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Subestação de Utilização Predial ou Industrial – Parte 2 Subestação aérea em poste Prof. Gênova Abril/2021 Em Revisão para adequar a ET 942 Enel Subestação de utilização abrigada com cubículo de proteção com disjuntor e relés secundário e cubículo de transformação 1. Subestação de utilização Definição: São instalações destinadas a alimentação em tensão primária de distribuição, de unidades consumidoras residencial, comercial, industrial ou outros segmentos de consumo, como poder público, unidades rurais e demais categorias, em áreas urbanas ou rurais. São consideradas UCs do Grupo A. 2. Referências Normativas Os projetos/obras relativas as subestações de utilização deverão estar basicamente em conformidade com: - NBR 14039-Instalações Elétricas de média tensão de 1,0kV a 36,2kV; - Especificação Técnica n° 942 Enel – Fornecimento de Energia em Tensão Primária de Distribuição até 34,5kV; - Instrução de Trabalho n° 0248 – Utilização de materiais em zonas de corrosão no sistema elétrico da Enel. 3. Objetivo O objetivo da Especificação Técnica n° 942 da Enel é estabelecer as condições técnicas mínimas exigidas para o fornecimento de energia elétrica em tensão primária às instalações consumidoras atendidas pela Distribuidora através de sistemas com tensões nominais de 11,95kV, 13,8kV e 34,5KV, subgrupo A3a e A4, em conformidade com as recomendações do PRODIST (Procedimento de Distribuição do Sistema Elétrico da ANEEL), Procedimento de Rede do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) as regulamentações existentes relacionadas ao setor elétrico nacional e as normas da ABNT. Deve ser exigido na sua totalidade o cumprimento deste documento em todas as instalações novas e ligações provisórias. De forma a atender a nova ordem econômica, com o advento das privatizações no setor elétrico brasileiro, na busca de melhores condições de fornecimento de energia, seguindo a tendência de um mundo globalizado, a Legislação brasileira neste tema redefine o tipo de consumidor quanto ao fornecimento de energia elétrica. Neste enfoque foram definidos: 4.1. Consumidor cativo 4.2. Consumidor especial 4. Limites de fornecimento para UC alimentada em MT: 4.1. Consumidor Cativo: Consumidor ao qual só é permitido comprar energia da distribuidora detentora da concessão ou permissão na área onde se localizam as instalações do acessante, e, por isso, não participa do mercado livre e é atendido sob condições reguladas. Consumidor não livre, não optante ou regulado. 4.2. Consumidor especial: Agente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, na categoria de comercialização, que adquire energia proveniente de empreendimentos de geração enquadrados no parágrafo 5º do artigo 26 da Lei Nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, para UC(s) do grupo A reunidos por comunhão de interesses de fato ou de direito cuja carga P ≥ 500kW e que não satisfaçam, individualmente, os requisitos dispostos nos artigos 15 e 16 da Lei Nº 9.074, de 7 de julho de 1995. Limites de fornecimento: 4.1. a) Para consumidores cativos: Pinst.>75kW ou 30kW<Dcontratada< 2.500kW. Mesmo a UC com a Pinst.<75kW deve ser atendido em MT aquela tiver pelo menos um dos seguintes equipamentos: 1- MIT com P > 30cv em 380V; 2- Aparelho trifásico não resistivo com P>20kVA; 3- Máquina de Solda a transformador 3Ф com P>15kVA; 4- Aparelho de Raios X trifásico ou outros aparelhos hospitalares com P>20 kVA; 5- Em canteiro de obras (bate estaca, elevador de carga, betoneira, grua ou similar ou equipamentos que possuam carga pulsante c/ P>10cv. 4.2.b) Consumidor especial Individual: O fornecimento de energia elétrica a consumidor especial deve ser realizado em MT (13,8kV) quando a carga instalada na unidade consumidora for igual ou maior do que 500kW e a demanda a ser contratada pelo consumidor, estiver entre 500kW e 2500kW, em qualquer segmento horosazonal. Limites para consumidor especial PINST ≥ 500 kW ou 500kW< DCONTRATADA < 2.500kW 4.2.c) Para conjunto de unidades consumidoras especiais: Outra forma de atendimento em MT nesta categoria especial, é quando existe um grupo de consumidores localizados fisicamente em áreas contíguas em que se configura a soma das potências instaladas individuais maior ou igual a 500kW e quando: i) A carga instalada de cada UC for superior a 75kW; ii) A soma