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Relatório 1◦ Bimestre - AB-266 Saulo Barbosa saulobo@ita.br 13 de Julho de 2015 mailto:saulobo@ita.br Conteúdo 1 Atmosfera, Forças e Momentos 3 1.1 Sistemas de referência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1.2 Atmosfera padrão ISA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1.3 Forças aerodinâmicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2 EMB-326 Xavante 8 2.1 Características geométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2.2 Modelo propulsivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.3 Coeficientes aerodinâmicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 3 Estabilidade e Controle 10 3.1 Ponto de equilíbrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 3.2 Estabilidade Longitudinal do modelo não-linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 3.3 Estabilidade em Dutch Roll do modelo não-linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 3.4 Linearização do modelo não-linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 3.4.1 Movimento longitudinal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 3.4.2 Movimento latero-direcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 3.5 Projeto do controlador longitudinal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 3.5.1 Piloto automático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 3.5.2 Minimizando a função custo J . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 3.5.3 Manobras simuladas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 3.6 Controlador latero-direcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 3.6.1 Manobra simulada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 4 Navegação e Guiamento 20 4.1 Navegação no grande círculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 4.2 Guiamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 4.2.1 Trecho reto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 4.2.2 Trecho circular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 4.3 Waypoints de navegação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 5 Voo simulado 23 6 Conclusões 28 1 Introdução Este relatório apresenta os resultados obtidos no projeto de um piloto automático aplicado a um simulador em matlab da aeronave EMB326-Xavante. No capítulo 1, são descritos os sistemas de referências e suas correlações, o modelo atmosférico e o modelo não linear de forças e momentos, utilizados para o desenvolvimento do simulador. No capítulo 2, a aeronave EMB-326 Xavante é apresentada e caracterizada conforme os modelos físicos descritos no capítulo anterior. O capítulo 3 reúne todo o processo para análise de estabilidade do modelo não linear, sua posterior linea- rização, análise em malha aberta, técnicas de projeto de controlador em malha fechada longitudinal. Para o controlador latero-direcional, uma breve introdução do modelo fornecido em aula. 2 Capítulo 1 Atmosfera, Forças e Momentos Apresenta-se um pequeno resumo do modelo atmosférico, forças aerodinâmicas, propulsivas, inerciais e seus respectivos momentos que compõem o modelo não-linear utilizado para a simulação. 1.1 Sistemas de referência Considerando a aeronave como um corpo rígido de massa pontual, determinou-se o sistema da figura 1.1, onde o eixo x aponta para o bico da aeronave, o eixo z para baixo e o eixo y é ortonormal ao plano x-z de acordo com a regra da mão direita. Figura 1.1: Sistema corpo de uma aeronave. [Diston, 2009, p. 26]. O sistema tem seis graus de liberdade, sendo três graus de translação e três de rotação. Tem-se então com relação ao eixos: Eixo Forças Momentos Velocidade linear Velocidade angular x X L u p (roll) y Y M v q (pitching) z Z N w r (Yaw) É conveniente referenciar a aeronave em função de um ponto inicial local na superfície da terra. O sistema de coordenadas do corpo é então transformado para o sistema NED, como na figura 1.2. O sistema NED tem um eixo apontando para o Norte e outro para o Leste, formando um plano tangente a superfície da terra. O terceiro eixo respeita a regra da mão direita e aponta para o centro da terra. O Sistema NED representa uma planificação da superfície da terrestre e é muito utilizado para navegação. O modelo geométrico que serve de referência para o sistema NED é o ECEF WGS84, que aproxima a geometria da terra para um elipsóide, mostrado na figura 1.3. Diversas matrizes de transformação são utilizadas para localizar a aeronave entre os sistemas referenciais. a Figura 1.4 ilustra a multiplicidade de transformações para passar do sistema ECI1 para o NED, seguindo os passos: 1. Do sistema ECI (x0, y0, z0) se transforma para o ECEF (x1, y1, z1); 2. Realiza-se uma rotação intermediária para alinhar o meridiano local do NED usando o sistema (x2, y2, z2); 3. Faz-se a transformada para NED em (x3, y3, z3). 