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ANATOMIA Resumo - Larissa Stork Cabeça 1. CRÂNIO 1 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork ● Vários ossos do crânio (frontal, temporal, esfenoide, etmoide e maxila) são ossos pneumáticos, contendo espaços aéreos (células aéreas ou seios grandes), para reduzir seu peso. O volume total dos espaços aéreos nesses ossos aumenta com a idade. 2. FACE E COURO CABELUDO ● Face: superfície anterior da cabeça, da fronte ao mento e de uma orelha a outra; ● Os ossos da face crescem por mais tempo do que os da calvária. O crescimento do etmoide, das cavidades orbitais e das partes superiores das cavidades nasais está quase completo aos 7 anos de idade; ● Couro cabeludo: pele e tela subcutânea, cobre o neurocrânio e segue desde as linhas nucais superiores no occipital até as margens supraorbitais no frontal. Lateralmente, estende-se da fáscia temporal aos arcos zigomáticos. Possui 5 camadas: ○ Pele: fina, exceto na região occipital, possui glândulas sudoríparas e sebáceas e folículos pilosos; ○ Tela subcutânea: tecido conjuntivo denso, muito vascularizada e inervada; ○ Aponeurose epicrânica: lâmina tendinosa, inserção dos ventres musculares. Todas as partes do epicrânio (mm. + aponeurose) são inervadas pelo nervo facial; ○ Tecido conjuntivo frouxo: permite o movimento do couro cabeludo propriamente dito (3 primeiras camadas) sobre a calvária. Contém espaços virtuais que podem ser distendidos por líquidos em casos de infecções; ○ Pericrânio: periósteo externo do crânio (camada de tecido conjuntivo). Pode ser arrancado do crânio de pessoas vivas, exceto nas partes que é contínuo com as suturas fibrosas do crânio. ● Anatomia da superfície da face: 2 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork ● Os músculos das face estão nas partes anterior e posterior da tela subcutânea do couro cabeludo, na face e no pescoço e possuem origem embrionária do mesoderma nos segundos arcos faríngeos; 3 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork ● Inervação da face e couro cabeludo: a raiz sensitiva do nervo trigêmeo (NC V) - nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular - é a principal responsável pela inervação cutânea da face e da parte anterossuperior do couro cabeludo, a raiz motora do nervo facial (NC VII) é responsável pela inervação motora dos mm. faciais e a raiz motora do nervo trigêmeo/nervo mandibular pela inervação dos músculos da mastigação (masseter, temporal, e pterigóideos medial e lateral): ○ NERVO TRIGÊMEO - origina-se na face lateral da ponte do mesencéfalo, possui raiz sensitiva (prolongamento dos neurônios do gânglio trigeminal) e motora: → Nervo oftálmico (NC V1): superior e menor dos ramos, totalmente sensitivo, entra na órbita através da fissura orbital superior e trifurca-se em nervos frontal, nasociliar e lacrimal. O nervo frontal, o maior ramo, bifurca-se em nervos cutâneos supraorbital e supratroclear, distribuídos para a fronte e couro cabeludo. O nervo nasociliar divide-se na órbita em nervos etmoidal posterior, etmoidal anterior e infratroclear e seu ramo terminal, o nervo nasal externo, é um nervo cutâneo que supre a parte externa do nariz. O nervo lacrimal, o menor ramo, inerva a glândula lacrimal; → Maxilar (NC V2): completamente sensitivo, deixa o crânio através do forame redondo e entra na fossa pterigopalatina, onde emite ramos para o gânglio pterigopalatino e continua anteriormente, entrando na órbita através da fissura orbital inferior. Dá origem ao nervo zigomático e segue anteriormente até o sulco e o forame infraorbitais como o nervo infraorbital. O nervo zigomático origina os nervos zigomaticofacial e zigomaticotemporal. O nervo infraorbital dá origem a ramos palatinos, ramos para a túnica mucosa do seio maxilar e ramos para os dentes superiores. Os três ramos cutâneos do nervo maxilar suprem a área de pele derivada das proeminências maxilares embrionárias; → Mandibular (NC V3): ramo inferior e maior, união de fibras sensitivas e motoras no forame oval na asa maior do esfenoide, por onde emite do crânio. Os principais ramos cutâneos são os nervos auriculotemporal, alveolar inferior, bucal e mentual, os quais suprem a área da pele derivada da proeminência mandibular embrionária. As fibras motoras seguem para os mm. da mastigação. 