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Capitalismo Industrial

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Capitalismo Industrial: Capitalismo e revoluções das novas tecnologias
A Revolução Industrial teve início na Inglaterra no século XVIII com o surgimento da mecanização e a expansão das indústrias. Embora tenha iniciado na Inglaterra, esse processo de grandes transformações econômicas, políticas e sociais se espalhou pelo mundo até o início do século XX. Ela está dividida em três fases, uma vez que acompanhou o desenvolvimento da sociedade industrial:
 Primeira Revolução Industrial (século XVIII ao XIX): máquina de fiar, tear mecânico e máquina a vapor.
 Segunda revolução Industrial (século XIX e início do XX): desenvolvimento da energia elétrica, invenção dos automóveis e aviões, invenção dos meios de comunicação (telégrafo, telefone, televisão e cinema), surgimento das vacinas e antibióticos e descoberta de novas substancias químicas.
 Terceira Revolução Industrial (a partir do século XX): avanço da metalurgia, da tecnologia e da ciência, conquista espacial, progresso da eletrônica, uso de energia atômica, desenvolvimento da engenharia genética e biotecnologia.
O Capitalismo Industrial ou Industrialismo corresponde a segunda fase do capitalismo que surge com a Revolução Industrial no século XVIII e se consolida com a Segunda Revolução Industrial em meados do século XIX e início do XX.
Fases do Capitalismo
Desde o surgimento do sistema econômico capitalista no século XV, ele sofreu algumas transformações que acompanharam o desenvolvimento da sociedade, o qual está dividido em três fases, a saber:
· Capitalismo Comercial ou Mercantil (pré-capitalismo) – do século XV ao XVIII
· Capitalismo Industrial ou Industrialismo – séculos XVIII e XIX
· Capitalismo Financeiro ou Monopolista – a partir do século XX
Características do Capitalismo Industrial
As principais características do Capitalismo Industrial são:
· Industrialização e desenvolvimento dos transportes
· Nova forma de divisão social do trabalho
· Trabalho assalariado
· Liberalismo e livre-concorrência
· Intensificação das relações comerciais internacionais
· Surgimento da classe operária (proletariado) e dos sindicatos
· Supremacia da burguesia industrial
· Crescimento urbano e o desenvolvimento tecnológico
· Transformação das manufaturas em produtos industrializados
· Produção em larga escala
· Aumento da produção de mercadorias e diminuição dos preços
· Atividades industriais como principal fonte de negócio e lucros. Destaque para a indústria têxtil.
· Concentração de renda nas mãos da burguesia industrial (grandes donos de indústrias);
· Alta desigualdade social, pois os lucros ficavam quase integralmente com os donos de indústrias que pagavam salários muito baixos para os operários;
· Evolução nos meios de produção com a invenção e uso de máquinas a vapor. Aumento da produção com custo mais baixo.
· Uso do carvão como fonte de energia e ferro como principal matéria-prima;
· Desenvolvimento de meios de transporte (locomotivas e navios a vapor) rápidos e de longas distâncias para atender a logística.
· Uso nas indústrias de mão-de-obra assalariada;
· Salários baixos, poucos direitos trabalhistas e exploração de mão-de-obra infantil. Grande parte dos operários vivia em péssimas condições sociais.
· Êxodo rural - saída de trabalhadores do campo para buscar empregos nas indústrias das cidades;
· Crescimento desordenado das cidades industriais europeias com piora na qualidade de vida e surgimento de problemas sociais;
A nobreza e o clero
Finalmente, a terceira transformação radical foi a Revolução Francesa de 1789. Essa Revolução pretendeu a derrubada do Antigo Regime, constituído em torno de monarquias absolutas, em que o poder dos nobres e da Igreja prevalecia sobre os outros grupos sociais.
Tantas revoluções, quase simultâneas, deixam claro que essa velha ordem não podia mais se manter. A sociedade baseada no absolutismo e no mercantilismo oferecia privilégios aos nobres e ao clero, mas concedia poucos direitos ao povo. "Povo", naquela época, significava tanto os burgueses ricos, mas sem direitos políticos, como o mais miserável dos trabalhadores. Assim, diferentemente dos nossos dias, a expressão "povo", até meados do século 19, abrangia todos aqueles que não tinham sangue nobre, nem pertenciam à Igreja.
Os burgos e a burguesia
Essas lutas e transformações que ocorriam no mundo ocidental passaram por duas fases. Num primeiro momento, tanto pobres quanto ricos queriam acabar com os privilégios da nobreza e do clero. Mas, no decorrer das lutas, os ricos souberam se beneficiar do processo, para garantir seu direito à propriedade. Isso quer dizer que a nova fase do capitalismo pode ser interpretada como a ascensão da burguesia, que se transformou na classe social mais poderosa a partir de então.
