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Manual de primeiros socorros - SAMU 192

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ELETIVA DE PRIMEIROS 
SOCORROS 
 
Manual com aulas que os estudantes tiveram no 
decorrer da eletiva, incluindo pesquisas e vídeos. 
 
 
E.E. Hermínio Cantisani 
 
Professora: Patricia Miler 
Coordenadoras: Glaucimara de Souza Moreira; 
Denise Gonçalves de Moura Bragadioli 
Diretor: João Alves Garcino 
 
1 
 
Primeiros socorros 
Primeiros socorros são intervenções que devem ser feitas de maneira 
rápida, logo após o acidente ou mal súbito, que visam a evitar o 
agravamento do problema até que um serviço especializado de 
atendimento chegue até o local. Essas intervenções são muito importantes, 
pois podem evitar complicações e até mesmo evitar a morte de um 
indivíduo. 
Antes de qualquer procedimento de primeiro socorro, é importante que 
o socorrista tenha em mente a necessidade de: 
 Manter a calma; 
 Afastar os curiosos; 
 Garantir que serviço de emergência seja chamado. 
 
 
Telefones úteis em caso de emergência 
1
2 
 
 
 
É muito importante salientar que algumas pessoas não estão 
preparadas para realizar os primeiros socorros e, portanto, o ideal é que 
deixe outra pessoa realizar os procedimentos adequados e auxiliar de 
outra maneira, como, buscando socorro. 
 
Omissão de socorro 
A omissão de socorro é considerada crime em nosso país. Segundo o 
Decreto-Lei Nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, deixar de prestar 
assistência a uma pessoa em risco pode resultar em detenção ou multa. 
Veja o art. 135 que aborda o tema: 
 Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo 
sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à 
pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente 
perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade 
pública: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão 
resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a 
morte. 
 
Diferenças entre urgência e emergência 
Você já viu em hospitais, ambulâncias, prontos-socorros e postos de 
atendimento, placas com os enunciados: urgência ou emergência? 
Mas como diferenciá-los? Parecem ter o mesmo significado, não é 
mesmo? 
Como diferenciar algo que é urgente de algo que é emergente? Não 
é tão simples, pois os significados destes vocábulos são semelhantes, 
porém, no âmbito da saúde, são totalmente diferenciados, até por uma 
questão de encaminhamento. 
2
3 
 
Emergência é quando há uma situação crítica ou algo iminente, com 
ocorrência de perigo; incidente; imprevisto. No âmbito da medicina, é a 
circunstância que exige uma cirurgia ou intervenção médica de imediato. 
Por isso, em algumas ambulâncias ainda há “emergência” escrita ao 
contrário e não “urgência”. 
Urgência é quando há uma situação que não pode ser adiada, que 
deve ser resolvida rapidamente, pois se houver demora, corre-se o risco até 
mesmo de morte. Na medicina, ocorrências de caráter urgente necessitam 
de tratamento médico e muitas vezes de cirurgia, contudo, possuem um 
caráter menos imediatista. Esta palavra vem do verbo “urgir” que tem 
sentido de “não aceita demora”: O tempo urge, não importa o que você 
faça para tentar pará-lo. 
No entanto, há situações de emergência que necessitam de uma 
intervenção urgente, ou seja, que não podem se prolongar. 
A diferença concentra-se mais no campo da medicina. Por exemplo: 
hemorragias, parada respiratória e parada cardíaca são emergência. 
Luxações, torções, fraturas (dependendo da gravidade) e dengue são 
urgência. 
Atualmente, na maioria das ambulâncias só vem escrita a palavra 
AMBULÂNCIA, já que o encaminhamento é feito na chegada ao hospital, e 
ao motorista só basta saber que deve abrir caminho. 
 
 
Assistam o vídeo abaixo: diferença entre urgência e emergência. 
https://www.youtube.com/watch?v=RP16uzIUBE0 
 
3
https://www.youtube.com/watch?v=RP16uzIUBE0
Funções, Sinais Vitais e de Apoio 
Introdução 
A atividade de primeiros socorros pressupõe o conhecimento dos 
sinais que o corpo emite e servem como informação para a determinação 
do seu estado físico. 
Alguns detalhes importantes sobre as funções vitais, os sinais vitais e 
sinais de apoio do corpo humano precisam ser compreendidos. 
Funções Vitais 
As funções do cérebro e do coração são vitais para que o ser humano 
permaneça vivo. Esses órgãos possibilitam o funcionamento de todas as 
funções do corpo, são percorridos pelos capilares, vasos sanguíneos em 
contato direto com o sangue arterial e, por isso, ricos em nutrientes e 
oxigênio. No corpo humano o sangue arterial é rico em nutrientes e 
oxigênio e o venoso transporta gás carbônico e catabólitos. 
Diversos órgãos são responsáveis por tratar e manter o sangue com 
as características necessárias para a vida: 
 Os rins auxiliam no equilíbrio hidroeletrolítico do corpo e na 
eliminação de substâncias tóxicas. 
 O aparelho digestivo leva para o sangue substrato orgânicos, agentes 
metabólicos e vitaminas. 
 O fígado sintetiza e modifica a composição do sangue, auxiliando 
também na excreção de substâncias tóxicas. 
 O pulmão fornece oxigênio e remove os gases resultantes da 
respiração. 
 O coração bombeia o sangue pelo corpo possibilitando sua chegada 
a todos os órgãos. 
 
As funções vitais do corpo são controladas pelo Sistema Nervoso 
Central - SNC, composto por células especializadas, organizadas e de alto 
grau de complexidade. Esse órgão é muito sensível à falta de oxigênio, 
provocando alterações funcionais. É importante saber que a hipóxia (falta 
de ar) prolongada acarreta na morte do SNC em aproximadamente três 
minutos e, em consequência, a falência geral dos órgãos do corpo. 
4
Sinais Vitais 
Os sinais vitais são indicações que o corpo dá da existência de vida, 
são reflexos ou indícios que auxiliam na percepção sobre o estado de uma 
pessoa. Na ausência de algum desses sinais é importante pensar na 
possibilidade de alterações nas funções vitais do corpo. Os sinais que 
precisam ser de conhecimento do socorrista são: 
 Temperatura corporal 
 Pulso 
 Respiração 
 Pressão arterial 
 
Temperatura corporal 
A temperatura média do corpo varia entre 35,9 e 37,2° C, ela resulta 
do equilíbrio térmico mantido entre o ganho e a perda de calor pelo 
organismo, diversos órgãos atuam nesse equilíbrio. A temperatura constata 
a existência de atividade metabólica, uma vez que o calor obtido nessas 
reações se propaga pelo corpo e pelo sangue. A temperatura do corpo varia 
de acordo com a atividade exercida e fatores fisiológicos: digestão, 
exercícios, temperatura ambiental etc. Febre alta e prolongada pode levar 
a pessoa a lesões cerebrais irreversíveis. Temperatura baixa do corpo pode 
acontecer após depressão da função circulatória ou no estado de choque. 
A queda da temperatura do corpo, a perda de calor, acontece através 
e diversos processos. Na eliminação, através das fezes, urina, respiração; na 
evaporação, na transpiração por meio da pele; pela condução, na troca de 
calor entre o sangue e o ambiente, quanto maior a quantidade de sangue 
circulando sob a pele, maior é a troca de calor com o meio. O aumento da 
circulação explica o avermelhamento da pele (hipermia) quando estamos 
com febre. 
 
Verificação da Temperatura 
Oral ou bucal - Temperatura média varia de 36,2 a 37ºC. O 
termômetro deve ficar por cerca de três minutos, sob a língua, com o 
paciente sentado, semi-sentado (reclinado) ou deitado. 
5
Não se verifica a temperatura de vítimas inconscientes, crianças 
depois de ingerirem líquidos (frios ou quentes) após a extração dentária ou 
inflamação na cavidade oral. 
Axilar - Temperatura média varia de 36 a 36,8ºC. A via axilar é a mais 
sujeita a fatores externos. O termômetro deve ser mantido sob a axila seca, 
por 3 a 5 minutos, com o acidentado sentada, semi-sentada (reclinada) ou 
deitada. Não se verifica temperatura em vítimas de queimaduras no tórax, 
processos inflamatóriosna axila ou fratura dos membros superiores. 
Retal - Temperatura média varia de 36,4 a 37,ºC. O termômetro 
deverá ser lavado, seco e lubrificado com vaselina e mantido dentro do reto 
por 3 minutos com o acidentado em decúbito lateral, com a flexão de um 
membro inferior sobre o outro. Não se verifica a temperatura retal em 
vítimas que tenham tido intervenção cirúrgica no reto, com abscesso retal 
ou perineorrafia. A verificação da temperatura retal é a mais precisa, pois é 
a que menos sofre influência de fatores externos. 
 
