinada: Via-se 
um monstro marinho à distância de quinhentos metros; Estávamos 
à distância de dois quilômetros do sítio, quando aconteceu o 
acidente. Mas: A distância, via-se um barco pesqueiro; Olhava-
nos a distância.
•	 Pronome Relativo: Todo pronome relativo tem um 
substantivo (expresso ou implícito) como antecedente. Para saber 
se existe crase ou não diante de um pronome relativo, deve-se 
substituir esse antecedente por um substantivo masculino. Se o 
“a” se transforma em “ao”, há crase diante do relativo. Mas, se 
o “a” permanece inalterado ou se transforma em “o”, então não 
há crase: é preposição pura ou pronome demonstrativo: A fábrica 
a que me refiro precisa de empregados. (O escritório a que me 
refiro precisa de empregados.); A carreira à qual aspiro é almejada 
por muitos. (O trabalho ao qual aspiro é almejado por muitos.). 
Na passagem do antecedente para o masculino, o pronome 
relativo não pode ser substituído, sob pena de falsear o resultado: 
A festa a que compareci estava linda (no masculino = o baile a 
que compareci estava lindo). Como se viu, substituímos festa por 
baile, mas o pronome relativo que não foi substituído por nenhum 
outro (o qual etc.).
A Crase é Obrigatória
•	 Sempre haverá crase em locuções prepositivas, 
locuções adverbiais ou locuções conjuntivas que tenham como 
núcleo um substantivo feminino: à queima-roupa, à maneira 
de, às cegas, à noite, às tontas, à força de, às vezes, às escuras, à 
medida que, às pressas, à custa de, à vontade (de), à moda de, às 
mil maravilhas, à tarde, às oito horas, às dezesseis horas, etc. É 
bom não confundir a locução adverbial às vezes com a expressão 
fazer as vezes de, em que não há crase porque o “as” é artigo 
definido puro: Ele se aborrece às vezes (= ele se aborrece de vez 
em quando); Quando o maestro falta ao ensaio, o violinista faz as 
vezes de regente (= o violinista substitui o maestro). Sempre haverá 
crase em locuções que exprimem hora determinada: Ele saiu às 
treze horas e trinta minutos; Chegamos à uma hora. Cuidado para 
não confundir a, à e há com a expressão uma hora: Disseram-me 
que, daqui a uma hora, Teresa telefonará de São Paulo (= faltam 
60 minutos para o telefonema de Teresa); Paula saiu daqui à uma 
hora; duas horas depois, já tinha mudado todos os seus planos (= 
quando ela saiu, o relógio marcava 1 hora); Pedro saiu daqui há 
uma hora (= faz 60 minutos que ele saiu).
•	 Quando a expressão “à moda de” (ou “à maneira 
de”) estiver subentendida: Nesse caso, mesmo que a palavra 
subseqüente seja masculina, haverá crase: No banquete, serviram 
lagosta à Termidor; Nos anos 60, as mulheres se apaixonavam por 
homens que tinham olhos à Alain Delon.
•	 Quando as expressões “rua”, “loja”, “estação de 
rádio”, etc. estiverem subentendidas: Dirigiu-se à Marechal 
Floriano (= dirigiu-se à Rua Marechal Floriano); Fomos à Renner 
(fomos à loja Renner); Telefonem à Guaíba (= telefonem à rádio 
Guaíba).
•	 Quando está implícita uma palavra feminina: Esta 
religião é semelhante à dos hindus (= à religião dos hindus).
Excluída a hipótese de se tratar de qualquer um dos casos 
anteriores, devemos substituir a palavra feminina por outra 
masculina da mesma função sintática. Se ocorrer “ao” no 
masculino, haverá crase no “a” do feminino. Se ocorrer “a” ou “o” 
no masculino, não haverá crase no “a” do feminino.
O problema, para muitos, consiste em descobrir o masculino 
de certas palavras como “conclusão”, “vezes”, “certeza”, “morte”, 
etc. É necessárioentão frisar que não há necessidade alguma de 
que a palavra masculina tenha qualquer relação de sentido com 
a palavra feminina: deve apenas ter a mesma função sintática: 
Fomos a cidade comprar carne. (ao supermercado); Pedimos um 
favor à diretora. (ao diretor); Muitos são incensíveis à dor alheia. 