3 Figura 1.2: Sistema NED (North, East, Down). [Diston, 2009, p. 27]. Figura 1.3: ECEF representado pelo modelo WGS84. [Diston, 2009, p. 28]. Na aplicação da disciplina, somente as transformações entre Corpo-NED-ECEF serão utilizadas e suas matrizes de rotações. Para transformar do sistema ECEF para NED: Lne = − sin(µ) cos(λ) − sin(µ) sin(λ) cos(µ)− sin(λ) cos(λ) 0 − cos(µ)cos(λ) −cos(µ)sin(λ) −sin(µ) (1.1) Para transformar de NED para ECEF: Len = (Lne )−1 (1.2) Sendo µ a Latitude e λ a Longitude. Para transformar de NED para corpo: Lbn = − cos(θ) cos(ψ) cos(θ) sin(ψ) sin(θ)sin(φ) sin(θ) cos(ψ)− cos(φ) sin(ψ) sin(φ) sin(θ) sin(ψ) + cos(φ) cos(ψ) sin(φ) cos(θ) cos(φ) sin(θ) cos(ψ) + sin(φ) sin(ψ) cos(φ) sin(θ) sin(ψ)− sin(θ) cos(ψ) cos(φ) cos(θ) (1.3) E o inverso é a transformação de corpo para NED: Lnb = (Lbn)−1 (1.4) Sendo o conjunto (φ, θ, ψ) os angulos de Euler, mostrados na figura 1.5, nomeados como: • ψ - Proa; • θ - Atitude; • φ ou ϕ - Rolagem. 4 Figura 1.4: Etapas de transformação de ECI para NED. [Diston, 2009, p. 35]. Figura 1.5: Angulos de Euler entre sistema corpo e NED. [Diston, 2009, p. 38]. As matrizes de rotação apresentadas permitem realizar a navegação e guiamento dentro da atmosfera da terra, mas as forças aerodinâmicas que atuam na aeronave são provenientes da interação do corpo com o fluido, por isso são referenciados ao vetor velocidade do vento V mostrado na figura Figura 1.6: Vetor velocidade do vento no sistema corpo. [Diston, 2009, p. 35]. Assim, dois ângulos muito importantes para a performance da aeronave aparecem, são eles: • α - Ângulo de ataque; • β - Ângulo de derrapagem. Para acoplar a performance aerodinâmica a navegação, a matriz de rotação abaixo é utilizada: Lwb = cos(α) cos(β) sin(β) sin(α) cos(β)− cos(α) sin(β) cos(β) − sin(α) sin(β) − sin(α) 0 cos(α) (1.5) 1Inercial no centro da terra 5 1.2 Atmosfera padrão ISA Desenvolvida pela ICAO2, determina as condições atmosféricas em três faixas de altitude: 1. 0 ≤ h ≤ 11000[m] - Troposfera; 2. 11000 < h ≤ 25000[m] - Baixa Estratosfera; 3. 25000 < h ≤ 47000[m] - Alta Estratosfera. Considerando a gravidade constante g = 9.8[ms2 ] e constante do ar R = 287[ m2 s2K ], os seguintes modelos para cada faixa de altitude foram modelados: Troposfera Baixa Estratosfera Alta Estratosfera Observações λ[Km ] −6.5× 10 −3 0(cte) 3× 10−3 Gradiente térmico Th[K] T0 + λh ≡ T11000 = 216.5 T11000 + λ(h− 25000) T0 = 288 Ph[Pa] P0 ( Th T0 )−g Rλ P11000e −g(h−11000)RT P25000 ( Th T25000 )−g Rλ P0 = 101325 ρh[ kgm3 ] ρ0 ( Th T0 )−g Rλ−1 ρ11000e −g(h−11000) RT ρ25000 ( Th T25000 )−g Rλ−1 ρ0 = 1.225 A área de interesse para o presente estudo está na faixa da troposfera e somente ela será considerada. 1.3 Forças aerodinâmicas A figura 1.7 mostra as forças e momentos atuantes no plano longitudinal da aeronave. Figura 1.7: Forças aerodinâmicas do sistema de equilibrio (ie, ke) com relação ao sistema corpo (i, k). [Tewari, 2011, p. 205]. Cada força aerodinâmica da figura 1.1 possui um conjunto de coeficientes adimensionais que contabilizam a contribuição da geometria, condição de voo e controles da aeronave para cada resultante. Para a sustentação e admitindo o modelo disponível da aeronave em estudo, tem-se: CL = CL0 + CLαα+ CLα̇ α̇c 2VT0 (1.6) Para a força de arrasto, tem-se: CD = CD0 +KCL2 (1.7) Para força lateral: CYw = CYββ + CYδr δr + CYp pb 2VT0 + CYr rb 2VT0 (1.8) Para o momento de rolamento 3(em torno do eixo x do sistema corpo): 2Sigla em inglês para International Civil Aviation Organization. 3Roll moment. 