 
 
 
6
Febre 
A febre é caracterizada pela elevação da temperatura do corpo acima 
da média normal, ocorre quando a perda de calor é menor que o ganho, 
diversas doenças podem afetar o hipotálamo e perturbar a regulação 
térmica do corpo. Por isso, a febre deve ser compreendida como um sinal 
do organismo. 
Pessoas com febre apresentam os sintomas: 
 Perda de apetite 
 Mal - estar 
 Pulso rápido 
 Sudorese 
 Temperatura acima de 40° C 
 Respiração rápida 
 Hiperemia da pele 
 Calafrios 
 Dor de cabeça 
 
Primeiros Socorros para Febre 
Aplicar compressas úmidas na testa, cabeça, pescoço, axilas e virilhas 
(que são as áreas por onde passam os grandes vasos sanguíneos). Quando 
o acidentado for um adulto, submetê-la a um banho frio ou cobri-la com 
coberta fria. Podem ser usadas compressas frias aplicadas sobre grandes 
estruturas vasculares superficiais quando a temperatura corporal está 
muito elevada. O tratamento básico da febre deve ser dirigido para as suas 
causas, mas em primeiros socorros isto não é possível, pois o leigo deverá 
preocupar-se em atender os sintomas de febre e suas complicações. Drogas 
antipiréticas como aspirina, dipirona e acetaminofen são muito eficientes 
na redução da febre que ocorre devido a afecções no centro 
termorregulador do hipotálamo, porém só devem ser usadas após o 
diagnóstico. Devemos salientar que os primeiros socorros em casos febris 
só devem ser feitos em temperaturas muito altas (acima de 40C), por dois 
motivos já vistos: 
 A febre é defesa orgânica (é o organismo se defendendo de 
alguma causa); 
 E o tratamento da febre deve ser de suas causas. 
7
Pulso 
O pulso é a onda de distensão de uma artéria transmitida pela 
pressão que o coração exerce sobre o sangue. Esta onda é perceptível pela 
palpação de uma artéria e se repete com regularidade, segundo as batidas 
do coração. 
Existe uma relação direta entre a temperatura do corpo e a 
frequência do pulso. Em geral, exceto em algumas febres, para cada grau 
de aumento de temperatura existe um aumento no número de pulsações 
por minuto (cerca de 10 pulsações). 
 O pulso pode ser apresentado variando de acordo com sua 
frequência, regularidade, tensão e volume. 
a) Regularidade (alteração de ritmo) 
Pulso rítmico: normal 
Pulso arrítmico: anormal 
b) Tensão; 
c) Frequência - Existe uma variação média de acordo com a idade 
como pode ser visto no Quadro II abaixo. 
8
d) Volume 
Pulso cheio: normal 
 Pulso filiforme (fraco): anormal 
A alteração na frequência do pulso denuncia alteração na quantidade 
de fluxo sanguíneo. 
As causas fisiológicas que aumentam os batimentos do pulso são: 
digestão, exercícios físicos, banho frio, estado de excitação emocional e 
qualquer estado de reatividade do organismo. 
No desmaio / síncope as pulsações diminuem. 
Através do pulso ou das pulsações do sangue dentro do corpo, é 
possível avaliar se a circulação e o funcionamento do coração estão normais 
ou não. Pode-se sentir o pulso com facilidade: 
 Procurar acomodar o braço do acidentado em posição relaxada. 
 Usar o dedo indicador, médio e anular sobre a artéria escolhida para 
sentir o pulso, fazendo uma leve pressão sobre qualquer um dos 
pontos onde se pode verificar mais facilmente o pulso de uma 
pessoa. 
 Não usar o polegar para não correr o risco de sentir suas próprias 
pulsações. 
 Contar no relógio as pulsações num período de 60 segundos. Neste 
período deve-se procurar observar a regularidade, a tensão, o volume e a 
frequência do pulso. 
Existem no corpo vários locais onde se podem sentir os pulsos da 
corrente sanguínea. 
 
Recomenda-se não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isto 
pode impedir que se percebam os batimentos. 
 
O pulso radial pode ser sentido na parte da frente do punho. Usar as 
pontas de 2 a 3 dedos levemente sobre o pulso da pessoa do lado 
correspondente ao polegar, conforme a figura abaixo. 
9
Figura 1- Pulso radial e carotídeo. 
 O pulso carotídeo é o pulso sentido na artéria carótida que se localiza 
de cada lado do pescoço. Posicionam-se os dedos sem pressionar muito 
para não comprimir a artéria e impedir a percepção do pulso (Figura 1). 
Do ponto de vista prático, a artéria radial e carótida são mais fáceis 
para a localização do pulso, mas há outros pontos que não devem ser 
descartados. Conforme a Figura 2. 
 
 
Figura 2 - Local de localização de pulso. 
10
Vídeos que foram apresentados nas aulas: 
Assistam! 
 
 Vídeo: Sinais vitais e funções vitais; 
 https://www.youtube.com/watch?v=7da2eS1txY4&list=WL&index=
4&t=2s 
 
 
 Vídeo: Por que a TEMPERATURA DO CORPO é 37 GRAUS? 
 https://www.youtube.com/watch?v=2fm9Id3WSsw&list=WL&index
=2 
 
 
 Vídeo: Deve-se tomar antitérmicos para baixar febre? | Drauzio 
Comenta; 
 https://www.youtube.com/watch?v=pWl2d_cB4r4&list=WL&index=
3 
 
 
 
 Vídeo: Sinais vitais – Quais as principais artérias e como verificar o 
pulso? 
 https://www.youtube.com/watch?v=lJv5DSwBal8&list=WL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11
https://www.youtube.com/watch?v=7da2eS1txY4&list=WL&index=4&t=2s
https://www.youtube.com/watch?v=7da2eS1txY4&list=WL&index=4&t=2s
https://www.youtube.com/watch?v=2fm9Id3WSsw&list=WL&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=2fm9Id3WSsw&list=WL&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=pWl2d_cB4r4&list=WL&index=3
https://www.youtube.com/watch?v=pWl2d_cB4r4&list=WL&index=3
https://www.youtube.com/watch?v=lJv5DSwBal8&list=WL
Pressão arterial 
A pressão sanguínea é a força do sangue que atua sobre as paredes 
das artérias, fazendo pressão sobre elas. Essa pressão é maior durante a 
sístole (contração do coração) e menor durante a diástole (relaxamento do 
coração). Cada vez que o coração se contrai (bate), bombeia sangue para as 
artérias, resultando na pressão arterial mais alta. Quando o coração relaxa, 
a pressão arterial cai. 
Assim, dois números são registrados ao medir a pressão arterial: o 
maior deles acontece durante a sístole cardíaca e é chamado de pressão 
sistólica; o menor deles se verifica no momento de diástase, sendo 
chamado de pressão diastólica. 
A hipertensão arterial (ou elevação da pressão arterial) aumenta 
diretamente o risco de ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e acidente 
vascular cerebral. Com a hipertensão arterial, as artérias podem ter uma 
resistência aumentada contra o fluxo de sangue, fazendo com que o 
coração bombeie com mais força para o sangue circular. 
A pressão arterial sistólica normal deve ser de, no máximo, 120 
mmHg (milímetros de mercúrio) e a pressão diastólica deve ficar igual ou 
inferior a 80 mmHg. No entanto, esses números devem ser usados apenas 
como guia. Uma única medida da pressão arterial elevada não é 
necessariamente uma indicação de um problema. O médico precisa ver 
várias medições da pressão arterial durante vários dias ou semanas antes 
de fazer um diagnóstico e iniciar um tratamento. 
Em crianças de até 1 ano de idade, a pressão arterial normal pode 
atingir 100/80 mmHg; aos 11 anos ela pode ser de 110/75 mmHg e em 
adolescentes ela já é próxima aos valores da pressão arterial adulta. 
No adulto normal a pressão arterial varia da seguinte forma: 
 Pressão arterial máxima ou sistólica - de 100 a 140 mm Hg 
(milímetros de mercúrio). 
 Pressão arterial mínima ou diastólica - de 60 a 90 mm Hg. 
12
A pressão varia com a idade, por exemplo:uma pessoa com a idade 
entre 17 a 40 anos apresenta a pressão de 140 x 90, já entre 41 a 60 anos 
apresenta pressão, de 150 x 90 mm de Hg. A pessoa com pressão arterial 
alta sofre de hipertensão e apresenta, dentro de certos critérios de 
medição, pressão arterial mínima acima de 95 mm Hg e pressão arterial 
máxima acima de 160 mm Hg. A pressão muito baixa (hipotensão) é aquela 
em que a pressão máxima chega a baixar até a 80 mm Hg. No Quadro IV 
apresentamos exemplos de condições que alteram a pressão arterial: 
 
Uma pessoa com hipertensão deverá ser mantida com a cabeça 
elevada; deve ser acalmada; reduzir a ingestão de líquidos e sal e ficar sob 
observação permanente até a chegada do médico. No caso do hipotenso, 
deve-se promover a ingestão de líquidos com pitadas de sal, deitá-lo e 
chamar um médico. 
Medição da pressão arterial Posição da pessoa: 
Sentada, semi-sentada (reclinada) ou deitada (esta é a melhor 
posição): 
Material: Esfigmomanômetro e estetoscópio. 
Técnica: 
a) Tranquilizar a pessoa informando-a sobre a medição de pressão. 
b) Braço apoiado ao mesmo nível do coração para facilitar a localização 
da artéria braquial. 
c) Colocar o manguito ao redor do braço, a cerca de 4 dedos da dobra 
do cotovelo. Prender o manguito. 
d) Fechar a saída de ar e insuflar até que o ponteiro atinja a marca de 
200 mm Hg. Pode ser necessário ir mais alto. 
13
e) Posicionar o na artéria umeral, abaixo do manguito e ouvir se há 
batimentos 
f) Abrir a saída de ar lentamente e ouvir os batimentos regulares. 
g) Anotar a pressão indicada pelo ponteiro que será a Pressão Arterial 
Máxima. 
h) A pressão do manguito vai baixando e o som dos batimentos muda de 
nítido desaparecendo. Neste ponto deve-se anotar a Pressão Arterial 
Mínima. Às vezes o ponto de Pressão Mínima coincide com o 
desaparecimento do som dos batimentos. 
 