da carga instalada de todas as UCs seja maior ou igual a 500kW; iii) A demanda a ser contratada pelo interessado, para fornecimento de energia, estiver compreendida entre 500 e 2500kW, em qualquer segmento horosazonal. Nota: Estas unidades consumidoras devem estar localizadas em áreas contíguas, caso contrário devem possuir o mesmo CNPJ. 5. Tipo de conexão A definição para a escolha do tipo de conexão do padrão de entrada para o fornecimento de energia elétrica a unidade consumidora, é de responsabilidade da Distribuidora, que deverá levar em consideração as seguintes alternativas de conexão: 5.1. Conexão com a rede de distribuição aérea: Deve ser utilizado o desenho unifilar da Fig.1 a seguir: Fig. 1 – Unifilar para conexão com rede aérea Novo cliente de MT Rede Primária existente 5.2. Conexão com a Rede de Distribuição Subterrânea: Para conexão de UC à rede de distribuição subterrânea que opere na condição N-1, deve-se utilizar a conexão Line IN - Line Out, denominada de LILO, que corresponde a conexão em que a carga é alimentada com uma linha de entrada e uma linha de saída, onde a UC será suprida com maior confiabilidade, pois se ocorrer a indisponibilidade de uma das linha não causar á a interrupção no fornecimento; Rede Primária existente Novo cliente de MT Fig. 2 – Unifilar para conexão com rede subterrânea Para essa forma de conexão, o consumnidor deverá disponibilizar uma área em sua propriedade para a instalação dos equipamentos necessários a configuração LILO. 5.3. Conexão Radial de uma Subestação Secundária (CTS) Este tipo de conexão deve ser identificada quando da Análise de Viabilidade Técnica e deve atender aos critérios para rede subterrânea para conexão radial. Deve partir de um centro de transformação, centro satélite ou subestação AT/MT; Rede Primária existente Novo cliente de MTCTS Fig. 3 – Unifilar para conexão radial de CT ou CS 6- Entrada de Serviço : Conjunto de instalações constituídos pelo ramal de ligação, ponto de entrega e ramal de entrada. 6.1. Ramal de Ligação O ramal de ligação deve seguir, no mínimo, as seguintes prescrições: a) Deve ter comprimento máximo de 40 metros para ramal aéreo. Para ramal de ligação subterrâneo devem ser atendidos os requisitos técnicos mínimos construtivos da Distribuidora; b) A construção, manutenção e operação deve ser exclusiva da Distribuidora, possuindo um equipamento de seccionamento, que pode ser automatizado, na derivação para o ramal de ligação; c) Não deve cruzar outro terreno que não seja o da unidade consumidora e não deve haver edificações definitivas ou provisórias, plantações de médio ou grande porte sob o mesmo, ou qualquer obstáculo que lhe possa oferecer dano, seja em domínio público ou privado; d) A Distribuidora não se responsabiliza por quaisquer danos decorrentes da aproximação ou de contato acidental de suas redes com tubo, vias, passarelas, elevados, marquises, etc., no caso da construção ter sido edificada posteriormente à ligação da unidade consumidora. 6.2. Ponto de Entrega O ponto de entrega situa-se no limite da via pública com a unidade consumidora, conforme itens 7 e 8, exceto: a) Quando existir propriedade de terceiros, entre a via pública e a propriedade onde esteja localizada a unidade consumidora, o ponto de entrega deve situar-se no limite da via pública com a primeira propriedade. O consumidor deve apresentar o Termo de Servidão e Permissãode Passagem em Propriedade de Terceiros, b) Para as unidades consumidoras estabelecidas em área rural e a rede elétrica da Distribuidora não atravessar a propriedade do consumidor, o ponto de entrega deve situar-se na primeira estrutura na propriedade do consumidor, que deve estar no limite da via pública com a propriedade, conforme item 8.3; Ponto de entrega em propriedade rural: Legenda: Poste projetado Poste existente Transformador ENEL Transformador particular M Conjunto de Medição Cerca UC a ser ligada Continua 6.2. Ponto de Entrega c) Para as unidades consumidoras estabelecidas em área rural e a rede elétrica da Distribuidora atravessar a propriedade do consumidor, o ponto de entrega deve situar-se na primeira estrutura após a derivação da rede nessa propriedade. Deve haver vias de acesso até o ponto de entrega que permita o livre e fácil acesso dos veículos e equipes da Distribuidora ou de suas empresas parceiras, conforme item 8.3. d) Havendo interesse