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Teoria dos Sistemas

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 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE 
Faculdade de Gestão de Turismo e Informática 
Centro de Ensino à Distância 
 
 
 
Teoria Geral dos Sistemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pemba, Outubro de 2020 
 
2 
 
Universidade Católica de Moçambique 
 
Faculdade de Gestão de Turismo e Informática 
Centro de Ensino a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Geral dos Sistemas. 
Trabalho de carácter avaliativo 
recomendado pela cadeira de Gestão 
documental, Curso de Licenciatura em 
Administração Pública, 4o Ano. 
 Docente: drª. Marlus Zunguza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pemba, Outubro de 2020 
 
3 
 
 Índice…………………………………………………………………………………….iii 
Introdução ...................................................................................................................... 4 
Problema ........................................................................................................................ 5 
Objectivos ...................................................................................................................... 6 
Objectivos específicos: ................................................................................................... 6 
Metodologia de trabalho ................................................................................................. 6 
1. Desenvolvimento ........................................................................................................ 7 
1.2. Evolução histórica do sistema .................................................................................. 7 
1.3. Abordagem sistémica ............................................................................................... 7 
2. Teoria Geral de Sistemas............................................................................................. 8 
2.1. Pressupostos norteadores da TGS: .......................................................................... 10 
2.2. Classificação dos sistemas ...................................................................................... 11 
2.3. Composição dos sistemas ....................................................................................... 13 
2.4. Principais características da estrutura dos sistemas ................................................. 14 
2.5. Hierarquia dos sistemas .......................................................................................... 14 
2.6. Críticas à Teoria Geral dos Sistemas ...................................................................... 15 
2.7. A análise sistémica ................................................................................................. 15 
Conclusão ..................................................................................................................... 16 
Bibliografia................................................................................................................... 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
iii 
4 
 
Introdução 
A palavra “Sistema” possui uma longa história, apesar de que o termo “Sistema” não 
era mencionado. Vários pensadores importantes fizeram parte dessa história, como Leibniz, 
Nicolau de Cusa, Marx e Hegel. Como também fez parte outro precursor dos “Sistemas” 
foram as “Gestalten físicas”, escritas por Kohler, que seguiam um pensamento parecido, 
porém se limitava à física, e não tratava de toda a generalidade do problema. 
De acordo com Chiavenato (2000) a TGS surgiu com trabalhos de biólogo alemão 
Ludwig Von Bertalanffy. A TGS não busca solucionar problemas ou tentar soluções 
práticas, mas produzir teorias e formulações conceptuais para aplicações na realidade 
empíricas. 
A discussão sobre a teoria dos sistemas, é consubstanciada por pensadores da 
antiguidade, como Aristóteles, Platão, Sócrates, abordavam conteúdos ligados aos sistemas à 
medida que procuravam formas de compreender e explicar os acontecimentos, fenómenos da 
natureza e o comportamento humano. O termo sistema se origina da combinação de dois 
radicais gregos: syn, que corresponde ao cum latino e significa “junto”, “associado”; e 
thesis, com significados de “composição”, “união”. Seu sentido literal é um tanto 
redundante, dando ideia de uma construção solidária, unificada. 
O presente trabalho tem como objectivo apresentar uma revisão teórica sobre a 
“Teoria geral de sistemas, ”os pressupostos básicos da abordagem sistémica e sua principal 
teoria. Através da Teoria Geral dos Sistemas, a abordagem interdisciplinar dos fenómenos 
passou a ser o modelo de interpretação dos sistemas, advindo principalmente o conceito de 
sistemas abertos e interdependentes. Com o entendimento da teoria geral de sistemas como 
um novo paradigma que deveria controlar a construção dos modelos em todas as ciências. 
O propósito da teoria dos sistemas é investigar pontos em comum entre os diferentes 
campos de conhecimento e descobrir suas dinâmicas, problemas e princípios (propósito, 
métodos, ferramentas), a fim de produzir resultados. 
A teoria geral de sistemas não busca solucionar problemas ou tentar soluções 
práticas, mas sim produzir teorias e formulações conceituais que possam criar condições de 
aplicação na realidade empírica. 
 
