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FARMACOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Rinite alérgica - Asma - DPOC - Tosse RINITE ALÉRGICA O alérgeno atravessa o epitélio nasal, é fagocitado pelas DCs, apresentado ao LT, que estimula o LB, que se transforma em plasmócito e faz a troca de isotipo para secretar IgE que se liga ao FcR da membrana dos mastócitos e basófilos sensibilizando estas células. Em um 2 contato com o alérgeno, ele se liga aos anticorpos IgE e o mastócito desgranula liberando a histamina, que se liga aos seus receptores H1 nas células musculares lisas da vasculatura e células endoteliais, vasodilatação e aumento da permeabilidade. Causando broncoconstrição, dilata todas as arteríolas terminais e vênulas pós-capilares, veias sofrem constrição. As terminações nervosas sensitivas periféricas também respondem à histamina. As sensações de prurido e de dor resultam de uma ação despolarizante direta da histamina sobre as terminações nervosas aferentes = pápula Essa tumefação da mucosa nasal é responsável pela congestão nasal que ocorre na rinite alérgica. O prurido, os espirros, a rinorreia e o lacrimejamento que acompanham o processo resultam da ação combinada da histamina e de outros mediadores inflamatórios, incluindo cininas, prostaglandinas e leucotrienos. Essas moléculas desencadeiam a hipersecreção e irritação que caracterizam a rinite alérgica Alérgeno de distribuição sistêmica, pode estimular os mastócitos e basófilos a liberar histamina em todo o corpo. A consequente vasodilatação sistêmica provoca uma redução maciça da pressão arterial; a hipotensão também resulta do acúmulo sistêmico de líquido, devido ao extravasamento de plasma no interstício. A liberação maciça de histamina também provoca broncoconstrição grave e edema da epiglote. A estimulação de receptores de IgE também ativa a fosfolipase A2 (PLA2), levando à produção de inúmeros mediadores, como PAF, LTC4 e D4, que causam contração dos músculos lisos da árvore brônquica. A tubocurarina, a succinilcolina (BNM competitivo e despolarizante), a morfina, alguns antibióticos, os contrastes radiográficos, venenos (vespa, abelhas) também podem deflagrar a resposta alérgica sem sensibilização prévia. HISTAMINA A concentração de histamina é particularmente alta nos tecidos que contêm grandes quantidades de mastócitos, como a pele, a mucosa brônquica e a mucosa intestinal. A ativação dos receptores H1 do endotélio vascular estimula a eNOS a produzir óxido nítrico (NO), que se difunde para as células musculares adjacentes, aumenta o GMP cíclico e causa relaxamento. A estimulação de receptores H1 do músculo liso também mobiliza o Ca2+, mas causa contração, ao passo que a ativação dos receptores H2 da mesma célula muscular lisa atua por meio da Gs e aumenta a acumulação do AMP cíclico, a ativação da PKA e consequentemente causa relaxamento. ANTI-HISTAMÍNICOS H1 Os anti-histamínicos H1 são agonistas inversos, mais do que antagonistas dos receptores. A histamina atua como agonista para a conformação ativa do receptor H1 e desvia o equilíbrio para o estado ativo do receptor. Em comparação, os anti-histamínicos são agonistas inversos. Os agonistas inversos ligam-se preferencialmente à conformação inativa do receptor H1 e desviam o equilíbrio para o estado inativo , reduzindo a atividade constitutiva (ativa sem ligante) do receptor. ANTI-HISTAMÍNICOS H1 Primeira geração: • Dimenidrinato, Difenidramina , Hidroxizina, Clorfeniramina e Prometazina • Atravessam a BHE (NEUTROS) - Segunda geração: • Loratadina, Desloratadina, Cetirizina e Fexofenadina • Não atravessam a BHE (ionizados e ligados a albumina) Os anti-histamínicos H1 de primeira geração são compostos neutros em pH fisiológico