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1 TRANSFORMADOR PARA INSTRUMENTOS TC e TP Prof. Gênova Maio de 2021 2 • Transformadores de corrente – TC (tipo pedestal) 3 • Transformador de potencial - TP 4 1. Transformadores para Instrumentos (TI) : (TI= TC e TP) Os medidores, relés de proteção e instrumentação de um modo geral, não foram construídos para suportar altas tensões nem elevadas correntes. Para resolver este problema técnico foram desenvolvidos os transformadores de medidas com as seguintes funções básicas: Funções básicas de TCs e TP´s: • Proporcionar o isolamento necessário as partes associadas, garantindo assim a segurança das pessoas; • Refletir no secundário, com fidelidade, as grandezas elétricas de corrente e tensão, proporcionais aquelas do circuito primário. 5 6 Portanto é nesse enfoque que foram concebidos os Transformadores de corrente (TCs) e os transformadores de potencial (TPs), os quais iremos estudar a seguir. 7 1.1. Transformador de corrente - TC Transformadores de corrente são transformadores de medição cuja intensidade da corrente secundária é proporcional a corrente primária. O TC reduz a corrente que circula no primário para um valor inferior no secundário (usualmente 5 A). O enrolamento primário é ligado em série no circuito elétrico e o enrolamento secundário tem a função de alimentar bobinas de corrente de instrumentos elétricos de medição, controle ou proteção. Os TCs transformam através do fenômeno de conversão eletromagnética, correntes de elevados valores, que circulam no primário, em correntes de pequenos valores no secundário, segundo uma relação de transformação; 8 1.1.1. Principais características dos TCs: a) Corrente nominal: O primário do TC é ligado em série com o circuito de potência. Ao se escolher a corrente primária nominal, deve ser levado em consideração tanto as correntes de carga como as de sobrecarga, de tal forma que estas não ultrapassem a corrente primária nominal multiplicada pelo fator térmico nominal. Portanto a corrente primária é determinada em função da carga. • Tabela com valores padronizados de corrente primária/secundária nominal e relação nominal, de acordo com a NBR 6856/1992 9 Corrente nominal Relação nominal Corrente nominal Relação nominal Corrente nominal Relação nominal 5 – 5 1:1 100 – 5 20:1 1200 – 5 240:1 10 – 5 2:1 150 – 5 30:1 1500 – 5 300:1 15 – 5 3:1 200 – 5 40:1 2000 – 5 400:1 20 – 5 4:1 250 – 5 50:1 2500 – 5 500:1 25 – 5 5;1 300 – 5 60:1 3000 – 5 600:1 30 – 5 6:1 400 – 5 80:1 4000 – 5 800:1 40 – 5 8:1 500 – 5 100:1 5000 – 5 1000:1 50 – 5 10:1 600 – 5 120:1 6000 – 5 1200:1 60 – 5 12:1 800 – 5 160:1 8000 – 5 1600:1 75 - 5 15:1 1000 - 5 200:1 10 b) Corrente secundária nominal: Corrente que flui no enrolamento secundário e no circuito secundário de um transformador de corrente, quando se aplica corrente no primário. A corrente secundária nominal é o valor que consta da designação de um TC e que determina as suas condições de funcionamento. A corrente secundária nominal é padronizada em 5 A. c) Relação de transformação de corrente nominal: Corresponde a relação entre o número de espiras primárias pelas espiras secundárias, que equivale a relação entre a corrente primária nominal e secundária nominal: RTC = Ip/Is d) Fator de sobrecorrente nominal: é a relação entre a máxima corrente com a qual o TC mantém a sua classe de exatidão e a corrente nominal. É o fator pelo qual se deve multiplicar a corrente nominal primária do TC para se obter a máxima corrente no circuito primário até o limite de sua classe de exatidão. É também denominado de fator de segurança. FS=Imáx / In ➔ Imáx = FS x In De acordo com a NBR 6856/81, para serviços de proteção (TC com núcleo de proteção) o fator de sobrecorrente deve ser igual a FS = 20In (F20). 