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Platelmintos e Nematelmintos de Interesse Médico Wathyson Alex de Mendonça Santos –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– PLATELMINTOS ► Esquistossomose • Agente etiológico: Schistossoma mansoni, japonicum e haemotabium, mas o mais comum para nós é o mansoni • Hospedeiros: HD = Homem HI = caramujos planorbídeos do gênero biomphalaria, principal espécie glabrata. • Transmissão: Penetração ativa das cercárias na pele e mucosa. As cercárias penetram mais frequentemente nos pés e nas pernas por serem áreas do corpo que mais ficam em contato com águas contaminadas. • Patogenia o Cercária: Lesão típica é a dermatite cercariana no local de penetração da cercaria. Essa dermatite é caracterizada por "sensação de comichão, erupção urticariforme e é seguida, dentro de 24 horas, por eritema, edema, pequenas pápulas e dor" ▪ Essa lesão é mais intensa na reinfecção interferência de mastócitos (liberação de histarnina), complemento, eosinófilos e IgE. o Esquistossômulo: três dias após a penetração das cercárias na pele, os esquistossômulos são levados aos pulmões. 2 semanas após a infecção, podem ser encontrados nos vasos do fígado e, posteriormente, no sistema porta intra-hepático ▪ Nessa fase pode haver linfadenia generalizada, febre, aumento volumétrico do baço e sintomas pulmonares. o Vermes adultos: Os vermes adultos são maturados nos ramos intra- hepáticos do sistema porta e após isso esses migram principalmente para veia mesentérica inferior (ectópicos = outros locais). ▪ Esses não produzem lesões de monta ao longo dos anos ▪ Os vermes mortos podem provocar lesões extensas, embora circunscritas, principalmente no figado, para onde os parasitos são arrastados pela circulação porta. o Ovos: os ovos são os elementos fundamentais da patogenia da esquistossomose. ▪ ▼Quantidade de ovos atingem a luz intestinal: lesões mínimas, com reparações teciduais rápidas ▪ ▲ Quantidade de ovos atingem a luz intestinal: formações ulcerativas pequenas e superficiais; essas lesões são em geral reparadas, com reconstituição da integridade dos tecidos. ▪ Ovos que atingem o figado, lá permanecem e causam as alterações mais importantes da doença. • Medidas profiláticas: Saneamento básico, educação sanitária, controle dos caramujos e tratamento dos doentes. • Diagnóstico: Exames laboratoriais de fezes. o É possível detectar, por meio desses exames, os ovos do parasita causador da doença. o O médico também pode solicitar teste de anticorpos para verificar sinais de infecção e para formas graves ultrassonografia. • Ciclo biológico: (Simplificado pelo Manual MSD) • Tratamentos: O tratamento quimioterápico da esquistossomose através das drogas mais modernas, oxarmniquina e praziquantel, deve ser preconizado para a maioria dos pacientes com presença de ovos viáveis nas fezes ou na mucosa retal. o Oxarmniquina (mais usada no país) ▪ Posologia: dose oral única em adultos (15mg/kg) / duas doses diárias orais de 10mg/kg, após as refeições em crianças ▪ Mecanismo de ação: efeito anticolinérgico e inibição de síntese de ácidos nucléicos ▪ Efeitos colaterais: alucinações, tonteiras, excitação e até mesmo mudanças de comportamento o Praziquantel (droga que atua contra todas as espécies de Schistossoma que infectam o homem) ▪ Posologia: dose oral diária de 60mg/kg por três dias consecutivos. ▪ Mecanismo de ação: lesando o tegumento do parasito, expondo assim antígenos-alvo da resposta imune ▪ Efeitos colaterais: dor abdominal, cefaleia e sonolência ► Teníase e Cisticercose • Agente etiológico: Taenia solium (cisticercose) e Taenia saginata (ambos). São platelmintos da classe cestoda • Hospedeiros: HD = homem para ambos, mas pode ser um intermediário acidental no caso da cisticercose / HI (T. solium) = porco; HI (T. sagitana) = vaca • Transmissão: o Teníase: o hospedeiro definitivo (humanos) infecta-se ao ingerir carne suína ou bovina, crua ou malcozida, infetada, respectivamente, pelo cisticerco de cada espécie de Taenia. o Cisticercose: é adquirida pela ingestão acidental de ovos viáveis da T. solium que foram eliminados nas fezes de portadores de teníase. • Patogenia o Teníase: Devido ao longo período em que a T. solium ou T. saginata parasita o homem, elas podem causar fenômenos tóxicos alérgicos, através de substâncias excretadas, provocar hemorragias através da fixação na mucosa, destruir o epitélio e produzir inflamação com infiltrado celular com hipo ou hipersecreção de muco. Possui um rápido crescimento, disputando nutrientes com o hospedeiro. ▪ Sintomas: Tonturas, astenia, apetite excessivo, náuseas, vômitos, alargamento do abdômen, dores de vários graus de intensidade em diferentes regiões do abdômen e perda de peso o Cisticercose: responsável por graves alterações nos tecidos, e grande variedade de manifestações. É uma doença pleomórfica pela possibilidade de alojar-se o cisticerco em diversas partes do organismo, como tecidos musculares ou subcutâneos; glândulas mamárias; globo ocular e com frequência no SNC, inclusive intramedular, o que traz maiores repercussões clínicas • Medidas profiláticas o Impedir o acesso do suíno e do bovino as fezes humanas o Saneamento básico o Tratamento dos doentes o Inspeção rigorosa da carne e fiscalização dos matadouros. • Tratamentos da Teníase: niclosamida ou o praziquantel o Niclosamida ▪ Posologia: 4x de 2/2 com intervalo de uma hora pela manhã. ▪ Mecanismo de Ação: atua no sistema nervoso da tênia, levando a sua imobilização o Praziquantel ▪ Posologia: 4x de 150mg cada (5mg/kg) em dose única ▪ O praziquantel não deve ser empregado para o tratamento da teníase em pacientes com as duas formas da doença, ou seja, a teníase e a cisticercose. o Efeitos adversos dos medicamentos: cefaléia, dor de estômago, náuseas e tonteiras • Tratamento da Neurocisticercose: praziquantel e albendazol (mais utilizado) o Devido aos efeitos colaterais graves provocados pela toxicidade do praziquantel, o albendazol vem sendo utilizado e considerado o medicamento de escolha na neurocisticercose • Ciclo biológico • Diagnóstico: Exames laboratoriais de fezes. o É possível detectar, por meio desses exames, segmentos dos vermes ou de ovos. o Em pessoas com cisticercose, os cistos no cérebro ou em outros tecidos podem ser observados em uma tomografia computadorizada (TC) ou em uma ressonância magnética (RM). ► Hidatidose e Equinococose • Agente etiológico: Ambas as doenças são causadas pelo Echinococcus granulosus e possuem o mesmo HD e hospedeiro intermediário. Hidatidose = (parasita adulto). Equinococose = ovos-larvas. • Hospedeiros: HD (Cães domésticos e canídeos silvestres) e HI (bovinos, ovinos, suínos, caprinos, cervídeos e acidentalmente o homem). • Transmissão: Para ambas as formas da doença, os seres humanos são infectados pela ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos de parasitas presentes nas fezes ou na pelagem dos carnívoros, mais comumente o cão doméstico • Patogenia: Como a evolução dos cistos é lenta, as lesões e os sintomas desencadeados podem levar anos para serem percebidos, ocorrendo somente quando o cisto já atinge grandes dimensões. Cistos pequenos, bem encapsulados e calcificados, podem permanecer assintomáticos por anos ou toda vida do hospedeiro. • A patogenia da hidatidose humana dependerá dos órgãos atingidos, locais, tamanhos e número de cistos. o Hidatidose hepática: ▪ O fígado geralmente é o órgão primário da infecção. ▪ Pode ficar retido nos capilares sinusais, causando uma reação inflamatória com a presença de infiltrado de eosinófilos e células mononucleares. ▪ Sintomas: distúrbios gástricos, sensação de