6 Cl = Clββ + Clp pb 2VT0 + Clr rb 2VT0 + Clδa δa (1.9) Para o momento longitudinal4 (em torno do eixo y do sistema corpo): Cm = Cm0 + Cmαα+ Cmδe δe + Cmq qc 2VT0 (1.10) Para o momento de guinada5 (em torno do eixo z do sistema corpo): Cn = Cnββ + Cnp pb 2VT0 + Cnr rb 2VT0 + Cnδa δa + Cnδr δr (1.11) O modelo das forças e momentos no sistema corpo é: F = Lbw q̄S −CDCyw −CL + Ft cos(αF )0 −Ft sin(αF ) +m −g sin(θ)g sin(φ) cos(θ) g cos(φ) cos(θ) (1.12) M = q̄S bClcCm bCn + 0FZF − IFωF r 0 (1.13) Sendo Ft,αF , FZF , IF e ωF referentes ao modelo propulsivo da aeronave, que será descrito no capitulo 2. Tanto S, c e b são dimensões da aeronave e VT0 é a velocidade verdadeira da aeronave (velocidade espacial compensada com o vento). 4Pitching moment. 5Yaw moment. 7 Capítulo 2 EMB-326 Xavante A Aeronave MB-326 foi desenvolvida pela companhia italiana Aermacchi em 1957 para suprir o mercado potencial de aeronaves treinadoras a jato, visto o grande número de caças supersônicos que entravam no mercado. Devido ao seu baixo custo de produção e operação, várias forças armadas licenciaram a fabricação da MB-326, dentre elas a FAB que buscava uma plataforma de treinamento para os Mirage III que pudesse ser convertida para uso operacional. O MB-326 Xavante, mostrado na figura 2.1 foi fabricado pela Embraer e em conjunto com o Bandeirantes inseriu a empresa no mercado mundial. Dentro da FAB, a nomenclatura adotada foi para o Xavante foi AT-26. Figura 2.1: AT-26 Xavante da FAB. 2.1 Características geométricas Para aplicar o modelo descrito no capítulo 1, são necessárias diversas características físicas da aeronave, são elas: • Massa total m = 3769[kg]; • Área de referência S = 20.05[m2]; • Corda média c = 1.9[m]; 8 • Alongamento AR = 7.22; • Envergadura b = 10.85[m]; • Angulo relativo da propulsão αF = 0; • Distância entre motor e C.G. no eixo z zF = 0. A figura abaixo ilustra a área de referência, corda média e envergadura: 1,9 m S=20,05 m² 10,85 m Figura 2.2: Três vistas do EMB-326. Também é necessária a matriz de inércias da aeronave: I = 10373 0 10000 13418 0 0 0 22645 [kgm2] (2.1) 2.2 Modelo propulsivo O modelo propulsivo utilizado foi: Ft = 15156δt ( 4 s+ 4 )( ρ ρ0 )0.8 (2.2) 2.3 Coeficientes aerodinâmicos A tabela abaixo apresenta os coeficientes aerodinâmicos parametrizados por [Oliveira, 2007, Vasconselos, 2002]: CL0 CLα CLα̇ CD0 K CYβ CYδr CYp CYr 0.2226 5.4432 -69.27 0.0205 0.0551 0.4497 0.0991 -0.0126 -0.4578 Tabela 2.1: Coeficientes aerodinâmicos de forças. Clβ Clp Clr Clδa Cm0 Cmα Cmδe Cmq Cnβ -0.0675 -0.6494 0.2648 -0.2099 0.0394 -0.4568 -0.5889 -10.22 0.0374 Cnp Cnr Cnδa Cnδr -0.576 -0.483 0.0245 -0.0705 Tabela 2.2: Coeficientes aerodinâmicos de momentos. 9 Capítulo 3 Estabilidade e Controle O modelo não-linear apresentado no capítulo 1 apresenta as entradas de controle U e as possíveis pertubações do vetor velocidade do ventoW que induzem variações de estados Ẋ que determinam uma nova condição espacial da aeronave Y , conforme ilustrado na figura abaixo: Ẋ=f(X,U,W) Y=g(X,U,W) U W Y Figura 3.1: Diagrama modelo não-linear. Para fins de computação, acoplou-se o vetor W ao U , formando uma entrada: U = [ δt δe δa δr Wx Wy Wz ] (3.1) O vetor de estados X: X = [ u v w p q r φ θ ψ XN XE XD µ λ ] (3.2) E o estado final após a pequena perturbação: Y = [ VT α β γ p q r φ θ ψ ax ay az h µ λ ] (3.3) 3.1 Ponto de equilíbrio Para realizar um voo em equilíbrio, deve-se determinar um estado Xe e uma entrada Ue que para tal W se obtenha Ẋ = 0. Existem ao menos duas condições de voo estabilizadas e suas respectivas condições dinâmicas: • Asas Niveladas - p, q, r, θ = 0; • Curva coordenada - ψ̇ = cte, θ̇, φ̇ = 0. Considerando a aeronave do estudo em voo nivelado com um vetor velocidade do vento nulo, tem-se uma atitude θe = αe + γe. Assim, dada as condições de estado (VT , γ, h), existe um conjunto de controle (δe, δt) e um angulo de ataque α que equilibram a aeronave. Para o presente estudo, considerou-se as condições iniciais de equilíbrio e obteve-se os respectivos controles e angulo de ataque: VTe γe he αe δte δee 200[ms ] 0 ◦ 9144[m] −0.2233◦ 0.6052 4.005◦ Tabela 3.1: Estado inicial de equilíbrio, voo reto e nivelado a 389 nós e 30000 pés. A condição de equilíbrio será a referência de manche fixo para analisar a resposta a perturbações nos controle. 