do consumidor em ser atendido por ramal de entrada subterrâneo a partir de poste de propriedade da distribuidora, observadas a viabilidade técnica e as normas da Distribuidora, o ponto de entrega deve localizar-se na conexão deste ramal com a rede da Distribuidora, desde que esse ramal não ultrapasse propriedades de terceiros ou vias públicas, exceto calçadas. Quanto às características do ponto de entrega, as seguintes premissas devem ser obedecidas: a) Cada unidade consumidora deve ter apenas um ponto de entrega; b) O consumidor é responsável por manter a adequação técnica e a segurança das instalações internas da unidade consumidora conforme legislação vigente, após o ponto de entrega; c) A Distribuidora deve adotar todas as providências com vistas a viabilizar o fornecimento, operar e manter o seu sistema elétrico até o ponto de entrega, caracterizado como o limite de sua responsabilidade, observadas as condições estabelecidas na legislação e regulamentos aplicáveis. 6.3. Ramal de Entrada O ramal de entrada deve ser adquirido, instalado e mantido pelo consumidor. Quaisquer serviços de manutenção e substituição do ramal de entrada devem ser feitos mediante comunicação prévia e coordenação com a Distribuidora. A Distribuidora não possui responsabilidade sobre quaisquer danos pessoais e/ou materiais que a construção, operação e manutenção do ramal de entrada possa acarretar, inclusive a terceiros. Não é permitida travessia de via pública e/ou propriedades de terceiros de ramal de entrada do consumidor. Para ramal de entrada subterrâneo, devem ser seguidas, no mínimo, as seguintes prescrições: a) Na descida do ramal de entrada em poste da distribuidora, os condutores devem ser fixados à cruzeta, através de abraçadeira para alívio do esforço mecânico produzido pelos condutores sobre as respectivas terminações. b) A critério do consumidor poderá ser prevista a instalação de um condutor de reserva, principalmente em subestação que, por razões de ordem técnica e/ou de segurança, não ofereça condições para efetuar a ligação aérea de emergência, na hipótese de defeitos em algum condutor do ramal de entrada. c) Somente em casos de manutenção são permitidas emendas nos condutores, que devem estar localizadas em caixas de inspeção adequadas ou emendas específicas para serem diretamente enterradas. Recomenda-se que os condutores possuam um comprimento reserva instalado, de mínimo de 2,0 m, no interior de uma das caixas de passagem. d) Os condutores devem ser protegidos na descida do poste por eletroduto de aço zincado a quente, conforme NBR 5624 com altura de 6 metros, e nas instalações internas por eletroduto de PVC rígido, roscável, conforme NBR 15465. e) Devem ser utilizados dutos corrugados de polietileno de alta densidade instalados a uma profundidade mínima de 0,60 m, envelopados em concreto. f) Em caso de curvatura dos condutores, deverá ser observado o raio de curvatura mínimo igual a 20 vezes o diâmetro externo do condutor. g) As blindagens metálicas dos condutores devem ser aterradas apenas na extremidade de derivação do ramal com a rede da distribuidora se atendidas todas os aspectos de segurança. A segunda extremidade pode ser aterrada, desde que a transferência de potencial e a corrente que circula pela blindagem estejam dentro de limites aceitáveis, conforme NBR 14039. h) A Distribuidora sugere a instalação de duto e cabos reserva no ramal de entrada subterrânea, vale destacar que a Distribuidora não se responsabiliza por executar ligação provisória na SEE em condição emergencial. 7- Subestação de Entrada de Energia - SEE É uma instalação que compõe o padrão de entrada e é alimentada pela rede de distribuição de energia da Distribuidora, que contém o ponto de entrega, a origem da instalação e o equipamentos de proteção, medição e transformação, necessários ao atendimento da unidade consumidora, com livre e fácil acesso da Distribuidora. A aquisição e instalação de materiais e equipamentos referentes ao padrão de entrada, após o ponto de entrega, são de inteira responsabilidade do interessado, exceto os transformadores de corrente e de potencial para medição, medidores, display para TCCI (Terminal de Consulta ao Consumo Individual) e seccionadoras do tipo de conexão LILO, que são adquiridos, instalados e operados pela Distribuidora, e localizados dentro das áreas internas da unidade consumidora destinada as esta aplicação. 