 
 
 
5 
 
Problema 
A teoria geral dos sistemas surgiu pela necessidade de se buscar novas orientações 
para a ciência. Essa necessidade, por sua vez, apontou para a fragmentação da visão 
mecanicista como uma dificuldade para a compreensão dos problemas colocados pela 
complexidade do mundo moderno. Ou seja, a análise por meio das séries causais isoláveis e 
o tratamento por partes se mostraram insuficientes para atender aos problemas teóricos, 
notadamente nas ciências biossociais e aos problemas trazidos através da tecnologia 
moderna. 
Porém, diante das demais dificuldades de perceber os pressupostos básicos para a 
teoria, delimitaram-se a seguinte problemática: "Quais são as premissas básicas da teoria 
geral dos sistemas"? 
A finalidade primordial é a de oferecer uma explicação aplaudível e consistente, que 
possa contribuir na busca de soluções adequadas e favoráveis ao excelente desempenho dos 
sistemas ou mesmo da teoria geral dos sistemas. 
O propósito desta pesquisa é explicar os fundamentos, princípios das teorias gerais 
dos sistemas como algo necessário para o desenvolvimento das organizações e das 
sociedades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Porém, para o alcance do resultado anunciado neste estudo, foram determinados os 
seguintes objectivos de carácter gerais e específicos: 
Objectivos geral 
 Elucidar de forma clara e objectiva sobre a teoria geral dos sistemas. 
Objectivos específicos: 
 Apresentar no referencial teórico, da teoria dos sistemas e sua aplicabilidade; 
 Identificar os elementos da teoria geral dos sistemas; 
 Caracterizar os elementos da teoria geral dos sistemas; 
 Descrever a origem e tipos de teoria dos sistemas. 
Portanto, espera-se que os conteúdos contidos no presente trabalho venham a 
corresponder os objectivos para qual foi elaborado e, tendo-se em conta de trabalho 
cientifico a colaboração dos demais poderá ser uma aposta para melhor compreensão. 
Metodologia de trabalho 
O trabalho em apresso foi elaborado através de pesquisa bibliográfica que, segundo 
Marconi e Lakatos (2003), “a pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais 
trabalhos já realizados (livros, revistas e publicações), revestidos de importância, por serem 
capazes de fornecer dados actuais e relevantes relacionados com o tema”. 
A abordagem metodológica privilegiada neste trabalho é o estudo exploratório, com 
bases assentes napesquisa bibliográfica. acessos a artigos elaborados para a Internet e 
artigos de revistas especializadas, disponíveis ao público em geral. 
Contudo, por meio de pesquisa bibliográfica, foram abordados conteúdos sobre 
teoria dos sistemas, com o objectivo de definir cada um, buscando elucidar a importância da 
teoria geral dos sistemas para o conhecimento integral. Nesse sentido, as teorias e práticas 
contemporâneas têm apontado os indivíduos como sendo a dimensão que merece maior 
destaque, uma vez que o retorno esperado é sempre frutuoso. 
 
 
 
 
7 
 
1. Desenvolvimento 
Serão abordados os seguintes conteúdos, como Evolução histórica do sistema, 
Abordagem sistémica, Teoria Geral de Sistemas, Pressupostos norteadores da TGS, 
Classificação dos sistemas, Composição dos sistemas, Principais características da estrutura 
dos sistemas, Hierarquia dos sistemas, Críticas à Teoria Geral dos Sistemas, A análise 
sistémica, Conclusão, Bibliografia. 
1.2. Evolução histórica do sistema 
Os trabalhos de Von Bertalanffy, publicados entre 1950 e 1968, deram origem à 
Teoria Geral de Sistemas (TGS), que aponta para uma tendência de integração das ciências 
naturais e sociais. Esta teoria, ao desenvolver princípios unificadores, aproxima-se dos 
objectivos de “unidade científica” e da visão de abrangência dos campos do conhecimento, 
propaladas neste período. 
A aplicação da Teoria Geral dos Sistemas – TGS – teve início nos Estados Unidos 
nas primeiras décadas do século XX, em conformidade com o avanço da Cibernética. 
Bertalanffy (2008). De uma forma genérica, a TGS demonstra que aquilo que modifica 
condições iniciais de determinado elemento transformando-o em um estado final mudando 
seus componentes é considerado sistema. 
A TGS surgiu pela necessidade de se buscar novas orientações para a ciência. Essa 
necessidade, por sua vez, apontou para a fragmentação da visão mecanicista como uma 
dificuldade para a compreensão dos problemas colocados pela complexidade do mundo 
moderno. (Bertalanffy 2008). 
1.3. Abordagem sistémica 
“Sistema pode ser definido como um complexo de elementos em interacção” 
(Bertalanffy, 1975, p.84). 
“Considera-se sistema um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo 
organizado, ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo” (Bio, 1985, 
p.18). 
“Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, 
conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objectivo e efectuam 
determinada função” (Oliveira, 1990, p.31). 
”Sistema é um conjunto de elementos interdependentes ou um todo organizado, ou 
partes que interagem formando um todo unitário e complexo” (PADOVEZE, 2007, p.8). 
8 
 