(ao sofrimento); Os empregados deixam a fábrica. (o escritório); 
O perfume cheira a rosa. (a cravo); O professor chamou a aluna. 
(o aluno).
•	 Não confundir devido com dado (a, os, as): a primeira 
expressão pede preposição “a”, havendo crase antes de palavra 
feminina determinada pelo artigo definido: Devido à discussão de 
ontem, houve um mal-estar no ambiente (= devido ao barulho de 
ontem, houve...); A segunda expressão não aceita preposição “a” 
(o “a” que aparece é artigo definido, não havendo, pois, crase): 
Dada a questão primordial envolvendo tal fato (= dado o problema 
primordial...); Dadas as respostas, o aluno conferiu a prova (= 
dados os resultados...).
•	 Antes de pronome interrogativo, não ocorre crase: A 
que artista te referes?
•	 Na expressão valer a pena ( no sentido de valer 
o sacrifício, o esforço), não ocorre crase, pois o “a” é artigo 
definido: Parodiando Fernando Pessoa, tudo vale a pena quando a 
alma não é pequena...
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
BANCO DO BRASIL 01/2011
EXERCÍCIOS
01 – A crase não é admissível em:
a) Comprou a crédito.
b) Vou a casa de Maria.
c) Fui a Bahia. 
d) Cheguei as doze horas. 
e) A sentença foi favorável a ré. 
02 - (PRF/N.M./ANP) Assinale a opção em que falta o acento 
de crase:
a) O ônibus vai chegar as cinco horas. 
b) Os policiais chegarão a qualquer momento. 
c) Não sei como responder a essa pergunta. 
d) Não cheguei a nenhuma conclusão. 
03 - (ALCL-DF/N.S./IDR) Assinale a alternativa correta: 
a) O ministro não se prendia à nenhuma dificuldade 
burocrática. 
b) O presidente ia a pé, mas a guarda oficial ia à cavalo. 
c) Ouviu-se uma voz igual à que nos chamara anteriormente.
d) Solicito à V. Exa. Que reconheça os obstáculos que estamos 
enfrentando.
04 - (ATCL-DF/N.S./IDR) Marque a alternativa correta 
quanto ao acento indicativo da crase:
a) A cidade à que me refiro situa-se em plena floresta, a 
algumas horas de Manaus.
b) De hoje à duas semanas estaremos longe, a muitos 
quilômetros daqui, a gozar nossas merecidas férias. 
c) As amostras que servirão de base a nossa pesquisa estão há 
muito tempo à disposição de todos.
d) À qualquer distância percebia-se que, à falta de cuidados, a 
lavoura amarelecia e murchava.
05 - Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de 
crase é facultativo?
a) Minhas idéias são semelhantes às suas. 
b) Ele tem um estilo à Eça de Queiroz 
c) Dei um presente à Mariana. 
d) Fizemos alusão à mesma teoria. 
e) Cortou o cabelo à Gal Costa.
06 - “O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que 
acontece ao seu redor”.
a) à - a - aquilo 
b) a - a - àquilo 
c) a - à - àquilo 
d) à - à - aquilo 
e) à - à - àquilo
07 - “A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, __- duas 
quadras da Avenida Central”.
a) à - há 
b) a - à 
c) a - há 
d) à - a 
e) à - à
08 - “O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, 
radicado ___ tempos em São Paulo, e se exibe diariamente ___ 
hora do almoço”.
a) o - à - a 
b) ao - há - à 
c) ao - a - a 
d) o - há - a
e) o - a - a
09 - “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas 
já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
a) à - àqueles - a - há 
b) a - àqueles - a - há 
c) a - aqueles - à - a 
d) à - àqueles - a - a 
e) a - aqueles - à - há
10 - Assinale a frase gramaticalmente correta:
a) O Papa caminhava à passo firme. 
b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.
c) Chegou à noite, precisamente as dez horas. 
d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas. 
e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.
