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RECEPTORES SENSITIVOS E VIAS SENSORIAIS

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RAYANNE MAIRA- FASA 2021
 Apg 5- Chapa quente
Em sua definição mais ampla, a sensibilidade (sensação) é a detecção consciente ou subconsciente de mudanças nos ambientes interno e externo. A natureza da sensibilidade e o tipo de reação gerada variam de acordo com a destinação final dos impulsos nervosos que carregam a informação sensitiva para o SNC.
 Receptores Sensitivos
· O processo da sensibilidade começa em um receptor sensitivo, que pode ser tanto uma célula especializada quanto os dendritos de um neurônio sensitivo. Um determinado receptor sensitivo responde vigorosamente a um tipo particular de estímulo, uma modificação no ambiente que pode ativar determinados receptores sensitivos. Um receptor sensitivo responde fracamente ou nem responde a outro tipo de estímulo. Essa característica dos receptores sensitivos é conhecida como seletividade.
Para acontecer uma sensibilidade, normalmente devem ocorrer os quatro eventos a seguir:
1.Estimulação do receptor sensitivo. Um estímulo adequado deve ocorrer dentro do campo receptivo do receptor sensitivo, ou seja, a região do corpo em que a estimulação é capaz de ativar o receptor e produzir uma resposta.
2.Transdução do estímulo. Um receptor sensitivo faz a transdução (conversão) de energia em um estímulo para um potencial graduado. Dizer que estes sinais elétricos são graduados significa que eles variam em amplitude (tamanho) de acordo com a intensidade do estímulo. Eles são maiores ou menores dependendo de quantos canais ativados por ligantes ou mecanoativados se abriram (ou se fecharam) e de quanto tempo eles permanecem abertos. Este tipo de transmissão em que os potenciais graduados se dissipam à medida que se propagam pela membrana é conhecido como condução decrescente. Como os potenciais graduados terminam poucos milímetros após seu ponto de origem, eles são úteis apenas para comunicações em curtas distâncias. Lembre-se de que os potenciais graduados variam em amplitude (tamanho), dependendo da força do estímulo que os causa, e eles não são propagados. Cada tipo de receptor sensitivo apresenta seletividade: ele é capaz de fazer a transdução de apenas um tipo de estímulo. Por exemplo, as moléculas de odor no ar estimulam os receptores olfatórios (de odor) no nariz, que fazem a transdução da energia química das moléculas em energia elétrica na forma de um potencial graduado.
3.Geração de impulsos nervosos. Quando um potencial graduado em um neurônio sensitivo alcança o limiar, ele dispara um ou mais impulsos nervosos, que, então, se propagam para o SNC. Os neurônios sensitivos que conduzem impulsos do SNP para o SNC são chamados de neurônios de primeira ordem.
4.Integração da informação sensitiva. Uma região particular do SNC recebe e integra os impulsos nervosos sensitivos. As sensações conscientes ou percepções são integradas no córtex cerebral. Parece que você vê com seus olhos, escuta com suas orelhas e sente dor em uma parte lesada do seu corpo porque os impulsos sensitivos de cada parte do seu corpo chegam a uma região específica do córtex cerebral, que interpreta a sensação como proveniente dos receptores sensitivos estimulados.
 Tipos de receptores sensitivos
· Várias características funcionais e estruturais dos receptores sensitivos podem ser utilizadas para agrupá-los em classes diferentes. Elas incluem (1) sua estrutura microscópica, (2) a localização dos receptores e a origem dos estímulos que os ativam e (3) os tipos de estímulos detectados.
ESTRUTURAS MICROSCÓPICAS 
Em nível microscópico, os receptores sensitivos podem ser dos seguintes tipos: (1) terminações nervosas livres dos neurônios sensitivos de primeira ordem, (2) terminações nervosas encapsuladas dos neurônios sensitivos de primeira ordem ou (3) células separadas que formam sinapses com os neurônios sensitivos de primeira ordem. As terminações nervosas livres são dendritos sem revestimento; eles não possuem qualquer especialização estrutural que possa ser observada na microscopia óptica. Os receptores de dor, temperatura, cócegas, prurido e de algumas sensações de tato são terminações nervosas livres. 
Receptores para outras sensações somáticas e viscerais, como pressão, vibração e algumas sensações de tato, são terminações nervosas encapsuladas. Seus dendritos se encontram em uma cápsula de tecido conjuntivo que se apresenta como uma estrutura microscópica distinta – por exemplo, os corpúsculos lamelares. Os diferentes tipos de cápsulas aumentam a sensibilidade ou a especificidade do receptor. 
