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• Relativamente comuns; • Várias faixas etárias; • Grande espectro de patologias; • Tratamentos diferentes. Faixa etária: • Pediátrica (até 15 anos); • Adulto jovem (16-40 anos); • Adultos e idosos (acima de 40 anos); Localização: • Linha média; • Triângulo anterior; • Triângulo posterior. • História de trauma ou manipulação recente – hematomas; • Sintomas infecciosos; • Avaliar se doença primária de cabeça e pescoço ou doença secundária originada em outros órgãos do corpo; • Avaliar se paciente já tratou doença prévia; Etiologia: • Inflamatórias; • Congênitas; • Traumáticas; • Neoplásicas; Inflamatórias: • Faixa etária pediátrica muito comum; • Bacterianas, virais, granulomatosas, sialoadenites; • Adenites reacionais a inflamações/infecções do trato aéreo digestivo; • Nódulos pequenos, consistência fibroelástica; • Podem ser dolorosos. Congênitas: • Linha média: cisto tireoglosso, cisto dermoide, laringocele; • Triângulo anterior: cistos braquiais, cisto tímico • Triângulo posterior: linfangiomas, hemangiomas. Traumáticas: • Hematomas. Neoplásicas: • Neoplasias de cabeça e pescoço; • Neoplasias (infraclaviculares); • Neoplasias linfoprolfierativas (linfomas). Neoplasias de cabeça e pescoço: • Lábio/cavidade oral; • Faringe (oro/naso/hipofaringe); • Laringe; • Seios maxilares; • Cavidade nasal/seios etmoidais; • Glândulas salivares; • Tireoide. Neoplasias infraclaviculares: • Pulmão, mama, estômago, esôfago, pâncreas; • Nódulo de Virchow. Investigação: • Anamnese + exame físico. Diagnóstico: • Exames laboratoriais (STORCH): • Videonasolaringoscopia; • EDA, fibrobroncoscopia; • Ultrassonografia da região cervical; • RX de tórax; • Tomografia computadorizada; • Ressonância nuclear magnética; • PET/CT. • Indicação de biópsia para estudo anatomopatológico; • Biopsiar sempre que possível o tumor primário (em tumores de cabeça e pescoço); • Aberta (incisional ou excisional); • Fechada (PAAF ou core biopsy); • Preferência por biópsia excisional (quando suspeita de linfoma). Estadiamento: • T – a extensão do tumor primário; • N – a ausência ou presença e a extensão de metástase em linfonodos regionais; • M – a ausência ou presença de metástase à distância. Tratamento: • Depende do diagnóstico; • Expectante; • Clínico; • Cirúrgico; • Combinado. • Glândula em forma de escudo (H ou borboleta); • Localizada na parte anterior do pescoço, em frente a laringe/traqueia. Embriologia e anatomia da tireoide: • Endoderme e crista neural; • Células foliculares e células C; • Forma-se na base da língua migrando para a base do pescoço (ducto tireoglosso); • 2 lobos unidos pelo istmo (lobo piramidal em 50% das pessoas). Fisiologia: • Produção de T3 e T4 e calcitonina; • Regulada pelo TSH; • Controla o metabolismo de diversos órgãos no organismo; • Acometida por diversas patologias, inclusive tumores malignos. NEOPLASIA MALIGNA DE TIREOIDE • Nos EUA, representa menos de 1% dentre todas as malignidades. Numa incidência de 40 pessoas por milhão por ano e mortalidade de 6 mortes por milhão por ano. • No brasil, dados do INCA (2020): o Casos novos – 13.780 (1.830 em homens e 11.950 em mulheres); o Número de mortes – 748 (239 em homens e 509 em mulheres). • Câncer mais comum da cabeça e do pescoço; • 3X mais em mulheres em relação aos homens; • Classificados em dois grupos: o Tumores bem diferenciados (90 a 95%): ▪ Carcinomas papilares; ▪ Carcinomas foliculares; ▪ Carcinomas de células de Hurthle; ▪ Carcinoma Medular; o Tumores indiferenciados (5 a 10%): ▪ Carcinoma anaplásico. • Linfomas, sarcomas e metástases são muito raros. CARCINOMA PAPILÍFERO • Mais comum (70-80% dos casos); • Excelente prognóstico (até 95% em 10 anos); • Associado à radiação ionizante, história familiar, dieta pobre em iodo; • Pico