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Trabalho de Patologia Silvia

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INSTITUTO POLITÉCNICO ISLÂMICO DE MOÇAMBIQUE 
IPIMO 
Curso: ENFERMAGEM DE SAÚDE MATERNO INFANTIL 
Cadeira: PATOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tema: Gastrite, Úlceras pépticas e Hepatite 
Definição, Classificações, Causas, Fisiopatologia, Quadro Clinico, Diagnósticos, Suas 
Complicações e Tratamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nampula 
2021
 
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Discente 
Sílvia Cabo Fermedo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tema: Gastrite, Úlceras pépticas e Hepatite 
Definição, Classificações, Causas, Fisiopatologia, Quadro Clinico, Diagnósticos, Suas 
Complicações e Tratamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTITUTO POLITÉCNICO ISLÂMICO DE MOÇAMBIQUE 
NAMPULA 
2021 
 
Trabalho de carácter avaliativo, a ser 
entregue na instituição de ensino na 
cadeira de Patologia, leccionada pelo 
docente: Samamud Mussa 
 
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Índice 
Introdução ....................................................................................................................................... 4 
Definição de gastrite ....................................................................................................................... 5 
Classificação ................................................................................................................................... 5 
Causas ............................................................................................................................................. 6 
Fisiopatologia .................................................................................................................................. 6 
Quadro Clínico ................................................................................................................................ 7 
O diagnóstico .................................................................................................................................. 8 
Complicações .................................................................................................................................. 8 
Tratamento ...................................................................................................................................... 8 
Úlceras pépticas .............................................................................................................................. 9 
Classificação ................................................................................................................................... 9 
Causas ........................................................................................................................................... 10 
Quadro Clínico .............................................................................................................................. 10 
Diagnóstico ................................................................................................................................... 11 
Complicações ................................................................................................................................ 11 
Tratamento .................................................................................................................................... 12 
Hepatite ......................................................................................................................................... 12 
Classificação ................................................................................................................................. 12 
Causas ........................................................................................................................................... 14 
Fisiopatologia ................................................................................................................................ 14 
Diagnóstico de Hepatite ................................................................................................................ 15 
Tratamento .................................................................................................................................... 16 
Conclusão ...................................................................................................................................... 17 
Bibliografia ................................................................................................................................... 18 
 
 
 
4 
 
Introdução 
O presente trabalho da cadeira de patologia que ira abordar sobre as doenças tais como: Gastrite, 
Úlceras pépticas e Hepatite. De referir que a gastrite é uma condição na qual o revestimento do 
estômago conhecido como (mucosa) está inflamado. E o principal sintoma é uma dor no 
estômago, podendo ser eventualmente acompanhada de náuseas, vómitos e problemas de 
digestão. A principal complicação da gastrite é a úlcera gástrica que pode conduzir a uma 
hemorragia digestiva. O diagnóstico da gastrite é feito por exames endoscópicos (câmera 
introduzida pela boca) e o tratamento da causa é necessário além do tratamento dos sintomas. 
Refente ao trabalho de salientar que esta organizado obedecendo a seguinte estrutura 
 Introdução 
 Desenvolvimento 
 Conclusão 
 Bibliografia 
5 
 