Os receptores sensitivos para alguns tipos de sentidos especiais são células separadas especializadas que formam sinapses com os neurônios sensitivos. Elas incluem as células ciliadas para a audição e o equilíbrio na orelha interna, as células receptoras gustatórias nos calículos gustatórias e os fotorreceptores na retina para a visão; 
LOCALIZAÇÃO DOS RECEPTORES E ORIGEM DOS ESTÍMULOS DE ATIVAÇÃO.
 
•Os exteroceptores estão localizados na superfície externa do corpo ou próximos a ela; eles são sensíveis a estímulos que se originam fora do corpo e fornecem informações a respeito do ambiente externo. As sensações de audição, visão, olfato, gustação, tato, pressão, vibração, temperatura e dor são transmitidas por exteroceptores
•Os interoceptores ou visceroceptores estão localizados nos vasos sanguíneos, nos órgãos viscerais, nos músculos e no sistema nervoso e monitoram as condições do ambiente interno. Os impulsos nervosos produzidos pelos interoceptores em geral não são percebidos conscientemente; entretanto, ocasionalmente a ativação dos interoceptores por estímulos fortes pode ser percebida como dor ou pressão
•Os proprioceptores estão localizados nos músculos, nos tendões, nas articulações e na orelha interna. Eles fornecem informações a respeito da posição do corpo, da força e da tensão musculares e da posição e do movimento de suas articulações.
TIPO DE ESTÍMULO DETECTADO. 
.
•Os mecanoceptores são sensíveis aos estímulos mecânicos como deformação, estiramento ou dobramento das células. Os mecanoceptores fornecem informações a respeito das sensações de tato, pressão, vibração, propriocepção e audição e equilíbrio. Eles também monitoram o estiramento dos vasos sanguíneos e dos órgãos internos
•Os termoceptores detectam mudanças na temperatura
•Os nociceptores respondem a estímulos dolorosos resultantes de danos físicos ou químicos a um tecido
•Os fotorreceptores detectam a luz que alcança a retina dos olhos
•Os quimiorreceptores detectam substâncias químicas na boca (paladar), no nariz (odor) e nos líquidos corporais
•Os osmorreceptores detectam a pressão osmótica nos líquidos corporais.
 Sensibilidade térmica
· Os termoceptores são terminações nervosas livres. Duas sensações térmicas distintas – frio e calor – são detectadas por receptores diferentes. Os receptores de frio estão localizados no estrato basal da epiderme e estão ligados a fibras A, mielinizadas, de diâmetro médio, embora alguns deles façam contato com fibras C, não mielinizadas e de diâmetro pequeno. Temperaturas entre 10°C e 40°C ativam os receptores de frio.
· Os receptores de calor, que não são tão abundantes quanto os receptores de frio, estão localizados na derme e estão ligados a fibras C não mielinizadas e de diâmetro pequeno; eles são ativados em temperaturas entre 32°C e 48°C. 
· Temperaturas abaixo de 10°C e acima de 48°C ativam principalmente os receptores de dor e não os termoceptores, que produzem sensações dolorosas.
 Sensibilidade tátil
· A sensibilidade tátil inclui tato, pressão, vibração, prurido e cócegas. Embora nós percebamos diferenças entre essas sensações, elas surgem da ativação dos mesmos tipos de receptores. 
TATO
· A sensação de tato é resultante geralmente do estímulo dos receptores táteis localizados na pele ou na tela subcutânea. Existem dois tipos de receptores de tato de adaptação rápida. 
1. Os corpúsculos táteis ou corpúsculos de Meissner são receptores detato localizados nas papilas dérmicas da pele sem pelo. Cada corpúsculo é uma massa oval de dendritos localizada dentro de uma cápsula de tecido conjuntivo. Como os corpúsculos táteis são receptores de adaptação rápida, eles geram impulsos nervosos principalmente no início do tato. Eles são abundantes nas extremidades dos dedos, nas mãos, nas pálpebras, na extremidade da língua, nos lábios, nos mamilos, nas plantas dos pés, no clitóris e na glande do pênis. 
2. Os plexos das raízes pilosas são receptores de tato de adaptação rápida localizados nos locais da pele que contêm pelos; eles consistem em terminações nervosas livres encontradas ao redor de folículos pilosos. Os plexos das raízes pilosas detectam movimentos na superfície da pele que “perturbam” os pelos. Por exemplo, quando um inseto pousa em um pelo faz com que o movimento da haste dele estimule as terminações nervosas livres.
· Também existem dois tipos de receptores táteis de adaptação lenta.
