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Apostila_NOCOES de Direito_Processual_Penal - concurso-guarda-municipal

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Apostila para Concurso de 
Guarda Municipal
1
Noções de Direito 
Processual Penal
(Sistema de Justiça Criminal)
2
Qual é a importância desta disciplina 
para a formação do Guarda Municipal?
• Os aspectos constitucionais, de fundamental 
importância principalmente para aqueles que atuam na 
Administração Pública;
• Os Direitos Fundamentais do cidadão;
• As atribuições constitucionais da Guarda Municipal, 
garantindo ações legítimas e legais;
• As diretrizes constitucionais nas ações de 
enfrentamento à desordem urbana.
3
Desenvolver no Guarda Municipal a 
consciência sobre:
O que é Processual Penal?
Conjunto de normas e princípios 
que regulam a:
• Ajurisdicional do Direito Penal objetivo;
• Sistematização dos órgãos da jurisdição e seus 
respectivos auxiliares, bem como da persecução penal. 
4
Processual Penal
Princípios
5
Devido Processo Legal
Contraditório
Ampla Defesa
Processual Penal
6
Constituição Federal de 88, Art 5º, inciso LIV 
Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens 
sem o processo legal!
Devem-se respeitar todas as formalidades previstas em lei 
para que haja cerceamento da liberdade ou para que 
alguém seja privado de seus bens.
O devido processo legal é o principio reitor de todo o 
arcabouço jurídico processual.
Voltar
Princípio do Devido Processo Legal
Processual Penal
Princípio do Contraditório
7
Constituição Federal de 88, Art 5º, inciso LV 
Característica essencial do sistema acusatório: a 
bilateralidade. 
Uma parte tem a faculdade de se opor às alegações 
deduzidas pela outra em juízo, estabelecendo o 
caráter dialético do processo.
Processual Penal
Princípio do Contraditório
8
Constituição Federal de 88, Art 5º, inciso LV 
Implicações práticas relevantes: proibição das 
"provas surpresa", não submetidas ao crivo da parte 
contrária.
Não se aplica ao inquérito policial, pois, 
nesta fase, não existe ação, partes ou lide, 
apenas um procedimento administrativo.
Voltar
Processual Penal
Princípio da Ampla Defesa
9
Constituição Federal de 88, Art 5º, inciso LV 
Obrigatório: acusado ter defensor, advogado, 
bacharel em direito, para diligenciar em sua defesa.
Necessário ter efetiva defesa.
A falta de defesa acarreta nulidade de todo o processo, 
conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). 
Processual Penal
Princípio da Ampla Defesa
10
Falta de defesa
• Réu materialmente indefeso
• Nomeado novo defensor 
• Marcado novo julgamento
Nas palavras do constitucionalista Alexandre de Moraes, por 
princípio da ampla defesa entende-se “O asseguramento que é 
dado ao réu de condições que lhe possibilitem trazer para o 
processo todos os elementos tendentes a esclarecer a verdade".
Presunção de Inocência
Princípio do Contraditório
11
Constituição Federal de 88, Art 5º, inciso LVII 
Ninguém é considerado culpado até que haja contra 
si sentença penal condenatória com trânsito em 
julgado. 
Cidadão só pode ser considerado como portador de 
maus antecedentes quando houver o trânsito em 
julgado de uma decisão judicial.
12
Podemos dizer que um réu 
que responde a dez ações 
penais, concomitantemente, 
possui maus antecedentes 
antes que uma das 
sentenças condenatórias 
passe em julgado? 
O que é Inquérito Policial?
13
Conjunto de diligências realizadas pela 
autoridade policial para obtenção de 
elementos que apontem a autoria e 
comprovem a materialidade das infrações 
penais investigadas.
Os elementos permitem ao Ministério Público 
(nos crimes de ação penal pública e ao ofendido 
(nos crimes de ação penal privada) o 
oferecimento da denúncia e da queixa.
Inquérito Policial
14
Natureza
Não há ampla defesa no seu curso.
• Administrativa, pois é instaurado pela 
autoridade policial.
Procedimento
• Inquisitorial, destinado a obter informações 
necessárias à elucidação de crimes.
Inquérito Policial
15
Não é imprescindível ao ajuizamento da ação penal. 
Tem caráter informativo.
Inquérito Policial
16
Decreto 86.715 / 1981
Regulamenta lei 6.815/1980 (Estatuto do Estrangeiro)
Não há contraditório, salvo em relação ao inquérito 
de expulsão de estrangeiro.
Decreto 86.715/1981 
Estabelece uma sequência de etapas abrangendo a 
possibilidade de defesa, até que seja concretizado o ato de 
expulsão (Arts. 102 a 105).
17
Se o Ministério Público (na 
ação pena pública) ou o 
ofendido (na ação penal 
privada) dispuser dos 
elementos necessários ao 
oferecimento da denúncia ou 
queixa-crime (indícios de 
autoria e prova da 
materialidade do fato), é 
possível dispensar o inquérito 
policial sem que isto importe 
qualquer irregularidade?
18
Inquérito Policial
Características
Indisponibilidade
Procedimento 
escrito
Oficialidade
Oficiosidade
Inquisitorial
19
Inquérito Policial
Procedimento Escrito
Art. 9º, do Código de Processo Penal (CPP)
Atos realizados no curso das investigações policiais:
• terão forma escrita; 
• e serão rubricados pela autoridade
Incluindo-se depoimentos, testemunhos, 
reconhecimentos, acareações, enfim, todo o 
gênero de diligências que vierem a ser realizadas.
Voltar
20
Inquérito Policial
Oficiosidade
Art. 5º, I, do Código de Processo Penal (CPP)
Inquérito policial deve ser instaurado ex officio pela 
autoridade policial sempre que tiver conhecimento da 
prática de um delito, independentemente de 
provocação.