4 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork Nervo Distribuição Nervos cutâneos derivados do nervo oftálmico (NC V1) Supraorbital Túnica mucosa do seio frontal; pele e túnica conjuntiva do meio da pálpebra superior; pele e pericrânio da região anterolateral da fronte e couro cabeludo até o vértice (linha interauricular) Supratroclear Pele e túnica conjuntiva da face medial da pálpebra superior; pele e pericrânio da região anteromedial da fronte Lacrimal Glândula lacrimal (fibras secretomotoras); pequena área de pele e túnica conjuntiva da parte lateral da pálpebra superior Infratroclear Pele lateral à raiz do nariz; pele e túnica conjuntiva das pálpebras adjacentes ao canto medial, saco lacrimal e carúncula lacrimal Nasal externo Pele da asa do nariz, vestíbulo e dorso do nariz, inclusive o ápice Nervos cutâneos derivados do nervo maxilar (NC V2) Infraorbital Túnica mucosa do seio maxilar; dentes pré-molares, caninos e incisivos maxilares; pele e túnica conjuntiva da pálpebra inferior; pele da bochecha, região lateral do nariz e região anteroinferior do septo nasal; pele e túnica mucosa oral do lábio superior Zigomatico-fac ial Pele na proeminência da bochecha Zigomatico-te mporal Pele sem pelos na parte anterior da fossa temporal 5 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork Nervos cutâneos derivados do nervo mandibular (NC V3) Auriculo-temp oral Pele anterior à orelha e dois terços posteriores da região temporal; pele do trago e hélice adjacente da orelha; pele do teto do meato acústico externo; e pele da membrana timpânica superior Bucal Pele e túnica mucosa oral da bochecha (sobrejacente e profundamente à parte anterior do M. bucinador); gengiva bucal adjacente aos segundo e terceiro molares Mentual Pele do mento e pele; túnica mucosa oral do lábio inferior Nervos cutâneos derivados dos ramos anteriores dos nervos espinais cervicais Auricular magno Pele sobre o ângulo da mandíbula e lobo inferior da orelha; bainha parotídea Occipital menor Couro cabeludo posterior à orelha Nervos cutâneos derivados dos ramos posteriores dos nervos espinais cervicais Occipital maior Couro cabeludo da região occipital Occipital terceiro Couro cabeludo das regiões occipital inferior e suboccipital ○ NERVO FACIAL: a raiz motora supre os músculos da expressão facial, inclusive o músculo superficial do pescoço (platisma), músculos auriculares, músculos do couro cabeludo e alguns outros músculos derivados do mesoderma no segundo arco faríngeo embrionário. Emerge do crânio no forame estilomastóideo. Origina o nervo auricular posterior, que supre o m. auricular posterior e o ventre occipital do m. occipitofrontal.O 6 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork tronco principal forma o plexo intraparotídeo, que dá origem aos cinco ramos terminais do nervo facial: temporal, zigomático, bucal, marginal da mandíbula e cervical; ● Artérias superficiais da face: a maioria das artérias superficiais da face é ramo ou derivada de ramos da artéria carótida externa. A artéria facial é a principal responsável pelo suprimento arterial da face, origina as artérias labiais superior e inferior, ascende ao longo da lateral do nariz e se anastomosa com o ramo nasal dorsal da artéria oftálmica. A parte terminal da artéria facial é denominada artéria angular. A artéria temporal superficial é o menor ramo terminal da artéria carótida externa, divide-se em ramos frontal e parietal. A artéria facial transversa origina-se da artéria temporal superficial na glândula parótida, suprindo-a, juntamente ao m. masseter e pele da face, e anastomosando-se com ramos da artéria facial. O maior ramo terminal da ACE é a artéria maxilar, a qual origina a artéria mentual. As artérias supraorbitais e supratrocleares são ramos da artéria oftálmica, ramo da artéria carótida interna; ● Artérias do couro cabeludo:as artérias do couro cabeludo seguem na segunda camada do couro cabeludo, a camada de tecido conjuntivo subcutâneo. As paredes arteriais estão firmemente inseridas no tecido conjuntivo denso no qual as artérias estão integradas, o que limita sua capacidade de constrição quando seccionadas. Logo, as feridas do couro cabeludo estão associadas a hemorragia abundante. A irrigação arterial provém das artérias carótidas externas por intermédio das artérias occipital, auricular posterior e temporal superficial e das artérias carótidas internas por intermédio das artérias supratroclear e supraorbital. As artérias do couro cabeludo levam pouco sangue para o neurocrânio, que é suprido basicamente pela artéria meníngea média; ● Veias externas da face: fazem muitas anastomoses, que permitem a drenagem por vias alternativas durante períodos de compressão temporária. As vias alternativas incluem vias superficiais (por meio das veias facial e retromandibular/jugular externa) e drenagem profunda (por meio das anastomoses com o seio cavernoso, o plexo venoso pterigóideo e a veia jugular interna). As veias faciais, que seguem com as artérias faciais ou paralelas a elas, são veias avalvulares responsáveis pela drenagem superficial primária da face. As tributárias da veia facial incluem a veia facial profunda, que drena o plexo venoso pterigóideo. Inferiormente à margem da mandíbula, a veia facial se une ao ramo anterior (comunicante) da veia retromandibular. A veia facial drena direta 7 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork ou indiretamente para a veia jugular interna (VJI). No ângulo medial do olho, a veia facial comunica-se com a veia oftálmica superior, que drena para o seio cavernoso. A veia retromandibular é um vaso profundo