plenitude pós- prandial e, em caso mais graves, pode ocorrercongestão porta e estase biliar, com icterícia e ascite o Hidatidose pulmonar: ▪ O pulmão é o segundo órgão mais afetado pela hidatidose ▪ O parênquima pulmonar oferece pouca resistência ao crescimento do cisto, que pode atingir grandes dimensões, comprimindo brônquios e alvéolos. ▪ Sintomas: cansaço ao esforço físico, dispnéia e tosse com expectoração. o Hidatidose cerebral e óssea: mais raras • Diagnóstico: O quadro clínico de hidatidose não é específico, muitas vezes assintomático. Portanto, para um diagnóstico mais preciso, devem ser consideradas informações clínicas, laboratoriais e epidemiológicas. o Clínico: massas palpáveis semelhantes a tumores o Laboratorial: As técnicas de imunodiagnóstico de imunodifusão, hemaglutinação, imunofluorescência e ELISA são utilizadas na busca de anticorpos específicos a proteínas do líquido hidático. o Método de imagem: radiografia • Tratamentos: albendazol e PAIR o Albendazol ▪ Posologia: forma contínua (400mg em duas doses diárias durante três a seis meses), ou intermitente (400mg em duas doses diárias, em três a seis ciclos de 28 dias, com intervalos de 14 dias sem medicação). o PAIR: Este tratamento consiste na punção do liquido hidático através de aspiração e inoculação de uma substância protoescolicida (salina hipertônica, etanol, citrinidina ou sulfóxido de albendazol) e reaspiração após 10 minutos o Cirúrgico: método mais utilizados no tratamento da hidatidose no Brasil. É recomendado em casos de localizações acessíveis e cistos volumosos, sendo necessário a dessensibilização prévia do paciente para evitar processos alérgicos ou anafiláticos. • Ciclo biológico NEMATELMINTOS ► Ascaridíase, ascaridose, ascariose e ascaríase • Agente etiológico: verme nemátodeos Ascaris lumbricoides, também conhecido popularmente como lombriga; fusiformes sem segmentação, e com tubo digestivo completo. A reprodução é sexuada, sendo a fêmea (com até 40 cm de comprimento) bem maior que o macho • Hospedeiros: Ser humano é seu único hospedeiro • Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos infectantes eliminados anteriormente por fezes de outro hospedeiro • Patogenia o Larvas: Em infecções maciças são encontradas lesões hepáticas e pulmonares ▪ Fígado: formas larvares migrando → resultam em focos hemorrágicos e de necrose que num futuro serão fibrosados ▪ Pulmão: vários pontos hemorrágicos de acordo com a passagem das larvas para os alvéolos e pode chegar a ocasionar um quadro pneumônico com febre, tosse, dispnéia e eosinofilia, havendo edemaciação dos alvéolos, com infiltrado eosinofílicos, febre, bronquite, pneumonia, tosse. o Vermes adultos: Dependendo do nível de infecção (média ou maciça) podem ser encontradas algumas alterações ▪ Ação espoliadora: os vermes consomem grande quantidade de proteínas, carboidratos, lipídios e vitaminas A e C, levando o paciente à subnutrição. ▪ Ação tóxica: reação que ocorre entre antígenos parasitários e anticorpos alergizantes do hospedeiro, provocando edema, urticária, convulsões. ▪ Ação mecânica: provocam irritação na parede intestinal e podem enovelar-se na luz, ocasionando a sua obstrução. ▪ Localização ectópica ou Áscaris errático: em pacientes com altas cargas parasitárias pode ser que haja: apendicite aguda, obstrução do canal colédoco, obstrução do canal de Wirsung - → pancreatite aguda, eliminação do verme pela boca e narinas. • Diagnóstico: Exames laboratoriais de fezes. o Identificar os ovos ou vermes adultos no exame de uma amostra fecal ou, em raras ocasiões, ao ver os vermes adultos nas fezes ou saindo pela boca ou pelo nariz • Medidas Profiláticas o Lavar bem as mãos com água e sabão antes de manusear alimentos o Lavar, descascar e/ou cozinhar todos os legumes, verduras e frutas crus antes de comê-los. o