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- 1 - 
 
Disciplina: 
Língua Portuguesa 
Professor: 
Juliana Bailão 
Data: 
02/06/2020 
Lista: 
Outros processos 
Turma: 
CURSO 
Aluno: 
 
b 
 
 
 
 
QUESTÃO 01 
 (UFMG) Leia a sentença abaixo: 
 “O marketing venceu mais uma...”. 
 As palavras marketing, marqueteiro e marquetear são 
empregadas com significativa frequência, na Língua 
Portuguesa. 
Identifique e descreva os processos de formação responsáveis 
pela introdução de cada um dos três termos em nossa língua. 
 
QUESTÃO 02 
 (Fuvest – SP) Os verbos envelhecer, enegrecer e apodrecer 
são formados com prefixos e sufixo, tendo como base o radical 
de velho, negro e podre, respectivamente. Dê verbos formados 
pelo mesmo processo com o radical das palavras ferver, alto e 
voar. 
 
 
As 3 próximas questões referem-se ao texto de Carlos 
Drummond de Andrade. Observe como ele usa de forma 
criativa os vários processos de formação de palavras. 
 O homem; as viagens 
O homem, bicho da Terra tão pequeno 
chateia-se na Terra 
lugar de muita miséria e pouca diversão, 
faz um foguete, uma cápsula, um módulo 
toca para a Lua 
desce cauteloso na Lua 
pisa na Lua 
planta bandeirola na Lua 
experimenta a Lua 
coloniza a Lua 
civiliza a Lua 
humaniza a Lua 
(...) 
Outros planetas restam para outras colônias 
O espaço todo vira Terra-a terra 
O homem chega ao Sol ou dá uma volta 
só para tever? 
Não-vê que lê inventa 
roupa insiderável de viver no Sol. 
Põe o pé e 
mas que chato é o Sol, falso touro 
espanhol domado 
 Carlos Drummond de Andrade 
 
QUESTÃO 03 
Observe como o autor obteve um efeito original com a palavra 
tever. 
a) Explique sua origem. 
 
b) Observe a sequência abaixo e identifique o processo de 
formação de cada um dos seus vocábulos 
Televisão - TV - tevê - tever 
 
 
QUESTÃO 04 
Observe outra criação do autor: 
“Não-vê que ele inventa 
roupa insiderável de viver no Sol.” 
 
A palavra insiderável não aparece no dicionário: 
a) Sua criação está dentro dos princípios que regem a formação 
de palavras? Por quê? 
 
b) Observe o esquema abaixo: 
 in- -siderar- -vel 
prefixo: fulminar, sufixo: 
negação aniquilar possibilidade 
 
Qual é o significado de roupa insiderável no texto? 
 
 
Orientação: as questões 5 a 11 referem-se ao texto a seguir: 
 
“Mais esbaforido do que quando comandava a Beija-Flor na 
Avenida, mais operário do que quando arrastava carros 
alegóricos na Marquês de Sapucaí, Joãozinho Trinta está 
muito longe de ser um aposentado-padrão. De passagem por 
São Paulo, o carnavalesco-mor capturou Washington Oliveiro 
para fazer, de graça, a campanha em prol de seu projeto Flor 
de Amanhã. Que inclui lançamento de três milhões de discos 
com o suprassumo do country nacional e uma faixa, para 
muitas vozes, tipo We Are The World caipira.” 
 (O Estado de S. Paulo, Caderno 2) 
 
QUESTÃO 05 
Retire do texto três palavras formadas por justaposição. 
 
 
QUESTÃO 06 
Em carnavalesco-mor, o primeiro elemento é derivado de 
carnaval, o segundo é forma sincopada de maior. Qual é o 
significado dessa palavra? 
 
 
QUESTÃO 07 
Qual é o processo de formação da palavras Trinta e caipira, no 
texto? 
 
 
QUESTÃO 08 
Analise o processo de formação da palavra suprassumo e dê 
seu significado. Se necessário, consulte um dicionário. 
 
 
QUESTÃO 09 
De todos os processos de formação de palavras, a sufixação é 
um dos mais fecundos. Retire do texto cinco exemplos de 
palavra formada por esse processo. 
 
 
QUESTÃO 10 
Retire do texto um exemplo de palavra formada por 
parassíntese. 
 
 
QUESTÃO 11 
Observe a frase: “O sal foi, provavelmente, a primeira moeda-
mercadoria usada pelo homem”. 
Que tipo de derivação há no uso da palavra mercadoria? 
 
 
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 (62) 3274 – 3176 98295 – 0114 contato@einsteingoiania.com www.portaleinstein.com.br 
QUESTÃO 12 
 (UF-SC) Separe as correspondências verdadeiras das falsas: 
a) maluquice: derivação prefixal e sufixal. 
b) ensalmouradas: composição por aglutinação 
c) extra: derivação regressiva. 
d) o porquê: derivação imprópria 
e) subterrâneo: derivação parassintética 
f) desencaminhar: derivação prefixal e sufixal 
g) vaivém: composição por justaposição 
h) ingrato: redução 
i) monocultura: hibridismo 
 
QUESTÃO 13 
 (Cesgranrio-RJ) 
“Chapechape. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços 
moviam-se desengonçados. Parecia um macaco (...) Fabiano sempre havia obedecido. Tinha muque e substância. Mas pensava 
pouco e obedecia.(...)” 
(Graciliano Ramos) 
Identifique a palavra que foge ao processo de formação de chapechape : 
a) zumzum c) toque-toque e) vivido 
b) reco-reco d) tim-tim 
 
QUESTÃO 14 
 (FAAP-SP) Considere o critério abaixo: 
I – derivação por prefixação 
II – derivação por sufixação 
III – composição por aglutinação 
IV – derivação imprópria 
V – parassíntese 
 
Identifique a opção que indica corretamente o processo de formação das palavras: cinzento, irregular, boquiaberto, acertar, o alto. 
a) I – II – III – IV – V d) III – I – II – V – IV 
b) II – I – III – V – IV. e) II – V – IV – III – I 
c) V – III – IV – II – I 
 
QUESTÃO 15 
 (UF-GO) Na frase: “Ela tem um quê misterioso”, o processo de formação da palavra em destaque chama-se: 
a) composição d) derivação imprópria 
b) aglutinação e) parassíntese. 
c) justaposição 
 
QUESTÃO 16 
 (PUC-SP) Considerando o processo de formação de palavras, relacione a coluna da direita com a coluna da esquerda: 
1. derivação imprópria ( ) desenredo . 
2. prefixação ( ) narrador 
3. prefixação e sufixação ( ) infinitamente 
4. sufixação ( ) o voar 
5. composição por justaposição ( ) pão de mel 
 
Identifique a alternativa que apresenta a numeração em sequência correta: 
a) 3, 4, 2, 5, 1. d) 2, 4, 3, 5, 1. 
b) 2, 4, 3, 1, 5. e) 4, 1, 5, 2, 3 
c) 4, 1, 5, 3, 2 
 
QUESTÃO 17 
 (UFSCar-SP) Considerando-se os vocábulos seguintes, identifique a alternativa que indica os pares de derivação regressiva, 
derivação imprópria e derivação sufixal, precisamente nesta ordem: 
1. embarque 4. porquê 
2. histórico 5. fala 
3. cruzes! 6. sombrio 
 a) 2-5, 1-4, 3-6. d) 2-3, 5-6, 1-4. 
 b) 1-4, 2-5, 3-6 e) 3-6, 2-5, 1-4. 
 c) 1-5, 3-4, 2-6 
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QUESTÃO 18 
 (Enem) 
Carnavália 
Repique tocou 
O surdo escutou 
E o meu corasamborim 
Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mim? 
[…] 
ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas., 2002 (fragmento). 
 
No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que é a junção de coração + samba + tamborim, refere-se, ao mesmo tempo, a 
elementos que compõem uma escola de samba e à situação emocional em que se encontra o autor da mensagem, com o coração no 
ritmo da percussão. 
Essa palavra corresponde a um(a) 
a) estrangeirismo, uso de elementos linguísticos originados em outras línguas e representativos de outras culturas. 
b) neologismo, criação de novos itens linguísticos pelos mecanismos que o sistema da língua disponibiliza. 
c) gíria, que compõe uma linguagem originada em determinado grupo social e que pode vir a se disseminar em uma comunidade 
mais ampla. 
d) regionalismo, porser palavra característica de determinada área geográfica. 
e) termo técnico, dado que designa elemento de área específica de atividade. 
 
QUESTÃO 19 
Observe a palavra RESGATAR que possui como derivada a palavra RESGATE. A palavra resgate é formada por derivação 
a) prefixal 
b) parassintética 
c) sufixal 
d) imprópria 
e) regressiva 
 
QUESTÃO 20 
Pneumotórax, palavra que dá título ao famoso poema de Manuel Bandeira, é vocábulo constituído de dois radicais gregos 
(pneum[o]- + -tórax). Significa o procedimento médico que consiste na introdução de ar na cavidade pleural, como forma de 
tratamento de moléstias pulmonares, particularmente a tuberculose. Tal enfermidade é referida no diálogo entre médico e 
paciente, quando o primeiro explica a seu cliente que ele tem “uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado”. 
Esta última palavra é formada com base em um radical: filtro. 
 