entre 30 a 50 anos; • Pode ser multicêntrico (20 a 80% dos casos); • Assintomático; • Presença de nódulo palpável ou não; • Rouquidão; • Sintomas compressivos (dispneia, desconforto, sufocamento); • Linfonodomegalia cervical; • Metástase + comum para linfonodos cervicais; • Hematogênicas são raras. CARCINOMA FOLICULAR • 10 a 20% dos casos; • Pico de incidência aos 50 a 60 anos; • Metástases hematogênicas com maior frequência; • Metástases raras para linfonodos cervicais. CARCINOMA DE CÉLULAS DE HURTHLE • 5% dos casos; • Pode ser considerado um subtipo do carcinoma folicular; • Pico de incidência aos 50 a 60 anos; • Prognóstico um pouco pior comparado ao papilífero e folicular. CARCINOMA MEDULAR • 5 a 10% dos casos; • Células C são as acometidas nesta neoplasia; • Marcador calcitonina; • Forma esporádica (80%, 5ª a 6ª décadas), ou familiar (20%, 2ª a 3ª décadas); • Associado à Síndrome de Neoplasia endócrina múltipla tipo 2A e 2B. • Metástases linfonodais são comuns (50% no diagnóstico); • Metástases a distância também são frequentes; NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA NEM 1 • Hiperplasia ou adenoma de paratireoide (90%) • Tumor gastropancreático • Adenoma pituitária • Adenoma adrenal (cortical) NEM 2A • Carcinoma medular de tireoide ou hiperplasia de células C • Hiperplasia adrenal – feocromocitoma (30%) • Hiperplasia ou adenoma de paratireoide (20-30%) NEM 2B • Carcinoma medular de tireoide • Feocromocitoma • Neuromas mucosos CARCINOMA ANAPLÁSICO • 1 a 5% dos casos; • Extremamente agressivo e letal; • Pico de incidência na 7ª década de vida; • Indiferenciado; • Normalmente irressecáveis ao diagnóstico; • Prognóstico de 4 a 12 meses. RARAS • Linfomas de tireoide = menos de 2%, considerados linfomas não Hodgkin, mais em homens (4:1), associação com tireoidite de Hashimoto. • Metástases (melanoma e câncer renal). DETECÇÃO PRECOCE E DIAGNÓSTICO • Investigação clínica, exames laboratoriais, exames de imagem (pacientes com sintomas); • Rastreamento em pessoas sem sintomas (exames de rotina); • Anamnese + exame físico, T4 livre e TSH, US de tireoide; • Se nódulo suspeito, solicitar PAAF (punção aspirativa com agulha fina); • Nódulos de tireoide são muito comuns (1 em cada 20 são malignos). PAAF: • Modalidade inicial no diagnóstico após US; • Sens. 86% e Espec. 91%; • 20-25% não diagnóstica; • Excelente para diagnóstico de carcinoma papilar; • Diagnóstico de carcinoma folicular não pode ser estabelecido; o “Neoplasia folicular” – adenoma ou carcinoma? o Difícil decisão; o Maioria benigno; o 6-20% malignos. • Benigno – material aspirado; • Falso negativo de 1-6%; • Nódulo benigno – acompanhamento pela USG; • Indeterminado – nova PAAF ou acompanhamento; • N. císticos – aspirar e, se benigno, acompanhar; ESTADIAMENTO • T – a extensão do tumor primário; • N – a ausência ou presença e a extensão de metástase em linfonodos regionais; • M – a ausência ou presença de metástase à distância. FATORES DE RISCO EM CARCINOMA BEM DIFERENCIADO Baixo risco: • < 40 anos; • Feminino; • Sem extensão local, sem invasão capsular; • Sem metástase; • < 2 cm; • Bem diferenciado. Alto risco: • > 40 anos; • Masculino; • Com extensão local, com invasão capsular; • Com metástase local ou à distância; • > 4 cm; • Mal diferenciado. TRATAMENTO • Cirurgia é a principal modalidade de tratamento; • Tireoidectomia total ou subtotal; • Dissecção linfonodal nível VI; • Dissecção linfonodal em outros níveis; • Supressão do TSH; • Iodoterapia. • Quimioterapia e radioterapia podem ser usadas em tumores indiferenciados com baixas respostas e em casos metastáticos. COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS • Hemorragia; • Hipocalcemia; • Lesão do nervo laríngeo recorrente; • Traqueostomia.
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