11 12 e) Fator térmico nominal( FT ): é um fator que se deve multiplicar a corrente primária nominal do TC, a fim de se obter uma corrente que possa ser conduzida permanentemente pelo mesmo, sem comprometer os limites de temperaturas especificadas, para a sua classe de isolamento, ou seja, considerando a elevação máxima de temperatura de projeto em relação a temperatura ambiente. De acordo com a norma brasileira (NBR 6856/92), o fator térmico está compreendido entre 1,0 e 2,0: Pode ser de 1,0 - 1,2 -1,3 -1,5 ou 2,0. 13 Ex. Considere um TC com relação 100/5 cuja elevação de temperatura admissível dos materiais isolantes empregados é de 55ºC e possui o fator térmico nominal a 30ºC igual a 1,3. Faça a interpretação destes dados. R. De acordo com a temperatura admissível do material isolante em que é fabricado o equipamento, o TC pode operar na corrente nominal numa temperatura ambiente de 55ºC, e no caso da temperatura ambiente ser de 30ºC, este equipamento pode operar com uma sobrecarga de 30%. TC 100/5A t=55ºC ➔ IP = 100A t=30ºC ➔ IP = 100x1,3 = 130A 14 f) Nível de isolamento: É função do nível de tensão primária que o TC vai ser conectado e do local a ser instalado. Os elementos mais utilizados na isolação do TC são: ar, óleo, epoxi, porcelana, alguns tipos de resinas e a borracha. g) Tipo de serviço: Os TCs são construídos com classe de exatidão conforme a sua aplicação, ou tipo de serviço: - Instrumentos de Medição, instrumentos de medição e proteção, instrumentos de proteção, instrumentos de medição de faturamento, instrumentos de controle. h) Classe de exatidão: Especifica o erro de relação percentual máxima do equipamento. Os erros são padronizados por norma, pelo tipo do serviço: 15 TCs por tipo de serviço: TC para medição: (NBR 6856/1992) Tipo de serviço Classe de exatidão %) Aplicação Carga com fator de potência (cosφ) Carga (VA) Medição 0,3 Aparelho de laboratórios Aparelhos de medição 0,90 C2,5 C5,0 C12,5 C22,5 C45 C90 0,6 Aparelhos indicadores de precisão 1,2 Aparelhos indicadores normais 3 Demais aparelhos (Não tem limitação de ângulo de fase, portanto não deve ser utilizado para serviços de medição de potência e energia) 0,5 C25 C50 C100 C200 16 Exemplo: Indicação de placa do TC = 0,3C2,5 Interpretação: TC para medição, com 0,3 % de exatidão, para cargas alimentada pelo seu secundário de até 2,5 VA. Obs. Carga secundária: Bobina de corrente de Relé de sobrecorrente, bobina de corrente de medidores de energia, etc. 17 TC para serviços de medição de acordo com a NBR10021 – 2010: Transformador de corrente com tensão máxima de 15kV, 24,2kV e 36,2kV – Características elétricas e construtivas: 1-Escopo: - Esta Norma estabelece as características elétricas e construtivas de TC com tensão máxima de 15-24,2 e 36,2kV, destinados a serviços de medição, para uso exterior e interior; - Esta Norma se aplica somente aos TCs com 1 enrolamento secundário, sem derivação, com enrolamento primário simples ou em duas seções religáveis em série ou paralelo; 2-Principais características: 2.1.Correntes nominais: • Para o enrolamento secundário: 5 A • Para o enrolamento primário: 5-10-15-20-25-30-40-50-75-100- 150-200-300-400-600-800 e 1200 18 • 2.2. Cargas e classes de exatidão • 2.3. Fator Térmico: 1,2 e 1,5 • 2.4. Características construtivas: – tipo de enrolamento primário: tipo barra ou enrolado – Isolação sólida ou líquida • Isolação sólida: uso interno ou externo • Isolação Líquida: uso externo 19 3-Desenhos dos TCs • Isolação sólida uso interno 20 21 Isolação sólida uso externo: Vista lateral do TC Vista de cima do TC • Isolação líquida: uso externo 22 Vista lateral do TC Vista de cima do TC • 4-Placa de identificação dos TCs para uso exterior 23 24 25 • TC para proteção: (NBR 6856-1992) Tipo de serviço ClasseErro % Letra indicativa da classe Cargas com fator de potência (cosφ) Cargas (VA) Z ( Ω ) Máxima tensão enrolam. Secundário (V) VMÁX =Zx20xIS Alta impedân cia 5 ou 10 A ou B 0,9 C2,5 0,1 10 C5,0 0,2 20 C12,5 0,5 50 C22,5 0,9 90 C45 1,8 180 C90 3,6 360 Baixa impedân cia 0,5 C25 1,0 100 C50 2,0 200 C100 4,0 400 C200 8,0 800 P ro te ç ã o IS = 5A 26 • Exemplo: Indicação de placa TC: 10B400 • Interpretação: TC para proteção, exatidão de 10%, de baixa impedância, com máxima tensão dos enrolamentos secundários de 400V • OBS. Baixa impedância das cargas ligadas no secundário, como bobinas de relés. • Máxima tensão no enrolamento secundário a partir da qual o TC vai saturar. 