Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE AGES DE MEDICINA DATA: 19/08/2021 MEDICINA: 3º período DISCENTE: Camila Ferreira Primo da Silva MORFOFUNCIONAl Meninges são membranas de tecido conjuntivo que protegem o encéfalo e a medula espinal. Elas podem ser subdivididas em: 1. DURA-MÁTER Composta de tecido conjuntivo denso, essa camada é a mais externa e está em contato com o osso. Ela é dividida em duas partes, a dura-máter craniana/encefálica composta por duas camadas e a dura-máter espinal, composta por uma. A craniana/encefálica possui a camada periosteal (adere ligeiramente ao crânio, onde constitui o periósteo) e a camada meníngea interna (mais fina, recobre o encéfalo). A dura-máter espinal é constituída por uma camada similar à camada meníngea. As camadas da dura-máter craniana ficam praticamente fundidas e cobrem a maior parte do encéfalo, mas em certas regiões, elas se separam formando os seios da dura-máter (que recolhem sangue venoso e o drenam nas veias jugulares internas do pescoço). A camada meníngea da dura-máter forma septos/projeções que separam estruturas maiores do encéfalo e ancora o encéfalo no interior da caixa craniana. ● Foice do cérebro: separa os hemisférios cerebrais direito e esquerdo; ● Tentório do cerebelo: separa os lobos occipital e temporal do cérebro do cerebelo; ● Foice do cerebelo: separa os hemisférios direito e esquerdo do cerebelo; ● Diafragma da sela: forma o teto da sela turca (pequena fosseta, localizada na face superior do esfenóide, onde está alojada a hipófise). ● Parte espinal da dura-máter: A dura-máter espinhal forma uma bainha dural resistente, tubular, que continua no canal vertebral e envolve a medula espinal. Entre a bainha dural e as vértebras há o espaço epidural, altamente vascularizado, contém tecido conjuntivo frouxo, fibroso e adiposo que formam um coxim protetor ao redor da medula espinal. 2. ARACNÓIDE-MÁTER Meninge média que se estende em forma de rede sobre o Sistema Nervoso Central. O espaço subaracnóideo, localizado entre a aracnóide-máter e a pia-máter mais profunda, contém líquido cerebroespinhal. O espaço subaracnóideo é mantido por filamentos em forma de rede que conectam a aracnóide-máter e a pia-máter. Líquido cerebrospinal (LCS) é um líquido claro, semelhante à linfa que forma um coxim protetor ao redor e dentro do SNC. O líquido também faz o cérebro flutuar. O LCS circula através dos vários ventrículos do encéfalo, do canal central da medula espinal e do espaço subaracnóideo em torno de todo SNC. O líquido cerebrospinal retorna ao sistema circulatório escoando das paredes das granulações aracnóideas para os capilares venosos. Nessas granulações, o líquido cefalorraquidiano proveniente do espaço subaracnóideo fica separado do sangue por camadas muito delgadas, o que permite sua absorção pelos seios da dura-máter. 3. PIA-MÁTER A fina pia-máter, que está ligada firmemente às circunvoluções do cérebro e aos contornos irregulares da medula espinal, é composta de tecido conjuntivo frouxo modificado. É altamente vascularizada e tem como função dar suporte aos vasos que nutrem as células subjacentes do encéfalo e da medula espinal. Especialmente sobre os tetos dos ventrículos; a pia-máter contribui para a formação dos plexos corióides juntamente com a aracnóide- máter. Extensões laterais da pia-máter ao longo da medula espinal formam os ligamentos denticulados que prendem a medula espinal à dura-máter. A medula termina afinando-se para formar um cone, o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal. A um nível abaixo da segunda vértebra lombar encontramos apenas as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais, que dispostas em torno do cone medular e filamento terminal, constituem, em conjunto, a chamada cauda equina. 4. VENTRÍCULOS Os ventrículos são cavidades do sistema nervoso central, formadas pela dilatação do tubo neural durante a embriogênese, responsáveis pela produção e circulação do líquido cerebrospinal (ou líquor). No sistema ventricular há quatro cavidades: dois ventrículos laterais, o III ventrículo e o IV ventrículo. O líquido cerebrospinal é produzido por células da superfície ventricular, as células ependimárias, e por plexos corióides, formações presentes no interior dos ventrículos, constituídas por células ependimárias enoveladas em torno de vasos sanguíneos, que produzem a maior quantidade de líquido cerebrospinal. O líquor circula no sistema ventricular e alcança o espaço subaracnóideo, entre as meninges pia-máter e aracnóide- máter, contribuindo para proteção e manutenção da homeostase no ambiente neural. 