Portanto, a definição de sistemas o constitui como conjuntos de elementos que se 
relacionam entre si, com certo grau de organização, procurando atingir um objectivo ou uma 
finalidade. É um elemento dinamicamente relacionado, formando uma actividade para 
atingir um objectivo, operando sobre dados/energia/matéria para fornecer 
informação/energia/matéria. 
2. Teoria Geral de Sistemas 
A Teoria Geral dos Sistemas (TGS) apresenta-se como uma forma de organização de 
sistemas complexos que podem ser representados como uma base para a unificação dos 
conhecimentos científicos nas últimas décadas. Bertalanffy (1975) utilizou este conceito 
para descrever as características principais das organizações como sistemas, pouco antes da 
Segunda Guerra Mundial, antes mesmo da criação da cibernética, da engenharia de sistemas 
e outros campos afins. A Teoria Geral dos Sistemas tem por objectivo identificar as 
propriedades, princípios e leis característicos dos sistemas, em geral, independentemente do 
tipo de cada um, da natureza de seus elementos componentes e das relações entre eles. 
 Na visão de PADOVEZE (2007), a Teoria Geral dos Sistemas se baseia em três 
princípios básicos: 
a) Expansionismo; 
b) Pensamento sintético; 
c) Teleologia. 
A Teoria Geral dos Sistemas permitiu o surgimento da Cibernética e influiu na 
Teoria Geral da Administração, redimensionando totalmente suas concepções. Foi uma 
verdadeira revolução do pensamento administrativo. A teoria administrativa passou a pensar 
sistemicamente. Três teorias são fruto da TGS: 
 Tecnologia e Administração; 
 Teoria Matemática da Administração e; 
 Teoria de Sistemas. 
Os pressupostos básicos da Teoria Geral de Sistemas (TGS) são (CHIAVENATO, 
1993): 
 Existe uma nítida tendência para a integração nas várias ciências naturais e sociais; 
 Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas; 
9 
 
 Essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente de estudar os campos 
não-físicos do conhecimento científico, especialmente as ciências sociais; 
 Essa teoria de sistemas, ao desenvolver princípios unificadores que atravessam 
verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas, aproxima 
nos do objectivo da unidade da ciência; 
 Isto pode nos levar a uma integração muito necessária na educação científica. 
Um dos principais conceitos da T.G.S. versa sobre o termo sistema. Segundo Stair e 
Reynolds (2011, p.06) um sistema “é um conjunto de elementos ou componentes que 
interagem para se atingir objectivos”. Os próprios elementos e as relações entre eles 
determinam como o sistema trabalha. 
Stair e Reynolds (2011, p.06 ) define, 
um sistema como “um conjunto de elementos ou componentes que interagem para 
se atingir objectivos”, e Chiavenato (1983, p.515) define como “um conjunto de 
elementos interdependentes e interagentes”. Dessa forma, complementamos que um 
sistema caracteriza-se por um conjunto de elementos dinamicamente relacionados 
entre si, desempenhando uma actividade ou função para atingir um objectivo 
comum. 
De acordo com Bertalanffy (1977, p. 57), o criador da Teoria do Sistema Geral - 
TGS, sistema é o “conjunto de unidades em inter-relações mútuas”. Para Morin (1977, p. 
99) o sistema é “uma inter-relação de elementos que constituem uma entidade ou unidade 
global”. 
Segundo Durand apud Branco (1999) a teoria dos sistemas é regida por quatro 
conceitos principais: 
A interacção entre os elementos do sistema é a acção recíproca que modifica o 
comportamento ou a natureza desses elementos. Diferentemente do estabelecido 
pela ciência clássica, a relação entre dois elementos A e B não é obrigatoriamente 
uma simples acção causal de A sobre B, mas pode ser representada por uma acção 
dupla, recíproca, entre ambas; 
A totalidade, um sistema não é uma soma de elementos, como faria supor um 
raciocínio cartesiano; ao contrário, o sistema é um todo não redutível às suas partes. 
O todo é mais que uma forma global: ele implica o aparecimento de qualidades 
emergentes as quais não existiam nas partes; 
A organização, deve ser caracterizada por um certo grau de estabilidade, sem a qual 
não poderia ser descrita em determinado instante; 
A complexidade, segundo Durand, depende do número de elementos e número de 
tipos de relações ligando, entre si, os elementos do sistema. A complexidade 
caracteriza aquilo que poderia ser denominado originalidade do sistema em termos 
de identidade, e mede a riqueza de informações que ele contém. 
O pensamento sistémico pode ser chamado de Teoria Geral dos Sistemas aplicada e 
pode ser descrito como: 
 Uma metodologia de projecto; 
10 
 
