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Apostila para Concurso de Guarda Municipal 1 Noções de Direito Processual Penal (Sistema de Justiça Criminal) 2 Qual é a importância desta disciplina para a formação do Guarda Municipal? • Os aspectos constitucionais, de fundamental importância principalmente para aqueles que atuam na Administração Pública; • Os Direitos Fundamentais do cidadão; • As atribuições constitucionais da Guarda Municipal, garantindo ações legítimas e legais; • As diretrizes constitucionais nas ações de enfrentamento à desordem urbana. 3 Desenvolver no Guarda Municipal a consciência sobre: O que é Processual Penal? Conjunto de normas e princípios que regulam a: • Ajurisdicional do Direito Penal objetivo; • Sistematização dos órgãos da jurisdição e seus respectivos auxiliares, bem como da persecução penal. 4 Processual Penal Princípios 5 Devido Processo Legal Contraditório Ampla Defesa Processual Penal 6 Constituição Federal de 88, Art 5º, inciso LIV Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o processo legal! Devem-se respeitar todas as formalidades previstas em lei para que haja cerceamento da liberdade ou para que alguém seja privado de seus bens. O devido processo legal é o principio reitor de todo o arcabouço jurídico processual. Voltar Princípio do Devido Processo Legal Processual Penal Princípio do Contraditório 7 Constituição Federal de 88, Art 5º, inciso LV Característica essencial do sistema acusatório: a bilateralidade. Uma parte tem a faculdade de se opor às alegações deduzidas pela outra em juízo, estabelecendo o caráter dialético do processo. Processual Penal Princípio do Contraditório 8 Constituição Federal de 88, Art 5º, inciso LV Implicações práticas relevantes: proibição das "provas surpresa", não submetidas ao crivo da parte contrária. Não se aplica ao inquérito policial, pois, nesta fase, não existe ação, partes ou lide, apenas um procedimento administrativo. Voltar Processual Penal Princípio da Ampla Defesa 9 Constituição Federal de 88, Art 5º, inciso LV Obrigatório: acusado ter defensor, advogado, bacharel em direito, para diligenciar em sua defesa. Necessário ter efetiva defesa. A falta de defesa acarreta nulidade de todo o processo, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Processual Penal Princípio da Ampla Defesa 10 Falta de defesa • Réu materialmente indefeso • Nomeado novo defensor • Marcado novo julgamento Nas palavras do constitucionalista Alexandre de Moraes, por princípio da ampla defesa entende-se “O asseguramento que é dado ao réu de condições que lhe possibilitem trazer para o processo todos os elementos tendentes a esclarecer a verdade". Presunção de Inocência Princípio do Contraditório 11 Constituição Federal de 88, Art 5º, inciso LVII Ninguém é considerado culpado até que haja contra si sentença penal condenatória com trânsito em julgado. Cidadão só pode ser considerado como portador de maus antecedentes quando houver o trânsito em julgado de uma decisão judicial. 12 Podemos dizer que um réu que responde a dez ações penais, concomitantemente, possui maus antecedentes antes que uma das sentenças condenatórias passe em julgado? O que é Inquérito Policial? 13 Conjunto de diligências realizadas pela autoridade policial para obtenção de elementos que apontem a autoria e comprovem a materialidade das infrações penais investigadas. Os elementos permitem ao Ministério Público (nos crimes de ação penal pública e ao ofendido (nos crimes de ação penal privada) o oferecimento da denúncia e da queixa. Inquérito Policial 14 Natureza Não há ampla defesa no seu curso. • Administrativa, pois é instaurado pela autoridade policial. Procedimento • Inquisitorial, destinado a obter informações necessárias à elucidação de crimes. Inquérito Policial 15 Não é imprescindível ao ajuizamento da ação penal. Tem caráter informativo. Inquérito Policial 16 Decreto 86.715 / 1981 Regulamenta lei 6.815/1980 (Estatuto do Estrangeiro) Não há contraditório, salvo em relação ao inquérito de expulsão de estrangeiro. Decreto 86.715/1981 Estabelece uma sequência de etapas abrangendo a possibilidade de defesa, até que seja concretizado o ato de expulsão (Arts. 102 a 105). 17 Se o Ministério Público (na ação pena pública) ou o ofendido (na ação penal privada) dispuser dos elementos necessários ao oferecimento da denúncia ou queixa-crime (indícios de autoria e prova da materialidade do fato), é possível dispensar o inquérito policial sem que isto importe qualquer irregularidade? 