da face formado pela união da veia temporal superficial com a veia maxilar, sendo que esta drena o plexo venoso pterigóideo. A veia retromandibular divide-se em um ramo anterior, que se une à veia facial, e um ramo posterior, que se une à veia auricular posterior, inferiormente à glândula parótida, para formar a veia jugular externa. Essa veia segue inferior e superficialmente no pescoço e deságua na veia subclávia; ● Veias do couro cabeludo: a drenagem venosa das partes superficiais do couro cabeludo é feita pelas veias acompanhantes das artérias do couro cabeludo, as veias supraorbitais e supratrocleares. As veias temporais superficiais e veias auriculares posteriores drenam as áreas do couro cabeludo anteriores e posteriores às orelhas, respectivamente. Muitas vezes a veia auricular posterior recebe uma veia emissária mastóidea do seio sigmóideo. As veias occipitais drenam a região occipital do couro cabeludo. A drenagem venosa de partes profundas do couro cabeludo na região temporal se faz por meio das veias temporais profundas, que são tributárias do plexo venoso pterigóideo. Artéria Origem Distribuição Facial A. carótida externa Músculos da expressão facial e face Labial inferior A. facial perto do ângulo da boca Lábio inferior Labial superior Lábio superior e asa (lateral) e septo nasal Nasal lateral A. facial quando ascende ao longo do nariz Pele na asa e dorso do nariz Angular Ramo terminal da A. facial Parte superior da bochecha e pálpebra inferior Occipital A. carótida externa Couro cabeludo do dorso da cabeça, até o vértice Auricular posterior A. carótida externa Orelha e couro cabeludo posterior à orelha Temporal superficial Ramo terminal menor da A. carótida externa Músculos faciais e pele das regiões frontal e temporal 8 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork Facial transversa A. temporal superficial na glândula parótida Glândula parótida e ducto parotídeo, músculos e pele da face Mentual Ramo terminal da A. alveolar inferior (ramo da A. maxilar) Músculos faciais e pele do mento Supraorbital Ramos terminais da A. oftálmica (ramo da A. carótida interna) Músculos e pele da fronte e couro cabeludo e túnica conjuntiva superior Supratroclear Veia Origem Término Área drenada Supratroclear Começa no plexo venoso na fronte e no couro cabeludo, através do qual se comunica com o ramo frontal da V. temporal superficial, a veia contralateral e V. supraorbital V. angular na raiz do nariz Parte anterior do couro cabeludo e da fronte Supraorbital Começa na fronte ao se anastomosar com a tributária frontal da V. temporal superficial Angular Começa na raiz do nariz pela união das Vv. supratroclear e supraorbital Torna-se a V. facial na margem inferior da órbita Parte anterior do couro cabeludo e fronte; pálpebras superior e inferior e túnica conjuntiva; pode receber a drenagem do seio cavernoso 9 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork Facial Continuação da V. angular além da margem inferior da órbita V. jugular interna oposta ou inferior ao nível do hioide Parte anterior do couro cabeludo e fronte; pálpebras; parte externa do nariz; região anterior da bochecha; lábios; mento; e glândula submandibular Facial profunda Plexo venoso pterigóideo Entra na face posterior da V. facial Fossa infratemporal (a maioria das áreas supridas pela A. maxilar) Temporal superficial Começa a partir do amplo plexo venoso na lateral do couro cabeludo e ao longo do arco zigomático Une-se à veia maxilar posteriormente ao colo da mandíbula para formar a V. retromandibular Região lateral do couro cabeludo; face superficial do M. temporal; e orelha externa Retromandibular Formada anteriormente à orelha pela união das Vv. temporal superficial e maxilar Une-se à V. auricular posterior para formar a V. jugular externa Glândula parótida e M. masseter 3. REGIÃO PAROTIDEOMASSETÉRICA ● Limites: ○ Arco zigomático, superiormente; ○ Orelha externa e margem anterior do músculo esternocleidomastóideo, posteriormente; ○ Ramo da mandíbula, medialmente; ○ Margem anterior do músculo masseter, anteriormente; ○ Ângulo e margem inferior da mandíbula, inferiormente. ● Essa região inclui a glândula parótida e seu ducto, o plexo intraparotídeo do nervo facial (NC VII), a veia retromandibular, a artéria carótida externa e o músculo masseter; ● A glândula parótida é a maior de três pares de glândulas salivares (sublinguais e submandibulares) e é revestida por uma fáscia (cápsula) parotídea, derivada da lâmina 10 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork superficial da fáscia cervical. Possui formato irregular pois a área onde situa-se, o leito parotídeo, localiza-se anteroinferiormente ao meato acústico externo, entre o ramo da mandíbula e o processo mastóide. Possui tecido adiposo entre os lobos, o qual proporciona flexibilidade para permitir o movimento da mandíbula. O ápice está posteriormente ao ângulo da mandíbula e a base relacionada ao arco zigomático; ● O ducto parotídeo