 Uma nova classe de método científico; 
 Uma teoria de organizações; 
Um método relacionado à engenharia de sistemas, à pesquisa operacional, à análise 
custo/benefício. O pensamento sistémico tem um sentido mais geral e não se preocupa com 
um tipo particular de sistema. 
2.1. Pressupostos norteadores da TGS: 
Segundo Chiavenato (1983), os pressupostos norteadores da Abordagem Clássica 
são: 
Reducionismo: De acordo com esse pressuposto, todos os sistemas podem ser 
decompostos até chegarmos em um elemento indivisível, seus elementos 
fundamentais. Trata-se de encontrara menor parte do sistema, mais simples e 
indivisível. 
Pensamento analítico: Forma de raciocinar que utiliza o pressuposto do 
reducionismo como filosofia. 
Mecanicismo: Pressuposto que relaciona que as causas de determinado evento 
podem ser claramente determinadas. Estabelece, portanto a simples relação de 
causa-efeito entre os eventos. 
Ainda citando Chiavenato (1983), o paradigma da Abordagem Sistémica vem 
substituindo a Abordagem clássica e seus respectivos pressupostos dando lugar à: 
Expansionismo: Os sistemas são formados por outros sistemas, e interagem entre 
si. Dessa forma, os sistemas podem ser decompostos em partes menores, mas essas 
partes não são independentes; 
 
Pensamento Sintético: Forma de raciocinar que utiliza o pressuposto do 
expansionismo como filosofia. A abordagem sistémica entende que sistemas 
existem dentro de sistemas, por isso o evento é explicado como parte um sistema 
maior. 
Teleologia: Sendo o sistema parte de um todo maior, as causas não podem ser 
definidas como suficientes para um dado evento acontecer. 
Outra (s) variável (eis) pode (m) existir com essa condição, sendo muitas vezes 
imprevisível sua definição. 
Os pressupostos básicos para a teoria de Bertalanffy (1975) foram os seguintes: 
 Há uma tendência geral no sentido da integração nas várias ciências, naturais e 
sociais; 
 Esta integração parece centralizar-se em uma teoria geral dos sistemas; 
 Esta teoria pode ser um importante meio para alcançar uma teoria exacta nos campos 
não físicos da ciência; 
 Desenvolvendo princípios unificadores que atravessam “verticalmente” o universo 
das ciências individuais, esta teoria aproxima-nos da meta da unidade da ciência; 
 Isto pode conduzir à integração muito necessária na educação científica. 
11 
 