5. PLEXO CORÓIDE O plexo coroide é a área do cérebro localizada dentro dos ventrículos que produz o líquido cefalorraquidiano (LCR) para nutrir e proteger o cérebro. O LCS claro e aquoso é produzido continuamente pela filtração do plasma sangüíneo por massas de capilares especializados chamados plexos coróides e, em menor extensão, por secreções das células ependimárias. As células ependimárias ciliadas revestem os plexos corióides, como também revestem o canal central, e presumivelmente ajudam a movimentar o LCS. As junções muito próximas entre as células ependimárias também ajudam a formar uma barreira hematoencefálica que proíbe que certas substâncias potencialmente prejudiciais do sangue entrem no LCS. O aqueduto cerebral, também conhecido como aqueduto de Sylvius ou ducto mesencefálico, é um canal que permite a passagem do líquido cefalorraquidiano pelo mesencéfalo, conectando o terceiro ventrículo ao quarto ventrículo. MICROSCOPIA ● Dura-máter: tecido conjuntivo denso aderido ao periósteo dos ossos do crânio; na medula espinal, a dura-máter é separada do periósteo das vértebras e forma o espaço peridural (constituído de veias, tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo); o espaço subdural só existe em condições patológicas, quando a dura-máter entra em contato com a aracnoideia, formando o espaço subdural. A superfície interna da dura-máter do cérebro e superfície externa da dura-máter do canal vertebral é revestida por epitélio pavimentoso simples. ● Aracnóide-máter: formada por tecido conjuntivo não vascularizado com superfícies revestidas por epitélio pavimentoso simples. Possui uma parte em forma de membrana que fica em contato com a dura-máter e outra parte formada por traves que unem a aracnóide à pia-máter, formando o espaço subaracnóide, constituído por líquido cerebroespinhal. Na aracnóide existem vilosidades que se conectam com os seios da dura-máter, a fim de transferir líquido para o sangue. ● Pia-máter: vascularizada, aderida ao tecido nervoso, mas não tem contato direto com as células nervosas. Constituída de espaços perivasculares, por onde os vasos sanguíneos penetram no tecido nervoso. Os capilares são envolvidos por prolongamento dos astrócitos. Entre a pia-máter e o tecido nervoso há prolongamentos de astrócitos. a face externa da pia-máter é revestida por células achatadas de origem mesenquimatosa. ● Malformação: processo de desenvolvimento anômalo devido a um fator intrínseco (polidactilia/mais dedos que o normal); ● Deformação: defeito extrínseco decorrente da compressão do feto ou de fatores maternos (pé torto); ● Sequência: cascata de anomalias a partir de um defeito inicial (sequência do oligoidrâmnio); ● Síndrome: um defeito afeta diversos tecidos; conjunto de anomalias sem efeito em cascata (Síndrome de Down); ● Congênito: a criança nasce com determinada alteração, mas não necessariamente por algum fator genético, pode ser por alguma mudança sofrida depois da fecundação, por exemplo; ● Genético: quando a condição tem sabe genética,herdou-se da combinação de genes de mãe e pai; ● Microcefalia: perímetro cefálico menor que o esperado para idade, sexo e raça, por disturbio do crescimento cerebral; ● Hidrocefalia: acúmulo de líquor em excesso no sistema ventricular; quando ocorre antes do fechamento das suturas cranianas há aumento do perímetro cefálico; quando ocorre depois do fechamento há aumento da pressão intracraniana. O vírus da zika pode causar microcefalia por provocar desenvolvimento inadequado do SNC e também pode causar hidrocefalia por ocasionar dilatação dos ventrículos. ● Comunicante: (não obstrutiva) – ocorre quando há absorção inadequada do líquido cefalorraquidiano. ● Não comunicante: (obstrutiva) – ocorre quando o fluxo de líquido cefalorraquidiano é bloqueado dentro do sistema ventricular. ULTRASSONOGRAFIA DO PERÍODO GESTACIONAL ● USG obstétrico via transvaginal: pode ser pedido a qualquer momento da gestação, no entanto, é realizado assim que se descobre a gravidez (12 a 16 semanas); indicado para identificar e confirmar a gravidez, se a posição e local do feta estão corretas, número de fetos, identificar estruturas ● USG obstétrico via abdominal: 12 a 16 semanas, com os mesmos objetivos (caracterizar o feto e estruturas materno-fetais); ● USG morfológico de primeiro trimestre: 11 a 13 semanas de gestação (devido medidas e referências já estabelecidas para essa idade); busca rastrear cromossomopatias, dimensões do bebê (osso nasal e medida da translucência nucal); ● USG morfológico de segundo trimestre: busca avaliar o feto como um todo (crânio, coluna, membros, mãos, pés, morfologia fetal e identificação do sexo); ● USG doppler colorido obstétrico: busca avaliar a circulação/fluxo sanguíneo materno-fetal; pode ser feito a qualquer momento da gestação, mas é pedido no caso de suspeita de má circulação (como hipóxia, por exemplo); ● USG 3D-4D: tem como objetivo visualizar a estética do bebê (não é oferecido pelo sus); período ideal para sua realização é de 26 a 28 semanas; ● Ecocardiografia fetal: é um método ultrassonográfico não invasivo realizado no abdome da mulher grávida após a 18ª semana de gestação, para avaliação intra uterina morfológica e funcional do coração do feto.
Compartilhar