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Guia para elaboração de relatórios Ma. Aysses do Carmo Oliveira ayssesoliveira@gmail.com Tópicos da aula 1. Elementos de um relatório. 2. Erros e incertezas. 3. Ajuste linear via mínimos quadrados (PDF externo). 4. Experimento: Plano Inclinado (PDF externo). 2 Elementos de um relatório 3 1 Elementos de um relatório ▰ Deve apresentar os procedimentos, metodologias, medidas e conclusões obtidas de modo que seja possível compreender com clareza a atividade realizada. ▰ A descrição deve apresentar todos os detalhes que sejam realmente relevantes. ▰ Clareza e objetividade reduzem o esforço de leitura ao mínimo sem prejudicar a compreensão. 4 O relatório exigido nesta disciplina deve ter a seguinte estrutura: 1. Identificação. 2. Objetivos do experimento. 3. Descrição do aparato experimental. 4. Fundamentação Teórica. 5. Metodologia adotada. 6. Resultados obtidos. 7. Discussão e Conclusão. 8. Referências bibliográficas. 5 ➔ Capa: Instituição, curso, local, data da realização, colaboradores, título do experimento. ➔ Use ordem alfabética para os nomes seguidos dos números de matrículas. 1- Identificação 6 ➔ Deve ser apresentado de forma sucinta e clara, com um frase ou mais. 2- Objetivos 7 ➔ Todo o aparato experimental deve ser descrito, suas respectivas marcas/modelos. Registrar com imagem, esquemas descritivos (ou print screens) de todo o aparato experimental. ➔ Inclua informações como incertezas do instrumento ou informações sobre o estado do experimento que achar pertinente (Ex.: O paquímetro fechado completamente não indicava 0,00.) 3- Descrição do Aparato Experimental 8 ➔ Apresente os modelos teóricos necessários para embasar o experimento., com as leis físicas e fórmulas utilizadas, bem como as deduções teóricas relevantes. ➔ Faça um resumo de ideias e princípios utilizados e cite as referências bibliográficas. ➔ Quando escrever esta seção pense nos objetivos a serem atingidos e quais os conceitos que foram necessário para desenvolver o experimento. 4- Fundamentação Teórica 9 ➔ Descrição dos procedimentos adotados. ➔ Esta descrição deve ser completa, de forma que outra pessoa consigam reproduzir o experimento. 5- Metodologia adotada 10 ➔ Os dados obtidos ou medidos devem ser apresentados nesta seção de maneira organizada, com recursos que facilitem a visualização como tabelas e gráficos. ➔ Dados com medidas esporádicas ou situações anômalas podem ser descritas nessa seção como por exemplo: "Esta medida apresenta um valor substancialmente diferente das outras devido a um possível acidente na medição, alguém deve ter esbarrado na mesa e os conectores do voltímetro podem ter se deslocado." 6- Resultados obtidos 11 ➔ São comentários sobre o que foi feito, qual a confiança nos resultados obtidos, pontos críticos ou duvidosos do experimento, comparação com modelos teóricos. ➔ Respostas ao eventuais questionários presentes no roteiro experimental. 