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GEOGRAFIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
PORTFÓLIO
GEOGRAFIA REGIONAL
TUTOR VICTOR HUGO JUNQUEIRA
POLO CAMPINAS – 2º SEMESTRE
História da União Europeia
O objetivo que levou à criação da União Europeia foi dar um fim às frequentes guerras sangrentas entre países europeus vizinhos, como o que aconteceu na Segunda Guerra Mundial. A partir de 1950, a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço começa a unir os países europeus política e economicamente, tendo em vista assegurar uma paz duradoura. 
Os seis países fundadores da União Europeia são: Alemanha, a Bélgica, a França, a Itália, o Luxemburgo e os Países Baixos. Os anos 50 são dominados pela guerra fria entre os países do Leste europeu e os países ocidentais. Na Hungria, as manifestações contra o regime comunista são severamente reprimidas pelos tanques soviéticos em 1956. Em 1957, o Tratado de Roma institui a Comunidade Econômica Europeia (CEE) – o chamado Mercado Comum.
A partir de 1960, a economia tem um bom período, favorecida pelo acordo entre os países da União Europeia de não cobrar direitos aduaneiros sobre as trocas comerciais realizadas entre si. Estes países decidem também gerir em conjunto a produção alimentar, de forma a assegurar alimentos suficientes para todos da União. Rapidamente, passam a existir excedentes de produtos agrícolas. 
	A Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido aderem à União Europeia em 1 de janeiro de 1973, elevando assim o número dos Estados-Membros para nove. Na sequência do breve, mas violento, conflito israelo-árabe em outubro de 1973, a Europa é atingida por uma crise de energia e problemas econômicos. A queda do regime de Salazar em Portugal, em 1974, e a morte do General Franco em Espanha, em 1975, colocam um fim às últimas ditaduras de direita na Europa. 
	No âmbito da política regional da União, as regiões mais pobres começam a se beneficiar da ajuda através de transferência de montantes elevados para fomentar a criação de emprego e de infraestruturas. O Parlamento Europeu aumenta a sua influência na União Europeia, e, em 1979, pela primeira vez, os cidadãos elegem diretamente os seus deputados. A luta contra a poluição intensifica-se. A UE adota uma legislação para proteger o ambiente e introduz o conceito do poluidor-pagador.
	Em 1981, a Grécia torna-se o décimo Estado-Membro da União Europeia, seguindo em 1986, da Espanha e de Portugal. Em 1987, é assinado o Ato Único Europeu, um Tratado que prevê um vasto programa de seis anos destinado a eliminar os entraves que se opõem ao livre fluxo de comércio na UE, criando assim o Mercado Único. Com a queda do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989, dá-se uma grande convulsão política: a fronteira entre a Alemanha de Leste e a Alemanha Ocidental é aberta pela primeira vez em 28 anos o que leva à reunificação das duas Alemanhas.
	Com o desmoronamento do comunismo na Europa Central e Oriental, é observado um estreitamento das relações entre os europeus. Em 1993, é concluído o Mercado Único com as quatro liberdades: livre circulação de mercadorias, de serviços, de pessoas e de capitais. A década de noventa também é marcada por dois Tratados: o Tratado da União Europeia (ou Tratado de Maastricht), em 1993, e o Tratado de Amsterdã, em 1999. A opinião pública mostra-se preocupada com a proteção do ambiente e com a forma que os europeus deverão cooperar em matéria de defesa e segurança. Em 1995, a União Europeia acolhe três novos Estados-Membros: a Áustria, a Finlândia e a Suécia. Uma pequena cidade de Luxemburgo dá seu nome aos acordos de Schengen, que, gradualmente, permitirão às pessoas viajar sem que os seus passaportes sejam controlados nas fronteiras. Torna-se mais fácil comunicar à medida que cada vez mais pessoas começam a utilizar o celular e a Internet. 
	A partir dos anos 2000, o euro se torna a nova moeda de muitos países europeus. Ao longo da década, o número dos países que adotam o euro aumenta. Os países da União começam a trabalhar cada vez mais em conjunto para lutar contra a criminalidade. As divisões políticas entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental são finalmente sanadas quando dez novos países aderem à União Europeia em 2004, sendo eles o Chipre, a Eslováquia, a Eslovênia, a Estônia, a Hungria, a Letônia, a Lituânia, Malta, a Polônia e a República Tcheca, e em 2007 foram aderidas a Bulgária e a Romênia. O Tratado de Lisboa, que reformou as políticas da UE, é ratificado por todos os países da UE antes de entrar em vigor em 2009, dotando a UE de instituições modernas e de métodos de trabalho mais eficientes.