que atravessam rapidamente a barreira hematoencefálica loratadina, a cetirizina e a fexofenadina. . Quando atravessa essa barreira atua nos receptores H3 e nos mantém com sonolência. Ionizados em pH fisiológico e não atravessam apreciavelmente a barreira hematoencefálica. Dimenidrinato - Dramin Difenidramina – difenidrin, benatuss, benalet Hixizine xarope – hidroxizina Clorfeniramina – presente no polaramine, resfenol, benegripe, cimegripe... Prometazina – Fenergan Loratadina – Claritin, loratamed, Histadin Fexofenadina – Allegra, altiva ANTI-HISTAMÍNICOS H1 - Usos • Diminuem permeabilidade – edema, pápula, prurido • Ineficazes sozinhos para anafilaxia ou edema de glote • Cinetose, náusea e vômito – Dimenidrinato, difenidramina, prometazina • Insônia, ansiolítico fraco ou hipnóticos – difenidramina, hidroxizina e prometazina - Efeitos colaterais • SNC – sedação; diminuição da neurotransmissão e do rendimento cognitivo. • Efeitos anticolinérgicos – dilatação da pupila, ressecamento dos olhos, xerostomia e retenção urinária Sedação – efeitos dos receptores histaminicos do SNC, causando sedação, diminuição da transmissão Anti-histaminicos inibem ações da Ach em seus receptores muscarinicos, por isso podem ser usados para cinetose. Para profilaxia e tratamento da cinetose. Alguns antagonistas H1 são úteis nos casos mais leves e causam menos efeitos adversos. Isso inclui o dimenidrinato e as piperazinas. A prometazina é um dos mais eficazes para vomitos, mas sua ação sedativa pronunciada geralmente é desfavorável. Essa ação sedativa fez muitos serem usados como hipnóticos, para tratar insonia ou ansiolítico fraco (preparações com difenidramina e hidroxizina) ANTI-HISTAMÍNICOS H1 DESCONGESTIONANTES NASAIS Agonistas adrenérgicos α1 - Vasoconstrição - Redução do edema e da congestão nasal - Melhora ventilação - Oximetazolina - Nafazolina - Fenilefrina - Cloreto de sódio são agentes simpaticomiméticos que atuam sobre os receptores adrenérgicos da mucosa nasal, produzindo vasoconstrição, diminuição da mucosa edemaciada e melhora da ventilação. Os descongestionantes atuam de modo adequado em associação com anti- histamínicos quando a congestão nasal faz parte do quadro clínico. (Decongex plus, Neosoro) Alivio para o nariz, risco para o coração.... Efeitos adversos • Rinite medicamentosa – uso > 3 a 5 dias • Queimação, ardência, espirros e ressecamento da mucosa nasal • Taquicardia Pode ocorrer rinite medicamentosa (vasodilatação de rebote com congestão) com o uso prolongado de agentes tópicos (> 3 a 5 dias). à Como faz muita vasoconstrição faz uma agressão na célula e vai precisar usar sem usar a ter renite. (viciando) Glicocorticóides nasais Fluticasona à awamys Monetasona à nasonex ASMA • Doença inflamatória crônica • Hiperresponsividade das vias aéreas • Limitação ao fluxo aéreo, variável e reversível • Episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse PATOGENIA Indivíduo sensível é submetido a um estímulo ↓ Imediata liberação de mediadores inflamatórios nas vias aéreas ↓ Contração da musculatura lisa brônquica ↓ Secreção mucosa e edema das vias aéreas ↓ Redução do fluxo aéreo desencadeando a sintomatologia FISIOPATOLOGIA DA ASMA A asma produz respostas inflamatórias agudas e crônicas nas vias respiratórias. As células apresentadoras de antígeno fagocitam e processam alérgenos, apresentando os antígenos a células T CD4+. Essas células diferenciam-se em linfócitos TH2. As células TH2 liberam IL-4 (ativa o linfócito B e produz IgE) e IL-5, que recrutam células B e eosinófilos, respectivamente. As células B diferenciam-se em plasmócitos produtores de IgE, e a IgE liga-se aos receptores FcRI presentes nos mastócitos e em células apresentadoras de antígeno. Após reexposição ao