11 - O Ministro informou que iria resistir _____ pressões 
contrárias _____ modificações relativas _____ aquisição da casa 
própria.
a) às - àquelas _ à 
b) as - aquelas - a 
c) às àquelas - a 
d) às - aquelas - à 
e) as - àquelas - à
12 - A alusão _____ lembranças da casa materna trazia _____ 
tona uma vivência _____ qual já havia renunciado.
a) às - a - a 
b) as - à - há 
c) as - a - à 
d) às - à - à 
e) às - a - há
13 - Use a chave ao sair ou entrar __________ 20 horas.
a) após às 
b) após as 
c) após das 
d) após a 
e) após à
14 - _____ dias não se consegue chegar _____ nenhuma das 
localidades _____ que os socorros se destinam.
a) Há - à - a
b) A - a - a 
c) À - à - a 
d) Há - a - a 
e) À - a - a
15 - Fique _____ vontade; estou _____ seu inteiro dispor para 
ouvir o que tem _____ dizer.
a) a - à - a 
b) à - a - a 
c) à - à - a 
d) à - à - à 
e) a - a - a
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LÍNGUA PORTUGUESA
BANCO DO BRASIL 01/2011
RESPOSTAS
(1-A) (2-A) (3-C) (4-C) (5-C) (6-C) (7-D) (8-B) (9-B) (10-D) 
(11-A) (12-D) (13-B) (14-D) (15-B)
EXERCÍCIOS
1 (CESGRANRIO) Assinale o período em que aparece 
forma verbal incorretamente empregada em relação à norma culta 
da língua:
a) Se o compadre trouxesse a rabeca, a gente do ofício ficaria 
exultante.
b) Quando verem o Leonardo, ficarão surpresos com os trajes 
que usava.
c) Leonardo propusera que se dançasse o minuete da corte.
d) Se o Leonardo quiser, a festa terá ares aristocráticos.
e) O Leonardo não interveio na decisão da escolha do padrinho 
do filho.
2 (FUVEST) ....... em ti; mas nem sempre ....... dos outros.
a) Creias – duvidas c) Creias – duvida
b) Crê – duvidas d) Creia – duvide 
e) Crê - duvides
3. (CESGRANRIO) Assinale a frase em que há erro de 
conjugação verbal:
a) Os esportes entretêm a quem os pratica. 
b) Ele antevira o desastre.
c) Só ficarei tranqüilo, quando vir o resultado. 
d) Eles se desavinham freqüentemente.
e) Ainda hoje requero o atestado de bons antecedentes.
4. (PUC) Dê, na ordem em que aparecem nesta questão, as 
seguintes formas verbais:
advertir - no imperativo afirmativo, segunda pessoa do plural
compor - no futuro do subjuntivo, segunda pessoa do plural
rever - no perfeito do indicativo, segunda pessoa do plural
prover - no perfeito do indicativo, segunda pessoa do singular
a) adverti, componhais, revês, provistes 
b) adverti, compordes, revestes, provistes
c) adverte, compondes, reveis, proviste 
d) adverti, compuserdes, revistes, proveste
e) n.d.a
5 (FUVEST) “Eu não sou o homem que tu procuras, mas 
desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato.” Se o 
pronome tu fosse substituído por Vossa Excelência, em lugar 
das palavras destacadas no texto acima transcrito teríamos, 
respectivamente, as seguintes formas:
a) procurais, ver-vos, vosso 
b) procura, vê-la, seu 
c) procura, vê-lo, vosso 
d) procurais, vê-la, vosso 
e) procurais, ver-vos, seu
6 (UNESP) “Explicou que aprendera aquilo de ouvido.” 