sai pela margem anterior da glândula, perfura o m. bucinador e entra na cavidade oral por uma abertura em frente ao segundo molar. Inseridos na substância da glândula parótida, de superficial para profundo, estão o plexo intraparotídeo do nervo facial (NC VII) e seus ramos, a veia retromandibular e a artéria carótida externa. Na fáscia e glândula estão os linfonodos parotídeos; ● A glândula parótida é inervada pelo nervo auriculotemporal (ramo do nervo mandibular) e sua fáscia e pele são inervadas pelo auriculotemporal e auricular magno. Fibras parassimpáticas seguem do nervo glossofaríngeo (NC IX) → gânglio ótico → nervo auriculotemporal → glândula parótida, em que estimulam a secreção de saliva. Fibras simpáticas são derivadas dos gânglios cervicais através do plexo nervoso parotídeo externo → glândula parótida, reduz a secreção da saliva. 4. REGIÃO TEMPORAL ● A fossa temporal é limitada: ○ Posterior e superiormente pelas linhas temporais; ○ Anteriormente pelos frontal e zigomático; ○ Lateralmente pelo arco zigomático; ○ Inferiormente pela crista infratemporal. ● O assoalho da fossa temporal é formada por 4 ossos: frontal, temporal, parietal e asa maior do esfenóide; ● Formando o teto da fossa temporal, tem-se o m. temporal e sua fáscia, a qual fixa-se ao arco zigomático e oferece resistênciaà tração feita pelo m. masseter, o qual também se liga ao arco. 5. FOSSA INFRATEMPORAL ● Limites: ○ Lateral: o ramo da mandíbula; ○ Medial: a lâmina lateral do processo pterigoide; ○ Anterior: a face posterior da maxila; ○ Posterior: a lâmina timpânica e os processos mastoide e estiloide do temporal; ○ Superior: a face inferior (infratemporal) da asa maior do esfenoide; ○ Inferior: onde o músculo pterigóideo medial se fixa à mandíbula, perto de seu ângulo. ● Contém: ○ Parte inferior do músculo temporal; ○ Músculos pterigóideos lateral e medial; ○ Artéria maxilar; ○ Plexo venoso pterigóideo; ○ Nervos mandibular, alveolar inferior, lingual, bucal e corda do tímpano; ○ Gânglio ótico. 11 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork ● As regiões parotideomassetérica e temporal e a fossa infratemporal incluem a articulação temporomandibular e os músculos da mastigação que produzem seus movimentos; ● A artéria maxilar, o maior dos dois ramos terminais da artéria carótida externa, possui os ramos mandibular, pterigóidea e pterigopalatina e é responsável pela irrigação dessa região. O plexo venoso pterigóideo é para onde drena a maioria das veias que acompanham os ramos da artéria maxilar, anastomosa-se anteriormente com a veia facial através da veia facial profunda e superiormente com o seio cavernoso através das veias emissárias. A inervação dessa região se dá pelos ramos auriculotemporal, alveolar inferior, lingual e bucal do nervo mandibular. 6. ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR ● É sinovial do tipo gínglimo; ● As faces articulares ósseas participantes são a fossa mandibular e o tubérculo articular do temporal superiormente, e a cabeça da mandíbula inferiormente, separadas pelo disco articular do ATM, que cria cavidades articulares superior e inferior revestidas por membranas sinoviais superior e inferior; ● Uma parte espessada da cápsula articular forma o ligamento lateral da ATM que, junto com o tubérculo pós-glenoidal, evita a luxação posterior da articulação; ● O ligamento lateral da ATM, o ligamento estilomandibular (espessamento da cápsula parotídea, segue do processo estiloide ao ângulo da mandíbula) e o ligamento esfenomandibular (segue da espinha do esfenoide à língula da mandíbula) unem a mandíbula ao crânio, sendo o último o principal responsável pela sustentação passiva da mandíbula; ● Os movimentos da ATM ocorre pelos mm. da mastigação (temporal, masseter e pterigóideos medial e lateral), derivados do primeiro arco faríngeo embrionário, são inervados pela raiz motora do nervo mandibular (NC V3). Os mm. supra-hióideo e infra-hióideo ajudam a elevar e abaixar, respectivamente, o hióide e a laringe, auxiliando os movimentos da mandíbula. O m. platisma também pode atuar assim. Movimentos Músculo(s) Elevação (fecha a boca) Temporal, masseter e pterigóideo medial Depressão (abre a boca) Pterigóideo lateral, supra-hióideos e infra-hióideos Protrusão (protrai o mento) Pterigóideo lateral, masseter e pterigóideo medial Retrusão (retrai o mento) Temporal (fibras oblíquas posteriores e quase horizontais) e masseter Movimentos laterais (rangido dos dentes e mastigação) Temporal do mesmo lado, pterigóideos do lado oposto e masseter 12 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork 7. REGIÃO ORAL ● Compreende a cavidade oral, dentes, gengiva, língua, palato e a região das tonsilas palatinas; ● A CAVIDADE ORAL possui 2 partes: vestíbulo da boca e cavidade própria da boca. O vestíbulo da boca é a região entre os lábios e bochechas e dentes e gengiva, comunica-se com o exterior pela rima da boca (abertura da boca). A cavidade própria da boca é o espaço