Essa teoria é essencialmente totalizante, pois os sistemas não podem ser plenamente 
compreendidos apenas pela análise separada e individualizada de cada uma de suas partes. 
Seguindo essa premissa, a TGS se baseia na compreensão da dependência recíproca de todas 
as disciplinas e da necessidade de sua integração. 
2.2. Classificação dos sistemas 
Os sistemas podem ser classificados de acordo com vários critérios. Segundo o 
critério funcional, proposto por Forster, Rapoport e Trucco, conforme: 
Sistemas isolados são aqueles que, a partir das condições iniciais, a priori, não 
sofrem mais nenhuma perda nem recebem energia ou matéria do ambiente que os 
circunda. 
Sistemas não isolados mantêm relações com os demais sistemas do universo, 
podendo ser subdivididos em: 
Fechados quando há permuta de energia (recebimento e perda), mas não de matéria 
com o meio externo. abertos, mais comuns de todos são aqueles onde ocorrem 
trocas contínuas de matéria, energia e informação com o ambiente. 
Segundo Oliveira (1990), devem ser considerados, no mínimo, três níveis de 
hierarquia dos sistemas: 
 O sistema, propriamente dito; 
 Os subsistemas e; 
 O super sistema ou ecossistema. 
Von Bertalanffy (1968), classifica os sistemas, quanto à sua natureza, em sistemas 
fechado ou aberto, onde: 
Sistemas fechados: são sistemas considerados isolados do ambiente, são hermético 
a qualquer influência ambiental. O termo é aplicado a sistemas totalmente 
estruturado, onde elementos e relacionamentos são combinados em um forma 
peculiar e rígida, produzindo uma saída invariável, como as máquinas. 
Sistemas abertos: são aqueles sistemas que mantêm uma troca de matéria e energia 
com o meio ambiente, por meio de entradas e saídas. Esses sistemas são adaptativos 
para sobreviver. Sua estrutura é óptima quando todos os elementos do sistema são 
organiza, aproximando-se de uma operação adaptativa. 
Em geral, a abordagem contida na teoria geral dos sistemas tenta compreender o 
funcionamento da sociedade, de uma perspectiva holística e integrativa, onde importantes 
são as relações entre os componentes. 
Para Chiavenato (1993), os sistemas possuem ainda duas outras classificações. 
Quanto à constituição, podem ser: 
 Físicos ou concretos, i.e., objectos reais (e.g. hardware) e; 
 Abstractos, i.e., planos, hipótese e ideias (e.g. software). Relativamente à natureza, 
podem ser: 
12 
 
 Fechados, i.e., não se relacionam com o ambiente, não influenciando nem 
recebendo influência do meio externo e; 
 Abertos, i.e., se relacionam com o ambiente, através de entradas e saídas. 
Os sistemas abertos, por uma questão de essência e propósito, não podem viver 
isolados, mas antes, devem adaptar-se constantemente às condições do ambiente. A 
adaptabilidade é um processo contínuo de aprendizagem e auto-organização do 
sistema. Mesmo os sistemas ditos “fechados”, i.e., que têm um comportamento 
totalmente programado, precisam operar com alguma interferência do ambiente. 
O intercâmbio do sistema com o ambiente, de acordo com Chiavenato (1993), Katz 
& Khan (1987) e Oliveira (1990), atende aos propósitos de eficiência e coerência com os 
objectivos propostos. No entanto, como esta dinâmica não é de todo homogénea, verificam-
se formas diferenciadas de entropia (e.g. negativa ou positiva). Ainda, segundo estes autores, 
é a “informação potencial” que permite a um sistema aberto efectuar a auto-organização e a 
transformação da entropia positiva em entropia negativa. 
Chiavenato (1993), comenta que, funcionamento do sistema ocorre de modo 
sinergético, i.e., num esforço coordenado das partes para alcançar os objectivos do todo. 
Os esforços devem ser, portanto, combinados, para atingir uma melhor utilização 
das partes, visando sempre à obtenção de um resultado que será maior do que a 
soma dos resultados parciais (Chiavenato, 1993, p. 492). Aliás, faz-se um adendo, 
para dizer que a sinergia é exactamente o que faz com que “todo” e “total” sejam 
conceitos qualitativamente diferentes dentro da abordagem sistémica. 
Para Morin (1977), o “sistema” é, 
tudo aquilo que um observador considera como autónomo e emergente. Por outro 
lado, “subsistema” é aquilo que é considerado como integrante e dependente. Tal 
como diz o próprio autor, as fronteiras entre ambos são intercambiáveis. De modo 
que um sistema pode ser subsistema de um outro, e assim por diante, consoante a 
qualidade das relações verificadas entre eles. 
Desta forma, o sistema - ou emergência - tem um grau de autonomia maior do que os 
subsistemas - ou subordinações – e, ao mesmo tempo, menor do que o ecossistema, sendo 
este último, uma emergência do próprio sistema observado. 
As unidades ou elementos que são as partes componentes do sistema possuem 
atributos ou qualidades que imprimem características a elas e ao sistema. Sendo assim, 
dependendo do tipo de sistema, podem-se eleger propriedades para melhor descrever as suas 
partes. A retro alimentação do sistema ou feedback pode ser considerado como a 
reintrodução de uma saída sob a forma de informação. 
 