Definição de gastrite 
A gastrite é uma inflamação da parede ou mucosa do estômago. É um fenómeno que pode ser 
pontual, devido a uma bactéria ou a um vírus, mas é bem mais comum na forma crónica. Em 
caso de gastrite crónica, a origem se deve, principalmente, a uma infecção de longa duração por 
causa de uma bactéria chamada Helicobater pylori, ou pode ter origem auto-imune, ou seja, ser 
provocada por uma agressão da mucosa do estômago por anticorpos do organismo. 
Classificação 
A classificação dos tipos de gastrite é baseada na duração dos sintomas, em sua causa e em qual 
região do estômago se concentra a inflamação ou infecção. Os principais tipos de gastrite são: 
 Gastrite aguda 
Causada pela presença da bactéria Helicobacter pylori, a gastrite aguda tem sintomas que 
aparecem repentinamente, entre eles dor no estômago, náuseas e vómitos. Se não tratada 
correctamente, com antiácidos e antibióticos, ela pode evoluir para a gastrite crónica. A adopção 
de hábitos alimentares saudáveis e a prática de exercícios físicos pode auxiliar no controle da 
doença. 
 Gastrite crónica 
Quando a gastrite se manifesta por tempo prolongado no organismo, a inflamação tende a 
aumentar e comprometer uma porção cada vez maior do revestimento do estômago. Ela pode ser 
classificada por sua fase de evolução (superficial, moderada e final) ou pela região afectada (na 
parte final ou no corpo do estômago). A gastrite crónica pode evoluir para câncer se o tratamento 
com antiácidos, protectores gástricos e antibióticos não for seguido à risca. 
 Gastrite enantematosa 
Ainda que os sintomas sejam semelhantes aos das outras variações da doença, a inflamação, 
nesse tipo de gastrite, atinge uma camada profunda do revestimento do estômago. A doença pode 
ser causada por bactérias, pelo uso excessivo de medicamentos ou associada ao alcoolismo ou a 
doenças autoimunes. O tratamento envolve uma dieta com restrição de gorduras, cafeína e açúcar. 
6 
 
