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Seleção Natural e Seleção Sexual

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Seleção Natural
PARA QUE A SELEÇÃO NATURAL OCORRA, SÃO NECESSÁRIAS ALGUMAS CONDIÇÕES:
A seleção natural é mais fácil de ser abstratamente compreendida como um argumento logico, que leva das premissas a uma conclusão. O argumento, na sua forma mais geral, requer quatro condições: 
1. Reprodução. As entidades devem se reproduzir para formarem uma nova geração.
2. Hereditariedade. A progênie deve tender a lembrar os seus progenitores: grosseira- mente falando, “similar deve produzir similar”.
3. Variação entre caracteres individuais entre os membros da população. Se estivermos estudando a seleção natural sobre o tamanho corporal, então diferentes indivíduos na população devem ter diferentes tamanhos corporais.
4. Variação da aptidão do organismo de acordo com seu estado quanto a um cará- ter herdável. Na teoria evolutiva, a aptidão é um termo técnico, que significa o número médio de descendentes diretos deixado por um indivíduo em relação ao número de descendentes diretos deixado por um membro médio da população. Portanto, essa condição significa que um indivíduo da população com alguns caracteres deve ter uma maior probabilidade de reproduzir-se (ter uma maior aptidão) do que outros. (O significado evolutivo do termo aptidão difere do seu significado atlético.)
A SELEÇÃO NATURAL EXPLICA TANTO A EVOLUÇÃO COMO A ADAPTAÇÃO
- A seleção natural não é apenas capaz de produzir mudanças evolutivas, ela também pode fazer com que uma população se mantenha constante. - Se o ambiente é constante e não surge uma forma superior na população, a seleção natural manterá́ essa população como está. - A seleção natural pode explicar tanto as mudanças evolutivas como a ausência de mudanças.
- A seleção natural também explica a adaptação. A resistência a drogas do HIV é um exemplo de adaptação. A enzima transcriptase reversa discriminadora permite que o HIV se reproduza em um ambiente contendo inibidores nucleosídicos. A nova adaptação era necessária devido à mudança ambiental. No paciente com AIDS tratada com a droga, uma transcriptase reversa, mas não-discriminadora não é mais adaptativa. A ação da seleção natural para aumentar a frequência do gene codificador de uma transcriptase reversa discriminadora resultou na adaptação do HIV ao seu ambiente. Ao longo do tempo, a seleção natural gera adaptação. - A teoria da seleção natural passa, portanto, pelo teste fundamental estabelecido por Darwin para uma teoria da evolução satisfatória.
A SELEÇÃO NATURAL PODE SER DIRECIONAL, ESTABILIZADORA OU DISRUPTIVA
- A seleção natural pode agir de três maneiras sobre um caráter, como o tamanho corporal, que é distribuído continuamente. Assume que indivíduos menores possuem uma maior aptidão (isto é, produzem uma prole maior) do que indivíduos maiores. A seleção natural então é direcional: ela favorece indivíduos menores e irá, se o caráter for herdável, produzir um decréscimo no tamanho corporal médio. A seleção direcional poderia, obviamente, também produzir um aumento evolutivo do tamanho corporal médio caso indivíduos maiores possuíssem uma maior aptidão. - Uma segunda possibilidade (mais comum na natureza) é a da seleção natural ser estabilizadora. Os membros médios da população, com tamanhos corporais intermediários, possuem uma aptidão maior do que os tipos extremos. A seleção natural agora age contra mudanças no tamanho corporal e mantém a população constante ao longo do tempo. Estudos do peso no nascimento em seres humanos são bons exemplos de seleção estabilizadora.
- O terceiro tipo de seleção natural ocorre quando ambos os extremos são favorecidos em relação aos tipos intermediários. Essa seleção é chamada de disruptiva. T. B. Smith descreveu um exemplo desse tipo de seleção no tentilhão africano Pyrenestes ostrynus, popularmente chamado de quebrador de sementes de barriga preta. Esses pássaros são encontrados na maior parte da África central e se especializaram em comer sementes de ciperáceas. A maioria das populações contém formas grandes e pequenas, que são encontradas tanto em machos como em fêmeas; este não é um exemplo de dimorfismo sexual.
RESUMO GERAL
· Os organismos produzem descendência em número muito maior do que o que é capaz de sobreviver, resultando em uma “luta pela sobrevivência” ou competição pela sobrevivência.
· A seleção natural irá agir sobres quaisquer entidades capazes de se reproduzirem, que apresentarem herança de suas características de uma geração para outra, e que varia- rem em “aptidão” (isto é, o número relativo de descendentes diretos que elas produzirem) de acordo com as características que possuírem.