Quanto à formação vocabular, o título do poema e o vocábulo infiltrado são constituídos, respectivamente, por: 
a) composição e derivação prefixal e sufixal 
b) derivação prefixal e sufixal e composição 
c) composição por hibridismo e composição prefixal e sufixal 
d) simples flexão e derivação prefixal e sufixal 
e) simples derivação e composição sufixal e prefixal 
 
QUESTÃO 21 
A composição é um dos processos de formação de novas palavras. A partir de duas ou mais palavras simples ou radicais, 
formamos palavras compostas que possuem significado próprio. 
A alternativa em que todas as palavras são formadas pelo mesmo processo de composição é: 
a) passatempo - destemido - subnutrido 
b) pernilongo - pontiagudo - embora 
c) leiteiro - histórico – desgraçado 
d) cabisbaixo - pernalta – vaivém 
e) planalto - aguardente - passatempo 
 
QUESTÃO 22 
Propaganda de Aguardente de Cana Pura Preguicinha, da Fábrica Trianon de Bebidas Ltda, Rio de Janeiro, excelente estado. 
A palavra "aguardente" indicada no texto formou-se por: 
a) hibridismo 
b) parassíntese 
c) aglutinação 
d) derivação regressiva 
e) justaposição 
 
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QUESTÃO 23 
 (ENEM) 
 
Texto I 
Um ato de criatividade pode gerar um modelo produtivo. Foi o que aconteceu com a palavra sambódromo, criativamente 
formada com a terminação -(o)dromo (=corrida), que figura em hipódromo, autódromo, cartódromo, formas que designam 
itens culturais da alta burguesia. Não demoraram a circular, a partir de então, formas populares como rangódromo, beijódromo, 
camelódromo. 
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008 
 
Texto II 
Existe coisa mais descabida do que chamar de sambódromo uma passarela para desfile de escolas de samba? Em grego, -dromo 
quer dizer “ação de correr, lugar de corrida”, daí as palavras autódromo e hipódromo. É certo que, às vezes, durante o 
desfile, a escola se atrasa e é obrigada a correr para não perder pontos, mas não se descoloca a velocidade de um cavalo ou de 
um carro de Fórmula 1. 
GULLAR, F. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 3 ago. 2012. 
 
Há nas línguas mecanismos geradores de palavras. Embora o texto II apresente um julgamento de valor sobre a formação da 
palavra sambódromo, o processo de formação dessa palavra reflete 
a) o dinamismo da língua na criação de novas palavras. 
b) uma nova realidade limitando o aparecimento de novas palavras. 
c) a apropriação inadequada de mecanismos de criação de palavras por leigos. 
d) o reconhecimento a impropriedade semântica dos neologismos. 
e) a restrição na produção de novas palavras com o radical grego. 
 
QUESTÃO 24 
Para que haja a comunicação, seja escrita ou falada, dois componentes principais participam deste processo, que são as 
palavras e a nossa capacidade cognitiva. 
Por meio de uma combinação e recombinação de morfemas, surgem as palavras que vão se interagindo ao nosso 
vocabulário e nos fazendo seres cada vez mais aptos a exercer a nossa competência linguística. 
 
As palavras perda, corredor e saca-rolhas são formadas, respectivamente, por: 
a) derivação regressiva, derivação sufixal, composição por justaposição; 
b) derivação regressiva, derivação sufixal, derivação parassintética; 
c) composição por aglutinação, derivação parassintética, derivação regressiva; 
d) derivação parassintética, composição por justaposição, composição por aglutinação; 
e) composição por justaposição, composição por aglutinação, derivação prefixal 
 
QUESTÃO 25 
 (Cesgranrio) CINZAS DA INQUISIÇÃO 
 
1 Até agora fingíamos que a Inquisição era um episódio da história europeia, que tendo durado do século XII ao século 
XIX, nada tinha a ver com o Brasil. No máximo, se prestássemos muita atenção, íamos ouvir falar de um certo Antônio José - o 
Judeu, um português de origem brasileira, que foi queimado porque andou escrevendo umas peças de teatro. 
2 Mas não dá mais para escamotear. Acabou de se realizar um congresso que começou em Lisboa, continuou em São Paulo 
e Rio, reavaliando a Inquisição. O ideal seria que esse congresso tivesse se desdobrado por todas as capitais do país, por todas as 
cidades, que tivesse merecido mais atenção da televisão e tivesse sacudido a consciência dos brasileiros do Oiapoque ao Chuí, 
mostrando àqueles que não podem ler jornais nem frequentar as discussões universitárias o que foi um dos períodos mais 
tenebrosos da história do Ocidente. Mas mostrar isso, não por prazer sadomasoquista, e sim para reforçar os ideais de dignidade 
humana e melhorar a debilitada consciência histórica nacional. 
....................................................................................... 
3 Calar a história da Inquisição, como ainda querem alguns, em nada ajuda a história de instituições e países. Ao contrário, 
isto pode ser ainda um resquício inquisitorial. E no caso brasileiro essa reavaliação é inestimável, porque somos uma cultura que 
finge viver fora da história. 
4 Por outro lado, estamos vivendo um momento privilegiado em termos de reconstrução da consciência histórica. Se neste 
ano (1987) foi possível passar a limpo a Inquisição, no ano que vem será necessário refazer a história do negro em nosso país, a 
propósito dos cem anos da libertação dos escravos. E no ano seguinte, 1989, deveríamos nos concentrar para rever a "república" 
decretada por Deodoro. Os próximos dois anos poderiam se converter em um intenso período de pesquisas, discussões e 
mapeamento de nossa silenciosa história. Universidades, fundações de pesquisa e os meios de comunicação deveriam se preparar 
para participar desse projeto arqueológico, convocando a todos: "Libertem de novo os escravos", "proclamem de novo a 
República". 
5 Fazer história é fazer falar o passado e o presente criando ecos para o futuro. 
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6 História é o antissilêncio. É o ruído emergente das lutas, angústias, sonhos, frustrações. Para o pesquisador, o silêncio da 
história oficial é um¢ silêncio ensurdecedor. Quando penetra nos arquivos da consciência nacional, os dados e os feitos berram, 
clamam, gritam, sangram pelas prateleiras. Engana-se, portanto, quem julga que os arquivos são lugares apenas de poeira e mofo. 
Ali está pulsando algo. Como num vulcão aparentemente adormecido, ali algo quer emergir. E emerge. Cedo ou tarde. Não se 
destrói totalmente qualquer documentação. Sempre vai sobrar um herege que não foi queimado, um judeu que escapou ao campo 
de concentração, um dissidenteque sobreviveu aos trabalhos forçados na Sibéria. De nada adiantou aquele imperador chinês ter 
queimado todos os livros e ter decretado que a história começasse com ele. 
7 A história recomeça com cada um de nós, apesar dos reis e das inquisições. 
(Affonso R. de Sant'Anna. A RAIZ QUADRADA DO ABSURDO. Rio de Janeiro, Rocco, 1989, p. 196-198.) 
 
A sequência de vocábulos em que se observa o mesmo processo de formação de EUROPEIA, REFAZER e MALMEQUER, 
respectivamente, é: 
a) desventura / vice-rei / tragicômico 
b) histórica / auriverde / suprarrenal 
c) prosaico / corpulento / contrapeso 
d) inquisitorial / emigrar / pernilongo 
e) esforço / reavaliar / sempre-viva 
 
QUESTÃO 26 
 Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: 
 - Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo? 
 - Deixe-me, senhora. 
 - Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre 
que me der na cabeça. 
 - Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual 
tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros. 
 - Mas você é orgulhosa. 
 - Decerto que sou. 
 - Mas por quê? 
 - É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? 
 - Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu? 
 - Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados... 
 - Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço 
e mando... 
 - Também os batedores vão adiante do imperador. 
 - Você é imperador? 
 - Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante, vai só mostrando o caminho, vai 
fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... 
 Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma 
baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou 
da linha, enfiou a linha na agulha. e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das 
sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana - para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha: 
 - Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; 
eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima... 
 A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como 
quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi 
andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a 
costureira dobrou a costura, para o dia seguinte: continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou 
esperando o baile. 
 Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, 
para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou 
dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe: 
 - Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é 
que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o baile das 
mucamas? 
Vamos, diga lá. 
 Parece que a agulha não disse nada: mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre 
agulha: - Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de 
costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. 
 Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: - Também eu tenho servido de 
agulha a muita linha ordinária! 
 Machado de Assis (Para Gostar de Ler - Vol.9) 
 
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A expressão "plic - plic - plic - plic" é semelhante a "toc - toc" ou "ping - pong". 
 
a) Como se chamam essas expressões? 
 
b) Cite três outras que você conheça. 
 
QUESTÃO 27 
 (Cesgranrio) O POETA COME AMENDOIM - TEXTO I 
 
Noites pesadas de cheiros e calores amontoados... 
Foi o sol que por todo o sítio imenso do Brasil 
Andou marcando de moreno os brasileiros. 
 
Estou pensando nos tempos de antes de eu nascer... 
 
A noite era pra descansar. As gargalhadas brancas dos mulatos... 
Silêncio! O Imperador medita os seus versinhos. 
Os Caramurus conspiram à sombra das mangueiras ovais. 
Só o murmurejo dos cre'm-deus-padre irmanava os 
 [ homens de meu país... 
Duma feita os canhamboras perceberam que não tinha 
 [mais escravos, 
Por causa disso muita virgem-do-rosário se perdeu... 
 