10 3.2 Estabilidade Longitudinal do modelo não-linear Dois modos de vibrar são esperados quando se excita o sistema longitudinalmente, o período curto e a fugóide. Aplicando um aumento de 5◦ no δee por 2 segundos, obteve-se o comportamento mostrado no conjunto de figuras 3.6 Figura 3.2: Oscilação da velocidade verdadeira Figura 3.3: Oscilação da Altitude Figura 3.4: δe aplicado e período curto em α Figura 3.5: Ângulo de atitude θ Figura 3.6: Simulação de fugóide Pela resposta de α (figura 3.4) é possível notar o assentamento do período curto ≈ 4.45[s], período oscilatório de ≈ 1.65[s] e Overshoot alto, indicando um comportamento sub-amortecido (ζ baixo). Pela reposta de θ (figura 3.5) nota-se que o fugóide apresenta baixíssimos amortecimento e frequência natural, com tempo de assentamento ≈ 1210[s] e período de ≈ 88[s], justificável pela proposta da aeronave (Combate). 11 3.3 Estabilidade em Dutch Roll do modelo não-linear Há um acoplamento entre os movimentos de guinada e rolagem, produzindo três modos de vibrar quando algum distúrbio é aplicado, que são os modos de Rolagem, Espiral e Dutch Roll1. Aplicou-se um Doublet de 2◦ no leme (δr) para induzir o movimento de Dutch Roll, ilustrado no conjunto de figuras 3.13 Figura 3.7: Movimento Dutch Roll Figura 3.8: Oscilação da Altitude Figura 3.9: Oscilação de proa, atitude e ro- lagem. Figura 3.10: Resposta de proa e rolagem de- vido δr Figura 3.11: Desvio da trajetória. Figura 3.12: Oscilação da velocidade Figura 3.13: Simulação de Dutch Roll A figura 3.7 ilustra muito bem o acoplamento entre derrapagem e rolagem e pela convergência de φ e ψ da figura 3.9 que a aeronave é estável ao Dutch Roll induzido por δr. Interessante notar a diferença entre as contribuições do leme a oscilações da proa e da rolagem ilustradas na figura 3.10, mostrando também estabilidade na rolagem. A divergência da trajetória (≈ 5◦ na latitude) indica uma leve divergência no modo espiral. 1Que relaciona rolagem com derrapagem. 12 3.4 Linearização do modelo não-linear Com o estado de equilíbrio Xe encontrado, determinou-se um modelo dinâmico linear em torno de cada ponto de equilíbrio, aplicando-se pequenas perturbações em Ẋe. Na forma de sistema linear invariante no tempo, tem-se ∆Ẋ = A∆X +B∆U e analogamente no sinal de saída ∆Y = C∆X +D∆U : Ẋ1... Ẋ14 = A1,1 · · · A1,14... . . . ... A14,1 · · · A14,14 X1... X14 + B1,1 · · · B1,7... . . . ... B14,1 · · · B14,7 U1... U7 (3.4) Ẏ1... ˙Y16 = C1,1 · · · C1,14... . . . ... C16,1 · · · C16,14 X1... X14 + D1,1 · · · D1,7... . . . ... D16,1 · · · D16,7 U1... U7 (3.5) 3.4.1 Movimento longitudinal De acordo com [Cook, 2007, p. 86], o movimento longitudinal da aeronave depende das variáveis de estado u,w, q, θ, pela organização do vetor X (3.2), utilizou-se elementos da matriz A que relacionam tais entradas para analisar o comportamento longitudinal do modelo linear: A1,1 A1,3 A1,5 A1,8 A3,1 A3,3 A3,5 A3,8 A5,1 A5,3 A5,5 A5,8 A8,1 A8,3 A8,5 A8,8 = −0.0144 0.0145 1.3229 −9.8066 −0.1033 −1.3311 221.7337 0.0382 −2.3145× 10−4 −0.0594 −1.2195 0 0 0 1 0 (3.6) Obtendo-se os pólos abaixo: Figura 3.14: Lugares geométricos das raízes. Pólos ζ ωn Período Curto -1.2758 + 3.628i 0.3317 3.8459 Período Curto -1.2758 - 3.628i 0.3317 3.8459 Fugóide -0.0052 + 0.0619i 0.0836 0.0622 Fugóide -0.0052 + 0.0619i 0.0836 0.0622 Tabela 3.2: Pólos, amortecimentos e frequências Os resultados obtidos do modelo linear em malha aberta a manche fixo são muito coerentes se comparados com a resposta do modelo não-linear. A figura 3.15 ilustra a classificação de qualidade de voo da aeronave de acordo com o Thumb Print para período curto. Essa avaliação é estatística, correlacionando avaliações de cooper-harper com as características dinâmicas da aeronave. Figura 3.15: Thumb print para período curto [Cook, 2007, p. 248]. A aeronave se classifica como "Pobre", já que se trata de uma aeronave de combate, exigindo do piloto um esforço e habilidades superiores para pilotagem. 13 3.4.2 Movimento latero-direcional O movimento latero-direcional está acoplado e depende das variáveis v, r, q, φ [Cook, 2007, p. 174]. Assim, os índices de A que correspondem são: A2,2 A2,5 A2,6 A2,7 A5,2 A5,5 A5,6 A5,7 A6,2 A6,5 A6,6 A6,7 A7,2 A7,5 A7,6 A7,7 = −0.0144 0.0145 1.3229 −9.8066 −0.1033 −1.3311 221.7337 0.0382 −2.3145× 10−4 −0.0594 −1.2195 0 0 0 1 0 (3.7) Obtendo-se os pólos abaixo: Figura 3.16: Lugares geométricos das raízes. Pólos ζ ωn Rolagem -1.2195 1 1.2195 Dutch Roll -0.5871 + 1.5857i 0.3472 1.6909 Dutch Roll -0.5871 - 1.5857i 0.3472 1.6909 Espiral -1.8244×10−4 1 1.8244×10−4 Tabela 3.3: Pólos, amortecimentos e frequências Conforme esperado, o modelo linear representa corretamente o comportamento simulado no modelo não- linear a manche fixo, interessante notar que em modo espiral a aeronave apresenta uma estabilidade praticamente neutra, justificando o pequeno desvio de trajetória observado anteriormente. 