entre os arcos dentais maxilares e mandibulares. O teto da cavidade oral é formado pelo palato. A cavidade oral comunica-se com a orofaringe posteriormente; ● Os LÁBIOS são pregas musculofibrosas móveis, revestidos externamente por pele e internamente por túnica mucosa. Contém o m. orbicular da boca, o qual funciona como um esfíncter. Os frênulos dos lábios são pregas da túnica mucosa que se estendem na linha mediana da gengiva à túnica mucosa dos lábios superior e inferior; ● Os lábios superiores são irrigados pelas artérias labiais superiores, ramos da artéria facial e artéria infraorbital. Os lábios inferiores são irrigados pelas artérias labiais inferiores, ramos da artéria facial e mentual. As artérias labiais superiores e inferiores se anastomosam formando um anel; ● Os lábios superiores são supridos pelos nervos labiais superiores, ramos do nervo infraorbital (NC V2) e os lábios inferiores pelos nervos labiais inferiores, ramos do nervo mentual (NC V3); ● A face externa das BOCHECHAS constitui a região bucal, limitada anteriormente pelas região oral e mentual, superiormente pelo zigomático, posteriormente pelo região parotideomassetérica e inferiormente pelo mandíbula. Os principais músculos da bochecha são os bucinadores e há glândulas bucais entre esses mm. e a túnica mucosa. Acima dos mm. há o corpo adiposo da bochecha. A irrigação se dá por ramos bucais da artéria maxilar e a inervação por ramos bucais do nervo mandibular; ● As GENGIVAS são formadas por tecido fibroso coberto por túnica mucosa, está presa aos processos alveolares da maxila e mandíbula e aos colos dos dentes. Dependendo da localização, é chamada de maxilar e mandibular, bucal ou lingual; ● Em relação aos DENTES, as crianças possuem 20 dentes decíduos e os adultos 32 dentes permanentes. Os tipos de dentes são identificados por suas características: incisivos, margens cortantes finas; caninos, cones proeminentes únicos; pré-molares (bicúspides), duas cúspides; e molares, três ou mais cúspides. Os dentes possuem raiz (que se prende no alvéolo dental por meio do periodonto - tecido conjuntivo), colo e coroa. Os alvéolos dentais estão nos processos alveolares da maxila e parte alveolar da mandíbula (são as estruturas ósseas que mais se modificam ao longo dos anos), os dentes unem-se aos alvéolos pela articulação sindesmose dentoalveolar ou gonfose; 13 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork ● A irrigação dos dentes maxilares e mandibulares, respectivamente, se dá pelas artérias alveolares superior e inferior, ramos da artéria maxilar (maior ramo terminal da artéria carótida externa); ● A inervação dos dentes se dá pelos nervos alveolar superior, ramo do nervo infraorbital (continuação do nervo maxilar), e alveolar inferior, ramos do nervo mandibular, que se anastomosam o formam plexos dentais; ● O PALATO forma o teto da cavidade oral e o assoalho da cavidade nasal, é dividido em palato duro e palato mole. A face superior é revestida pela túnica mucosa respiratória e a face inferior pela túnica mucosa oral, rica em glândulas. O palato duro, ⅔ anteriores, é formado pelo processo palatino da maxila e as lâminas horizontais do palatino. A fossa incisiva é uma depressão na linha mediana do palato ósseo posterior aos dentes incisivos centrais, na qual se abrem os canais incisivos dos nervos nasopalatinos, que partem do nariz. Os forames palatinos maiores e menores dão passagem, respectivamente, aos vasos e nervo palatinos maiores e menores. O palato mole, por sua vez, não apresenta estrutura óssea, mas sim uma parte anterior aponeurótica (aponeurose palatina) e uma parte posterior muscular, de onde pende a úvula. O palato mole é contínuo com a parede de faringe e é unido com a língua e a faringe pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo, respectivamente; ● As fauces são o espaço entre a cavidade oral e a faringe, limitadas superiormente pelo palato mole, inferiormente pela língua e lateralmente pelos pilares dos fauces, os arcos palatoglosso e palatofaríngeo. O istmo das fauces é a comunicação da cavidade própria da boca e a orofaringe, sendo os arcos palatoglosso seu limite anterior e os arcos palatofaríngeo seu limite posterior. As tonsilas são massas de tecido linfóide localizadas de cada lado da orofaringe, cada uma em uma fossa tonsilar limitada pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo e pela língua; ● A túnica mucosa do palato duro está unida ao osso, o que torna injeções submucosasnessa área muito dolorosas. Como a gengiva lingual superior é contínua com a mucosa do palato, injeções anestésicas nessa área anestesiam também a mucosa palatina adjacente; ● Profundamente à túnica mucosa do palato há glândulas palatinas secretoras de muco, em que seus óstios garantem uma aparência ondulada da túnica. Anteriormente à fossa incisiva, na linha mediana há a papila incisiva, uma elevação da túnica mucosa. Irradiando-se lateralmente à papila incisiva há pregas palatinas