Porém o desastre verdadeiro foi embonecar esta República temporã. 
A gente inda não sabia se governar... 
Progredir, progredimos um tiquinho 
Que o progresso também é uma fatalidade... 
Será o que Nosso Senhor quiser!... 
 
Estou com desejos de desastres... 
Com desejos do Amazonas e dos ventos muriçocas 
Se encostando na canjerana dos batentes... 
Tenho desejos de violas e solidões sem sentido... 
Tenho desejos de gemer e de morrer... 
 
Brasil... 
Mastigado na gostosura quente do amendoim... 
Falado numa língua curumim 
De palavras incertas num remeleixo melado melancólico... 
Saem lentas frescas trituradas pelos meus dentes bons... 
Molham meus beiços que dão beijos alastrados 
E depois semitoam sem malícia as rezas bem nascidas... 
 
Brasil amado não porque seja minha pátria, 
Pátria é acaso de migrações e do pão-nosso onde Deus der... 
Brasil que eu amo porque é o ritmo no meu braço aventuroso, 
O gosto dos meus descansos, 
O balanço das minhas cantigas amores e danças. 
Brasil que eu sou porque é a minha expressão muito engraçada, 
Porque é o meu sentimento pachorrento, 
Porque é o meu jeito de ganhar dinheiro, de comer e de dormir. 
(Mário de Andrade. POESIAS COMPLETAS. S.P.: Martins, 1996. p. 109-110) 
 
 
 TEXTO II 
 
 A política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas, ou tradições respeitáveis. 
A politicalha é a indústria de explorar o benefício de interesses pessoais. Constitui a política uma função, ou o conjunto das 
funções do organismo nacional: é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora de si mesma. A politicalha, 
pelo contrário, é o envenenamento crônico dos povos negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis. A 
política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada. 
(Rui Barbosa. Texto reproduzido em ROSSIGNOLI, Walter. "Português: teoria e prática". 2. ed. São Paulo: Ática, 1992. p. 19) 
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Assinale a opção em que o processo de formação de palavras está indevidamente caracterizado: 
a) pão-nosso - composição por justaposição. 
b) aventuroso - derivação sufixal. 
c) embonecar - composição por aglutinação. 
d) descanso - derivação regressiva.e) incerto - derivação prefixal. 
 
QUESTÃO 28 
 (Uerj) 
 CORDÕES 
 
 Oh! abre ala! 
 Que eu quero passá 
 Estrela d'Alva 
 Do Carnavá! 
 Era em plena rua do Ouvidor. Não se podia andar. A multidão apertava-se, sufocada. Havia sujeitos congestionados, 
forçando a passagem com os cotovelos, mulheres afogueadas, crianças a gritar, tipos que berravam pilhérias. A pletora da alegria 
punha desvarios em todas as faces. Era provável que do largo de São Francisco à rua Direita dançassem vinte cordões e quarenta 
grupos, rufassem duzentos tambores, zabumbassem cem bombos, gritassem cinquenta mil pessoas. A rua convulsionava-se como 
se fosse fender, rebentar de luxúria e de barulho. A atmosfera pesava como chumbo. No alto, arcos de gás besuntavam de uma luz 
de açafrão as fachadas dos prédios. Nos estabelecimentos comerciais, nas redações dos jornais, as lâmpadas elétricas despejavam 
sobre a multidão uma luz ácida e galvânica, que enlividescia e parecia convulsionar os movimentos da turba, sob o panejamento 
multicolor das bandeiras que adejavam sob o esfarelar constante dos "confetti", que, como um irisamento do ar, caíam, voavam, 
rodopiavam. (...) Serpentinas riscavam o ar; homens passavam empapados d'água, cheios de confetti; mulheres de chapéu de papel 
curvavam as nucas à etila dos lança-perfumes, frases rugiam cabeludas, entre gargalhadas, risos, berros, uivos, guinchos. Um 
cheiro estranho, misto de perfume barato, poeira, álcool, aquecia ainda mais o baixo instinto de promiscuidade. A rua 
personalizava-se, tornava-se uma e parecia, toda ela policromada de serpentinas e confetti, arlequinar o pincho da loucura e do 
deboche. Nós íamos indo, eu e o meu amigo, nesse ¢pandemônio. Atrás de nós, sem colarinho, de pijama, bufando, um grupo de 
rapazes acadêmicos, futuros diplomatas e futuras glórias nacionais, berrava furioso a cantiga do dia, essas cantigas que só 
aparecem no Carnaval: 
 
 Há duas coisa 
 Que me faz chorá 
 É nó nas tripa 
 E bataião navá! 
 
 (RIO, João do. A ALMA ENCANTADORA DAS RUAS. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.) 
 
Observe a formação dos seguintes vocábulos do texto : 
 
"panejamento" (derivado de "pano"), "irisamento" (derivado de "íris"), "arlequinar" (derivado de "arlequim") e "pandemônio" 
(composto de pan + demônio), neologismo criado por Milton, poeta inglês do século XVII, no seu livro O PARAÍSO PERDIDO, 
para designar o palácio de Satã. 
 
A partir desses exemplos, explique, em até duas frases completas: 
 
a) o emprego conotativo da palavra "pandemônio" (texto, ref. 1) e indique o sentido do morfema "pan-"; 
 
b) como se forma o vocábulo "enlividescia" (texto, ref. 2) e qual a sua classificação quanto ao processo de formação. 
 
QUESTÃO 29 
 (Uerj) BRINCAR COM PALAVRAS - NOS JOGOS VERBAIS, EXERCÍCIOS DE LITERATURA 
 
1 Você sabe o que é um palíndromo? 
2 É uma palavra ou mesmo uma frase que pode ser lida de frente pra trás e de trás pra frente mantendo o mesmo sentido. 
Por exemplo, em português: "amor" e "Roma"; em espanhol: "Anita lava la tina". Ou, então, a frase latina: "Sator arepo tenet 
opera rotas", que não só pode ser lida de trás pra frente, mas pode ser lida na vertical, na horizontal, de baixo pra cima, de cima 
pra baixo, girando os olhos em redor deste quadrado: 
 
S A T O R 
A R E P O 
T E N E T 
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O P E R A 
R O T A S 
 
3 Essa frase latina polivalente foi criada pelo escravo romano Loreius 200 anos antes de Cristo, e tem dois significados: "O 
lavrador mantém cuidadosamente a charrua nos sulcos" e/ou "o lavrador sustém cuidadosamente o mundo em sua órbita". Osman 
Lins construiu o romance "Avalovara" (1973) em torno desse palíndromo. 
4 Muita gente sabe o que é um caligrama - aqueles textos que existiam desde a Grécia em que as letras e frases iam 
desenhando o objeto a que se referiam - um vaso, um ovo, ou então, como num autor moderno tipo Apollinaire, as frases do 
poema se inscrevendo em forma de cavalo ou na perpendicular imitando o feitio da chuva. 
5 Mas pouca gente sabe o que é um lipograma. 
6 Lipo significa tirar, aspirar, esconder. Portanto, um lipograma é um texto que sofreu a lipoaspiração de uma letra. O autor 
resolve esconder essa letra por razões lúdicas. Já o grego Píndaro havia escrito uma ode, sem a letra "s". Os autores barrocos no 
século XVII também usavam este tipo de ocultação, porque estavam envolvidos com o ocultismo, com a cabala e com a 
numerologia. 
7 Por que estou dizendo essas coisas? 
8 Culpa da Internet. 
9 Esses jogos verbais que vinham sendo feitos desde as cavernas agora foram potencializados com a informática. Dizia eu 
numa entrevista outro dia que estamos vivendo um paradoxo riquíssimo: a mais avançada tecnologia eletrônica está resgatando o 
uso lúdico da linguagem e uma das mais arcaicas atividades humanas - a poesia. Os poetas, mais que quaisquer outros escritores, 
invadiram a Internet. Se em relação às coisas prosaicas se diz que a vingança vem a cavalo, no caso da poesia a vingança veio a 
cabo, galopando eletronicamente. Por isto que toda vez que um jovem iniciante me procura com a angústia de publicar seu livro, 
aconselho-o logo: "Meu filho, abra uma página sua na Internet para não mais se constranger e se sentir constrangido diante dos 
editores e críticos. Estampe seu texto na Internet e deixe rolar". 
 (ROMANO, Affonso de Sant'Anna. "O Globo", 15/09/1999.) 
 
Você sabe o que é um palíndromo? (par. 1) 
Por que estou dizendo essas coisas? (par. 7) 
Observando os parágrafos compreendidos entre as perguntas acima, identifique: 
 
a) a função da linguagem predominante nesses parágrafos e justifique sua reposta; 
 
b) o processo de formação de palavras comum aos termos OCULTAÇÃO e OCULTISMO e explique a diferença de sentido entre 
eles. 
 
