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CONCEITOS HISTÓRIA DA RADIO INTRODUÇÃO A RADIOLOGIA • Nunca deixar a parte humana de lado • Tratar o paciente da melhor forma independente de especialidade • Não tratar o paciente apenas como uma ficha médica → Saber indicar o método mais adequada numa urgência, juntamente com o método mais rápido e de fácil acesso → Saber interpretar os achados mais significativos → Saber pedir exames eletivos de acordo com a história clinica desse paciente → Saber ver se um exame de imagem foi BEM FEITO MÉTODO MAIS INDICADO? • Levar em consideração: hipótese diagnóstica (história clinica e exame físico), fatores radiológicos, custo e resolutividade, rapidez (leva em conta a urgência) • DISPONIBILIDADE → saber o tipo de exame que está disponível na sua área de atuação • CUSTO X RESOLUTIVIDADE → nem sempre o exame mais barato vai sanar o problema, isso gera mais custos ainda, então tem que levar em conta caso a caso • RAPIDEZ → vai depender da situação que se encontra perante ao médico, sempre se preza pela rapidez na urgência FIXAR • Integração clínico-radiológica • Soberania clinica e imaginologia como ferramenta interdisciplinar • Conhecimento complementar • Competência e habilidade para diferentes contextos • Raciocínio crítico e reflexivo • Saber olhar um exame normal e depois o patológico • Saber as patologias mais frequentes • Raio X foi descoberto em 1895 por um físico alemão • Em 1876 foi descoberto os raios catodos e a aceleração de elétrons • Em 1898 casal Curie descobriu o elemento rádio que veio a ser usado na radioterapia • Descoberta da radioatividade • Mamografia sofreu muitas mudanças desde que começou a ser aplicada. • Passar do tempo começaram a notar os efeitos nocivos da radiação ionizantes • Século 19: aparecimento de danos da radiação→ lesões na mãos LAÍS RODRIGUES DE SOUZA ULTRASSONOGRAFIA • Em 1916 primeiro sonar marítimo foi idealizado → intuito de mapeamento do fundo do mar • Em 1942 → introdução da ultra na medicina • Possibilidade de mapear tecidos humanos TOMOGRAFIA • Foi desenvolvida por Hounsfiels, e em 1971 foi realizada a primeira TC • Uso de radiação ionizante FIXAR • Especialidade passou a ser chamada de: IMAGINOLOGIA ou Radiologia e Diagnóstico por imagem. Dessa forma integrou os métodos que não usam radiação ionizante como US e RM • Especialistas em imagem atuam como facilitadores no processo de elaboração do diagnóstico final da doença • O especialista colabora com clínicos e cirurgiões para um diagnóstico mais acurado RESSONÂNCIA MAGNÉTICA • Quase na mesma época da TC a RM começou a ser estudada nos anos 50 e depois foi apresentada na década de 70, como um método de imagem sem uso de radiação ionizante, mas sim radiofrequência e magnetismo para produzir imagens de alta qualidade LAÍS RODRIGUES DE SOUZA FÍSICA DO RAIO-X Parte da aula 1 e aula 2 LAÍS RODRIGUES DE SOUZA FÍSICA DO RAIO-X O QUE É RADIAÇÃO? • Energia que se propaga no tempo e no espaço • Energia que se move através do espaço de um objeto fonte para outro onde é absorvido • Temos vários tipos de radiação: alfa, beta, gama e raios x • No espectro eletromagnético vemos que os raios x, gama e parte do UV são ionizantes e podem causar danos Modelo atômico de Bohr • Explica como a geração de elétrons contribui para formar radiação (raios-x) • Quanto mais externa for a camada do elétron, mais energia ele absorve • Quando mais interna a camada, mais energia ele doa (fóton) • A transição de camadas (interna- externa) cria a NUVEM DE ELÉTRONS que forma os raios-x FÍSICA DO RAIO-X • Tubo → paciente → receptores radiográficos (filme de raio-x) • Dentro do tubo temos um processo que irá gerar os raios-x, estes serão emitidos ao paciente, vão interagir com a matéria e depois seguem para os receptores radiográficos resultando na imagem TUBO DE RAIO-X • Material de vidro, revestido de chumbo para evitar perdas • Conversor de energia → converte energia elétrica (que chega pelos fios) em energia eletromagnética (raios-x) • O ponto dos fios é o POLO NEGATIVO (CÁTODO) onde tudo começa e depois se segue para o POLO POSITIVO (ANODO) • Nem toda energia elétrica vira raio-x, boa parte se perde em energia térmica (calor) • Devido ao calor para não causar danos ao tubo temos um SISTEMA DE RESFRIAMENTO (agua + óleo + ar) • Parte do tubo não revestida de chumbo é a JANELA RADIOTRANSPARENTE por onde sai os raios-x • Cátodo (-) onde a energia entra e ânodo (+) onde a energia sai • O cátodo que produz fótons de elétrons , gerando uma nuvem de elétrons que sai em direção ao disco giratório (alvo) de tungstênio (ânado) produzindo os raios-x que passará pela janela radiotransparente TUBO DE RAIO-X LAÍS RODRIGUES DE SOUZA Fatores que alteram a qualidade do RAIO-X • PONTO FOCAL (ALVO): é diferente de foco, aqui é onde os elétrons vão incidir no anel giratório dentro do tubo • FOCO – é a luz que incide no paciente (matéria) é o local onde o RAIO-X atinge • A área do ponto focal é proporcional ao foco e o comprimento do filamento determina se o foco é grosso ou fino • Ponto focal pequeno → imagem de alta qualidade, ver pequenos detalhes • Comprimento menor de fio → ponto focal fino→ foco no paciente menor • Comprimento maior do fio → ponto focal grosso → foco no paciente é maior Outros conceitos CÁTODO • É o polo negativo onde a energia elétrica chega pelos fios para gerar as nuvens de elétrons • A energia elétrica aquece os filamentos e gera a nuvem de elétrons e estes se tornam fótons (mudam para a camada mais externa) • A ejeção de elétrons pelo aquecimento de filamentos do cátodo para o ânodo é chamada de EMISSÃO TERMOIÔNICA ÂNODO • É o disco giratório de energia positiva que recebe a nuvem de elétrons • Feito de material com alto ponto de fusão • O sistema rotatório evite desgaste • Aqui temos 99% de energia virando calor e apenas 1% virando raios-x • mA tem relação com a corrente elétrica que aquece os filamentos para gerar nuvem de elétrons e a emissão termoiônica • O AQUECIMENTO influencia diretamente na nuvem de elétrons • Material do alvo • Distância • Filtração dos feixes OUTROS MODELOS ANATÔMICOS • RAIOS DE FRENAGEM: Fótons de baixa energia são gerados pela DESACELERAÇÃO de elétrons • RAIOS-X característicos: raios gerados pelo choque da nuvem de elétrons com o ânodo→ liberação de ALTA energia LAÍS RODRIGUES DE SOUZA REVISANDO • Alvo é o disco giratório que fica do lado + do tubo (ânodo), o material dele tem que ter alto ponto de fusão , o material mais usado é o Tungstênio • O número anatômico do material do ânodo influencia na qualidade da energia gerada (raio-x) FILTRAÇÃO DO FEIXE • O polo negativo emite a nuvem de elétrons que vai até o disco giratório no polo positivo para depois sair pela janela radiotransparente • Nessa janela temos um filtro de alumínio ou cobre que remove RAIOS DE BAIXA ENERGIA • Raios de baixa energia não conseguem interagir com a matéria e nos fornecer imagem de qualidade, podendo aumentar o ruído na imagem • Com a remoção dos de baixa energia, temos aumento da energia média do feixe e redução da quantidade de radiação que atinge a pele do paciente, DISTÂNCIA • A distância do tubo ao receptor de