18 Inquérito Policial Características Indisponibilidade Procedimento escrito Oficialidade Oficiosidade Inquisitorial 19 Inquérito Policial Procedimento Escrito Art. 9º, do Código de Processo Penal (CPP) Atos realizados no curso das investigações policiais: • terão forma escrita; • e serão rubricados pela autoridade Incluindo-se depoimentos, testemunhos, reconhecimentos, acareações, enfim, todo o gênero de diligências que vierem a ser realizadas. Voltar 20 Inquérito Policial Oficiosidade Art. 5º, I, do Código de Processo Penal (CPP) Inquérito policial deve ser instaurado ex officio pela autoridade policial sempre que tiver conhecimento da prática de um delito, independentemente de provocação. Ressalvadas as hipóteses de crime de ação penal pública condicionada à representação e de delitos de ação penal privada. Voltar 21 Inquérito Policial Oficialidade Art. 144º, parágrafo 4º, da Constituição Federal 88 Investigação que deve ser realizada por autoridades e agentes integrantes dos quadros públicos. Vedada a delegação da atividade investigatória a particulares, inclusive por força da própria Constituição Federal . Voltar 22 Inquérito Policial Inquisitorial Exceção: inquérito instaurado pela Polícia Federal, mediante requisição do Ministério da Justiça, visando à expulsão de estrangeiro. Voltar Na medida em que seu objetivo é, unicamente, fornecer ao órgão acusatório elementos hábeis à demonstração da materialidade e da autoria da infração penal, o inquérito não faculta ao investigado o exercício de contraditório e da ampla defesa, ou seja, oportunidade de apresentar alegações e prol de sua tese, interpor recurso etc. 23 Inquérito Policial Indisponibilidade Art. 17º do Código de Processo Penal (CPP) Uma vez instaurado o inquérito, não pode a autoridade policial, por sua própria iniciativa, promover o seu arquivamento, ainda que venha a constatar eventual atipicidade do fato apurado ou a não detectar indícios que apontem ao investigado sua autoria. Em suma, o inquérito sempre deverá ser concluído e encaminhado a juízo. Voltar 24 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Incondicionada Art. 5º, do CPP Contempla as formas de início do procedimento policial, as quais dependem, sobretudo, da natureza do crime a ser investigado. Crime de ação penal pública incondicionada 25 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Incondicionada Ofício Requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público Requerimento do ofendido ou seu representante legal Auto de prisão em flagrante (APF) 26 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Incondicionada Art. 5º, I, do CPP Pela autoridade policial mediante a expedição de portaria a qual, subscrita pelo delegado de polícia, conterá o objeto da investigação, as circunstâncias conhecidas em torno do fato apurado (dia, hora, local etc.) e as diligências iniciais a serem realizadas. Ofício Voltar 27 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Incondicionada Art. 5º, I, do CPP Instauração independe de provocação de interessados, devendo ser procedida sempre que tiver a autoridade ciência da ocorrência de umcrime, não importando a forma de que se tenha revestido a noticia criminis (registro de ocorrência, notícia veiculada na imprensa, etc). Ofício 28 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Incondicionada Art. 5º, parágrafo 3º, do CPP Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação penal pública poderá comunicá-la à autoridade policial. Verificada a procedência das informações, a autoridade policial mandará instaurar inquérito, sob pena de responsabilização. Voltar Ofício 29 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Incondicionada Art. 5º, parágrafo 2º, do CPP Possui conotação de ordem, razão de não poder ser descumprida pela autoridade policial, ainda que considere descabida a investigação. Requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público Voltar 30 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Incondicionada Art. 5º, parágrafo 2º, do CPP Requerimento da vítima, opostamente, pelo sentido de solicitação, pode ser indeferido pelo delegado de polícia. Requerimento do ofendido ou seu representante legal Voltar 31 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Incondicionada Art. 5º do CPP Apesar de não mencionado expressamente no artigo, o auto de prisão em flagrante (APF) é forma inequívoca de instauração de inquérito policial. Auto de prisão em flagrante (APF) O APF dispensa a portaria subscrita pelo delegado de polícia. 32 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Incondicionada Auto de prisão em flagrante (APF) É equivocada a praxe adotada, em algumas delegacias, no sentido de não procederem à instauração do inquérito policial quando se tratar de hipótese de flagrância. 33 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Incondicionada Auto de prisão em flagrante (APF) Considerando que o auto de prisão em flagrante é procedimento, formalizando o mínimo de elementos de célere convicção, ainda que possa o Ministério Público oferecer denúncia. Voltar O inquérito deverá ser realizado pela autoridade policial, aprofundando as investigações iniciadas com o APF . 