Mas quem são esses burgueses, afinal? Esse nome vem da palavra burgo. No período final da Idade Média, os burgos eram vilas, locais situados fora dos feudos, onde grupos de comerciantes e negociantes moravam e realizavam suas atividades. Assim, os burgueses passaram a ser identificados com os indivíduos que praticavam o comércio e ganhavam dinheiro. Em decorrência disso, com o desenvolvimento do capitalismo Industrial, a expressão "burguesia" passou a designar a classe dos ricos proprietários de indústrias e dos grandes negociantes.
Isso tudo indica que, a partir do século 18, a maior fonte de riqueza era a propriedade dos meios de produção (fábricas e equipamentos) pelos capitalistas (aqueles que têm o capital, ou seja, o dinheiro para adquirir esses meios). Já a maior parte das outras pessoas da sociedade, que não tinham esses recursos, viam-se forçados a se empregar nas fábricas, vendendo seu trabalho em troca de um salário. Através do trabalho, os operários (também chamados de proletários) geram riqueza para os capitalistas. Estes, além de cobrir seus custos com a produção, também conseguem obter lucros.
Adam Smith e o liberalismo
O funcionamento da economia industrial baseava-se em ideias que constituíram um sistema filosófico chamado de liberalismo. Essas ideias surgiram juntamente com a Revolução Industrial, no final do século 18. Na economia, um dos principais teóricos do liberalismo foi Adam Smith, que defendia a não intervenção do Estado na economia (tal como acontecera no Mercantilismo).
Segundo Smith, o jogo econômico era regido pela lei da oferta e da procura. Dentro dessa lógica, ninguém - particularmente o Estado - deve interferir no mercado, onde vigora uma competição, em que os mais capazes obterão melhores resultados.
A primeira Revolução Industrial
Esse modelo de capitalismo começou a se desenvolver a partir de 1760, quando a Inglaterra viveu a primeira Revolução Industrial. O que marca essa fase é a invenção do tear mecânico e da máquina a vapor, o uso de carvão e do ferro. Essas são características da indústria têxtil, que empregou os camponeses, forçados a deixar o campo pela falta de trabalho. Desde então, eles passaram a compor a população das grandes cidades.
A partir de 1860, outros países investiram também na formação de suas indústrias, numa fase que é denominada de segunda Revolução Industrial. Assim, França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão iriam, até o começo do século 20, aplicar grandes capitais na produção de aço, energia elétrica e produtos químicos.
Durante essa fase, também, o capitalismo industrial se transformou em capitalismo financeiro, quando empresas e bancos se uniram, para obterem maiores lucros. Isso gerou a formação de grandes empresas multinacionais (que funcionam em várias nações ao mesmo tempo). Muito ricas e poderosas, elas impunham normas de produção e definiam os preços de seus produtos no mercado.
O sistema capitalista no século 20
No entanto, o capitalismo industrial e financeiro passou por várias transformações e desafios no decorrer do século 20. Primeiramente, com a Revolução Russa de 1917, que se propôs a construir uma sociedade comunista, ameaçando a ordem burguesa mundial. O risco de o comunismo se espalharpelo mundo, acabou por dividi-lo em dois blocos econômicos, um capitalista e outro comunista, entre os anos de 1945 e 1989, no período denominado de Guerra Fria.
Além disso, o capitalismo enfrentou crises internas, inerentes ao próprio funcionamento do sistema. Após a Primeira Guerra Mundial (1914-18), os Estados Unidos emergiram como potência industrial e passaram a produzir mercadorias para uma Europa devastada pelo conflito. No entanto, com o passar dos anos, a produção norte-americana tornou-se maior do que a necessidade de consumo, o que gerou a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929.
Esse fato acarretou uma revisão do modelo capitalista liberal, a partir da qual passou-se a considerar a necessidade de o Estado também intervir na economia para evitar ou controlar crises. A livre iniciativa e a propriedade privada não foram questionadas, mas o governo passou a intervir na definição dos preços dos produtos, a conceder empréstimos a produtores e a procurar gerar empregos, através da realização de obras públicas e da recuperação das indústrias privadas.
Por fim, a partir da década de 1970, o capitalismo financeiro passou por uma nova fase, chamada por alguns economistas de terceira Revolução Industrial. Essa fase decorre da Era da Informática, ou seja, do desenvolvimento dos microcomputadores e da ampliação crescente da oferta de informação, que deu um salto com a popularização da Internet, nos anos de 1990. A partir de então, com a queda do regime comunista soviético em 1989, estabeleceu-se a chamada Nova Ordem Mundial, cujas principais características são a globalização e o neoliberalismo.