3.5 Projeto do controlador longitudinal Fechando a malha do sistema com Y = −KY , tem-se Ẋ = (A − BKC)Y , sendo K uma matriz de ganhos do controlador. Existem diversas técnicas de se determinar a matriz de ganhos, dentre elas o Regulador Linear Quadrático(LQR2), que minimiza a relação entre resposta e esforço de atuação para alcançar determinado estado, produzindo assim uma regulação versátil. A função custo J (3.8) deve ser minimizada e está em função da matriz de ponderação P da equação de Lyapunov (3.9). J = 12X T (0)(PX)X(0) (3.8) O objetivo é utilizar a equação de Lyapunov para garantir que o sistema seja assintoticamente estável dado uma matriz de ganho K para um estado X com o menor custo J possível. ATc P + PAc + CTKTRKC +Q = 0 (3.9) Sendo Ac = (A−BKC), Q e R matrizes simétricas positivas, Q semi-definida e R definida3. Quando se realiza a realimentação de estados y = x, a equação de Lyapunov se transforma na equação algébrica de Riccati: ATP + PA+Q− PBR−1BTP = 0 (3.10) E o ganho K, chamado de ganho de Kalman passa a ser: K = R−1BTP (3.11) 3.5.1 Piloto automático Duas características são essenciais em um piloto automático: 1. SAS4 na malha interna; 2. Controladores dinâmicos de rastreio de estado para navegação e guiamento. 2do inglês Linear-Quadratic Regulator. 3Condições para validar o teorema de Lyapunov.[Aström and Murray, 2008, p. 111] 4do inglês Stability augmentation systems. 14 Assim, projetou-se uma malha fechada externa para rastreio das variáveis de navegação (VT , γ) colocada em série com a malha fechada interna dos atuadores, chegando ao sistema: ẋ = Ax+Bu+Gr y = Cx+ Fr z = Hr u = −KCr −KFr (3.12) Redefinindo Ẋ = (A−BKC)X + (G−BKF )r, o problema passa a ser a regulação em torno do estado de equilíbrio para determinada entrada r, passando o sistema 3.12 para regime permanente, tem-se: x̃ = x− xss ỹ = Cx̃ z̃ = Hx̃ ũ = u− uss (3.13) Assim, ˙̃x = Ax̃+Bũ. Aplicou-se a função custo J para regulação do erro, mas como x(0) = 0, X = xssxTss = A−1c Bcr0r T 0 B T c (A−1c )T e na equação de Lyapunov a matriz Q passa a ser HTH que é formada pelas funções transferência de G(V ) (3.14) e G(γ) (3.15), Ac = (A−BKC) e Bc = (G−BKF ). G(V ) = 0.4273s+ 3.967 s+ 5 (3.14) G(γ) = 0.588s 2 − 4.116s− 0.005861 s2 + 10s (3.15) 3.5.2 Minimizando a função custo J Para a condição de equilíbrio determinada na tabela 3.1, minimizou-se J com a função fmincon() do matlab. Foi utilizado um processador intel i-core 5 M 450, rodando o matlab 2014a no windows 7 64bits, o algoritmo utilizado foi o interior-point, obtendo-se os ganhos: K = [ 1.5863e− 6 −5.4284e− 6 −1.8306 −1.2044e− 6 −6.6976e− 6 1.6105e− 6 0.0907 −0.0154 −3.4803e− 6 −9.4654e− 6 −99.9558 9.9962 −0.588 ] (3.16) O ganho em negrito da matriz 3.16 causou preocupação quanto a robustez do sistema, utilizou-se outro algoritmo minimizador, o sqp, obtendo-se: K = [ 1e− 5 −1e− 5 −1.7234 −0.4447 −1e− 5 −1e− 5 1e− 5 −0.4251 −0.0159 −1e− 5 −0.3691 0.0380 0.8425 ] (3.17) Algoritmo sqp Algoritmo interior-point Figura 3.17: Comparativo de robustez minimizando J com interior-point e sqp. 15 A figura 3.17 mostra o ganho de robustez, principalmente na margem de ganho ( de 6.4dB para 16.1dB) comparando as duas matrizes K obtidas. Optou-se então em utilizar o algoritmo sqp. 3.5.3 Manobras simuladas Com o piloto projetado para controle longitudinal, realizou-se diversas manobras de navegação para aferir o desempenho do controlador. As curvas em vermelho das figuras 3.18 e 3.19 mostram as entradas de navegação da primeira simulação. Figura 3.18: Rastreio da velocidade verdadeira. Observa-se um bom comportamento do controle do profundor em azul na figura 3.19, produzindo um ganho de altitude muito suave, conforme a figura 3.20. γ real γ desejado δe Figura 3.19: Rastreio de γ. A aeronave retorna ao estado de equilíbrio (he, Ve, γe) após ≈ 1200[s]. 