34 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Condicionada • Condição exigida por lei para a investigação criminal; • Apuração processual da infração praticada pelo agente. A forma de instauração de inquérito depende da: 35 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Condicionada Voltar Requerimento do Ministro da Justiça Representação do Representante Legal Auto de prisão em flagrante (APF) Representação do Ofendido 36 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Condicionada Representação do Ofendido Art. 5º, parágrafo 4º, do CPP Inquérito policial, nos crimes de ação penal pública condicionada à representação, não poderá sem ela ser iniciado. Por representação compreende-se a manifestação pela qual a vítima ou o seu representante legal autoriza o Estado a desenvolver as providências necessárias à investigação e apuração judicial dos crimes que a requerem. 37 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Condicionada Representação do Ofendido Voltar Prescinde de rigor formal, bastando que incorpore a inequívoca intenção em ver apurada a responsabilidade penal do autor da infração, e poderá ser oferecida, tanto ao delegado de polícia como ao Ministério Público e ao próprio juiz de direito. Evidentemente, realizada de forma oral, será reduzida a termo (art. 39, parágrafo 1º, do CPP). 38 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Condicionada Representação do Representante Legal Voltar Nada impede que nos crimes de ação penal pública condicionada seja o inquérito policial instaurado mediante requisição do juiz ou do Ministério Público. Desde que tenha sido dirigida, previamente, a representação da vítima ou de quem represente, e, que esta manifestação de vontade acompanhe o ofício requisitório de inquérito enviado ao delegado. 39 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Condicionada Requisição do Ministro da Justiça A instauração da ação penal e do eventual inquérito policial que anteceder o seu ajuizamento depende de requisição do Ministério da Justiça. 40 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Condicionada Requisição do Ministro da Justiça Art. 7º, parágrafo 3º, do Código Penal (CP) Ocorre, por exemplo, com os crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil. 41 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Condicionada Requisição do Ministro da Justiça Voltar Art. 141º, I, c/c o art. 145º, parágrafo único, ambos do Código Penal (CP) Ocorre também com os crimes contra a honra cometidos contra o Presidente da República ou Chefe de governo estrangeiro. 42 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Condicionada Auto de Prisão em Flagrante (APF) Art. 5º, parágrafo 4º, do CPP Considerando que o APF é forma de início do inquérito policial e levando em consideração regra, deduz-se que a lavratura do flagrante nessa espécie de crime condiciona-se, sob pena de relaxamento, a que seja a representação formalizada antes do decurso do prazo de 24 horas depois da prisão. 43 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Pública Condicionada Auto de Prisão em Flagrante (APF) Voltar O prazo de 24h é o máximo: • Art. 306º, parágrafo 1º, do CPP Que dispõe a autoridade que presidiu o APF para encaminhá-lo ao juiz competente. • Art. 306º, parágrafo 2º, do CPP Para fornecer ao flagrado a nota de culpa. 44 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Privada Requerimento da vítima ou de seu representante legal Requisição do Juiz e do Ministério Público Auto de prisão em flagrante 45 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Privada Requerimento da vítima ou de seu representante legal Art. 5º, parágrafo 5º, do CPP A regra a ser observada é a que consta no artigo. Nos crimes de ação penal privada, a autoridade policial somente poderá proceder a instauração do inquérito de quem tenha qualidade para o ajuizamento da queixa-crime, ou seja: • o ofendido; 46 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Privada Requerimento da vítima ou de seu representante legal Art. 5º, parágrafo 5º, do CPP • seu representante legal; ou • no caso ausência do primeiro, qualquer das pessoas enumeradas no art. 31º do CPP (seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão). 47 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Privada Requerimento da vítima ou de seu representante legal A instauração do procedimento policial, sem a observância desta formalidade (requerimento), gera constrangimento ilegal, possibilitando habeas corpus visando o seu trancamento. Voltar 48 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Privada Requisição do Juiz e do Ministério Público Embora não seja comum, há situações na praxe forense em que opta o ofendido, em vez de dirigir-se à autoridade policial, por requerer ao juiz ou ao Ministério Público as providências necessárias para a apuração de crime de ação penal privada. Voltar 49 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Privada Auto de prisão em flagrante Sendo o APF forma de início de inquérito policial, é possível a sua lavratura também nas hipóteses de flagrante em crimes de ação penal privada. Desde que tenha a vítima autorizado ou ratificado sua lavratura no prazo de 24 horas depois da prisão. 