QUESTÃO 30 
 (Ufsm) BRASIL, MOSTRA A TUA CARA 
 
 A busca de uma identidade nacional é preocupação deste século 
 João Gabriel de Lima 
 
1 Ao criar um livro, um quadro ou uma canção, o artista ¢¢brasileiro dos dias atuais tem uma preocupação a menos: 
parecer brasileiro. A noção de cultura nacional é algo tão incorporado ao cotidiano do país que deixou de ser um peso para os 
¢£criadores. Agora, em vez de servir à pátria, eles podem servir ao próprio talento. §Essa é uma ¨conquista deste século. Tem 
como marco a Semana de Arte Moderna de 1922, ¢uma espécie de ©grito de independência artística do país, cem anos depois da 
£independência política. Até esta data, o ¢¤brasileiro era, antes de tudo, um ¢¥envergonhado. Achava que pertencia a uma raça 
inferior e que a única solução era imitar os modelos culturais importados. Para acabar com esse complexo, foi preciso que um 
grupo de artistas de diversas áreas se reunisse no Teatro Municipal de São Paulo e bradasse que ser brasileiro era bom. O escritor 
Mário de Andrade lançou o projeto de uma língua nacional. Seu colega Oswald de Andrade propôs o conceito de "antropofagia", 
segundo o qual a cultura brasileira criaria um caráter próprio depois de digerir as influências externas. 
2 A semana de 22 foi só um marco, mas pode-se dizer que ela realmente criou uma agenda cultural para o país. Foi 
tentando inventar uma língua brasileira que Graciliano Ramos e Guimarães Rosa escreveram suas obras, ¤as mais significativas 
do ªséculo, no país, no campo da prosa. Foi recorrendo ao bordão da antropofagia que vários artistas jovens, nos anos 60, 
inventaram a cultura pop brasileira, no movimento conhecido como tropicalismo. No plano das ideias, o século gerou três obras 
que se tornariam clássicos da reflexão sobre o país. "Os Sertões", do carioca Euclides da Cunha, escrito em 1902, é ainda 
influenciado por teorias racistas do século passado,que achavam que a mistura entre negros, ¢¦brancos e índios provocaria ¥um 
"enfraquecimento" da raça brasileira. Mesmo assim, é ¦um livro essencial, porque o repórter Euclides, que trabalhava no jornal "O 
Estado de S. Paulo", foi a campo cobrir a guerra de Canudos e viu na frente de ¢©combate muitas coisas que punham em questão 
as teorias formuladas em gabinete. "Casa-Grande & Senzala", do pernambucano Gilberto Freyre, apresentava pela primeira vez a 
miscigenação como algo positivo e buscava nos primórdios da colonização portuguesa do país as origens da sociedade que se 
formou aqui. Por último, o paulista Sérgio Buarque de Holanda, em "Raízes do Brasil", partia de premissas parecidas mas 
propunha uma visão crítica, que influenciaria toda a sociologia produzida a partir de então. 
 "VEJA", 22 de dezembro, 1999. p. 281-282. 
 
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Identifique a alternativa que contém uma palavra formada por derivação sufixal que se classifica, no contexto, como adjetivo. 
a) brasileiro (ref. 11) 
b) criadores (ref. 12) 
c) brasileiro (ref. 13) 
d) envergonhado (ref. 14) 
e) brancos (ref. 15) 
 
QUESTÃO 31 
 (Uepg) Delírio de voar 
 
 Nos dez primeiros anos deste século havia uma mania pop em Paris - voar. As formas estranhas dos aeroplanos 
experimentais invadiam as páginas dos jornais. Cada proeza dos aviadores era narrada em detalhe. Os parisienses acompanhavam 
fascinados as audácias dos aviadores, uma elite extravagante de jovens brilhantes, cultos e elegantes, realçada por vários 
milionários e pelo interesse das moças. Multidões lotavam o campo de provas de Issy-les-Molincaux. Os pilotos e os inventores 
eram reconhecidos nas ruas e homenageados em restaurantes. Todo dia algum biruta apresentava uma nova máquina, anunciava 
um plano mirabolante e desafiava a gravidade e a prudência. 
 Paris virara a capital mundial da aviação desde a fundação do Aéro-Club de France, em 1898. Depois da difusão dos 
grandes balões, em 1880, e dos dirigíveis inflados a gás, em 1890 - os chamados "mais leves que o ar", chegara a hora dos 
aparelhos voadores práticos, menores e controláveis - os "mais pesados que o ar". Durante muito tempo eles foram descartados 
como impossíveis, mas agora as pré-condições haviam mudado. A tecnologia da aerodinâmica, da engenharia de estruturas, do 
desenho de motores e da química de combustíveis havia chegado a um estágio de evolução inédito. Combinadas, permitiam 
projetar máquinas inimaginadas. 
 Simultaneamente, por caminhos paralelos, a fotografia dera um salto com a invenção dos filmes flexíveis, em 1889. 
Surgiram câmeras modernas, mais sensíveis à luz, mais velozes e fáceis de manejar. Em consequência, proliferaram os fotógrafos 
profissionais e amadores. Eles não só registraram cada passo da infância da aviação como também popularizaram-na. 
Transportados pelos jornais, os feitos dos pioneiros estimularam a vocação de muitos jovens candidatos a aviador. A mídia 
glamourizou a ousadia de voar. 
......................................................................................... 
 Inventar aviões era um ofício diletante e nada rendoso - ainda. Exigia recursos financeiros para construir aparelhos, 
contratar mecânicos, oficinas e hangares. Dinheiro nunca faltou ao brasileiro Alberto Santos-Dumont, filho de um rico fazendeiro 
mineiro, ou ao engenheiro e nobre francês marquês d'Ecquevilley-Montjustin. Voar era um ideal delirante e dândi. Uma glória 
para homens extraordinários. 
 (SUPERINTERESSANTE, junho/99, p.36) 
 
Quanto à formação de vocábulos, é certo que 
 
01) o prefixo indica negação nos vocábulos "impossíveis" e "inimaginados". 
02) o substantivo "fundação" é formado por sufixação a partir do verbo "fundar". 
04) "parisiense" é vocábulo composto formado por justaposição. 
08) "simultaneamente" é vocábulo formado por parassíntese a partir de um adjetivo na forma feminina. 
16) "glamourizou" é forma de pretérito perfeito de um verbo criado por derivação sufixal a partir de um estrangeirismo. 
 
QUESTÃO 32 
 (Ufscar) BOITEMPO 
 
Entardece na roça 
de modo diferente. 
A sombra vem nos cascos, 
no mugido da vaca 
separada da cria. 
O gado é que anoitece 
e na luz que a vidraça 
da casa fazendeira 
derrama no curral 
surge multiplicada 
sua estátua de sal, 
escultura da noite. 
Os chifres delimitam 
o sono privativo 
de cada rês e tecem 
de curva em curva a ilha 
do sono universal. 
No gado é que dormimos 
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e nele que acordamos. 
Amanhece na roça 
de modo diferente. 
A luz chega no leite, 
morno esguicho das tetas 
e o dia é um pasto azul 
que o gado reconquista. 
 
 (ANDRADE, Carlos Drummond de. "Obra Completa". 5. ed. Rio de Janeiro: Aguilar, 1979.) 
 
O título de um texto constitui a chave para a descodificação da mensagem, e a sua interpretação deve ser integrada numa leitura 
global do texto. 
 
a) Comente o título do texto, a partir das informações apresentadas. 
 
b) Explique por qual processo de formação de palavras Drummond criou "boitempo". 
 
QUESTÃO 33 
(Cesgranrio) 
1 A fisionomia da sociedade brasileira neste final de século está irreconhecível. A violência e a crueldade viraram 
fenômenos de massa. Antes, e até há não muito tempo, elas apareciam como sintoma de patologias individuais. Os "monstros" - 
um estuprador e assassino de crianças, uma mulher que esquartejou o amante - eram motivo de pasmo e horror para uma 
comunidade onde a violência ficava confinada a um escaninho de modestas proporções. Hoje, é uma guerrilha e faz parte do nosso 
cotidiano. 
2 Em pouco tempo a imagem do Brasil, para uso externo e sobretudo para si mesmo, ficou marcada pela reiteração 
rotineira da crueldade. A onda não é o simples homicídio, é o massacre. E, para não ficarmos no saudosismo dos anos dourados, 
ressurge uma forma de massacre que tem raízes históricas profundas: o genocídio, essa mancha na formação de uma 
nacionalidade argamassada pelo sangue de índios e negros. 
3 Os episódios brutais estão aí. (...) 
4 A violência costuma ser associada à urbanização maciça, que gera miséria, desordem e conflitos. 
5 Não vamos procurar desculpa invocando símiles de outros países - no Peru, na Bósnia ou onde quer que seja. Estamos 
dizendo "adeus" ao mito da cordialidade brasileira, da "índole pacífica do nosso povo". Estamos transformados - irreconhecíveis. 
Convertida em face do monstro, desfigurou-se a nossa fisionomia de povo folgazão, inzoneiro, que tem como símbolos o carnaval, 
o samba e o futebol. (...) 
6 A miséria e a fome do povo são um caldo de cultura a favorecer a disseminação da violência, que se torna balcão de 
comércio nas mãos de empresários inescrupulosos. 
 (Moacir Werneck de Castro. "Jornal do Brasil", 28/08/93, p. 11.) 
 
As palavras ESQUARTEJAR, DESCULPA e IRRECONHECÍVEL foram formadas, respectivamente, pelos processos de: 
a) sufixação - prefixação - parassíntese 
b) sufixação - derivação regressiva - prefixação 
c) composição por aglutinação - prefixação - sufixação 
d) parassíntese - derivação regressiva - prefixação 
e) parassíntese - derivação imprópria - parassíntese 
 
QUESTÃO 34 
 (Mackenzie) Seu metaléxico 
economiopia 
desenvolvimentir 
utopiada 
consumidoidos 
patriotários 
suicidadãos 
 
José Paulo Paes 
 
A palavra "economiopia" segue o mesmo modelo de formação lexical presente em 
a) "aguardente". 
b) "cana-de-açúcar". 
c) "passatempo". 
d) "minissaia". 
e) "antidemocrático". 
 
