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Psicologia Social II - Pesquisa em Psicologia Social (Aula 10)

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PSICOLOGIA SOCIAL II 
Aula 10 - Pesquisa em Psicologia Social 
• Abordar o tema da pesquisa em psicologia social requer, primeiramente, um olhar mais atento às mudanças presentes na construção do 
pensamento psicológico. 
• A mudança de uma concepção experimental e cognitivista para uma psicologia social marcada por diferentes perspectivas, tais como pós-
construcionista e materialista-dialética (também denominada de metodologia participação-ação), sugere novos modos de fazer junto à 
elaboração de metodologias de intervenção e produção de conhecimento. 
• A título de exemplo, a interlocução com outras áreas (antropologia, sociologia etc.) e o posicionamento crítico diante de determinados 
paradigmas (relação entre sujeito e objeto, atribuição de legitimidade a saberes distintos do saber técnico e científico etc.), além de 
outros fatores, tornam-se elementos imprescindíveis na discussão, desenvolvimento e ampliação do campo que trata da pesquisa em 
psicologia social. 
Objetivos 
• Reconhecer o experimento como uma primeira metodologia adotada na psicologia social tradicional, assim como a crítica a ela 
endereçada; 
• Identificar a importância e influência do pensamento construcionista e pós-construcionista para a pesquisa em psicologia social; 
• Discutir sobre novas formas metodológicas presentes em estudos contemporâneos na psicologia social, tais como, etnografia, 
autoetnografia e etnometodologia. 
Abordagem Naturalista e Hermenêutica 
• A pesquisa em psicologia social, ao ser foco de expressiva contribuição das ciências sociais, busca sugerir formas de leitura de fenômenos 
sociais de modo a contemplar as possíveis relações entre homem e sociedade, indivíduo e coletivo, partindo do princípio de que são 
unidades inseparáveis. Tais formas de investigação mostram-se atentas aos aspectos psicológicos e sociológicos presentes na realidade e 
o quanto estes elementos apresentam-se como entidades interdependentes. 
 
• Em linhas gerais, é possível classificar a abordagem adotada em pesquisas de psicologia social como naturalista e hermenêutica. 
• Naturalista - Trata-se de um método descritivo destinado a examinar, cuidadosamente, o comportamento dos indivíduos a partir de sua 
relação com o ambiente natural. Diferente de promover a interferência das variáveis presentes no campo de estudo, a finalidade dessa 
perspectiva de investigação pauta-se na observação do comportamento de forma espontânea, sem qualquer forma de controle e em 
situação natural. (SANTOS, 2008) 
• Hermenêutica - Conhecida como a ciência da interpretação, consiste em uma prática sistemática voltada para o desvelamento de sentidos 
intermediado pelo diálogo. Tal modelo envolve uma troca entre sujeitos que buscam algum nível de concordância acerca de determinado 
assunto. No lugar de atribuir a um ou outro sujeito a responsabilidade pela condução do intercâmbio, esse método de conhecimento 
compreensivo parte do pressuposto de que a direção da referida interlocução se dá pautada pelo próprio tema em questão. 
(GONÇALVES, 1998) 
Métodos Quantitativo e Qualitativo 
• Além desta classificação, outra forma didática de pensar os métodos de pesquisa em psicologia social pode ser definida como: 
métodos quantitativo e qualitativo. Vamos conhecê-los! 
➢ Método quantitativo - A metodologia se baseia em uma forma de produzir conhecimento a partir do controle de variáveis que 
interferem no objeto de estudo. Contudo, tal análise deve ser pautada no desenvolvimento de fórmulas matemáticas que sejam 
capazes de oferecer uma leitura a um dado fenômeno social e de possibilitar a sua generalização a situações empíricas a que se 
assemelha. (BIASOLI-ALVES, 1998) 
➢ Método qualitativo - Busca oferecer uma compreensão do homem a partir de uma visão contextualizada da sociedade, ou seja, a 
partir da existência de um corpo social atravessada por valores, preceitos, morais, representações, hábitos, entre outros. A intenção 
é alcançar a complexidade dos fenômenos sociais de forma a investigar fatos com vistas à inferência e atribuição de significados às 
atitudes humanas com base em uma dada teoria. (MINAYO; SANCHES, 1993) 
 
Experimento, Observação, Self-report e Entrevistas 
• Outra forma de classificação é dividida da seguinte forma: experimento, observação, self-report (autorrelato) e entrevistas. 