Ressalvadas as hipóteses de crime de ação penal 
pública condicionada à representação e de delitos 
de ação penal privada.
Voltar
21
Inquérito Policial
Oficialidade
Art. 144º, parágrafo 4º, da Constituição Federal 88
Investigação que deve ser realizada por autoridades e 
agentes integrantes dos quadros públicos.
Vedada a delegação da atividade investigatória a 
particulares, inclusive por força da própria 
Constituição Federal .
Voltar
22
Inquérito Policial
Inquisitorial
Exceção: inquérito instaurado pela Polícia Federal, 
mediante requisição do Ministério da Justiça, 
visando à expulsão de estrangeiro.
Voltar
Na medida em que seu objetivo é, unicamente, fornecer 
ao órgão acusatório elementos hábeis à demonstração da 
materialidade e da autoria da infração penal, o inquérito 
não faculta ao investigado o exercício de contraditório e 
da ampla defesa, ou seja, oportunidade de apresentar 
alegações e prol de sua tese, interpor recurso etc.
23
Inquérito Policial
Indisponibilidade
Art. 17º do Código de Processo Penal (CPP)
Uma vez instaurado o inquérito, não pode a 
autoridade policial, por sua própria iniciativa, 
promover o seu arquivamento, ainda que venha a 
constatar eventual atipicidade do fato apurado ou a 
não detectar indícios que apontem ao investigado sua 
autoria. Em suma, o inquérito sempre deverá ser 
concluído e encaminhado a juízo.
Voltar
24
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Incondicionada
Art. 5º, do CPP
Contempla as formas de início do 
procedimento policial, as quais dependem, 
sobretudo, da natureza do crime a ser 
investigado. 
Crime de ação penal 
pública incondicionada
25
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Incondicionada
Ofício
Requisição da 
autoridade 
judiciária ou do 
Ministério Público
Requerimento do 
ofendido ou seu 
representante legal
Auto de prisão em 
flagrante (APF)
26
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Incondicionada
Art. 5º, I, do CPP
Pela autoridade policial mediante a 
expedição de portaria a qual, subscrita 
pelo delegado de polícia, conterá o objeto 
da investigação, as circunstâncias 
conhecidas em torno do fato apurado (dia, 
hora, local etc.) e as diligências iniciais a 
serem realizadas. 
Ofício
Voltar
27
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Incondicionada
Art. 5º, I, do CPP
Instauração independe de provocação de 
interessados, devendo ser procedida 
sempre que tiver a autoridade ciência da 
ocorrência de umcrime, não importando a 
forma de que se tenha revestido a noticia 
criminis (registro de ocorrência, notícia 
veiculada na imprensa, etc). 
Ofício
28
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Incondicionada
Art. 5º, parágrafo 3º, do CPP 
Qualquer pessoa do povo que tiver 
conhecimento da existência de infração penal 
em que caiba ação penal pública poderá 
comunicá-la à autoridade policial.
Verificada a procedência das informações, a 
autoridade policial mandará instaurar 
inquérito, sob pena de responsabilização.
Voltar
Ofício
29
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Incondicionada
Art. 5º, parágrafo 2º, do CPP 
Possui conotação de ordem, razão de não 
poder ser descumprida pela autoridade 
policial, ainda que considere descabida a 
investigação. 
Requisição da autoridade judiciária 
ou do Ministério Público
Voltar
30
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Incondicionada
Art. 5º, parágrafo 2º, do CPP 
Requerimento da vítima, opostamente, 
pelo sentido de solicitação, pode ser 
indeferido pelo delegado de polícia.
Requerimento do ofendido ou seu 
representante legal 
Voltar
31
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Incondicionada
Art. 5º do CPP 
Apesar de não mencionado expressamente 
no artigo, o auto de prisão em flagrante 
(APF) é forma inequívoca de instauração 
de inquérito policial. 
Auto de prisão em flagrante (APF)
O APF dispensa a portaria subscrita pelo 
delegado de polícia.
32
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Incondicionada
Auto de prisão em flagrante (APF)
É equivocada a praxe adotada, em algumas 
delegacias, no sentido de não procederem 
à instauração do inquérito policial quando 
se tratar de hipótese de flagrância. 
33
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Incondicionada
Auto de prisão em flagrante (APF)
Considerando que o auto de prisão em flagrante 
é procedimento, formalizando o mínimo de 
elementos de célere convicção, ainda que possa 
o Ministério Público oferecer denúncia.
Voltar
O inquérito deverá ser realizado pela autoridade policial, 
aprofundando as investigações iniciadas com o APF .
34
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Condicionada
• Condição exigida por lei para a investigação criminal; 
• Apuração processual da infração praticada pelo agente. 
A forma de instauração de inquérito 
depende da:
35
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Condicionada
Voltar
Requerimento do 
Ministro da Justiça
Representação do
Representante Legal
Auto de prisão em 
flagrante (APF)
Representação do 
Ofendido
36
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Condicionada
Representação do Ofendido
Art. 5º, parágrafo 4º, do CPP 
Inquérito policial, nos crimes de ação penal 
pública condicionada à representação, não 
poderá sem ela ser iniciado. 
Por representação compreende-se a manifestação pela qual 
a vítima ou o seu representante legal autoriza o Estado a 
desenvolver as providências necessárias à investigação e 
apuração judicial dos crimes que a requerem. 
37
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Condicionada
Representação do Ofendido
Voltar
Prescinde de rigor formal, bastando que incorpore a 
inequívoca intenção em ver apurada a responsabilidade 
penal do autor da infração, e poderá ser oferecida, 
tanto ao delegado de polícia como ao Ministério Público 
e ao próprio juiz de direito. 
