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1 
 
 
 
 
Centro Universitário Leonardo da Vinci 
Curso Bacharelado em Serviço Social 
 
 
BEATRIZ MARQUES DE LIMA 
 
(FF05682) 
 
 
 
 
SITUAÇÃO DA POPULAÇÃO DE RUA: 
(Abordagem Social) 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2021 
 
 
 
 
 
 
CIDADE 
ANO 
 
 
 
2 
 
BEATRIZ MARQUES DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SITUAÇÃO DA POPULAÇÃO DE RUA 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
disciplina de TCC – do Curso de Serviço Social – 
do Centro Universitário Leonardo da Vinci – 
UNIASSELVI, como exigência parcial para a 
obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. 
 
Nidya Soares de Menezes - Orientadora 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2021 
 
3 
 
SITUAÇÃO DA POPULAÇÃO DE RUA 
 
 
 
 
POR 
 
 
 
 
BEATRIZ MARQUES DE LIMA 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
disciplina de TCC – do Curso de Serviço Social – 
do Centro Universitário Leonardo da Vinci – 
UNIASSELVI, como exigência parcial para a 
obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. 
 
 
 
 
 ___________________________________________ 
Presidente: Prof. Nidya Soares de Menezes – Orientadora Local 
 
 
 
 
 ____________________________________________ 
Membro: Elizangela Barros da Silva - Supervisor de Campo 
 
 
 
 
 ____________________________________________ 
Membro: - Profissional da área 
 
 
 
 
MANAUS 
Data da Realização da Banca 
 
4 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus filhos João Victor Marques de Lima da Luz, Milena 
Deonicia Lima Carvalho que estão presentes me incentivando, me impulsionando e 
apoiando-me em cada momento da minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Agradeço a Deus, pela oportunidade de construir a minha história por dias melhores, 
pela inteligência, sabedoria, saúde e força para superar as adversidades que aparecem na 
vida humana. 
Agradeço aos meus pais, os meus filhos e aos meus irmãos, por todo o apoio que me 
deram amor que dedicaram a mim. Por ser uma família que transmite muita energia, alegria 
e que me inspira a seguir em frente todos os dias da minha vida. VOCÊS SÃO MEU PORTO 
SEGURO! 
Ao meu e grande amigo Paulo Oliveira que me deu um suporte financeiro e teve uma 
nobre atitude de reconhecer o meu perfil social, me incentivando a continuar nessa nobre 
área de auxiliar o próximo. 
A minha primeira tutora Maria da Glória, pelo incentivo e dedicação com a nossa 
turma de serviço social. 
Ao meu grande amigo Gérson Serrão por me auxiliar e ser paciente comigo nessa 
trajetória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
NÃO SOMOS LIXO 
 
Não somos lixo. 
Não somos lixo e nem bicho. 
Somos humanos. 
Se na rua estamos é porque nos desencontramos. 
Não somos bicho e nem lixo. 
Nós somos anjos, não somos o mal. 
Nós somos arcanjos no juízo final. 
Nós pensamos e agimos, calamos e gritamos. 
Ouvimos o silêncio cortante dos que afirmam serem santos. 
Não somos lixo. 
Será que temos alegria? Às vezes sim... 
Temos com certeza o pranto, a embriaguez, 
A lucidez dos sonhos da filosofia. 
Não somos profanos, somos humanos. 
Somos filósofos que escrevem 
Suas memórias nos universos diversos urbanos. 
A selva capitalista joga seus chacais sobre nós. 
Não somos bicho nem lixo, temos voz. 
Por dentro da caótica selva, somos vistos como fantasmas. 
Existem aqueles que se assustam. 
Não somos mortos, estamos vivos. 
Andamos em labirintos. 
Depende de nossos instintos. 
Somos humanos nas ruas, não somos lixo. 
Carlos Eduardo (Cadu), 
Morador de rua em Salvador. 
 
Carlos Eduardo (Cadu), 
Morador de rua em Salvador 
 
 
7 
 
EPÍGRAFE 
MARQUES, Beatriz. População em Situação de Rua: Abordagem Social. Trabalho de 
Conclusão de Curso em Serviço Social – Centro Universitário Leonardo da Vince, Manaus, 
2021. 
 