imagem (chapa de raios-x que ficam abaixo do paciente) interfere no resultado do exame • Lei do inverso do quadrado da distância: quanto maior a distância (tubo-chapa), menor a quantidade de raios X que chega ao receptor, tendo menos contraste e definição FATORES DE EXPOSIÇÃO • Escolha de KV • O KV tem relação com a diferença de potencial no circuito elétrico entre o cátodo e o ânodo e aceleração do feixe. • Quanto mais tensão na corrente , maior energia com que o elétron chega no ânodo e maior é a energia do fóton de Raio-X • KV = aumento na corrente elétrica INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA • A radiação ao interagir com a matéria transfere parte ou toda sua energia para os átomos ou moléculas por ondem passam, isso depende de doisfenômenos: 1) EXCITAÇÃO: radiações interagem, transferem energia, mas não o suficiente para ionizar o átomo. Não gera interação entre matéria e raios-X 2) IONIZAÇÃO: radiações interagem com a matéria, arrancando elétrons da eletrosfera ionizando átomos-alvo. Aqui temos dois tipos de efeito: 2.1 EFEITO COMPTON – compartilhamento de parte de sua energia, que ejeta um elétron em outra direção com menor energia que a habitual – produção de radiação espalhada (direções diferentes e com menor energia) não é o que queremos no raio X. 2.2 EFEITO FOTOELÉTRICO – “tudo ou nada” o fóton da TODA sua energia e ejeta um elétron responsável pela emissão dos Raios-X mais efetivos. LAÍS RODRIGUES DE SOUZA INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA • RADIAÇÃO PRIMÁRIA: fótons de raio X que saem do ânodo, atravessam a janela radiotransparente e se direcionam para o paciente, são os raios que saem do tubo até o paciente • RADIAÇÃO SECUNDÁRIA: radiação emitida a partir da interação da radiação primária com o paciente, é aquela que é liberada e chega ao receptor para formar a imagem • RADIAÇÃO ESPALHADA: é um tipo de secundária, com diminuição da radiação e mudanças de direção, deteriora a imagem e reduz o contraste. Essa radiação é indesejada e por isso temos recursos para reduzi-la. Principal mecanismo que a forma é o EFEITO COMPTON CONTROLE DA RADIAÇÃO ESPALHADA • Compressão: muito usada na mamografia, quanto maior espessura do corpo, maior radiação espalhada, então faz a compressão para melhorar o contraste e ter mais detalhes • Colimação: direciona o feixe que sai do tubo através da janela radiotransparente através de um dispositivo , ajusta o tamanho do feixe de raio X com a área a ser examinada, evitando exposição desnecessária. • Técnica de air gap: aumento da distância entre PACIENTE e RECEPTOR (chapa), respeitando a distância limite. A radiação espalhada que atinge o receptor reduz com o aumento da distância • Grades: maneira mais eficaz, porém diminui a qualidade da imagem, grades colocadas entre o paciente e o filme, absorvendo radiação espalhadas (é de chumbo a grade) de baixa energia, só passam as de alta EFEITO ANÓDICO • É a atenuação dos fótons de raios X dentro do próprio material do ânodo antes de serem emitidos • A radiação é obrigada a atravessar uma camada de metal antes de sair do alvo (anodo) • Do catodo (negativo) saio mais Raios X, visto que não tem barreira e do lado do ânodo (positivo) há uma perda de 40% (pode varias de acordo com a extremidade do tubo). Usamos isso a nosso favor para posicionar o paciente → posicionando ápice de tronco do pct em direção ao polo + e a base em direção ao polo -LAÍS RODRIGUES DE SOUZA Radiografia convencional • Receptor radiográfico: 1 filme + 2 telas intensificadores a presença de material fluorescente aumenta a sensibilidade