7.1-Tipos de Subestações de Entrada de Energia: São divididas no seguintes tipos: 7.1.1- Rede de Distribuição Aérea 1-Subestação e conjunto de medição em estrutura unificada; 2- Subestação e conjunto de medição em estrutura distribuída 3-Subestação e conjunto de medição com transição subterrânea 4-Subestação e cubículo de medição com transição subterrânea 5-Subestação e cubículo de multimedição com transição subterrânea; 7.1-Tipos de Subestações de Entrada de Energia: 7.1.2- Rede de Distribuição Subterrânea 1-Subestação padrão LILO com cubículo de medição 2-Subestação padrão LILO com cubículo de multimedição 7.1.1- Rede de Distribuição Aérea 1-Subestação e conjunto de medição em estrutura unificada; Aplica-se em ligação individual utilizando apenas um transformador trifásico de até 300kVA no mesmo poste da estrutura do equipamento de medição (conjunto de medição), através de ramal de ligação e ramal de entrada aéreo e na classe de tensão de 15KV. RL=Ramal de ligação aéreo; PE=Ponto de entrega; RE=Ramal de entrada; 1=Ponto de seccionamento; 2=Medição; 3=Proteção de MT; 4=Transformador do cliente Subestação aérea em poste com conjunto de medição e transformador em estrutura unificada ① Ramal de Ligação ② Conjunto de Medição Polimérico ③ Vergalhão de cobre ④ Chave Fusível do Transformador ⑤ Pára-Raios da UC montado na tampa do transformador; 6.1.1.2. Subestação aérea em poste com conjunto de medição e transformador na mesma estrutura 2- Subestação e conjunto de medição em estrutura distribuída: Aplica-se em ligação individual utilizando um ou mais transformadores trifásicos, através de ramal de ligação e ramal de entrada aéreo, na classe de tensão de 15KV e equipamento de medição (conjunto de medição). Nessa SEE a proteção geral deverá possuir as seguintes características: RL=Ramal de ligação aéreo; PE=Ponto de entrega; RE=Ramal de entrada; 1=Ponto de seccionamento; 2=Medição; 3=Proteção de MT; 4=Transformador do cliente • Subestação aérea em poste, em ramal aéreo, para atender até 2 transformadores em postes separados: Notas: Para estruturas com ramais maiores que 15m, devem ser utilizados pára-raios tantro do lado da fonte, quanto do lado da carga na estrutura do conjunto de medição; A proteção geral deve ser instalada no poste seguinte, logo após a medição, podendo ser com chave indicadora fusívelunipolar tipo expulsão e para cada transformador usar 1 conjunto de chave indicadora fusível tipo expulsão; 50m(máx) 3m (mín) Proteção geral com chave indicadora fusível unipolar tipo expulsão na 1ª estrutura após a estrutura da medição aérea – Os elos fusíveis da proteção geral e dos transformadores devem estar coordenados; Transformador nº 1 Proteção geral Conjunto de medição aérea Transformador nº 2 A NBR 14039 indica que para subestação ao tempo, é possível instalar transformador das seguintes formas: • Sobre poste de concreto, de aço ou de madeira; • Sobre plataforma montada em estrutura de concreto, aço ou madeira; • Em área sobre a cobertura de edificações e neste caso não é permitido utilizar equipamento com líquido isolante inflamável. 3-Subestação e conjunto de medição com transição subterrânea: Aplica-se em ligação individual utilizando um ou mais transformadores trifásicos, através de ramal de lçigasção aéreo e ramal de entrada subterrâneo na classe de 15KV e equipamento de medição (conjunto de medição). Neste tipo de SEE a proteção geral deverá ter as seguintes características: RL=Ramal de ligação aéreo; PE=Ponto de entrega; RE=Ramal de entrada subterrâneo 1=Ponto de seccionamento; 2=Medição; 3=Cubículo blindado P=proteção T=-Transformação 4-Subestação e cubículo de medição com transição subterrânea: Aplica-se em ligação individual utilizando um ou mais transformadores trifásicos, através de ramal de ramal de ligação aéreo e ramal de entrada subterrâneo, na classe de tensão de até 34,5KV. Neste tipo de SEE deve ser usado cubículo blindado com módulo de medição e proteção geral que pode ser realizado por meio de fusível HH, quando da utilização d apenas um transformador trifásico de até 300KVA ou obrigatoriamente por meio de disjuntor quando a utilização de um transformador trifásico superior a 300KVA, ou ainda se utilizando dois ou mais transformadores, independente da soma da capacidade. RL=Ramal de ligação aéreo; PE=Ponto de entrega; RE=Ramal de