• Experimento - A primeira forma, experimento, inspirada nas ideias e experiências de Wilhelm Wundt, “pai da psicologia”, em Leipzig, é 
definida como o método de manipulação de determinados aspectos do mundo real com o intuito de identificar as relações não 
contingenciais entre duas ou mais variáveis. Esse método busca aliar o rigor e o controle metodológico de modo a oferecer uma leitura 
acerca do realismo das variáveis com base na análise de amostras capazes de representar o fenômeno a ser medido. (BHASKAR, 1987) 
Comentário - Algumas críticas são endereçadas à utilização do método experimental na psicologia social. Entre elas, como é impossível 
generalizar a partir dos dados obtidos em laboratório, os resultados dos estudos experimentais acabam retratando evidências artificiais, 
desconectadas de qualquer vínculo com a realidade concreta. 
➢ Essa impossibilidade de generalização também pode ser explicada pelo fato de que, uma vez que todo e qualquer conhecimento é 
determinado pelo local e pelo tempo, torna-se impossível postular qualquer lei psicológica universal. Por fim, como existe sempre 
uma teoria que precede aos dados, qualquer forma de observação neutra está fora de possibilidade. (CHOW, 2005) 
• Observação - Quanto à observação, existem duas formas: observação naturalista participante e não participante. A observação naturalista 
é um modo sistemático de análise do comportamento humano a ser realizado diretamente, ou seja, da forma como ele de fato acontece 
e de modo espontâneo. 
➢ Observação naturalista não participante - Entre as duas formas, destaque para a observação não participante, definida como aquela 
em que o observador não influencia nem oferece qualquer tipo de interferência no fato que ele próprio observa. 
➢ Observação naturalista participante - Já a observação participante parte do pressuposto de que o pesquisador precisa, 
necessariamente, interagir com os demais atores, na cena em questão, a fim de poder investigar o objeto de estudo. Nesse caso, a 
sua interação lhe fornece a devida experiência, a partir da qual ele poderá acessar dados relevantes acerca do fenômeno vivido. 
(ANGROSINO, 2009) Por um lado, esse método apresenta vantagens, pois os sujeitos em observação aparentemente se mostram 
com maior liberdade ao se manifestarem por meio de comportamentos e atitudes. 
➢ Da mesma forma, o ambiente e a situação que circunscrevem o evento em questão apresentam-se de modo a preservar seu caráter 
de naturalidade, aspecto este que, muitas vezes, é imprescindível para garantir a condução da investigação e a produção dos dados 
de forma mais eficaz. Por outro lado, é inegável que as observações naturalistas não são métodos que facilitam a replicabilidade, 
tendo em vista que eles se pautam na completa liberdade de seus participantes durante a observação, o que torna difícil a 
mensuração e precisão de suas etapas. Além disso, a presença de um único observador durante a pesquisa torna difícil a garantia de 
que, de fato, sua análise apresenta uma autenticidade e fidelidade dos fatos. 
Atenção - Por fim, por não terem a consciência de que são alvo de observação, os sujeitos pesquisados podem manifestar determinados 
comportamentos que podem lhe gerar, mais à frente, problemas éticos (tal como a privacidade), a ponto de invalidar a observação. 
• Self-report (autorrelato) e entrevistas - Outro método de que podemos tratar é o autorrelato, definido pelo comportamento verbal que o 
sujeito produz acerca do próprio comportamento. Pela sua definição, torna-se um método presente apenas em casos de auto-
observação, pois está diretamente relacionado a estímulos, reforços e punições que somenteo sujeito pode acessar. Além disso, um 
outro problema presente no autorrelato diz respeito à falta de identificação de aspectos emocionais ou comportamentais que podem ser 
ignorados pelo próprio sujeito, assim como a ausência de exatidão ao relatar ao observador tais experiências, o que compromete, 
consequentemente, a produção de dados. O autorrelato, por sua vez, pode ser dividido entre os seguintes métodos: entrevistas não 
diretiva informal, semiestruturada e estruturada e aberta. 
