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Fatores Modificadores da Doença Periodontal SISTÊMICOS ▪ O fumo tem influência direta com a doença periodontal por conta dos componentes químicos presentes no cigarro, e da sua alta temperatura, que aumenta a permeabilidade dos tecidos; ▪ A doença tende a ser mais avançada e agressiva nesses pacientes, com mais sequelas de destruição tecidual; ▪ A relação do agravo tem total relação com a quantidade de cigarro que o paciente fuma por dia e o tempo de uso, causando um maior risco de perda dentária; ▪ Os efeitos metabólitos do fumo no periodonto podem alterar a resposta de várias formas do tratamento periodontal; ▪ O fumo tem efeito nocivo na progressão e na cicatrização após a terapia periodontal; ▪ Pacientes Tabagistas Apresentam: → Maior perda óssea; → Maior número de bolsas profundas; → Aumento na formação de cálculo supra e subgengival; → São mais susceptíveis ao desenvolvimento de lesões de bifurcações; → Podem apresentar a mesma ou menor inflamação gengival e os mesmos níveis de acúmulo de placa de pacientes não fumantes. ▪ Características Clínicas: → Mudanças na coloração da estrutura dentária (amarelada) e gengival (black space, sulcos profundos e presença de bolsas); → Retardo na cicatrização; → Estomatite nicotínica; → Alteração no fluxo do fluido crevicular gengival (menos proteção); → Gengivite e periodontite mais graves; → Maior acúmulo de cálculo, sendo mais relevante em fumantes de cachimbo; → Leucoplasia da gengiva. ▪ Efeitos Biológicos dos Metabólitos do Fumo: → Tem influência direta nos fibroblastos: Cicatrização alterada; → Susceptibilidade dos tecidos periodontais a ação do biofilme – favorecimento do meio para depósito da microbiota GRAM – e o não reparo do tecido; → Os subprodutos do tabaco podem alterar a cicatrização, pois podem ocasionar dano direto as células normais dos tecidos periodontais. F X U M O D O E Ç A P E R I O D O N A T L N ❖ São as razões pelos quais os pacientes fumantes são mais susceptíveis a perda de inserção ou apresentam pior resposta ao tratamento. ❖ Todos os componentes do cigarro serão absorvidos pelos tecidos moles, devido a sua alta permeabilidade. E na gengival principalmente, por conta da vascularização. 1. Nicotina: → É absorvida pelos tecidos moles e se adere a superfície dentária (serve de fator retentivo para o acúmulo do biofilme); → Altera os padrões de adesão dos fibroblastos gengivais e fibroblastos do ligamento periodontal, favorecendo a perda de inserção; → Em dose elevadas provoca a morte celular. 2. Cotinina: → É o principal metabólito da nicotina e está presente na saliva e fluido sulcular de fumantes crônicos; → Em altas doses, inibe a aderência e a proliferação de novos fibroblastos oriundos do ligamento periodontal, causando altos índices de mobilidade. 3. Aldeídos: → Componentes voláteis do fumo, que ficam passeando na fumaça; → Diminuem ou inibem a adesão, proliferação, assim como alteram os padrões morfológicos dos fibroblastos; → Em altas concentrações causam danos irreversíveis às células. ▪ Tipos de Diabetes Mellitus: → I: Diminuição ou ausência na produção de insulina pelas células β do pâncreas (hereditário – insulino dependente); → II: Uso inadequado da insulina disponível (adquirida); → Hiperglicemia: Aumento de glicose no sangue. ▪ Quadros de hiperglicemia permanente causas danos celulares, pois as células não estão recebendo a glicose para desempenhar suas funções adequadamente. ▪ Mecanismo de Complicação da Diabetes: → Pacientes com quadros de hiperglicemia prolongados ‘‘ativam’’ a glicação avançada (tentativa de quebrar a glicose para que ela entre no sangue); D I A B E T S E X R D O E N Ç A P I E O N D O T A L → As AGES são produtos finais da glicação avançada, e o seu acúmulo aumenta a produção de citocinas pró-inflamatórias (interleucina 1β, interleucina 6, fator de necrose tumoral-a e prostaglandinas E); → Todo processo inflamatório terá