entrada subterrâneo 1=Ponto de seccionamento; 2=Cubículo blindado; S=Seccionamento M=Medição P=Proteção 5-Subestação e cubículo de multimedição com transição subterrânea: Aplica-se em ligação coletiva utilizando dois ou mais transformadores trifásicos, através de ramal de ligação aéreo e ramal de entrada subterrâneo, na classe de tensão de até 34,5KV. Neste tipo de SEE deve ser utilizado cubículo blindado com proteção geral obrigatoriamente por meio de disjuntor, cubículo de medição e proteção para respectivas unidades de consumo. RL=Ramal de ligação aéreo; PE=Ponto de entrega; RE=Ramal de entrada subterrâneo 1=Ponto de seccionamento; 2=Cubículo blindado E=Entrada P=Proteção Geral S+M=Secionamento+medição 7.1.2- Rede de Distribuição Subterrânea 1-Subestação padrão LILO com cubículo de medição Aplica-se em ligação individual utilizando um ou mais transformadores trifásicos, através do ramal de ligação e ramal de entrada subterrâneo, na classe de tensão de até 34,5KV PE=Ponto de entrega; L=Cubículo de Linha S=Seccionamento; T=Auto Proteção; M=Medição 7.1.2- Rede de Distribuição Subterrânea 2-Subestação padrão LILO com cubículo de multimedição Aplica-se em ligação coletiva utilizando dois ou mais transformadores trifásicos, através do ramal de ligação e ramal de entrada subterrâneo, na classe de tensão de até 34,5KV. PE=Ponto de entrega; L=Cubículo de Linha 1=Cubículo blindado; E=Entrdada P= Proteção Geral; S+M=Seccionasmento+Medição 6.1.2. Subestação em cabine pré fabricada Podem ser aceitas desde que: a) O projeto e construção da cabine primária pré- fabricada deve atender, além das prescrições da Especificação técnica nº 125, à norma NBR IEC 62271-200 e o desenho 160.01, Padrão de Material da Enel Distribuição Ceará; b) Sejam previamente aceitas pela ENEL Distribuição Ceará; c) Não devem ser instaladas em locais sujeitos a vibrações, a abalroamento de veículos ou a qualquer dano provocado por movimentação de peças; d) Deve ser evitada a localização sob árvores; e) Não devem ser instaladas em locais excessivamente úmidos ou sujeitos à inundações; f) Não é permitida a instalação dos invólucros metálicos sobre piso abaixo do qual passam tubulações contendo gases ou líquidos combustíveis; g) Não deve ser instalada em ambientes contendo depósitos de gases ou combustíveis inflamáveis; 6.1.2. Subestação em cabine pré-fabricada com entrada subterrânea e transformador ao solo e ao tempo. Subestação em cabine pré-fabricada com entrada subterrânea e transformador ao solo e ao tempo. 6.2.4. Subestação montada ao nível do solo em cabine metálica São subestações montadas dentro de invólucros metálicos contendo os cubículos de entrada, proteção e transformação: 7. Transformador com Líquido Isolante ou a Seco: A Especificação técnica n°125, atual traz restrições quanto ao uso de transformadores a óleo mineral isolante devendo o projetista observar as figuras da localização da subestação; Os postos de transformação devem dispor de um sistema de drenagem do óleo para transformadores com volume de óleo igual ou superior a 100 litros, independente da potência, de maneira a limitar a quantidade de óleo, que possivelmente possa ser derramado, devido a um rompimento eventual do tanque do transformador. 8. Localização da Subestação Quanto a Edificação Notas: 1- Os clientes comerciais e residenciais devem usar somente transformadores a seco, mesmo que haja paredes de alvenaria e portas corta-fogo como mostra as figuras 1, 2 e 3, deste desenho; 2- Na situação descrita na figura 4, podem ser usados transformadores à óleo mineral isolante seja o cliente, residencial ou comercial, conforme a NBR14039; 3- Parte integrante da edificação: Recinto não isolado ou desprovido de paredes de alvenaria ou portas corta-fogo; 4- Os clientes industriais podem usar transformadores a óleo mineral isolante, nas situações descritas nas figuras 1, 2 e 3, somente se a subestação possuir paredes de alvenaria e porta corta fogo e não possuir a janela de ventilação voltada para dentro da edificação. 