do filme para receber os raios X e produzir a imagem • Então o RX incide sobre o filme produz uma imagem LATENTE que passa por revelação, para tornar a imagem visível (maquina reveladora + liquido revelador + armazenamento em câmara escura) Radiografia computadorizada • Digitalização da radiográfica convencional • Temos chassi semelhante, só que ao invés de 1 filme + 2 folhas reveladores, tem agora um detector (placa de imagem/placa de fósforo) • Ausenta o processo de revelação Radiografia Digital • Processo 100% digital • Não usa chassi • Temos detector de imagem que captura a intensidade do raio x, transformando diretamente em imagem na tela da estação de trabalho LAÍS RODRIGUES DE SOUZA Revisão Cátodo Ânodo Raios de X: Frenagem – DESACELERÇÃO Característicos – produção de maior energia, sendo mais efetivo. Afeta na qualidade do RX: - Material do alvo (maior N atômico, maior PF, maior energia do feixe) - Filtração (filtro aumenta energia do feixe, absorve feixes de baixa energia ) - Distância – Lei do inverso do quadrado da distância - Fatores de Exposição – MAS E kv EFEITO COMPTON = COMPARTILHA PARTE DE ENERGIA, SAI ELETRONS COM MENOS ENERGIA → PRODUZ RADIAÇÃO ESPLHADA (gera artefatos na imagem) EFEITO ISOLELÉTRICO TUDO OU NADA, RESPONSÁVEL PELO CONTRASTE DA IMAGEM Controle de radiação espalhada: compressão, colimação, air gap, grades O contraste tem relação direta com o poder de penetração (energia) do RX; A energia do raio x é influenciada por 3 fatores: o Material anodo; o Filtragem; o kV (aumento de energia que chega no catodo polo negativo pra liberação do feixe de elétrons). Efeito ANÓDICO – perda de 40% dos raios, posição do paciente LAÍS RODRIGUES DE SOUZA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA FÍSICA LAÍS RODRIGUES DE SOUZA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA • Nada mais é que o raio X digital • Imagem se forma e é enviada para o computador • Aqui temos MÚLTIPLAS fileiras de detectores. Ex: 40 canais ou 120 canais é de acordo com essas fileiras • Quanto mais detectores melhor a imagem da TC , mais rápida e possibilita mais cortes (mais detalhes) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA helicoidal • Única fileira de detectores, é um exame mais antigo, mais lento, não permitia muitos cortes DENSIDADE • Unidades em Hounsfield (UH) • Usa agua como referencia (0 UH) e o restante das outras substâncias variam em relação a água • A densidade são os tons de cinza • Variação até 1000 UH • Valores positivos são substancias mais densas • Valores negativos são substâncias menos densas MIP/MinIP • Máxima intensidade em pixels para vermos melhores as estruturas mais sólidas • MinIP – mínima densidade em pixels para ver melhor tudo que tem ar ou menor densidade LAÍS RODRIGUES DE SOUZA PROTEÇÃO RADIOLÓGICA AULA 3 LAÍS RODRIGUES DE SOUZA PILARES • Otimização: conceito ALARA – o exame tem que ter uma radiação baixa, mas precisa ser exequível (viável, que vá resolver o problema). • Justificação: qualquer atividade envolvendo radiação precisa ser justificada em relação a outras alternativas disponíveis. Se tem uma outra alternativa que vá ajudar a elaborar o diagnóstica ela deve ser preferível, evitando a radiação. Caso não seja possível, opta-se pelo raio X • Limitação de dose: os limites de doses devem ser respeitados para o paciente como para o IOE (pessoas que trabalham na área). LIMITE DE DOSE • Aqui temos limite de dose para população em geral e para IOE • IOE toma radiação na sua prática laboral, mas isso tem como fiscalizar por meio do DOSÍMETRO (obrigatório para todo