Assista os vídeos abaixo: 
 
SINAIS VITAIS - como verificar a pressão arterial na técnica. 
https://www.youtube.com/watch?v=30h_V2Q6gMw 
 SEMANA DOS SINAIS VITAIS - Aula 3 Pressão Arterial. 
https://www.youtube.com/watch?v=vxrmbw8jh1E&t=7s 
 SINAIS VITAIS - Pressão Arterial. 
https://www.youtube.com/watch?v=rNibUhVK7Ek&t=7s 
14
https://www.youtube.com/watch?v=30h_V2Q6gMw
https://www.youtube.com/watch?v=vxrmbw8jh1E&t=7s
https://www.youtube.com/watch?v=rNibUhVK7Ek&t=7s
SAMU – 192 
 
Aprendendo sobre parada cardíaca e parada respiratória 
 
O FUNCIONAMENTO DO NOSSO CORPO 
Provavelmente você já assistiu, em algum filme, a alguém 
sofrendo uma parada respiratória, cardíaca ou até mesmo uma 
cardiorrespiratória, não é verdade? Como o próprio nome diz, parada 
é a ausência de algum mecanismo corporal – neste caso, a 
respiração ou o batimento cardíaco –, percebida por meio da não 
existência de sinais vitais. 
A respiração e o batimento cardíaco são realizados por dois 
sistemas do organismo: o sistema respiratório e o sistema 
cardíaco. Através da respiração, nosso corpo consegue eliminar gás 
carbônico e obter oxigênio. O oxigênio é um gás muito importante, 
sabe por quê? Porque ele é essencial para que cada célula obtenha 
energia para realizar sua função. Por exemplo, a célula cardíaca 
necessita do oxigênio para se contrair e, consequentemente, levar à 
contração do coração. 
A contração do coração provoca um sinal, que é o batimento 
cardíaco. Essa contração permite a circulação do sangue pelo corpo. 
O sangue leva nutrientes e oxigênio às células e captura gás 
carbônico e produtos metabólicos, que não serão mais utilizados 
pelas células, para serem eliminados. 
Você observou, então, que um sistema está relacionado com o 
outro. A perda de função de algum deles na parada cardíaca ou na 
respiratória, se não for rapidamente corrigida, poderá resultar na 
falência de ambos os sistemas e, consequentemente, na morte da 
vítima. 
Neste texto, você vai aprender a identificar a ocorrência de uma 
parada respiratória e de uma parada cardíaca e o que deve ser feito 
para socorrer a vítima. 
 
QUAIS SÃO OS TIPOS DE PARADA? 
PARADA RESPIRATÓRIA 
A parada respiratória é a parada súbita da respiração, ou seja, 
a parada dos movimentos de inspiração e expiração. Com isso, há 
15
SAMU – 192 
 
falta de oxigênio nos tecidos do corpo, principalmente em órgãos 
vitais, que necessitam de um maior teor de oxigênio, como o coração 
e o cérebro. A falta de oxigênio no coração pode levar ao 
comprometimento de sua função. Quando isso ocorre, observa-se 
um quadro de parada cardíaca. É por isso que, muitas vezes, 
observamos a parada cardiorrespiratória, que é a parada respiratória 
seguida pela parada cardíaca. 
Quando uma pessoa sofre uma parada respiratória, ela 
apresenta diversos sinais. Como socorrista, você deverá estar atento 
aos seguintes sinais: 
 ausência de movimento no tórax; 
 arroxeamento da face; 
 unhas e lábios azulados; 
 inconsciência; 
 imobilidade. 
As principais causas da parada respiratória são: 
 inalação de vapores ou gases; 
 afogamentos; 
 choque elétrico; 
 contusão no crânio; 
 obstrução das vias aéreas. 
Imagine que você se encontra em uma situação de emergência 
e tem que agir como socorrista. A vítima apresenta parada 
respiratória. O que você faria? É chegada a hora de descobrir! 
Existem alguns passos que você deverá seguir se algum dia se 
encontrar nessa situação. Analise com atenção o passo-a-passo 
descrito a seguir, pois é muito importante que você saiba como 
agir ao socorrer uma vítima com parada respiratória: 
1°passo: Coloque a vítima em lugar seguro. 
2°passo: Verifique o estado de consciência da vítima, 
procurando conversar com ela. Caso ela não esteja respondendo, 
é sinal de que está inconsciente. É importante que você identifique 
se a vítima está ou não consciente. Para isso, fale com ela, 
pergunte seu nome e veja se ela é capaz de responder. Caso não 
seja, é provável que ela esteja inconsciente. 
3°passo: Mantenha desobstruídas as vias aéreas (nariz ou 
boca) da vítima. 
16
SAMU – 192 
 
4°passo: Afrouxe as roupas da vítima (colarinho, cinto, sutiã 
etc.). 
5°passo: Faça respiração artificial, se necessário (na próxima 
sessão, você verá com detalhes o que é e como realizar a 
respiração artificial). 
 6°passo: Mantenha a vítima deitada, mesmo depois de 
recuperar o movimento da respiração. 
7°passo: Fique atento à respiração, pois ela pode parar 
novamente. 
 
O QUE É RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL? 
Após realizar os passos descritos, é necessário aplicar o 
método de respiração artificial. Esse método é muito utilizado e 
consiste em soprar ar para dentro dos pulmões da vítima. A 
respiração artificial é dividida em duas técnicas: 
• Respiração boca-a-boca. 
• Respiração boca-nariz. 
A técnica mais utilizada é a da respiração boca-a-boca. 
Observe a descrição a seguir, que apresenta, passo-a-passo, como 
utilizar essa técnica: 
1°passo: Ajoelhe-se junto à vítima, na altura do ombro. 
2°passo: Verifique se há objetos na boca, obstruindo a 
respiração (prótese, dente solto etc.). 
3°passo: Ponha uma das mãos na testa e a outra sob o queixo 
da vítima. 
4°passo: Empurre a mandíbula para cima, inclinando a cabeça 
da vítima para trás. 
5°passo: Mantenha a vítima com a boca aberta. Verifique, 
então, se ela recuperou o movimento da respiração. Caso contrário, 
inicie o procedimento de respiração artificial propriamente dito. 
6°passo: Aperte o nariz da vítima com os dedos polegar e 
indicador e inspire profundamente. 
17
SAMU – 192 
 
7°passo: Coloquea sua boca sobre a boca da vítima, cobrindo-
a totalmente. 
8°passo: Expire na boca da vítima, forçando o ar para dentro 
dos pulmões. 
9°passo: Faça pressão moderada com as mãos, na região do 
estômago da vítima para expelir o ar. 
10°passo: Inspire profundamente e repita o procedimento. 
A respiração artificial deve ser feita em intervalos de cinco 
segundos, até que a vítima recupere o movimento da respiração ou 
até que o atendimento médico especializado chegue ao local. A 
técnica da respiração boca-nariz geralmente é mais utilizada em 
crianças. Neste procedimento, os passos descritos para a respiração 
boca-a-boca devem ser repetidos. 
A diferença é que, em vez de você colocar sua boca sobre a 
boca da vítima, você deve colocá-la sobre o nariz e fechar a boca da 
vítima. Se, depois da respiração artificial, a vítima não voltar a 
respirar, verifique sua pulsação. Caso não consiga sentir seu pulso, 
inicie a massagem cardíaca externa, pois ela está sofrendo uma 
parada cardíaca. 
 
ATENÇÃO! 
Você deve estar atento aos seguintes aspectos: 
A parada respiratória leva à morte, num período de 3 a 5 
minutos. 
Assim, não interrompa a respiração artificial. Ela só deverá ser 
interrompida quando aparecerem os movimentos respiratórios 
espontâneos ou quando chegar o socorro médico. Após o 
restabelecimento da vítima, vire sua cabeça de lado para facilitar a 
respiração. 
 
PARADA CARDÍACA 
Como você viu, o coração é um órgão que bombeia o sangue 
para todo o corpo, inclusive para os pulmões, onde será oxigenado. 
A parada cardíaca ocorre quando o coração para. Com isso, não há 
18
SAMU – 192 
 
transporte de oxigênio para o corpo. Como o cérebro é um órgão 
muito sensível à falta de oxigênio, após cerca de 4 minutos, ele 
começa a sofrer lesões irreversíveis, levando à morte cerebral. Como 
mencionado anteriormente, para identificar se a vítima está sofrendo 
parada cardíaca, você deve verificar seus batimentos cardíacos. E 
qual a maneira correta de verificar os batimentos cardíacos? Os 
principais sinais de uma parada cardíaca são os seguintes: 
 ausência de batimento cardíaco; 
 ausência de pulsação (critério isolado mais confiável); 
 ausência de respiração; 
 pele fria e amarelada; 
 pupilas dilatadas; 
 inconsciência. 
 
As principais causas de parada cardíaca são: 
 ataque cardíaco; 
 afogamentos; 
 choque elétrico; 
 reação alérgica grave; 
 contusão no crânio; 
 intoxicação por gases ou medicamentos. 
 