	A crise económica mundial tem repercussões profundas na Europa. A União Europeia ajuda vários países a enfrentar as suas dificuldades econômicas e cria a União Bancária para garantir bancos mais seguros e mais fiáveis. Em 2013, a Croácia adere à União Europeia e torna-se o 28.º Estado-Membro. As alterações climáticas continuam a ser uma prioridade e os dirigentes chegam a um acordo para reduzir as emissões nocivas para o ambiente. Com as eleições europeias de 2014, o número de eurocéticos no Parlamento Europeu aumenta. Na sequência da anexação da Crimeia pela Rússia, é estabelecida uma nova política de segurança. Os conflitos e guerras que assolam vários países levam muita gente a abandonar as suas casas e a procurar refúgio na Europa. A UE vê-se perante o desafio de encontrar formas de cuidar dessas pessoas, garantir o seu bem-estar e respeitar os direitos humanos. Em 2020, após o Brexit, é decretada a saída do Reino Unido da União Europeia.
Formação Atual da EU
	Atualmente, a União Europeia é constituída por 27 países. 
	Os países que integram a UE atualmente são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, República Tcheca, Romênia, Suécia. 
O Reino Unido saiu da União Europeia em 31 de janeiro de 2020. 
	
Características Econômicas
	O euro é a moeda oficial de 19 dos 27 países da União Europeia. Esses países constituem a chamada área do euro ou, mais informalmente, zona euro.
	Para poderem aderir à zona euro, os países da UE devem cumprir os chamados critérios de convergência, estas condições econômicas e jurídicas vinculativas estão consagradas no Tratado de Maastricht de 1992, sendo também conhecidas como critérios de Maastricht. Assim cumprirem esses critérios, todos os países da UE, com exceção da Dinamarca, são obrigados a adotar o euro e a aderir à zona euro. O Tratado não define um calendário para a adesão à zona euro, mas deixa aos países a responsabilidade de criarem as suas próprias estratégias para atingir as condições de adoção do euro.
	A Comissão Europeia e o Banco Central Europeu decidem em conjunto se um país candidato à zona euro reúne as condições para poder adotar o euro. Depois de avaliarem os progressos realizados em relação aos critérios de convergência, estas instituições publicam as suas conclusões em relatórios que devem ser ratificados pelo Conselho ECOFIN, em consulta com o Parlamento e os Chefes de Estado e de Governo. Em caso de parecer favorável, o processo de adoção do euro pode começar.
Os países que integram a área do Euro
Alemanha
Áustria
Bélgica
Chipre
Eslováquia
Eslovênia
Espanha 
Estônia
Finlândia 
França
Grécia
Holanda
Irlanda
Itália 
Letônia 
Lituânia
Luxemburgo
Malta
Portugal
Os países que não usam euro e utilizam suas próprias moedas:
· Bulgária, que utiliza o lev búlgaro;
· Dinamarca, que utiliza a coroa dinamarquesa;
· Hungria, que utiliza o forint húngaro;
· Polônia, que utiliza o zloty polonês;
· República Tcheca, que utiliza a coroa tcheca;
· Romênia, que utiliza o leu romeno;
· Suécia, que utiliza a coroa sueca.
	Entre as fontes de receitas da União Europeia, incluem-se as contribuições dos Estados-Membros, os direitos de importação aplicáveis aos produtos provenientes do exterior da UE e as multas impostas às empresas que não cumprem aregulamentação europeia. Os países da União chegam a um acordo sobre o montante total do orçamento e a forma como o mesmo será financiado com vários anos de antecedência. 
	O orçamento da União Europeia apoia o crescimento e a criação de emprego. Com a política de coesão, financia investimentos que visam diminuir as disparidades econômicas entre os países e as regiões da UE. Além disso, contribui para o desenvolvimento das zonas rurais europeias e para a defesa do ambiente, proteção das fronteiras externas e a promoção dos direitos humanos.
	Os pontos de vista da Comissão, do Conselho e do Parlamento são tidos em conta para determinar o montante global do orçamento e a atribuição das diferentes verbas, mas a instituição responsável pela forma como o dinheiro é efetivamente gasto é a Comissão. Os países da UE e a Comissão partilham a responsabilidade por cerca de 80 % do orçamento. O orçamento é estabelecido conjuntamente pela Comissão, o Conselho e o Parlamento. 
	Atualmente, o crescimento e o emprego, assim como a redução das disparidades econômicas entre os países da União, constituem o grosso da despesa. Os domínios da agricultura, do desenvolvimento rural, das pescas e da proteção do ambiente representam igualmente uma percentagem significativa da despesa. Outro domínio de despesa importante é a luta contra o terrorismo, a criminalidade organizada e a imigração ilegal.
População da União Europeia
	A superfície territorial da União Europeia estende-se por mais de 4 milhões de km². A população combinada de todos os 27 Estados-membros foi estimada em 501 259 840 habitantes, em janeiro de 2010, correspondendo a 7,3% da população total mundial, com isto, a União Europeia tem a terceira maior população do mundo, após a China e a Índia. Em termos de superfície, a França é o maior país da UE e Malta o menor país.
	Embora a União Europeia abranja apenas 3% das terras do planeta, a organização tem uma densidade populacional de 113 habitantes por quilômetro quadrado, o que a torna uma das regiões mais densamente povoadas do mundo. Um terço dos seus cidadãos vivem em cidades com mais de um milhão de pessoas, sendo 80% residentes em áreas urbanas em geral. 
