Buscar

Tipos de cobertura e seus procedimentos de execução

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aluna: Julianne Ferreira de Sá 
Resumo 3.2 – Tipos de cobertura e seus procedimentos de execução 
 
As coberturas são estruturas localizadas na parte superior da edificação que 
protegem as construções contra a ação de intempéries. A escolha do tipo de cobertura 
a ser adotado como fatores climáticos, estéticos, econômicos e ainda a sua 
durabilidade. Sua classificação é feita segundo os sistemas construtivos e materiais 
utilizados e são divididos da seguinte forma: coberturas minerais, coberturas vegetais 
rústicas (sapé), coberturas vegetais beneficiadas, coberturas com membranas, 
coberturas em malhas metálicas, coberturas tipo cascas, terraços e telhados. 
1. Coberturas minerais – São compostas por materiais de origem mineral, como 
placas de pedra em ardósia, bastante utilizadas desde a antiguidade e hoje 
empregada em coberturas com declividade acentuada. Sua escolha 
proporciona não apenas vantagens estéticas, mas ainda possui características 
técnicas elevadas como alta durabilidade, baixa absorção de umidade, bom 
isolamento térmico e acústico, boa reação em situação de incêndio por não ser 
um material combustível. Contudo, o seu uso acarreta maior carga na estrutura 
devido ao seu peso e apresenta um custo elevado. 
Seus diferentes formatos e métodos de montagem possibilitam 
configurações únicas à cobertura. Antes da sua montagem, entretanto, é 
necessária a fixação das ripas no sistema de treliças por meio de pregos. E 
ficam distanciadas, normalmente, por metade do comprimento das telhas. As 
placas devem ser verificadas antes da sua colocação, a fim de evitar a 
utilização de peças defeituosas. Sua fixação é feita através de pregos 
galvanizados ou de cobre com grandes tampas. 
Diferentes características podem ser alcançadas por meio da escolha do 
método de estilo (inglês, francês e alemão), que combinam os formatos das 
placas e suas disposições. O método inglês adota formatos retangulares ou 
quadrados, com fileiras nas verticais sobrepostas às da horizontal. Já o método 
francês utiliza placas quadradas com os cantos laterais quadrados sua 
colocação é produzida por duas fileiras a partir do topo do telhado. O método 
alemão emprega placas quadradas com bordas arredondadas, são instaladas 
de forma a se assemelhar às escamas de peixe. 
Aluna: Julianne Ferreira de Sá 
2. Coberturas vegetais rústicas (sapé) – Definidos pelo uso de folha de árvores 
sobre estruturas de madeiras rústicas ou beneficiadas, normalmente adotada 
em construções provisórias ou com finalidade de fazer sua integração à 
natureza empregando a edificação um aspecto rústico. Podem ser utilizados 
diferentes tipos de palhas e capins como sapê, piaçava e a santa-fé. Dentre as 
vantagens encontradas na sua escolha há o seu bom desempenho térmico e 
acústico. Apesar de conter componentes altamente inflamáveis e mais 
suscetíveis a ação de insetos, ambos os problemas podem ser resolvidos 
através da aplicação de resinas antichamas e de resinas que impedem a 
proliferação de insetos no material. 
Para bom escoamento da água da chuva é sugerido inclinação mínima 
da estrutura do telhado em trinta graus. Inicialmente, as fibras são amarradas 
em distancias que assegurem a impermeabilização da cobertura. A instalação 
das fibras de piaçava ocorre em fileiras, intercalada com a colocação de uma 
manta para impedir a passagem de água e, consequentemente, o surgimento 
de goteiras. Para facilitar o seu assentamento as fibras podem ser umedecidas. 
Para locais com bastante vento é recomendável pentear as fibras. 
Vale ressaltar que o processo de colocação das fibras pode variar de 
acordo com o tipo escolhido para a cobertura. A piaçava é trançada em ripas 
de madeiras, presas nos caibros. A palha de Santafé é disposta em feixes de 
trinta centímetros de comprimento presos às ripas por arames e depois fixados 
aos caibros, enquanto os feixes de sapé são ligados com arames às ripas já 
presas nos caibros. 
3. Coberturas vegetais beneficiadas – Formada por pequenas tábuas, tábuas 
corridas superpostas ou chapas de papelão betumado. Os benefícios de sua 
adoção são vários como aparência rústica agregada à edificação, alta 
resistência mecânica e ainda é de fácil instalação. Entretanto, seu uso ainda é 
desestimulado devido ao seu alto custo, tempo de vida útil e à inflamabilidade 
do material. É necessário ainda a manutenção das tábuas com produtos 
específicos que protejam a madeira do bolor e do apodrecimento. 
A escolha da madeira deve priorizar a leveza e resistência para não 
sobrecarregar a estrutura e efetuar o devido tratamento do material. A fixação 
das tábuas ocorre por meio de pregos ou cavilhas, com inclinação mínima 
indicada de 30%. É importante que os furos sejam feitos previamente para 
Aluna: Julianne Ferreira de Sá 
evitar a rachadura da madeira. O uso de mantas de subcoberturas é 
fundamental para esse tipo de cobertura, visto que será responsável por 
garantir a estanqueidade do telhado. 
4. Coberturas com membranas – Constituída por estruturas metálicas, de madeira 
ou atiramentos com cabos de aço que suportam membranas plásticas. 
Normalmente, esse tipo de cobertura é predominantemente utilizado em 
eventos esportivos, culturais e construções industriais. O método se destaca 
não apenas pela leveza da cobertura e pela quantidade reduzida de material 
consumido como também o fator econômico, que é favorecido principalmente 
para grandes áreas de cobertura. 
O dimensionamento e definição dos componentes da estrutura deve 
levar em consideração as condições requeridas para a edificação e as 
