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Inicia-se como resultado da interação entre o epitélio oral e o ectomesênquima subjacente, originando a banda epitelial primária e, em seguida, a lâmina dentária. Dividido em 5 etapas: Fase de Botão; Fase de Capuz; Fase de Campânula; Fase de Coroa; Fase de Raiz; Outras etapas: Dentinogênese: formação da dentina; Amelogênese: formação do esmalte; Cementogênese: formação do cemento; Osteogênese: formação do osso alveolar; São células que migram da crista neural e vão constituir o ectomesênquima. 1- O que é o mesênquima? É um tecido conjuntivo indiferenciado que dá origem a tecidos conjuntivos maduros. As células da região da crista neural vão migrar durante o processo de formação do tubo neural para a região de cabeça e pescoço e vão habitar junto com as células que estavam presentes no mesênquima e constituir um pool de células e assim vão se passar a chamar de ECTOMESÊNQUIMA. A interação do epitélio oral com o ectomesênquima resulta em troca de informações, chamada de INDUÇÃO RECÍPROCA. Essa indução recíproca é o mecanismo em que as células se comunicam entre si induzindo modificações que se retroalimentam e à medida que elas vão continuando o processo elas utilizam fatores de crescimento, que provocam na célula uma modificação de forma ou função, induzindo também a proliferação mitótica. No interior da cavidade oral, para baixo vai se formar a arcada inferior e para cima vai se formar a arcada superior, então vai haver um aumento de multiplicação de células mitóticas, com uma forma bem definida de FERRADURA, essa estrutura é chamada de BANDA EPITELIAL PRIMÁRIA. 2- O que é a Banda epitelial primária? Se forma a partir desse processo de proliferação mitótica, que começam a se multiplicar e invaginar para dentro do tecido conjuntivo. Como as células do ectomesênquima são reativas a este processo, então elas vão começar a condensar as células da banda epitelial primária para impedir sua formação. Assim, a banda epitelial primária não vai desenvolver homogeneamente, a parte central fica estagnada e as laterais (bordas) continuam o processo de formação, dando esse aspecto de ferradura, com o centro côncavo. A parte que continuou se proliferando e que vai para fora passa a ser chamada de LÂMINA VESTIBULAR e a que vai para dentro LÂMINA DENTÁRIA. - LÂMINA DENTÁRIA: Medialmente; responsável pela formação dos dentes e representa os futuros arcos dentários, ela invade cada vez mais o ectomesênquima modificando o fuso mitótico que se torna perpendicular ao epitélio oral, cresce em altura. As células internas da lamina possuem uma lamina basal muito dinâmica. Vão se formar 10 estruturas (germes dentários) que dão origem aos brotos dos dentes decíduos, inicialmente no arco superior e 10 no arco inferior. - LÂMINA VESTIBULAR: Subdivisão externa da banda; essa lâmina da origem a uma fenda (sulco vestibular) através de uma degeneração de células centrais, essa fenda está localizada entre a bochecha\lábios e arco dentários. Cresce em largura. Quando essas células estiverem maduras, elas vão parar de nutrir e as células centrais sofrem apoptose e formam o fundo vestibular (fenda), mantendo-se a lâmina dentária. Histologia Buco-Dental Odontologia - UESB A lâmina dentaria começa a apresentar atividades mitóticas diferenciadas ao longo dos futuros arcos, e em cada arco origina-se 10 esférulas que vão invadir o ectomesênquima, iniciando a formação do germe dentário (composto por órgão dentário, papila dentaria e folículo dentário que posteriormente os 3 darão origem ao dente decíduo). Apresenta células cubicas ou cilíndricas baixas na periferia e poligonais no centro, à medida que as células vão aumentando em número. Inicia-se condensação das células do ectomesênquima (presença de sidenca-1, que é um proteoglicano e tenascina, que é uma glicoproteína) na região mais profunda da esférula, invaginando com forma de gota. É caracterizada principalmente pela intensa proliferação das células epiteliais. Continua a intensa proliferação epitelial, porém o botão para de crescer uniformemente e começa a apresentar formato de boné/capuz, formando uma concavidade na região mais profunda do antigo botão e uma maior condensação de células esctomesenquimais (posteriormente a papila dentaria). Começa a apresentar alguns componentes desse germe como: Orgão do esmalte: Formará o esmalte; Epitélio interno do órgão do esmalte: Que possui células cubicas localizadas na concavidade; Epitélio externo do orgão do esmalte: Apresenta células localizadas na convexidade do capuz, células achatadas; Reticulo estrelado: Células localizadas no centro do orgão do esmalte, em formato de estrelas, tem grande quantidade de substancia fundamental e proteoglicanos e prolongamentos se ligando através de desmossomos; Papila dentaria: Conjunto de células unidas- condensadas do ectomesênquima, localizada abaixo no epitélio interno do orgão do esmalte. Originará dentina e polpa.; Folículo dentário: Ectomesênquima que rodeia o orgão e a papila sofre condensação e origina uma capsula ao redor dessas estruturas citadas, separando do ectomesênquima da