1. Os mecanoceptores cutâneos do tipo I, também chamados de discos táteis, são terminações nervosas livres achatadas e discoides que fazem contato com as células epiteliais táteis do estrato basal. Esses receptores táteis são abundantes nas extremidades dos dedos, nas mãos, nos lábios e na genitália externa. 
2. Os mecanoceptores cutâneos do tipo II, ou corpúsculos de Ruffini, são receptores encapsulados e alongados localizados na parte profunda da derme, nos ligamentos e nos tendões. Eles estão presentes nas mãos, são abundantes nas plantas dos pés e são mais sensíveis ao estiramento que ocorre conforme os dedos ou os membros se movimentam.
PRESSÃO
· Receptores que contribuem para a sensação de pressão incluem os corpúsculos táteis, os mecanoceptores cutâneos tipo I e os corpúsculos lamelares. Um corpúsculo lamelar ou corpúsculo de Pacini é uma estrutura com formato oval composta por uma cápsula de tecido conjuntivo com múltiplas camadas que abriga um dendrito. Assim como os corpúsculos táteis, os corpúsculos lamelares se adaptam rapidamente. Eles são distribuídos amplamente ao longo do corpo: na derme e na tela subcutânea; nos tecidos submucosos das túnicas mucosas e serosas; e nas glândulas mamárias, na genitália externa e em algumas vísceras, como o pâncreas e a bexiga urinária.
VIBRAÇÃO
· As sensações de vibração, como as que você sente quanto corta um frango com uma faca elétrica, são resultantes dos sinais sensitivos que se repetem rapidamente nos receptores táteis. Esses receptores de sensações de vibração são corpúsculos táteis e corpúsculos lamelares. Os corpúsculos táteis podem detectar vibrações de frequência baixa e os corpúsculos lamelares detectam vibrações com frequência mais alta.
PRURIDO
· As sensações de prurido são resultantes do estímulo que determinadas substâncias químicas, como a bradicinina ou antígenos na saliva dos mosquitos que são injetados quando eles picam, provocam nas terminações nervosas livres, normalmente por causa de uma resposta inflamatória local (a bradicinina, uma cinina, é um potente vasodilatador).
CÓCEGAS
· Acredita-se que as terminações nervosas livres medeiem a sensação de cócegas. Essa sensação curiosa surge normalmente quando alguém toca você e não quando você se toca. A solução para esse quebra-cabeça parece residir na capacidade de conduzir impulsos para dentro e para fora do cerebelo quando você move seus dedos e se toca, o que não ocorre quando outra pessoa está fazendo cócegas em você.
 Sensibilidade dolorosa
· Os nociceptores, os receptores de dor, são terminações nervosas livres encontradas em todos os tecidos do corpo, exceto no encéfalo. Estímulos térmicos, mecânicos ou químicos intensos podem ativar os nociceptores. 
· Existem dois tipos de dor: a rápida e a lenta. A percepção da dor rápida ocorre muito rapidamente, em geral até 0,1 s após a aplicação de um estímulo, porque os impulsos nervosos são propagados por fibras A mielinizadas e de diâmetro médio. Esse tipo de dor também é conhecido como dor aguda, ou dor em ferroada. A dor sentida por causa da inserção de uma agulha ou por um corte com faca na pele é a dor rápida. Essa dor não é sentida nos tecidos mais profundos do corpo. 
· A percepção da dor lenta, por sua vez, começa mais de um segundo após a aplicação de um estímulo. Ela aumenta então gradualmente de intensidade ao longo de um período de vários segundos ou minutos. Os impulsos de dor lenta são conduzidos por fibras C não mielinizadas e de diâmetro curto. A dor lenta pode ocorrer tanto na pele quanto nos tecidos mais profundos ou nos órgãos internos. Um exemplo é a dor associada aos problemas dentários. 
· A dor que surge pelo estímulo de receptores na pele é chamada de dor somática superficial; o estímulo de receptores em músculos esqueléticos, articulações, tendões e fáscias causa a dor somática profunda. 
· A dor visceral é resultante do estímulo de nociceptores localizados nos órgãos viscerais. 
 Sensibilidade proprioceptiva
· A sensibilidade proprioceptiva também é chamada propriocepção. A propriocepção permite que o indivíduo reconheça quais partes do corpo pertencem a si. Elas também permitem que nós saibamos onde nossa cabeça e nossos membros estão localizados e como eles estão se movendo, mesmo que nós não olhemos para eles, de modo que possamos caminhar, digitar ou nos vestir sem utilizar os olhos. 
· As sensações proprioceptivas surgem em receptores chamados de proprioceptores. Os proprioceptores localizados nos músculos (especialmente os músculos posturais) e nos tendões nos informam a respeito do grau de contração muscular, da quantidade de tensão nos tendões e das posições das articulações. 