9.4. Detalhe do conjunto de medição aérea e descida para subestação abrigada em cubículo de proteção e transformação com entrada subterrânea. Subestação abrigada com conjunto de medição aéreo e descida para cubículo de proteção e transformação com entrada subterrânea. Detalhe da mufla reserva • Simbologia aplicada para subestação de utilização: Chave seccionadora tripolar com fusível Limitador tipo H-H, uso interno. Chave Fusível unipolar tipo expulsão Chave seccionadora unipolar Pára-raios tipo distribuição (unipolar) Conjunto de medição aéreo, com TPs, TCs e medidores kWh, kW, kVARh Bucha de passagem uso externo-interno Mufla terminal externa-interna Disjuntor termomagnético de BT tripolar Transformador a seco ou com óleo mineral isolante D Disjuntor de média tensão à óleo mineral isolante ou à vácuo Diagrama unifilar de uma subestação aérea em poste com transformador de até 300KVA e proteção com chave fusível unipolar tipo expulsão e pára-raios instalados antes da medição e nas buchas primárias do transformador: M • Diagrama unifilar de subestação aérea, em ramal aéreo, para atender até 2 transformadores em postes separados: • Ex. 2x 150kVA TR-1 TR-2 15K 8K 8K Chave seccionadora unipolar 15KV Chave Fusível unipolar tipo expulsão 15kV • Elo Fusível utilizado na chave fusível tipo expulsão: • A ABNT classifica os elos fusíveis de distribuição de acordo com a relação da rapidez de atuação. Ex. para trafo de 10KVA trifásico • Elos-fusíveis para chaves fusíveis tipo expulsão a serem usados nos transformadores em montagem aérea em postes: S < 300kVA AkVxkVA V S Ip 42,08,13732,1/10 .3 === 11. Medição de energia SE de utilização 11.1. De acordo com a Especificação técnican° 125, a medição deverá ser realizada em Média Tensão através de conjunto de medição aéreo compacto de forma a possibilitar a medição por telemetria ou caso não seja possível, por medidor convencional. Em subestações compartilhadas também é necessário instalar medição na baixa tensão, após o transformador. Estrutura aérea em poste para conjunto de medição com display com entrada aérea Estrutura aérea em poste para conjunto de medição com caixa de medição com entrada aérea Estrutura aérea em poste para conjunto de medição com display e entrada subterrânea. Estrutura aérea em poste para conjunto de medição com caixa de medição e entrada subterrânea. 11.2. Medição em Cubículo a) A instalação do sistema de medição de faturamento deve ser realizado em cubículo de MT quando não for possível a instalação de medição em poste e construir recuo em relação a via pública definido nesta NT; b) O cubículo de medição deve ser dividido em colunas conforme desenho do padrão de material da Enel Distribuição Ceará; c) O cubículo deve possuir opção de ampliação de barramento sem que seja necessário o deslocamento das demais colunas; d) A medição em cubículo deve ser instalada em pavimento térreo com livre e fácil acesso à Enel; e) O cubículo de medição deve ser homologado na Enel Distribuição Ceará. Os equipamentos de proteção são destinados a detectar condições anormais de serviço, tais como sobrecarga, curto- circuito, sobretensão, subtensão e a desligar a parte defeituosa, a fim de limitar possíveis danos e assegurar o máxima de continuidade dos serviços. 12.1. Proteção contra surtos de tensão provocados por descargas atmosféricas e manobras - Para a proteção contra sobretensão, um conjunto de pára- raios deve ser obrigatoriamente instalados na estrutura do conjunto de medição aérea, pelo lado da fonte; - Caso o ramal seja maior do que 15m, um segundo conjunto de pára-raios deve ser instalado pelo lado da carga na estrutura do conjunto de medição; 12. Proteção Elétrica e Seccionamento Também devem ser instalados pára-raios nas seguintes situações a) UC com ramal de entrada aéreo: - Nos pontos de mudança de impedância características das linhas; - Nos pontos de conexão da rede nua com rede isolada; - Quando a subestação for abrigada, deve se localizar imediatamente antes das buchas de passagem de entrada; b) UC com ramal de entrada subterrâneo ou misto: Independentemente da localização do ponto de entrega, o conjunto de pára-raios deve ser instalado imediatamente antes dos terminais externos do cabo do ramal de entra subterrâneo, e em todos os pontos de interligação da rede aérea com o ramal subterrâneo. c) Entrada derivando de uma Rede de Distribuição subterrânea - Os pára-raios, se necessários, devem ser instalados após o disjuntor de entrada da UC. 12.2. Unidades Consumidoras com capacidade instalada menor ou igual a 300kVA (Sinst. ≤ 300kVA) Em uma subestação com apenas 1 transformador e com capacidade instalada menor ou igual a 300kVA a proteção geral de MT pode ser realizado por