o aumento das concentrações dos mediadores inflamatórios, porém, a sua elevação exacerbada causa danos maiores; → A IL-1 β e o fator de necrose tumoral-a são antagonistas da insulina, que é responsável por levar a glicose para dentro da célula; → E isso causa uma resistência à insulina, aumentando o estado de hiperglicemia, não-reparo e destruição do tecido, devido ao alto nível de mediadores inflamatórios. ▪ Importante: → A doença periodontal causa um quadro de resistência à insulina, devido a presença da inflamação, que aumenta a produção das citocinas pró-inflamatórias, e amplia as vias de degradação do tecido conjuntivo; → A raspagem diminui a inflamação, que consequentemente diminui a produção de mediadores inflamatórios, e estes IL1 β e fator de necrose tumoral-a param de causar a resistência à insulina; → Pacientes com diabetes não controlada são mais susceptíveis a desenvolver doença periodontal, e a presença dela ativa pode piorar o controle glicêmico; → Pacientes não diabéticos que possuem doença periodontal em algum momento pode apresentar hiperglicemia, por conta da presença dos mediadores inflamatórios; → Qualquer doença que tenha relação com citocinas pró-inflamatórias que sejam comuns para outras doenças, essas outras doenças podem vir a se manifestar. ▪ Por Quê a Diabetes Afeta os Tecidos Periodontais: → Microangiopatia: Alteração nos pequenos vasos da mucosa oral; → Alteração no metabolismo do colágeno: Dano aos fibroblastos; → Predisposição genética; → Resposta inflamatória do hospedeiro: Retardo na cicatrização; → Qualidade da flora subgengival; → A doença periodontal pode induzir ou manter um estado inflamatório crônico, que vai aumentar os mediadores pró-inflamatórios, induzindo ou agravando a resistência à insulina; → As alterações vasculares no periodonto do indivíduo diabético tornam os tecidos periodontais mais vulneráveis a infecções, devido a permeabilidade dos tecidos; → Tem a redução na produção de colágeno, que é o componente fundamental dos tecidos de sustentação do dente; → Pode ter a diminuição na produção de saliva, o que leva ao crescimento bacteriano no biofilme. ▪ Está relacionada a alimentação, se o paciente se alimenta bem, para que ele tenha imunidade, e assim obtenha uma resposta satisfatória com o tratamento; ▪ Os fatores nutricionais importantes para a resistência à infecção e à cicatrização de feridas também se aplicam à prevenção da doença periodontal e à diminuição de sua severidade; → Vitamina C (antioxidante); → Vitamina K (coagulante); → Cálcio; → Ferro. ▪ Na literatura são citados alguns micronutrientes específicos relacionados à doença periodontal, como vitamina B e complexos, vitamina C e cálcio. ▪ Hiperplasia Gengival Medicamentosa: → É o efeito colateral de alguns medicamentos, onde a gengival apresenta um aumento de volume; → 3 principais grupos: Nifedipina (anti-hipertensivo), fenitoína (anticonvulsivante) e ciclosporina (imunossupressor); → Essa condição age como um fator retentivo de biofilme, pois o paciente não consegue higienizar adequadamente, e isso resultará em um processo inflamatório, complicando a hiperplasia causada pela droga; → O crescimento gengival quando tratado tende a apresentar recidiva, por não haver a possibilidade de interromper o uso do fármaco; → A gengivectomia é uma técnica comumente usada para corrigir a alteração, desde que não haja bolsas periodontais verdadeiras, e o controle do biofilme seja satisfatório. ▪ Receptores de estrógeno e progesterona estão presentes no tecido gengival, uma vez que esses hormônios estejam aumentados no organismo, irão se ligar e desequilibrar a homeostase do tecido periodontal; ▪ Esse aumento de hormônios se dá ao decorrer do ciclo de vida da mulher; ▪ A presença de hormônios no fluido gengival propicia a proliferação bacterianarelacionada à inflamação gengival; ▪ A doença periodontal é o fator de risco para a ocorrência de partos prematuros e nascimento de