alérgeno, ocorre ligação cruzada da IgE ligada ao FcRI, induzindo a desgranulação do mastócito e a liberação de mediadores inflamatórios pré-formados e recém-produzidos — incluindo histamina,cisteinil leucotrienos, fator de ativação das plaquetas e outras citocinas —, que provocam a reação asmática aguda. Cronicamente, as células TH2 e os mastócitos produzem IL-5 circulante, que recruta os eosinófilos, e as células TH2 também liberam produtos que estimulam mastócitos e neurônios locais. Em seu conjunto, os mediadores inflamatórios e as enzimas catabólicas produzidos pelos eosinófilos, mastócitos e neurônios provocam uma reação asmática crônica, caracterizada por broncoconstrição, edema das vias respiratórias, hipersecreção de muco, inflamação crônica e remodelagem das vias respiratórias. TRATAMENTO DA ASMA Há duas categorias: 1- Broncodilatadores - agonistas dos receptores β2 adrenérgicos; - antagonistas dos receptores muscarínicos; - antagonistas dos receptores de cis-LTs ; - xantinas; 2- Anti-inflamatórios - glicocorticóides - Anti-IgE (imunoterapia) -Inibidores da IL-5 e bloqueadores dos receptores de IL-5 2 componentes devem ser levados em consideração: o tratamento das crises (imediato) e preventivo (a longo prazo) para tornar o doente assintimático, devolver uma função respiratória nornal, tentar controlar a inflamação e minimizar os efeito secundários. Existem 2 categorias de farmacos para tratar a asma: Os broncodilatadores que revertem o broncoespasmo. Os anti-inflamatórios inibem ou previnem os componentes inflamatórios de ambas as fases. Alguns fármacos classificados como broncodilatarores também inibem a inflamação. O difícil é saber qual o melhor fármaco a ser usado. BRONCODILATADORES Agonistas β2-adrenérgicos • Efeitos em β2; inibem liberação de mediadores em mastócitos; aumentam remoção do muco; potencializam efeitos dos glicocorticóides • ação curta: salbutamol, terbutalina, fenoterol (3/5h). • ação longa: salmeterol e formoterol (8/12h). • Efeitos indesejáveis: tremor, taquicardia, vasodilatação periférica, arritmias. • SABA e LABA Os β2-agonistas inalatórios de curta duração, devem ser usados “conforme necessário” por sintomas e não em uma base regular no tratamento de asma leve; a maior utilização indica a necessidade de mais terapia anti- inflamatória. à pode chegar no receptor BETA1 no coração causando taquicardia. (1º) Seu efeito primario é dilatar os brônquios por uma ação direta sobre os receptores adrenérgicos β2 no músculo liso, relaxando-o. (2º) inibem a liberação dos mediadores de mastócitos e a liberação de TNF- α dos monócitos; (3) tb aumentam a remoção do muco por ação sobre os cílios. A ativação do Rß2A também potencializa a atividade anti-inflamatória dos glicocorticosteroides, aumentando a translocação do receptor de glicocorticosteroide do citoplasma para o núcleo da célula, inibindo a NF-kB Apesar de sua ação sobre as células inflamatórias, os b2 não são muito eficazes como inibidores da inflamação porque os receptores destas células são rapidamente dessensibilizados depois da exposição aos agonistas. Os agentes de curta duração tem efeito em min e geralmente são usados conforme a necessidade; já os de longa duração são dados regularmente,como terapia complementar. Nunca de forma isolada e sempre associado aos GC Formoterol tem inicio de ação mais rápida que salmeterol, mas só é indicado para crianças acima de 6 anos, salmeterol acima de 4. Menores de 4 somente beta de curta duração Os β2-agonistas inalatórios de curta duração, como salbutamol, devem ser usados “conforme necessário” por sintomas e não em uma base regular no tratamento de asma leve; a maior utilização indica a necessidade de mais terapia anti-inflamatória. FENOTEROL = BEROTEC