profissional da área de radiologia) • Dosímetro deve ser usado em cima do jaleco ou avental de chumbo • Dosímetro capta a radiação recebida pelo indivíduo durante 1 mês. • Após esse tempo ele é enviado para o laboratório para analise, caso tenha extrapolado o limite o IOE é afastado. LIMITE DE DOSE • A limitação de dose na pratica é usada para leitura de dosimetria pessoal ( de cada IOE) e para calcular blindagem das instalações (tem em toda sala que usa radiação ionizante) • Paredes, portas nas salas de RX e TC são revestidas de chumbo e o vidro é plumbícero DOSIMETRIA INDIVIDUAL • Os dosímetros não podem sair do local de trabalho • Os limites não se aplicam a exposições médicas desse trabalhador TUDO QUE ELA DISSE QUE PODE CAIR LAÍS RODRIGUES DE SOUZA BLINDAGENS • A eficiência da blindagem é determinada por: → Intensidade dos fótons incidentes → Natureza e espessura do material de blindagem • Exemplo na TC temos muito mais radiação ionizante o que requer certo tipo de blindagem diferente do RX Grandezas e Unidades • Dose absorvida – é qualquer tipo de radiação que interage com qualquer matéria • Dose equivalente – refere a cada órgão ou tecido do corpo • Dose efetiva - equivale a dose do corpo todo • Exposição • Dose efetiva → é o somatório das doses equivalentes em cada tecido ou órgão do corpo . É calculada para estipular o limite de dose para IOE e pessoas em geral • Dose equivalente → se refere a dose em cada órgão ou tecido do corpo EXPOSIÇÃO • Definida apenas para feixes de raio X e gama com até 3 MeV de energia • É a capacidadede um feixe de fótons em ionizar o ar Efeitos • Efeitos determinísticos • Efeitos somáticos • Efeitos hereditários • Efeitos estocásticos → Efeitos biológicos: são uma resposta natural do organismos a um agente estressor ou modificador. Nem sempre significa doença • Efeitos estocásticos: não apresentam limiar de dose para ocorrer, a gravidade do efeito NÃO tem relação com a DOSE, pequenas doses de radiação, leva muito tempo para se apresentar (ex CA) • Efeitos determinísticos: apresentam limiar para sua ocorrência, gravidade do efeito aumenta com aumento de dose, exposição a doses altas, tempo de aparecimento é mais curto ( ex queimadura, quede de pelos) • Efeitos somáticos: se manifesta no próprio indivíduo irradiado, não atinge a células germinativa • Efeitos hereditários: ocorrem danos em células germinativas, nesse caso o efeito biológico se manifestará nos descendentes de quem foi irradiado (ex mutações genéticas) Efeitos LAÍS RODRIGUES DE SOUZA ULTRASSOM FÍSICA AULA 4 LAÍS RODRIGUES DE SOUZA LAÍS RODRIGUES DE SOUZA O SOM • É uma energia mecânica transmitida através da vibração das moléculas de um meio • Não se propaga no vácuo – por isso usa o gel na USG • Imagem temos o transdutor emitindo o som na direção do local a se avaliado, sofre uma interação, e devolve esse eco para o transdutor que depois gera a imagem no computador • Imagem → formada a partir do eco de retorno A ULTRASSONOGRAFIA • Efeito PIEZOELÉTRICO → o estimulo elétrico induz vibrações mecânicas que se tornam estímulos elétricos. Ou seja, no equipamento temos um cabo de energia que recebe energia vinda do computador e do aparelho ultrassom, chega na sonda que tem na extremidade cristais piezelétricos, quando recebem o estimulo vão vibrar, gerando impulsos sonoros que vão até o paciente, interagem e é refletido um ECO de retorno para o transdutor que distorce de novo os cristais, voltando para o receptor como impulso elétrico . • Estímulo elétrico → cristais → impulsos sonoros → paciente → interação → eco de retorno para