Atendimento em caso de parada cardíaca: 
Na parada respiratória, você, como socorrista, deve realizar 
respiração artificial. Já no caso de parada cardíaca, qual o 
procedimento mais adequado? Nesse caso, o procedimento mais 
adequado é a realização da massagem cardíaca externa. Essa 
técnica consiste em pressionar a região média do tórax contra a 
coluna vertebral, comprimindo, assim, o coração e fazendo um 
bombeamento artificial do sangue, com a finalidade de manter o 
funcionamento dos órgãos vitais. O procedimento de massagem 
cardíaca deve ser realizado quando constata-se que a vítima não 
apresenta batimentos cardíacos. 
Veja, a seguir, como realizar uma massagem cardíaca: 
1°passo: Coloque-se à esquerda ou à direita da vítima, que 
deverá estar deitada sobre uma superfície plana e dura. 
19
SAMU – 192 
 
 2°passo: Apoie a palma da sua mão esquerda sobre o ponto 
de pressão (parte inferior do tórax da vítima), pondo a mão direita 
sobre a esquerda, na mesma posição desta, mantendo os dedos 
voltados para cima. 
 3°passo: Faça pressão de, aproximadamente, 40 a 50 kg, a 
qual comprimirá o externo em, aproximadamente, 3 a 5 
centímetros, de modo a estimular o coração. 
 
 ATENÇÃO! 
Em crianças de 2 a 10 anos, a pressão deverá ser menor, 
utilizando-se apenas uma das mãos, podendo a outra ser 
colocada sob o tórax para apoio. Em recém-nascidos (até um 
ano), deve-se utilizar a ponta dos dedos, pois a região é muito 
frágil e flexível. 
 
COMO AGIR DIANTE DE UMA VÍTIMA COM 
PARADACARDIORRESPIRATÓRIA? 
A abordagem inicial e imediata deve observar, ao mesmo 
tempo, o nível de consciência e a respiração da vítima. A avaliação 
do nível de consciência se faz chamando a vítima em elevado tom 
de voz e contatando-a vigorosamente pelos ombros, enquanto 
que o padrão respiratório efetivo é avaliado pela elevação do 
tórax. 
Caso o paciente não responda aos estímulos e não possua 
respiração efetiva, solicita-se ajuda, acionando-se o SAMU pelo 
número 192 com o objetivo de se obter o desfibrilador externo 
automático o mais rapidamente possível. 
 
ATENDENDO PCR 
Verifique o local à procura de algum perigo. Se você encontrar 
alguém inconsciente, é preciso ter certeza de que não existe 
nenhum risco para você antes de tentar ajudá-lo. Será que o 
escapamento do carro não está funcionando? Você está sentindo 
cheiro de gás vindo do fogão? Há um incêndio? Os cabos elétricos 
estão caídos no chão? 
20
SAMU – 192 
 
Se há qualquer coisa colocando você ou a vítima em perigo, 
veja se existe algo que possa ser feito para eliminar o problema. 
Se possível, abra a janela, desligue o fogão ou apague o fogo. 
Porém, se não há nada que possa ser feito para neutralizar 
esse perigo, mova a vítima de lugar. A melhor formar de fazer isso 
é colocar um cobertor, ou casaco, por baixo de suas costas e 
puxar. 
A abordagem inicial e imediata deve observar, ao mesmo 
tempo, o nível de consciência e a respiração da vítima. 
Verifique se a vítima está consciente, mexa ou bata levemente 
em seu ombro e pergunte em um tom alto e nítido "Você está 
bem? Você está bem?". 
Se ela responder significa que está consciente. Caso ainda seja 
uma situação de emergência (se ela estiver com dificuldade de 
respirar, desmaiar ou ficar inconsciente), ligue para a emergência 
e comece a realizar os primeiros socorros, tomando medidas para 
tratar o choque. 
Se ela ainda não responder, siga os passos a seguir. 
Peça para alguém chamar uma ambulância e que traga o 
desfibrilador (DEA). Se você estiver sozinho, faça a reanimação 
cardiorrespiratória. 
Caso o paciente não responda aos estímulos e não possua 
respiração efetiva, solicita-se ajuda, acionando-se o SAMU pelo 
número 192 com o objetivo de se obter o desfibrilador externo 
automático o mais rapidamente possível. 
Em seguida, verificamos o pulso central, em até 10s, palpando 
o pulso carotídeo ou o femoral. 
Na ausência de pulso, devem-se instituir imediatamente as 
manobras de RCP, iniciando pelas compressões torácicas 
externas (CTE). Após 30 compressões, abre-se a via aérea 
através da elevação da mandíbula e inclinação da cabeça e 
fazem-se duas ventilações. 
Se no final de cada ciclo a vítima não voltar a apresentar 
movimentos respiratórios, faça todos passos anteriores 
novamente. 
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CONTRAINDICAÇÕES PARA RCP 
 Fratura do esterno 
 PCR por trauma de tórax 
 Vítima em estado terminal de doença 
 Vítima com mais de 75 anos 
 PCR ocorrida a mais de 15 minutos 
 Surgimento de rigidez cadavérica. 
 
RESUMINDO... 
 Parada é a ausência de algum mecanismo corporal, neste 
caso, a respiração ou o batimento cardíaco, percebidos pela 
não existência de sinais vitais. 
 Existem vários sinais vitais utilizados na prática clínica de 
profissionais de saúde. Os principais são: pressão arterial, o 
pulso, a temperatura corpórea e a respiração. 
 O pulso relaciona-se com as pulsações ou batidas do coração, 
que impulsionam o sangue para as artérias. 
 Os principaistipos de pulsos são: braquial, femoral, radial e 
carotídeo. 
 A temperatura corporal é medida por meio de termômetros (de 
mercúrio ou digitais). A temperatura sentida na pele, sem o uso 
de um termômetro, é a temperatura corporal periférica, que 
difere da temperatura corporal central. Esta, por sua vez, é a 
temperatura interna (pode ser medida com o auxílio de um 
termômetro). 
 A respiração, na prática, é o conjunto de dois movimentos: o 
dos pulmões e o dos músculos do peito. A respiração envolve 
a inspiração –a entrada de ar pela boca e pelo nariz –e a 
expiração –a saída de ar também pelo nariz e pela boca. 
 A parada respiratória é a parada súbita da respiração, ou seja, 
a parada dos movimentos de inspiração e expiração. 
 O método de respiração artificial é muito utilizado e consiste em 
soprar ar para dentro dos pulmões da vítima. A respiração 
artificial é dividida em duas técnicas: respiração boca-a-boca e 
respiração boca-nariz. 
 A parada cardíaca é a parada do coração. Com isso, não há 
transporte de oxigênio para o corpo. 
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SAMU – 192 
 
 Na parada cardíaca, o procedimento mais adequado é a 
realização da massagem cardíaca externa. 
 A parada cardiorrespiratória significa que a pessoa não está 
respirando e seu coração não está funcionando. O 
procedimento usado em vítimas que estão sofrendo, ao mesmo 
tempo, uma parada respiratória e cardíaca é a reanimação 
cardiopulmonar. 
 
 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermag
em/aprendendo-sobre-parada-cardiaca-e-parada-respiratoria/57531 
 
 
Assista o vídeo: 
 
DICASAMUDF - Ressuscitação Cárdio Pulmonar (RCP) - Primeiros 
Socorros. 
https://www.youtube.com/watch?v=JNc7qojAZqA&list=WL&index=2 
 
 
 
 
23
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/aprendendo-sobre-parada-cardiaca-e-parada-respiratoria/57531
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/aprendendo-sobre-parada-cardiaca-e-parada-respiratoria/57531
https://www.youtube.com/watch?v=JNc7qojAZqA&list=WL&index=2
SAMU – 192 
 
Primeiros socorros em casos de engasgo 
 
O que é engasgo? 
 Denominamos engasgo quando ocorre o bloqueio da traqueia 
(órgão responsável em enviar e retirar o ar dos pulmões) por um 
objeto estranho, por vômito ou até mesmo sangue. Fisiologicamente, 
a traqueia é frequentemente protegida pela epiglote; esta nada mais 
serve como uma porta que abre e fecha, conforme a necessidade de 
ar. Assim, quando ocorre a passagem de ar, a epiglote permanece 
aberta, porém quando ocorre a alimentação, a epiglote é fechada, 
impedindo que qualquer alimento ou corpo estranho, alcance a 
traqueia e, posteriormente, os pulmões. 
 Dessa forma, quando a epiglote falha em sua função, os 
alimentos, líquidos ou qualquer tipo de objeto estranho, ultrapassa a 
epiglote, alcançando a traqueia, ocasionando o bloqueio do ar. Por 
isso que, em alguns casos, o engasgo pode levar à morte por asfixia 
e, às vezes, pode até deixar a pessoa parcialmente ou totalmente 
inconsciente. 
 É necessário saber que dependendo da gravidade do engasgo, 
esta é uma situação de emergência médica, sendo necessário 
chamar o serviço de atendimento especializado em emergência o 
mais rápido possível; pode ser uma questão de vida ou morte! 
 