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QUESTÃO 35 
 (Ufscar) Sob a ótica do senso comum, conhecimento tem a ver com familiaridade. O conhecido, diz a linguagem comum, 
é o familiar. Se você está acostumado com alguma coisa, se você lida e se relaciona habitualmente com ela, então você pode dizer 
que a conhece. O desconhecido, por oposição, é o estranho. O grau de conhecimento, nessa perspectiva, é função do grau de 
familiaridade: quanto mais familiar, mais conhecido. Daí a fórmula: "eu sei = estou familiarizado com isso como algo certo". Mas 
se o objeto revela alguma anormalidade, se ele ganha um aspecto distinto ou se comporta de modo diferente daquele a que estou 
habituado, perco a segurança que tinha e percebo que não o conhecia tão bem quanto imaginava. Urge domá-lo, reapaziguar a 
imaginação. Ao reajustar minha expectativa e ao familiarizar-me com o novo aspecto ou o novo comportamento, recupero a 
sensação de conhecê-lo. 
 Sob a ótica da abordagem científica, contudo, a familiaridade é não só falha como critério de conhecimento como ela é 
inimiga do esforço de conhecer. A sensação subjetiva de conhecimento associada à familiaridade é ilusória e inibidora da 
curiosidade interrogante de onde brota o saber. O familiar não tem o dom de se tornar conhecido só porque estamos habituados a 
ele. Aquilo a que estamos acostumados, ao contrário, revela-se com frequência o mais difícil de conhecer verdadeiramente. 
 (Eduardo Giannetti, "Auto-engano", p. 72.) 
 
Assinale a alternativa em que há palavras que apresentam o mesmo processo de derivação das palavras destacadas no trecho a 
seguir: "...conhecimento TEM A VER COM familiaridade". 
a) É fatal ficarmos tristes diante daquilo que é efêmero. 
b) Uma bela face humana vai um dia ficar velha e menos bela. 
c) Mas a transitoriedade lhe empresta renovado encantamento. 
d) Uma flor que dura apenas uma noite não parece menos bela. 
e) Uma bela obra de arte não tem limitação de tempo ou espaço. 
 
QUESTÃO 36 
 (Uerj) A CORRIDA DO OURO 
 
Duzentos anos de buscas foram necessários para que os portugueses chegassem ao ouro de sua América. Aos espanhóis não se 
apresentou o problema da procura e pesquisa dos metais preciosos. Assim que desembarcaram no México, na Colômbia ou no 
Peru, seus olhos mercantis foram ofuscados pelo ouro e prata que os homens da terra ostentavam nas suas armas, adornos e 
¨utensílios. Junto às suas civilizações, o gentio havia desenvolvido a exploração e o trabalho dos metais, para eles mais preciosos 
pelas suas serventias que pelo poder e valor que agregavam ao homem da Europa cristã, de alma lapidada pela cultura ocidental. 
O primeiro trabalho que tiveram os castelhanos foi o de imediatamente afirmarem a inferioridade daquele homem que se recusava 
a total subserviência à majestade de Deus e d'el Rei, através de concepções bastante convenientes a seus propósitos. O brilho do 
metal, como o canto da sereia, tornou-os surdos a qualquer apelo contrário que não fosse o da ambição pelo ouro e pela prata, 
tornando-os insensíveis a qualquer consideração humana no "trabalho" de submetimento do indígena, até o seu extermínio ou à 
redução, dos que sobreviveram, à condição de servos ou escravos nas fainas da mineração. 
Os sucessos castelhanos atiçaram os colonos portugueses a iniciarem suas buscas, seja pelo encanto daquelas descobertas, seja 
pelas fantasias que se criaram a partir delas: de tesouros fabulosos perdidos nas entranhas generosas das Américas; de relatos 
imprecisos de indígenas vindos do interior; de noções equivocadas da geografia do continente como a da proximidade do Peru; ou 
mesmo de alguns possíveis indícios concretos, surgiram lendas como as de Sabarabuçu e as de Paraupava, que avivavam os 
colonos na procura de pedras e metais preciosos. 
 (MENDES Jr., A., RONCARI, L. e MARANHÃO, R. "Brasil história": texto e consulta. São Paulo. Brasiliense, 1979.) 
 
Palavras e segmentos diversos do texto podem ser expressos de outras formas graças à utilização dos recursos gramaticais da 
língua, como os processos de derivação prefixal e sufixal e a variação das estruturas sintáticas. 
 
a) No final do primeiro parágrafo encontra-se o substantivo derivado "submetimento" (ref. 1). Cite um sinônimo deste substantivo, 
derivado por meio de outro sufixo, e indique o verbo do qual ambos derivam. 
 
b) "através de concepções BASTANTE CONVENIENTES A SEUS PROPÓSITOS". 
Substitua a parte destacada do trecho acima por uma oração de sentido equivalente, constituída de pronome relativo e verbo 
cognato do adjetivo "convenientes". 
 
QUESTÃO 37 
 (Uerj) O ENSINO NA BRUZUNDANGA 
 
 Já vos falei na nobreza ¢doutoral desse país; é lógico, portanto, que vos fale do ensino que é ministrado nas suas escolas, 
donde se origina essa nobreza. Há diversas espécies de escolas mantidas pelo governo geral, pelos governos provinciais e por 
particulares. Estas últimas são chamadas livres e as outras oficiais, mas todas elas são equiparadas entre si e os seus diplomas se 
£equivalem. Os meninos ou rapazes, que se destinam a elas, não têm medo absolutamente das dificuldades que o curso de 
qualquer delas possa apresentar. Do que eles têm medo, é dos exames preliminares. 
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 Passando assim pelo que nós chamamos preparatórios, os futuros diretores da República dos Estados Unidos da 
Bruzundanga acabam os cursos mais ignorantes e presunçosos do que quando para lá entraram. São esses tais que berram: "Sou 
formado! Está falando com um homem formado!". 
 Ou senão quando alguém lhes diz: 
 - "Fulano é inteligente, ilustrado...", acode o ¤homenzinho logo: 
 - É formado? 
 - Não. 
 - Ahn! 
 Raciocina ele muito bem. Em tal terra, quem não arranja um título como ele obteve o seu, deve ser muito burro, 
naturalmente. 
 Apesar de não ser da Bruzundanga, eu me interesso muito por ela, pois lá passei uma grande parte da minha meninice e 
mocidade. 
 Meditei muito sobre os seus problemas e creio que achei o remédio para esse mal que é o seu ensino. Vou explicar-me 
sucintamente. 
 O Estado da Bruzundanga, de acordo com a sua carta constitucional, declararia livre o exercício de qualquer profissão, 
extinguindo todo e qualquer privilégio de diploma. 
 Quem quisesse estudar medicina, frequentaria as cadeiras necessárias à especialidade a que se destinasse, evitando as 
disciplinas que julgasse inúteis. Aquele que tivesse vocação para engenheiro de estrada de ferro, não precisava estar perdendo 
tempo estudando ¥hidráulica. Cada qual organizaria o programa do seu curso, de acordo com a especialidade da profissão liberal 
que quisesse exercer, com toda a honestidade e sem as escoras de privilégio ou diploma todo poderoso. 
 Semelhante forma de ensino, evitando o diploma e os seus privilégios, extinguiria a nobreza doutoral; e daria aos jovens 
da Bruzundanga mais honestidade no estudo, mais segurança nas profissões que fossem exercer, com a força que vem da 
concorrência entre os homens de valor e inteligência nas carreiras que seguem. 
(BARRETO, Lima. OS BRUZUNDANGAS. São Paulo, Ática, 1985. p. 49-51 - com adaptações.) 
 
A palavra extraída do texto, cujo processo de formação está explicado corretamente, é: 
a) doutoral (ref. 1) = é formada por parassíntese 
b) equivalem (ref. 2) = é composta por justaposição 
c) homenzinho (ref. 3) = tem sufixo de valor iônico 
d) hidráulica (ref. 4) = tem prefixo de origem latina 
 
QUESTÃO 38 
 (Ufrj) Da euforia à depressão... Muitos são os estados de espírito que experimentamos, ao longo de nossasvidas, seja 
individualmente, seja na relação com o outro. Leia com atenção o texto desta prova, que, direta ou indiretamente, apresentam 
matizes diversos de humor. 
 
Texto I 
MAU HUMOR CRÔNICO É DOENÇA E EXIGE TRATAMENTO 
 Mau humor pode ser doença - e grave! Um transtorno mental que se manifesta por meio de uma rabugice que parece 
eterna. Lembra muito o estado de espírito do Hardy Har Har, a hiena de desenho animado famosa por viver resmungando "Oh dia, 
oh céu, oh vida, oh azar". 
 Distimia é o nome dessa doença. Reconhecida pela medicina nos anos 80, é uma forma crônica de depressão, com 
sintomas mais leves. "Enquanto a pessoa com depressão grave fica paralisada, quem tem distimia continua tocando a vida, mas 
está sempre reclamando", diz o psiquiatra Márcio Bernik, coordenador do Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clínicas 
(HC). 
 O distímico só enxerga o lado negativo do mundo e não sente prazer em nada. A diferença entre ele e o resto dos mal-
humorados é que os últimos reclamam de um problema, mas param diante da resolução. O distímico reclama até se ganha na 
loteria. "Não fica feliz, porque começa a pensar em coisas negativas, como ser alvo de assalto ou de sequestro", diz o psiquiatra 
Antônio Egídio Nardi, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. (...) 
 E, se o mau humor patológico tem remédio, o mau humor "natural" também. Vários fatores interferem no humor. O 
cheiro, por exemplo, que é capaz de abrir o sorriso no rosto de um trombudo. E mais: ao contrário do que se pensa, o humor 
melhora com a idade! 
 (KLINGER, Karina. "Folha on-line" - www.folha.com.br, 15/07/2004.) 
 