· Como os proprioceptores se adaptam lentamente e apenas um pouco, o encéfalo recebe continuamente impulsos nervosos relacionados com a posição das diferentes partes do corpo e faz ajustes para garantir a coordenação.
Existem três tipos de proprioceptores: os fusos musculares dentro dos músculos esqueléticos, os órgãos tendíneos dentro dos tendões e os receptores cinestésicos articulares dentro das cápsulas das articulações sinoviais.
FUSOS MUSCULARES
· Fusos musculares são os proprioceptores localizados nos músculos esqueléticos e que monitoram mudanças no comprimento dos músculos esqueléticos e participam dos reflexos de estiramento. 
· Cada fuso muscular consiste em várias terminações nervosas sensitivas de adaptação lenta que envolvem entre três e dez fibras musculares especializadas, chamadas de fibras musculares intrafusais. Os fusos musculares estão distribuídos na maioria das fibras musculares esqueléticas e estão alinhados paralelamente a elas. Nos músculos que produzem movimentos finos, como aqueles dos dedos ou dos olhos conforme você lê uma partitura e toca um instrumento musical, os fusos musculares são abundantes. Os músculos envolvidos em movimentos mais grosseiros, porém com mais força, como o quadríceps femoral e os músculos do jarrete na coxa, apresentam poucos fusos musculares. Os únicos músculos esqueléticos que não possuem fusos são os minúsculos músculos da orelha média.
· A informação proveniente dos fusos musculares chega rapidamente nas áreas sensitivas somáticas do córtex cerebral, permitindo a percepção consciente das posições e dos movimentos dos membros. Ao mesmo tempo, os impulsos dos fusos musculares passam para o cerebelo, onde a informação é utilizada para coordenar as contrações musculares.
· Além de suas terminações nervosas sensitivas próximas ao meio das fibras intrafusais, os fusos musculares contêm neurônios motores chamados de neurônios motores gama. Esses neurônios motores ajustam a tensão em um fuso muscular às variações no comprimento daquele músculo. Por exemplo, quando seu músculo bíceps braquial encurta em resposta a um levantamento de peso, os neurônios motores gama estimulam as extremidades das fibras intrafusais a se contraírem levemente. Isso mantém as fibras intrafusais esticadas embora as fibras musculares contráteis ao redor do fuso estejam reduzindo a tensão naquelefuso.
· Ao redor dos fusos musculares se encontram fibras musculares esqueléticas normais, chamadas de fibras musculares extrafusais, que são inervadas por fibras A de diâmetro grande chamadas de neurônios motores alfa. 
ÓRGÃOS TENDÍNEOS
· Os órgãos tendíneos estão localizados na junção de um tendão com um músculo. Por iniciarem os reflexos tendíneos eles protegem os tendões e seus músculos associados contra danos causados pela tensão excessiva. Quando é aplicada tensão a um músculo, os órgãos tendíneos geram impulsos nervosos que se propagam para o SNC, fornecendo informações a respeito de mudanças na tensão muscular. Os reflexos tendíneos resultantes diminuem a tensão muscular, produzindo o relaxamento do músculo.
RECEPTORES CINESTÉSICOS ARTICULARES
· Vários tipos de receptores cinestésicos articulares estão presentes dentro e ao redor das cápsulas articulares das articulações sinoviais. Terminações nervosas livres e mecanoceptores cutâneos do tipo II nas cápsulas das articulações respondem à pressão. Pequenos corpúsculos lamelares no tecido conjuntivo ao redor das cápsulas articulares respondem à aceleração e à desaceleração das articulações durante os movimentos. Os ligamentos articulares contêm receptores semelhantes aos órgãos tendíneos que ajustam a inibição reflexa dos músculos adjacentes quando é exercida tensão excessiva em uma articulação.
 Vias sensoriais
· As vias sensitivas somáticas levam informações dos receptores sensitivos somáticos descritos para a área somatossensorial primária no córtex cerebral e para o cerebelo. As vias para o córtex cerebral consistem em milhares de conjuntos de três neurônios: um neurônio de primeira ordem, um neurônio de segunda ordem e um neurônio de terceira ordem.
1. Os neurônios de primeira ordem conduzem impulsos dos receptores somáticos para o tronco encefálico ou a medula espinal. 
2. Os neurônios de segunda ordem conduzem impulsos do tronco encefálico e da medula espinal para o tálamo. 
3. Os neurônios de terceira ordem conduzem impulsos do tálamo para a área somatossensorial primária do córtex no mesmo lado.