Como proceder? 
 Em caso de engasgo por corpos estranhos como: moedas, 
pequenos brinquedos, pedra ou qualquer outro objeto pequeno, a 
manobra que se realiza é a conhecida mundialmente como Manobra 
de Heimlich. Esta manobra tem como objetivo realizar uma pressão 
positiva na região do epigastro (“boca do estômago”), a qual fica 
localizada dois dedos abaixo do fim do esterno (osso longo que une 
as costelas), colaborando com a desobstrução e consequente 
passagem de ar. 
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SAMU – 192 
 
 
Como realizar a Manobra de Heimlich nos adultos e crianças 
maiores que um ano? 
 Abraçar a pessoa engasgada pelo abdômen; 
 No caso de adultos, posicionar-se atrás da pessoa ainda 
consciente; 
 No caso de crianças, posicionar-se atrás, mas de joelhos; 
 Atrás da vítima coloque uma das mãos sobre a região da “boca 
do estômago” e com a outra mão, comprima a primeira mão, ao 
mesmo tempo em que empurra a região dentro e para cima, 
parecendo que está levantando a pessoa; 
 Continue o movimento até que a pessoa elimine o objeto que 
está causando a obstrução. 
 Em caso de pessoa inconsciente, não realize a manobra e 
contate imediatamente o serviço de emergência. 
25
SAMU – 192 
 
Como realizar a manobra em crianças menores de um ano e 
bebês? 
 Bebê consciente 
 Coloque o bebê de bruços em cima de seu braço e faça 5 
compressões entre as escápulas ( no meio das costas). 
 Depois, vire o bebê de barriga para cima e faça 5 compressões 
sobre o esterno (osso do meio); 
 Se conseguir visualizar o objeto, retire o mesmo; 
 Caso não seja possível a visualização do objeto, nem a 
retirada, continue realizando as compressões até a chegada do 
serviço de emergência. 
 
 Bebê inconsciente 
 Deite o bebê de barriga para cima sem seu braço e abra boca 
e nariz; 
 Verifique se o bebê está respirando; 
 Se o bebê não estiver respirando, realize duas respirações 
que boca-boca, bloqueando a boca e o nariz; 
 Observe se há expansão do peito; em caso negativo, realize 
novamente a respiração; 
 Contate imediatamente o serviço de atendimento de 
emergência. 
Em todas as situações de primeiros socorros é necessário manter 
a calma, para poder agir com segurança e inteligência. 
 
Assistam os vídeos abaixo: 
 Como acontece o engasgo. 
https://www.youtube.com/watch?v=rQ8rRxwT2no 
 
 Adulto engasgado | Primeiros socorros. 
https://www.youtube.com/watch?v=bU-nhnxDEY4 
 
 LACTENTE ENGASGADO, O QUE FAZER? | IBRAPH 
https://www.youtube.com/watch?v=Y02anClVXt8 
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https://www.youtube.com/watch?v=rQ8rRxwT2no
https://www.youtube.com/watch?v=bU-nhnxDEY4
https://www.youtube.com/watch?v=Y02anClVXt8
SAMU – 192 
 
Convulsões. O que são e quais os primeiros socorros a serem 
prestados? 
 
O que são convulsões? 
Clinicamente, as convulsões são crises caracterizadas por 
perda súbita da consciência, geralmente acompanhadas de fortes 
abalos musculares tônico-clônicos (relaxamentos e contrações 
alternados), eliminação involuntária da urina e cessação da 
deglutição, acompanhada de apneia com duração de alguns 
segundos e de um “despertar” confuso e desorientado. 
As convulsões constituem um quadro de emergência médica e 
embora raramente representem um perigo à vida, geralmente são 
vistas dessa maneira pelas pessoas que circundam o paciente. A 
verdadeira gravidade ou não da situação é dada pelas enfermidades 
que desencadeiam as crises. 
 
Quais as causas das convulsões? 
A maioria das convulsões ocorre em epilépticos e neles são 
crises periódicas, crônicas e repetitivas. Há outras, eventuais, devido 
a fatores simples ou graves como febre, traumatismos, hipóxia 
cerebral, tumores, intoxicações, infecções ou infestações, 
medicamentos, alterações metabólicas, etc. 
As convulsões febris acontecem normalmente em 2 a 5% das 
crianças entre 3 meses e cinco anos de idade, à raiz de elevações 
bruscas e intensas da temperatura. Apesar de ser um quadro muito 
dramático essas convulsões em geral são benignas e tendem a 
desaparecer depois daquela idade. 
 
Quais os sinais e sintomas de uma convulsão? 
Os sinais e sintomas das convulsões são: 
 Perda brusca oumuito rápida da consciência. Algumas vezes 
essa perda é súbita; outras vezes ela é antecedida por breves 
sinais, chamados “auras”, que avisam sua aproximação. A 
Comentado [PM1]: Deglutição: Passagem dos alimentos 
desde a boca até o esôfago; ação ou efeito de deglutir; 
engolir. É um mecanismo em parte voluntário e em parte 
automático (reflexo) que envolve a musculatura faríngea e o 
esfíncter esofágico superior. 
Comentado [PM2]: Apnéia: É uma parada respiratória 
provocada pelo colabamento total das paredes da faringe 
que ocorre principalmente enquanto a pessoa está 
dormindo e roncando. No adulto, considera-se apnéia após 
10 segundos de parada respiratória. Como a criança tem 
uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três 
segundos, o sangue já se empobrece de oxigênio. 
Comentado [PM3]: Emergência: 1. Ato ou efeito de 
emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou 
fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são 
atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; 
pronto-socorro. 
27
SAMU – 192 
 
recuperação da consciência se dá gradualmente, dentro de 
alguns minutos. 
 Queda desprotegida ao chão com possibilidade de se ferir. 
 Violentas contrações musculares generalizadas que duram 
alguns segundos e torção da cabeça e dos olhos para um dos 
lados. 
 Atrito dos dentes, com possibilidade de quebra dos mesmos. 
Possibilidade de mordedura e até seccionamento da língua em 
virtude de potentes contrações dos maxilares. 
 A língua torna-se flácida e pode cair para trás, impedindo a 
passagem do ar. 
 Emissão de um grito agudo no momento do desmaio, resultante 
da eliminação do ar retido nos pulmões. 
 Eliminação involuntária de urina. 
 Incapacidade de deglutir saliva, com acumulação da mesma na 
boca e eliminação dela sob a forma de “baba”. Se houver 
ferimento da língua, a saliva eliminada pode estar 
sanguinolenta; 
 Despertar confuso e desorientado, do qual o paciente se 
recupera aos poucos. De início ele não reconhece o lugar onde 
se encontra, nem as pessoas ao seu redor. 
 Completa amnésia do ocorrido. O paciente não se lembra da 
convulsão que acabou de ter. 
 Dor de cabeça e sensação de fadiga ao despertar. 
 
Quais são os primeiros socorros a serem prestados em caso de 
convulsão? 
 Afrouxar as vestes que estejam justas: cintos, gravatas, 
colarinhos, etc. Retirar possíveis adereços (colares, cachecóis, 
etc.) e próteses (dentadura, aparelhos dentários móveis, etc.) 
que o paciente esteja usando, tendo o cuidado de não se ferir 
em uma eventual mordida do paciente. 
 Proteger a cabeça do paciente e colocá-la de lado, evitando 
que a língua caia para trás e obstrua a passagem da 
respiração. 
 Colocar uma proteção entre os dentes - um rolo de pano, por 
exemplo. Isso tanto evita o ranger violento dos dentes bem 
como a mordedura da língua. Evitar colocar os dedos, que 
também podem ser feridos. 
Comentado [PM4]: Maxilares: Estrutura óssea da boca 
(que fixa os dentes). É constituída pela MANDÍBULA e pela 
MAXILA. 
Comentado [PM5]: Involuntária: 1. Que se realiza sem 
intervenção da vontade ou que foge ao controle desta, 
automática, inconsciente, espontânea. 2. Que se encontra 
em uma dada situação sem o desejar, forçada, obrigada. 
Comentado [PM6]: Deglutir: Passar (o bolo alimentar) da 
boca para o esôfago e, a seguir, para o estômago. 
Comentado [PM7]: Sanguinolenta: 1. Em que há grande 
derramamento de sangue; sangrenta. 2. Tinto ou misturado 
com sangue. 3. Que se compraz em ver ou derramar sangue; 
sanguinária. 
Comentado [PM8]: Amnésia: Perda parcial ou total da 
memória. 
28
SAMU – 192 
 
 Deitar o paciente sobre um lugar espaçoso e contê-lo para que 
ele não caia e não se fira, permitindo que os movimentos 
convulsivos se realizem até que terminem espontaneamente. 
Retirar objetos perigosos das proximidades do paciente. 
 Aguardar para que o paciente recobre a respiração normal, o 
que em geral se dá após um período de apneia que termina por 
uma inspiração profunda. 
 Manter-se junto do paciente até que ele recobre 
completamente sua orientação. 
 Salvo nos casos de status convulsivos, em que as convulsões 
se repetem sem intervalos, ou nos casos em que ocorrerem 
complicações, nenhuma medicação precisa ser administrada 
imediatamente em seguida a uma convulsão. Medicações ou 
outras medidas terapêuticas só devem ser administradas com 
vistas a prevenir novas crises. E devem ser prescritas por um 
médico. 
 Em convulsões de causas ainda desconhecidas deve ser 
providenciada assistência médica que esclareça a causa. 
 Raramente há complicações das convulsões, mas elas podem 
ocorrer: luxações articulares, fraturas ósseas, principalmente 
em pacientes com osteoporose, deslocamentos de próteses, 
etc. 
 