Antagonistas muscarínicos • Ipratrópio: bloqueio M1 e M3; aumento da depuração mucociliar; via inalatória, 3/5h, poucos efeitos indesejáveis (distúrbios gastro-intestinais e vasodilatação acentuada) • Tiotrópio: DPOC; ação longa de 8/12 h • Coadjuvantes dos agonistas β2 e corticosteróides e mais utilizado para tosse em asmáticos. O principal composto utilizado como broncodilatador é o ipratrópio, como não é seletivo, é possível que o bloqueio dos receptores M2, aumente a acetilcolina na fenda sináptica e reduza a eficácia de seu antagonismo sobre os receptores M3.; (2) aumenta a depuração mucociliar. É pouco utilizado na asma e mais em casos de tosse causadas por agentes irritantes em asmáticos ou se beta adrenérgicos não respondem ou são contra-indicados, como na isquemia cardíaca. O efeito ocorre em no máx. 30 min e dura de 3 a 5h. Boca seca, náusea, constipação e retenção urinária Tiotropio – usado em alguns pacientes com DPOC por ter ação mais longa, mas custa no Brasil de R$160 a 360,00 de 1 único laboratório São usados mais como coadjuvantes dos agonistas b2 e corticosteróides. A combinação com agonistas b ocorre em crises asmáticas, gera broncodilatação ligeiramente maior e mais prolongada, evitando internações (1 a cada 7). Xantinas teofilina, aminofilina e cafeína – uso agudo Mecanismos de ação: • Inibição de isoenzimas da fosfodiesterase (PDE) com do AMPc e/ou GMPc – do tônus vascular brônquico • Antagonismo dos receptores de adenosina = Adenosina + ML e mastócitos = broncoconstrição e desgranulação de mastócitos • Liberação de IL-10 • Indução de apoptose de mastócitos, eosinófilos, macrófagos e neutrófilos No séc. XVIII os médicos receitavam beber café bem forte para melhorar dispnéia e já foram os medicamentos mais usados pelos asmáticos Para uso agudo - Existem 3 principais metilxantinas: teofilina, aminofilina e cafeína. Sendo que o principal fármaco é a teofilina. Usados em países pobres pelo baixo custo Os modos pelos quais as xantinas produzem efeito na asma ainda não estão claros. Inibição da fosfodiesterase dos tipos III e IV impede a degradação do cAMP nas células musculares lisas das vias respiratórias, resultando em relaxamento do músculo liso. Tb inibem PDE em LT e eosinófilos tendo efeito anti-inflamatório e imunomodulatório. a teofilina é um antagonista competitivo da adenosina, receptor expresso nas células musculares lisas das vias respiratórias e nos mastócitos, e é possível que o antagonismo desses receptores possa desempenhar um papel na prevenção da broncoconstrição e da inflamação, mas tb esteja ligado aos efeitos adversos da droga, como taquicardia, agitação psicomotora, secreção gástrica de ácido e diurese. Administração oral ou parenteral Meia-vida 3 a 7 h Associadas a β2 adrenérgicos ou anticolinérgicos = broncodilatação adicional; 2ª escolha à β2 adrenérgicos. Ações e efeitos colaterais: àEstimulam o SNC: alerta, tremor, nervosismo, interferência no sono, convulsões. àEstimulam o sistema cardiovascular: Ino e cronotropismo positivo + relaxamento músculo liso cardiovascular = arritmias àDose terapêutica muito próxima da dose tóxica É absorvida rapidamente após adm oral ou parenteral, tem meia-vida de 3 a 7h, sendo eliminadas pelo metabolismo hepático É usada como farmaco de 2ª escolha em conjunto com esteroides em pacientes que não respondem bem aos b2 ou não tem acesso financeiro aos LABA (R$ de 13 a 28,00 teofilina – 75,00 a 80,00 LABA + fluticasona) Efeitos colaterais relacionados com antagonismos da adenosina- estimulam o SNC, aumentando o estado de alerta, podem causar tremor, nervosismo, interferir no sono e ter ação sobre a respiração. Tem ações cronotrópicas (FC) e inotrópicas positivas no coração, mas relaxam o músculo liso