RESUMO 
 
 
O presente resumo refere-se à população em situação de rua na cidade de Manaus 
especificamente no Bairro do Coroado (Zona Leste), que tem uma temática relevante para a 
realização do meu importante Trabalho de Conclusão do - Curso - TCC no período da 
faculdade, perpetrando uma importante investigação qualitativa e quantitativa voltada às 
condições de vida e saúde de pessoas em situação de rua que são invisíveis pela sociedade na 
cidade de Manaus e no Brasil. Porém as Instituições ofertam esse serviço ainda é um número 
reduzido, tendo em vista que a demanda é grande para minimizar tal cenário, no momento 
contamos em Manaus apenas com um Centro de Referência Especializada para a População 
em situação de rua – CENTRO POP. Entretanto pude vivenciar que a Associação de 
Desenvolvimento e Bem Estar do Estado do Amazonas-SOCEAMA tem uma expertise com 
essa temática para esse público, desenvolvendo projetos, programas e atividades de 
desenvolvimento humano e social, nas áreas de saúde, educação, cultura, esporte, lazer, 
jurídica, comunicação comunitária. Todas suas ações são voltadas para uma metodologia 
aplicada e participativa através de um acompanhamento contínuo visando mobilizar, 
fortalecer e desenvolver uma conscientização com as famílias, tendo como objetivo a 
minimização do sofrimento, o preconceito e o estigma pela sociedade com a população em 
situação de rua. Pensando nessa linha de raciocínio procuramos estrategicamente ter um olhar 
coerente para essa problemática, tendo em vista que a grande concentração dessa população 
se encontra nos parâmetros da Instituição. Entretanto procurei sistematizar de forma 
pertinente com a realidade local, com os pés no chão, buscando mecanismos para a captação 
de recursos com objetivo de apoiar e implementar politicas publicas voltadas a esses 
indivíduos para a convivência na sociedade, mudando assim esse cenário caótico que assola 
as famílias, é importante desenvolver um plano de ação bem elaborado, com uma equipe 
multidisciplinar engajados e que possam realizar uma metodologia inovadora que consiga 
conscientiza-los para uma interação com a sociedade, compreendendo assim uma percepção 
para uma qualidade de vida. 
8 
 
Palavras Chaves: População em Situação de Rua; Sociedade; Instituição; Preconceito; 
Estigma. 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
This summary refers to the homeless population in the city of Manaus specifically in the 
Bairro do Coroado (East Zone), which has a relevant theme for the completion of my 
important Conclusion of the - Course - TCC in the period of college, perpetrating an 
important qualitative and quantitative investigation focused on the living and health 
conditions of people on the street who are invisible by society in the city of Manaus and in 
Brazil. However, the Institutions offer this service is still a small number, considering that the 
demand is great to minimize such scenario, at the moment we only have in Manaus a 
Specialized Reference Center for the homeless population - CENTRO POP. However, I was 
able to experience that the Amazonas State Development and Welfare Association-
SOCEAMA has expertise with this theme for this audience, developing projects, programs 
and activities for human and social development, in the areas of health, education, culture, 
sports, leisure, legal, community communication. All of its actions are focused on an applied 
and participatory methodology through continuous monitoring aimed at mobilizing, 
strengthening and developing awareness with families, with the objective of minimizing 
suffering, prejudice and stigma by society with the homeless population. . Thinking about this 
line of reasoning, we strategically try to have a coherent look at this problem, considering 
that the large concentration of this population is within the parameters of the Institution. 
However, I tried to systematize pertinently with the local reality, with my feet on the ground,looking for mechanisms to raise funds in order to support and implement public policies 
aimed at these individuals for coexistence in society, thus changing this chaotic scenario that 
plagues people. Families, it is important to develop a well-designed action plan, with a 
multidisciplinary team engaged and able to carry out an innovative methodology that manages 
to make them aware of an interaction with society, thus understanding a perception for a 
quality of life. 
 
Key words: Homeless Population; Society; Institution; Preconception; Stigma. 
 
