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HISTOLOGIA DO PÂNCREAS

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Bruna Argolo 
HISTOLOGIA DO PÂNCREAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O suprimento vascular e nervoso do pâncreas, assim como seu sistema de dutos, percorre estes septos de tecido 
conjuntivo. O pâncreas produz secreções exócrinas e endócrinas. Os componentes endócrinos do pâncreas, as ilhotas 
de Langerhans, estão dispersos entre os ácinos secretores exócrinos. 
O pâncreas exócrino é uma glândula tubuloacinosa composta, que produz um fluido rico em bicarbonato 
contendo proenzimas digestivas. Quarenta a 50 células acinosas formam um ácino arredondado ou oval cuja luz é 
ocupada por três ou quatro células centroacinosas, início do sistema de dutos do pâncreas. A presença de células 
centroacinosas no centro do ácino é um aspecto que caracteriza esta glândula. 
As células acinosas do pâncreas possuem receptores para colecistocinina e acetilcolina, enquanto as células 
centroacinosas e os dutos intercalares possuem receptores para secretina e, talvez, para acetilcolina. 
Todas as células acinosas têm a forma de uma pirâmide truncada com base voltada para a lâmina basal, que 
separa as células acinosas do compartimento de tecido conjuntivo. O núcleo redondo destas células tem posição basal e 
está envolvido por um citoplasma basófilo. O ápice das células, voltado para a luz do ácino, está cheio de grânulos de 
secreção (grânulos de zimogênio) contendo proenzimas, cujo número diminui após uma refeição. A região do Golgi, 
situada entre o núcleo e os grânulos de zimogênio, varia de tamanho havendo uma relação inversa entre este e a 
concentração dos grânulos de zimogênio. A membrana plasmática basal das células acinosas possui receptores para o 
hormônio colecistocinina e para o neurotransmissor acetilcolina, liberada pelas fibras nervosas parassimpáticas pós-
ganglionares. Os grânulos de zimogênio podem liberar individualmente seu conteúdo, ou várias vesículas de secreção 
podem fundir-se umas com as outras formando um canal, que parte do citoplasma apical e vai até a luz do ácino. 
As células centroacinosas e os dutos intercalares produzem um fluido seroso, alcalino, rico em bicarbonato, 
que neutraliza e tampona o quimo ácido, que chega ao duodeno. O sistema de dutos do pâncreas começa no centro do 
ácino no final dos dutos intercalares, constituído por células centroacinosas claras, cubóides baixas. Os dutos 
intercalares unem-se uns com os outros formando os dutos intralobulares, vários dos quais convergem formando os 
dutos interlobulares. Estes dutos, envolvidos por uma quantidade considerável de tecido conjuntivo, lançam seu 
conteúdo no duto pancreático principal, que se une ao duto biliar comum antes de se abrir no duodeno, na papila de 
Vater. 
 
O pâncreas endócrino é composto por agregações esféricas de células, denominadas ilhotas de Langerhans, 
que estão dispersas entre os ácinos. A cauda contém um número algo maior de ilhotas do que as regiões restantes. Cada 
ilhota está circundada por fibras reticulares, que também penetram na ilhota envolvendo a rede de capilares que a 
permeia. O parênquima das ilhotas de Langerhans é constituído por cinco tipos celulares: células beta, células alfa, células 
delta, células PP e células G. Estas células não podem ser identificadas nas colorações histológicas de rotina, mas 
procedimentos imunocitoquímicos permitem distingui-las. Os dois hormônios produzidos em maior quantidade pelo 
pâncreas endócrino — insulina e glucagon — agem, respectivamente, diminuindo e aumentando os níveis de glicose do 
sangue. 
 
Bruna Argolo

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