50 Início do Inquérito Policial nos Crimes de Ação Penal Privada Auto de prisão em flagrante Voltar Art. 306º, parágrafo 1º e 2º do CPP O prazo de 24h é o prazomáximo estipulado para que a autoridade que presidiu o APF realize seu encaminhamento ao juiz competente e para que forneça ao flagrado a nota de culpa. 51 Diligências Investigatórias Arts. 6º e 7º, do CPP Estabelecem as providências investigatórias que, sendo cabíveis e mostrando-se adequadas à espécie investigada, deverão ser adotadas com vista à elucidação do crime. Cabe ressaltar que é possível realizar todas as provas que servirem para o esclarecimento dos fatos e suas circunstâncias. 52 Prazo de Conclusão do Inquérito Policial Art. 10º do CPP O inquérito deve ser concluído no prazo de: • 30 dias caso – investigado em liberdade • 10 dias contados do dia em que for executada a ordem de prisão – investigado preso 53 Prazo de Conclusão do Inquérito Policial Art. 66º, da lei 5010/1966 No âmbito da Polícia Federal -> prazo diferenciado para a conclusão do inquérito Dispõe de 15 dias quando o indiciado estiver preso, podendo ser prorrogado por mais 15 dias, a pedido devidamente fundamentado da autoridade policial e deferido pelo juiz a que competir o conhecimento do processo. 54 Prazo de Conclusão do Inquérito Policial Não havendo previsão do prazo para a conclusão quando estiver em liberdade o investigado, aplica- se analogicamente, o prazo previsto no Código de Processo Penal: 30 dias. 55 Prazo de Conclusão do Inquérito Policial Art. 51º, da Lei 11343/2006 Tratando-se de apuração de crime relacionado a drogas: “O inquérito policial será concluído no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando sendo solto”, sendo que “os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade judiciária.” 56 Prazo de Conclusão do Inquérito Policial Art. 10º, parágrafo 1º, Lei 1521/1951 Nos crimes contra a economia popular e a saúde pública, a previsão é a de que o inquérito seja concluído e 10 dias, não importando se está preso ou solto o investigado. 57 Prazo de Conclusão do Inquérito Policial O inquérito policial militar (IPM), de acordo com o Código de Processo Penal Militar, tem o prazo de conclusão de: • 20 dias (preso o investigado); • 40 dias (prorrogáveis por outros 20, se solto). 58 Conclusão ou Encerramento do Inquérito Policial Art.10º, parágrafo 1º, do CPP Esgotadas as investigações e concluídas as diligências determinadas no inquérito policial, o delegado de polícia deverá fazer minucioso relatório do que houver apurado, encaminhando os autos do procedimento ao juiz. 59 Conclusão ou Encerramento do Inquérito Policial Neste relatório, a autoridade policial deverá limitar-se a: • Declinar as providências realizadas; • Resumir os depoimentos prestados, a versão da vítima e do investigado; • Mencionar o resultado das diligências que tenham sido perpetradas durante as investigações; • Evidenciar a tipicidade da conduta investigada, sua autoria e materialidade. 60 Termo Circunstanciado Lei 9099/1995 No âmbito dos Juizados Especiais Criminais, a lei citada dispensou a realização de inquérito policial, em razão dos princípios da celeridade e da economia processual. Instituiu, assim, no art. 69, caput, como forma preliminar de apuração das infrações de menor potencial ofensivo, o procedimento do termo circunstanciado. 61 Peça semelhante a um boletim de ocorrência policial, incorporando, porém, em seu conteúdo: • Uma narrativa mais detalhada do fato registrado; • A indicação do autor do fato; • O ofendido; • O rol de testemunhas. Termo Circunstanciado 62 A lavratura não poderá conduzir ao indiciamento do autor do fato, o que se justifica pela maior simplicidade do procedimento. Termo Circunstanciado É preciso ter em vista que: o ato da indiciação conduz ao registro da imputação nos assentamentos pessoais do indiciado. 63 Ação Penal Direito de postular ao Estado a aplicação de uma sanção correspondente à infração de norma penal incriminadora. 