 Gastrite eosinofílica 
O aumento de células imunes no estômago, comum em pessoas com histórico de alergias, 
também provoca os sintomas característicos da gastrite, em especial azia, náuseas e vómitos 
frequentes. O tratamento, normalmente, é feito com o uso de corticoides. 
 Gastrite nervosa 
Muitas vezes, os sintomas de azia, a sensação de empachamento e vómitos podem surgir em 
situações de estresse e ansiedade. Nesse caso, o tratamento da gastrite nervosa envolve, além de 
antiácidos, a adopção de medidas para o controle do estresse, como prática de actividades físicas 
e uso de calmantes naturais. 
Causas 
Embora o tratamento normalmente seja fácil, é muito importante descobrir quais as suas causas 
para evitar que volte a surgirprovocando sintomas muito incómodos como dor de barriga, 
náuseas, vómitos ou falta de apetite Vários são os factores envolvidos na origem da gastrite. A 
infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori) é a principal causa de gastrite crónica não 
erosiva. Essa bactéria afecta a parede do estômago e pode ser transmitida de pessoa para pessoa e 
através de alimentos ou água contaminados. Já nos casos de gastrite erosiva aguda ou crónica, os 
principais agentes envolvidos são: uso por longo período de anti-inflamatórios não esteroides, 
abuso de álcool e drogas. Já em casos de grande estresse para o organismo (cirurgias extensas, 
queimaduras de alta gravidade e múltiplas fraturas), o paciente pode apresentar erosões na 
mucosa do estômago gerando gastrite de estresse que pode evoluir para úlceras e hemorragia. 
Outra causa rara de gastrite é quando o próprio organismo produz anticorpos que atacam a 
mucosa gástrica, denominada gastrite autoimune. Dessa forma, há uma redução da secreção 
ácida com redução na absorção de ferro e vitamina B12. 
Fisiopatologia 
A gastrite pode vir a fazer alterações em certas partes do nosso organismo ou a parte afectada. 
Essas alterações podem ser provocadas por diferentes fautores. A doença pode ser aguda (surge 
de repente) ou crónica, quando o processo inflamatório se instala aos poucos e leva muito tempo 
para ser controlado. Gastrite pode acometer toda a mucosa estomacal, ou parte dela. Pode 
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provocar inflamação intensa, sem destruir o revestimento do estômago, ou resultar numa 
inflamação leve, mas acompanhada de lesão na parede do órgão e perda da mucosa estomacal. 
Denominada gastrite erosiva, esse tipo pode provocar a formação de úlceras e sangramentos. 
Quadro Clínico 
No início, os sintomas podem ser bem leves, como uma queimação no estômago discreta. 
Contudo, com o passar do tempo, uma gastrite não tratada pode causar dores tão intensas que 
impedem a pessoa de ficar em pé. Embora possam variar de pessoa para pessoa, estes são os 
sinais e sintomas mais comuns dessa condição: 
 Queimação e azia; 
 Dor na boca do estômago, que pode ser em forma de pontadas; 
 Sensação de que há alguma coisa na garganta; 
 Dor de cabeça; 
 Dificuldade e demora na digestão; 
 Enjoos; 
 Soluços; 
 Sensação de que o estômago está sempre cheio; 
 Eructações frequentes (arrotos); 
 Inchaço na região do estômago; 
 Desconforto abdominal; 
 Gases; 
 Refluxo; 
 Dor na parte superior do abdómen; 
 Perda de apetite; 
 Fraqueza; 
 Emagrecimento; 
 Ânsia de vómito e vómito; 
 Fezes escurecidas e vómito com sangue ou com secreção parecida com borra de café 
(quando há sangramento da parede do estômago). 
É importante observar que a gastrite crónica não costuma apresentar sintomas em suas etapas 
iniciais, de forma que o diagnóstico só acontece quando o paciente tem uma crise mais séria e 
procura atendimento médico. Quando essa condição é sintomática, as principais queixas são a 
sensação de que o estômago está sempre cheio, a perda do apetite e a dor de estômago. 
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No caso da gastrite aguda, os sintomas costumam se agravar depois da ingestão de alimentos 
gordurosos ou muito condimentados. Já na gastrite nervosa, o desconforto está associado a 
situações de ansiedade e estresse. 
O diagnóstico 
Sentir dores no estômago uma vez ou outra não significa que a pessoa tem gastrite. Agora, se os 
sintomas se arrastam por duas semanas, é melhor consultar um gastroenterologista. O médico irá 
solicitar a realização de uma endoscopia. Nesse exame, feito com o paciente sob efeito de 
sedativo, uma microcâmera desce pela boca até o estômago, e as imagens registradas mostram se 
há inflamação na mucosa do órgão. Para confirmar se o problema foi causado pela bactéria H. 
pylori, durante a endoscopia é feita uma biópsia. A análise do material revela se o micro-
organismo está alojado por ali. 
Complicações 
A principal complicação da gastrite é a úlcera gástrica que pode conduzir a uma hemorragia 
digestiva. A maioria das formas de gastrite crónica inespecífica não causam sintomas. No 
entanto, a gastrite crónica é um factor de risco para úlcera péptica, pólipos gástricos e tumores 
gástricos benignos e malignos. Algumas pessoas com gastrite crónica pelo H. pylori ou gastrite 
auto-imune desenvolvem gastrite atrófica. A gastrite atrófica destrói as células do revestimento 
do estômago que produzem ácidos digestivos e enzimas. A gastrite atrófica pode levar a dois 
tipos de câncer: o câncer gástrico e o linfoma do tecido linfóide associado à mucosa gástrica 
(linfoma MALT). 
Tratamento 
Controlar a alimentação é fundamental para aliviar o mal-estar digestivo, mas nem sempre uma 
dieta equilibrada basta. Para combater a inflamação já instalada, o médico pode receitar 
antibióticos, além de antiácidos para atenuar os sintomas. Nos casos em que a H. Pylori é a causa 
da gastrite, às vezes só um revezamento de antibióticos consegue dar fim ao problema. Isso 
porque essa bactéria é muito resistente. Ao término do tratamento, o especialista pode 
recomendar outro exame para confirmar se o micro-organismo foi eliminado de vez. Esse teste 
detecta a presença a H. Pylori pelo ar expelido dos pulmões. Se o resultado der negativo, 
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significa que foi exterminada. Caso contrário, é preciso tomar novas medidas contra ela. Ao 
longo do tratamento, é preciso ficar longe de determinados alimentos. Até que a regeneração do 
estômago seja completa, deve-se evitar refrigerantes, águas gasosas e sucos cítricos. Chocolates, 
balas e doces também ficam de fora do cardápio o açúcar fermenta na barriga e, para piorar, 
estimula a liberação de ácido clorídrico. Uma vez que a causa da gastrite sai de cena, seja ela 
qual for, a pessoa fica curada em no máximo três semanas. Esse é o prazo necessário para o 
estômago recuperar suas rugosidades naturais, destruídas pela agressão. 
Úlceras pépticas 
A Úlceras pépticas é uma afecção heterogênea, multifatorial, que acomete 15% a 20% da 
população mundial. A úlcera é denominada péptica porque ocorre em sítios expostos à secreção 
de ácido clorídrico e pepsina. Ocorre mais frequentemente no estômago e duodeno, mas pode 
também acometer o terço inferior do esófago, o jejuno, anastomoses gastroentéricas, e o 
divertículo de Meckel, quando existe mucosa gástrica ectópica. Em 90% dos casos, a UP é uma 
lesão única; raramente dupla ou múltipla. Na maioria das vezes, apresenta-se como lesão 
arredondada ou ovalada, com diâmetro variando de 0,5 a 2,0 cm e bordas regulares, pouco 
elevadas e cortadas a pique, tendendo a se afunilar na medida em que se aprofundam na parede 
do órgão. O fundo é geralmente limpo, mas pode estar coberto por material brancancento, por 
tecido de granulação avermelhado ou por tecido fibroso. A lesão pode estar restrita à submucosa, 
ou atingir a musculares mucosae, serosa ou a cápsula ou parênquima de um órgão vizinho. De 
acordo com a profundidade da lesão e a intensidade da reacção conjuntiva, a Úlceras pépticas 
pode ser classificada em superficial, localizada na submucosa; profunda, quando atinge a lâmina 
Classificação 
É uma patologia comum, consistindo numa ferida ou lesão da mucosa do trato gastrointestinal. 
Atinge anualmente quatro milhões de pessoas no mundo. Estes são os tipos mais comuns: 
 Esofágica: (se localizam no esófago) 
 Gástrica: (são as que se localizam no estômago) 
 Duodenal: (se localizam no interior do intestino delgado) 
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Causas 
A úlcera péptica se forma quando o estômago fica vulnerável à sua própria acidez, ao ter suas 
defesas enfraquecidas, podendo acontecer principalmente devido ao: 
 Factor genético; 
 Uso de medicamentos que afectam as defesas da parede do estômago, como anti-
inflamatórios ou AAS, por exemplo; 
 Infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que se multiplica no estômago e enfraquece a 
sua barreira protectora; 
 Consumo de bebidas alcoólicase uso de cigarro, que têm efeito irritativo; 
 Estresse, situação que afecta as defesas da mucosa do estômago e favorece o surgimento 
de sintomas. 
 Além disso, uma alimentação desequilibrada, rica em gordura, açúcares e alimentos 
irritativos, como cafeína ou pimenta, por exemplo, podem agravar os sintomas e a 
progressão da úlcera e outras doenças gástricas, como refluxo. 
Quadro Clínico 
Os sintomas de úlcera gástrica por vezes pioram após a alimentação, mesmo quando a pessoa faz 
uso de medicamentos que controlam a digestão. Os principais sintomas de úlcera gástrica são: 
Dor abdominal forte, em forma de pontada, que piora ao comer ou ao beber; Dor em forma de 
queimação na "boca do estômago"; Enjoo; Vómito; Distensão abdominal; Sangramentos na 
parede do estômago, o que pode causar saída de sangue nas fezes, visível ou identificado no 
exame de pesquisa de sangue nas fezes. Também importante lembrar que, além da úlcera gástrica, 
pode-se formar uma úlcera duodenal, localizada na primeira porção do intestino, que costuma 
causar sintomas nos períodos em jejum ou durante a noite. 
 