O texto apresenta como tema central um transtorno causado pelo mau funcionamento do timo (glândula relacionada ao controle da 
afetividade e da emoção). 
 
a) Identifique a palavra que, por meio do uso de prefixo e sufixo, nomeia o portador desse transtorno. 
 
b) Diferencie o referido transtorno de uma outra categoria psicológica relativa ao humor apresentada no texto, apontando a 
principal característica de cada uma delas. 
 
QUESTÃO 39 
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 (CFTCE) A NOVA (DES)ORDEM 
 
 Em tempos de globalização de mercados, os países desenvolvidos passam por um processo perverso: o crescimento de 
uma riqueza é acompanhado por uma diminuição no nível de emprego. Atribui-se o encolhimento do mercado de trabalho à 
escalada dos padrões de qualidade e produtividade das empresas. 
 A revolução tecnológica é um processo sem volta. A cada inovação, levas de trabalhadores vão sendo privadas do 
relacionamento diário com o relógio de ponto. 
 Estudo do Ipea registra algo de que já se suspeitava: a modernização do ¨modelo produtivo, fenômeno recente entre nós, 
assusta também o trabalhador brasileiro. 
 A exemplo do que ocorre no chamado Primeiro Mundo, a maior vítima do ¡avanço tecnológico e gerencial é a mão-de-
obra menos qualificada. O novo mercado tende a desprezar o funcionário formado à moda antiga, adestrado para executar tarefas 
específicas. 
 Na economia emergente são valorizados trabalhadores de formação educacional mais densa, pessoas com maior 
capacidade de raciocínio. "De maneira crescente é exigido menor grau de habilidades manipulativas e maior grau de abstração no 
desempenho do trabalho produtivo", diz o estudo do Ipea. "Torna-se importante o desenvolvimento da capacidade de adquirir e 
processar intelectualmente novas informações, de superar hábitos tradicionais, de gerenciar-se" a si próprio. 
 No contexto desse novo modelo, o grau de instrução do trabalhador passa a ser sua principal ferramenta. Os números 
disponíveis no Brasil a esse respeito são desoladores. Conforme pesquisa nacional feita pelo IBGE em 90, cerca de 33 milhões de 
trabalhadores brasileiros (53% do mercado de trabalho) tinham no máximo cinco anos de estudo. 
 A experiência mundial, ainda de acordo com o trabalho do Ipea, indica que são necessários pelo menos oito anos de 
estudos para que uma pessoa esteja em condições de receber treinamentos específicos. 
 O maior desafio do Brasil de hoje é, portanto, educar sua gente. Destruído como está, o conserto do modelo educacional 
do país é tarefa para duas décadas. Até lá, ¡a horda de marginalizados vai inchar. 
 Josias de Souza. "Folha de S. Paulo", 20 out. 1995. 
 
Identifique o substantivo cuja formação se deu pelo processo de derivação regressiva tal como ocorreu com "avanço" (ref. 20). 
a) moda 
b) mercado 
c) telefone 
d) resgate 
e) modelo 
 
QUESTÃO 40 
 (Unifesp) As questões seguintes baseiam-se no poema "Pneumotórax", do modernista Manuel Bandeira (1886-1968). 
 
Pneumotórax 
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos. 
A vida inteira que podia ter sido e que não foi. 
Tosse, tosse, tosse. 
Mandou chamar o médico: 
- Diga trinta e três. 
- Trinta e três... trinta e três... trinta e três... 
- Respire. 
........................................................................................... 
- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. 
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? 
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. 
 (Manuel Bandeira, "Libertinagem") 
 
"Pneumotórax", palavra que dá título ao famoso poema de Manuel Bandeira, é vocábulo constituído de dois radicais gregos 
(pneum[o]- + -tórax]. Significa o procedimento médico que consiste na introdução de ar na cavidade pleural, como forma de 
tratamento de moléstias pulmonares, particularmente a tuberculose. Tal enfermidade é referida no diálogo entre médico e 
paciente, quando o primeiro explica a seu cliente que ele tem "uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado". 
Esta última palavra é formada com base em um radical: "filtro". Quanto à formação vocabular, o título do poema e o vocábulo 
"infiltrado" são constituídos, respectivamente, por 
a) composição, e derivação prefixal e sufixal. 
b) derivação prefixal e sufixal, e composição. 
c) composição por hibridismo, e composição prefixal e sufixal. 
d) simples flexão, e derivação prefixal e sufixal. 
e) simples derivação, e composição sufixal e prefixal. 
 
QUESTÃO 41 
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 (Fgv) Pastora de nuvens, fui posta a serviço por uma campina tão desamparada que não principia nem também termina, e onde 
nunca é noite e nunca madrugada. 
(Pastores da terra, vós tendes sossego, que olhais para o sol e encontrais direção. Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo. Eu, 
não.) 
 
 Esse trecho faz parte de um poema de Cecília Meireles, intitulado "Destino", uma espécie de profissão de fé da autora. 
 
A palavra "desamparada" é formada por 
a) derivação prefixal e sufixal. 
b) derivação prefixal. 
c) derivação parassintética. 
d) composição por aglutinação. 
e) composição por justaposição. 
 
QUESTÃO 42 
 (Fuvest) Filosofia de Epitáfios. 
 
 Saí, afastando-me dos grupos, e fingindo ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, 
uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. 
Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a podridão anônima os 
alcança a eles mesmos. 
 (Machado de Assis, "Memórias póstumas de Brás Cubas") 
 
O processo de transposição de uma palavra de uma classe gramatical para outra é conhecido pelo nome de derivação imprópria. É 
correto afirmar que, no texto, esse processoocorre no emprego do vocábulo: 
a) epitáfios. 
b) mortos. 
c) tristeza. 
d) podridão. 
e) inconsolável. 
 
QUESTÃO 43 
 (Unirio ) 
Neste momento, o bordado está pousado em cima do console e o interrompi para escrever, substituindo a tessitura dos 
pontos pela das palavras, o que me parece um exercício bem mais difícil. 
Os pontos que vou fazendo exigem de mim uma habilidade e um adestramento que já não tenho. Esforço-me e vou conseguindo 
vencer minhas deficiências. As palavras, porém, são mais difíceis de adestrar e vêm carregadas de uma vida que se foi 
desenrolando dentro e fora de mim, todos esses anos. São teimosas, ambíguas e ferem. Minha luta com elas é uma luta extenuante. 
¨Assim, nesse momento, enceto duas lutas: com as linhas e com as palavras, mas tenho a certeza que, desta vez, estou querendo 
chegar a um resultado semelhante e descobrir ao fim do bordado e ao fim desse texto, algo de delicado, recôndito e imperceptível 
sobre o meu próprio destino e sobre o destino dos seres que me rodeiam. Ontem, quando entrei no armarinho para escolher as 
linhas, vi-me cercada de pessoas com quem não convivia há muito tempo, ou convivia muito pouco, de cuja existência tinha 
esquecido. Mulheres de meia-idade que compravam lãs para bordar tapeçarias, selecionando animadamente e com grande 
competência os novelos, comparando as cores com os riscos trazidos, contando os pontos na etamine, medindo o tamanho do 
bastidor. Incorporei-me a elas e comecei a escolher, com grande acuidade, as tonalidades das minhas meadas de linha 
mercerizada. Pareciam pequenas abelhas alegres (...), levando a sério as suas tarefas. (...) Naquelas mulheres havia alguma coisa 
preservada, sua capacidade de bordar dava-lhes uma dignidade e um aval. Não queria que me discriminassem, conversei com elas 
de igual para igual, mostrando-lhes os pontos que minha pequena mão infantil executara. 
 (JARDIM, Rachel. O PENHOAR CHINÊS. 4 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.) 
 
O que se indica nos parênteses NÃO está correto na opção: 
a) bordadO (vogal temática). 
b) esforçO-me (desinência número-pessoal). 
c) desenrolaNDO (característica de gerúndio). 
d) imperceptível (derivado parassintético). 
e) meia-idade (composto por justaposição). 
 
QUESTÃO 44 
 (Faap ) Barcos de Papel 
 
Quando a chuva cessava e um vento fino 
franzia a tarde tímida e lavada, 
eu saía a brincar pela calçada, 
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nos meus tempos felizes de menino. 
 
Fazia de papel toda uma armada 
e, estendendo meu braço pequenino, 
eu soltava os barquinhos, sem destino, 
ao longo das sarjetas, na enxurrada... 
 
Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles, 
que não são barcos de ouro os meus ideais: 
são feitos de papel, tal como aqueles, 
 
perfeitamente, exatamente iguais... 
- que os meus barquinhos, lá se foram eles! 
foram-se embora e não voltaram mais! 
 