	A Alemanha, a França e a Itália são os países com maior população da União. A França e a Irlanda têm as mais altas taxas de natalidade.  Em muitos dos países da EU, espera-se uma diminuição da população nas próximas décadas, embora essa diminuição possa ser compensada com os novos países que tencionam aderir à União Europeia nos próximos 20 anos.
Comércio interno e externo
	A União Europeia é uma das economias mais voltadas para o exterior do mundo. É também o maior mercado único do mundo. O comércio livre entre os países da UE é um dos princípios fundadores da própria União, que está também empenhada em abrir o comércio a nível mundial.
	Entre o período de 1999 e 2010, o comércio externo da UE duplicou, representando atualmente mais de 30 % do seu produto interno bruto. A União Europeia é responsável pela política comercial dos Estados-Membros e negocia acordos em nome destes. Falando a uma só voz, a UE tem mais peso nas negociações comerciais internacionais do que cada país isoladamente.
	A União Europeia colabora ativamente com países ou agrupamentos regionais para negociar acordos comerciais que concedem um acesso mutuamente vantajoso aos mercados da UE e ao das regiões ou países em questão. Cada acordo é único e pode incluir reduções em pautas, regras em matérias como a propriedade intelectual ou o desenvolvimento sustentável, ou cláusulas relativas aos direitos humanos. Ao negociar acordos ou regras comerciais, a UE tem também em conta as observações de entidades públicas, empresas e ONG. A União Europeia apoia e defende a indústria e as empresas da UE, esforçando-se para eliminar os impedimentos relacionados ao comércio, de modo que os exportadores europeus beneficiem de condições justas e consigam atingir outros mercados. Ao mesmo tempo, a UE apoia as empresas estrangeiras dando informações práticas sobre como aceder ao mercado da UE. A União também colabora com a Organização Mundial do Comércio (OMC) para ajudar a definir as regras do comércio mundial e eliminar os obstáculos ao comércio entre os membros da OMC.
Movimentos Nacionalistas e migrações, o que muda na política de integração regional europeia?
	A Europa é um destino migratório por várias razões. As causas da migração resultam de uma mistura de fatores de pressão e de atração que vão desde a segurança, a demografia e os direitos humanos à pobreza, passando pelas alterações climáticas. Nos últimos anos, a Europa teve de responder ao desafio migratório mais grave desde a Segunda Guerra Mundial. Em 2015, foram registrados na UE mais de 1,25 milhões de requerentes de asilo. Já em 2019, este número diminuiu para 612 700 requerentes. Em 2019, mais de 120 000 pessoas chegaram à Europa por via marítima, em comparação com mais de um milhão em 2015
	Embora os fluxos migratórios tenham diminuído desde a crise migratória de 2015, a crise veio expor as deficiências do sistema europeu de asilo. Para combater esta situação, o Parlamento propôs reformas para as regras da União Europeia na questão do asilo em 2017 e tentou reforçar os controlos nas fronteiras da UE.
	A Comissão propôs um novo Pacto sobre a Migração e o Asilo que estabelece procedimentos mais rápidos em todo o sistema de asilo e migração da União, e fornece aos Estados-Membros novas opções sobre a forma como podem expressar a sua solidariedade. O novo pacto constitui uma revisão do regulamento de Dublin, que determina o país responsável pelo tratamento de cada pedido de asilo.
	A crescente hostilidade dos Movimentos Nacionalistas em relação aos migrantes erode a coesão social na Europa e inibe o reconhecimento das contribuições dos migrantes para países de destino e países de origem.
	A tóxica mistura de políticas nacionalistas e populistas, as mensagens negativas e tendenciosas de meios de comunicação e opinião pública frustrada, deu lugar a um círculo vicioso que é difícil de interromper e que exige uma forte contra narrativa. É importante que jornalistas, políticos e figuras públicas assumam seriamente a sua responsabilidade de contextualizar as migrações com precisão e responsabilidade, assim como a promoção de um debate mais equilibrado para garantir um melhor acesso do público à informação. Deve enfatizar-se que os migrantes são pessoas e membros das nossas comunidades. Eles nunca devem ser descritos em termos de números ou como “problemas” nos noticiários. Eles devem ter a oportunidade de falar por si mesmos, expressar suas próprias histórias e apresentar os seus próprios testemunhos, enquanto, se assim o desejarem, também se envolvem no desenvolvimento de políticas e na proposta de soluções. É esperado que essa abordagem consiga suavizar as narrativas nacionalistas que vilanizam e colocam as comunidades empobrecidas umas contra as outras.
Referências Bibliográficas
JUNQUEIRA, V. H.; BARBOSA, C.; PEREIRA, L. H. Geografia Regional I. Batatais: Claretiano, 2015
JUNQUEIRA, V. H.; BARBOSA, C.; PEREIRA, L. H. Geografia Regional II. Batatais: Claretiano, 2015
EUROPA, Europe Union, Artigo Virtual, 2021.

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