Sistemas de eliminação de esgoto eficazes podem ajudar a prevenir a disseminação desta infecção. • Tratamentos: feito com albendazol ou mebendazol o Albendazol ▪ Posologia: 400mg Dose Única. ▪ Mecanismo de ação: liga-se a beta-tubulina impedindo a formação de microtúbulos; reduz a entrada de glicose. o Mebendazol ▪ Posologia: 100mg 2xdia por 3 dias, repetir após 15 dias. ▪ Mecanismo de ação: liga-se a beta-tubulina impedindo a formação de microtúbulos; reduz a entrada de glicose. o Pamoato de Pirantel: 10mg/Kg Dose Única o Em caso de obstrução intestinal: Piperazina 100mg/Kg (máximo 6g) Óleo Mineral 10-20ml 3/3horas e hidratação por via parenteral • Ciclo biológico: ► Ancilostomíase, Ancilostomose, Amarelão ou Necatoríase • Agente etiológico: nematodas relacionados Ancylostoma duodenale e Necator americanus. O Ancylostoma duodenale e o Necator americanus são espécies aparentadas de vermes parasitas nematelmintos, com corpos filiformes e fêmeas até um centímetro maiores que machos, geralmente de 0,8 cm a 1,3 cm. As suas extremidades anteriores têm a forma de um gancho, especialmente nos Necator, e possuem boca armada com placas ou espinhos duros e bastante resistentes • Hospedeiros: O homem é seu único hospedeiro • Transmissão: As pessoas podem se infectar ao andar descalças, pois a larva da ancilostomíase vive no solo e pode penetrar na pele. • Patogenia o A – Fase de penetração da pele – ao atingir os capilares, a larva filarióide pode provocar reação textrina com morte de elevados números delas. Se ocorre penetração de bactérias piogênicas, pode ocorrer uma lesão aberta e designa-se coceira da terra. o B – Fase pulmonar – as larvas, ao atingirem os capilares pulmonares, forçam sua passagem para os alvéolos, cursando com lesões microscópicas e hemorragia local. Diferente do que se observa na estrongiloidíase e ascaridíase, raros são os casos de pneumonite. o C – Fase dos vermes adultos no intestino delgado – através de suas placas cortantes (N. americanus) ou de seus dentes (A. duodenale) , estes vermes sugam a porção distal da vilosidade, determinando erosão e ulceração, havendo novas lesões para abocanhadura de novos sítios. • Medidas profiláticas o Usar instalações dotadas de vasos sanitários o Impedir que a pele entre em contato direto com o solo (por exemplo, calçando sapatos e usando uma lona ou outra barreira ao sentar-se no chão) • Tratamento o Geralmente albendazol ou mebendazol; o pamoato de pirantel é uma alternativa (medicamentos usados para eliminar vermes – medicamentos anti-helmínticos) o Para anemia ferropriva, suplementos de ferro • Ciclo biológico o A infecção pelos ancilostomídeos para o homem só ocorre quando as L3 (larva filarioide ou infectante) penetram ativamente, através da pele, conjuntiva e mucosas, ou passivamente, por via oral. • Diagnóstico: é feito através da detecção de ovos do parasita nas fezes. o Após a invasão da pele pelo parasito, os primeiros ovos podem só aparecer 2 meses depois. o Quando a infecção é provocada pelo A. duodenale, os primeiros ovos podem demorar até 1 ano para surgirem nas fezes. ► Tricuríase ou Tricuriose • Agente etiológico: Trichuris trichiura. o É um verme fusiforme nematoide o Tem sistema digestivo completo. Boca na extremidade anterior, abertura simples, sem lábios, seguido do esôfago bastante longo e delgado, 2/3 do comprimento. o Na parte posterior, que é alargada, está o sistema reprodutor simples e o intestino. o Os vermes adultos são dióicos, com dimorfismo sexual. o Os ovos têm o aspecto típico de barril ou bola de futebol americano ou a forma de limões, com cerca de 45 a 65 micrómetros de comprimento por 20 a 25 micrómetros de largura, e massa mucoide transparente nas duas extremidades (opérculos polares). • Hospedeiros: O homem é seu único hospedeiro definito. Não há HI • Transmissão: viafecal-oral • Patogenia o A adesão do verme na parede do intestino grosso promove um processo irritativo das terminações nervosas locais, causando o reflexo de defecação pelos parasitos, estimulando o aumento do peristaltismo e dificultando a reabsorção de líquidos no nível de todo o intestino grosso. o Infecções moderadas podem causar colite associada à tricuríase, podendo causar prolapso retal. • Medidas profiláticas o Medidas básicas de higiene como: lavar as mãos antes de preparar refeições, antes de comer, e sempre antes e depois de ir ao banheiro, • Tratamento o Mebendazol é a medicação de escolha. Alternativamente, pode-se usar albendazol e ivermectina. • Diagnóstico: Exame microscópico das fezes o os característicos ovos em forma de limão, com opérculos nítidos em ambas as extremidades, são facilmente evidentes. o Quando anoscopia, proctoscopia ou colonoscopia é feita por outras indicações, podem ser vistos vermes adultos protuberantes se agitando no lúmen do intestino. o É feito um hemograma completo (HC) para avaliar a anemia. • Ciclo biológico ► Enterobiose ou Oxiurose • Agente etiológico: Enterobius vermicularis. o Vermes nematódeos com menos de 15mm de comprimento e que parasitam o intestino humano o Uma das doenças parasitárias mais comuns do mundo, sendo frequente mesmo em países desenvolvidos, atingindo cerca de 11-21% da população por ano. o Sendo mais comum em crianças pequenas de 5 a 14 anos de idade. • Hospedeiros: O homem é seu único hospedeiro definito. Não há HI • Transmissão: A infestação por oxiúros normalmente é o resultado da transferência de ovos da área perianal para fômites (vestimentas, roupas de cama, mobília, tapetes, brinquedos, assento de privadas), dos quais os ovos são apanhados pelo novo hospedeiro, levados à boca e deglutidos • Patogenia o Provocam poucas lesões significativas na mucosa. o Na região perianal e períneo, pode haver laceração da pele, com hemorragia, dermatite e infecções secundárias. o Localizações ectópicas podem se manifestar como uretrite e vaginite. o As manifestações incluem prurido anal intenso, especialmente à noite; náuseas, dor abdominal, emagrecimento, diarréia. • Medidas profiláticas o Lavar as mãos com sabão e água morna após usar o banheiro, após trocar fraldas e antes de manipular alimentos (a forma mais bem- sucedida) o Lavar roupas, roupas de cama e brinquedos com frequência o Se as pessoas estão infectadas, tomar banho todos os dias para ajudar a remover os ovos da pele o Usar aspirador de pó para limpar o ambiente e tentar eliminar os ovos • Tratamento o Mebendazol, pamoato de pirantel ou albendazol ▪ Pamoato de Pirantel 10mg/Kg Dose Única. ▪ Mebendazol 100mg 2xdia por 3 dias, repetir após 15 dias. ▪ Albendazol 400mg Dose Única. ▪ Ivermectina 200um/Kg Dose Única • Ciclo biológico e Patogenia: A deposição de ovos na região perianal pode contaminar o meio e alimentos, além disso, por haver a autoinfecção onde os ovos embrionados podem ser levados pelas mãos até a boca. Após a seguida ingestão, há a eclosão dos ovos no intestino delgado e migração das larvas até o ceco, transformando-se em vermes adultos, podendo causar enterite catarral. Após a cúpula a fêmea vai para a região perianal para eliminar os ovos e se fixa lá pelas asas aladas, ocasionando o prurido regional (noturno, com perda de sono e nervosismo). Nas mulheres, esses ovos podem ser levados até a vagina, causando vaginite, ovarite e salpingite. • Diagnóstico: Exame da região perianal em busca de vermes, ovos ou ambos o Observar se os vermes aparecem na região do ânus cerca de duas a três horas após a pessoa dormir. Encostar uma fita adesiva transparente na região anal ao amanhecer, para coletar possíveis ovos de oxiúro que poderão ser observados no microscópio.
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