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Beta-lactâmicos não clássicos Monobactâmicos, Carbapenêmicos e Inibidores de Betalactamases

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Farmacologia Michele Barreiro 
Beta-lactâmicos 
não clássicos 
Características gerais 
São fármacos que possuem anel beta lactâmico às vezes fundidos com 
anel de 5 ou 6 membros; 
Diferem das Cefalosporinas tanto na estrutura química, como em 
propriedades biológicas; 
Alguns são obtidos por fermentação e outros por síntese parcial ou total. 
Mecanismo de ação 
A interferência na síntese da parede bacteriana se dá através da ligação 
do antibiótico a um grupo de proteínas na membrana plasmática, 
denominadas Proteínas Ligadoras de Penicilinas (PBP), que são enzimas 
essenciais para a síntese de peptideoglicanos para a parede bacteriana. 
 Antibiótico se liga à PBP → Interrompe a atividade enzimática → 
Bloqueia a síntese da parede bacteriana → Culminar na morte da 
bactéria. 
 
 
Gram positiva X Gram negativa: 
Bactérias Parede celular 
GRAM positivas Parede espessa de 
Peptideoglicanos 
GRAM negativas Peptideoglicanos; 
Lipoproteínas; 
Membrana externa; 
Lipossacarídeos. 
Como as GRAM positivas possuem sua parede formada apenas por uma 
camada de peptideoglicanos, o antibiótico consegue alcançar facilmente a 
PBP. 
Porém, nos GRAM negativos, que temos uma camada de lipossacarídeos 
sobrepondo a camada de peptídeoglicanos, os antibióticos precisam 
atravessar canais proteicos – as porinas -, para ultrapassar a camada 
lipossacarídea e alcançar as PBPs, tornando o processo um pouco mais 
complexo. 
 
Monobactâmicos 
Têm como representante o Aztreonam, e são pouco utilizados na 
prática, por só possuírem ação contra GRAM negativos aeróbios. Nas suas 
principais indicações, podem ser substituídos por Aminoglicosídeos 
pelas Cefalosporinas de 3ª Geração. 
 Alternativa à Ototoxicidade e Nefrotoxicidade dos 
Aminoglicosídeos. 
 
Farmacologia Michele Barreiro 
Hipersensibilidade: 
Pouca reatividade cruzada alérgica com os demais beta-lactâmicos. 
Muito útil no tratamento de infecções causadas por microorganismos 
GRAM-negativos, que normalmente seriam tratadas com um antibiótico 
beta-lactâmico não fosse a história de reação alérgica prévia. 
Efeitos colaterais 
Em geral é bem tolerado! 
 Reação local: dor, eritema, flebite; 
 Superinfecção por GRAM-positivos; 
 Convulsões e confusão mental. 
Aztreonam 
Fármaco disponível. 
 Alta resistência às beta-lactamases; 
 Atua apenas contra microorganismos GRAM negativos aeróbios; 
 Usado apenas como alternativa aos Aminoglicosídeos ou 
Cefalosporinas de 3ª Geração; 
 Uso restrito a hospitais. 
Quimicamente incompatível com metronidazol e vancomicina quando 
diluídos no mesmo frasco de infusão. 
 
 
 
 
 
 
 
Carbapenêmicos 
São fármacos que possuem um amplo espectro de cobertura, e são 
principalmente dois: o Meropenem e o Imipenem. 
Um detalhe importante, também, é que caso eles sejam prescritos para 
tratar a P. aeruginosa, deve ser associado a outro antibiótico, como a 
amicacina, objetivando destruir todas as cepas da bactéria. 
 Os Carbapenêmicos (Imipenem e Meropenem) possuem um 
amplo espectro de ação, mas não são fármacos de primeira 
escolha! CUIDADO, resistência bacteriana! 
Ertapenem 
Ativo contra GRAM – e GRAM +, aeróbicas e anaeróbicas; 
Espectro de ação mais estreito que Imepenem e Meropenem; 
Pouca ou nenhuma atividade contra P. aeruginosa e Acinetobacter; 
Efeitos colaterais: 
 Agitação; 
 Complicações venosas resultantes da infusão; 
 Diarreia. 
Farmacologia Michele Barreiro 
Imipenem + Cilastatina 
Antibiótico bactericida de amplo espectro não deve ser associado a outros 
antibióticos; 
Ativo contra grande variedade de bactérias GRAM + e GRAM -, aeróbios 
e anaeróbios; 
Mistura no mesmo frasco ou recipientes com Aminoglicosídeos pode 
inativar ambos; 
Uso em Septicemias e Endocardites; 
O que é a Cilastatina e quando usa? 
֍ O Imipenem sofre rápida hidrolise por uma desidropeptidase 
presente na borda em escova do Túbulo contorcido proximal 
(TCP); 
֍ A Cilastatina é um inibidor da desidropeptidase do TCP; 
֍ Quando administrados concomitantemente, cerca de 70% do 
Imipenem é recuperado na urina na sua forma ativa. 
Meropenem 
Possui maior resistência a desidropeptidase renal; 
Maior atividade contra P. aeruginosa e outras bactérias GRAM -; 
Menor atividade pró-convulsivante em relação Imipenem; 
Microorganismos de crescimento rápido são mortos de 2 a 8 horas; 
Não associar com probenecida: competição pela excreção tubular. 
 A probenecida é um remédio para prevenir as crises de gota, pois 
ajuda a eliminar o excesso de ácido úrico pela urina. 
 Além disso, a probenecida também é utilizada em associação com 
outros antibióticos, em especial da classe da penicilina, para 
aumentar o seu tempo no organismo. 
Interações medicamentosas 
Probenecida diminui secreção de Carbapênemicos; 
Uricosúricos diminuem secreção de Carbapenêmicos; 
Imipenem podem aumentar neurotoxicidade da Ciclosporina sem 
mecanismo esclarecido. 
Inibidores de 
Beta-
lactamases 
Um dos mecanismos de resistência das bactérias aos Beta-lactâmicos seria 
destruir o anel betalactâmico através da Betalactamase. 
Daí, surgiram os Inibidores da Beta-Lactamase, fármacos que 
são utilizados APENAS em associação com outros fármacos (mais 
precisamente com as Penicilinas!) com o objetivo de ampliar o seu 
espectro de ação, tornando-os mais eficazes no combate de certos 
patógenos. 
Farmacologia Michele Barreiro 
Como representantes da classe, temos o Clavulanato, que se associa com 
a Amoxicilina e com a Ticarcilina, o Sulbactam, que se associa a Ampicilina, 
e o Tazobactam, que se associa com a Piperacilina. 
Amoxicilina + Clavunalato 
Ampicilina + Sulbactam 
 São associações frequentes na prática clínica para aumentar a 
eficácia dessas penicilinas.

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