cardiovascular, seu efeito mais serio é a arritmia que pode ser fatal. Alguns alimentos contem xantina, como café e chocolates e podem aumentar os riscos cardíacos e de estimulação SNC. Outros fatores como dieta rica em carbo e pobre em proteinas, antibioticos como eritromicina, ranitidina, anticoncepcionais reduzem seu clearance e podem causar toxicidade.BRONCODILATADORES/ANTI- INFLAMATÓRIOS Antagonistas dos receptores de cis-LTs • CisLT: mucosa respiratória e células inflamatórias infiltrativas. Em pacientes com asma moderada ou grave, que apresentam comprometimento da função pulmonar o montelucaste e o zafirlucaste produzem melhora imediata, ainda que pequena, da função pulmonar (reduzindo o uso de beta bloqueadores de resgate) provavelmente, ao antagonismo da constrição anormal do tônus brônquico causada pela estimulação dos receptores CysLT1. Administração crônica, os antagonistas dos leucotrienos reduzem a frequência das exacerbações e melhoram o controle da asma. Asma leve - os antileucotrienos são consideravelmente menos eficazes do que os corticosteroides inalados e não podem ser considerados tratamento de primeira escolha. Os antileucotrienos são indicados como terapia adjuvante em pacientes que não estão bem controlados sob tratamento com corticoides.. Os cis-LT (LTC, LTD, LTE) são potentes constritores da musculatura lisa dos bronquios, sendo o LTD até 1.000 vezes mais potente que a histamina Sabe-se que na mucosa respiratória e nas celulas inflamatórias podemos encontrar os dois tipos de receptores de cisteinil-Lt , mas estes LT possuem maior afinidade pelo CysLT1, por isso os fármacos montelucaste e zafirlucaste antagonizam somente este subtipo. • Reduzem as frequências das exacerbações • Inibem a asma induzida pelo exercício; • Relaxam as vias aéreas; • Ação aditiva β2; • Reduzem a eosinofilia do escarro. • Alternativa ao uso de corticóides no tratamento de controle da asma leve Efeitos indesejáveis: • Cefaléia • Distúrbios gastrintestinais Farmacocinética • Administração oral • zafirlucaste – meia-vida 10h • montelucaste – meia-vida 3/6h • zileutona – meia-vida 3 h ANTI-INFLAMATÓRIOS Glicocorticóides Induzem apoptose de LTh2 e eosinófilos Diminuem lesão epitelial Up regulation receptores β2 São os principais fármacos anti-inflamatório usados nas asma. As formas em aerossóis são usados para tratar asma moderada, já a asma crônica grave ou as crises agudas graves o indicado são os glicocort sistemicos Uma ação importante de relevância para a asma , é que eles diminuem a formação de citocinas, principalmente das Th2 que ativam eosinófilos e promovem a produção de IgE Também inibem o fluxo de eosinófilos para o pulmão induzido por alérgenos,. Eles tb supra regulam os receptores adrenérgicos b2 pq aumentam a transcrição do gene que codifica b2. A inibição de IL-13 pode reduzir, a longo prazo o número de mastócitos na mucosa respiratória São incapazes de reverter a remodelagem das vias respiratórias causada pela asma de longa duração e mal controlada. Principais compostos: 1- Beclometasona* 2- Budesonida 3- Fluticasona 4- Mometasona 5- Ciclesonida Aerossol - asma persistente a moderada Oral – asma crônica grave ou crises agudas graves (prednisolona, prednisona) * Disponível no SUS O tratamento com farmacos sistemicos está associado a efeitos colaterais significativos. O desenvolvimento de glicocorticóides inalatórios permitiu a redução destes efeitos, pois o farmaco é liberado diretamente na área de inflamação, amplificando o indice terapeutico destes farmacos. A budenisona e fluticasona podem ser eficazes com 1 ou 2 inalações administradas 1 ou 2 vezes por dia, isso assegura maior obediencia e controle da asma. Os efeitos beneficos dos glicocort podem ser detectados em 