transversas que ajudam na manipulação do alimento durante a 14 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork mastigação. Seguindo na linha mediana, há a rafe do palato, que indica o local de fusão dos processos palatinos embrionários; ● Os cinco músculos do palato mole originam-se na base do crânio e descem até o palato: tensor do véu palatino, levantador do véu palatino, palatoglosso, palatofaríngeo e músculo da úvula; ● As artérias palatinas maior e menor, ramos da artéria palatina descendente, irrigam o palato. A artéria palatina menor se anastomosa com a artéria palatina ascendente, um ramo da artéria facial. As veias do palato drenam para o plexo venoso pterigóideo. Em relação à inervação, os nervos sensitivos são ramos do nervo maxilar. Os nervos palatino maior (gengiva, túnica mucosa e glândulas do palato duro), nasopalatino (túnica mucosa da parte anterior do palato duro) e palatino menor (palato mole) suprem o palato. Todos os mm., com exceção do tensor do véu palatino, são inervados pelo plexo nervoso faríngeo; ● A LÍNGUA possui raiz, corpo e ápice. Possui uma face inferior e outra superior, mais extensa, chamada de dorso da língua. O dorso da língua é demarcado pelo sulco terminal da língua, em V, o qual aponta para o forame cego. Esse sulco é o remanescente da parte proximal do ducto tireoglosso embrionário. Divide o dorso da língua em parte pré-sulcal e pós-sulcal; ● Um sulco mediano divide a parte anterior do dorso da língua em metades direita e esquerda. A túnica mucosa dessa parte possui várias papilas linguais: circunvaladas, folhadas, filiformes e fungiformes. As papilas circunvaladas, folhadas e a maioria das papilas fungiformes contêm receptores gustativos nos calículos gustatórios. A túnica mucosa da parte posterior dessa face da língua é mais espessa, não possui papilas, mas possui nódulos linfóides, que em conjunto formam a tonsila lingual; ● A face inferior da língua une-se ao assoalho da boca pelo frênulo da língua, o qual permite o movimento da parte anterior da língua. De cada lado do frênulo está visível a veia profunda da língua, profundamente à mucosa. Há uma carúncula (papila) sublingual de cada lado que inclui o óstio do ducto submandibular; ● Há 4 mm. intrínsecos e 4 mm. extrínsecos em cada metade da língua, separados pelo septo da língua (estrutura fibrosa mediana que se funde posteriormente com a aponeurose da língua, lâmina própria de tecido conjuntivo profunda à túnica mucosa da língua, em que se ligam os mm.). Em geral, os mm. extrínsecos modificam a posição da língua e os intrínsecos, o seu formato. Os mm. extrínsecos da língua são o genioglosso, hioglosso, estiloglosso e palatoglosso, os quais originam-se fora da língua e se fixam a ela. Os intrínsecos são os longitudinais superior e inferior, transverso e vertical; 15 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork ● Todos os mm. recebem inervação motora no nervo hipoglosso (NC XII), com exceção do palatoglosso, que é inervado pelo plexo faríngeo. Para sensibilidade geral (tato e temperatura), os dois terços anteriores da língua são supridos pelo nervo lingual, ramo do nervo mandibular (NC V3), e para sensibilidade especial (paladar) essa parte é suprida pelo nervo corda do tímpano, ramo do nervo facial (NC VII). Já o terço posterior da língua, para sensibilidade geral e especial, é suprido pelo ramo lingual do nervo glossofaríngeo (NC IX). Uma pequena área imediatamente anterior à epiglote é suprida pelo nervo laríngeo interno, ramo do nervo vago (NC X); ● Existem quatro sensações básicas de paladar: doce, salgado, ácido e amargo. Um quinto sabor (umami, estimulado pelo glutamato monossódico) foi identificado mais recentemente; ● Em relação à irrigação, as artérias da língua são derivadas da artéria lingual (ramo da artéria carótida externa), que ao penetrar na língua segue profundamente ao m. hioglosso. As artérias dorsais da língua vascularizam a raiz e as artérias profundas da língua o corpo; ● As veias da língua são as veias dorsais da língua e as veias profundas da língua, que começam no ápice da língua, seguem em sentido posterior além do frênulo da língua para se unirem à veia sublingual. Em pessoas idosas, as veias sublinguais costumam ser varicosas (dilatadas e tortuosas). Pode haver drenagem de parte dessas veias, ou de todas elas, para a VJI, ou isso pode ser feito indiretamente, unindo-se primeiro para formar uma veia lingual que acompanha a parte inicial da artéria lingual; ● As GLÂNDULAS SALIVARES são as parótidas, sublinguais e submandibulares. Secretam a saliva, líquido que mantém a túnica mucosa úmida, lubrifica o alimento, inicia a digestão do amido, atua como cultório intrínseco e é importante na prevenção de cáries e no paladar. As glândulas parótidas já foram vistas; ● Em relação à glândula submandibular, seu ducto, o ducto submandibular, com cerca de 5 cm de comprimento, origina-se da parte da glândula situada entre os músculos milo-hióideo e