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Resenha - História do Pensamento Econômico - François Quesnay/Homens

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François Quesnay - Homens
Na obra resenhada, Quesnay discute sobre as riquezas comerciáveis e
a importância do preço. As riquezas são comerciáveis na medida em que os
possuidores podem vendê-las e em que são procuradas por compradores. 
O autor ressalta que não se deve confundir todos os bens que convêm
aos homens para sua subsistência, seu uso e seu bem-estar, com riquezas
venais vantajosas por seu valor no comércio.
O valor venal das riquezas comerciáveis é dado pelo preço. Não há
correspondência entre o preço e o valor de uso das riquezas comerciáveis, pois
este é sempre o mesmo, mas aquele varia e depende de causas tão
inconstantes quanto independentes da vontade dos homens, de forma que não
se regula pelas necessidades dos homens nem consiste num valor arbitrário ou
convencionado entre os comerciantes.
Quesnay enfatiza que é pela abundância e pelo alto preço constante dos
gêneros agrícolas comerciáveis de uma nação que se deve avaliar sua
opulência e sua prosperidade. O governo de um Estado pode, por seus
regulamentos viciosos, causar muitos desarranjos nocivos aos preços,
sobretudo num reino marítimo e comerciante.
O preço das riquezas comerciáveis regula as proporções de troca
dessas riquezas em moeda, que é recebida em troca de todas as espécies de
mercadorias comerciáveis. Assim, a moeda é uma riqueza particular
equivalente, nas compras, ao valor venal de todas as espécies de riquezas
comerciáveis.
Quanto à riqueza de uma nação, Quesnay afirma que se um reino é
pobre, isto não se deve, como se diz vulgarmente, à falta de dinheiro, mas à
falta de riquezas comerciáveis ou ao preço demasiadamente baixo, nesse
reino, dessas riquezas. Assim, são sempre a abundância e o bom preço dos
gêneros que são a fonte do dinheiro, mas o dinheiro mesmo seria apenas uma
riqueza estéril sem o comércio. Ele ó pode tornar-se uma riqueza maior num
reino na medida em que é convertido, com lucro, em riquezas comerciáveis
compradas no estrangeiro. Não se deve, portanto, acumular dinheiro num
Estado em prejuízo do crescimento das riquezas que o comércio deve
proporcionar.
O autor defende que o preço fundamental das mercadorias é
estabelecido pelas despesas, ou gastos que é preciso realizar para sua
produção ou preparação. É necessário ter essa compreensão a fim de se julgar
se os bens têm preço alto, se são vendidos demasiadamente caro e se convém
fazer baixar seu preço.
Quesnay conclui seu texto alegando que devido à comunicação geral e
pelas alternativas sucessivas e recíprocas, de abundância e de escassez, os
preços permanecem sempre numa situação mediana, estabelecida com base
no preço comum fundamental, nos países reunidos pelo comércio.

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