· O aumento da frequência de HIV resistente à droga em relação ao HIV suscetível à droga ilustra como a seleção natural causa tanto mudanças evolutivas como evolução de adaptação.
· A seleção pode ser direcional, estabilizadora ou disruptiva.
· Os membros de populações naturais variam quanto a suas características em todos os níveis. Eles diferem em morfologia, estrutura microscópica, cromossomos, sequências de aminoácidos de suas proteínas e sequências de DNA.
· Os membros de populações naturais variam em seu sucesso reprodutivo: alguns indivíduos não deixam descendentes, outros deixam um número de descendentes maior do que a média.
· Na teoria de Darwin, a direção da evolução, em particular da evolução adaptativa, está dissociada da direção da variação. A nova variação que é criada por recombinação e mutação é acidental e adaptativamente aleatória em direção.
· Duas razões sugerem que nem a recombinação nem a mutação podem, sozinhas, mudar uma população no sentido de uma maior adaptação: não há evidências de que as mutações possam ocorrer particularmente no sentido de atenderem a novas exigências adaptativas e é difícil imaginar-se teoricamente como qualquer mecanismo genético poderia direcionar as mutações desta maneira.
VOCABULÁRIO DE SELEÇÃO NATURAL
Seleção artificial: humanos mudando uma espécie através da criação de certas características
Hereditabilidade: mecanismo pelo qual os indivíduos que herdam adaptações benéficas produzem mais descendentes do que outros.
População: todos os indivíduos de uma espécie em uma área.
Aptidão: capacidade de sobreviver e produzir descendentes.
Variação: diferença nas características físicas de um indivíduo em comparação com outros em seu grupo
Adaptação: recurso que permite a um organismo sobreviver melhor. Especiação: é um processo que leva ao surgimento de uma nova espécie e pode ocorrer em consequência de uma barreira geográfica ou não.
Irradiação adaptativa: é um processo evolutivo que onde um grupo ancestral coloniza diferentes ambientes e pode originar outras espécies. Ao colonizar novos ambientes, cada grupo fica submetido à diferentes condições ambientais. Assim, possibilita o surgimento de uma grande variedade de formas de vida. A seleção natural permite a sobrevivência dos mais adaptados.
Convergência adaptativa: é um processo evolutivo em que indivíduos, sem grau de parentesco próximo, mas que vivem em condições ambientais parecidas, apresentam estruturas morfológicas, fisiológicas e até comportamentais semelhantes.
Aclimatação; é conjunto de técnicas e procedimentos que têm por objetivo adaptar as mudas às condições ambientais do viveiro ou do pomar, reduzindo o estresse, devi- do à transferência ou repicagem da muda.
Fatores bióticos abióticos; Fatores bióticos correspondem a todo evento causado pororganismos em um ecossistema que condicionam as populações que o
formam. Já os abióticos são todas as influências que os seres vivos possam receber em um ecossistema, derivadas de aspectos físicos, químicos ou físicoquímicosdo meio ambiente, tais como a luz, a temperatura, o vento, etc.
Seleção sexual
- Forma de seleção onde os indivíduos com certas características herdadas obtém parceiros mais facilmente; está envolvida na evolução dos chamados “caracteres sexuais secundários” que cumprem função importante na escolha dos parceiros reprodutivos um caractere sexual secundário pode auxiliar um indivíduo na escolha e retenção de parceiros, mas podem igualmente implicar custos grandes para a sua sobrevivência, por exemplo, em termos de investimento metabólico e nutricional adicional durante o desenvolvimento ou em termos de vulnerabilidade à predação.
- Também pode ser considerada como uma força seletiva fundamental na evolução, pois é capaz de efetuar uma série de fenômenos biológicos como:
· Grau de cuidado parental,
· Dimorfismo sexual,
· Tipo de sistema de acasalamento,
· Idade para a maturação sexual
· Variação da proporção sexual
· Dimorfismo sexual: diferença nas formas dos gêneros (exemplo: cor do pavão fêmea e do macho); forma de seleção natural em que o sucesso reprodutivo é consequência das diferenças no sucesso de acasalamento.
· Seleção intersexual: os membros do outro sexo escolhem o parceiro, como sons de cortejo, chifres, pelagem ou plumas.
· Seleção intrassexual: machos competindo entre si para ver qual o dominante. Exemplo: Elk ou veados do filme o bicho vai pegar.
· Bases moleculares no dimorfismo sexual: conjunto de cromossomos sexuais muda o sexo do animal.
- Escolha do parceiro baseada no pai: comportamento, no caso, a fêmea escolhe parceiro parecido com seu pai.