 
Crises de ausência - conceito, causas, características clínicas, 
diagnóstico e tratamento 
 
O que são crises de ausência? 
As crises de ausência, antigamente denominadas de "pequeno 
mal epiléptico", são episódios em que a pessoa experimenta uma 
súbita alteração da consciência por 10 a 30 segundos, durante os 
quais fica quieta, com olhar vago, parecendo estar olhando para o 
infinito. Existem dois tipos de crises (1) crise de ausência simples e 
(2) crises de ausência complexas. 
Quais são as causas das crises de ausência? 
As crises de ausência são uma forma de epilepsia devido a uma 
atividade anormal do cérebro ativada por hiperventilação. Em geral, 
Comentado [PM9]: Osteoporose: Doença óssea 
caracterizada pela diminuição da formação de matriz óssea 
que predispõe a pessoa a sofrer fraturas com traumatismos 
mínimos ou mesmo na ausência deles. É influenciada por 
hormônios, sendo comum nas mulheres pós-menopausa. A 
terapia de reposição hormonal, que administra estrógenos a 
mulheres que não mais o produzem, tem como um dos seus 
objetivos minimizar esta doença. 
29
SAMU – 192 
 
a causa desse tipo de epilepsia é genética. Os pacientes com essa 
forma de epilepsia geralmente têm uma história familiar desse ou de 
outros tipos de epilepsia. 
Após a não-adesão ao tratamento, a falta de sono é a causa 
mais frequente de exacerbação das crises. Os fármacos que 
reduzem o limiar de convulsão (por exemplo, álcool, cocaína, 
penicilina em altas doses, overdose de isoniazida e neurolépticos) 
são mais susceptíveis de causar convulsões em doentes com 
epilepsia. A brusca supressão de álcool, benzodiazepínicos e de 
outros sedativos também são causas comuns de exacerbação das 
crises. 
 
Qual é o mecanismo fisiológico das crises de ausência? 
A fisiopatologia das crises de ausência ainda não está 
totalmente esclarecida. Acredita-se que os ritmos oscilatórios 
anormais se desenvolvam nas vias tálamo-corticais e que o 
mecanismo celular envolva correntes de cálcio. Os neurônios 
reticulares GABAérgicos do núcleo talâmico parecem desempenhar 
um papel importante. A atividade das redes talâmicas parece ser 
necessária para a ritmogênese da descarga de onda de ponta e a 
hiperexcitabilidade cortical é necessária para a geração das crises de 
ausência. Enfim, as crises de ausência são devidas a uma grande 
variedade de causas que, numa fase precoce do desenvolvimento 
neural, resultam em dano cerebral difuso ou multifocal. 
 
Quais são as principais características clínicas das crises de 
ausência? 
As crises de ausência na maioria das vezes acontecem em 
crianças, mas mais raramente podem ocorrer também em adultos. 
Quase nunca as crises de ausência ocasionam danos à criança. Elas 
tendem a desaparecer naturalmente com a chegada da 
adolescência, porém, algumas crianças podem ter as crises para o 
resto da vidaou desenvolver outras manifestações epilépticas 
associadas, inclusive convulsões motoras tônico-clônicas. 
As crises de ausência simples podem ser tomadas durante 
muito tempo como mera falta de atenção e, assim, algumas pessoas 
Comentado [PM10]: Medicamento que exerce ação 
calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, 
psicoléptico. 
Comentado [PM11]: Alteração temporária e reversível do 
funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por 
febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns 
segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais 
incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou 
espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise 
epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios 
cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente 
pode ter distorções de percepção, movimentos 
descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, 
desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente 
e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise 
complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a 
pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. 
Existem outros tipos de crises epilépticas. 
Comentado [PM12]: Tálamo: Corpos pareados (contendo 
principalmente substância cinzenta), que formam uma parte 
da parede lateral do terceiro ventrículo do cérebro. O tálamo 
é a maior porção do diencéfalo, sendo geralmente dividido 
em agregados celulares (conhecidos como grupos 
nucleares). 
Comentado [PM13]: Neurônios: Unidades celulares 
básicas do tecido nervoso. Cada neurônio é formado por 
corpo, axônio e dendritos. Sua função é receber, conduzir e 
transmitir impulsos no SISTEMA NERVOSO. Sinônimos: 
Células Nervosas 
Comentado [PM14]: Reticulares: Dar formato de rede a 
alguma coisa ou guarnecer de retículo ou retícula. 
30
SAMU – 192 
 
podem ter crises de ausência durante anos antes que elas sejam 
detectadas. 
Durante uma crise de ausência simples a pessoa apenas olha 
para o espaço por alguns poucos segundos e tavez nem note o 
acontecido. Nas crises mais complexas, a criança perde a 
consciência, fica parada, sem cair ao chão, para de falar, fica com o 
olhar vago, desviado para cima, não responde nem reage a estímulos 
e pode deixar cair os objetos que esteja segurando. 
As crises podem ser frequentes e breves, durando apenas 
alguns segundos, e podem ser muitas por dia. Nas crianças de idade 
mais avançada, elas podem durar vários segundos e até minutos e 
podem ocorrer apenas algumas poucas vezes ao dia. 
Depois da crise, a criança se recupera e continua fazendo o 
que estava fazendo e não guarda lembrança do acontecido. Outros 
automatismos motores podem se fazer presentes, como piscar ou 
revirar os olhos, apertar os lábios, mastigar ou fazer pequenos 
movimentos com a cabeça ou com as mãos. Após a crise, não há a 
confusão mental e por vezes o paciente nem percebe que a teve. 
 
Como o médico diagnostica as crises de ausência? 
Clinicamente, as crises de ausência podem ser difíceis de 
identificar e podem ser confundidas com falta de atenção, por 
exemplo. Um diagnóstico de certeza pode ser feito através de um 
eletroencefalograma, durante o qual o médico pode pedir ao paciente 
que respire muito rapidamente, na tentativa de produzir uma crise de 
ausência durante o exame, o que o tornaria ainda mais definitivo. 
 
Como o médico trata as crises de ausência? 
As crises de ausência são controladas com medicamentos 
antiepilépticos específicos. 
 
Como evoluem as crises de ausência? 
 Uma pessoa pode ter crises esparsas, apenas “de vez em 
quando” ou tê-las com muita frequência. Geralmente as crises 
Comentado [PM15]: Diagnóstico: Determinação de uma 
doença a partir dos seus sinais e sintomas. 
Comentado [PM16]: Eletroencefalograma: Registro da 
atividade elétrica cerebral mediante a utilização de eletrodos 
cutâneos que recebem e amplificam os potenciais gerados 
em cada região encefálica. 
31
SAMU – 192 
 
desaparecem antes dos 18 anos, mas podem persistir na vida adulta 
e serem associadas a outras manifestações epilépticas. A taxa de 
remissão das crises de ausência na infância, quando medicadas 
adequadamente, é de mais de 80%. 
 
 
Assistam os vídeos abaixo: 
 
 CONVULSÃO e EPILEPSIA: Primeiros Socorros 
 https://www.youtube.com/watch?v=XckjjUZMhjA 
 
 O que fazer em casos de convulsão | Drauzio Comenta 
 https://www.youtube.com/watch?v=AMTPs_-NXyg 
 
 Crise convulsiva | Primeiros socorros 
 https://www.youtube.com/watch?v=bL9PROpCv9s 
 
 
 
32
https://www.youtube.com/watch?v=XckjjUZMhjA
https://www.youtube.com/watch?v=AMTPs_-NXyg
https://www.youtube.com/watch?v=bL9PROpCv9s
SAMU – 192 
 
Acidentes com animais peçonhentos e venenosos 
 
Introdução 
Em sua diversidade geográfica, o Brasil é um país rico em flora 
e fauna. São florestas, rios, montanhas, semi-áridos e litoral, 
habitados por inúmeras espécies de animais, que variam de acordo 
com a localização geográfica ou que ocorrem indiscriminadamente 
em quase todas as regiões do território nacional. 
Muitas espécies de animais, que povoam a flora brasileira, são 
dotadas de mecanismos de defesa que têm peçonhas ou venenos. 
São animais peçonhentos. Entre estes se destacam, pela frequência 
de acidentes que causam entre a população, os insetos, escorpiões, 
aranhas e cobras. O veneno destes animais pode causar dolorosas 
intoxicações e, muitas vezes, se não houver socorro imediato, morte. 
Portanto animais peçonhentos são aqueles, vertebrados ou 
invertebrados, que possuem glândulas de veneno que se comunicam 
com dentes ocos, ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno é 
injetado com facilidade. Já os animais venenosos são aqueles, 
vertebrados ou invertebrados, que produzem veneno, mas não 
possuem um aparelho inoculador (dentes ou ferrões), provocando 
envenenamento passivo que são os ocasionados por ingestão, onde 
há numerosas espécies de moluscos marinhos que já provocaram 
mortes por serem ingeridos (peixe baiacu); ou por contato (lonomia 
ou pararama), ou ainda por compressão (sapo). 
 