Evidentemente, realizada de forma 
oral, será reduzida a termo (art. 39, 
parágrafo 1º, do CPP).
38
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Condicionada
Representação do Representante Legal
Voltar
Nada impede que nos crimes de ação penal pública 
condicionada seja o inquérito policial instaurado 
mediante requisição do juiz ou do Ministério Público.
Desde que tenha sido dirigida, previamente, a 
representação da vítima ou de quem represente, e, que 
esta manifestação de vontade acompanhe o ofício 
requisitório de inquérito enviado ao delegado.
39
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Condicionada
Requisição do Ministro da Justiça
A instauração da ação penal e do eventual inquérito 
policial que anteceder o seu ajuizamento depende 
de requisição do Ministério da Justiça. 
40
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Condicionada
Requisição do Ministro da Justiça
Art. 7º, parágrafo 3º, do Código Penal (CP) 
Ocorre, por exemplo, com os crimes 
cometidos por estrangeiro contra brasileiro 
fora do Brasil. 
41
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Condicionada
Requisição do Ministro da Justiça
Voltar
Art. 141º, I, c/c o art. 145º, parágrafo 
único, ambos do Código Penal (CP)
Ocorre também com os crimes contra a honra 
cometidos contra o Presidente da República 
ou Chefe de governo estrangeiro.
42
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Condicionada
Auto de Prisão em Flagrante (APF)
Art. 5º, parágrafo 4º, do CPP 
Considerando que o APF é forma de início do 
inquérito policial e levando em consideração 
regra, deduz-se que a lavratura do flagrante 
nessa espécie de crime condiciona-se, sob 
pena de relaxamento, a que seja a 
representação formalizada antes do decurso 
do prazo de 24 horas depois da prisão.
43
Início do Inquérito Policial nos Crimes de 
Ação Penal Pública Condicionada
Auto de Prisão em Flagrante (APF)
Voltar
O prazo de 24h é o máximo:
• Art. 306º, parágrafo 1º, do CPP 
Que dispõe a autoridade que presidiu o APF 
para encaminhá-lo ao juiz competente.
• Art. 306º, parágrafo 2º, do CPP 
Para fornecer ao flagrado a nota de culpa.
44
Início do Inquérito Policial nos 
Crimes de Ação Penal Privada
Requerimento da vítima ou de 
seu representante legal
Requisição do Juiz e do 
Ministério Público
Auto de prisão em flagrante
45
Início do Inquérito Policial nos 
Crimes de Ação Penal Privada
Requerimento da vítima ou de seu 
representante legal
Art. 5º, parágrafo 5º, do CPP 
A regra a ser observada é a que consta no artigo.
Nos crimes de ação penal privada, a autoridade 
policial somente poderá proceder a instauração do 
inquérito de quem tenha qualidade para o 
ajuizamento da queixa-crime, ou seja:
• o ofendido;
46
Início do Inquérito Policial nos 
Crimes de Ação Penal Privada
Requerimento da vítima ou de seu 
representante legal
Art. 5º, parágrafo 5º, do CPP 
• seu representante legal; ou
• no caso ausência do primeiro, qualquer das 
pessoas enumeradas no art. 31º do CPP 
(seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão). 
47
Início do Inquérito Policial nos 
Crimes de Ação Penal Privada
Requerimento da vítima ou de seu 
representante legal
A instauração do procedimento policial, sem a 
observância desta formalidade (requerimento), gera 
constrangimento ilegal, possibilitando habeas corpus 
visando o seu trancamento.
Voltar
48
Início do Inquérito Policial nos 
Crimes de Ação Penal Privada
Requisição do Juiz e do Ministério Público
Embora não seja comum, há situações na praxe forense 
em que opta o ofendido, em vez de dirigir-se à 
autoridade policial, por requerer ao juiz ou ao 
Ministério Público as providências necessárias para a 
apuração de crime de ação penal privada.
Voltar
49
Início do Inquérito Policial nos 
Crimes de Ação Penal Privada
Auto de prisão em flagrante
Sendo o APF forma de início de inquérito policial, é 
possível a sua lavratura também nas hipóteses de 
flagrante em crimes de ação penal privada.
Desde que tenha a vítima autorizado ou 
ratificado sua lavratura no prazo de 24 horas 
depois da prisão.
50
Início do Inquérito Policial nos 
Crimes de Ação Penal Privada
Auto de prisão em flagrante
Voltar
Art. 306º, parágrafo 1º e 2º do CPP 
O prazo de 24h é o prazomáximo estipulado para 
que a autoridade que presidiu o APF realize seu 
encaminhamento ao juiz competente e para que 
forneça ao flagrado a nota de culpa.
51
Diligências Investigatórias
Arts. 6º e 7º, do CPP
Estabelecem as providências investigatórias que, 
sendo cabíveis e mostrando-se adequadas à espécie 
investigada, deverão ser adotadas com vista à 
elucidação do crime. 
Cabe ressaltar que é possível realizar todas as 
provas que servirem para o esclarecimento dos 
fatos e suas circunstâncias.
52
Prazo de Conclusão do 
Inquérito Policial
Art. 10º do CPP
O inquérito deve ser concluído no prazo de:
• 30 dias caso – investigado em liberdade
• 10 dias contados do dia em que for executada a 
ordem de prisão – investigado preso
53
Prazo de Conclusão do 
Inquérito Policial
Art. 66º, da lei 5010/1966 
No âmbito da Polícia Federal -> prazo diferenciado 
para a conclusão do inquérito
Dispõe de 15 dias quando o indiciado estiver 
preso, podendo ser prorrogado por mais 15 dias, a 
pedido devidamente fundamentado da autoridade 
policial e deferido pelo juiz a que competir o 
conhecimento do processo. 