o transdutor → cristais → pulso elétrico → receptor→ imagem MODO B • Modo brilho → aqui estamos falando de imagens com mais brilho, menos brilho e sem nenhum brilha • Vai da escala de cinza, branco ao totalmente preto • São ecos de amplitude elevada que promovem maior deformidade do cristal e geram uma voltagem eletrônica maior • HIPERECOGÊNICO - imagem com muito eco, mais branco até cinza claro • HIPOECOGÊNICO – intermediária, tons de cinza, imagem sólida (nódulos, fígado..) • ANECOGÊNICA – imagem sem brilho, cor preta na US, tudo que tem líquido (cistos) → O termo ECÓICO é sinônimo Cistos – anecóicos (pretos) Nódulo de mama – hipoecóico (cinza) Calcificação – hiperecóico (branco) LAÍS RODRIGUES DE SOUZA Interação SOM x TECIDOS • A interação é a que ocorrer para formar a imagem • Depende do tipo de transdutor • Extracavitário (transdutor de alta e de baixa frequência). • Intracavitário (endovaginal) → BAIXA FREQUÊNCIA • Usado mais em abdome e US obstétrica → tem maior penetração, porém menor resolução (CONVEXO) → ALTA FREQUÊNCIA • Usado para mama, tireoide, punhos, joelhos → tem menor penetração, porém melhor resolução (LINEAR) Otimização da imagem • É o que pode ser feito para melhorar a qualidade da imagem através de alguns recursos. • GANHO – ampliação de toda a imagem, melhorando a resolução e reduzindo sinais que atrapalham. Aqui melhoramos o brilho da imagem • ZONA FOCAL – é o foco, melhora a imagem, contorno, forma e outras características ARTEFATOS • Sombras - a energia do som transmitido que é diminuída por reflexo e/ou absorção • Reforço posterior – o líquido gera uma luz como se fosse uma “lanterna” • Refração - duplicação da imagem profundamente àquele tecido • Reverberação – imagem se repete como se fosse um eco, comum quando temos CE. LAÍS RODRIGUES DE SOUZA Ressonância Magnética FÍSICA AULA 4 LAÍS RODRIGUES DE SOUZA RESSONÂNCIA • Conteúdo complexo • Não usa radiação ionizante • Termos usados aqui: próton de hidrogênio, campo magnético, pulso de radiofrequência, T1 e T2, TR e TE (tipo de frequência usada nas imagens) e sequencia de pulso COMO É FORMADA A IMAGEM? • Temos interação do campo magnético, o próton de H, pulso de radiofrequência e captador de sinal • O captador converte as imagens para tons de cinza a tons brilhantes e de branco para preto • Sinal mais branco • Ausência de sinal→ totalmente preto • Os sinais dependem das estruturas Componentes da RM • Temos o leito e o tubo (onde o paciente entra para ser feita a imagem) • No aparelho temos: magneto, bobinas de gradiente, bobinas de RF → a combinação desses elementos forma a imagem • Os componentes são envoltos por uma cabine de revestimento → Gaiola de Farady • Deve ser evitado todo tipo de RF externa MAGNETOS • Define os tipos de aparelho de RM que existem • Quando falamos de aparelho de alto ou baixo campo vai depender do tipo de magneto usado • Função: gerar uma CAMPO MAGNÉTICO alto e homogêneo na região em que a parte anatômica será posicionada • Logo o tipo de magneto define imagens de maior ou menor definição MAGNETOS 1) Magnetos permanentes: são aparelhos de BAIXO CAMPO, aparelho de campo ABERTO, imagem de qualidade mais inferior. Podem ser analisadas estruturas como: pé, joelhos e outras extremidades. Vantagem: não necessita de energia elétrica e é aberto dando mais conforto ao paciente. 