· Os impulsos sensitivos somáticos ascendem para o córtex cerebral através de três vias gerais: (1) a via funículo posterior–lemnisco medial, (2) a via anterolateral (espinotalâmica) e (3) a via trigeminotalâmica. Os impulsos sensitivos somáticos chegam ao cerebelo através dos tratos espinocerebelares.
VIA FUNÍCULO POSTERIOR–LEMNISCO MEDIAL PARA O CÓRTEX
· Impulsos nervosos de tato, pressão, vibração e a propriocepção consciente dos membros, tronco, pescoço e parte posterior da cabeça ascendem para o córtex cerebral através da via funículo posterior–lemnisco medial  
· O nome dessa via surge a partir dos nomes dos dois conjuntos de substância branca que carregam os impulsos: o funículo posterior da medula espinal e o lemnisco medial do tronco encefálico.
· Os neurônios de primeira ordem da via funículo posterior–lemnisco medial se estendem dos receptores sensitivos nos membros, no tronco, no pescoço e na parte posterior da cabeça para a medula espinal e ascendem para o bulbo no mesmo lado do corpo. 
· Os corpos celulares desses neurônios de primeira ordem se encontram nos gânglios sensitivos dos nervos espinais, na raiz posterior. Na medula espinal, seus axônios formam o funículo posterior (dorsal), que consiste em duas partes: o fascículo grácil e o fascículo cuneiforme.
· Impulsos nervosos de tato, pressão, vibração e propriocepção consciente dos membros superiores, da parte superior do tronco, do pescoço e da parte posterior da cabeça se propagam por axônios para o fascículo cuneiforme e alcançam o núcleo cuneiforme. 
· Impulsos nervosos de tato, pressão e vibração provenientes dos membros inferiores e da parte inferior do tronco se propagam por axônios no fascículo grácil e alcançam o núcleo grácil.
VIA ANTEROLATERAL PARA O CÓRTEX
· Os impulsos nervosos de dor, temperatura, prurido e cócegas provenientes dos membros, do tronco, do pescoço e da parte posterior da cabeça ascendem para o córtex cerebral através da via anterolateral (espinotalâmica).
· Assim como a via funículo posterior–lemnisco medial, a via anterolateral é composta por três conjuntos de neurônios. Os neurônios de primeira ordem conectam os receptores dos membros, tronco, pescoço ou parte posterior da cabeça com a medula espinal. Os corpos celulares dos neurônios de primeira ordem se encontram no gânglio sensitivo do nervo espinal. Os terminais axônicos dos neurônios de primeira ordem formam sinapse com os neurônios de segunda ordem, cujos corpos celulares estão localizados no corno posterior da medula espinal. Os axônios dos neurônios de segunda ordem atravessam para o lado oposto da medula espinal. Então, eles passam para cima para o tronco encefálico através do trato espinotalâmico. Os axônios dos neurônios de segunda ordem terminam nos núcleos ventrais posteriores do tálamo, onde formam sinapses com os neurônios de terceira ordem. Os axônios dos neurônios de terceira ordem formam projeções para a área somatossensorial primária no mesmo lado do córtex cerebral em que eles se encontram no tálamo.
VIA TRIGEMINOTALÂMICA PARA O CÓRTEX CEREBRAL
· Os impulsos nervosos para a maior parte das sensações somáticas (táteis, térmicas e dolorosas) provenientes da face, da cavidade oral, da cavidade nasal e dos dentes ascendem para o córtex cerebral através da via trigeminotalâmica. Assim como as outras vias somatossensoriais descritas, a via trigeminotalâmica consiste em três conjuntos de neurônios. Os neurônios de primeira ordem se estendem dos receptores sensitivos somáticos na face, na cavidade nasal, na cavidade oral e nos dentes para a ponte através dos nervos trigêmeos (V). Os corpos celulares desses neurônios de primeira ordem se encontram no gânglio trigeminal. Os terminais axônicos de alguns neurônios de primeira ordem formam sinapses com neurônios de segunda ordem na ponte. Os axônios dos outros neurônios de primeira ordem descem para o bulbo, formando sinapses com neurônios de segunda ordem. Os axônios dos neurônios de segunda ordem atravessam para o lado oposto da ponte e do bulbo e, então, ascendem como o trato trigeminotalâmico para os núcleos ventrais do tálamo. No tálamo, os terminais axônicos dos neurônios de segunda ordem formam sinapses com neurônios de terceira ordem, que projetam seus axônios para a área somatossensorial primária no córtex cerebral no mesmo lado do tálamo.