54
Prazo de Conclusão do 
Inquérito Policial
Não havendo previsão do prazo para a conclusão 
quando estiver em liberdade o investigado, aplica-
se analogicamente, o prazo previsto no Código de 
Processo Penal: 30 dias.
55
Prazo de Conclusão do 
Inquérito Policial
Art. 51º, da Lei 11343/2006 
Tratando-se de apuração de crime relacionado a drogas:
“O inquérito policial será concluído no prazo de 30 dias, 
se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando sendo 
solto”, sendo que “os prazos a que se refere este artigo 
podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério 
Público, mediante pedido justificado da autoridade 
judiciária.”
56
Prazo de Conclusão do 
Inquérito Policial
Art. 10º, parágrafo 1º, Lei 1521/1951
Nos crimes contra a economia popular e a saúde pública, 
a previsão é a de que o inquérito seja concluído e 10 
dias, não importando se está preso ou solto o 
investigado.
57
Prazo de Conclusão do 
Inquérito Policial
O inquérito policial militar (IPM), de 
acordo com o Código de Processo Penal 
Militar, tem o prazo de conclusão de:
• 20 dias (preso o investigado);
• 40 dias (prorrogáveis por outros 20, se solto).
58
Conclusão ou Encerramento 
do Inquérito Policial
Art.10º, parágrafo 1º, do CPP
Esgotadas as investigações e concluídas as diligências 
determinadas no inquérito policial, o delegado de 
polícia deverá fazer minucioso relatório do que 
houver apurado, encaminhando os autos do 
procedimento ao juiz.
59
Conclusão ou Encerramento 
do Inquérito Policial
Neste relatório, a autoridade policial 
deverá limitar-se a:
• Declinar as providências realizadas;
• Resumir os depoimentos prestados, a versão da 
vítima e do investigado;
• Mencionar o resultado das diligências que tenham 
sido perpetradas durante as investigações; 
• Evidenciar a tipicidade da conduta investigada, sua 
autoria e materialidade.
60
Termo Circunstanciado
Lei 9099/1995 
No âmbito dos Juizados Especiais Criminais, a lei 
citada dispensou a realização de inquérito policial, 
em razão dos princípios da celeridade e da 
economia processual. 
Instituiu, assim, no art. 69, caput, como forma 
preliminar de apuração das infrações de menor 
potencial ofensivo, o procedimento do termo 
circunstanciado.
61
Peça semelhante a um boletim de ocorrência 
policial, incorporando, porém, em seu 
conteúdo:
• Uma narrativa mais detalhada do fato registrado;
• A indicação do autor do fato;
• O ofendido; 
• O rol de testemunhas.
Termo Circunstanciado
62
A lavratura não poderá conduzir ao 
indiciamento do autor do fato, o que se 
justifica pela maior simplicidade do 
procedimento.
Termo Circunstanciado
É preciso ter em vista que:
o ato da indiciação conduz ao registro da 
imputação nos assentamentos pessoais do 
indiciado.
63
Ação Penal
Direito de postular ao Estado a aplicação de 
uma sanção correspondente à infração de 
norma penal incriminadora. 
64
Ação Penal
Classificação
Ação Penal
Pública
Ação Penal
Privada
Incondicionada
Condicionada
Exclusiva
Personalíssima
Subsidiária da 
Pública
À Requisição
À Representação
65
Espécies de Ação Penal Pública
Incondicionada
Art. 24º, 1ª parte, do CPP e Art. 100º, caput, do CP
Iniciada mediante denúncia do Ministério Público 
para apuração de infrações penais que interferem 
no interesse geral da sociedade. 
Sua dedução independe da manifestação de 
vontade expressa ou tácita da vítima, ou de 
qualquer interessado.
Voltar
66
Espécies de Ação Penal Pública
Condicionada
Art. 24º, 1ª parte, do CPP e Art. 100º, 
parágrafo 1º, do CP
Prevalência do interesse público na apuração do 
crime.
Devido a implicações na esfera de interesses da 
vítima, seu desencadeamento dependerá da 
manifestação inequívoca de vontade do ofendido ou 
de quem o represente.
67
Espécies de Ação Penal Pública
Condicionada
Art. 24º, 1ª parte, do CPP e Art. 100º, 
parágrafo 1º, do CP
Persiste a iniciativa exclusiva do Ministério Público 
para ajuizamento da ação penal mediante denúncia. 
Ao contrário do que da ação penal pública incondicionada, 
nos crimes de ação penal pública condicionada vincula-se o 
MP à existência de prévia representação (ex: crime de 
injúria qualificada) ou de requisição do Ministério da Justiça 
(ex: crimes contra a honra do Presidente da República).
Voltar
68
Espécies de Ação Penal Privada
Exclusiva
Art. 30º do CPP e Art. 100º, parágrafo 2º, do CP
Justifica-se quando a infração penal atinge 
profundamente os interesses da vítima, dependendo 
o desencadeamento do processo criminal, portanto, 
de sua própria iniciativa ou de quem a legalmente 
represente.
Voltar
69
Espécies de Ação Penal Privada
Personalíssima
Art. 24º e subsequentes do CPP
A titularidade compete única e exclusivamente ao 
próprio ofendido, sendo o seu exercício vedado, até 
mesmo, ao seu representante legal, cônjuge, 
ascendente, descendente ou irmão. 
Voltar
Subtipo de ação penal privada 
Falecendo a vítima, nada haverá a ser feito a não 
ser aguardar-se a extinção da punibilidade do réu.
70
Espécies de Ação Penal Privada
Subsidiária da Pública
Art. 29º do CPP e Art. 100º, parágrafo 3º, do CP
Corresponde a uma ação penal privada ajuizada em 
relação a crime de ação pública, justificando-se 
quando, esgotado o prazo do Ministério Público, 
este não ofereceu a competente denúncia. 