Transpondo para a voz passiva, o verbo assume a seguinte forma:
a) tinha sido aprendido 
b) era aprendido 
c) fora aprendido 
d) tinha aprendido 
e) aprenderia
7 (DASP) Assinale a única alternativa que contém erro 
na passagem da forma verbal, do imperativo afirmativo para o 
imperativo negativo:
a) parti vós - não partais vós
b) amai vós - não ameis vós
c) sede vós - não sejais vós
d) ide vós - não vais vós
e) perdei vós - não percais vós
8 (ITA) Vi, mas não ............; o policial viu, e também não 
............, dois agentes secretos viram, e não ............ Se todos nós 
............ , talvez .......... tantas mortes.
a)intervir - interviu - tivéssemos intervido - teríamos evitado 
b)me precavi - se precaveio - se precaveram - nos 
precavíssemos - não teria havido 
c)me contive - se conteve - contiveram - houvéssemos contido 
- tivéssemos impedido 
d)me precavi - se precaveu- precaviram - precavêssemo-nos 
não houvesse 
e)intervim - interveio - intervieram - tivéssemos intervindo - 
houvéssemos evitado
9. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma forma verbal 
foi empregada incorretamente:
a) O superior interveio na discussão, evitando a briga.
b) Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será absolvido.
c) Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida.
d) Quando você vir Campinas, ficará extasiado.
e) Ele trará o filho, se vier a São Paulo.
10 (FUVEST) Assinale a frase que não está na voz passiva:
a) O atleta foi estrondosamente aclamado.
b) Que exercício tão fácil de resolver!
c) Fizeram-se apenas os reparos mais urgentes.
d) Escolheu-se, infelizmente, o homem errado.
e) Entreolharam-se agressivamente os dois competidores.
11 (TRT) Assinale a alternativa incorreta quanto à forma 
verbal:
a) Ele reouve os objetos apreendidos pelo fiscal.
b) Se advierem dificuldades, confia em Deus.
c) Se você o vir, diga-lhe que o advogado reteve os documentos.
d) Eu não intervi na contenda porque não pude.
e) Por não se cumprirem as cláusulas propostas, as partes 
desavieram-se e requereram rescisão do contrato.
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Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
BANCO DO BRASIL 01/2011
12 (TRT) Indique a incorreta:
a)Estão isentados das sanções legais os citados no artigo 6º. 
b)Estão suspensas as decisões relativas ao parágrafo 3º do 
artigo 2º. 
c)Fica revogado o ato que havia extinguido a obrigatoriedade 
de apresentação dos documentos mencionados. 
d)Os pareceres que forem incursos na Resolução anterior são 
de responsabilidade do Governo Federal. 
e)Todas estão incorretas. 
13 (FUVEST) Assinale a frase em que aparece o pretérito-
mais-que-perfeito do verbo ser:
a) Não seria o caso de você se acusar?
b) Quando cheguei, ele já se fora, muito zangado.
c) Se não fosses ele, tudo estaria perdido.
d) Bem depois se soube que não fora ele o culpado.
e) Embora não tenha sido divulgado, soube-se do caso.
RESPOSTA
1‑B 2‑E 3‑E 4‑D 5‑B 6‑C 7‑D 8‑E
9‑B 10‑E 11‑D 12‑A 13‑D
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
Frase – Oração – Período 
A análise sintática examina a estrutura do período, divide 
e classifica as orações que o constituem e reconhece a função 
sintática dos termos de cada oração.
Daremos uma idéia do que seja frase, oração, período, termo, 
função sintática e núcleo de um termo da oração.
As palavras, tanto na expressão escrita como na oral, são 
reunidas e ordenadas em frases. Pela frase é que se alcança 
o objetivo do discurso, ou seja, da atividade lingüística: a 
comunicação com o ouvinte ou o leitor.
Frase, Oração e Período são fatores constituintes de qualquer 
texto escrito em prosa, pois o mesmo compõe-se de uma seqüência 
lógica de idéias, todas organizadas e dispostas em parágrafos 
minuciosamente construídos.
FRASE
Frase é todo enunciado capaz de transmitir, a quem nos ouve 
ou lê, tudo o que pensamos, queremos ou sentimos. Pode revestir 
as mais variadas formas, desde a simples palavra até o período mais 
complexo, elaborado segundo os padrões sintáticos do idioma.
São exemplos de frases:
Socorro!
Muito obrigado!
Que horror!
Sentinela, alerta!
Cada um por si e Deus por todos.