 Arco reflexo
· Reflexo é uma sequência de ações automática, rápida e involuntária que ocorre em resposta a um determinado estímulo. Alguns reflexos são naturais(panela quente), Outros reflexos são aprendidos ou adquiridos (uso do freio ao dirigir). 
Quando a integração ocorre na substância cinzenta da medula espinal, o reflexo é chamado de reflexo espinal (ex:marteladinha no joelho). Se, por outro lado, a integração acontece no tronco encefálico, o reflexo então é chamado de reflexo craniano. (ex. o ato de piscar os olhos). Há também os reflexos somáticos que envolvem a contração de músculos esqueléticos. E os reflexos autônomos (viscerais), os quais geralmente não são percebidos conscientemente. Eles envolvem respostas dos músculos lisos, dos músculos cardíacos e das glândulas. A via seguida pelos impulsos nervosos que produzem um reflexo é conhecida como arco reflexo. Um arco reflexo inclui os cinco componentes funcionais a seguir;
1- Receptor sensitivo. A terminação distal de um neurônio sensitivo (dendrito) ou de uma estrutura sensitiva associada exerce a função de receptor sensitivo. Ela responde a um estímulo específico – modificação dos ambientes interno ou externo – por meio da geração de um potencial graduado chamado de potencial gerador. Se um potencial gerador atinge o limiar de despolarização, ele irá gerar um ou mais impulsos nervosos no neurônio sensitivo.
2- Neurônio sensitivo. Os impulsos nervosos se propagam, a partir do receptor sensitivo, pelo axônio do neurônio sensitivo até as terminaçõesaxônicas, que estão localizadas na substância cinzenta da medula espinal ou do tronco encefálico. Nestes pontos, interneurônios enviam impulsos nervosos para a área do encéfalo responsável pela percepção consciente de que aconteceu um reflexo.
3- Centro de integração. Uma ou mais regiões de substância cinzenta no SNC atuam como um centro de integração. No tipo mais simples de reflexo, o centro de integração é uma simples sinapse entre um neurônio sensitivo e um neurônio motor. A via reflexa que apresenta apenas uma sinapse no SNC é chamada de arco reflexo monossináptico. Os centros de integração são mais frequentemente compostos por um ou mais interneurônios, os quais podem transmitir impulsos para outros interneurônios ou para um neurônio motor. Um arco reflexo polissináptico envolve mais de dois tipos de neurônios e mais de um tipo de sinapse no SNC.
4. Neurônio motor. Impulsos gerados pelos centros de integração se propagam para fora do SNC em um neurônio motor que se estende até a parte do corpo que executará a resposta.
5. Efetor. A parte do corpo que responde ao impulso nervoso motor, como um músculo ou uma glândula, é chamada de efetor. Esta resposta é conhecida como reflexo. Se o efetor é um músculo esquelético, o reflexo é chamado de reflexo somático. Se o efetor é um músculo liso, um músculo cardíaco ou uma glândula, então o reflexo é conhecido como reflexo autônomo.
 Reflexo de estiramento
· O reflexo de estiramento causa a contração de um músculo esquelético (o efetor) em resposta a seu estiramento. Este tipo de reflexo ocorre por meio de um arco reflexo monossináptico. Ele pode acontecer pela ativação de um único neurônio sensitivo, que faz uma sinapse no SNC com um único neurônio motor. Os reflexos de estiramento podem ser gerados através da percussão de tendões ligados a músculos nas articulações do cotovelo, punho, joelho e tornozelo. 
1- Um discreto estiramento muscular estimula receptores sensitivos no músculo, chamados de fusos musculares. Os fusos controlam as mudanças no comprimento do músculo.
2- Em resposta ao estiramento, o fuso muscular gera um ou mais impulsos nervosos que se propagam em um neurônio sensitivo somático da raiz posterior do nervo espinal até a medula espinal. 
3- Na medula espinal (centro de integração), o neurônio sensitivo faz uma sinapse excitatória com um neurônio motor no corno anterior, ativando-o. 
4- Se o estímulo é suficientemente intenso, um ou mais impulsos nervosos são gerados no neurônio motor e se propagam por seu axônio, o qual se estende da medula espinal até a raiz anterior, passando pelos nervos periféricos, até o músculo estimulado. As terminações axônicas do neurônio motor formam junções neuromusculares (JNM) com as fibras musculares esqueléticas do músculo estirado. 
5- A acetilcolina liberada pelos impulsos nervosos na JNM dispara um ou mais potenciais de ação musculares no músculo estirado (efetor), fazendo com que este se contraia. Assim, o estiramento muscular é seguido pela contração muscular, a qual diminui o estiramento.