 
11 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico é feito pelo gastroenterologista ou clínico geral a partir da avaliação dos sinais e 
sintomas apresentados pela pessoa, além de ser recomendada a realização de uma endoscopia 
digestiva alta para identificar a causa e verificar a extensão e gravidade da úlcera. 
Para realizar a endoscopia, o médico irá colocar uma sonda, com uma microcâmera na ponta, 
dentro da boca pessoa até o seu estômago, conseguindo visualizar com clareza as paredes 
internas do estômago e suas lesões, e caso haja necessidade, pode retirar uma pequena amostra 
do tecido para que possa ser enviado para o laboratório para ser realizada a biópsia. 
Complicações 
 Sangramento 
Úlceras gástricas e duodenais são a principal causa de hemorragia digestiva alta não varicosa, 
consistindo em uma condição médica comum, que ainda é responsável por alta morbidade do 
paciente e elevados custos médicos (incidência de 100 hospitalizações/adulto por ano). 
 Perfuração 
Úlceras duodenais são responsáveis por 60% dos casos de perfuração por úlceras pépticas, 
seguidos pelas úlceras antrais e de corpo gástrico, 20% cada uma. H. pylori e uso de AINEs são 
factores de risco independentes de perfuração por úlceras pépticas. 
 Penetração 
Trata-se da penetração da úlcera através da parede, mas sem perfuração livre. Séries cirúrgicas 
têm observado que ocorre penetração em 20% das úlceras, mas apenas uma pequena proporção 
torna-se clinicamente evidente. As localizações mais comuns de penetração, em ordem 
decrescente de frequência, são pâncreas, omento gastro-hepático, trato biliar, fígado, omento 
maior, mesocolo, colo e estruturas vasculares. 
 Obstrução de saída gástrica 
Esta é a complicação menos frequente. A maioria dos casos ocorre em decorrência de úlceras 
duodenais ou de canal pilórico. 
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Tratamento 
O tratamento é feito com o uso de remédios que diminuem a acidez do estômago, como 
antiácidos ou inibidores da acidez, como Omeprazol, Pantoprazol, Lansoprazol ou Esomeprazol, 
por exemplo, mesmo durante a gravidez. Pode ser recomendado também pelo médico o uso de 
analgésicos para controlar as dores, caso haja necessidade. No caso da endoscopia indicar a 
infecção por H. pylori, o médico pode recomendar o uso de antibióticos, como Amoxicilina e 
Claritromicina. É importante também que a pessoa tenha atenção à alimentação, dando 
preferência a frutas, legumes e verduras cozidos, grãos, laticínios light, pão, e carnes magras, e 
evitando alimentos muito quentes, bebidas alcoólicas, refrigerantes, sanduíches, fast food, 
frituras e doces em geral. É recomendado que seja também evitado uso de cigarro e o consumo 
de alimentos que promovem a liberação do ácido gástrico, como café, chá preto, mate, 
condimentos, molhos picantes e frutas ácidas como caju, laranja, limão e abacaxi 
Hepatite 
Hepatite é a degeneração do fígado causada por factores como infecções virais (do tipo A, B e C), 
consumo excessivo de álcool e uso contínuo de medicamentos com substâncias tóxicas para o 
corpo. Enquanto os vírus atacam o fígado quando parasitam suas células, a cirrose dos 
alcoólatras é causada pela ingestão frequente de bebidas alcoólicas - uma vez no organismo, o 
álcool é transformado em ácidos nocivos às células hepáticas, levando à hepatite. 
Também pode se definir como sendo uma inflamação do fígado, que na maioria dos casos é 
causada por vírus, porém pode também acontecer como consequência do uso excessivo e 
indiscriminado de medicamentos, do consumo de excessivo de bebidas alcoólicas ou ser devido a 
uma alteração auto-imune. 
Classificação 
A hepatite pode ser dividida de acordo com suas causas em: 
 Hepatite A 
 Hepatite B 
 Hepatite C 
13 
 