Grande nau, grande tormenta.
Por que agridem a natureza?
“Tudo seco em redor.” (Graciliano Ramos)
“Boa tarde, mãe Margarida!” (Graciliano Ramos)
“Fumaça nas chaminés, o céu tranqüilo, limpo o terreiro.” 
(Adonias Filho)
“As luzes da cidade estavam amortecidas.” (Érico Veríssimo)
“Tropas do exército regular do Sul, ajustadas pelos seus 
aliados brancos de além mar, tinham sido levadas em helicópteros 
para o lugar onde se presumia estivesse o inimigo, mas este se 
havia sumido por completo.” (Érico Veríssimo)
OBS:
- As frases são proferidas com entoação e pausas especiais, 
indicadas na escrita pelos sinais de pontuação.
- Muitas frases, principalmente as que se desviam do esquema 
sujeito + predicado, só pode ser entendidas dentro do contexto 
(= o escrito em que figuram) e na situação (= o ambiente, as 
circunstâncias) em que o falante se encontra.
- Chamam-se frases nominais as que se apresentam sem o 
verbo. Exemplo: Tudo parado e morto.
Quanto ao sentido, as frases podem ser:
Declarativas – É aquela através da qual se enuncia algo, 
de forma afirmativa ou negativa. Encerram a declaração ou 
enunciação de um juízo acerca de alguém ou de alguma coisa:
Paulo parece inteligente. (afirmativa)
A retificação da velha estrada é uma obra inadiável. 
(afirmativa)
Nunca te esquecerei. (negativa)
Neli não quis montar o cavalo velho, de pêlo ruço. (negativa)
Interrogativas – É aquela da qual se pergunta algo, direta 
(com ponto de interrogação) ou indiretamente (sem ponto de 
interrogação). São uma pergunta, uma interrogação:
Por que chegaste tão tarde?
Gostaria de saber que horas são.
“Por que faço eu sempre o que não queria” (Fernando Pessoa)
“Não sabe, ao menos, o nome do pequeno?” (Machado de 
Assis)
Imperativas – É aquela através da qual expressamos uma 
ordem, pedido ou súplica, de forma afirmativa ou negativa. 
Contêm uma ordem, proibição, exortação ou pedido:
“Cale-se! Respeite este templo.” (Érico Veríssimo) (afirmativa)
Não cometa imprudências. (negativa)
“Vamos, meu filho, ande depressa!” (Herberto Sales) 
(afirmativa)
“Segue teu rumo e canta em paz.” (Cecília Meireles) 
(afirmativa)
“Não me leves para o mar.” (Vicente de Carvalho) (negativa)
Exclamativas – É aquela através da qual externamos uma 
admiração. Traduzem admiração, surpresa, arrependimento, etc.:
Como eles são audaciosos!
Não voltaram mais!
“Uma senhora instruída meter-se nestas bibocas!” (Graciliano 
Ramos)
Optativas – É aquela através da qual se exprime um desejo:
Bons ventos o levem!
Oxalá não sejam vãos tantos sacrifícios!
“E queira Deus que te não enganes, menino!” (Carlos de Laet)
“Quem me dera ser como Casimiro Lopes!” (Graciliano 
Ramos)
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Imprecativas – Encerram uma imprecação (praga, maldição):
“Esta luz me falte, se eu minto, senhor!” (Camilo Castelo 
Branco)
“Não encontres amor nas mulheres!” (Gonçalves Dias)
“Maldito seja quem arme ciladas no seu caminho!” (Domingos 
Carvalho da Silva)
Como se vê dos exemplos citados, os diversos tipos de frase 
podem encerrar uma afirmação ou uma negação. No primeiro 
caso, a frase é afirmativa, no segundo, negativa. O que caracteriza 
e distingue esses diferentes tipos de frase é a entoação, ora 
ascendente ora descendente.
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser 
integralmente captados se atentarmos para o contexto em que 
são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se 
explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase “Que educação!”, 
usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de 
pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do que 
aparentemente diz.
A entoação é um elemento muito importante da frase falada, 
pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. Dependendo 
de como é dita, uma frase simples como “É ela.” pode indicar 
constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc. 