maxila e mandíbula. Originará os periodontos de inserção. Ele é vascularizado dando nutrição para o germe. E.O.E + PAPILA DENTÁRIA = GERME DENTÁRIO F.D: Folículo dentário; E.O.E: Epitélio do órgão do esmalte; R.E: Retículo estrelado; P.D: Papila dentária; E.I.O.E: Epitélio interno do órgão do esmalte e E.E.O.E: Epitélio externo do órgão do esmalte. *O folículo dentário não dá origem a tecidos dentários, somente a tecidos periodontais (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar). Inicia-se processos de morfogênese e diferenciação celular: morfodiferenciação (dando aspecto de sino) e histodiferenciação. HISTODIFERENCIAÇÃO: Diferenciação histológica das células, tornando-as capazes de produzir esmalte e dentina. MORFODIFERENCIAÇÃO: Modificações que vão determinar a forma de coroa e raiz. Ocorre diminuição da proliferação das células por que elas vão começar a se diferenciar dando formato da coroa e raiz. As células do reticulo estrelado vão aumentar o volume pela grande quantidade de água e proteoglicanos. As células do epitélio externo do O.E vão se tornando pavimentosas. As células do epitélio interno do O.E vão se tornando cilíndricas com núcleo centralizado e poucas organelas. Aparece camadas de células entre o epitélio interno e o reticulo estrelado, denominado de estrato intermediário (auxilia da formação do esmalte) Na região onde os epitélios interno e externo se encontram, forma-se um ângulo agudo denominado de alça cervical (local onde no fim da fase de coroa, as células vão se proliferar e constituir a bainha radicular e formar a raiz) e as células se ligam por junções comunicantes e desmossomos. A lâmina basal separa as células do epitélio interno e externo, da papila e folículo respectivamente. Na região central da papila apresenta-se fibrilas colágenas e não colágenas como proteoglicanos e glicoproteínas. A papila começa a ser invadida por capilares do folículo e esse folículo começa a envolver todo o germe e a porção da lâmina dentaria e do germe se desintegra. E inicia-se a formação da cripta óssea. Existe algumas células da lâmina que ainda mantem presas no folículo formando o canal gubercular (importante para erupção dentária) Nessa fase começa a ocorrer fenômenos no germe dentário que irá determinar a forma da coroa, através de dobras do epitélio interno do órgão do esmalte onde as primeiras células vão cessar sua atividade mitótica (ponto fixo) e junto com a alça cervical e o restante das células do epitélio interno vão se dividir (ponto não fixo), antes das células se diferenciarem em ameloblastos. P.D E.I.O.EL.D R.E E.E.O.E Forma-se o nó do esmalte pelo acumulo das células do estrato intermediário. As células do epitélio interno eram cilíndricas baixas com núcleo próximo a lâmina basal e passam a se diferenciar em cilíndricas altas (PRÉ- AMELOBLASTOS) com núcleo oposto a papila (inversão de polaridade). As células da papila vão parar de se dividir sob influência dos pre-ameloblastos e vão aumentar seu tamanho se diferenciando em odontoblastos (que secreta dentina do manto). O contato do pré com o odontoblasto diferencia o pré em ameloblasto. Na fase final da campânula, já tem células diferenciadas que vão da origem ao esmalte dentário e a dentina e polpa; as células mais superficiais darão origem aos odontoblastos e as células centrais serão no futuro as células da polpa, os fibroblastos. Ocorre dentinogênese (pelos odontoblastos, de fora para dentro - centrípeta) e amelogênese (pelos ameloblastos do apt interno, de dentro para fora - centrífuga). Observa-se que algumas regiões do germe ainda têm células não diferenciadas (próximo a alça) e células diferenciadas (perto das cúspides). Quando chega a formação da coroa até a região cervical, a alça cervical cresce e ocorre a formação da BAINHA EPITELIAL DE HERTWIG, que é uma estrutura que se forma a partir da alça cervical e é resultante do epitélio interno com o epitélio externo do órgão do esmalte. Os epitélios interno e externo que constituíram a alça cervical vão se proliferar apicalmente e induzir a formação da raiz, através da bainha radicular de Hertwig. O epitélio resultante da proliferação das duas camadas sofre uma dobra e forma o diafragma epitelial e as células epiteliais continuam proliferando, e forma a bainha, a proliferação da bainha inicia a erupção dentaria. As células da bainha radicular induzem a papila a se diferenciar e depositar a dentina radicular sobre a raiz. O aumento da dentina radicular favorece o aparecimento de espaços na bainha radicular, conhecido como fragmentação da bainha: restos epiteliais de Malassez. Nessa fase começa a originar os periodontos de inserção, pela invasão do folículo dentário pelos espaços que vai se interagir com a dentina radicular, diferenciando as células em cementoblastos, osteoblastos (lado externo do folículo) e fibroblastos (região central, que irá inserir as fibras de Sharpey no cemento e osso alveolar). Enquanto ocorre formação da raiz, o esmalte vai se mineralizando e forma o epitélio reduzido do órgão do esmalte que auxilia na formação da gengiva.
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