7- Discussão e Conclusão 12 ➔ São comentários sobre o que foi feito, qual a confiança nos resultados obtidos, pontos críticos ou duvidosos do experimento, comparação com modelos teóricos. ➔ Respostas ao eventuais questionários presentes no roteiro experimental. 7- Discussão e Conclusão 13 Referências bibliográficas (1) CRUZ, C. H. e FRAGNITO, H. L. Guia para Física Experimental Caderno de Laboratório, Gráficos e Erros. Instituto de Física, Unicamp. Disponível em: https://www.ifi.unicamp.br/~brito/graferr.pdf (2) NAGASHIMA, H. N. Laboratório de Física I. Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Campus de Ilha Solteira – 2011. Disponível em: https://nelsonreyes.com.br/APOSTILA%20F%20EXP%20I.pdf 14 https://www.ifi.unicamp.br/~brito/graferr.pdf https://nelsonreyes.com.br/APOSTILA%20F%20EXP%20I.pdf Erros e Incertezas 15 2 ➔ Sistemáticos - causados por fontes identificáveis que podem ser compensados ou eliminados. Ex.: cronômetro não calibrado, medidas que podem ser influenciadas por condições ambientais como temperaturas. ➔ Aleatórios - flutuações para mais ou menos. Ex.: Estudos de vibrações que podem ser influenciadas por outras vibrações como alguém que se esbarra na mesa experimental. Erros e Incertezas 16 ➔ Erros sistemáticos afetam a exatidão, erros aleatórios afetam a precisão. Erros e Incertezas 17 Tratamento estatístico de medidas com erros aleatórios. ➔ Média: ➔ Desvio padrão: Estima o quanto os valores medidos se afastam da média. Erros e Incertezas 18 x̄= 1 N∑i=1 N x i s=√ 1N−1∑N i=1 (x i− x̄) 2 ➔ Medidas mais precisas tem baixo desvio padrão. ➔ Dentro de um conjunto grande de medidas, 68% dos valores estarão entre: ➔ A dispersão dos dados pode também ser analisada usando a variância, onde Erros e Incertezas 19 [ x̄−s , x̄+s ] var=s2 ➔ Erro padrão da média - para muitas observações os erros aleatórios se compensam entre si, melhorando o valor da média, de forma que: ➔ Erro percentual ou relativo - usando quando queremos expressar o erro como uma porcentagem do valor medido para uma determinada grandeza. Erros e Incertezas 20 Δ x̄=sm= s √N (Δ x̄)r= Δ x̄ x̄ .100% Qual a influências dos erros quando usamos esses valores para calcular alguma outra quantidade? ➔ Soma e subtração: soma quadrática dos erros. ➔ Multiplicação e divisão: o erro relativo do resultado será dado pela raiz quadrada da soma dos quadrados dos erros relativos de cada fator. Erros e Incertezas 21 w̄= x̄+ ȳ+ z̄ Δ w̄ w̄ =√( Δ x̄x̄ ) 2 +( Δ ȳ ȳ ) 2 Δ w̄=√(Δ x̄)2+(Δ ȳ )2+(Δ z̄)2 Como o erro afeta uma variável que é calculada em função de outras como x, y = f(x)? ➔ Supondo que o erro seja suficientemente pequeno: Funções de grandezas afetadas por erros 22 Δ f̄=Δ x̄ ( df dx ) x=x̄ ➔ Ex.: Volume de uma esfera de raio R. Funções de grandezas afetadas por erros 23 n R(cm) 1 10,1 0 0 2 10,2 0,1 0,01 3 10,3 0,2 0,04 4 10,2 0,1 0,01 5 10 -0,1 0,01 6 9,9 -0,02 0,04 (xi− x̄) (xi− x̄) 2 ➔ Ex.: Volume de uma esfera de raio R. Funções de grandezas afetadas por erros 24 n R(cm) 1 10,1 0 0 2 10,2 0,1 0,01 3 10,3 0,2 0,04 4 10,2 0,1 0,01 5 10 -0,1 0,01 6 9,9 -0,02 0,04 (xi− x̄) (xi− x̄) 2 V= 3 4 πR3 ➔ Ex.: Volume de uma esfera de raio R. Funções de grandezas afetadas por erros 25 n R(cm) 1 10,1 0 0 2 10,2 0,1 0,01 3 10,3 0,2 0,04 4 10,2 0,1 0,01 5 10 -0,1 0,01 6 9,9 -0,02 0,04 (xi− x̄) (xi− x̄) 2 V= 3 4 πR3 média= x̄= 1 N∑i=1 N xi x̄= 60,7 6 =10,1 ➔ Ex.: Volume de uma esfera de raio R. Funções de grandezas afetadas por erros 26 n R(cm) 1 10,1 0 0 2 10,2 0,1 0,01 3 10,3 0,2 0,04 4 10,2 0,1 0,01 5 10 -0,1 0,01 6 9,9 -0,02 0,04 (xi− x̄) (xi− x̄) 2 V= 3 4 πR3 s=√ 1N−1∑N i=1 (x i− x̄) 2 ➔ Ex.: Volume de uma esfera de raio R. Funções de grandezas afetadas por erros 27 n R(cm) 1 10,1 0 0 2 10,2 0,1 0,01 3 10,3 0,2 0,04 4 10,2 0,1 0,01 5 10 -0,1 0,01 6 9,9 -0,2 0,04 (xi− x̄) (xi− x̄) 2 V= 3 4 πR3 s=√ 1N−1∑N i=1 (x i− x̄) 2 x̄=10,1 ➔ Ex.: Volume de uma esfera de raio R. Funções de grandezas afetadas por erros 28 n R(cm) 1 10,1 0 0 2 10,2 0,1 0,01 3 10,3 0,2 0,04 4 10,2 0,1 0,01 5 10 -0,1 0,01 6 9,9 -0,2 0,04 (xi− x̄) (xi− x̄) 2 V= 3 4 πR3 s=√ 1N−1∑N i=1 (x i− x̄) 2 (xi− x̄ ) 2 =0,11 ➔ Ex.: Volume de uma esfera de raio R. Funções de grandezas afetadas por erros 29 n R(cm) 1 10,1 0 0 2 10,2 0,1 0,01 3 10,3 0,2 0,04 4 10,2 0,1 0,01 5 10 -0,1 0,01 6 9,9 -0,2 0,04 (xi− x̄) (xi− x̄) 2 V= 3 4 πR3 s=√ 1N−1∑N i=1 (x i− x̄) 2 (xi− x̄ ) 2 =0,11 s=√ 1 6−1 .0,11=0,14 ➔ Ex.: Volume de uma esfera de raio R. Funções de grandezas afetadas por erros 30 n R(cm) 1 10,1 0 0 2 10,2 0,1 0,01 3 10,3 0,2 0,04 4 10,2 0,1 0,01 5 10 -0,1 0,01 6 9,9 -0,2 0,04 (xi− x̄) (xi− x̄) 2 V= 3 4 πR3 (xi− x̄ ) 2 =0,11 s=0,14 sn= s √N ➔ Ex.: Volume de uma esfera de raio R. Funções de grandezas afetadas por erros 31 n R(cm) 1 10,1 0 0 2 10,2 0,1 0,01 3 10,3 0,2 0,04 4 10,2 0,1 0,01 510 -0,1 0,01 6 9,9 -0,2 0,04 (xi− x̄) (xi− x̄) 2 V= 3 4 πR3 (xi− x̄ ) 2 =0,11 s=0,14 sn= s √N = 0,14 √6 =0,06 ➔ Ex.: Volume de uma esfera de raio R. O erro propagado no cálculo é então: Funções de grandezas afetadas por erros 32 V= 3 4 πR3 sm=0,06 x̄=10,1 R=10,1±0,06 Δ V̄= dV dR |R=R̄⋅ΔR ➔ Ex.: Volume de uma esfera de raio R. O erro propagado no cálculo é então: Funções de grandezas afetadas por erros 33 V= 3 4 πR3 sm=0,06 x̄=10,1 R=10,1±0,06 Δ V̄= dV dR |R=R̄⋅ΔR Δ V̄= 4 π 3 3 R2|R= R̄⋅(Δ R) Δ V̄=4 π R2|R= R̄⋅(Δ R) ➔ Ex.: Volume de uma esfera de raio R. O erro propagado no cálculo é então: Funções de grandezas afetadas por erros 34 V= 3 4 πR3 sm=0,06 x̄=10,1 R=10,1±0,06 Δ V̄= dV dR |R=R̄⋅ΔR Δ V̄= 4 π 3 3 R2|R= R̄⋅(Δ R) Δ V̄=4 π R2|R= R̄⋅(Δ R) Δ V̄=4 π(10,1)2 .0,06 Δ V̄=77,07 ➔ Ex.: Volume de uma esfera de raio R. O erro propagado no cálculo é então: Funções de grandezas afetadas por erros 35 V= 3 4 πR3 sm=0,06 x̄=10,1 R=10,1±0,06 Δ V̄= dV dR |R=R̄⋅ΔR Δ V̄= 4 π 3 3 R2|R= R̄⋅(Δ R) Δ V̄=4 π R2|R= R̄⋅(Δ R) Δ V̄=4 π(10,1)2 .0,06 Δ V̄=77,07 V=V̄ +Δ V̄ V=4328,55±77,07 cm3 36 Obrigada Perguntas? Slide 1 THIS IS A SLIDE TITLE Slide 3 Slide 4 Slide 5 YOU CAN ALSO SPLIT YOUR CONTENT Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 IN TWO OR THREE COLUMNS Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36