1 semana, porem a melhora da hiperretividade pode demorara meses. Efeitos adversos: • Inalatórios – candidíase orofaríngea, disfonia • Sistêmicos – distúrbios do humor, aumento do apetite, alterações glicêmicas em diabéticos e osteoporose. Podem causar candidíase orofaríngea porque a inibição dos linfócitos t tornam os indivíduos mais susceptíveis a infecções fungicas e também disfonia, caracterizada por alteração na voz, rouquidão. O ideal para minimizar estes efeitos é o uso de espaçadores que diminuem a exposição da orofaringe e aumentam a deposição do fármaco nos pulmões. Não há aumento no risco de infecções em pacientes recebendo corticosteróides inalatórios ou prednisona em doses abaixo de 10mg/dia Medicamento acoplado no tubinho é apertado, 10 a 20% que é inalado chega nos pulmões, com isso ocorre a broncodilatação e diminui o processo inflamatório. 80 a 90% é deglutido vai no TGI e passa pelo fígado, com isso ele passa pelo metabolismo de primeira passagem sendo modificado e perdendo seu efeito. Anti-IgE - Omalizumabe Eficácia depende de redução de mais de 90% da IgE livre. O omalizumabe é um anticorpo anti-IgE que se liga a ela diminuindo seus níveis livres e a quantidade de IgE ligada aos seus receptores FcεR (epsilon) I e II, atenuando as reações alérgicas. Além de inibir a ligação da IgE com mastócitos, basófilos e eosinófilos, o omalizumabe regula negativamente a expressão do receptor Fc. Estas ações vão diminuir a liberação de mediadores e a amplitude da resposta infamatória. A eficácia do omalizumabe depende da redução da IgE livre e também da quantidade de FceR disponível na superfície das células. Por isso terá poucos efeitos clínicos até que sejam administradas doses suficientes para reduzir a IgE livre em mais de 90%. • Adultos e adolescentes com alergias e asma grave. • Eficaz em reduzir dependência de corticoides inalatórios e orais. • 1 injeção subcutânea a cada 2-4 semanas • Meia-vida – 26 dias. Por causa de seu custo muito elevado, esse tratamento geralmente é usado apenas em pacientes com asma muito grave que não estão bem controlados, mesmo sob tratamento com corticosteroides orais e em pacientes com rinite alérgica concomitante muito grave. DPOC A fumaça de cigarro e outros inalantes tóxicos . Linfocitos CD8 tb podem estar envolvidos na destruição da parede alveolar. As células epiteliais expressam TGFB que induz a fibrose local. As células epiteliais das vias aéreas e macrófagos os quais produzem mediadores inflamatórios, que atraem neutrófilos circulantes, monócitos, e linfócitos nos pulmões. Ocorre a liberação de proteases, como a MMP9, que leva a destruição do parênquima pulmonar (enfisema) e também estimula a hipersecreção muco (ou seja, bronquite) Os níveis de IL-6 são aumentados no escarro e na circulação sistêmica de pacientes com DPOC e podem explicar o aumento dos níveis circulantes de proteína C-reativa. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC • Obstrução persistente das vias aéreas causada pelo enfisema ou pela bronquite crônica. • Afeta as pequenas vias aéreas e o parênquima pulmonar • Fator de risco – tabagismo; poluição ambiental e ocupacional • Limitação crônica do fluxo de ar, dispneia, tosse e aumento da produção de muco. • Ocorre uma obstrução persistente das vias aéreas causada pelo enfisema ou pela bronquite crônica que afeta as pequenas vias aéreas e o parênquima pulmonar O tabagismo é o fator de risco predominante da DPOC, cerca de 10 a 15% dos tabagistas desenvolvem a doença. Mas não é o único fator importante. Exposição a poluição em recintos fechados, resultante do uso de fornos e de fogões a lenha e a carvão, ou a exposição a poluição atmosférica e a hereditariedade constituem fatores de risco. Os sintomas