· No arco reflexo descrito antes, os impulsos nervosos sensitivos entram na medula espinal pelo mesmo lado que os impulsos nervosos motores saem. Esta disposição é conhecida como reflexo ipsolateral. Todos os reflexos monossinápticos são ipsolaterais.
· Além dos grandes neurônios motores que inervam as fibras musculares esqueléticas comuns, neurônios motores de menor diâmetro inervam fibras musculares especializadas menores, as quais se situam dentro dos próprios fusos musculares 
· O encéfalo regula a sensibilidade dos fusos por meio de vias que convergem para estes neurônios motores menores. Esta regulação garante uma adequada sinalização do fuso muscular em uma ampla faixa de comprimentos musculares durante contrações voluntárias e reflexas. Por meio do ajuste da intensidade na resposta de um fuso muscular a um estiramento, o encéfalo determina um nível basal de tônus muscular – o menor grau de contração presente enquanto um músculo está em repouso. 
· Como o estímulo para o reflexo descrito é o estiramento muscular, este reflexo ajuda a prevenir lesões ao evitar o estiramento excessivo dos músculos. 
· Embora a via reflexa de estiramento seja por si só monossináptica ocorre, ao mesmo tempo, um arco reflexo polissináptico para os músculos antagonistas. Este arco envolve três neurônios e duas sinapses. Um axônio (ramo) colateral do neurônio sensitivo do fuso muscular também faz sinapse com um interneurônio inibitório no centro de integração. Por sua vez, o interneurônio faz sinapse com um neurônio motor que em geral estimula os músculos antagonistas, inibindo-o 
· Desse modo, quando o músculo estirado se contrai durante um reflexo de estiramento, os músculos antagonistas relaxam. Esta conformação, na qual os componentes de um circuito neural simultaneamente causam a contração de um músculo e o relaxamento de outro, é chamada de inervação recíproca. Ela evita conflitos entre músculos com funções opostas e é vital para a coordenação dos movimentos corporais. 
· Os axônios colaterais do neurônio sensitivo do fuso muscular também conduzem impulsos nervosos para o encéfalo por meio de vias ascendentes específicas. Desta maneira, o encéfalo recebe aferências sobre o estado de estiramento ou contração dos músculos esqueléticos e consegue controlar os movimentos musculares. Os impulsos nervosos que chegam ao encéfalo também permitem que se perceba conscientemente a ocorrência de um reflexo. 
· O reflexo de estiramento também ajuda a manter a postura. Por exemplo, se uma pessoa que está em pé começa a se inclinar para frente, o gastrocnêmio e outros músculos da panturrilha se estiram.
 Reflexo tendinoso
· O reflexo de estiramento atua como um mecanismo de retroalimentação para controlar o comprimento do músculo por meio de sua contração. Por outro lado, o reflexo tendinoso atua como um mecanismo de retroalimentação para controlar a tensão muscular por meio do seu relaxamento, antes que a força do músculo se torne intensa o suficiente para romper seus tendões. Embora o reflexo tendinoso seja menos sensível que o de estiramento, ele pode anular este reflexo quando a tensão é excessiva, fazendo com que você deixe cair no chão um objeto muito pesado, por exemplo. Assim como o reflexo de estiramento, o reflexo tendinoso é ipsolateral. Os receptores sensitivos responsáveis por este reflexo são chamados de órgãos tendinosos os quais se situam dentro de um tendão, próximo a sua junção com o ventre muscular. Ao contrário dos fusos musculares, sensíveis a mudanças no comprimento muscular, os órgãos tendinosos detectam e respondem a modificações na tensão muscular causadas por estiramento passivo ou contração.
· Um reflexo tendinoso funciona da seguinte maneira;
1- À medida que a tensão aplicada sobre um tendão aumenta, o órgão tendinoso (receptor sensitivo) é estimulado (despolarizado até seu limiar).
2- São gerados impulsos nervosos que se propagam para a medula espinal através de um neurônio sensitivo
3- Na medula espinal (centro de integração), o neurônio sensitivo ativa um interneurônio inibitório que faz sinapse com um neurônio motor.
4- O neurotransmissor inibitório hiperpolariza o neurônio motor, diminuindo a geração de impulsos nervosos.
5- O músculo relaxa e alivia o excesso de tensão.
· Assim, à medida que aumenta a tensão no órgão tendinoso, aumenta a frequência de impulsos inibitórios; a inibição dos neurônios motores que inervam o músculo com tensão excessiva (efetor) gera o seu relaxamento. Portanto, o reflexo tendinoso protege o tendão e o músculo de lesões por tensão exagerada.