16 Figura 3.20: Altitude. Para verificar se ocorre saturação de controle, em uma segunda simulação manteve-se γ = 0 e diminui-se a velocidade verdadeira conforme a curva em vermelho da figura 3.21. Figura 3.21: Rastreio da velocidade verdadeira no segundo voo. Como era de se esperar, com a diminuição de V , a aeronave tende a aumentar o α buscando manter γ constante, conforme figura 3.23. Como o decaimento de velocidade foi muito abrupto, o piloto não consegue manter γ, conforme figura 3.22 A aeronave então perde altitude (figura 3.25), levando ≈ 2680[s] para retornar a condição de equilíbrio. Como o rastreio da velocidade foi muito preciso, verificou-se o controle de manete (figura 3.24), verificando sua saturação. 17 γ real γ desejado δe Figura 3.22: Rastreio de γ no segundo voo. Figura 3.23: Oscilação de α no segundo voo. Figura 3.24: Controle de manete no segundo voo. Figura 3.25: altitude no segundo voo. Assim, o piloto automático projetado é capaz de realizar o controle da aeronave simulada desde que as entradas de estado desejados apresentem variações suaves e graduais. 3.6 Controlador latero-direcional O controle latero-direcional foi fornecido em sala de aula, a matriz de ganhos é mostrada na equação 3.18 e foi calculada por inversão inversão dinâmica. Klat = [ −0.9967 −0.1138 −1.0924 17.4395 −0.9250 −2.5895 −0.3041 −1.8680 48.0558 −1.8224 ] (3.18) A figura abaixo ilustra o controle modelado no Matlab Simulink: 2 Y U Y [p r] 1 rg 0 ay cmd U Y [r a ]y + - x´ = Ax+Bu y = Cx+Du 57.3ss+2 Klat 1 ulat Controlador lateral Filtro Washout Figura 3.26: Controlador latero-direcional. 18 É realizado o rastreio da velocidade angular de guinada r, conforme o valor entrada rg. 3.6.1 Manobra simulada Foi realizada uma simulação de uma curva com rg = 2 ◦ s , o resultado está na figura abaixo: -14.72 -14.7 -14.68 -14.66 -14.64 -14.62 -52.44 -52.42 -52.4 -52.38 -52.36 -52.34 -52.32 7800 8000 8200 8400 8600 8800 9000 9200 latitudeLongitude A lt it u de Figura 3.27: Trajetória percorrida com rg = 2 ◦ s . A aeronave entra em uma curva circular conforme esperado. Também observa-se a perda de altitude, isso ocorre pois não há no piloto automático o rastreio da altitude. 19 Capítulo 4 Navegação e Guiamento Para realizar a navegação em coordenadas polares do sistema NED, é essencial determinar parâmetros de referência. Para a aeronave, utiliza-se o rumo (χ), definido como o angulo entre a projeção do vetor de descolacamento da aeronave no plano NE local e o eixo N. Importante frisar que o rumo não é a proa, caso a aeronave apresente em seu deslocamento um angulo de derrapagem β , a proa da aeronave não estará alinhada com o vetor velocidade. 4.1 Navegação no grande círculo A terra foi seccionada em dois eixos polares (Norte e Leste), formando uma esfera em que cada variação de 160 ◦ para qualquer um dos eixos equivale a 1 milha náutica (ou 1857 metros), possibilitando assim calcular distâncias entre duas localizações (A e B) através da diferença angular (θAB) entre elas, como ilustra a figura 4.1: θAB Figura 4.1: Angulo θAB .[Diston, 2009, p 67] modificada. θAB pode ser determinado pela equação: θAB = 2asin ( 2 √ sin2 ( ∆Lat 2 ) + cos(LatA) cos(LatB) sin2 ( ∆Lon 2 )) (4.1) Por exemplo, se θAB = 23◦, a distância a ser percorrida é de 1380 milhas náuticas ou 2562.66 Km. Se sin(LonA −LonB) < 0, o rumo χAB , ou seja, o rumo entre A e B partindo de A, pode ser calculado por: χAB = acos ( sin(LatB)− sin(LatA) cos(θAB) sin(θAB) cos(LatA) ) (4.2) Caso sin(LonA − LonB) ≤ 0, então: 20 χAB = 2π − acos ( sin(LatB)− sin(LatA) cos(θAB) sin(θAB) cos(LatA) ) (4.3) Com o valor de distância angular, pode-se determinar o rumo desejado e assim realizar a navegação na circunferência terrestre. 4.2 Guiamento Realizou-se o guiamento latero-direcional no plano NE, determinando o erro lateral conforme a figura 4.2: χAB A B χχχ N N v eL P χAP χχχ N N v eL P N χCχCχC χOPχOPχOP C O Figura 4.2: Representação do erro lateral eL no guiamento no trecho reto (esquerda) e curva (direita). 4.2.1 Trecho reto ėL = V sin(χ− χAB) (4.4) θL = asin(sin(θAP ) sin(χAP − χAB)) (4.5) Assim, realizou-se o rastreio de χ em relação ao caminho a ser seguido, conforme o modelo de espaços de estados: ėLχ̇ ẋ1 = 0 Ve 00 0 1 0 0 −1τx eLχ x1 + 00 −1 τx ˙χcmd (4.6) Sendo ˙χcmd definido por um regulador proporcional derivativo : ˙χcmd = −K1eL −K2χ−K3χ̇ (4.7) Aproximando o modelo 4.6 para um sistema de primeira ordem, determinou-se o ganho ótimo para ˙χcmd de K1 = 1.1635× 10−4, K2 = 0.2795 e K3 = 0.63617. 