mais comuns são: limitação crônica do fluxo de ar, dispnéia, tosse e aumento da produção de expectoração. O paciente apresenta dificuldade respiratória durante a realização das atividades cotidianas como, por exemplo, tomar banho, vestir-se ou cozinhar. A tosse, em geral, é discreta e o paciente não a leva em conta, considerando-a uma tosse “normal” do tabagista, apesar de evidentemente ela não o ser. A DPOC pode ter diferentes apresentações clínicas e muitos pacientes são diagnosticados como portadores de bronquite crônica ou enfisema pulmonar. Abronquite crônica caracteriza-se por uma tosse persistente que produz dilatação das glândulas brônquicas causando secreção excessiva de muco, denominado escarro. Podemos também observar fibrose das paredes alveolares, edema do revestimento, obstrução e espessamento da musculatura lisa. Os sintomas mais comuns são: limitação crônica do fluxo de ar, dispnéia, tosse e aumento da produção de expectoração. sintomas podem variar e melhorar em resposta à administração de drogas broncodilatadoras. O enfisema consiste na dilatação dos alvéolos e na destruição de suas paredes, levando a perda de seu suporte estrutural ocorrendo colapso quando o ar é expirado. Nenhuma terapia disponível no momento reduz a implacável progressão da doença. COPD é normalmente tratada com os fármacos usados para tratar a asma, o que quase sempre é inapropriado, já que o processo inflamatório na DPOC difere do da asma. O reconhecimento global da importância desta doença e o aumento de sua prevalência tem levado a esforços para o desenvolvimento de novas drogas, particularmente para o controle da inflamação e do processo destrutivo da doença. Em primeiro lugar é importante abandonar o tabagismo, o que pode tornar a progressão da doença mais lenta. Os pacientes devem ser imunizados contra influenza e Pneumococcus porque infecções podem ser fatais. Para tratar a obstrução são usados anticolinérgicos inalados, como o brometo de ipratrópio, que é mais efetivo que os agonistas b2 de curta duração (salbutamol, terbutalina). Recentemente, agonistas b2 de longa duração, como o salmeterol e formeterol tem se mostrado efetivos broncodilatadores para DPOC e tem efeitos aditivos aos anticolinérgicos inalatórios. A teofilina via oral tem se mostrado útil como broncodiltador porque seu efeito estimulante respiratório pode ser util em pacientes que tendem a reter CO2. Os glicorticoides em geral não reduzem a resposta inflamatória e não previnem a progressão da doença. E como apresentam grandes risco de efeitos colaterais sistêmicos em grandes doses inalatórias, não devem ser usados rotineiramente para manutenção da doença. Se a doença se tornar mais grave, como em pacientes que apresentam hipóxia crônica, pode ser necessário considerar terapia com oxigênio a longo prazo. Em casos mais severos, um programa de reabilitação pulmonar, com reeducação, exercícios e fisioterapia, tem se mostrado em ensaios controlados capaz de melhorar a capacidade de atividades físicas e da qualidade de vida. Novas abordagens: adesivos de nicotina, goma de mascar, parar de fumar e cloridrato de bupropiona (antidepressivo). Somente recentemente tem surgido pesquisas interessadas na biologia celular e molecular da DPOC afim de identificar novos medicamentos. Os problemas são que não existe um modelo animal satisfatório de DPOC para teste de drogas e há ainda incertezas sobre como testar estas drogas, que requerem um estudo a longo prazo (mais de 3 anos) em um numero grande de pacientes. Porém, algum progresso tem sido feito e há algumas drogas em desenvolvimento pré- clinico e clinico. Parar de fumar é a única intervenção terapêutica que tem se mostrado, até agora, capaz de reduzir a progressão da doença. Sendo