 Hepatite alcoólica 
 Hepatite medicamentosa 
 Hepatite autoimune. 
 Hepatite A 
O vírus da hepatite tipo A (HAV) é transmissível, principalmente através de água e alimentos 
contaminados. Também é possível contrair a doença praticando sexo sem preservativo. 
 Hepatite B 
O vírus da hepatite tipo B (HBV) é transmissível, principalmente por fluidos corporais. As 
formas mais comuns de contágio são: drogas injetáveis, cirurgias realizadas com materiais não 
esterilizados e uso de lâminas de barbear ou alicates utilizados por outras pessoas. O vírus 
também pode ser passado sexualmente, reforçando a necessidade do uso de preservativos e 
outros métodos de barreira. 
 Hepatite C 
O vírus da hepatite tipo C (HCV) é transmissível, principalmente por fluidos corporais. As 
formas mais comuns de contágio são: drogas injectáveis, cirurgias realizadas com materiais não 
esterilizados e uso de lâminas de barbear ou alicates utilizados por outras pessoas. O vírus 
também pode ser passado sexualmente, reforçando a necessidade do uso de preservativos e 
outros métodos de barreira. 
 Hepatite alcoólica 
Pode ser causada pelo uso abusivo de álcool que pode levar a uma hepatite alcoólica crónica ou 
desencadear um processo crónico que leve a cirrose e insuficiências hepáticas. 
 Hepatite medicamentosa 
Vários medicamentos (inclusive fitoterápicos) podem lesar o fígado e para certos remédios o 
risco é tão elevado que o fígado deve ser monitorado com exames laboratoriais periódicos para, 
no caso de ocorrer lesão hepática, suspender precocemente o medicamento. 
14 
 