A mesma frase pode assumir sentidos diferentes, conforme o 
tom com que a proferimos. Observe:
Olavo esteve aqui.
Olavo esteve aqui?
Olavo esteve aqui?!
Olavo esteve aqui!
EXERCÍCIOS
1. Marque apenas as frases nominais:
a) Que voz estranha!
b) A lanterna produzia boa claridade.
c) As risadas não eram normais.
d) Luisinho, não!
 
2. Classifique as frases em declarativa, interrogativa, 
exclamativa, optativa ou imperativa.
a) Você está bem?
b) Não olhe; não olhe, Luisinho!
c) Que alívio!
d) Tomara que Luisinho não fique impressionado!
e) Você se machucou?
f) A luz jorrou na caverna.
g) Agora suma, seu monstro!
h) O túnel ficava cada vez mais escuro.3. Transforme a frase declarativa em imperativa. Siga o 
modelo:
Luisinho ficou pra trás. (declarativa)
Lusinho, fique para trás. (imperativa)
 a) Eugênio e Marcelo caminhavam juntos. 
b) Luisinho procurou os fósforos no bolso.
c) Os meninos olharam à sua volta.
 
4. Sabemos que frases verbais são aquelas que têm verbos. 
Assinale, pois, as frases verbais:
 a) Deus te guarde!
b) As risadas não eram normais.
c) Que ideia absurda!
d) O fósforo quebrou – se em três pedacinhos.
e) Tão preta como o túnel!
f) Quem bom!
g) As ovelhas são mansas e pacientes.
h) Que espírito irônico e livre! 
5. Escreva para cada frase o tipo a que pertence: declarativa, 
interrogativa, imperativa e exclamativa:
a) Que flores tão aromáticas!
b) Por que é que não vais ao teatro mais vezes?
c) Devemos manter a nossa escola limpa.
d) Respeitem os limites de velocidade.
e) Já alguma vez foste ao Museu da Ciência?
f) Atravessem a rua com cuidado.
g) Como é bom sentir a alegria de um dever cumprido!
h) Antes de tomar banho no mar, deve-se olhar para a cor 
da bandeira.
i) Não te quero ver mais aqui!
j) Hoje saímos mais cedo.
RESPOSTAS
1-“a” e “d”
2- a) interrogativa; b) imperativa; c) exclamativa; d) optativa; 
e) interrogativa; f) declarativa; g) imperativa; h) declarativa
3- a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!; b) Luisinho, 
procure os fósforos no bolso!; c) Meninos, olhem à sua volta!
4- a/b/d/g
5- a) exclamativa; b) interrogativa; c) declarativa; d) 
imperativa; e) interrogativa; f) imperativa; g) exclamativa; h) 
declarativa; i) imperativa; j) declarativa
ORAÇÃO
É todo enunciado linguístico dotado de sentido, porém há, 
necessariamente, a presença do verbo. A oração encerra uma frase 
(ou segmento de frase), várias frases ou um período, completando 
um pensamento e concluindo o enunciado através de ponto 
final, interrogação, exclamação e, em alguns casos, através de 
reticências.
Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes 
elípticos). Não têm estrutura sintática, portanto não são orações, 
não podem ser analisadas sintaticamente frases como:
Socorro!
Com licença!
Que rapaz impertinente!
Muito riso, pouco siso.
“A bênção, mãe Nácia!” (Raquel de Queirós)
Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como 
partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos ou as 
unidades sintáticas da oração. Cada termo da oração desempenha 
uma função sintática. Geralmente apresentam dois grupos de 
palavras: um grupo sobre o qual se declara alguma coisa ( o 
sujeito), e um grupo que apresenta uma declaração (o predicado), 
e, excepcionalmente, só o predicado. Exemplo:
A menina banhou-se na cachoeira.
A menina – sujeito
banhou-se na cachoeira – predicado
Choveu durante a noite. (a oração toda predicado)
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O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em 
número e pessoa. É normalmente o “ser de quem se declara algo”, 
“o tema do que se vai comunicar”.