➢ Entrevista não diretiva - Também conhecida como não estruturada ou aberta, é caracterizada pela flexibilidade e pela busca de 
significação a partir do ponto de vista do entrevistado. Tal estratégia permite que este responda às perguntas dentro de um próprio 
referencial conceitual. Diferente de deixar que o sujeito da pesquisa possa responder livremente, sem qualquer parâmetro ou limite 
que circunscreva suas respostas, embora a abordagem seja realizada com base na informalidade, o entrevistador tem sempre um 
foco central do qual ele não pode se distanciar e que o auxilia durante a pesquisa. (RICHARDSON, 1989) 
➢ Entrevista estruturada - Também conhecida como diretiva ou fechada, faz uso de um questionário como recurso didático, a fim de 
obter informações, estratégia esta que garante que as mesmas perguntas serão feitas caso o mesmo seja aplicado a mais de uma 
pessoa envolvida na pesquisa. A fixação de uma dada ordem sequencial na qual as perguntas são feitas sugere a intenção de que o 
entrevistado seja interpelado com base em um dado desencadeamento temático. Alerta-se para que o entrevistador realize 
adequadamente a atividade de pesquisa de forma que não influencie ou interprete as respostas. 
➢ Entrevista semiestruturada - Também de semidiretiva ou aberta. Nela, um determinado assunto é abordado com base em um 
roteiro constituído por perguntas principais. 
➢ Essas perguntas, somadas a outras questões pertinentes às circunstâncias momentâneas à entrevista, podem favorecer a 
emergência de informações de modo mais livre, e as respostas não aparecem de forma condicionada a uma padronização de 
alternativas. As perguntas são criadas a partir de questionamentos básicos apoiados em teorias e hipóteses relacionadas ao tema da 
pesquisa. Indagações estas que, por sua vez podem gerar novas hipóteses a partir das respostas dos entrevistados. De todo modo, o 
importante é reforçar que tal entrevista, além de objetivar a descrição de fenômenos, assim como a explicação de sua totalidade, 
também salienta que o pesquisador se apresenta como alguém ativo na coleta de informações. 
 
 
 
 
Estudo de Casos 
• Dentro desta sequência de metodologias de grande relevância para o campo da psicologia social, não se pode deixar de fora uma 
estratégia recorrente nas pesquisas: o estudo de casos. Trata-se de um método qualitativo destinado, geralmente, a uma análise mais 
aprofundada de um dado caso. É utilizado para uma compreensão mais ampla e adequada de fenômenos individuais, políticos e 
organizacionais, buscando assim compreender melhor determinadas relações de causalidade e a diversidade de fatores motivacionais. 
• Dependendo da complexidade do fenômeno em estudo e a sua forte relação com o contexto do qual ele faz parte, a pesquisa de caráter 
empírico torna-se um instrumento promissor e de grande valia para uma interpretação da realidade à luz de uma dada teoria. 
• Os estudos de caso podem se dividir em: 
➢ Exploratório - Quando se destina à procura de informações preliminares. 
➢ Descritivo - Quando se objetiva a construção de uma leitura pormenorizada do fenômeno. 
➢ Analítico - Quando a finalidade é problematizar um dado caso e favorecer, assim, a produção de novas perspectivas teóricas.
Atenção - É importante obtermos uma leitura mais atual das formas metodológicas adotadas nas pesquisas em psicologia social. Antes disso, 
para a compreensão das possibilidades de pesquisa no campo da psicologia social, torna-se fundamental, primeiramente, expor uma adequada 
definição de pesquisa. 
• Uma investigação científica parte do princípio de que se busca relatar não apenas o que se observa, mas, principalmente, as ações 
tomadas pelo pesquisador na relação com o campo e o objeto de estudo. Isso, por sua vez, favorece a produção de uma reflexão acerca 
dos efeitos da própria pesquisa no cotidiano de “pesquisadores” e “pesquisados”. Dito de outro modo, é fundamental partir do 
pressuposto de que o ato de pesquisar é uma prática técnica que precisa ser tomada como algo que não se descola da vida, mas sim que 
se realiza na rotina e no cotidiano dos atores envolvidos. (KIND; CORDEIRO, 2016) Tal postura acaba por encarar o ato de investigação 
como uma prática de caráter social, ético, estético e político. 
Comentário - Nessa linha de raciocínio, é relevante compreender que toda pesquisa é um ato que se desenvolve a partir da fala, dos relatos 
produzidos pelos sujeitos abordados no campo. O que se exprime, por intermédio da linguagem verbalizada, entre ideias e opiniões, servirá de 
material para futuras análises por parte do pesquisador. 
• Contudo, tais falas, em um momento seguinte, podem ser transformadas em registro escrito, o que favorece a continuidade da produção 
de conhecimento. Em outros termos, o conhecimento científico não advém apenas das “respostas” dadas pelos seus interlocutores , mas 
também pelo ato de escrever como uma prática capaz de fornecer uma estrutura e possibilitar a atribuição de sentidos e significados ao 
que está sendo pesquisado. Tal conceituação acerca do ato de pesquisar serve de grande auxílio para fornecer uma postura crít ica sobre 
alguns métodos adotados na psicologia social. 