 Hepatite autoimune 
Como resultado de uma falha no sistema imunológico, este começa a produzir anticorpos que 
vão reagir contra o próprio fígado. Mais comum em mulheres, este processo pode se desenvolver 
de forma crónica, com períodos de exacerbação, e até levar à cirrose hepática se não tratado 
adequadamente. 
 Esteato-hepatite não alcoólica 
O acúmulo de gordura no fígado chamado de esteatose hepática, que acomete cerca de 20% da 
população, pode evoluir para uma forma inflamatória (esteato-hepatite não alcoólica) com risco 
de cirrose, insuficiência hepática e carcinoma hepatocelular. 
Causas 
Existem várias causas para inflamação do fígado, o que significa dizer que existem vários tipos 
de hepatite. 
As principais causas de hepatite são: 
 Vírus: hepatite A, B, C, D e E. 
 Infecções do fígado. 
 Abuso de álcool. 
 Medicamentos e drogas. 
 Doença autoimune (quando o corpo inapropriadamente cria anticorpos contra nós 
mesmos). 
 Choque circulatório ou hipotensão grave. 
 Esteato-hepatite 
Fisiopatologia 
Durante o tempo em que o paciente está infectado o fígado sofre um processo de inflamação. A 
inflamação provoca a fibrose que afecta o órgão. A resposta inflamatória na hepatite C é lenta, 
15 
 