O início do processo criminal, ocorrerá mediante 
dedução de queixa-crime subsidiária. 
71
Espécies de Ação Penal Privada
Subsidiária da Pública
Art. 29º do CPP e Art. 100º, parágrafo 3º, do CP
O titular será o particular que a intentou e não o 
Ministério Público, que apenas poderá retomar a 
titularidade da ação penal caso o querelante
subsidiário venha negligenciar no impulso do 
processo.
Voltar
72
Ação Penal Pública 
Incondicionada
Art. 129º, I, da CF 
É exclusiva do Ministério Público a legitimidade para 
o ajuizamento da ação pública. 
73
Ação Penal Pública 
Incondicionada
Art. 5º, LIX, da CF, Art. 29º do CPP e art. 100º, 
parágrafo 3º do CP 
Ressalvada esta regra (Art. 129, I, da CF), existe 
apenas na ação penal privada subsidiária da pública, 
facultada ao ofendido ou seu representante legal na 
hipótese de não oferecimento de denúncia pelo 
Ministério Público no prazo legal.
74
Ação Penal Pública 
Incondicionada
Princípios
Obrigatoriedade
Indisponibilidade
Oficialidade
Divisibilidade
Intranscedência
75
Ação Penal Pública 
Condicionada
Assim como ocorre na ação penal pública 
incondicionada, a titularidade é exclusiva do 
Ministério Público.
Distinguindo-se apenas pela circunstância de que, 
aqui, o exercício da ação penal estará vinculado à 
preexistência de manifestação de vontade 
(representação) da vítima ou de quem tenha a 
qualidade para representá-la, ou se foro caso, de 
requisição do Ministro da Justiça.
76
Ação Penal Pública 
Exclusiva
Art. 30º do CPP
Esta modalidade de ação, que se inicia mediante 
queixa-crime, será intentada pelo ofendido, quando 
maior de 18 anos e capaz. 
Caso contrário, assumirá o pólo ativo da demanda 
seu representante legal .
77
Ação Penal Pública 
Exclusiva
Princípios
Oportunidade
Disponibilidade
Indivisibilidade
Intranscedência
78
Ação Penal Privada Subsidiária
Art. 29º do CPP
Consagra a possibilidade de ser ajuizada ação penal 
privada em crime de ação pública quando esta não 
for intentada no prazo legal. 
79
Ação Penal Privada Subsidiária
Art. 129º, I, da CF
Trata-se de exceção à regra da titularidade exclusiva 
do Ministério Público em relação à ação penal 
pública, não havendo de se cogitar da 
inconstitucionalidade dessa medida, tendo em vista 
que a própria Constituição Federal admite sua 
possibilidade no art. 5º, LIX.
80
Ação Penal Privada Subsidiária
Regra (salvo exceções previstas em leis ou 
procedimentos especiais contemplando 
prazos diferenciados) - Ministério Público:
• 5 dias para ajuizar a ação penal, se preso o investigado;
• 5 dias se estiver em liberdade.
Prazos contados a partir do dia em que o inquérito 
policial ou elementos de convicção apontarem à 
Promotoria de Justiça. 
81
Ação Penal Privada Subsidiária
Art. 31º do CPP
Escoados estes prazos e mantendo-se inerte o agente 
ministerial, surgirá para o ofendido ou, na falta, para 
qualquer das pessoas do artigo, a possibilidade de 
ingresso da ação penal privada subsidiária da 
pública. 
82
Prisão em Flagrante
Art. 5º, XI, da CF
Modalidade de prisão cautelar, autorizada 
expressamente pela Constituição Federal. 
Regida pela causalidade, pois o flagrado é surpreendido 
no decorrer do crime ou momentos depois. 
Não importam, absolutamente, aspectos relativos à 
ilicitude e à culpabilidade, revelando, tão somente, a 
prática de um fato com aparência de tipicidade.
83
Prisão em Flagrante
Tem natureza inicialmente administrativa. 
Assume, contudo, natureza jurisdicional se, por 
ocasião da homologação do auto de prisão em 
flagrante, for mantida pelo juiz.
84
Momento da Prisão em Flagrante
Prisão captura
Art. 302º, do CPP
Consta em uma das situações do artigo.
Sempre possível como expressão do Poder de 
Policia do Estado.
Feita a prisão captura, o preso é apresentado 
imediatamente à autoridade policial que providenciará 
se for o caso o auto de prisão em flagrante.
85
Momento da Prisão em Flagrante
Lavratura do auto de prisão em flagrante
• Dependerá da concordância da vitima ou de seu 
representante legal. Sem a concordância é caso de 
relaxamento da prisão. 
• Se o juiz não relaxar cabe contra o seu ato, o 
habeas corpus. 
• Concordância deve ser anterior ou concomitante 
a lavratura do auto, nos próprios autos ou em 
separado.
86
Momento da Prisão em Flagrante
Lavratura do auto de prisão em flagrante
• Se o autor do fato se comprometer a comparecer 
ao juizado especial criminal, não haverá lavratura 
do auto de prisão em flagrante, devendo o 
delegado providenciar a elaboração do termo 
circunstanciado ou termo de ocorrência, caso o 
autor do fato se recuse a assinar esse termo o 
delegado deverá lavrar o auto de prisão em 
flagrante.
87
Momento da Prisão em Flagrante
Art. 306º, do CPP
Dentro de 24 horas depois da prisão, será dada ao preso:
• A nota de culpa assinada pela autoridade, com o motivo 
da prisão;
• O nome do condutor e os das testemunhas.
O preso passará recibo na nota de culpa, o qual será 
assinado por duas testemunhas, quando ele não souber.