SISTEMAS DE ACASALAMENTO
- Poligamia — sistema de acasalamento em que um macho acasala com várias fêmeas
- Poliandria — sistema de acasalamento em que uma fêmea acasala com vários machos
- Poliginandria — sistema de acasalamento em que várias fêmeas acasalam com vários machos
- Monogamia — sistema de acasalamento em que um macho acasala com uma fêmea. – Endogamia — é definida como todo o sistema de acasalamento que promove o aumento de homozigose nas descendências, como por exemplo, o cruzamento entre parentes. A endogamia é observada tanto em plantas como animais.
- Heterose — o acasalamento entre animais de raças ou linhagens é chamado de cruzamento.
- A heterose — também chamada de vigor híbrido, é o fenômeno pelo qual os filhos provenientes de cruzamentos apresentam melhor desempenho (mais vigor ou maior produção) do que a média de seus pais.
- Acasalamento aleatório: não existe endogamia.
- Acasalamento não aleatório: seleção sexual ou artificial
- Acasalamento coespecífico: cruzamento entre indivíduos da mesma espécie.
- Acasalamento heteroespecífico: cruzamento entre indivíduos de espécies diferentes.
Seleção sexual (macho vs fêmea): A observação fundamental da teoria é a de que machos e fêmeas diferem quanto ao investimento no processo de produção de gametas, reprodução e na promoção do desenvolvimento da prole.
Produção de gametas: as fêmeas fazem investimento maior do que os machos na manutenção de suas células altamente dispendiosas e dotadas de mecanismos metabólicos complexos quanto às comparadas aos machos. Fêmeas nascem com estoque finito de gametas enquanto machos nascem com estoque quase eterno.
Reprodução: As fêmeas em geral gastam mais energia com a reprodução. As fêmeas, no geral, são mais envolvidas com os cuidados da prole, o que demanda mais gasto de energia. Fêmeas representa o sexo que faz o maior investimento e são o recurso limitador para o potencial reprodutivo de uma população. Já os machos investem menos na formação dos zigotos e tem um potencial reprodutivo maior. Investem em estratégias de maximização da sua contribuição genética para gerações posteriores "apostando em números".
Modelo dos bons genes: é um modelo de seleção sexual baseado em vantagens geneticistas descrito em 1930, onde fêmeas investem na qualidade de sua cria, selecionando bons genes por meio de indicadores de aptidão ou determinado traço fenotípico como sinal de bons genes ou de potencial investimento na prole.
Modelo de Fisher: caracterizado pela coevolução entre o comportamento de seleção das fêmeas e o traço particular do fenótipo dos machos usados como pista para a seleção das fêmeas. - Princípios propostos por Fisher:
1) As estruturas geradas por seleção sexual são indicadores de aptidão, ou seja, o canto melodioso, papo extremamente colorido e etc., são formas confiáveis do macho dizer à fêmea que ele é um pretendente saudável e apto: princípios indicadores da aptidão.
2) É um mecanismo de descontrole no início do processo de seleção sexual, uma espécie de irracionalidade capaz de fazer as fêmeas preferirem um determinado padrão. Chamado de princípio da seleção sexual descontrolada.
3) A seleção sexual em comparação com a seleção natural é antieconômica, pois para ser um sinal confiável, deve ser custoso.
· A ideia é que, havendo (fitness/aptidão) entre os machos de uma população e havendo igualmente uma variação entre fêmeas, no que diz respeito ao seu comportamento de escolha de parceiros, aquele grupo de fêmeas que escolhem como parceiros os mais aptos também experimentará um regime de seleção positiva.
· Então, ambos os traços (ornamentos masculinos e preferências femininas) sofrerão um aumento de sua frequência relativa na população.
O processo de escolha das fêmeas tem efeitos de um processo de seleção direcional sobre caracteres masculinos em que valores médios são valorizados.
· Porque as fêmeas escolheriam, a cada geração, os indivíduos com desenvolvimentos extremos de seus caracteres (cauda, chifres)
· Caracteres geram custos relativos à alocação de recursos durante o desenvolvimento, manutenção metabólica e nutricional extra, exposição maior a predação.
· Tais caracteres funcionam como sinais honestos da qualidade genética do indivíduo, pois apenas indivíduos aptos o suficiente poderia compensar os efeitos negativos sobre a viabilidade e sobrevivência impostos pela presença do caractere em questão.          
· Se existem "bons genes", e se as fêmeas preferem se acasalar com os machos que os possuem, tais genes tenderiam a se fixar rapidamente, e as fêmeas não conseguiriam fazer essa escolha.

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