4.2.2 Trecho circular Utilizou-se o conceito de path following, onde não há dependência temporal (como no trajectory tracking) e a aeronave deve seguir um caminho já determinado. Deseja-se regular eL de forma que a aeronave se aproxime da projeção ortogonal C a distância da aeronave em P até o circulo desejado. Vc = V cos(χ− χc) + χ̇ceL (4.8) ėL = V sin(χ− χc) (4.9) Sendo χ̇c = κVc . Derivando a conjunto de equações acima, chega-se ao controle: ëL = V cos(χ− χc) ˙χcmd − κ(1− κeL)V 2c (4.10) 21 A dinâmica desejada é: ¨eLdes + 2ςωn ˙eLdes + ω2neLdes = 0 (4.11) Substituindo 4.11 em 4.10, tem-se a lei de controle para o acompanhamento de um caminho com curvatura κ: ˙χcmd = ±κV 2 cos2(χ−χc) 1−κeL − 2ςωnV sin(χ− χc)− ω 2 neL V cos(χ− χc) (4.12) Sendo, para um caminho circular, κ = 1/Rt, χc = χOP ± π/2 e eL = ±(Rt − dOP ). O sinal determina o sentido do círculo, + para horário e - para anti-horário. 4.3 Waypoints de navegação Para realizar o planejamento da rota a ser navegada, utilizou-se o caminho de Dubins, pois ele possibilita minimizar a distância percorrida entre dois pontos com orientações fixa (χ) respeitando a restrição do raio de curvatura Rt que uma aeronave de asa fixa tem. O método realiza o cálculo das quatros possibilidades ilustradas na figura 4.3 para cada par de waypoints, aplicando os conceitos da seção 4.1 e assim determinando a trajetória com a menor distância percorrida. LSL B χA A χB RSR B χA A χB RSL B χA A χB RSR B χA A χB Figura 4.3: Caminhos possíveis entre dois pontos com rumos definidos. 22 Capítulo 5 Voo simulado Os waypoints escolhidos para o voo completo estão listados abaixo na matriz 5.1 e a rota final é mostrada na figura 5.1. WPT = λ µ χ −14.616143 −52.353745 NaN −14.67998 −52.350764 180 −16.464979 −54.579191 140 −23.568845 −46.631098 70 −23.225651 −45.864458 35 −5.783382 −35.202026 10 32.7607074 −16.9594723 40 46.217851 6.134033 355 52.01405 4.364777 330 53.42608 −6.239119 230 32.7607074 −16.9594723 196 −5.783382 −35.202026 180 −22.972302 −43.402119 220 −23.225651 −45.864458 0 ∗ π/180 (5.1) -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 -20 -10 0 10 20 30 40 50 Latitude L o n g it u d e Figura 5.1: waypoints (vermelho) e trajetória percorrida (preto). A missão começou próximo a Nova Xavantina - MT1, passando pelo antigo campinho de futebol na infância, conforme recomendação do professor (figura 5.2), a figura 5.3 mostra em detalhe a trajetória percorrida no primeiro waypoint. 1Cidade onde nasci, que homenageia a tribo Xavante. 23 Figura 5.2: Local do antigo campinho de futebol, Nova Xavantina - MT O segundo waypoint passa por Rondonópolis - MT (figura 5.4), onde me graduei em engenharia mecânica, na primeira turma do estado. -52.7 -52.65 -52.6 -52.55 -52.5 -52.45 -52.4 -52.35 -52.3 -52.25 -52.2 -14.95 -14.9 -14.85 -14.8 -14.75 -14.7 -14.65 -14.6 -14.55 Latitude L on gi tu d e Figura 5.3: Trajetória percorrida em Nova Xavantina - MT -54.65 -54.6 -54.55 -54.5 -54.45 -54.4 -54.35 -16.55 -16.5 -16.45 -16.4 -16.35 -16.3 Latitude L on gi tu d e Figura 5.4: Trajetória percorrida em Rondo- nópolis - MT O terceiro waypoint é São Paulo (familiares), seguido de São José dos Campos (figura 5.5) (que visito desde 2009, participando da SAE Brasil AeroDesign pela UFMT). O quarto waypoint é em Natal - RN (figura 5.6), primeiro artigo em congresso . Interessante que em Natal, tanto na ida quanto na volta, a aeronave executa uma manobra de roll reversal por conta do rumo χ do waypoint. -46.7 -46.6 -46.5 -46.4 -46.3 -46.2 -46.1 -46 -45.9 -45.8 -23.7 -23.6 -23.5 -23.4 -23.3 -23.2 -23.1 -23 Latitude L o n gi tu d e Figura 5.5: Trajetória percorrida entre São Paulo, São josé dos Campos e Rio de Janeiro -35.35 -35.3 -35.25 -35.2 -35.15 -35.1 -5.9 -5.85 -5.8 -5.75 -5.7 Latitude L on gi tu d e Figura 5.6: Trajetória percorrida em Natal - RN 24 O resumo dos waypoints no Brasil são mostrado na figura 5.7, a linha em laranja indica o sentido do trajeto percorrido. 