88
Prisão em Flagrante
Código de Processo Penal - CPP
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades 
policiais e seus agentes deverão prender quem quer que 
seja encontrado em flagrante delito.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
89
Prisão em Flagrante
Código de Processo Penal - CPP
III- é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido 
ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser 
autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, 
objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da 
infração.
90
Prisão em Flagrante
Código de Processo Penal - CPP
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente 
em flagrante delito enquanto não cessar a permanência.
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, 
ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, 
entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do 
preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o 
acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a 
imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas 
respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o 
auto.(Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005)
91
Prisão em Flagrante
Código de Processo Penal - CPP
§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra 
o conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, 
exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e 
prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for 
competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que 
o seja.
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o 
auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o 
condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que 
hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
92
Prisão em Flagrante
Código de Processo Penal - CPP
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber 
ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será 
assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua 
leitura na presença deste. (Redação dada pela Lei nº 11.113, 
de 2005)
93
Prisão em Flagrante
Código de Processo Penal - CPP
Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da 
autoridade, ou contra esta, no exercício de suas funções, 
constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as 
declarações que fizer o preso e os depoimentos das 
testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo 
preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz 
a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se não 
o for a autoridade que houver presidido o auto.
94
Prisão em Flagrante
Código de Processo Penal - CPP
Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver 
efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do lugar 
mais próximo.
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em 
liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante.
95
Prisão em Flagrante
Código de Processo Penal - CPP
Art. 310. Quando o juiz verificar pelo auto de prisão em 
flagrante que o agente praticou o fato, nas condições do art. 
19, I, II e III, do Código Penal, poderá, depois de ouvir o 
Ministério Público, conceder ao réu liberdade provisória, 
mediante termo de comparecimento a todos os atos do 
processo, sob pena de revogação.
96
Prisão em Flagrante
Código de Processo Penal - CPP
Parágrafo único. Igual procedimento será adotado quando o 
juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, a 
inocorrência de qualquer das hipóteses que autorizam a 
prisão preventiva (arts. 311 e 312). (Incluído pela Lei nº 
6.416, de 24.5.1977)
97
Busca Pessoal
Art. 244º, do CPP
Independerá de mandado de autorização judicial nas 
hipóteses previstas pelo artigo:
• No curso de prisão;
• No curso da busca e apreensão domiciliar;
• Na existência da fundada suspeita pela autoridade 
policial que a pessoa esteja na posse de arma proibida, 
de objetos ou papéis que constituam corpo de delito.
98
Busca Pessoal
A legalidade é sempre feita a posteriori; não 
há critério estabelecido em lei; é o poder de 
polícia do Estado.
99
Busca Pessoal
Art. 249º, do CPP
Prevê que a busca em mulher deve ser feita por 
outra mulher sobpena de abuso de autoridade. 
Porém, se a mulher estiver presa e só tiver homens, 
poderá fazer a revista na forma da ressalva da lei 
que prevê que caso importe no retardo ou prejuízo 
da diligência.
100
Busca Pessoal
Art. 244º, do CPP
“A busca pessoal independerá de mandado, no caso 
de prisão ou quando houver fundada suspeita de 
que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de 
objetos ou papéis que constituam corpo de delito, 
ou quando a medida for determinada no curso de 
busca domiciliar.”
101
Busca Pessoal
A Guarda Municipal não tem a 
prerrogativa constitucional para 
realizar busca pessoal, salvo nos 
caso de flagrante delito.
102
Uso Legal da Força
Súmula Vinculante 11 do 
Supremo Tribunal Federal (STF)
“Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência 
e de fundado receio de fuga ou de perigo à 
integridade física própria ou alheia, por parte do 
preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade 
por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, 
civil e penal do agente ou da autoridade e de 
nulidade da prisão ou do ato processual a que se 
refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do 
Estado.”
103
Uso Legal da Força
Art. 284º, do CPP
“Não será permitido o emprego de força, salvo a 
indispensável no caso de resistência ou de tentativa 
de fuga do preso.”
Força 4
Força 3
Força 2
Força 1
Resistência 4
Resistência 3
Resistência 2
Resistência 1
104
Lei 9099/95 - Infrações Penais de 
Menor Potencial Ofensivo e o Rito 
Sumaríssimo
Aplicável somente em crimes de:
• Menor potencial ofensivo (pena máxima não 
superior a 2 anos);
• Competência dos Juizados Especiais Criminais 
(JECrim).
105
Lei 9099/95 - Infrações Penais de 
Menor Potencial Ofensivo e o Rito 
Sumaríssimo
Impôs um novo padrão processual, voltado para o 
exame da criminalidade derivada das infrações 
penais conceituadas como de menor potencial 
ofensivo, obediente, o legislador ordinário, ao 
preceito constitucional contemplado no art. 98, I, 
da Carta de 1988 (Constituição Federal), e atento 
às questões judiciais penais, que estavam a exigir 
maior presteza da resposta do Poder Judiciário em 
delitos desta natureza, sem prejuízo da segurança 
da prestação jurisdicional.
106
Lei 9099/95 - Infrações Penais de 
Menor Potencial Ofensivo e o Rito 
Sumaríssimo
Art. 98º, I, da CF
“A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os 
Estados criarão: I - juizados especiais, providos por 
juízes togados, ou togados e leigos, competentes para 
a conciliação, o julgamento e a execução de causas 
cíveis de menor complexidade e infrações penais de 
menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos 
oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses 
previstas em lei, a transação e o julgamento de 
recursos por turmas de juízes de primeiro grau.”
107
Lei 9099/95 - Infrações Penais de 
Menor Potencial Ofensivo e o Rito 
Sumaríssimo
O Juizado Especial Criminal (JECrim), 
previsto na Lei 9.099/95, foi criado para 
tratar especificamente das infrações penais 
de menor potencial ofensivo, ou seja, aquelas 
consideradas de menor gravidade.