 
9 
 
LISTAS DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
TABELA 1: VALORES MORAL E ÉTICA 23 
 
TABELA 2: PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA POPULAÇÃO ATENDIDA PELA 
INSTITUIÇÃO 30 
 
TABELA 3: FICHA DE CADASTRO DE ASSOCIADO 33 
 
TABELA 3: ANALISE DOS DADOS DA PESQUISA 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
CAPS AD Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas 
 CENTRO POP Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua 
CNAS Conselho Nacional de Assistência Social 
CRAS Centro de Referência de Assistência Social 
CREAS Centro de Referência Especializado de Assistência Social 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
LOAS Lei Orgânica de Assistência Social 
MDS Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome 
NOB RH Norma Operacional Básica de Recursos Humanos de Assistência Social 
NOB SUAS Norma Operacional Básica do Sistema único de Assistência Social 
PNAS Política Nacional de Assistência Social 
PSR População em Situação de Rua 
SMAS Secretaria Municipal de Assistência Social 
SNAS Secretaria Nacional de Assistência Social 
SUAS Sistema único de Assistência Social 
SOCEAMA Associação de Desenvolvimento e Bem Estar Social - SOCEAMA 
CRESS-AM Código de Ética do Serviço Social 
PAIF Programa de Atenção Integral à Família 
SEAS-AM Secretaria de assistência Social 
CEAS-AM Conselho Estadual de Assistência Social 
SEJUSC-AM Secretaria de Justiça e Direitos Humanos 
IGDSUAS Índice de Gestão Descentralizadas do Sistema Único de Assistência 
Social 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO 13 
 
1.1-Histórico do serviço social 13 
1.2-Código de Ética Profissional 14 
1.3-O que é Serviço Especializado em Abordagem Social 14 
1.4-Normativas para população em situação de Rua 15 
1.5-Onde vive a população em situação de Rua 16 
1.6 Como vive a população em situação de Rua 17 
1.7 Quais os Direitos da população em situação de rua 17 
 
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA 21 
 
3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL 22 
3.1. Questão Social 23 
3.2 Como vivem a população em situação de rua 25 
 
4. JUSTIFICATIVA 27 
4.1. Histórico Institucional 28 
4.2.Área de atuação, objetivos e finalidade 29 
4.3 Demandas atendidas pela a Instituição 30 
4.4 Principais características da população em situação de rua atendida pela a 
Instituição 28 
 
5. OBJETIVOS DAS PESQUISAS 30 
5.1. Objetivo Geral 31 
5.2. Objetivo Especifico 31 
 
6. METODOLOGIA DE PESQUISAS 32 
7. ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA 35 
 
7.1. APRESENTAÇÃO DOS DADOS 37 
7.2. ANÁLISE DOS DADOS 37 
12 
 
7.3. RESULTADOS: 37 
7.4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 37 
8. CONCLUSÕES 38 
 
REFERÊNCIAS 39 
 
APÊNDICES 43 
 
ANEXOS 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1 INTRODUÇÃO 
Por que existe tal realidade sofrida pela população em situação de rua? Quais as 
verdadeiras causas? Na busca por respostas, faço uma breve reflexão incógnita da vida. Nesse 
relato de questionamento apresento o Projeto de Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) 
introduzindo a abordagem social que estará norteando o cenário social dentro de uma 
complexidade que envolve diversos segmentos que desestruturam as famílias e como 
consequência tem um leque de situações como: desemprego, individualidade, indiferenças no 
convívio familiar, drogas, uso de álcool, desigualdade econômica e social. A população em 
situação de rua ao longo do tempo, vivem em uma busca de sobrevivência no dia a dia, 
lutando, sofrendo, acreditando na esperança de sair dessa situação de carência, penúria, dessa 
falta de humanidade. Ressalto ainda, sobre o sonho de moradia como uma garantia de direitos. 
Neste artigo, pesquisaram os meios causadores que levaram as pessoas estarem nas 
ruas. Os estudos com pessoas em situação de rua são cada vez mais escassos, mas temos 
alguns artigos científicos e pesquisas de caráter censitário com aspectos metodológicos que 
ajudaram futuramente os programas de politicas publicas voltada a esse público alvo. 
 