meio de: > Chave seccionadora tripolar com fusíveis para subestação abrigada; > Chave fusível unipolar tipo expulsão para subestação aérea em poste; > Disjuntor acionado através de relés secundários com as funções 50 e 51, fase e neutro; Para UC com S ≤ 300kVA com mais de um transformador, em configuração aérea, deve ser instalada proteção geral entre a medição e o 1º transformador, podendo ser realizada através de: - Chave seccionadora tripolar com fusível ou chave fusível unipolar tipo expulsão para proteção de MT e disjuntores termomagnéticos de baixa tensão; - Disjuntor de média tensão acionados através de relés secundários com as funções 50 e 51, fase e neutro. Em todos os caso devem ser garantida a coordenação e seletividade da proteção Transformador Elo da UC Elo do Ramal de Ligação 30 KVA 2 H 3K 45 KVA 3H 6K 75 KVA 5H 8K 112,5 KVA 6K 10K 150 KVA 8K 12K 225 KVA 10K 15K 300 KVA 15K 25K Elos-fusíveis para proteção do transformador da subestação com capacidade Instalada menor ou igual a 300kVA Curvas Corrente x Tempo: corrente máximas tempo total de interrupção – ELOS tipo K Curvas Corrente x Tempo: Correntes mínimas - Tempo de fusão-corrente – ELOS Tipo K Tabela para dimensionamento de elo fusível do transformador: • Ielo = 1,5xIn A partir de 112,5kVA escolher o elo entre o valor nominal e a corrente máxima admissível. Elos Preferenciais (Tipo k, ação rápida): 6k, 10k, 15k, 25k, 40k, 65k, 100k, 140k e 200K Elos Não Preferenciais: 3k, 8k,12k, 20k, 30k, 50k, e 80k Elo tipo H (Ação rápida e retardada): 0,5H, 1H, 2H, 3H e 5H. Transformador de distribuição trifásico Potência Nominal Corrente Nominal Elo fusível Padrão Corrente Admissível Permanente (1,5xIelo) (KVA) (A) H ou K (A) 10 0,42 0,5H ou 1H 0,5 ou 1 15 0,63 1H 1A 30 1,26 2H 2A 45 1,88 3H 3A 75 3,14 5H 5A 112,5 4,71 6K 9A 150 6,28 8K 12A 225 9,41 10K 15A 300 12,55 15K 23A 500 20,92 25K 38A 600 25,10 30K 45A 750 31,38 40K 60A 1000 41,84 50K 75A 1500 62,76 65K 95A 2000 83,68 100K 150A 2500 104,60 140K 190A 12.3.Unidade consumidora com capacidade instalada maior do que 300kVA (Sinst.> 300kVA) Nas subestações com capacidade instalada superior a 300kVA, a proteção geral de média tensão deve ser realizada, exclusivamente, por meio de disjuntor acionado por relés secundários com as funções 50 e 51, fase e neutro; O disjuntor de média tensão utilizado para proteção do transformador deve possuir, no mínimo, as seguintes características: a) Possuir tensão nominal mínima de 15kV, desligamento automático, e capacidade de ruptura de no mínimo 350MVA; b) Deve ser acionado por relés secundários com capacidade de ajuste nas funções 50/51 e 50/51N; c) Sugere-se a utilização de proteção contra subtensão (função 27) e sobretensão (função 59) com temporização; d) Antes do disjuntor, deve ser instalado um dispositivo com seccionamento tripolar visível com intertravamento com o disjuntor. O seccionamento é dispensável apenas quando o disjuntor for do tipo extraível, desde que seja garantido o afastamento dos contatos fixos e que somente seja possível extrair o disjuntor na posição aberta; e) A proteção geral de MT deve ficar até 50m à jusante da medição; Os TCs para alimentação dos relés devem ser instalados logo após o dispositivo de seccionamento que precede o disjuntor geral da subestação; 13. Aterramento O aterramento deve obedecer os seguintes requisitos: a) Os equipamentos da subestação devem estar sobre a área ocupada pela malha. Quando isso não for possível a concessionária deve ser consultada; b) A malha de terra deve restringir-se aos limites da propriedade particular, não podendo ocupar espaços sob calçadas, vias públicas, praças, espaços públicos e terrenos de terceiros; c) O cliente deve apresentar Laudo Técnico comprovando a realização de ensaios de tensão de passo e tensão de toque conforme NBR 5419-3 d) As hastes de aterramento para SE do Grupo A, devem atender ao padrão de material da concessionária: haste de aterramento de aço-cobreado de seção circular com 2000mm de comprimento e 13mm de diâmetro; e) devem ser utilizadas no mínimo 6 hastes de aterramento; f) A distância entre as hastes de aterramento deve ser de no mínimo de 3,0m e ter disposição retangular; g) O condutor de aterramento que liga o terminal ou barra de aterramento principal a malha de terra, deve ser seção mínima de 50mm2; h) O condutor de aterramento que interliga as