108
Lei 9099/95 - Infrações Penais de 
Menor Potencial Ofensivo e o Rito 
Sumaríssimo
Art. 61º
Consideram-se infrações penais de menor potencial 
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções 
penais e os crimes a que a lei comine pena máxima 
não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com 
multa. 
São da competência do Juizado: 
• falta de habilitação para dirigir veículo;
109
Lei 9099/95 de 26 de setembro 
de 1995.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA:
Faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Capítulo I – Disposições Gerais
• Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, 
órgãos da Justiça Ordinária, serão criados pela União, 
no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, 
para conciliação, processo, julgamento e execução, 
nas causas de sua competência.
110
Lei 9099/95 de 26 de setembro 
de 1995.
Capítulo I – Disposições Gerais
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da 
oralidade, simplicidade, informalidade, economia 
processual e celeridade, buscando, sempre que 
possível, a conciliação ou a transação.
111
Lei 9099/95 de 26 de setembro 
de 1995.
Capítulo I – Da Fase Preliminar
Art. 69. A autoridade policial que tomar 
conhecimento da ocorrência lavrará termo 
circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao 
Juizado, com o autor do fato e a vítima, 
providenciando-se as requisições dos exames periciais 
necessários.
112
Lei 9099/95 de 26 de setembro 
de 1995.
Capítulo I – Da Fase Preliminar
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a 
lavratura do termo, for imediatamente encaminhado 
ao juizado ou assumir o compromisso de a ele 
comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem 
se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o 
juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu 
afastamento do lar, domicílio ou local de convivência 
com a vítima. (Redação dada pela Lei nº 10.455, de 
13.5.2002)(...)
113
Lei 9099/95 de 26 de setembro 
de 1995.
Capítulo I – Da Fase Preliminar
Art. 72. Na audiência preliminar, presente o 
representante do Ministério Público, o autor do fato e 
a vítima e, se possível, o responsável civil, 
acompanhados por seus advogados, o Juiz esclarecerá 
sobre a possibilidade da composição dos danos e da 
aceitação da proposta de aplicação imediata de pena 
não privativa de liberdade.(...)
114
Lei 9099/95 de 26 de setembro 
de 1995.
Capítulo I – Da Fase Preliminar
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a 
escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença 
irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no 
juízo civil competente.
115
Lei 9099/95 de 26 de setembro 
de 1995.
Capítulo I – Da Fase Preliminar
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de 
iniciativa privada ou de ação penal pública 
condicionada à representação, o acordo homologado 
acarreta a renúncia ao direito de queixa ou 
representação.
Decadência do direito, que poderá ser exercido no 
prazo previsto em lei.
116
Lei 9099/95 de 26 de setembro 
de 1995.
Capítulo I – Da Fase Preliminar
Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será 
dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de 
exercer o direito de representação verbal, que será 
reduzida a termo.
Parágrafo único. O não oferecimento da 
representação na audiência preliminar não implica 
decadência do direito, que poderá ser exercido no 
prazo previsto em lei.
117
Lei 9099/95 de 26 de setembro 
de 1995.
Capítulo I – Da Fase Preliminar
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de 
crime de ação penal pública incondicionada, não 
sendo caso de arquivamento, o Ministério Público 
poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva 
de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única 
aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.
118
Lei 9099/95 de 26 de setembro 
de 1995.
Capítulo I – Da Fase Preliminar
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar 
comprovado:
I - ter sido o autor da infração condenado, pela 
prática de crime, à pena privativa de liberdade, por 
sentença definitiva;
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, 
no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena 
restritiva ou multa, nos termos deste artigo; 
119
Lei 9099/95 de 26 de setembro 
de 1995.
Capítulo I – Da Fase Preliminar
III - não indicarem os antecedentes, a conduta 
social e a personalidade do agente, bem como os 
motivos e as circunstâncias, ser necessária e 
suficiente a adoção da medida.
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e 
seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz.
120
Lei 9099/95 de 26 de setembro 
de 1995.
Capítulo I – Da Fase Preliminar
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público 
aceita pelo autor da infração, o Juizaplicará a pena 
restritiva de direitos ou multa, que não importará em 
reincidência, sendo registrada apenas para impedir 
novamente o mesmo benefício no prazo de cinco 
anos.
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior 
caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.
121
Lei 9099/95 de 26 de setembro 
de 1995.
Capítulo I – Da Fase Preliminar
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º 
deste artigo não constará de certidão de antecedentes 
criminais, salvo para os fins previstos no mesmo 
dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos 
interessados propor ação cabível no juízo cível.
122
Procedimento Sumaríssimo
Procedimento Sumaríssimo 
Lei 9099/95
Elaboração do 
Termo 
Circunstanciado 
(Art 69º)
Audiência 
Preliminar
Conciliação e 
Aplicação de Pena
Restritiva de 
Direitos
(Art 72º a 76º)
Denúncia ou 
Queixa (Art 77º)
Audiência de 
Instrução e 
Julgamento
(Art 77º a 83º)
123
Procedimento Sumaríssimo
Procedimento Sumaríssimo 
Lei 9099/95
Tentativa de 
conciliação ou 
Aplicação de Pena 
Restritiva de 
Direitos
Caso não tenha 
ocorrido, audiência 
Preliminar (Art 79º)
Oportunidade de 
Defesa
Rebater a Acusação 
Oralmente
(Art 81º)
Recebimento da 
Denúncia ou 
Queixa
(Art 81º)
OBS: do não 
recebimento cabe 
a Apelação e não 
RESE
(Art 81º)
124
Procedimento Sumaríssimo
Procedimento Sumaríssimo 
Lei 9099/95
Recebimento da 
Denúncia ou 
Queixa
(Art 81º)
OBS: do não 
recebimento cabe 
a Apelação e não 
RESE
(Art 81º)
Oferecimento da 
Suspensão 
Condicional do 
Processo (Art 89º)
Oitiva das Vítimas 
e Testemunhas
(Art 81º)
N
S
125
Procedimento Sumaríssimo
Procedimento Sumaríssimo 
Lei 9099/95
Oferecimento da 
Suspensão 
Condicional do 
Processo (Art 89º)
Oitiva das Vítimas 
e Testemunhas
(Art 81º)
N
S Suspensão do Processo e 
Início do Período Probatório
(Art 89º § 1º ao 6º)
Interrogatório do 
Réu (Art 81º)
Debates Orais
(Art 81º)
SENTENÇA (Art 81º)
Chegou a hora de
testar seus conhecimentos
126
Dir_Processual_Penal_memoria_2011_01_03.exe
Resumindo
O que vimos nesta Disciplina?