 Reflexo de estirada 
Outro reflexo que envolve um arco polissináptico ocorre quando, por exemplo, você pisa em um prego. Em resposta a este estímulo doloroso, você imediatamente retira sua perna. Este reflexo, chamado de reflexo de retirada ou flexor, funciona desse modo:
1- Quando você pisa no prego, ocorre a estimulação dos dendritos(receptor sensitivo) de um neurônio sensível à dor.
2- A seguir, este neurônio sensitivo gera impulsos nervosos, os quais se propagam em direção à medula espinal.
3- Na medula espinal (centro de integração), o neurônio sensitivo ativa interneurônios que se estendem por vários níveis medulares.
4- Os interneurônios ativam neurônios motores em vários segmentos medulares. Consequentemente, os neurônios motores geram impulsos nervosos, que se propagam em direção às terminações axônicas.
5- A acetilcolina liberada pelos neurônios motores causa a contração dos músculos flexores da coxa (efetores), o que proporciona a retirada da perna. Este reflexo é protetor, pois a contração dos músculos flexores afasta o membro da fonte de um potencial estímulo danoso.
· O reflexo de retirada, assim como o de estiramento, é ipsolateral – os impulsos aferentes e eferentes se propagam no mesmo lado da medula espinal. O reflexo de retirada também ilustra outra característica dos arcos reflexos polissinápticos. Afastar o membro superior ou inferior de um estímulo doloroso envolve a contração de mais de um grupo muscular. Consequentemente, vários neurônios motores devem simultaneamente enviar impulsos para vários músculos do membro. Como os impulsos nervosos de um neurônio sensitivo sobem e descem na medula espinal e ativam interneurônios em vários segmentos, este tipo de reflexo é chamado de intersegmentar. Por meio de arcos reflexos intersegmentares, um único neurônio sensitivo pode ativar uma série de neurônios motores, estimulando, assim, mais de um efetor. Por outro lado, o reflexo monossináptico de estiramento envolve músculos que recebem impulsos nervosos de apenas um segmento medular.
 Reflexo extensor cruzado
Outro fenômeno pode acontecer quando você pisa em um prego: você pode começar a perder o equilíbrio à medida que o peso do seu corpo é transferido para o outro pé. Além de iniciar o reflexo de retirada que permite a você retirar o membro, os impulsos nervosos gerados a partir da pisada no prego também iniciam um reflexo extensor cruzado, o qual auxilia na manutenção do equilíbrio; ele funciona do seguinte modo;
1- Quando você pisa no prego, ocorre a estimulação do receptor sensitivo de um neurônio sensível à dor no pé direito.
2- A seguir, esse neurônio gera impulsos nervosos que se propagam para a medula espinal.
3- Na medula espinal (centro de regulação), o neurônio sensitivo ativa uma série de interneurônios que fazem sinapse com neurônios motores de vários segmentos do lado esquerdo da medula espinal. Desse modo, os sinais álgicos aferentes cruzam para o outro lado por meio de interneurônios do mesmo nível medular, bem como por meio de interneurônios situados vários níveis acima e abaixo do ponto de entrada na medula espinal.
4- Os interneurônios estimulam neurônios motores, em vários segmentos medulares, que inervam músculos extensores. Os neurônios motores, por sua vez, geram mais impulsos nervosos, os quais se propagam em direção às terminações axônicas.
5- A acetilcolina liberada pelos neurônios motores causa a contração dos músculos extensores da coxa (efetores) do membro inferior esquerdo não estimulado pela dor. Assim, o peso pode ser deslocado para o pé que deve agora sustentar o corpo inteiro. Um reflexo semelhante ocorre com a estimulação dolorosa do membro inferior esquerdo ou de ambos os membros superiores.
· Ao contrário do reflexo de retirada (flexor), que é um reflexo ipsolateral, o reflexo extensor cruzado envolve um arco reflexo contralateral: os impulsos sensitivos entram por um lado da medula espinal e os impulsos motores saem pelo lado oposto. Desse modo, o reflexo extensor cruzado sincroniza a extensão do membro contralateral com a retirada (flexão) do membro estimulado. A inervação recíproca acontece tanto no reflexo de retirada quanto no extensor cruzado. No reflexo de retirada, quando os músculos flexores de um membro estimulado dolorosamente estão se contraindo, os músculos extensores do mesmo membro estão, de certa maneira, se relaxando. Caso ambos os grupos musculares se contraíssem ao mesmo tempo, eles tracionariam os ossos em sentidos diferentes, o que poderia imobilizar o membro. Devido à inervação recíproca, um grupo muscular se contrai enquanto o outro relaxa.

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