64 Ação Penal Classificação Ação Penal Pública Ação Penal Privada Incondicionada Condicionada Exclusiva Personalíssima Subsidiária da Pública À Requisição À Representação 65 Espécies de Ação Penal Pública Incondicionada Art. 24º, 1ª parte, do CPP e Art. 100º, caput, do CP Iniciada mediante denúncia do Ministério Público para apuração de infrações penais que interferem no interesse geral da sociedade. Sua dedução independe da manifestação de vontade expressa ou tácita da vítima, ou de qualquer interessado. Voltar 66 Espécies de Ação Penal Pública Condicionada Art. 24º, 1ª parte, do CPP e Art. 100º, parágrafo 1º, do CP Prevalência do interesse público na apuração do crime. Devido a implicações na esfera de interesses da vítima, seu desencadeamento dependerá da manifestação inequívoca de vontade do ofendido ou de quem o represente. 67 Espécies de Ação Penal Pública Condicionada Art. 24º, 1ª parte, do CPP e Art. 100º, parágrafo 1º, do CP Persiste a iniciativa exclusiva do Ministério Público para ajuizamento da ação penal mediante denúncia. Ao contrário do que da ação penal pública incondicionada, nos crimes de ação penal pública condicionada vincula-se o MP à existência de prévia representação (ex: crime de injúria qualificada) ou de requisição do Ministério da Justiça (ex: crimes contra a honra do Presidente da República). Voltar 68 Espécies de Ação Penal Privada Exclusiva Art. 30º do CPP e Art. 100º, parágrafo 2º, do CP Justifica-se quando a infração penal atinge profundamente os interesses da vítima, dependendo o desencadeamento do processo criminal, portanto, de sua própria iniciativa ou de quem a legalmente represente. Voltar 69 Espécies de Ação Penal Privada Personalíssima Art. 24º e subsequentes do CPP A titularidade compete única e exclusivamente ao próprio ofendido, sendo o seu exercício vedado, até mesmo, ao seu representante legal, cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Voltar Subtipo de ação penal privada Falecendo a vítima, nada haverá a ser feito a não ser aguardar-se a extinção da punibilidade do réu. 70 Espécies de Ação Penal Privada Subsidiária da Pública Art. 29º do CPP e Art. 100º, parágrafo 3º, do CP Corresponde a uma ação penal privada ajuizada em relação a crime de ação pública, justificando-se quando, esgotado o prazo do Ministério Público, este não ofereceu a competente denúncia. O início do processo criminal, ocorrerá mediante dedução de queixa-crime subsidiária. 71 Espécies de Ação Penal Privada Subsidiária da Pública Art. 29º do CPP e Art. 100º, parágrafo 3º, do CP O titular será o particular que a intentou e não o Ministério Público, que apenas poderá retomar a titularidade da ação penal caso o querelante subsidiário venha negligenciar no impulso do processo. Voltar 72 Ação Penal Pública Incondicionada Art. 129º, I, da CF É exclusiva do Ministério Público a legitimidade para o ajuizamento da ação pública. 73 Ação Penal Pública Incondicionada Art. 5º, LIX, da CF, Art. 29º do CPP e art. 100º, parágrafo 3º do CP Ressalvada esta regra (Art. 129, I, da CF), existe apenas na ação penal privada subsidiária da pública, facultada ao ofendido ou seu representante legal na hipótese de não oferecimento de denúncia pelo Ministério Público no prazo legal. 74 Ação Penal Pública Incondicionada Princípios Obrigatoriedade Indisponibilidade Oficialidade Divisibilidade Intranscedência 75 Ação Penal Pública Condicionada Assim como ocorre na ação penal pública incondicionada, a titularidade é exclusiva do Ministério Público. Distinguindo-se apenas pela circunstância de que, aqui, o exercício da ação penal estará vinculado à preexistência de manifestação de vontade (representação) da vítima ou de quem tenha a qualidade para representá-la, ou se foro caso, de requisição do Ministro da Justiça. 76 Ação Penal Pública Exclusiva Art. 30º do CPP Esta modalidade de ação, que se inicia mediante queixa-crime, será intentada pelo ofendido, quando maior de 18 anos e capaz. Caso contrário, assumirá o pólo ativo da demanda seu representante legal . 77 Ação Penal Pública Exclusiva Princípios Oportunidade Disponibilidade Indivisibilidade Intranscedência 78 Ação Penal Privada Subsidiária Art. 29º do CPP Consagra a possibilidade de ser ajuizada ação penal privada em crime de ação pública quando esta não for intentada no prazo legal. 79 Ação Penal Privada Subsidiária Art. 129º, I, da CF Trata-se de exceção à regra da titularidade exclusiva do Ministério Público em relação à ação penal pública, não havendo de se cogitar da inconstitucionalidade dessa medida, tendo em vista que a própria Constituição Federal admite sua possibilidade no art. 5º, LIX. 80 Ação Penal Privada Subsidiária Regra (salvo exceções previstas em leis ou procedimentos especiais contemplando prazos diferenciados) - Ministério Público: • 5 dias para ajuizar a ação penal, se preso o investigado; • 5 dias se estiver em liberdade. Prazos contados a partir do dia em que o inquérito policial ou elementos de convicção apontarem à Promotoria de Justiça. 81 Ação Penal Privada Subsidiária Art. 31º do CPP Escoados estes prazos e mantendo-se inerte o agente ministerial, surgirá para o ofendido ou, na falta, para qualquer das pessoas do artigo, a possibilidade de ingresso da ação penal privada subsidiária da pública. 