2) Magnetos supercondutores: são aparelhos de ALTO CAMPO, e FECHADOS. Tem um alto custo devido do CONSUMO DE ENERGIA e SISTEMA DE RESFRIAMENTO. Os cabos precisam ser mergulhados em Hélio líquido para resfriarem. Vantagem: analisa todas as estruturas (mama e abdome). LAÍS RODRIGUES DE SOUZA INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA • A corrente elétrica provoca o movimento do campo magnético que ao interagir com essa corrente e depois da interação de RF vai formar a imagem Unidade de magnetismo • TESLA É A UNDIADE DE MAGNETISMO • 3T – são de alto campo • 1,5 a 2T campos intermediários BOBINAS DE GRADIENTE PULSO RADIOFREQUÊNCIA • Eixos X, Y e Z • Temos as bobinas X, Y, Z, que são criadas quando o magneto de menor potência é acionado produzindo pequenas variações nesses campo criando os CAMPOS DE CORTE (X, Y, Z) que forma as imagens em planos: axial, coronal e sagital, formando uma imagem em 3 planos diferentes • Momento magnético é o movimento do spin ao redor do próprio eixo formando um próton de H+ que se comporta como magneto para interagir com a RF e formar a imagem • Sobe ação de um campo magnético os prótons de H+ apontam paralelos e antiparalelos ao campo para depois se equilibrarem formando um VETOR DE MAGNETIZAÇÃO • Vai interagir com o magnetismo formado pelos spins gerando um ângulo de inclinação que vai gerar o tipo de vetor X, Y, Z e depois um sinal específico que vai depender do tipo de sequencia escolhida (temos vários tipo de acordo com o tecido) • A emissão de RF é feita pela bobina de corpo (instrumento que fica no corpo do paciente) e quem detecta o sinal é a BOBINA LOCAL que gera os planos de excitação Por que não tem radiação ionizante? • A imagem se forma pela interação do magnetismo com o campo de radiofrequência LAÍS RODRIGUES DE SOUZA RX DE TÓRAX AULA 5 LAÍS RODRIGUES DE SOUZA RX DE TÓRAX • Um dos exames mais pedidos na pratica médica • Tem baixo custo • Fácil disponibilidade e obtenção • Tem no SUS • Pouco dose de radiação • Indicações: falta de ar, dor torácica, tosse, hemoptise, perda ponderal e febre • Sinais físicos: hipoxemia e ausculta pulmonar alterada • Avalia cateter, sonda e faz alguns rastreios INCIDÊNCIA em PA • PA – póstero-anterior: os raios pegam do dorso para a parte anterior (encostada no Booking) melhorando a visão do mediastino e do tórax . • Técnica: em pé, braços afastados (tirar a escápula do campo pulmonar) • Alguns pacientes podem não conseguir ficar de pé, o que interfere na qualidade do exame • Área cardíaca em tamanho normal INCIDÊNCIA em AP • AP – antero-posterior• São pacientes em decúbito, acamados, no leito de UTI • Como o coração fica mais distante do filme ele parece estar anatomicamente aumentado, por isso temos que ficar ligados INCIDÊNCIA ápico-lordótica AP PA • Aqui temos reduz da visualização da base pulmonar e ângulos costofrêncios • Vemos mais ápices, lobo médio e língula • Paciente em AP com inclinação de 30° INCIDÊNCIA em PERFIL • Em geral se pede junto com a PA • Ajuda a LOCALIZAR OS LOBOS • Geralmente se faz o PERFIL ESQUERDO, o direito só em casos de lesões de HTD • Técnica: paciente lateralizado, em pé e com os braços levantados para reduzir maximização de estruturas • Quem não consegue levantar os braços é bem ruim para o resultado do exame INCIDÊNCIA em decúbito lateral • Decúbito lateral com raios horizontais • Diferenciar derrame de espessamento pleural (derrame escorre, faz um nível) • Paciente sempre deitado para o lado do HMTX acometido INCIDÊNCIA oblíqua • Feita em casos de traumas, melhor para localizar e caracterizar a lesão LAÍS RODRIGUES DE SOUZA Observações Técnicas • DOSE DE RADIAÇÃO • INSPIRAÇÃO • ROTAÇÃO DOSE DE RADIAÇÃO • Forma correta: vermos os corpos vertebrais superiores, vasos pulmonares, margem cardíaca e mediastino • Muito penetrada: é possível analisar quando