75 ° W 60 ° W 45 ° W 30° W 30 ° S 15 ° S 0 ° Nova Xavantina - MT Rondonópolis - MT São Paulo - SP São José dos Campos - SP Rio de Janeiro - RJ Natal - RN Figura 5.7: Trajetória percorrida No Brasil O quinto waypoint é a Ilha da Madeira (figura 5.8), serve para diminuir o erro lateral no rastreio até Genebra (figura 5.9). O guiamento não estava sendo capaz de minimizar eL ≤ 100[m] de forma o waypoint de entrada da curva para a esquera visando passar por Genebra fosse alcançado. Aumentou-se o valor de tolerância eLref conforme a expressão abaixo: eLref = √ (LonA − LonB)2 + (LatA − LatB)2 × 3000 [m] (5.2) Com valor mínimo para eLref de 200 metros. Assim, quando a aeronave percorre grandes distâncias, maior a tolerância para o erro lateral. Isso permitiu executar rotas muito longas.-17.15 -17.1 -17.05 -17 -16.95 -16.9 -16.85 -16.8 32.65 32.7 32.75 32.8 32.85 32.9 Latitude L on gi tu d e Figura 5.8: Trajetória percorrida na Ilha da Madeira 5.95 6 6.05 6.1 6.15 6.2 46.15 46.2 46.25 46.3 Latitude L on gi tu d e Figura 5.9: Trajetória percorrida em Gene- bra 25 De Genebra, o próximo waypoint foi Delft na Holanda (figura 5.10) e depois em Dublin ( figura 5.11). 4.15 4.2 4.25 4.3 4.35 4.4 51.9 51.95 52 52.05 52.1 Latitude L o n gi tu d e Figura 5.10: Trajetória percorrida em Delft -6.3 -6.25 -6.2 -6.15 -6.1 -6.05 53.28 53.3 53.32 53.34 53.36 53.38 53.4 53.42 53.44 53.46 53.48 Latitude L on gi tu d e Figura 5.11: O Caminho de Dublin A figura 5.12 mostra o caminho percorrido pela aeronave no hemisfério norte. 15 ° W 0° 15 ° E 30 ° E 45 ° E 30 ° N 45 ° N 60 ° N 75 ° N Ilha da Madeira Genebra Delft Dublin Figura 5.12: Trajetória percorrida no Hemisfério Norte. A aeronave então retorna para Natal e passa pelo Rio de Janeiro antes de terminar a missão em São José dos Campos novamente. A figura 5.13 mostra todo o caminho no globo. 26 Figura 5.13: Trajetória percorrida. O tempo total de voo simulado foi de aproximadamente 31 horas, consumido 1.3Gb de dados processados em 3:35h. 27 Capítulo 6 Conclusões O uso de simuladores computacionais é uma ótima metodologia para projeto e desenvolvimento de novos controladores, possibilitando um ambiente seguro e viável para desenvolver VANT’s. A cerca do estudo realizado, algumas ponderações foram levantadas: • Prosseguir o desenvolvimento do guiamento, adicionando o rastreio de h; • Portar o código computacional para python, possibilitando executar o modelo em mini computadores embarcados. 28 Bibliografia Karl Johan Aström and Richard M. Murray. Feedback Systems: An Introduction for Scientists and Engineers. Princeton University Press, 4 2008. ISBN 9780691135762. URL http://amazon.com/o/ASIN/0691135762/. Michael V. Cook. Flight Dynamics Principles, Second Edition: A Linear Systems Approach to Aircraft Sta- bility and Control (Elsevier Aerospace Engineering). Butterworth-Heinemann, 2 edition, 9 2007. ISBN 9780750669276. URL http://amazon.com/o/ASIN/0750669276/. Dominic J. Diston. Computational Modelling and Simulation of Aircraft and the Environment, Volume 1: Platform Kinematics and Synthetic Environment (Aerospace Series). Wiley, 1 edition, 5 2009. ISBN 9780470018408. URL http://amazon.com/o/ASIN/0470018402/. M. F. Oliveira. Estimação paramétrica de derivadas de estabilidade e controle da aeronave at-26 xavante usando modelo global não-linear. Master’s thesis, ITA, 2007. Ashish Tewari. Advanced Control of Aircraft, Spacecraft and Rockets. Wiley, 1 edition, 7 2011. ISBN 9780470745632. URL http://amazon.com/o/ASIN/0470745630/. L. J. H. Vasconselos. Identificação paramétrica de derivadas de estabilidade e controle longitudinais da aeronave xavante at-26. Master’s thesis, ITA, 2002. 29 http://amazon.com/o/ASIN/0691135762/ http://amazon.com/o/ASIN/0750669276/ http://amazon.com/o/ASIN/0470018402/ http://amazon.com/o/ASIN/0470745630/ Atmosfera, Forças e Momentos Sistemas de referência Atmosfera padrão ISA Forças aerodinâmicas EMB-326 Xavante Características geométricas Modelo propulsivo Coeficientes aerodinâmicos Estabilidade e Controle Ponto de equilíbrio Estabilidade Longitudinal do modelo não-linear Estabilidade em Dutch Roll do modelo não-linear Linearização do modelo não-linear Movimento longitudinal Movimento latero-direcional Projeto do controlador longitudinal Piloto automático Minimizando a função custo J Manobras simuladas Controlador latero-direcional Manobra simulada Navegação e Guiamento Navegação no grande círculo Guiamento Trecho reto Trecho circular Waypoints de navegação Voo simulado Conclusões
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