82 Prisão em Flagrante Art. 5º, XI, da CF Modalidade de prisão cautelar, autorizada expressamente pela Constituição Federal. Regida pela causalidade, pois o flagrado é surpreendido no decorrer do crime ou momentos depois. Não importam, absolutamente, aspectos relativos à ilicitude e à culpabilidade, revelando, tão somente, a prática de um fato com aparência de tipicidade. 83 Prisão em Flagrante Tem natureza inicialmente administrativa. Assume, contudo, natureza jurisdicional se, por ocasião da homologação do auto de prisão em flagrante, for mantida pelo juiz. 84 Momento da Prisão em Flagrante Prisão captura Art. 302º, do CPP Consta em uma das situações do artigo. Sempre possível como expressão do Poder de Policia do Estado. Feita a prisão captura, o preso é apresentado imediatamente à autoridade policial que providenciará se for o caso o auto de prisão em flagrante. 85 Momento da Prisão em Flagrante Lavratura do auto de prisão em flagrante • Dependerá da concordância da vitima ou de seu representante legal. Sem a concordância é caso de relaxamento da prisão. • Se o juiz não relaxar cabe contra o seu ato, o habeas corpus. • Concordância deve ser anterior ou concomitante a lavratura do auto, nos próprios autos ou em separado. 86 Momento da Prisão em Flagrante Lavratura do auto de prisão em flagrante • Se o autor do fato se comprometer a comparecer ao juizado especial criminal, não haverá lavratura do auto de prisão em flagrante, devendo o delegado providenciar a elaboração do termo circunstanciado ou termo de ocorrência, caso o autor do fato se recuse a assinar esse termo o delegado deverá lavrar o auto de prisão em flagrante. 87 Momento da Prisão em Flagrante Art. 306º, do CPP Dentro de 24 horas depois da prisão, será dada ao preso: • A nota de culpa assinada pela autoridade, com o motivo da prisão; • O nome do condutor e os das testemunhas. O preso passará recibo na nota de culpa, o qual será assinado por duas testemunhas, quando ele não souber. 88 Prisão em Flagrante Código de Processo Penal - CPP Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; 89 Prisão em Flagrante Código de Processo Penal - CPP III- é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. 90 Prisão em Flagrante Código de Processo Penal - CPP Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.(Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005) 91 Prisão em Flagrante Código de Processo Penal - CPP § 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja. § 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade. 92 Prisão em Flagrante Código de Processo Penal - CPP § 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presença deste. (Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005) 93 Prisão em Flagrante Código de Processo Penal - CPP Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta, no exercício de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as declarações que fizer o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se não o for a autoridade que houver presidido o auto. 94 Prisão em Flagrante Código de Processo Penal - CPP Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do lugar mais próximo. Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante. 95 Prisão em Flagrante Código de Processo Penal - CPP Art. 310. Quando o juiz verificar pelo auto de prisão em flagrante que o agente praticou o fato, nas condições do art. 19, I, II e III, do Código Penal, poderá, depois de ouvir o Ministério Público, conceder ao réu liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, sob pena de revogação. 96 Prisão em Flagrante Código de Processo Penal - CPP Parágrafo único. Igual procedimento será adotado quando o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, a inocorrência de qualquer das hipóteses que autorizam a prisão preventiva (arts. 311 e 312). (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) 97 Busca Pessoal Art. 244º, do CPP Independerá de mandado de autorização judicial nas hipóteses previstas pelo artigo: • No curso de prisão; • No curso da busca e apreensão domiciliar; • Na existência da fundada suspeita pela autoridade policial que a pessoa esteja na posse de arma proibida, de objetos ou papéis que constituam corpo de delito. 98 Busca Pessoal A legalidade é sempre feita a posteriori; não há critério estabelecido em lei; é o poder de polícia do Estado. 99 Busca Pessoal Art. 249º, do CPP Prevê que a busca em mulher deve ser feita por outra mulher sobpena de abuso de autoridade. Porém, se a mulher estiver presa e só tiver homens, poderá fazer a revista na forma da ressalva da lei que prevê que caso importe no retardo ou prejuízo da diligência. 