1.1. HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL 
 
A HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL SURGIU NA DECADA DE 
1930. Nesse período, o país passava por um período turbulento, com diversas manifestações 
da classe trabalhadora, que reivindicava por melhoria de condiçõesde trabalho. Com a 
pressão, do governo decide controlar através da criação os mecanismo de estudo com 
ministério do trabalho de serviço social no Brasil. Assim surgiu em 1936 a primeira Escola 
em São Paulo, coordenada por Albertina Ferreira Ramos e Maria Kiehl, ambas sócias do 
Centro de Estudo de Ação Social, vinculado a Igreja Católica. 
Ao longo do período a Igreja passou a ofertar uma formação especifica para jovens, 
moças das famílias tradicionais daquela época com intuito de exercer ações filantrópicas. 
Nos anos de 1940 a 1950, o Serviço Social Brasileiro passou a receber grande influência 
Americana, sendo assim marcado pelo tecnicismo. Nos anos seguintes de 1960 a 1970, deu 
início a um movimento de renovação da profissão do serviço social no Brasil. Naquele 
período o tradicionalismo profissional era do conservadorismo. No final da década ocorreu 
14 
 
uma virada no Congresso, que foi um divisor para o serviço social no Brasil. A partir desse 
evento a profissão se tornou laica e fazer parte das ciências sociais. 
Acreditamos a ser importante, quando estudamos a História do Serviço Social, 
aprofundamos as pesquisas de estudo sobre a presença e o papel dos diferentes protagonistas, 
atores políticos para ativação da continuidade do Serviço Social. A participação feminina 
nessa história foi fundamental nos caminhos percorridos visivelmente por mulheres pioneiras. 
 
1.2. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL 
Com base no Código de Ética Profissional do Serviço Social aprovado em 17 de 
março de 1993, com as alterações introduzidas pelas Resoluções CFESS Nº 290/94 e 93. O 
campo de conhecimento de ação do serviço social remete, desde sua institucionalização, para 
as questões da desigualdade social e dos grupos que compõem a sociedade, isso tem 
implicações nas funções do Estado, no contato social, que substitui os valores de 
responsabilidade social. 
Na sua emergência, a interferência do serviço social esta associada, onde a 
comunidade, a solidariedade e a identidade decorrida dos princípios do dever moral. 
Neste contexto de mudança de valores, cabe ao serviço social estar atento, refletir, 
criticar e definir táticas de atuação as condições de desigualdade social, é fundamental outra 
percepção para além do dever, são necessárias abordagens renovadas dos parâmetros da 
capacidade profissional, que efetivam a garantia de direitos dos indivíduos com autonomia e 
liberdade, deveres e obrigações, através da ética como reza código profissional. 
1.3 O QUE É SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ABORDAGEM SOCIAL! 
Segundo a tipificação nacional de serviços sócios assistenciais (2009), o serviço em 
abordagem social é ofertado de forma continua e programada com a finalidade de assegurar a 
busca ativa de forma ordenada a abordagem social. A Política Nacional de Assistência Social 
(PNAS) foi criada em 2004 com o objetivo de nortear as ações do governo, definindo 
diretrizes, princípios, estratégias e instrumentos para gestão das atividades sociais, além de 
apresentar ideias para a construção e consolidação do Sistema Único de Assistência Social 
(SUAS). O SUAS, criado com a finalidade de tornar a Política de Assistência Social mais 
competente e eficaz, proporcionando uma organização político administrativa visando 
15 
 
organizar as ações sociais. A proteção social da assistência social está constituída, em 
seguranças, sejam elas de acolhida, de convívio familiar, geração de renda e desenvolvimento 
de autonomia. As instituições públicas estatais que acolhem essa população são denominadas 
CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), que usualmente ofertam a assistência 
social básica e os CREAS (Centro de Referência Especializado da Assistência Social), que 
prestam serviço de proteção especial de média complexidade. 
 
1.4 NORMATIVAS PARA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA 
 
O Ministério do Desenvolvimento Social e combate à Fome, tem em suas diretrizes 
nove normativas básicas destinadas à População em Situação de Rua, apresentadas em seu 
documento sobre orientações a respeito dos CREAS e sobre os serviços particularizados para 
as pessoas que se encontram situação de rua. Essas normativas visam um melhor atendimento 
e assegurar os direitos dessa população como cidadãos. A partir disso, foram destacadas e 
apresentadas algumas delas a seguir: 
A Política Nacional de Assistência Social distingue a necessidade de assistência que a 
População de rua possui. Segundo a Instituição “no caso da proteção social especial, à 
população em situação de rua serão priorizados os serviços que possibilitem a organização de 
um novo projeto de vida, visando criar condições para adquirirem referências na sociedade 
brasileira, enquanto sujeitos de direitos” (PNAS, 2004, p.37 apud MDS). A PNAS é regida 
pelos princípios de: 
 
I. – Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de 
rentabilidade econômica; II. – Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar 
o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; 
III. – Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a 
benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, 
vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; 
IV. – Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de 
qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas rurais; 
V. – Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, 
bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua 
concessão. (PNAS, 2004, p. 33) 
 
A PNAS visa o enfrentamento às desigualdades sociais, a garantia dos direitos sociais, 
a profusão de condições para atender incidentes sociais e a universalização dos direitos 
sociais. (PNAS, 2004). Ela objetiva: 
 
16 
 
 Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, 
ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem. 
 Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, 
ampliando o acesso aos bens e serviços sócio assistenciais básicos e especiais, 
em áreas urbana e rural.. 
 Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na 
família, e que garantam a convivência familiar e comunitária. (PNAS, 2004, p. 
34) 
 
LEI Nº 11.258, DE 2005, INCLUINDO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 23 DA LEI 
ORGÂNICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (LOAS) 
 
Essa Lei parte do princípio de que deverão ser criados nos serviços sociais, programas 
destinados especialmente às pessoas em situação de rua. 
 
DECRETO S/Nº, DE 25 DE OUTUBRO DE 2006 
 
Institui um grupo coordenado pelo próprio MDS denominado Grupo de Trabalho 
Interministerial (GTI), que tem por finalidade elaborar e apresentar estudos e propostas de 
políticas públicas que visam a inclusão social da População em Situação de Rua. 
 
PORTARIA MDS Nº 381, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2006, DO MDS 
 
Essa portaria garante recursos para apoio às ofertas de serviço destinadas à população 
em situação de rua, por meio de recursos financiados pelo governo federal. 
 
1.5 ONDE VIVE A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA? 
“Veem em nós apenas objetos, uma espécie de coisa que está ali e que pode ser 
removida a qualquer momento para um lado e para outro... por vezes somos alvo de 
projetos, tratados como se fôssemos uma ponte ou uma obra qualquer que precisa 
de licitação, aprovação, entre outras burocracias”. 
Eles vivem nos lugares públicos, por que sobrou do sistema econômico, excluídos dos 
seus direitos, não conseguem se encaixar no cruel modelo de produção e distribuição de bens 
e riquezas. Pernoitam em albergues na maioria das vezes considerados verdadeiros armazéns 
humanos. Os moradores de rua ocupam os vãos e desvãos das cidades: ruas e becos, viadutos 
e pontes, praças e marquises e rodoviárias. 
17 
 
1.6 COMO VIVE A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA?“É o que eu acho, que eu faço parte de outra sociedade. Você faz parte de uma, eu 
faço parte de outra. Porque agora você vai sair daqui, você vai deitar no seu 
colchãozinho. Não vai? Não vai tomar o seu banhinho? Eu não vou poder. Se eu 
quiser, eu vou ter que ir lá no BG: “chuuu!” Água gelada. Certo? [...] Você vive, eu 
vegeto. Eu estou tentando e é o que acontece com todo mundo, você tenta se manter 
vivo. [...] Agora, já, já você vai sair daqui, não vai? Eu vou deitar ali. Eu faço parte 
da cidadania? Não, eu sou um número a mais. Eu sou um zero à esquerda. Porque 
eu acho que nem no IBGE eu estou passando. Então, é triste. É a realidade, mas é 
triste. Entendeu? Nem no IBGE.” 
Entendo que como vivem sem os seus direitos, mesmo assim, eles lutam à exclusão 
pela sobrevivência no dia a dia, na esperança, na fé de dias melhores. Estão em toda a cidade, 
mas a cidade não os enxerga. São invisíveis em meio as pessoas. É como se houvesse uma 
parede invisível, fazendo a divisão ou separando duas cidades. Uma, onde tudo é possível. 
Outra, onde tudo é negado: proteção, privacidade, água, alimentação, aconchego, banho. São 
estigmatizados, sofrendo todo tipo de preconceito “higienizadoras”, que têm como objetivo 
“limpar” a cidade, expulsando os moradores de rua de todos os lugares. 
A população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional 
heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em 
comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e 
falta de habitação. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência 
Social, 
Imenso é o reflexo do descaso com a exclusão social desse público tão vulnerável, que 
estão a mercê da própria sorte nas ruas, calçadas, praças públicas e marquises de lojas, 
algumas dessas pessoas em situação de rua têm dentro de si a fé, a esperança de que as esferas 
do estado possam ter olhar de âmparo, um anseio de mudar esse cenário social desse povo que 
é tão sofrido pelas circunstâncias em suas vidas. 
“A rua, concreta, discreta Nos mostra a frieza da sociedade E a 
tristeza de um povo esquecido.” 
(Trecho do Poema “A Rua” de Mariana Zayat Chammas) 
 