bebês de baixo peso, devido ao aumento das concentrações de citocinas pró- inflamatórias, que ocasionam contração uterina; ▪ A gestação aumenta a probabilidade de doença periodontal, infecção urinária e diabetes gestacional, e todas essas condições tem relação com citocinas pró-inflamatórias; F A T O R E S N U T R I C I O N A S I A G E N T E S F A R M A C O L Ó G I C O S O H R M Ô N I O S ▪ Esteroides sexuais aumentam a permeabilidade microvascular do tecido gengival e isso pode favorecer a penetração de bacteremia GRAM -; ▪ Estrogênio: → É um protetor nos efeitos de antirreabsorção do osso, e caso ele esteja diminuído, terá uma maior chance de osteoporose (comum na menopausa); → Mulheres com níveis normais de estrogênio apresentam mais biofilme do que as mulheres com deficiência, porém, elas não apresentam aumento na inflamação gengival; → Achados sugerem que ele pode ter um efeito inibidor sobre a inflamação gengival em pacientes com periodontite. ▪ Pode Estimular Mudanças no Periodonto De Duas Formas: → Mudanças de comportamento: Negligência da higiene oral, influenciando o acúmulo de biofilme; → Estresse psicossocial afetando o SNC, modulando a secreção de cortisol endógeno e citocinas pró-inflamatórias, que podem exacerbar a doença periodontal; → Essa interação induz a desregulação da produção de citocinas, afetando diferentes células- alvo, podendo resultar em infecções patogênicas e, concomitantemente, em destruição tecidual do periodonto. ▪ Possui mais susceptibilidade a doença periodontal, devido ao estado avançado de imunodepressão; ▪ A instalação da doença e A progressão tendem a ser mais rápida. ▪ Gengivite e Periodontite Ulcerativa Necrosante: → A presença dessas alterações bucais, principalmente das formas de doença periodontal, pode se tornar sinais que indicam o agravamento da condição imunológica do paciente HIV+. ▪ Afeta a qualidade de remoção do biofilme, a frequência da remoção e a coordenação motora; ▪ Vivências e hábitos diferentes (odontologia mutiladora); ▪ Doenças sistêmicas (hipertensão, diabetes, osteoporose) que podem ter correlação com a predisposição e agravo da doença periodontal. ▪ É a redução da massa óssea, e na doença periodontal ocorre a reabsorção desse osso; E S T R E S S E A I D S I D A D E O S T E O P O R O S E ▪ A densidade mineral óssea reduzida pode facilitar a reabsorção do osso alveolar pela DP; ▪ Fatores sistêmicos da remodelação óssea poderiam modificar a resposta tecidual local à infecção periodontal; ▪ Indivíduos com perda óssea sistêmica que tem periodontite podem reagir de modo diferente ao aumento da produção de citocinas pró-inflamatórias, e apresentar uma doença mais grave; ▪ A osteoporose sistêmica, o baixo teor de cálcio dietético (que provem da alimentação) e os baixos níveis de vitamina D podem influenciar a condição periodontal, e podem estar associados à perda do dente. ▪ Fatores de Risco Comuns Para Osteoporose e DP: → Tabagismo; → Déficit no estado nutricional; → Idade; → Deficiência imune. LOCAIS ▪ Aparelho ortodôntico; ▪ Prótese mal adaptada; ▪ Variações anatômicas (cíngulos mais profundos, pérolas de esmalte, dentes com anomalias); ▪ Apinhamento dentário; ▪ Restaurações com sobrecortono. ▪ Tem relação direta com alguns fármacos; ▪ Grupos principais: → Analgésicos; → Anticonvulsivantes; → Anti-histamínicos; → Anti-hipertensivos; → Diuréticos; → Antidepressivos. ▪ A alteração da película salivar faz dos tecidos moles os mais suscetíveis à descamação, facilita a colonização por parte da microbiota oportunista, favorece a inflamação da mucosa, presença de ulcerações dolorosas, infecções locais, sensibilidade, queilite angular, ardor na mucosa e língua, aumento na sensibilidade para os sabores fortes como o sal, ácidos, e etc.; ▪ Sobre os tecidos duros, a diminuição do fluxo salivar favorece no índice de cáries. F A T O R E S R E T E N T I O V S X E R O S T O M I A
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