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Histologia Oral - ODONTOGÊNESE

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Odontogênese
Corresponde ao processo de formação dos elementos dentários, inicia-se como resultado da interação entre o epitélio oral e o ectomesênquima subjacente (formado pelas células da crista neural), originando a Banda Epitelial Primária. Esta vai se dividir em Lâmina Vestibular (origem ao vestíbulo da boca) e a Lâmina Dentária (origem dos dentes).
OBS.: Os germes dentários seguem as fases de botão, capuz, campânula, coroa e raiz. Mas a formação específica dos diversos tecidos do dente e sua estrutura de suporte, ocorre na fase da campânula.
· O fator indutor inicial se encontra no epitélio oral primitivo, que na 5° Semana de vida intrauterina, fazem com que as células comecem a se proliferar, invaginando e invadindo o ectomesênquima, formando a BANDA EPITELIAL PRIMITIVA.
· O cordão epitelial sofre uma bifurcação, resultando em duas populações epiteliais proliferativas. A banda epitelial situada no LADO EXTERNO, vai ter as células centrais degeneradas, dando lugar a uma fenda, que constituirá o futuro fundo do saco soco do sulco vestibular, localizada entra a bochecha/lábios e os futuros arcos dentários (LÂMINA VESTIBULAR); já a proliferação situada MEDIALEMENTE, é responsável pela formação dos dentes, ela continua se proliferando e aprofundando mais no ectomesênquima (LÂMINA DENTÁRIA).
· Lâmina Vestibular – Ela cresce mais rápido que a dentária. Ela irá sofrer uma degeneração para formar o sulco vestibular, que irá resultar na formação do vestíbulo oral;
· Lâmina Dentária – Ela passará pelas fazes de botão, capuz, campânula, coroa e raiz para formar os dentes.
OBS. 1: Entre a 6° e 7° semana, observa-se apenas a lâmina dentária, em razão do rápido estabelecimento do sulco vestibular.
OBS. 2: As células mais internas da lâmina dentária têm, como o restante do epitélio oral, uma lâmina basal subjacente (muito dinâmica), que possui importante papel no processo de odontogênese, participando nas interações entre epitélio e ectomesênquima.
· Fase de Botão (verdadeiro início da formação de cada dente)
A lâmina dentária passa a apresentar, em alguns locais, atividades mitóticas diferenciadas. Assim, a partir da 8° semana, em cada arco originam-se 10 pequenas esférulas, que invadem o ectomesênquima, dando início a formação dos germes dos dentes decíduos. O ectomesênquima, nessa fase, apresenta uma condensação em torno da parte mais inferior da esférula epitelial.
Obs. 1: Essa condensação posteriormente irá se transformar na papila dentária;
Obs. 2: As esférulas possuem células periféricas colunares baixas e centrais poligonais;
Obs. 3: Nessa região aparecem a glicoproteína Tinascina e o proteoglicano Sindecan-1, eles interagem com as células do ectomesênquima e o fator de crescimento dos fibroblastos.
· Fase de Capuz (intensa proliferação das células epiteliais)
Nessa fase, ocorre intensa proliferação mitótica das células epiteliais, e o crescimento do germe dentão não-uniforme, em forma de capuz, ocasionando uma maior condensação das células ectomesenquimais. Isso faz com que se formem novas estruturas:
· A porção epitelial é chamada de ORGÃO DO ESMALTE, que vai ser responsável por formar o esmalte dentário. A células dessa estrutura, localizada adjacentes à condensação ectomensenquimal, corresponde ao EPITÉLIO INTERNO DO ÓRGAO DO ESMALTE, enquanto as localizadas na concavidade correspondem ao EPITÉLIO EXTERNO DO ÓRGÃO DO ESMALTE;
· A região do centro do órgão do esmalte, vão se separando uma das outras, passando a ter uma maior quantidade de substância fundamental amorfa (rica em proteoglicanos), adotam forma estrelada, com vários prolongamentos, conectadas por desmossomos, formando o RETÍCULO ESTRELADO;
· O ectomesênquima que está muito condensado (região inferior) forma a PAPILA DENTÁRIA, que formará a dentina e a polpa; já as células do ectomesênquima que se alinharam com o germe dentário, corresponde ao FOLÍCULO OU SACO DENTÁRIO, responsável pela produção do periodonto.
· Fase de Campânula (processos de morfogênese e diferenciação celular)
Nessa fase, ocorre redução da proliferação das células epiteliais e consequentemente do crescimento do órgão do esmalte. Assim, a diminuição da divisão celular estimula a diferenciação celular, dando a fase o nome de fase de morfo e histodiferenciação. Além disso, o órgão do esmalte começa a apresentar aspecto de sino, com concavidade mais acentuada. 