1.7 QUAIS OS DIREITOS DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA? 
18 
 
Toda pessoa que mora 
na rua tem direito à vida com 
saúde, trabalho, educação, 
segurança, moradia, 
assistência social e lazer. Em 
1948, esses direitos foram 
reconhecidos por vários 
países, na Declaração 
Universal 
de Direitos Humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_______________________________________ 
Cartilha do morador de rua. 
http://www.mpsp.mp.br › page › pessoasrua › pes_cartilhas 
 
 
Felizmente, nos últimos anos tem-se observado um amadurecimento nas 
investigações relativas a esta população. Começaram a ser realizadas pesquisas de 
caráter mais estritamente censitário, envolvendo e permitindo o desenvolvimento de 
conceitos e metodologias aplicadas, que subsidiaram as politicas públicas, 
mensuraram e aprofundaram o conhecimento deste grupo social. Neste sentido, 
vários municípios procuraram realizar seus censos, porém, cada acabou por 
desenvolver conceitos e metodologias próprias. por Frederico Poley Martins (1998-
2005,p.2) 
19 
 
Nesse sentido o tema apresentado foi motivado há mais dez anos em um natal 
solidário no centro de Manaus, era uma ação para ajudar a população em situação de rua, a 
partir desse envolvimento de mobilização social, senti dentro de mim a necessidade de ajudar 
aquelas pessoas em vulnerabilidade social, então a partir daquele momento decide ajuda-los, 
mais senti a necessidade de fazer uma graduação que pudesse nortear acerca dessa 
problemática social local, então senti na pele, pois percebi que não é só doar, roupas, 
alimentos, e sim dar afeto, dedicação, se envolver humanitariamente. Imagem: Google 
O reflexo negativo desnorteador mostra que a população em situação de rua é taxada 
como pessoas invisíveis, com isso percebi à necessidade da participação dos profissionais 
multidisciplinar, para desenvolver plano de ações para abolir o preconceito e o estigma da 
população em situação de rua tão assolado pela omissão das politicas públicas. A partir disso, 
o objetivo geral deste Trabalho de Conclusão do - Curso - TCC é sinalizar quais os fatores 
que geram esse sentimento de preconceito e estigma da população em situação de rua. Assim 
sendo, proponho aqui um trabalho que tem como objetivos específicos, colaborar para a 
desconstrução do paradigma quanto aos moradores em situação de rua; conscientizar o 
sentimento de aceitar quanto à realidade dessas pessoas; propor uma roda de conversa para 
extinguir o preconceito e a exclusão social; fortalecer os vínculos familiares para o convívio 
social. 
20 
 
Os diversos aspectos desse cenário atualmente são comuns na vida desses seres 
invisíveis pela sociedade, propõem-se estrategicamente fazer uma abordagem social 
orientadora, dinâmica e participativa, visando coletar dados para subsidiar informações para 
que possam ser elaboradas futuras parcerias com as Organizações do Terceiro Setor – OSC’s, 
tendo em vista que os equipamentos ofertados para esse público é precária para a execução 
dos objetivos do plano de ação, e das estratégias aqui descritas para diminuir o impacto dessa 
população tão vulnerável e esquecida por todos. A metodologia aplicada foi através de 
entrevistas com 100% Homens estavam alterados devido ao uso de alguma substancia 
química, nesse contexto só foi possível entrevistar 20 pessoas, pois o nível de tolerância é 
baixo e eles não gostam de muitas perguntas se irritam facilmente; à analise dos dados 
coletados foi suficiente para que chegassem os resultados esperados. Para os indivíduos em 
situação de rua, álcool e drogas trazem um alivio do sofrimento físico e psíquico, e remete por 
memorias e emoções trazendo processos regressivos de mediação entre as relações sociais e a 
sobrevivência nas ruas. 
As politicas publica que abrange aos serviços de amparo são situados apenas no 
acolhimento e encaminhamento do indivíduo. Com o foco principal que deveria ser na 
inserção dessas pessoas no mercado de trabalho e convívio social. 
_____________________________ 
¹ Apenas como referência inicial apresentamos os conceitos indicados no dicionário “Conceito ou opinião 
formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos que o contestam” (AURÉLIO). 
2 Uma forte desaprovação de características ou crenças pessoais que vão contra normas culturais. 
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Estigma_social). 
 