100 Busca Pessoal Art. 244º, do CPP “A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar.” 101 Busca Pessoal A Guarda Municipal não tem a prerrogativa constitucional para realizar busca pessoal, salvo nos caso de flagrante delito. 102 Uso Legal da Força Súmula Vinculante 11 do Supremo Tribunal Federal (STF) “Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.” 103 Uso Legal da Força Art. 284º, do CPP “Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso.” Força 4 Força 3 Força 2 Força 1 Resistência 4 Resistência 3 Resistência 2 Resistência 1 104 Lei 9099/95 - Infrações Penais de Menor Potencial Ofensivo e o Rito Sumaríssimo Aplicável somente em crimes de: • Menor potencial ofensivo (pena máxima não superior a 2 anos); • Competência dos Juizados Especiais Criminais (JECrim). 105 Lei 9099/95 - Infrações Penais de Menor Potencial Ofensivo e o Rito Sumaríssimo Impôs um novo padrão processual, voltado para o exame da criminalidade derivada das infrações penais conceituadas como de menor potencial ofensivo, obediente, o legislador ordinário, ao preceito constitucional contemplado no art. 98, I, da Carta de 1988 (Constituição Federal), e atento às questões judiciais penais, que estavam a exigir maior presteza da resposta do Poder Judiciário em delitos desta natureza, sem prejuízo da segurança da prestação jurisdicional. 106 Lei 9099/95 - Infrações Penais de Menor Potencial Ofensivo e o Rito Sumaríssimo Art. 98º, I, da CF “A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau.” 107 Lei 9099/95 - Infrações Penais de Menor Potencial Ofensivo e o Rito Sumaríssimo O Juizado Especial Criminal (JECrim), previsto na Lei 9.099/95, foi criado para tratar especificamente das infrações penais de menor potencial ofensivo, ou seja, aquelas consideradas de menor gravidade. 108 Lei 9099/95 - Infrações Penais de Menor Potencial Ofensivo e o Rito Sumaríssimo Art. 61º Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. São da competência do Juizado: • falta de habilitação para dirigir veículo; 109 Lei 9099/95 de 26 de setembro de 1995. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Capítulo I – Disposições Gerais • Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da Justiça Ordinária, serão criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de sua competência. 110 Lei 9099/95 de 26 de setembro de 1995. Capítulo I – Disposições Gerais Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação. 111 Lei 9099/95 de 26 de setembro de 1995. Capítulo I – Da Fase Preliminar Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. 112 Lei 9099/95 de 26 de setembro de 1995. Capítulo I – Da Fase Preliminar Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. (Redação dada pela Lei nº 10.455, de 13.5.2002)(...) 113 Lei 9099/95 de 26 de setembro de 1995. Capítulo I – Da Fase Preliminar Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade.(...) 114 Lei 9099/95 de 26 de setembro de 1995. Capítulo I – Da Fase Preliminar Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. 115 Lei 9099/95 de 26 de setembro de 1995. Capítulo I – Da Fase Preliminar Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. Decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei. 116 Lei 9099/95 de 26 de setembro de 1995. Capítulo I – Da Fase Preliminar Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação verbal, que será reduzida a termo. Parágrafo único. O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei. 117 Lei 9099/95 de 26 de setembro de 1995. Capítulo I – Da Fase Preliminar Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. § 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade. 118 Lei 9099/95 de 26 de setembro de 1995. Capítulo I – Da Fase Preliminar § 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; 119 Lei 9099/95 de 26 de setembro de 1995. Capítulo I – Da Fase Preliminar III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. § 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz. 120 Lei 9099/95 de 26 de setembro de 1995. Capítulo I – Da Fase Preliminar § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juizaplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos. § 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei. 121 Lei 9099/95 de 26 de setembro de 1995. Capítulo I – Da Fase Preliminar § 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível. 122 Procedimento Sumaríssimo Procedimento Sumaríssimo Lei 9099/95 Elaboração do Termo Circunstanciado (Art 69º) Audiência Preliminar Conciliação e Aplicação de Pena Restritiva de Direitos (Art 72º a 76º) Denúncia ou Queixa (Art 77º) Audiência de Instrução e Julgamento (Art 77º a 83º) 123 Procedimento Sumaríssimo Procedimento Sumaríssimo Lei 9099/95 Tentativa de conciliação ou Aplicação de Pena Restritiva de Direitos Caso não tenha ocorrido, audiência Preliminar (Art 79º) Oportunidade de Defesa Rebater a Acusação