hioglosso. Seguindo da região lateral para a região medial, o nervo lingual faz uma volta sob o ducto que segue anteriormente, abrindo-se por meio de um a três óstios em uma pequena papila sublingual ao lado da base do frênulo da língua. A irrigação arterial das glândulas submandibulares provém das artérias submentuais. As veias acompanham as artérias; ● As glândulas sublinguais são as menores e mais profundas glândulas salivares, cada uma situa-se no assoalho da boca entre a mandíbula e o músculo genioglosso. Muitos pequenos ductos sublinguais abrem-se no assoalho da boca ao longo das pregas sublinguais. A irrigação arterial das glândulas sublinguais é feita pelas artérias sublinguais e submentuais, ramos das artérias lingual e facial, respectivamente. 8. NARIZ ● As funções do nariz são olfação, respiração, filtração de poeira, umidificação do ar inspirado, além de recepção e eliminação de secreções dos seios paranasais e ductos lacrimonasais; ● A PARTE EXTERNA DO NARIZ é principalmente cartilagínea e se projeta para fora do rosto. Essas cartilagens geram as diferenças na dimensão e formato dos narizes. Possui raiz, dorso e ápice. As duas aberturas nasais anteriores são as narinas, limitadas lateralmente pelas asas do nariz e medialmente pelo septo nasal; 16 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork ● A pele sobre a parte cartilagínea do nariz é mais espessa e contém muitas glândulas sebáceas. A pele estende-se até o vestíbulo do nariz, onde há as vibrissas (pêlos), os quais, úmidos, filtram partículas de poeira do ar; ● O ESQUELETO DE SUSTENTAÇÃO do nariz é formado por osso e cartilagem. A parte óssea envolve o osso nasal, parte nasal do osso frontal e sua espinha nasal, processos frontais da maxila e parte óssea do septo nasal. A parte cartilagínea envolve 5 cartilagens: duas laterais (processos laterais da cartilagem do septo nasal), duas alares (as quais são livres e móveis, em forma de U, responsáveis pela dilatação e estreitamento das narinas quando há contração dos músculos que atuam no nariz) e uma do septo nasal; ● O SEPTO NASAL divide a cavidade nasal em dois compartimentos e separa as duas narinas. É formado por uma parte óssea, a lâmina perpendicular do osso etmóide e o vômer, e uma parte cartilagínea, a cartilagem do septo nasal; ● A CAVIDADE NASAL abre-se anteriormente através das narinas para o meio externo e posteriormente através dos cóanos para a nasofaringe. É revestida por túnica mucosa, exceto no vestíbulo do nariz, revestido por pele. A túnica mucosa do nariz está fixa ao periósteo e pericôndrio dos ossos e cartilagens que sustentam o nariz, além deserem contínuas com o revestimento dos compartimentos que possuem comunicação. Os dois terços inferiores da túnica mucosa do nariz constituem a área respiratória e o terço superior a área olfatória. O ar que passa pela área respiratória é umedecido e aquecido e a parte olfatória possui o órgão periférico do olfato; ● O TETO DA CAVIDADE NASAL é dividido em frontonasal, etmoidal e esfenoidal. O ASSOALHO é formado pelo palato duro (processos palatinos da maxila e lâminas horizontais do palatino). A PAREDE MEDIAL é formada pelo septo nasal. As PAREDES LATERAIS são irregulares e formadas por 3 conchas nasais, que se projetam inferiormente como persianas; ● As CONCHAS NASAIS (superior, média e inferior) curvam-se inferomedialmente pendendo das partes laterais como persianas. Sob cada concha há o meato nasal, uma passagem na cavidade nasal. Assim, a cavidade nasal é dividida em cinco passagens: um recesso esfenoetmoidal posterossuperior, três meatos nasais laterais (superior, médio e inferior) e um meato nasal comum medial, no qual se abrem as quatro passagens laterais. As conchas nasais inferiores são as mais largas e longas, coberto por uma túnica mucosa que contém grandes espaços vasculares 17 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork que afetam o calibre da cavidade nasal, é formada por um osso independente de mesmo nome. As conchas nasais médias e superiores são processos mediais do etmóide. A infecção ou irritação da túnica mucosa pode ocasionar o rápido surgimento de edema, com obstrução de uma ou mais vias nasais daquele lado: ○ RECESSO ESFENOETMOIDAL: posterossuperiormente à concha nasal superior, abertura do seio esfenoidal; ○ MEATO NASAL SUPERIOR: entre as conchas nasais superior e média, abertura das células etmoidais posteriores; ○ MEATO NASAL MÉDIO: comunica-se com o ducto frontonasal do seio frontal através do infundíbulo etmoidal, levando ao hiato semilunar, no qual o seio frontal se abre. A bolha etmoidal, uma elevação superior ao hiato, é formada por células etmoidais médias. As células etmoidais anteriores drenam para o meato nasal médio através do infundíbulo etmoidal. O seio maxilar também drena para o hiato semilunar, a partir do óstio maxilar; ○ MEATO NASAL INFERIOR: inferolateral à concha nasal inferior, abertura do ducto lacrimonasal (drena lágrima do saco lacrimal); ○ MEATO NASAL COMUM MEDIAL: parte medial da cavidade nasal, abertura dos recessos laterais. ● Irrigação das paredes medial e lateral da cavidade nasal: ○ Artéria etmoidal anterior (da artéria oftálmica); ○ Artéria etmoidal posterior (da artéria oftálmica); ○ Artéria esfenopalatina (da artéria maxilar); ○ Artéria palatina maior (da artéria maxilar); ○ Ramo septal da artéria labial superior (da artéria facial). 