27 1.1.2. Principais características construtivas dos TCs Existem vários tipos de TCs com características construtivas diversas, conforme Norma Brasileira, dentre as mais utilizadas, relacionamos as seguintes: a) TC tipo barra b) TC tipo núcleo dividido (núcleo partido) c) TC tipo enrolado d) TC tipo janela e) TC tipo bucha f) TC com vários enrolamentos primários g) TC com vários núcleos h) TC tipo pedestal 28 a) TC tipo barra: Esse TC tem o primário constituído de um condutor fixo tipo uma barra P1 P2 S1 S2 Simbologia unifilar P1 P2 S1 S2 29 TC tipo barra onde o enrolamento primário é formado por uma barra passante através do núcleo. Os enrolamentos primário e secundário estão isolados entre si e são montados permanentemente no núcleo. Tem isolamento sólido para temperatura normal de serviço. Os TCs tipo barra são usualmente empregados em subestações blindadas nos circuitos de MT e BT. 30 S1 S2 P1 P2 Condutor b) TC tipo núcleo partido (Núcleo dividido): Também conhecido como núcleo dividido, tem como característica, a possibilidade de ter o seu núcleo separado, permitindo assim envolver um condutor de uma instalação ou máquina, que constitui o primário do TC. 31 32 c) TC tipo enrolado: O transformador de corrente tipo enrolado tem seus enrolamentos primário e secundário completamente isolados e montados no núcleo. O enrolamento primário pode ter várias espiras ou ser constituído de uma única espira, desde que envolva mecanicamente o núcleo. Este tipo de TC é normalmente instalado em pátio aberto, ao tempo, para isso o seu isolamento externo possui um corpo de porcelana constituído de saiotes, para aumentar a distância de escoamento de acordo com sua classe de tensão, cujas dimensões variam conforme a tensão de aplicação, e o seu núcleo é imerso em óleo mineral isolante. 33 TC tipo enrolado com os enrolamentos cruzados e os terminais do primário na parte superior e do secundário na base. Terminais secundários 34 d) TC tipo janela: Tem construção similar ao TC tipo bucha, sendo que o meio isolante entre o primário e o secundário, é o ar. O enrolamento primário pode ser uma barra ou um fio, e no caso do condutor pode ser constituído de uma ou mais espiras, que passa através da janela do núcleo. Estes TCs são normalmente empregados na parte interna dos cubículos das subestações ou dentro de armários de equipamentos instalados em pátio aberto. 35 TC tipo janela 36 e) TC tipo bucha: Consiste de um núcleo em forma de anel (toróide) com enrolamentos secundários. Normalmente esse tipo de TC é instalado dentro de equipamentos como disjuntores, transformadores, religadores, etc., ficando o núcleo em torno da bucha isolante do equipamento, através do qual passa um condutor, que corresponde ao primário. . 37 TC tipo bucha 38 TC tipo bucha alojado na base da bucha de AT do transformador 39 Detalhe da figura que representa o TC tipo bucha onde o enrolamento primário é o próprio condutor de interligação com a bucha do transformador, disjuntor ou religador e as várias derivações do secundário (S1,S2...S5) 40 41 f) TC com vários enrolamentos no primário: É um TC no qual o secundário tem um número fixo de espiras (n2) e o primário é formado por várias bobinas idênticas entre si, cada uma com n espiras, as quais podem ser combinadas em série, série- paralelo ou paralelo, permitindo várias relações de transformação o que pode atender o crescimento de carga natural da instalação sem necessidade de trocar o TC prematuramente, bastando mudar a relação. É indicado:150 X 300 X 600-5A 42 43 g) TC com vários núcleos: É um TC com vários enrolamentos secundários, isolados separadamente e montados cada um no seu próprio núcleo formando um conjunto com um único enrolamento primário cujas espiras enlaçam todos os secundários. Normalmente um dos enrolamentos