 
13 
 
2.3. Composição dos sistemas 
Um sistema é composto por vários elementos, dando uma noção de conjunto que 
busca produzir informações baseadas nas informações a que ele se destina. Para 
PADOVEZE (2007) os componentes básicos de um sistema são: 
 Objectivos do sistema; 
 Ambiente do sistema ou processamento; 
 Entradas do sistema; 
 Componentes do sistema; Saídas do sistema; 
 Administração ou controle do sistema e Avaliação do sistema 
Já CHURCHMAN (apud, PADOVEZE, 2007,p.10) diz que os componentes de um 
sistema são: 
 Os objectivos totais do sistema e , mais especificamente, as medidas de rendimento 
do sistema inteiro; 
 O ambiente do sistema: as coações fixas; Os recursos do sistema; 
 Os componentes do sistema, suas actividades, finalidades e medidas de rendimento; 
 A administração do sistema 
Para OLIVEIRA (apud, PADOVEZE, 2007,p.10) define como componentes: 
 Objectivos do sistema; Entradas do sistema; 
 Processo de transformação; Saídas do sistema; 
 Controles e avaliação do sistema; 
 Retro alimentação, realimentação ou feedback do sistemaOs objectivos do sistema são aqueles para qual o mesmo foi desenvolvido, ele é 
criado para suprir uma necessidade. Regularmente deve ser feito um acompanhamento do 
seu rendimento, ou seja, é aconselhável verificar se o objectivo está ou não sendo atingido 
para que através dessa verificação, seja identificado se o mesmo precisa ou não de 
melhoramentos. 
Uma visão, ainda que pouco profunda, não obstante a complexidade da temática, nos 
permite apontar alguns aspectos importantes que devem ser considerados no estudo dos 
sistemas, segundo Christofoletti (1980), tais como: 
 Matéria: corresponde ao material que vai ser mobilizado através do sistema; 
 Energia: corresponde às forças que fazem o sistema funcionar, gerando a capacidade 
de realizar trabalho; 
14 
 
 Estrutura do sistema: é constituída pelos elementos e suas relações, expressando-se 
através do arranjo de seus componentes. 
Para OLIVEIRA (apud, PADOVEZE, 2007) considera que “ambiente de um sistema 
é como um conjunto de elementos que não pertencem ao sistema, mas que qualquer 
alteração no sistema pode mudar ou alterar os elementos e qualquer alteração nos elementos 
pode mudar ou alterar o sistema”. 
2.4. Principais características da estrutura dos sistemas 
De forma geral, todos os sistemas apresentam quatro características, as quais estão 
directamente relacionadas com a sua própria definição (CHIAVENATO, 1993): 
Propósito ou objectivo: Todo sistema tem um ou alguns propósitos ou objectivos. 
As unidades ou elementos, bem como os relacionamentos, definem um arranjo que 
visa sempre a um objectivo a alcançar. Sem esse objectivo definido, as unidades que 
desempenham tarefas e papéis específicos frutos justamente do objectivo, não 
sabem porque realizar seu trabalho. 
Globalismo ou totalidade: Qualquer estimulação em qualquer unidade do sistema 
afectará todas as demais unidades, devido ao relacionamento existente entre elas. 
Entropia: Originalmente, "entropia" (troca interior) surgiu do grego entrope = uma 
transformação; em (en - em, sobre, perto de...) e sqopg (tropêe - mudança, o voltar 
se, alternativa, troca, evolução...). 
Homeostasia: De origem grega, a palavra homeostasia significa equilíbrio, homeos 
= semelhante; statis = situação. Hipócrates acreditava que o organismo possuía uma 
forma de ajuste para manter sua estabilidade, afirmando que as doenças eram 
curadas por poderes naturais. 
Na óptica Chistofoletti (1980), três características principais das estruturas devem ser 
observadas: 
i. Tamanho – é determinado pelo número de variáveis que o compõem. Quando o 
sistema é composto por variáveis que estão completamente inter-relacionadas; 
ii. Correlação – a correlação entre as variáveis em um sistema expressa o modo pelo 
qual elas se relacionam; 
iii. Causalidade – a direcção da causalidade mostra qual é a variável independente, a 
variável que controla, e a dependente, aquela que é controlada, de modo que a última 
só sofre modificações se a primeira se alterar. 
2.5. Hierarquia dos sistemas 
Na visão Chistofoletti (1980), alega que o princípio básico do estudo de sistemas é o 
da conectividade. Pode-se compreender um sistema como um conjunto de elementos com 
um conjunto de ligações entre esses elementos; e um conjunto de ligações entre o sistema e 
seu ambiente. 
15 
 
