Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro - art 1° ao 6°

Prévia do material em texto

Thaís Martins- Direito Unichristus 
Direito Civil I – parte geral 
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois 
de oficialmente publicada. 
→ Regra geral (45 dias) não vem expressa no texto da norma pois já é definida na LINDB 
→ Vacatio Legis 
➢ Período de adaptação da lei 
➢ Tempo entre a publicação pós processo legislativo e a data de início da vigência 
→ Exceções 
➢ Somente quando vier explicitamente expresso no texto da norma 
➢ A lei pode entrar em vigor em 1 ano ou na data da publicação, por exemplo 
→ Vigência em países estrangeiros 
➢ § 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se 
inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
➢ Salvo disposição contrária 
→ Modificação do texto da lei 
➢ Dentro do período de Vacatio legis: 
Ganha nova data de vigência – começa a contar da nova data de publicação 
➢ Lei já em vigor: 
Vira nova lei 
 
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
→ Regra geral 
➢ Princípio da Continuidade das Leis 
→ Exceções 
➢ Leis de vigência temporária 
→ Revogação 
➢ Ab-rogação 
Totalmente substituída pela nova lei 
➢ Derrogação 
Uma parte da lei permanece em vigor 
➢ Expressa 
Expressamente declarada 
➢ Tácita 
Incompatíveis 
→ Repristinação 
inconstitucional no Brasil 
 
➢ Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora 
perdido a vigência. 
 
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
→ Princípio da necessidade social das leis 
→ Leis publicadas e com vacatio legis para que todos tomem conhecimento e se adaptem a lei 
 
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito. 
→ Juiz não pode negar-se a julgar caso alegando não ter lei que regule a conduta 
→ Fontes formais utilizadas para integração da lacuna da lei: 
➢ Analogia: em casos não previstos em lei, aplica-se lei que regule caso semelhante 
➢ Costumes: 
 
 
➢ Princípios gerais 
→ Fontes não formais utilizadas para integração da lacuna da lei 
➢ Jurisprudência 
➢ Doutrina 
➢ Equidade 
Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem 
comum. 
→ Lei como fonte formal principal 
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido 
e a coisa julgada. 
Lei revogada que volta a viger 
secundum legem
• costume 
contemplado na lei
praeter legem
• costume usado na 
ausência de lei
contra legem 
• contraria a lei 
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se 
efetuou. 
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa 
exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida 
inalterável, a arbítrio de outrem. 
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. 
→ Regra geral: Princípio da irretroatividade 
A lei não se retroage, salvo em caso de benefício do réu 
➢ Exceções: 
 
 
 
 
 
→ Extratividade da norma 
➢ Retroatividade 
 
 
 
 
➢ Ultratividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ Princípio da segurança jurídica e estabilidade 
social: ato jurídico perfeito; direito adquirido; 
coisa julgada 
❖ Disposições transitórias e ultratividade da lei 
anterior 
❖ Quando a lei é aplicada para casos que 
ocorreram antes de sua vigência 
❖ Leis que beneficiam o réu 
❖ Ex: delitos que tiveram sua pena reduzida 
❖ Quando uma lei que já foi revogada ainda é 
aplicada para regular algum caso 
❖ Ex: quando um delito acontece em 2019, mas só 
é julgado em 2020, quando já se tem outra lei 
em vigor. Nesse caso, a lei aplicada será a 2019, 
pois o delito ocorreu naquele período