hastes de aterramento deve ter seção mínima de 35mm2; i) devem ser ligados ao sistema de aterramento por condutor de cobre nú, e seção mínima de 25mm, os seguintescomponentes de uma subestação: - todas as ferragens para suporte de chaves e isoladores; - portas e telas metálicas de proteção e ventilação; - blindagem de cabos isolados; - carcaça dos transformadores de potência e medição, disjuntores, capacitores, etc.; - todos os cubículos em invólucros metálicos mesmo que esteja acoplados; - neutro do transformador e gerador(se houver); - condutores de proteção da instalação. j) devem ser aterrados a blindagem dos cabos subterrâneos, em uma das extremidades qualquer que seja o seu comprimento; k) todas as ligações devem ser efetuadas com conector apropriado, preferindo-se a utilização de solda exotérmica; l) os pontos de conexão das partes metálicas não energizadas, ligadas ao sistema de aterramento devem estar isentos de corrosão, graxas ou tinta protetora; m) o condutor de aterramento quando sujeitos a eventuais contatos de pessoas, deve ser protegido por eletroduto de PVC; Obs. Nas normas anteriores era indicado que o valor máximo da resistência da malha de terra da subestação deveria ser de 10Ω. Haste de aterramento de seção circular de aço cobreado de 2,0m de comprimento com 13mm de diâmetro 13.1 Como fazer a solda exotérmica: 1-Deve ser usado a ferramenta tipo “cadinho” conforme se a solda é em cruz ou em T. Ver figura a seguir: 2-Limpar a seção do cabo onde vai ser feita a solda, com uma escova com cerdas de aço 3-Se o cabo estiver úmido, secar as partes com um secador; 4- Abrir o cadinho e colocar o cabo nú em cruz: 5-Para evitar vazamentos da solda, usar massa para vedar o local em volta da entrada dos cabos no cadinho; 6-Colocar o disco metálico (tipo moeda) dentro do cilindro do cadinho; 7-Pegar o saquinho com o pó exotérmico (solda), balançar para homogeneizar o pó, abrir o saquinho e colocar dentro do cilindro o cadinho; 8-Colocar o pó ingnitor (pólvora) sobre o pó exotérmico e o pavio saindo do cadinho e fechar a tampa do cadinho 9-Acender o pavio e se afastar. Deixar o fogo expandir e o cadinho executar a solda dos cabos em cruz, cuja temperatura pode atingir mias de 1000°C. 10-Abrir o cadinho com as alavancas e usando luvas (para evitar queimadura nas mãos) e observar se a solda exotérmica foi realizada adequadamente no formato em cruz. 13.2. Tensão de passo É a diferença de potencial que aparece entre dois pontos situados no solo distanciados de 1,0metro, devido a passagem da corrente de falta pela terra Potencial de passo próximo a estrutura aterrada. 13.3. Tensão de toque É a diferença de potencial que aparece entre um ponto de uma estrutura situada ao alcance da mão de uma pessoa e um ponto no solo situado a 1,0m de distância da base da estrutura considerada. Potencial de toque próximo a estrutura aterrada. • Normalmente RC =1000Ω (Resistência do corpo humano, mão a mão ou mão a pé supostas: mão úmida e corpo submetido ao potencial); • Com as mãos secas o RC pode atingir de 100kΩ a 300kΩ, caindo para até 1% desse valor quando umedecidas; • RK = 3. ρs (Quando o revestimento da malha de aterramento é pedra britada, ρs = 3000Ωxm); • ρS = Resistividade em Ωxm • IK =0,116/√t , (onde t= tempo de eliminação da falta); Fonte: Livro Sistemas de Aterramento – José Aurélio Moreno Leon, ÉRICO do Brasil. 13-4 Tensão de transferência É a diferença de potencial que aparece devido a passagem da corrente de falta pela terra, entre um ponto do sistema de aterramento e um ponto remoto, localizado a, pelo menos 10 vezes a maior dimensão do sistema de aterramento; Potencial de transferência (normalmente mortal) 14. Critérios para solicitação de Atestado de viabilidade Técnica (AVT) Deve ser exigida a emissão de AVT para UC localizada em Fortaleza, nas seguintes situações: a) Para novas UCs com Potência instalada ≥ 300 kVA ; b) Para acréscimo de demanda quando a diferença entre a nova demanda e a contratada, for ≥ 150 kVA; c) Qualquer alteração de potência instalada > 300kVA Nas demais localidades: a) Para novas UCs com Potência instalada ≥ 150 kVA; b) Para acréscimo de demanda quando a diferença entre a nova demanda e a contratada, for ≥ 75 kVA; c) Qualquer alteração de potência instalada > 150 kVA. O prazo de validade da AVT é de 6 meses.
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