18 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork ● A parte anterior do septo nasal é a sede de um plexo arterial anastomótico do qual participam todas as cinco artérias que vascularizam o septo (área de Kiesselbach); ● A parte externa do nariz também recebe sangue da primeira e quinta artérias citadas anteriormente, além de ramos nasais da artéria infraorbital e ramos nasais laterais da artéria facial; ● Drenagem venosa: um rico plexo venoso submucoso situado profundamente à túnica mucosa do nariz proporciona drenagem venosa do nariz por meio das veias esfenopalatina, facial e oftálmica. O plexo venoso é uma parte importante do sistema termorregulador do corpo, trocando calor e aquecendo o ar antes de entrar nos pulmões. O sangue venoso do nariz drena principalmente para a veia facial através das veias angular e nasal lateral. Entretanto, lembre-se de que ele está localizado no “triângulo perigoso” da face em razão das comunicações com o seio cavernoso (venoso da dura-máter); ● Inervação: a inervação da região posteroinferior da túnica mucosa do nariz é feita principalmente pelo nervo maxilar, através do nervo nasopalatino para o septo nasal, e os ramos nasal lateral superior posterior e nasal lateral inferior do nervo palatino maior até a parede lateral. A inervação da parte anterossuperior provém do nervo oftálmico (NC V1) através dos nervos etmoidais anterior e posterior, ramos do nervo nasociliar. A maior área da parte externa do nariz (dorso e ápice) também é suprida pelo NC V1 (via nervo infratroclear e ramo nasal externo do nervo etmoidal anterior). No entanto, as asas do nariz são supridas pelos ramos nasais do nervo infraorbital (NC V2). Os nervos olfatórios, associados ao olfato, originam-se de células no epitélio olfatório na parte superior das paredes lateral e septal da cavidade nasal. Os processos centrais dessas células (que formam o nervo olfatório) atravessam a lâmina cribriforme e terminam no bulbo olfatório, a expansão rostral do trato olfatório. ● Os SEIOS PARANASAIS são extensões cheias de ar da cavidade nasal para os ossos frontal, maxila, esfenoide e etmoide: ○ SEIOS FRONTAIS: entre as lâminas interna e externa do osso frontal, posteriormente aos arcos superciliares e à raiz do nariz. Em geral, NÃO SÃO DETECTÁVEIS EM CRIANÇAS ATÉ OS 7 ANOS. São separados por um septo ósseo. Cada seio drena através do ducto frontonasal → que se abre no infundíbulo etmoidal → que leva ao hiato semilunar no meato nasal médio. São inervados por ramos do nervo supraorbital (NC V1); ○ CÉLULAS ETMOIDAIS: envaginações da túnica mucosa do meato nasal superior e médio para o etmoide. Em geral, NÃO SÃO VISÍVEIS EM RADIOGRAFIAS SIMPLES DE CRIANÇAS ATÉ 2 ANOS, mas são visíveis em TC. As células etmoidais superiores drenam para o meato nasal médio através do infundíbulo etmoidal. As células etmoidais médias abrem-se no meato nasal médio, formando a bolha etmoidal, uma saliência acima do hiato semilunar, e, por isso, são chamadas de células bolhosas. As células etmoidais posteriores abrem-se no meato nasal superior. São supridas pelos nervos etmoidais anterior e posterior, ramos dos nervos nasociliares (NC V1); ○ SEIOS ESFENOIDAIS: localizados no corpo do esfenoide, o qual é frágil, em razão dessa pneumatização (formação de saco aéreo). São separados por um septo ósseo. OS SEIOS ESFENOIDAIS SÃO DERIVADOS DE UMA CÉLULA ETMOIDAL POSTERIOR QUE COMEÇA A INVADIR O ESFENOIDE POR VOLTA DOS 2 ANOS 19 ANATOMIA Resumo - Larissa Stork DE IDADE. Abrem-se no recesso esfenoetmoidal. As artérias etmoidais posteriores e os nervos etmoidais posteriores suprem os seios esfenoidais; ○ SEIOS MAXILARES: maiores seios paranasais, ocupam os corpos da maxila e se comunicam com o meato nasal médio. O ápice do seio maxilar estende-se até o zigomático, a base é formada pela parte inferior da parede lateral da cavidade nasal, o teto é formado pelo assoalho da órbita e o assoalho pela parte alveolar da maxila. Cada seio maxilar drena pelo óstio maxilar para o hiato semilunar no meato nasal médio. A irrigação arterial é feita principalmente pelos ramos alveolares superiores da artéria maxilar e a inervação pelos ramos alveolares superiores anterior, médio e posterior do nervo maxilar. REFERÊNCIAS - MOORE, K. L.; DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 8ª.edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. - NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 7ª.edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. 20
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