Picadas de insetos e animais peçonhentos 
 
Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de 
veneno e que o injetam com facilidade por meio de dentes ocos, 
ferrões ou aguilhões. Ex.: serpentes, aranhas, escorpiões, lacraias, 
abelhas, vespas, marimbondos e arraias. 
Já os animais venenosos são aqueles que produzem veneno, 
mas não possuem um aparelho inoculador (dentes, ferrões), 
provocando envenenamento passivo por contato (lonomia ou 
taturana), por compressão (sapo) ou por ingestão (peixe baiacu). 
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Os acidentes com animais venenosos e peçonhentos têm 
grande importância médica devido a sua gravidade e frequência. 
Podem ser: picadas por escorpiões, aranhas, lacraias, cobras, 
abelhas. 
 
Picadas por escorpiões: 
Frequentemente, a picada de escorpião é seguida de dor 
(moderada ou intensa) ou formigamento no local da picada; podem 
ser tratados com analgésicos, sendo fundamental observar o 
surgimento de outros sintomas por, no mínimo, 6 a 12 horas, 
principalmente em crianças menores de 7 anos e em idosos. 
Sintomas de gravidade: 
 náuseas ou vômito; 
 suor excessivo; 
 agitação; 
 tremores; 
 salivação; 
 aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial. 
 
 
Nestes casos, procurar atendimento hospitalar o mais rápido 
possível, mantendo o paciente em repouso, para avaliação da 
necessidade de aplicação de soro anti-escorpiônico. Se possível, o 
animal que provocou a picada deve ser levado ao serviçode saúde 
para identificação. 
 
 
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SAMU – 192 
 
Picadas por aranhas: 
As principais aranhas causadoras de acidentes no Brasil são a 
“armadeira”, a marrom, a tarântula e a caranguejeira. 
A armadeira quando surpreendida coloca-se em posição de 
ataque, apoiando-se nas pernas traseiras, ergue as dianteiras e 
procura picar. A picada causa dor imediata, inchaço local, 
formigamento e suor no local da picada. Deve-se combater a dor com 
analgésicos e observar rigorosamente novos sintomas, como 
vômitos, aumento da pressão arterial, dificuldade respiratória, 
tremores, espasmos musculares, caracterizando acidente grave. 
Assim, há necessidade de internação hospitalar e aplicação de soro 
específico. 
A picada da aranha marrom provoca menos acidentes, por ser 
pouco agressiva. Na hora da picada a dor é fraca e despercebida, 
após 12 a 24 horas podem surgir dor local com inchaço, náuseas, 
mal estar geral, manchas, bolhas e até morte das células (necrose) 
no local picado. Nos casos graves, a urina fica de cor marrom escura. 
Deve-se procurar atendimento médico para avaliação. 
A picada da tarântula (aranha que vive em gramados ou jardins) 
pode provocar pequena dor local e necrose. Utilizam-se analgésicos 
para alívio da dor e não há tratamento com soro específico, assim 
como para as picadas de caranguejeiras. 
Algumas medidas de prevenção: 
 usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; 
 examinar e sacudir calçados e roupas pessoais, de cama e 
banho, antes de usá-las; 
 afastar camas das paredes e evitar pendurar roupas fora de 
armários; 
 não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de 
construção; 
 limpar regularmente atrás de móveis, cortinas, quadros, cantos 
de parede; 
 vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros, meia-
canas e rodapés; 
 utilizar telas e vedantes em portas, janelas e ralos. Colocar 
sacos de areia nas portas para evitar a entrada de animais 
peçonhentos; 
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SAMU – 192 
 
 manter limpos os locais próximos das residências, jardins, 
quintais, paióis e celeiros. Evitar plantas tipo trepadeiras e 
bananeiras junto às casas e manter a grama sempre cortada; 
 combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e 
cupins, pois são alimentos para aranhas e escorpiões; 
 preservar os predadores naturais de aranhas e escorpiões 
como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas; 
 limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de um a dois 
metros junto ao muro ou cercas; 
 não colocar mãos ou pés em buracos, cupinzeiros, montes de 
pedra ou lenha, troncos podres, etc. 
 
 
 
Picadas por Lacraias: 
As "lacraias", também conhecidas como "centopéias", são 
animais caçadores noturnos muito rápidos e têm o corpo adaptado 
para penetrar em frestas, onde se escondem durante o dia. Podem 
medir até 23 cm e se alimentam de insetos, lagartixas, camundongos 
e até filhotes de pássaros. 
Têm o corpo formado por 21 segmentos, cada um com um par 
de patas pontiagudas. Em sua cabeça situam-se duas antenas e 
olhos. Embaixo dela ficam os ferrões venenosos que funcionam 
como pinças. O último par de patas não serve para a locomoção, e 
sim como órgão sensorial e de captura de alimentos. Quando esse 
órgão pressente ou toca em uma presa, a segura com força e todo o 
corpo da lacraia se dobra para trás. Aí, então, ela injeta o veneno que 
paralisará ou matará a presa, que depois será ingerida aos pedaços. 
O veneno das lacraias é muito pouco tóxico para o homem. 
Embora existam muitas lendas a respeito desse animal, não há, no 
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SAMU – 192 
 
Brasil, relatos comprovados de morte nem de envenenamentos 
graves em acidentes com lacraias. Os sintomas são dor forte e 
inchaço no local da picada. Em acidentes com lacraias grandes 
também podem ocorrer febre, calafrios, tremores e suores, além de 
uma pequena ferida. 
As lacrais gostam muito de umidade. Como perambulam muito, 
é comum penetrarem nas casas, onde causam muitos acidentes, que 
podem ser evitados tomando-se as seguintes precauções: 
 limpar os ralos semanalmente com creolina e água quente, e 
mantê-los fechados quando não em uso; 
 limpar e manter fechadas as caixas de gordura e os esgotos; 
 os jardins devem ser limpos, a grama aparada e as plantas 
ornamentais e trepadeiras devem ser afastadas das casas e 
podadas para que os galhos não toquem o chão; 
 porões, garagens e quintais não devem servir de depósito para 
objetos fora de uso que possam servir de esconderijo para as 
lacraias; 
 os muros e calçamentos devem ser cuidados para que não 
apresentem frestas onde a umidade se acumule e os animais 
possam se esconder. 
 Tomando-se esses cuidados, a ocorrência de lacraias diminui 
muito. Mas, em caso de acidente, evite beber álcool, 
querosene, cachaça, etc., pois isso só lhe causaria intoxicação. 
Mantenha o local da picada o mais limpo possível. Embora o 
veneno das lacraias não seja muito perigoso para o ser 
humano, é bom procurar orientação médica. 
 
Tratamento 
Não existe antídoto; deve-se aplicar compressas quentes no 
local. Pode-se fazer uso de analgésicos e anestésicos sem 
adrenalina no local. 
 
Como evitar acidentes por escorpiões, aranhas e lacraias: 
 Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, 
lixo doméstico, material de construção nas proximidades das 
casas, inclusive terrenos baldios; 
 Evitar folhagens densas (trepadeiras, bananeiras e outras) 
junto às casas; 
 Manter a grama aparada; 
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SAMU – 192 
 
 Em zonas rurais, casas de campo, sacudir roupas e sapatos 
antes de usar; 
 Não pôr a mão em buracos, sob pedras, sob troncos "podres"; 
 Usar calçados e luvas ao mexer em locais que podem abrigar 
escorpiões e aranhas; 
 Vedar frestas e soleiras das portas e janelas ao escurecer. 
 
 
INSETOS 
Os insetos catalogados no Brasil alcançam quase meio milhão 
de espécies. Várias classes de insetos podem produzir picadas ou 
mordidas dolorosas. Na maior parte dos acidentados com esses 
animais, as manifestações não são graves. Geralmente a vítima 
reclama de dor no local da picada, que é seguida de uma pequena 
inchação. Os principais animais que produzem estas manifestações 
são abelhas, vespas, mosquitos, escorpiões, lagartas e aranhas. 
 
 
Abelhas e Vespas 
Conhecer um pouco a respeito destes insetos auxilia na 
observância de determinados cuidados afim de evitar ou de reduzir o 
risco de ser picado. A abelha africana (ou africanizada) é muito 
parecida com a abelha européia, usada como polinizadora na 
agricultura e para produção de mel. Os dois tipos têm a mesma 
aparência e seu comportamento é similar, em muitos aspectos. 
Nenhuma das duas tende a picar quando retiram nectar e polen das 
flores, mas ambas o farão para defender-se, se são provocadas. Um 
enxame em vôo, ou descansando momentaneamente, raramente 
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molesta pessoas, mas porém, qualquer tipo de abelha se torna 
defensiva quando se estabelece para formar uma colméia e começa 
a se reproduzir. 
Características das Abelhas Européias e Africanas: 
 São praticamente iguais no aspecto; 
 Protegem a colméia e picam para defender-se; 
 Podem picar apenas uma vez (cada uma); 
 Têm o mesmo tipo de veneno; 
 Polinizam flores; 
 Produzem mel e cera. 
 