· Na porção epitelial, a região central continua a crescer em volume, por causa do aumento da distância entre as células e seus prolongamentos (maior quantidade de água associada a suas moléculas); já as células do epitélio externo são achatadas, tornando-se pavimentosas; a do epitélio interno, por sua vez, alongam-se se tornando cilíndricas baixas;
· Além disso, nessa fase aparecem, entre o epitélio interno e externo, duas ou três camadas de células pavimentosas que corresponde ao ESTRATO INTERMEDIÁRIO, que participa na formação do esmalte;
· Também apresenta nessa fase, na região do encontro do epitélio interno e externo a presença da ALÇA CERVICAL, que corresponde ao local em que os dois epitélios irão se proliferar para constituir a bainha radicular de Hertwing, que induz a formação da raiz do dente;
· A lâmina basal, que se forma nas primeiras fases da odontogênese, rodeio o órgão do esmalte no seu contorno total, separando as células dos epitélios externos e internos do órgão do esmalte, do folículo e da papila dentária;
· Na papila dentária, as células ectomesenquimais apresentam-se indiferenciadas na sua região central, com finas fibrilas colágenas ocupando a matriz extracelular, junto aos componentes não colágenos (proteoglicanos, glicosaminoglicanos, glicoproteínas, ácido hialurônico);
· Nessa fase, a porção da lâmina dentária, entre o órgão do esmalte e o epitélio bucal se desintegra. Além disso, o osso do processo alveolar em formação acaba rodeando completamento o folículo dentário, constituindo a CRIPTA ÓSSEA. O dente se separa do epitélio oral, porém, grupos de células epiteliais da lâmina permanecem nos pertuitos ósseos, formando o GUBERNÁCULO OU CANL GUBERNACULAR (papel na erupção);
· Na fase de campânula, verifica-se fenômenos morfogênicos que levam à determinação da forma da coroa do futuro dente (dobras no epitélio interno, antes da diferenciação em ameloblastos, e também que a alça cervical permanece fixa, fazendo as vertentes das cúspides se alinhem);
· Após esse evento, as células do epitélio interno do órgão do esmalte, tornam-se cilíndricas altas, e o núcleo passa a se localizar do lado oposto à papila dentária, esse fenômeno é denominado INVERSÃO DE POLARIDADE, tornando-as pré-ameloblastos. Na papila dentária adjacentes aos pré-ameloblastos, sofrem influência, fazendo-as pararem de se dividir, aumentando de tamanho. Começam a sua diferenciação em odontoblastos, passando a secretar a primeira camada de matriz de dentina (dentina do manto), essa matriz, possui muito colágeno do tipo 1. E os contatos entre odontoblastos e pré-ameloblastos desencadeiam a diferenciação final destes ameloblastos, os quais sintetizam e secretam a matriz orgânica do esmalte (basicamente proteica, mas não colágena).
· Fase de Coroa (fase avançada de campânula)
Corresponde a deposição de dentina e esmalte da coroa do futuro dente. 
· Essa fase, progride, desde os locais correspondentes às cúspides para a região cervical. Portanto, embora nessa fase ocorram eventos de diferenciação, estes não se restringem aos locais das futuras cúspides, mas podem ser observados ao longo das vertentes, ou seja, num mesmo germe dentário poderão ser observadas, na região próxima à alça cervical, zonas nas quais as células do epitélio interno do órgão do esmalte se mantém com tais (não sofreram inversão de polaridade). Mas em regiões mais adjacentes, já possui a diferenciação celular. Assim, observa-se estágios cada vez mais avançados, quanto mais próxima da cúspide for a região examinada.
· A fase de coroa caracteriza-se pela deposição de dentina, de fora para dentro (CENTRÍPETA), e de esmalte de dentro para fora (CENTRÍFUGA)· Fase de Raiz (ocorre enquanto o dente erupciona)
Ao final da fase coroa, quando os eventos de diferenciação alcançam a região da alça cervical, os epitélios internos e externos do órgão do esmalte que constituem a alça, se proliferam em sentido apical, para induzir a formação da raiz, este epitélio resultante sofre uma dobra, constituindo o DIAFRAGMA EPITELIAL. Como não há aprofundamento no sentido vertical, a região proliferativa, fica restrita à dobra que se continua com o diafragma epitelial. A partir desse momento, as células epiteliais continuam a se proliferar, originando a BAINHA EPITELIAL RADIULAR DE HERTWIG. Dessa forma, as duas estruturas formada, são contínuas e constituídas pelas mesmas células. Como a continuação da proliferação da bainha coincide com o início do processo de erupção dentária, enquanto vai sendo formada a raiz do dente, o germe dentário se movimento no sentido coronário.
· Para a formação da dentina radicular, as células da camada interna da bainha radicular de Hertwig induzem as células ectomesenquimais da papila dentária a se diferenciarem em odontoblastos e estes formam a dentina radicular, aumentado gradualmente o comprimento da raiz;
· Uma vez que apenas as células da bainha localizadas imediatamente adjacentes ao diafragma epitelial continuam proliferando, enquanto as mais afastas, que já induziram a diferenciação dos odontoblastos, não mias se dividem, gera-se uma defasagem em relação ao crescimento da raiz. Por essa razão, apenas a porção mais apical da bainha epitelial de Hertwig continua em contato com a raiz. No restante da raiz, mais cervicalmente, aparecem espaços devido ao aumento da superfície de dentina radicular subjacente, fenômeno de FRAGMETNAÇÃO DA BAINHA DE HERTWIG, reduzindo a bainha a cordões celulares;
· Com o progresso dessa fragmentação, os cordões se rompem, constituindo grupos isolados de células, denominados os RESTOS EPITELIAIS DE MALASSEZ. 
· A fase de raiz, corresponde ao processo de odontogênese propriamente dito, e é concluída com a formação da dentina radicular, até o fechamento do ápice; Assim, após entrar em contato com a dentina, as células ectomesenquimais do folículo diferenciam-se em CEMENTOBLASTOS (secretando a matriz orgânica do cemento), além disso, as células do lado externo do folículo diferenciam-se em OSTEOBLASTOS (formando o osso alveolar), enquanto as da região central, tornam-se, principalmente FIBROBLASTOS (ligamento periodontal).
Obs.: O epitélio reduzido do órgão do esmalte vai recobrir o esmalte até a erupção se completar, depois ele vai contribuir para a formação do epitélio juncional da gengiva.

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