a terapia de repoisção de nicotina e abordagens comportamentais as duas terapias mais investigadas. O antidepressivo bupropiona é o tratamento mais eficaz descrito até agora para o abandono do tabagismo. Com indices de abandono de 18%, comparado com 9% de adesivos cutaneos e 6% de placebo. TOSSE O reflexo da tosse é iniciado pela irritação da membrana mucosa do trato respiratório e é coordenado pelos centro medulares que controlam o diafragma e os musculos intercostais Tosse - reflexo protetor que retira material estranho e secreções dos brônquios e bronquíolos. - Aguda: < 3 semanas - Subaguda: entre 3 – 8 semanas - Crônica: > 8 semanas - Seca - Produtiva Água é o melhor antitussígeno: facilita movimentação do muco sobre a camada de cílios Chás são bons e muitas vezes tem propriedades anti-inflamatórias Sempre que possível trate a causa subjacente e não a tosse! Antitussígenos - Expectorantes - Mucolíticos - Fluidificantes - Emolientes ANTITUSSÍGENOS ou inibem a tosse. Somente em casos de: • tosse não produtiva e de curta duração • doentes sem patologia crônica de base • que interfira com o sono • que provoque/agrave irritação brônquica • que represente risco para o doente Tosse não deve ser abolida rotineiramente pq é uma função protetora. Clobutinol – não opiáceo com ação seletiva no centro da tosse Adjuvantes – broncodilatadores como salbutamol e terbutalina Fármacos: • clobutinol ação seletiva no centro da tosse • dropropizina, levodropripizina • difenidramina/prometazina (anti- histamínico - casos de alergia) • dextrometorfano – eleva limiar da tosse • codeína – supressor moderado Tosse não deve ser abolida rotineiramente pq é uma função protetora. Clobutinol – não opiáceo com ação seletiva no centro da tosse Dextrometorfano – isomero da codeina sem propriedades analgesicas – não opiode, age elevando o limiar para tosse. Efeito de 5 a 6 h Adjuvantes – broncodilatadores como salbutamol e terbutalina Facilitam a eliminação do muco das vias aéreas superiores 1. Mucolíticos - Diminuem a viscosidade das secreções ✔ Acebrofilina (Brondilat®) – broncodilatador, mucolítico e expectorante ✔ Ambroxol (anabron®, mucosolvan®) Inibe liberação de citocinas (TNF-α, IL-2) ✔ N-acetilcisteína (fluimicil®) ✔ Carboximetil-cisteína (mucofan®, mucolit®) Rompem ligações S-S de glicoproteínas Podem provocar estomatites e irritação do TGI A acebrofilina é indicada como broncodilatador, mucolítico e expectorante. No organismo, a acebrofilina se dissocia em teofilina e ambroxol. Tratamento sintomático e preventivo das patologias agudas e crônicas do aparelho respiratório caracterizadas por fenômenos de hipersecreção e broncoespasmo, tais como: bronquite obstrutiva ou asmatiforme, asma brônquica, traqueobronquite, broncopneumonias, bronquiectasias, pneumoconioses, rinofaringites, laringotraqueítes, enfisema pulmonar Misturas contendo antihistaminicos, decongestionantes (como pseudoefedrina) e supressores da tosse como codeina são normalmente usados Acetilcisteina em asmáticos - devem ser rigorosamente monitorados durante o tratamento; se ocorrer broncoespasmo, suspender a acetilcisteína imediatamente e iniciar tratamento adequado. Acetilcisteína pode afetar moderadamente o metabolismo da histamina, portanto deve-se ter cautela quando administrar o produto para tratamento a longo prazo em pacientes com intolerância à histamina, uma vez que os sintomas de intolerância pode ocorrer (dor de cabeça, rinite vasomotora e prurido) . Fluidificantes Aumentando o fluxo das secreções - Iodeto de potássio (MM expectorante®, Expec®) Quase não há provas de sua eficácia clínica - Guaifenesina (Xarope vick de guaifenesina®) Diabéticos – xaropes com açúcar
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