• O que é Processual Penal?
• Processual Penal
• Presunção de Inocência
• O que é inquérito policial?
• Início do inquérito policial nos crimes de ação penal 
pública incondicionada
• Início do inquérito policial nos crimes de ação penal 
pública condicionada
• Início do inquérito policial nos crimes de ação penal 
privada
127
Resumindo
O que vimos nesta Disciplina?
• Diligências investigatórias
• Prazo de conclusão do inquérito policial
• Conclusão ou encerramento do inquérito policial
• Termo circunstaciado
• Ação penal
• Espécies de ação penal pública
• Espécies de ação penal privada
• Ação penal pública incondicionada
• Ação penal pública condicionada
• Ação penal pública exclusiva
• Ação penal privada subsidiária
128
Resumindo
O que vimos nesta Disciplina?
• Prisão em flagrante
• Busca pessoal
• Uso legal da força
• Lei 9099/95
• Procedimento sumaríssimo
129
Por dentro da Guarda
Guarda municipal é legítimo para efetuar prisão
Disponível em:
http://www.conjur.com.br/2010-fev-18/prisao-
flagrante-feita-guarda-municipal-legal
Acesso em: 8 de novembro de 2010.
Fique por dentro e saiba mais sobre assuntos 
relacionados à disciplina. 
Boa pesquisa!
130
http://www.conjur.com.br/2010-fev-18/prisao-flagrante-feita-guarda-municipal-legal
Glossário
Perseguição.
Persecução
Voltar
131
Glossário
Caráter comunicativo do processo.
Dialético
Voltar
132
Glossário
É o mesmo que litígio (conflito de interesses).
Lide
Voltar
133
Glossário
Formar juízo, interpor propositura de ação penal.
Ajuizamento
Voltar
134
Glossário
Aquele que anda ou corre com rapidez.
Sinônimos: ligeiro, rápido, veloz.
Célere
Voltar
135
Glossário
É a conduta que não se enquadra à norma 
penalizadora.
Atipicidade
Voltar
136
Glossário
Expedição de documento escrito (escrever; 
proceder à factura de instrumento escrito).
Lavratura
Voltar
137
Glossário
Significando em latim "Que tenhas o teu corpo" (a 
expressão completa é habeas corpus ad 
subjiciendum); é uma garantia constitucional em 
favor de quem sofre violência ou ameaça de 
constrangimento ilegal na sua liberdade de 
locomoção, por parte de autoridade legítima.
Habeas Corpus
Voltar
138
Glossário
Ato de imputar. Atribuir a alguém a responsabilidade 
de qualquer ato.
Imputação
Voltar
139
Glossário
Registros.
Assentamentos
140
Voltar
Glossário
Que não está declarado mas que se subentende.
Sinônimo: implícito, subentendido.
Tácita
Voltar
141
Glossário
É o autor da queixa-crime, isto é, da ação penal privada 
ou da ação penal privada subsidiária da pública. 
Prescreve o artigo 33, do Código de Processo Penal, que 
"se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou 
mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não 
tiver representante legal, ou colidirem os interesses 
deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser 
exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a 
requerimento do Ministério Público, pelo juiz 
competente para o processo penal“.
Querelante
Voltar
142
Glossário
O mesmo que formulada ou proposta em juízo.
Intentada
Voltar
143
Glossário
É a prova de aprovação ou de reconhecimento pela 
entidade competente (ex.: produto ainda não recebeu 
homologação). Confirmação da autoridade judicial.
Homologação
Voltar
144
Referências
• AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro Avena. 5ª ed. Rio de Janeiro: 
Forense; São Paulo: Método, 2010. 
• BITENCOURT, Cezar Roberto, Tratado de Direito Penal. 13ª ed. 
São Paulo: Saraiva, 2006.
• BONFIM, Edilson Mouget. Curso de Processo Penal. 1ª ed. São 
Paulo: Saraiva, 2006. 
• BOSCHI, José Antônio Paganella. Persecução Penal. Rio de 
Janeiro: Aide, 1987. 
• CAPEZ, Fernando; PRADO, Stela. Código Penal Comentado. 1ª 
ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007. 
145
Referências
• CONSTANTINO, Lucio Santoro de. Recursos Criminais. Sucedâneos 
Recursais Criminais e Ações Impugnativas Autônomas Criminais. 
1ª ed. Porto Alegra: Livraria do Advogado, 2004.
• DELMANTO, Celso; DELMANTO, Roberto; DELMANTO JUNIOR, 
Roberto DELMANTO, Fabio M. de Almeida. Código Penal 
Comentado. 5ª ed. Rio de Janeiro: Revona, 2000. 
• FERNANDES, Antônio Scarance. Processo Penal Constitucional. 
São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999. 
146

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