vemos TODA a coluna (errado) • Pouco penetrada – não conseguimos ver nada, fica tudo muito BRANCO CERTO MUITO POUCO INSPIRAÇÃO • Feito em apneia INSPIRATÓRIA • Contagem de costelas • Tem que ter 6 a 7 arcos costais anteriores e de 8 a 9/10 arcos costais posteriores • Quando está mal inspirado pode dar falsa cardiomegalia ROTAÇÃO • Análise feita pelas bordas MEDIAIS das clavículas ESCÁPULA • Na técnica vão para a lateral do campo pulmonar e não aparecem na imagem Técnica • O exame é feito em APNEIA INSPIRATÓRIA. • ALGUMAS SITUAÇÕES podem precisar que se faça o exame em APNEIA EXPIRATÓRIA como por exemplo: pneumotórax, aprisionamento aéreo, corpo estranho nas vias áreas (deixa o pulmão pretinho na expiração quando ele tende a ficar mais pro branco) No leito • Definir bem as hemicúpulas diafragmáticas • As estruturas podem estar aumentadas e nem sempre indicar patologia • Paciente pode estar rodado e mal inspirado NO LEITO PA – certinho LAÍS RODRIGUES DE SOUZA Mediastino e silhueta cardíaca • Anatomicamente vemos: projeção do coração, vasos que chegam (veias pulmonares e veias cava) e que saem (tronco da artéria pulmonar e artéria aorta) • Temos o esôfago, traqueia, região dos hilos → Técnica em PA versus PA • Em AP a região cardíaca aparece estar aumentada, pois es estruturas ficam mais longe do filme. Já em PA o coração fica mais perto do tamanho real • ICT→ SÓ SE FAZ EM PA Índice cardiotorácico • Feito em PA • Usado para avaliar se há cardiomegalia • Mede-se o maior diâmetro horizontal da área cardíaca e depois mede o maior eixo horizontal da base do tórax • O resultado do ICT NÃO pode ser maior que a metade do tamanho encontrado para a base do tórax • Etiologia de cardiomegalia: ICC • Derrame pericárdico pode ser confundido com cardiomegalia, aqui precisa de uma TC para auxiliar, mas temos o achado do AUMENTO DA SILHUETA CARDÍACA NO DERRAME • Derrame pericárdico causas: podem ser agudas, subagudas ou crônicas • Agudas: trauma, pericardite e iatrogenia (punções e biópsias) • Subagudas ou crônicas: mestástases (linfoma, mama e pulmão), IR e TB DEXTROCARDIA • É uma variação anatômica • Altera toda silhueta cardíaca, visto que o coração está posicionado paro o lado direito • A função cardíaca é preservada LAÍS RODRIGUES DE SOUZA Alargamento de Mediastino • Definido como uma largura maior que 8 cm na radiografia • Cuidado na incidência em AP que tem aumento de estruturas • Muitas vezes o alargamento está associado a problemas de técnica como Rotação, inspiração e AP Divisões do Mediastino • Temos o mediastino SUPERIOR E INFERIOR • O INFERIOR é subdivido em: ANTERIOR, MÉDIO E POSTERIOR • PORTANTO temos o mediastino SUPERIOR, ANTERIOR, MÉDIO E POSTEIROR 1- Mediastino superior 2- Mediastino anterior 3- Mediastino médio 4- Mediastino posterior Patologias que alargam mediastino 1 e 2 • Timoma, teratoma, terrível linfoma e doenças de tiroide → 4 T’S • Aneurisma de aorta Patologias que alargam mediastino 3 • Linfadenopatias, aneurismas de aorta, dilatação de esôfago, cisto pericárdico Patologias que alargam mediastino 4 • Tumores neurogênicos e extensões de massas da coluna vertebral Alargamento de HILOS • Os hilos pulmonares também podem ser alargados de acordo com certas patologias Causas de alargamento hilar: • Malignas: tumor primário (Ca de pulmão), metástases e linfomas • Infecciosas: TB (aumento de linfonodos), virose, Histoplasmose, paracoccidioidomicose, tularemia • Outras: sarcoidose, silicose, Hipertensão pulmonar, aneurismas de artéria pulmonar e cistos broncogênicos
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