Para o autor menciona que, qualquer alteração na permuta de energia com o meio 
ambiente coloca o sistema diante de três possibilidades: 
 O nível de energia do sistema elevar-se-á no período seguinte; 
 O nível de energia permanecerá constante; 
 O nível de energia diminuirá. 
Acresça-se que, conforme as propriedades individuais dos subsistemas, uma mesma 
influência externa poderá ocasionar consequências diferentes. Nesse sentido, a entropia, aqui 
entendida como equilíbrio, estabilidade de energia actuante em um sistema, sofrerá 
consequentemente, alterações. 
2.6. Críticas à Teoria Geral dos Sistemas 
Vale rever que a Teoria Geral dos Sistemas deveria trazer, como resultado da 
aplicação em diferentes campos, uma meta teoria de sistemas, expressa em termos 
matemáticos, Senge (2002). 
As críticas que a TGS sofreu em seus primeiros anos deveram-se justamente à 
linguagem matemática para modelar e expressar os sistemas. O problema com essa 
teoria. em função de sua generalidade, é a falta de conteúdo. O formalismo muitas 
vezes prejudica o conteúdo semântico do modelo. 
Para ele, o progresso nesse movimento de sistemas parece vir mais da aplicação de 
ideias de sistemas dentro de uma área específica, como a informática, por exemplo, do que 
do desenvolvimento da própria teoria. A conjunção de todos esses factores em sistemas 
complexos torna praticamente impossível saber a função total do sistema, que só pode ser 
determinada por métodos em que prevalece a convolução, Senge (2002). 
2.7. A análise sistémica 
A análise de sistemas pode ser tratada como sinónimo de pesquisa operacional, 
análise custo/benefício, análise operacional, etc. Quando essa expressão é associada a um 
sistema particular, como análise de cargos e salários, análise de organização e método, 
análise de custos, etc., já está acontecendo uma restrição em relação ao conceito original. O 
mesmo vale para a expressão análise de sistemas de informação. Mesmo que se tenha muito 
a aprender com os chamados sistemas naturais (sistemas não projectados pelo homem), tais 
como o corpo humano, a expressão “análise de sistemas” está fortemente relacionada aos 
sistemas artificiais (projectados e construídos pelo homem), envolvendo ou não seres 
humanos. 
 
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Conclusão 
O termo sistema se origina da combinação de dois radicais gregos: syn, que 
corresponde ao cum latino e significa “junto”, “associado”; e thesis, com significados de 
“composição”, “união”. Seu sentido literal é um tanto redundante, dando ideia de uma 
construção solidária, unificada. 
O sistema é um conjunto de unidades reciprocamente relacionadas: decorrem de dois 
conceitos o do propósito e de globalismo, proporciona uma visão compreensiva, abrangente, 
holística, em que as totalidades representam mais que a soma de suas partes e gestáltica 
onde o todo é maior que a soma das partes, de um conjunto de coisas complexas, dando-lhes 
uma configuração e identidade total. 
A Teoria geral de sistemas tem como objectivo analisar a natureza dos sistemas e a 
inter-relação entre suas partes, assim como a inter-relação entre eles em diferentes espaços, e 
ainda, as suas leis fundamentais dos sistemas. 
A teoria dos sistemas representa algumas mudanças de perspectivas sob alguns 
aspectos: 
 Das partes para o todo. Através da teoria dos sistemas, o foco não é mais o objecto 
de estudo de cada área, mas sim as relações entre essas diferentes áreas; 
 De medição para mapeamento dessas relações; 
 De análises quantitativas para análises qualitativas de dados; 
 De conhecimento objectivo para conhecimento epistemológico. 
A importância da teoria geral de sistemas é significativa tendo em vista a 
necessidade de se avaliar a organização como um todo e não somente em departamentos ou 
sectores. O mais importante ou tanto quanto é a identificação do maior número de variáveis 
possíveis, externas e internas que, de alguma forma, influenciam em todo o processo 
existente na organização. Outro factor também de significativa importância é o feedback que 
deve ser realizado ao planeamento de todo o processo. 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
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STAIR, Ralph M.; REYNOLDS, George W. (2011). Princípios de Sistemas de Informação. 
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