Características das Abelhas Africanas: 
 
 Respondem rapidamente e atacam em enxames; 
 Se sentem ameaçadas por pessoas e animais a menos de 15 
metros da colméia; 
 Sentem vibrações no araté a distância de cerca de 30 m da 
colméia; 
 Perseguem os intrusos por cerca de 400 m ou mais; 
 Estabelecem colméias em cavidades pequenas e em áreas 
protegidas, tais como: caixas, latas e baldes vazios, carros 
abandonados, madeira empilhada, moirões de cercas, galhos 
e tocos de árvores, garagens, muros, telhados, etc. 
As picadas produzidas por abelhas e vespas estão entre os 
tipos mais encontrados de picaduras de insetos. O ferrão da 
abelha, vespa ou formiga se projeta da porção posterior do 
abdômen do inseto para injetar veneno na pele da vítima. 
Mesmo sem medidas específicas de primeiros socorros, deve-
se ficar atento para algumas das consequências resultantes de 
picadas por insetos. Os acidentes por picadas de abelhas e vespas 
apresentam sintomas distintos. O perigo da picada da abelha, por 
exemplo, está mais na quantidade de picadas recebidas do que no 
veneno em si e está muito relacionada à sensibilidade do indivíduo 
ao veneno. Calcula-se que uma pessoa que receba de 300 a 500 
picadas pode até mesmo morrer, devido às diferentes reações que a 
quantidade de veneno pode provocar. 
O acidente mais frequente é aquele no qual um indivíduo não 
sensibilizado ao veneno é acometido por poucas picadas. 
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Outra forma de apresentação clínica é aquela na qual a vítima 
previamente sensibilizada a um ou mais componentes do veneno 
manifesta reação de hipersensibilidade imediata. É ocorrência grave, 
podendo ser desencadeada por apenas uma picada e exige o 
atendimento especializado imediato, pois se manifesta por edema de 
glote, bronco-espasmo acompanhado de choque anafilático. 
 A terceira forma de apresentação deste tipo de acidente é a de 
múltiplas picadas. Na maioria das vezes este tipo de acidente ocorre 
na execução de trabalho de campo, quando a vítima é atacada por 
um enxame. Nesse caso ocorre inoculação de grande quantidade de 
veneno, devido às múltiplas picadas, em geral centenas ou milhares. 
Em decorrência, manifestam-se vários sinais e sintomas, devido à 
ação das diversas frações do veneno. Este tipo de acidente é raro. 
Algumas pessoas - a maioria - desenvolvem uma reação localizada 
à picada de abelha e de outros insetos, com sintomas de uma reação 
de hipersensibilidade. Geralmente a vítima apresenta: 
 dor generalizada; 
 prurido intenso; generalizado, 
 pápulas brancas de consistência firme e elevada, 
 fraqueza, 
 cefaléia, 
 apreensão e medo, com agitação podendo 
posteriormente evoluir para estado torporoso. 
Geralmente os sintomas são de curta duração, desaparecendo 
gradativamente sem medicação. Em algumas pessoas, porém, a 
reação ao veneno de um inseto pode assumir caráter sistêmico, tais 
como: 
 insuficiência respiratória; 
 edema de glote; 
 broncospasmo; 
 edema generalizado das vias; 
 hemólise intensa, acompanhada de insuficiência renal; 
 hipertensão arterial. 
Muito rapidamente estes sintomas podem evoluir para os 
sintomas clássicos de choque e, em seguida, morte. 
 
 
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Cobras e Serpentes 
Existem no Brasil 60 espécies de cobras venenosas, mas são 
as jararacas as responsáveis pelo maior número de 
ataques, cerca de 85% do total. As cascavéis e as surucucus 
causam pouco mais de 10% dos acidentes, já as corais, apesar 
da fama de perigosas, precisam ser muito provocadas ou 
pisoteadas para dar o bote, elas respondem por menos de 1% das 
ocorrências e são facilmente confundidas com as falsas corais, 
suas primas inofensivas. 
O veneno de todas essas serpentes podem matar uma pessoa 
em pouco tempo. A reação à picada vai depender de variáveis 
como a parte do corpo que foi atingida, quantidade de veneno 
injetada, peso da vítima e o tipo de cobra. Por isso, especialistas 
recomendam às vítimas que recebam o soro o mais rápido 
possível, de preferência nas primeiras três horas após o ataque. 
Produtos de origem biológica, os soros são utilizados para 
tratar intoxicações provocadas pelo veneno de animais 
peçonhentos ou por toxinas de agentes infecciosos, os mesmos já 
possuem os anticorpos necessários para combater uma 
determinada doença ou intoxicação, desta forma é considerado 
agente curativo. 
O principal órgão responsável por estudos referentes a animais 
peçonhentos e fabricação de soros para tais venenos é o 
Instituto Butantan, e alguns dos soros produzidos nos laboratórios 
do instituto são: 
Antibotrópico – para acidentes com jararaca, jararacuçu, 
urutu, caiçaca, cotiara. 
Anticrotálico – para acidentes com cascavel. 
Antilaquético – para acidentes com surucucu. 
Antielapídico – para acidentes com coral. 
Antibotrópico – laguético – para acidentes com jararaca, 
jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara ou surucucu. 
 
 
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CONHECENDO AS ESPECIES: 
Surucucu (Lachesis muta): 
A maior cobra venenosa da América 
do Sul, chegando a medir, quando 
adulta, 4,5 m. Encontrada na Floresta 
Amazônica e Mata Atlântica. 
Responsável por cerca de 3% 
dos acidentes. Outras denominações: 
pico-de-jaca, surucutinga, surucucu-de-
fogo, surucucu pico-de-jaca. 
 
 
Cascavel (Crotalus durissus): 
Possui chocalho na ponta da 
cauda e chega a medir 1,6 m de 
comprimento. Preferem os 
campos abertos e regiões secas 
e pedregosas. Responsáveis 
por 8% dos acidentes ofídicos 
que ocorrem no País. Outras 
denominações: boicininga, 
maracabóia e maracambóia. 
 
Jararaca (Bothrops jararaca) e Jararaca Pintada 
(Bothrops neuwiedi): 
Sua cauda é lisa. Quando adulta, seu 
tamanho varia entre 40 cm a 2 m. 
Existem mais de 30 variedades que 
apresentam diferentes cores e 
desenhos. São encontradas em todo o 
País e responsáveis por 88% dos 
acidentes registrados. Outras 
denominações: caiçaca, jararacuçu, 
cotiara, cruzeira, urutu, jararaca-do-
rabo-branco, surucucurana. 
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Corais (Micrurus corallinus e Micrurus frontalis): 
Encontradas em todo o País, têm 
hábitos noturnos e praticam o canibalismo. 
Durante o dia descansam. Responsáveis 
por apenas 1% dos acidentes registrados. 
A coral é considerada a mais perigosa do 
Brasil, seu veneno age no sistema nervoso 
e pode levar uma pessoa a morte em 
poucos minutos. Outras denominações: 
coral verdadeira e ibiboboca. 
 
 
EVITE ACIDENTES: 
Perneira: 
Muito pouco utilizada, a perneira contra picadas de cobras é 
altamente recomendada para quem realiza trilhas com alta 
incidência de animais peçonhentos. O equipamento também é 
conhecido como polaina ou caneleira. Geralmente é caracterizada 
por uma espuma protetora que cobre a parte inferior do calçado, 
o tornozelo e praticamente toda a canela e panturrilha até o joelho. 
De acordo com estudos estatísticos, 80% das picadas de cobras 
ocorrem abaixo do joelho, portanto, o uso desse equipamento 
ajuda a prevenir vários acidentes desagradáveis. 
Equilíbrio Ecológico: 
Preserve os predadores. Emas, seriemas, gaviões, gambás e 
a cobra Muçurana são os predadores naturais das cobras 
venenosas e garantem o equilíbrio do ecossistema. 
Conserve o meio ambiente, desmatamentos e queimadas 
devem ser evitados. Além de destruir a natureza, provocam 
mudanças de hábitos dos animais, que se refugiam em paióis, 
celeiros, áreas de camping ou mesmo dentro das casas. Também 
não se deve matar as cobras, elas contribuem para o equilíbrio 
ecológicos. 
 
 
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EM CASOS DE ACIDENTES, O QUE FAZER? 
 Assegure-se que ao seu redor ou ao redor da vítima a cenaesteja segura; 
 Caso tenha algum sangramento: trate-o; 
 Limpe o ferimento; 
 É necessário manter-se calmo e estável para reduzir os 
efeitos do veneno por hora; 
 Faça a remoção de anéis, relógios, pulseiras ou qualquer 
objeto que possa interferir na circulação; 
 Mantenha-se aquecido e hidratado; 
 Procure ajuda: caso você seja a vítima, peça para seu 
companheiro buscar ajuda ou te auxiliar na caminhada, caso 
seja o contrário, faça o mesmo. 
 
O QUE NÃO FAZER? 
 Não corte e nem tente sugar o local da picada; 
 Não aplique torniquete; 
 Não aplique gelo ou mergulhe a picada na água; 
 NÃO MATE OU CAPTURE A COBRA (fazer isso coloca você 
e todos ao redor em risco) 
 
 
 
 
Fonte: Instituto Butantan. 
 
 
 
 
Assista o vídeo abaixo: 
 
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos e 
venenosos 
https://www.youtube.com/watch?v=yR6XAX6OuoM&list=WL&i
ndex=1 
 
 
44
http://www.butantan.gov.br/
https://www.youtube.com/watch?v=yR6XAX6OuoM&list=WL&index=1
https://www.youtube.com/watch?v=yR6XAX6OuoM&list=WL&index=1
Aluna: Isabelly Mariano – 1ºB 
 
 
Culminância SAMU - 192 
 
TURMAS: 7ºE, 9ºC, 1ºB, 2ºB, 3ºA. 
Prof. Paty Miler | Eletiva de Primeiros Socorros | Julho 2021 
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