A assistência social com proteção social configura-se como uma nova situação no 
Brasil. Ela significa garantia a todos ,que dela necessitam, é sem contribuição prévia a 
provisão dessa proteção. Está perspectiva significa aportar quem, quantos, quais é onde estão 
os brasileiros destinatários de serviços e atenção de assistência social. Numa nova situação, na 
dispõe de imediato é pronto a análise de sua incidência. A opção que se construiu para o 
contexto da política de assistência social na realidade brasileira parte então da defesa de um 
certo modo de olhar quantificar a realidade . 
Uma visão social inovadora, dando continuidade ao inaugurado pela constituição 
Federal de 1988 é pela Lei orgânica de Assistência social de 1993, pautada na dimensão ética 
de incluir os inacessíveis, transformando em casos individuais, enquanto de fato são parte de 
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uma situação social coletivas diferenças e os diferentes, as desigualdades. Uma compreensão 
social de proteção, que supõe conhecer os riscos, as vulnerabilidades sociais a questão 
sujeitos, bem como os recursos com que conta para enfrentar tais situações com menor dando 
social possível. 
 
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA 
Apresento este importante trabalho com uma determinação de sensibilizar e 
conscientizar toda a sociedade para ver a realidade que muitasvezes não é palco de discursão 
nas conversas de roda, para entender melhor a condição das pessoas que se encontram em 
situação de rua, faço uma referência aos Direitos Humanos sob a olhar das pessoas em 
situação de rua que são visto como marginalizados por uma sociedade e econômica 
excludente, consumidora e preconceituosa, vejo que é preciso mudar esse cenário que tem 
uma dura realidade. Buscar a garantia de dignidade e cidadania é uma forma de reconhecê-los 
como parte da sociedade. Infelizmente ainda existem pessoas que não enxergam essa 
realidade de que somos iguais, somos seres humanos e devemos considera-los como cidadãos, 
com acesso à saúde, à moradia, à alimentação e ao trabalho. Por esses motivos, nessa linha de 
raciocínio e sensibilidade é que unimos forças para trabalhar por todos, e em diversas 
abordagens sociais, através de visitas in loco na área periférica de Manaus composta de uma 
equipe multidisciplinar de dez profissionais que não medimos esforços para que o plano de 
trabalho fosse realizado no período de 15 dias. 
Durante as atividades, a equipe multidisciplinar motivada pela vontade de auxiliar o 
próximo participou de diversos panoramas das famílias em dificuldade, localizada na zona 
leste (praças, viadutos, lojas e outros), compreendendo a realidade, a complexidade critica em 
que a população em situação de rua, porém construtivo para entender e buscar meios para 
minimizar tal questão que acontece há tanto tempo nas cidades e no interior, por isso a nossa 
participação nas áreas sinalizadas é fundamental fomentar e planejar meios de elaborar 
programas, projetos, envolver as esferas municipal, estadual e federal para desenvolver 
atividades que possam mudar todo esse cenário no Brasil. colaborando para uma reflexão 
crítica, através da qual as pessoas em situação de rua possam ser vistas e reconhecidas como 
cidadãos pela nossa sociedade e assim superar a situação de vulnerabilidade social. Usar a 
expressão LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, define muito bem a solução 
para entender a liberdade do PSR e torna-los parte da sociedade. 
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Palavras-chaves: Serviço Social; Assistência Social; Políticas Públicas; Exclusão 
Social; População em Situação de Rua.

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