secundários é utilizado para medição e os demais para proteção. h) Transformador de corrente tipo pedestal Transformador de corrente construído de modo a servir de suporte para o condutor primário. Normalmente este tipo de TC possui outra característica construtiva associada; 44 45 1.1.3 Saturação de um TC: É um fenômeno que provoca erro e distorções na forma de onda secundária, prejudicando o funcionamento do equipamento a ele interligado, deixando, consequentemente, de apresentar a precisão da sua classe de exatidão. A saturação é também resultante das componentes contínua e alternada da corrente de defeito. Os TCs aplicados para serviços de proteção atingem o início da saturação a 20xIn enquanto os TCs para serviços de medição normalmente atingem o início da saturação a 4xIn 46 47 Uma forma de verificar se o TC vai saturar, é consultar a curva típica do TC que relaciona a tensão secundária máxima que o TC suporta (E2=Es) e a corrente de excitação, referida no secundário (I’o). Ela permite determinar a tensão secundária a partir da qual o TC começa a saturar. É o chamado ponto de joelho, pois de acordo com a curva dos TCs de várias relações (50/5, 100/5, 150/5, 300/5, 600/5), para se ter um aumento de 10% em E2, precisa-se aumentar em 50% I’o. (ver figura). • Os TCs utilizados para serviços de medição possuem uma elevada permeabilidade magnética, já que neste tipo de serviço o importante é a exatidão (pequeno erro) enquanto os TCs para proteção, possuem uma baixa permeabilidade magnética e que garante captar elevadas correntes de defeito sem saturação do núcleo; • O TC vai saturar quando a densidade de fluxo magnético real ultrapassar o limite permissível de densidade de fluxo no núcleo do equipamento. • Métodos para reduzir a saturação do TC: – Reduzir o valor da carga secundária; – Aumentar a relação do TC sem alterar a carga secundária; – Aumentar a seção do ferro e melhorar a qualidade do ferro do núcleo – Aumentar a graduação do tape do relé (TC p/ proteção) 48 49 1.1.4. Circuito Equivalente de um TC Circuito equivalente de um TC para auxiliar na compreensão da curva de saturação: E2 Z’ = K2.Z1 Z2 H1 H2 I1 Z1 I’1 = I1 / K I’0 Z’m i2 ZC X1 X2 Vt 50 • I1 = corrente primária (valor eficaz); • K = n2 / n1 = relação de espiras secundárias para primárias; • Z1 = impedância do enrolamento primário; • Z’1 = impedância do enrolamento primário referida no secundário; • I’o = Io / K = corrente de excitação referida no secundário; • Z’m = impedância de magnetização referida no secundário; • E2 = tensão de excitação secundária (volts); • Z2 = impedância do enrolamento secundário (ohms); • I2 = corrente secundária (amperes); • Vt = tensão nos terminais do secundário (volts); • Zc = impedância da carga (ohms) 51 1.1.5.Curvas de excitação secundária da família de TCs empregados para serviços de proteção: 52 Interpretação da curva de excitação do TC: 1) Curva que relaciona a tensão de excitação secundária, em volts, com a corrente de excitação referida no secundário, em ampères. 2) Curvas típicas de TCs tipobucha com relações primárias/secundárias de 50/5, 100/5, 150/5, 200/5, 250/5, 300/5, 400/5, 450/5, 500/5, 600/5. 3) A reta AB corresponde ao “ponto de joelho” de toda família de curvas dos TCs relacionados. 4) A interseção da reta AB com a curva de excitação secundária do TC nos indicam qual o valor da tensão secundária a partir da qual o TC começa a saturar. 5) A partir do ponto de joelho observa-se que para se ter um aumento de 10% na tensão secundária (E2 ), precisa-se aumentar em 50% a corrente de excitação ( Ie ). A partir deste ponto o secundário deixa de receber as informações fidedignas ocorridas no primário. 