mas progressiva, ocorrendo de forma diferente em cada pessoa. Existe a probabilidade de que, 
em 10, 20 ou 30 anos, a doença hepática passe de F0 para F4. Os homens progridem mais rápido, 
também, influi muito a idade no momento da infecção, o estilo de vida e a genética. 
Eventualmente,a infecção crónica só é diagnosticada quando a pessoa já apresenta sinais e 
sintomas de doença hepática avançada (cirrose e/ou câncer de fígado). A hepatite fulminante é o 
desenvolvimento de insuficiência hepática no curso de uma hepatite aguda. É caracterizada por 
comprometimento agudo da função do fígado, manifestado por diminuição dos factores da 
coagulação e presença de alterações do funcionamento cerebral (encefalopatia hepática) no 
período de até 8 semanas após o início da icterícia. A mortalidade é elevada (40% e 80% dos 
casos). 
Diagnóstico de Hepatite 
O diagnóstico de hepatite é feito através da anamnese para identificar os sintomas apresentados e 
buscar factores de risco para os diferentes tipos de hepatite a fim de definir os exames a serem 
solicitados visando estabelecer a causa da hepatite. No exame físico são buscados sinais de 
doença hepática como icterícia e aumento do fígado. Por fim, são solicitados os exames 
complementares cabíveis. 
Exames 
Os exames para diagnóstico de hepatite se baseiam no hepatograma para definir o grau de 
inflamação e em marcadores da função hepática como a albumina, as bilirrubinas e o tempo de 
actividade da protrombina. Com o intuito de determinar a causa serão solicitadas sorologias para 
os diferentes vírus de hepatite e, em casos seleccionados, marcadores de autoimunidade. Pode 
ainda ser solicitada uma ultrassonografia para avaliar o fígado (se está aumentado de tamanho, se 
apresenta alguma obstrução ou tumor) e a presença de ascite (líquido livre na cavidade 
abdominal). A biópsia hepática habitualmente não é utilizada, por ser um procedimento invasivo, 
estando reservada para casos em que permanece dúvidas em relação à causa da hepatite ou para 
situações em que uma avaliação mais rigorosa do grau de lesão hepática se faz necessário. 
Complicações 
As complicações mais frequentes da hepatite sao: 
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 Cirrose, 
 Insuficiência renal, 
 Cancro do fígado 
Tratamento 
Não existe tratamento para a forma aguda da hepatite. Se necessário, apenas sintomático para 
náuseas e vómitos. O repouso é considerado importante no tratamento da hepatite pela própria 
condição do paciente. No caso da hepatite A não existe tratamento específico. Para hepatite B 
crónica podem ser prescritos medicamentos antivirais. Já no caso da hepatite C são usados 
medicamentos antivirais tanto na fase aguda quanto na crónica. Para a hepatite alcoólica, em 
certos casos mais graves, podem ser prescritos corticosteróides e muitas vezes se faz necessária a 
reposição de sais minerais e vitaminas. No caso da hepatite medicamentosa o tratamento é de 
suporte, mas, se a causa for intoxicação por paracetamol, pode ser utilizada a acetilcisteína. No 
caso da hepatite autoimune são utilizados corticosteróides e imunossupressores. 
Medicamentos para Hepatite 
Os medicamentos mais usados para o tratamento de hepatite são: 
 Epocler 
 Prednisona. 
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a 
dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e 
nunca se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, 
se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as 
instruções na bula. 
 
 
 
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Conclusão 
A úlcera péptica, também conhecida como úlcera gástrica ou úlcera no estômago, é uma ferida 
que se forma no tecido que reveste o estômago, causada por diversos factores, como má 
alimentação ou infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori), por exemplo. 
A presença dessa úlcera leva ao aparecimento de alguns sintomas, como dor de estômago, 
náuseas e vómitos, especialmente após comer, apesar de também poder não apresentar sintomas 
por muito tempo. Normalmente, a presença de uma úlcera não é uma situação muito grave, 
devendo ser tratada com medicamentos antiácidos, que evitam que o suco gástrico presente no 
estômago torne a ferida ainda maior. 
 
18 
 
 
Bibliografia 
Roberto Navarro, médico nutrólogo, membro da Associação Brasileira de Nutrologia, (CRM-SP 
78392) 
Elaine Moreira, médica gastroenterologista da Federação Brasileira de Gastroenterologia (CRM: 
109.612) 
BRAGA, Lucia Libanez Bessa Campelo; ROCHA, Gifone Aguiar; ROCHA, Andréia Maria 
Camargos; QUEIROZ, Dulciene Maria de Magalhães; "Fundamentos da Fisiopatologia da 
Úlcera Péptica e do Câncer Gástrico", p. 731 -750. In: Sistema Digestório: Integração Básico-
Clínica. São Paulo: Blucher, 2016. 
KUMAR, V., ABBAS, A.K., FAUSTO, N., ASTER, J.C. Robbins & Cotran Patologia: Bases 
Patológicas das Doenças. Elsevier,Rio de Janeiro, 2010. 1458p

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