Oralmente (Art 81º) Recebimento da Denúncia ou Queixa (Art 81º) OBS: do não recebimento cabe a Apelação e não RESE (Art 81º) 124 Procedimento Sumaríssimo Procedimento Sumaríssimo Lei 9099/95 Recebimento da Denúncia ou Queixa (Art 81º) OBS: do não recebimento cabe a Apelação e não RESE (Art 81º) Oferecimento da Suspensão Condicional do Processo (Art 89º) Oitiva das Vítimas e Testemunhas (Art 81º) N S 125 Procedimento Sumaríssimo Procedimento Sumaríssimo Lei 9099/95 Oferecimento da Suspensão Condicional do Processo (Art 89º) Oitiva das Vítimas e Testemunhas (Art 81º) N S Suspensão do Processo e Início do Período Probatório (Art 89º § 1º ao 6º) Interrogatório do Réu (Art 81º) Debates Orais (Art 81º) SENTENÇA (Art 81º) Chegou a hora de testar seus conhecimentos 126 Dir_Processual_Penal_memoria_2011_01_03.exe Resumindo O que vimos nesta Disciplina? • O que é Processual Penal? • Processual Penal • Presunção de Inocência • O que é inquérito policial? • Início do inquérito policial nos crimes de ação penal pública incondicionada • Início do inquérito policial nos crimes de ação penal pública condicionada • Início do inquérito policial nos crimes de ação penal privada 127 Resumindo O que vimos nesta Disciplina? • Diligências investigatórias • Prazo de conclusão do inquérito policial • Conclusão ou encerramento do inquérito policial • Termo circunstaciado • Ação penal • Espécies de ação penal pública • Espécies de ação penal privada • Ação penal pública incondicionada • Ação penal pública condicionada • Ação penal pública exclusiva • Ação penal privada subsidiária 128 Resumindo O que vimos nesta Disciplina? • Prisão em flagrante • Busca pessoal • Uso legal da força • Lei 9099/95 • Procedimento sumaríssimo 129 Por dentro da Guarda Guarda municipal é legítimo para efetuar prisão Disponível em: http://www.conjur.com.br/2010-fev-18/prisao- flagrante-feita-guarda-municipal-legal Acesso em: 8 de novembro de 2010. Fique por dentro e saiba mais sobre assuntos relacionados à disciplina. Boa pesquisa! 130 http://www.conjur.com.br/2010-fev-18/prisao-flagrante-feita-guarda-municipal-legal Glossário Perseguição. Persecução Voltar 131 Glossário Caráter comunicativo do processo. Dialético Voltar 132 Glossário É o mesmo que litígio (conflito de interesses). Lide Voltar 133 Glossário Formar juízo, interpor propositura de ação penal. Ajuizamento Voltar 134 Glossário Aquele que anda ou corre com rapidez. Sinônimos: ligeiro, rápido, veloz. Célere Voltar 135 Glossário É a conduta que não se enquadra à norma penalizadora. Atipicidade Voltar 136 Glossário Expedição de documento escrito (escrever; proceder à factura de instrumento escrito). Lavratura Voltar 137 Glossário Significando em latim "Que tenhas o teu corpo" (a expressão completa é habeas corpus ad subjiciendum); é uma garantia constitucional em favor de quem sofre violência ou ameaça de constrangimento ilegal na sua liberdade de locomoção, por parte de autoridade legítima. Habeas Corpus Voltar 138 Glossário Ato de imputar. Atribuir a alguém a responsabilidade de qualquer ato. Imputação Voltar 139 Glossário Registros. Assentamentos 140 Voltar Glossário Que não está declarado mas que se subentende. Sinônimo: implícito, subentendido. Tácita Voltar 141 Glossário É o autor da queixa-crime, isto é, da ação penal privada ou da ação penal privada subsidiária da pública. Prescreve o artigo 33, do Código de Processo Penal, que "se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal“. Querelante Voltar 142 Glossário O mesmo que formulada ou proposta em juízo. Intentada Voltar 143 Glossário É a prova de aprovação ou de reconhecimento pela entidade competente (ex.: produto ainda não recebeu homologação). Confirmação da autoridade judicial. Homologação Voltar 144 Referências • AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro Avena. 5ª ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2010. • BITENCOURT, Cezar Roberto, Tratado de Direito Penal. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006. • BONFIM, Edilson Mouget. Curso de Processo Penal. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006. • BOSCHI, José Antônio Paganella. Persecução Penal. Rio de Janeiro: Aide, 1987. • CAPEZ, Fernando; PRADO, Stela. Código Penal Comentado. 1ª ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007. 145 Referências • CONSTANTINO, Lucio Santoro de. Recursos Criminais. Sucedâneos Recursais Criminais e Ações Impugnativas Autônomas Criminais. 1ª ed. Porto Alegra: Livraria do Advogado, 2004. • DELMANTO, Celso; DELMANTO, Roberto; DELMANTO JUNIOR, Roberto DELMANTO, Fabio M. de Almeida. Código Penal Comentado. 5ª ed. Rio de Janeiro: Revona, 2000. • FERNANDES, Antônio Scarance. Processo Penal Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999. 146
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