Principais características, significado, história, resumo, práticas capitalistas da fase, aspectos econômicos, Revolução Industrial
· Indústrial do período da Revolução Industrial
Significado - o que foi
O capitalismo Industrial foi a segunda fase do desenvolvimento do capitalismo. Teve início com a Primeira Revolução Industrial do século XVIII, avançando até o século XIX com a Segunda Revolução Industrial. A Inglaterra é considerada o berço desta fase do capitalismo, pois foi neste país que teve início o processo de revolução industrial.
A partir da segunda metade do século XIX, o capitalismo industrial cresceu em outros países como, por exemplo, França, Bélgica, Alemanha, Holanda, Estados Unidos e Japão;
- No final do século XIX começou a surgir as empresas multinacionais com a união do capital industrial com o financeiro (principalmente bancos). Ocorreu neste contexto, a formação de monopólios em vários setores da economia, organizados e mantidos pelas grandes indústrias.
Neocolialismo e Imperialismo
Como forma de ampliar o mercado consumidor e obter novas fontes de matérias-primas, as principais potências econômicas europeias conquistaram países na Ásia e África. Além de impor o modo de vida europeu nas regiões colonizadas, os europeus vendiam seus produtos e exploravam recursos minerais e vegetais nestes países. Foi uma forma de expandir o capitalismo no século XIX.
Socialistas propunham uma modelo econômico e social baseado na igualdade social, com o controle dos meios de produção realizado pelos trabalhadores das fábricas. Karl Marx foi o principal representante do socialismo.
Resumo
O capitalismo industrial surge com o novo panorama determinado pelo processo de industrialização. Assim, as máquinas começam a substituir o trabalho manual, e de um pré-capitalismo esse sistema econômico atinge outra configuração a partir de novas técnicas de produção de mercadorias.
Nesse momento, os produtos manufaturados da primeira fase capitalista (capitalismo comercial ou mercantil) tornam-se produtos industrializados por meio da mecanização que despontava na Inglaterra, aumentando cada vez mais a produtividade ao mesmo tempo que ampliava o mercado consumidor pelo mundo.
Uma das maiores invenções desse período foi a máquina a vapor gerada por meio da combustão do carvão. Ela foi essencial para aumentar a produção de mercadorias e consequentemente, o lucro dos produtores.
Observe que o capitalismo surgiu no século XV, denominado de capitalismo mercantil, fundamentado no sistema mercantilista (monopólio, balança comercial favorável e metalismo), pautado nos interesses de uma nova classe que surgia: a burguesia. Nesse período as grandes navegações, a exploração de novas terras e o comércio de especiarias movimentavam a economia.
A maior característica dessa primeira fase do capitalismo para atingir o lucro foi o comércio de manufaturas, enquanto no industrialismo o comércio era realizado através da produção de mercadorias industrializadas em larga escala.
Já no capitalismo industrial, a classe burguesa, detentora dos meios de produção, ou seja, os donos das indústrias, enriquecem cada vez mais, através da mão de obra assalariada que trabalhava e eram explorados nas fábricas.
No entanto, esses operários ou proletariados não estavam satisfeitos com as precárias condições de trabalho, visto a quantidade de horas de trabalho e os baixos salários que recebiam. O resultado foi o acúmulo de capital nas mãos dos burgueses e uma classe social trabalhadora descontente, o proletariado.
Durante esse período, as desigualdades sociais crescem exponencialmente, uma vez que a maior parte do dinheiro estava concentrado nas mãos dos burgueses, enquanto a classe trabalhadora era explorada e recebia salários insuficientes para terem uma vida digna.
O êxodo rural foi um fator determinante para o desenvolvimento do capitalismo industrial, de modo que as pessoas saiam do campo em busca de melhores condições de vida nas cidades, o que resultou numa explosão demográfica e o surgimento de uma nova divisão de trabalho nas fábricas.
Destarte, com o enriquecimento da classe burguesa e o investimento em novas descobertas, levou cada vez mais a expansão e o desenvolvimento do capitalismo pelo mundo.
Além disso, a expansão de mercados consumidores, as relações internacionais e o desenvolvimento da globalização foram essenciais para consolidar uma nova fase do sistema capitalista: o capitalismo financeiro ou monopolista.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS:
https://www.todamateria.com.br/fases-do-capitalismo/
http://www.suapesquisa.com/capitalismo/capitalismo_industrial.htm
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/capitalismo-industrial-capitalismo-e-revolucoes-das-novas-tecnologias.htm
Santos, Leandro Bruno: O capitalismo industrial. Editora: Expressão Popular.
GUZZO, Maria Auxiliadora. Enciclopédia do estudante: história geral. São Paulo: Moderna, 2008
Enciclopédia Barsa, volume 5. Encyclopedia Britannica Editares Ltda. Rio de Janeiro: Melhoramentos,1964, p.257-259

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