principais cargas que nela agem, como as cargas de arrancamento geradas 
pelo vento nas fundações. Com o projeto já feito, e produção da membrana e 
das peças feitas de acordo com o estipulado pelo responsável, é feita a 
preparação e limpeza do local que irá receber a estrutura. 
Após a marcação dos pontos de apoio, são executadas as fundações e 
posteriormente é feita a instalação e montagem da estrutura de sustentação da 
cobertura. Em seguida, a membrana é hasteada e alinhada nas sustentações, 
então, o posicionamento e protensão, dos cabos e da membrana são 
verificadas e, caso estejam funcionando corretamente, é efetuada a fixação 
final dos componentes e soldagem entre os painéis componentes da 
membrana, quando este não for feito por apenas uma superfície sem divisão 
entre painéis, e as ancoragens finais nas fundações. 
5. Coberturas metálicas – Podem ser compostas de estruturas e telhas metálicas 
ou apenas telhas metálicas, que podem ter diversos acabamentos ou diferentes 
tipos de aço. Esse tipo de cobertura aumenta a precisão dos elementos, 
racionaliza os materiais e mão de obra, a produção é feira de acordo com as 
especificações do projeto se adequando ao que o projetista deseja, e ainda 
proporciona maior agilidade na execução. Uma das principais dificuldades para 
sua utilização é a escassez de profissionais especializados para sua 
construção. 
Após a marcação da área da cobertura, são instalados bases de blocos 
de concreto para suporte das terças metálicas. Em seguida é iniciado o 
Aluna: Julianne Ferreira de Sá 
processo de engradamento com a montagem das terças que podem ser unidas 
por meio de solda ou aparafusamento. A colocação das telhas metálicas deve 
ocorrer sendo aparafusada nas terças. Caso seja necessário as telhas podem 
ser cortadas com lixadeira e disco de corte de aço. 
6. Coberturas tipo cascas – Caracterizados por placas curvas e finas, em concreto 
armado e tratados com sistema de impermeabilização. São geralmente 
adotadas para edificações com grandes vãos sem apoio intermediário e 
possuem alta resistência à compressão, contudo, não permitem esforços 
pontuais e têm pouca resistência à tração. As cargas usualmente ocorrentes 
sobre a estrutura são seu peso próprio e as em decorrência da ação do vento. 
Para a sua execução a moldagem pode ser feita in locoou sobre monte 
de terra. No primeiro caso, é somente recomendado para vãos de até quarenta 
metros, tendo como os principais desafios a desfôrma e a retirada dos 
escoramentos. Já na moldagem sobre monte de terra o maior problema 
encontrado o içamento da estrutura. 
A construção das fôrmas deve ser feita de acordo com as especificações 
do projetista desde as dimensões até os encaixes, com a utilização de 
escoramentos metálicos ou de madeira e com o auxílio de travas para o 
fechamento das formas. A dosagem do concreto vai ser determinada de acordo 
com os vãos da estrutura, tendo a maleabilidade necessária para formação das 
cascas sem prejudicar o processo de desfôrma. Posteriormente, é feito o 
lançamento e vibração do concreto para evitar uma superfície porosa e 
desuniforme. Por último, ocorre uma das etapas mais delicadas com a 
desfôrma, que não pode acontecer demasiadamente cedo para não trazer 
deformações à estrutura e ainda deve evitar o colamento das formas. 
7. Terraços – Cobertura plana, em concreto armado, e pode ser utilizado para 
outras funções como um espaço de convivência, com a laje contendo um 
sistema de impermeabilização. É importante que a laje seja dimensionada para 
suportar as cargas de revestimento, o tráfego de pessoas esperado e o peso 
de elementos que vão compor o ambiente de maneira a evitar danos a estrutura 
da edificação. 
O processo de execução de um terraço parte uma laje com estrutura 
adequada recebê-la, então, é preciso fazer a impermeabilização, haja vista que 
casos de infiltração podem comprometer a laje. Pode ser interessante fazer um 
Aluna: Julianne Ferreira de Sá 
contrapiso com caído para ralos de maneira a ajudar no escoamento. A 
impermeabilização da área deve ser feita com a superfície limpa e uniformes, 
sem buracos ou trincas. Caso seja utilizada mantas para o procedimento, é 
aplicado impermeabilizante líquido antes da fixação da manta para maior 
aderência, após sua colocação é feito um teste de estanqueidade para garantir 
sua eficiência. Subsequentemente, é aplicada uma camada separadora para 
evitar a aderência da manta com revestimento que vai assegurar a proteção 
mecânica da área. 
8. Telhados – Representado por um sistema de apoio de cobertura com 
revestimento de telhas, com normalmente um ou mais planos inclinados e tem 
como principal elemento construtivo a telha que pode ser de argila, cimento, 
amianto, etc. A escolha do material deve levar em consideração as condições 
climáticas da região, o tipo de construção, a disponibilidade do material 
escolhido, dentre outros fatores. Esse método de cobertura é composto por 
tesoura, sistema de caibros, ripas, terças e um conjunto de telhas. 
O telhado pode ser apoiado em tesouras ou na laje, no caso de escolha 
do segundo as terças são apoiadas sobre pontaletes, que transmitem as cargas 
para as lajes. As terças são peças horizontais que ficam paralelos ao frechal e 
à cumeeira, estas ainda têm que sustentar os caibros. A declividade dos 
caibros irá determinar o caimento do telhado, são colocadas perpendiculares 
às terças e suportam as ripas, que são os elementos que irão sustentar o peso 
das ripas com o espaçamento entre elas dependente das dimensões das 
telhas. A colocação das telhas depende do material escolhido e do estilo 
adotado pelo telhado podendo ser fixadas ou pregadas às ripas.

Outros materiais