 Guilherme de Almeida 
 
Foram-se embora. EMBORA (em + boa + hora) - processo de formação de palavra: 
a) composição por justaposição 
b) composição por aglutinação 
c) derivação prefixial 
d) derivação sufixial 
e) parassintetismo 
 
QUESTÃO 45 
 (Ufrj) TEXTO 
 
 Sem dúvida o meu aspecto era desagradável, inspirava repugnância. E a gente da casa se impacientava. Minha mãe tinha 
a franqueza de manifestar-me viva antipatia. Dava-me dois apelidos: bezerro-encourado e cabra-cega. 
 Bezerro-encourado é um intruso. Quando uma cria morre, tiram-lhe o couro, vestem com ele um órfão, que, neste 
disfarce, é amamentado. A vaca sente o cheiro do filho, engana-se e adota o animal. Devo o apodo ao meu desarranjo, à feiura, ao 
desengonço. Não havia roupa que me assentasse no corpo: a camisa tufava na barriga, as mangas se encurtavam ou alongavam, o 
paletó se alargava nas costas, enchia-se, como um balão. Na verdade o traje fora composto pela costureira módica, atarefada, 
pouco atenta às medidas. Todos os meninos, porém, usavam na vila fatiotas iguais, e conseguiam modificá-las, ajeitá-las. Eu 
aparentava pendurar nos ombros um casaco alheio. Bezerro-encourado. Mas não me fazia tolerar. Essa injúria revelou muito cedo 
a minha condição na família: comparado ao bicho infeliz, considerei-me um pupilo enfadonho, aceito a custo. Zanguei-me, 
permanecendo exteriormente calmo, depois serenei. Ninguém tinha culpa do meu desalinho, daqueles modos horríveis de 
mambembe. Censurando-me a inferioridade, talvez quisessem corrigir-me. 
 (RAMOS, Graciliano. "Infância". Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 144) 
 
Os vocábulos "desagradável", "desarranjo", "desengonço", utilizados no texto, apresentam um elemento morfológico comum 
quanto ao processo de formação de palavras. 
 
a) Identifique e classifique esse elemento. 
 
b) Explicite a relação entre o significado desse elemento e a caracterização física do narrador. 
 
QUESTÃO 46 
 (Ufjf) O fragmento a seguir, selecionado do texto intitulado A DIFERENÇA, foi publicado na Revista de Domingo, da edição de 
02/09 do Jornal do Brasil. 
 
MASCANDO CLICHÊ 
SÉRGIO RODRIGUES 
 
A diferença 
 
O marketing venceu mais uma: está na última moda dizer que algo ou alguém que se destaque da multidão por suas qualidades 
extraordinárias é diferenciado. De repente todo mundo quer ser diferenciado, embora, curiosamente, ninguém queira ser diferente. 
Diferenciar diferente e diferenciado tornou-se uma habilidade social básica, que a maioria de nós exerce de forma intuitiva, sem 
pensar. Se formos pensar, porém, vamos descobrir que a diferença entre diferente e diferenciado pressupõe valores que boa parte 
de nós teria vergonha de assumir. 
Todo mundo sabe que Guga é um tenista diferenciado, não sabe? Isto é, melhor do que os outros, genial. Da mesma forma, 
ninguém tem dúvida quando se anuncia que o atendimento prometido pelo gerente daquele banco é diferenciado: quer dizer que 
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não se confunde com o tratamento-padrão dispensado à massa dos clientes otários, inclui cafezinho, água gelada e, quem sabe, 
dicas de investimento vazadas diretamente da mesa de operações do Banco Central. O privilégio parece apenas natural porque 
também nós somos, a nossos próprios olhos, diferenciados. Aliás, diferenciadíssimos. Já diferente, bem, é uma história 
inteiramente diferente. Desde que os primeiros hominídeos se juntaram numa tribo e decretaram que míopes e carecas não 
entravam, a diferença é tudo aquilo que grupos sociais hegemônicos usam para excluir ou subjugar minorias - e ao mesmo tempo 
reforçar sua identidade. Localizado no corpo ou na alma, real ou imaginário, o anátema da diferença justifica lógicas de 
dominação e até de extermínio. Diferentes foram, através dos tempos, cristãos no Império Romano, muçulmanos em países 
cristãos, negros no Novo Mundo, judeus em quase todo o lugar. Ah, sim, e loucos e homossexuais em qualquer tempo. 
(...) 
 
Releia a sentença de abertura do texto "A diferença": 
 
"O marketing venceu mais uma..." 
 
As palavras marketing, marqueteiro e marquetear são empregadas hoje, com significativa frequência, na Língua Portuguesa. 
Identifique e descreva os processos de formação responsáveis pela introdução DE CADA UM DOS TRÊS TERMOS em nossa 
língua. 
 
QUESTÃO 47 
 (Pucsp) Ethos - ética em grego - designa a morada humana. O ser humano separa uma parte do mundo para, moldando-A ao seu 
jeito, construir um abrigo protetor e permanente. A ética, como morada humana, não é algo pronto e construído de uma só vez. O 
ser humano está sempretornando habitável a casa que construiu para SI. 
Ético significa, portanto, tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para que seja uma morada saudável: materialmente 
sustentável, psicologicamente integrada e espiritualmente fecunda. 
Na ética há o permanente e o mutável. O permanente é a necessidade do ser humano de ter uma moradia: uma maloca indígena, 
uma casa no campo e um apartamento na cidade. TODOS estão envolvidos com a ética, porque todos buscam uma morada 
permanente. 
O mutável é o estilo com que cada grupo constrói sua morada. É sempre diferente: rústico, colonial, moderno, de palha, de pedra... 
Embora diferente e mutável, o estilo está a serviço do permanente: a necessidade de ter casa. A casa, nos seus mais diferentes 
estilos, deverá ser habitável. 
 (BOFF, Leonardo. In A ÁGUIA E A GALINHA. Petrópolis: Vozes, 1997, pp. 90-91.) 
 
Está presente, no texto, o processo de formação de palavras por derivação imprópria. 
Assinale a alternativa em que ocorre tal processo. 
a) A ética, como morada humana, não é algo pronto e constituído de uma só vez. 
b) O ser humano está sempre tornando habitável a casa que constituiu para si. 
c) ... tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente. 
d) Na ética, há o permanente e o mutável. 
e) A casa, nos seus mais diferentes estilos, deverá ser habitável. 
 
QUESTÃO 48 
 (Faap) Os gatos 
 
 Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, e fez o crítico à semelhança do gato. Ao crítico deu ele, como ao gato, a 
graça ondulosa e o assopro, o ronrom e a garra, a língua espinhosa. Fê-lo nervoso e ágil, refletido e preguiçoso; artista até ao 
requinte, sarcasta até a tortura, e para os amigos bom rapaz, desconfiado para os indiferentes, e terrível com agressores e 
adversários... . 
 Desde que o nosso tempo englobou os homens em três categorias de brutos, o burro, o cão e o gato - isto é, o animal de 
trabalho, o animal de ataque, e o animal de humor e fantasia - por que não escolheremos nós o travesti do último? É o que se 
quadra mais ao nosso tipo, e aquele que melhor nos livrará da escravidão do asno, e das dentadas famintas do cachorro. 
 Razão por que nos acharás aqui, leitor, miando um pouco, arranhando sempre e não temendo nunca. 
 
 FIALHO DE ALMEIDA 
 
Ao crítico deu ele o RONROM. O processo pela qual se formou a palavra grifada: 
a) derivação prefixial 
b) derivação parassintética 
c) regressiva 
d) composição por aglutinação 
e) onomatopeia 
 
QUESTÃO 49 
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 (Ufscar) Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas 
alinhadas. 
 [...] 
 Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após 
outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. 
As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do 
pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar 
o pêlo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando 
contra as palmas da mão. 
 (Aluísio Azevedo. "O cortiço".) 
 
Há, no texto, palavras derivadas por sufixação, como "tumultuosa" e "nudez". 
a) Dê dois exemplos de palavras derivadas com o sufixo da primeira. 
b) Dê mais dois exemplos de palavras derivadas com o sufixo da outra. 
 
QUESTÃO 50 
 (Cesgranrio) Por amor à Pátria 
 
1 O que é mesmo a Pátria? 
2 Houve, com certeza, uma considerável quantidade de brasileiros(as) que, na linha da própria formação, evocaram a Pátria 
com critérios puramente geográficos: uma vastíssima porção de terra, delimitada, porém, por tratados e convenções. Ainda bem 
quando acrescentaram: a Pátria é também o Povo, milhões de homens e mulheres que nasceram, moram, vivem, dentro desse 
território. 
3 Outros, numerosos, aprimoraram essa noção de Pátria e pensaram nas riquezas e belezas naturais encerradas na vastidão 
da terra. Então, a partir das cores da bandeira, decantaram o verde das florestas, o azul do firmamento espelhado no oceano, o 
amarelo dos metais escondidos no subsolo. Ufanaram-se legitimamente do seu país ou declararam, convictos, aos filhos jovens, 
que jamais hão-de ver país como este. 
4 Foi o que fizeram todos quantos procuraram a Pátria no quase meio milênio da História do Brasil, complexa e fascinante 
História de conquistas e reveses, de "sangue, suor e lágrimas", mas também de esperanças e de realizações. Evocaram gestos 
heroicos, comovedoras lendas e sugestivas tradições. 
5 Tudo isso e o formidável universo humano e sacrossanto que se oculta debaixo de tudo isso constituem a Pátria. Ela é 
história, é política e é religião. Por isso é mais do que o mero território. É algo de telúrico. É mais do que a justaposição de 
indivíduos, mas reflete a pulsação da inenarrável história de cada um. 
6 A Pátria é mais do que a Nação e o Estado e vem antes deles. A Nação mais elaborada e o Estado mais forte e poderoso, 
se não partem da noção de Pátria e não servem para dar à Pátria sua fisionomia e sua substância interior, não têm todo o seu valor. 
7 Por último, quero exprimir, com os olhos fixos na Pátria, o seu paradoxo mais estimulante. De um lado, ela é algo de 
acabado, que se recebe em herança. 
8 Por outro lado, ela nunca está definitivamente pronta. Está em construção e só é digno dela quem colabora, em mutirão, 
para ir aperfeiçoando o seu ser. Independente, ela precisa de quem complete a sua independência. Democrática, ela pertence a 
quem tutela e aprimora a democracia. Livre, ela conta com quem salvaguarda a sua liberdade. E sobretudo, hospitaleira, fraterna, 
aconchegante, cordial, ela reclama cidadãos e filhos que a façam crescer mais e mais nestes atributos essenciais de concórdia, 
equilíbrio, harmonia, que a fazem inacreditavelmente Pátria - e me dá vontade de dizer, se me permitem criar um neologismo, 
inacreditavelmente Mátria. 
9 Pensando bem, cada brasileiro, quem quer que seja, tem o direito de esperar que os outros 140 milhões de brasileiros 
sejam, para ele, Pátria. 
 Dom Lucas Moreira Neves 
(adaptação) JORNAL DO BRASIL - 08/09/93 
 