O predicado é a parte da oração que contém “a informação 
nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere ao sujeito, 
constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.
Observe:
O amor é eterno.
O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é “O amor”. 
A declaração referente a “o amor”, ou seja, o predicado, é “é 
eterno”.
Já na frase:
Os rapazes jogam futebol.
O sujeito é “Os rapazes”, que identificamos por ser o termo 
que concorda em número e pessoa com o verbo “jogam”. O 
predicado é “jogam futebol”. 
Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente um 
substantivo, pronome ou verbo), que encerra a essência de sua 
significação. Nos exemplos seguintes, as palavras amigo e revestiu 
são o núcleo do sujeito e do predicado, respectivamente:
“O amigo retardatário do presidente prepara-se para 
desembarcar.” (Aníbal Machado)
A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plumas.
Os termos da oração da língua portuguesa são classificados 
em três grandes níveis:
•	 Termos Essencias da Oração: Sujeito e Predicado.
•	 Termos Integrantes da Oração: Complemento 
Nominal e Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto 
e Agente da Passiva).
•	 Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, 
Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo.
Termos Essenciais da Oração
São dois os termos essenciais (ou fundamentais) da oração: 
sujeito e predicado. Exemplos:
Sujeito Predicado
Pobreza não é vileza.
Os sertanistas capturavam os índios.
Um vento áspero sacudia as árvores.
Sujeito - É equivocado dizer que o sujeito é aquele que 
pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma 
coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto 
semântico do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto 
estilístico (o tópico da sentença). Já que o sujeito é depreendido de 
uma análise sintática, vamos restringir a definição apenas ao seu 
papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância 
com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal, 
o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o 
núcleo é sempre um nome. Então têm por características básicas:
•	 estabelecer concordância com o núcleo do predicado;
•	 apresentar-se como elemento determinante em relação 
ao predicado;
•	 constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo 
ou, ainda, qualquer palavra substantivada.
Exemplos: 
A padaria está fechada hoje. 
está fechada hoje: predicado nominal
fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado
a padaria: sujeito
padaria: núcleo do sujeito - nome feminino singular
Nós mentimos sobre nossa idade para você. 
mentimos sobre nossa idade para você: predicado verbal
mentimos: verbo = núcleo do predicado
nós: sujeito
No interior de uma sentença, o sujeito é o termo determinante, 
ao passo que o predicado é o termo determinado. Essa posição de 
determinante do sujeito em relação ao predicado adquire sentido 
com o fato de ser possível, na língua portuguesa, uma sentença 
sem sujeito, mas nunca uma sentença sem predicado.
Exemplos: 
As formigas invadiram minha casa. 
as formigas: sujeito = termo determinante
invadiram minha casa: predicado = termo determinado
Há formigas na minha casa. 
há formigas na minha casa: predicado = termo determinado
sujeito: inexistente
O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma nominal 
, isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse nome se refere 
a objetos das primeira e segunda pessoas, o sujeito é representado 
por um pronome pessoal do caso reto (eu, tu, ele, etc.). Se o sujeito 
se refere a um objeto da terceira pessoa, sua representação pode ser 
feita através de um substantivo, de um pronome substantivo ou de 
qualquer conjunto de palavras, cujo núcleo funcione, na sentença, 
como um substantivo.
Exemplos: 
Eu acompanho você até o guichê. 
eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa
Vocês disseram alguma coisa? 
vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa
Marcos tem um fã-clube no seu bairro. 
Marcos: sujeito = substantivo próprio
Ninguém entra na sala agora. 
ninguém: sujeito = pronome substantivo
O andar deve ser uma atividade diária. 
o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração
Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir de 
uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de oração 
substantiva subjetiva: 
É difícil optar por esse ou aquele doce...
É difícil: oração principal
optar por esse ou aquele doce: oração substantiva subjetiva
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O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou 
por uma palavra ou expressão substantivada. Exemplos:
O sino era grande.
Ela tem uma educação fina.
Vossa Excelência agiu como imparcialidade.
Isto não me agrada.
Morrer pela pátria é glorioso.
“Ouvia-se

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