53 1.1.6. Conexão dos TCs: A correta conexão dos TCs dependem da identificação adequado da polaridade. Para identificação da polaridade são empregadas letras com seus índices: P1, P2, S1 , S2 para designar, respectivamente, os terminais primários e secundários, com marcas permanentes, em alto ou baixo relevo e que não possam ser facilmente apagadas pela pintura. De acordo com indicação da NBR 6856/92, item 4.7. Polaridade, os TCs devem possuir polaridade subtrativa. Um transformador de corrente tem polaridade subtrativa quando a onda de corrente, num determinado instante, percorre o circuito primário de P1 para P2, e a onda de corrente correspondente no secundário assume o percurso de S1 para S2. 54 As marcas de polaridade mostram o relacionamento das correntes instantâneas primárias e secundárias. A Fig. a seguir ilustra os sentidos relativos entre correntes primárias e secundárias. Z carga IP IS 55 a) Conexão dos TCs em estrela Z Z Z Zn IA IC IB Ia Ib Ic 3 IO a b c A B C 56 b) Conexão dos TCs em Triângulo Z Z Z Zn IA IB IC (Ia – IB) (Ib – IC) (Ic – Ia)Ia Ib Ic IA + IB + Ic = 3 IO 57 Conexão dos TCs em estrela e em delta TCs em ligação Y TCs em ligação Δ 58 Conexão dos TCs em estrela para alimentação de relés de sobrecorrente de fase e de neutro • Conexão dos TCs em estrela para alimentação de relés de sobrecorrente de fase e de neutro com tecnologia digital 59 60 1.1.7 Informações complementares: IMPORTANTE !!! O TC nunca pode trabalhar com o secundário aberto, pois caso isso ocorra, teremos as seguintes consequências: - Surgimento de uma fem induzida E2 no secundário de valor elevado, pois neste caso não existirá o contra fluxo neste enrolamento, o que comprometerá a isolação do TC, com iminente perigo para o operador; - Aquecimento excessivo podendo causar a destruição do isolamento e provocar contato do circuito primário com o secundário e com a terra; 61 - Mesmo que o TC não se danifique haverá - alteração nas suas características de funcionamento e precisão, deixando o equipamento comprometido. - Por estes motivos nunca deve ser instalado fusível no secundário dos TCs. -No caso dos TCs de vários núcleos, quando for utilizado somente 1 ou 2 núcleos, para medição e/ou proteção, os demais enrolamentos dos outros núcleos devem ser curto-circuitados. - O consumo próprio ou carregamento do relé refere-se a potência associada com a sua bobina ou a impedância dessa bobina (Ω) multiplicada pelo quadrado da corrente do tape. Daí temos a seguinte relação: Z.I2 = Constante (Ztap(x).I 2 tap(x) = Ztap(y) .I 2 tap(y) ) Tabela para determinar a carga do TC Ordem de grandeza das perdas da bobina de corrente de alguns instrumentos elétricos empregados com TCs, 5A, 60Hz. 62 Instrumento VA WATT VAR Medidor de kWh 0,7 a 2,0 0,5 a 1,6 0,4 a 1,5 Medidor de kVArh 0,7 a 2,0 0,5 a 1,6 0,4 a 2,4 Wattímetro 1,0 a 2,5 0,5 a 0,7 0,9 a 2,4 Varímetro 1,0 a 2,5 0,5 a 0,7 0,9 a 2,4 Amperímetro 1,2 a 3,0 1,0 a 1,5 0,9 a 2,5 Fasímetro 2,5 a 3,6 2,2 a 2,6 1,0 a 2,5 Relés 8,0 a 15 2,0 a 4,0 8,0 a 14,0 A NBR 6856/92 emprega a seguinte nomenclatura para identificar as relações de corrente dos TCs: (Tabela 3 do Anexo A) 1- Usa-se o sinal de dois pontos ( : ) para exprimir relações nominais como por exemplo: 60:1 (TC de 300/5); 2- Usa-se o hífen ( - ) para separar correntes nominais de enrolamentos diferentes, como por exemplo: 300 – 5A (1 enrolamento primário e 1 enrolamento secundário) 300-300-5A (2 enrolamentos primários e 1 secundário) 300-5-5A (1 enrolamento primário e 2 secundários) 3- Usa-se o (x) para separar correntes primárias nominais ou ainda relações nominais duplas, como por exemplo: 300 x 600-5A, cujos enrolamentos podem ser ligados em série ou em paralelo; 4- Usa-se a barra ( / ) para separar correntes primárias nominais ou relações nominais obtidas por meio de derivações, efetuando tanto nos enrolamentos primários como nos secundários, como por exemplo: 300 / 400-5A, ou 300-5 / 5A. 63 64 Casa de comando da SE próximo aos pátios de AT e MT (a fiação de conexão do secundário do TC com o instrumento ou relé, é instalada em eletroduto de descida e canaleta no piso até a casa de comando) 65 Detalhe de descida da fiação em eletroduto do secundário do TC que vai do pátio até a casa de comando através de canaletas. 66 67
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