Os vocábulos "aprimorar" e "encerrar" classificam-se, quanto ao processo de formação de palavras, respectivamente, em: 
a) parassíntese / prefixação. 
b) parassíntese / parassíntese. 
c) prefixação / parassíntese. 
d) sufixação / prefixação e sufixação. 
e) prefixação e sufixação / prefixação. 
 
QUESTÃO 51 
 (Pucsp) ESTRADAS DE RODAGEM 
 
Comparados os países com veículos, veremos que os Estados Unidos são uma locomotiva elétrica; a Argentina um automóvel; o 
México uma carroça; e o Brasil um carro de boi. 
O primeiro destes países voa; o segundo corre a 50 km por hora; o terceiro apesar das revoluções tira 10 léguas por dia; nós... 
Nós vivemos atolados seis meses do ano, enquanto dura a estação das águas, e nos outros 6 meses caminhamos à razão de 2 
léguas por dia. A colossal produção agrícola e industrial dos americanos voa para os mercados com a velocidade média de 100 km 
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por hora. Os trigos e carnes argentinas afluem para os portos em autos e locomotivas que uns 50 km por hora, na certa, 
desenvolvem. 
As fibras do México saem por carroças e se um general revolucionárionão as pilha em caminho, chegam a salvo com relativa 
presteza. O nosso café, porém, o nosso milho, o nosso feijão e a farinha entram no carro de boi, o carreiro despede-se da família, o 
fazendeiro coça a cabeça e, até um dia! Ninguém sabe se chegará, ou como chegará. Às vezes pensa o patrão que o veículo já está 
de volta, quando vê chegar o carreiro. 
- Então? Foi bem de viagem? 
O carreiro dá uma risadinha. 
- Não vê que o carro atolou ali no Iriguaçu e... 
- E o quê? 
- ... e está atolado! Vim buscar mais dez juntas de bois para tirar ele. 
E lá seguem bois, homens, o diabo para desatolar o carro. Enquanto isso, chove, a farinha embolora, a rapadura derrete, o feijão 
caruncha, o milho grela; só o café resiste e ainda aumenta o peso. 
 (LOBATO, M. "Obras Completas", 14• ed., São Paulo, Brasiliense, 1972, v. 8, p.74) 
 
As palavras DESATOLAR, VELOCIDADE, CARROÇA e CARREIRO são formadas, respectivamente, por meio dos seguintes 
processos: 
a) prefixação, sufixação, sufixação, parassíntese. 
b) sufixação, sufixação, prefixação, prefixação/sufixação. 
c) prefixação, sufixação, sufixação, sufixação. 
d) parassíntese, sufixação, sufixação, parassíntese. 
e) parassíntese, prefixação/sufixação, sufixação, sufixação. 
 
QUESTÃO 52 
 (Uflavras) BRASILEIRO, HOMEM DO AMANHÃ 
 (Paulo Mendes Campos - Adaptação) 
 
 Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. 
Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar. 
 A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante 
divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso. 
 Aquilo que alguns autores ingleses diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois 
de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que 
qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira. 
 Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, adiamento e morte (esta última, se 
possível, também protelada). 
 Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com as 
mãos ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um 
brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do carnaval; no ano que 
vem. 
 Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o 
trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, 
as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita e pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de 
Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a 
promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da 
reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil. 
 O brasileiro adia; logo existe. A única palavra importante para ele é amanhã. 
 O resto eu adio para a semana que vem. 
 
Em: "... é um instinto inelutável, uma força espontânea...", classifique o processo de formação da palavra INELUTÁVEL: 
a) derivação prefixal. 
b) composição por justaposição. 
c) derivação regressiva. 
d) composição por aglutinação. 
e) derivação parassintética. 
 
QUESTÃO 53 
 (Fei) "O desenvolvimento científico e tecnológico, ¢embora traga inegáveis benefícios (pensemos nos avanços da medicina e 
dos meios de comunicação, nas facilidades proporcionadas pelos modernos meios de transporte e pelos inúmeros aparelhos 
eletrodomésticos que fazem parte de nosso cotidiano), criou também novos e graves problemas. Chaplin denunciou a 
desumanização do trabalho no filme "Tempos Modernos"; alguns anos depois, a humanidade assistia atônita ao holocausto 
nuclear em Hiroshima e Nagasaki. Descobriu-se que a ciência nem sempre é benéfica ao homem: tudo depende de como ela é 
usada. 
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 Pode-se dizer que o avanço científico e tecnológico propõe hoje três grandes desafios para o século XXI: antes de mais 
nada, a degradação do meio ambiente demonstra a necessidade de pesquisar novas formas de produção, de transporte e de geração 
de energia não agressivas à natureza. Em segundo lugar, temos de encontrar alternativas ao avanço da mecanização industrial, que 
representa uma ameaça ao emprego de trabalhadores no mundo inteiro. Por fim, as recentes descobertas no campo da engenharia 
genética levantam sérias questões de ordem moral: as experiências com genes humanos não nos levariam a repetir em maior 
escala as atrocidades cometidas durante a 2• Grande Guerra nos laboratórios de Hitler? É impossível esquecer as profecias de 
Aldous Huxley em seu "Admirável Mundo Novo". 
 O século XX criou as bombas atômicas e os computadores; esperemos que no próximo aprendamos a utilizar a tecnologia 
para o bem-estar e a paz entre os homens". 
 (Carlo Roberto) 
 
Em "É IMPOSSÍVEL esquecer as profecias de Aldous Huxley em seu 'Admirável Mundo Novo'", o termo em destaque foi 
formado por qual dos processos de formação das palavras: 
a) derivação prefixal 
b) derivação regressiva 
c) derivação parassintética 
d) derivação sufixal 
e) derivação imprópria 
 
QUESTÃO 54 
 (Uerj) TEXTO I 
A bem dizer, sou Ponciano de Azeredo Furtado, coronel de patente, do que tenho honra e faço alarde. Herdei do meu avô Simeão 
terras de muitas medidas, gado do mais gordo, pasto do mais fino. Leio no corrente da vista e até uns latins arranhei em tempos 
verdes da infância, com uns padres-mestres a dez tostões por mês. Digo, modéstia de lado, que já discuti e joguei no assoalho do 
Foro mais de um doutor formado. Mas disso não faço glória, pois sou sujeito lavado de vaidade, mimoso no trato, de palavra 
educada. Já morreu o antigamente em que Ponciano mandava saber nos ermos se havia um caso de lobisomem a sanar ou pronta 
justiça a ministrar. Só de uma regalia não abri mão nesses anos todos de pasto e vento: a de falar alto, sem freio nos dentes, sem 
medir consideração, seja em compartimento do governo, seja em sala de desembargador. Trato as partes no macio, em jeito de 
moça. Se não recebo cortesia de igual porte, abro o peito: 
- Seu filho da égua, que pensa que é? 
Nos currais do Sobradinho, no debaixo do capotão de meu avô, passei os anos de pequenice, que pai e mãe perdi no gosto do 
primeiro leite. Como fosse dado a fazer garatujações e desabusado de boca, lá num inverno dos antigos, Simeão coçou a cabeça e 
estipulou que o neto devia ser doutor de lei: 
- Esse menino tem todo o sintoma do povo da política. É invencioneiro e linguarudo. (...) 
(CARVALHO, J. C. "O coronel e o lobisomem". Rio de Janeiro: José Olympio, 1978.) 
 
Observe as seguintes palavras: 
 
"lobisomem" (ref. 1) 
"linguarudo" (ref. 2) 
 
Identifique o processo de formação de cada uma delas, segundo o seu emprego no texto. 
 
QUESTÃO 55 
 (Fuvest) Os leitores estarão lembrados do que o compadre dissera quando estava a fazer castelos no ar a respeito do afilhado, e 
pensando em dar-lhe o mesmo ofício que exercia, isto é, daquele arranjei-me, cuja explicação prometemos dar. Vamos agora 
cumprir a promessa. 
Se alguém perguntasse ao compadre por seus pais, por seus parentes, por seu nascimento, nada saberia

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