Exemplo - Um dos exemplos é o método empírico-analítico, definido como uma metodologia de observação utilizada para aprofundar o estudo 
de fenômenos sociais, podendo estabelecer leis através da conexão existente entre causa e efeito em um determinado contexto. 
• Tal estratégia metodológica concorre para que ideias e representações produzidas acerca de um dado tema sejam observadas à luz da 
experiência empírica. Ou seja, o que se espera com tal forma de intervenção é o confronto de dados teóricos produzidos, por exemplo, 
por intermédio de análises de caráter experimental, com dados da experiência sensorial. 
• Com base em tal rigor científico-metodológico, podemos citar novas estratégias metodológicas que buscam preservar tais posturas 
críticas acerca da definição de pesquisa. Entre elas, podemos destacar a metodologia participante-ação, a etnografia, a autoetnografia e a 
etnometodologia. Vamos conhecê-las a seguir. 
Metodologia Participante-ação 
• A metodologia participante-ação, defendida pela perspectiva materialista histórico-dialética, compreende o homem como um ser 
construído nas relações que estabelece ativamente com os outros e com o contexto histórico-cultural ao qual está inserido. 
• A subjetividade parte da dimensão objetiva da realidade, base material concreta, que é interiorizada, ganhando sentido próprio em cada 
sujeito. Essa subjetividade se movimenta na interação do homem com o mundo e com outros homens, pois quanto mais interage com a 
realidade, mais ele se apropria desta. 
• A materialidade histórica diz respeito à forma de organização dos homens em sociedade através da história, isto é, diz respeito às 
relações sociais construídas pela humanidade durante todos os séculos de sua existência. 
• Para o pensamento marxista, essa materialidade histórica pode ser compreendida a partir das análises empreendidas sobre uma 
categoria considerada central: o trabalho. 
 
Etnografia, Autoetnografia e Etnometodologia 
• A seguir, temos a etnografia, perspectiva metodológica criada nos anos de 1970, no campo das Ciências Sociais, definida por favorecer 
uma dada experiência para os sujeitos pesquisados na qual eles reconheçam como parte de uma experiência diária e possam produzir 
algum tipo de significado para si. 
• Da parte do investigador, tal estratégiaserve como um cenário no qual ele possa, mais tarde, construir uma leitura sobre o fenômeno 
com base em análises de categorias. 
• A finalidade da etnografia é, a partir de um universo natural e de um olhar de dentro e de perto, no qual a pesquisa e a vivência se 
misturam, propiciar uma investigação científica que preserve a complexidade do fenômeno social e a riqueza de seu contexto peculiar. 
(MAGNANI, 2009) 
• Já a autoetnografia busca reposicionar o investigador como objeto de estudo capaz de retratar um campo de interesse em termos de 
consciência e de experiência pessoal. 
• Antes o antropólogo evitava aproximar-se afetivamente dos informantes, o que, na filosofia taoista, privava o analista do próprio sentido 
da análise, que consiste na comunhão afetiva e na partilha de experiências. Diferente disto, agora ele centra-se no corpo vivido e na 
perspectiva de toda a realidade exterior em função da realidade interior. 
• Não é uma autoetnografia que revela apenas pontualmente a posição do observador, mas sim uma autoetnografia que revela a pessoa 
do observador no campo interior da sua própria existência. (SANTOS, 2017) 
• Por fim, a etnometodologia, também conhecida como fenomenológica social, apresenta três pilares: 
➢ O enfoque na vida cotidiana 
➢ A metodologia da “redução” 
➢ A relevância da linguagem na análise sociológica 
• Os fatos sociais não são realidades estáveis e exteriores ao indivíduo, mas produtos das atividades incessantes dos membros de certa 
comunidade, que aplicam seus conhecimentos práticos e seus métodos de interpretação e comunicação para realizar suas atividades 
diárias. 
• Os procedimentos formais utilizados pelo ator social servem para compreender a ações dos outros nos cenários cotidianos e interagir 
com eles. Nesse sentido, compreende-se a socialização como um processo no qual o indivíduo apreende, por meio da linguagem, os 
parâmetros para a interpretação das situações real-concretas vivenciadas no dia a dia da comunidade. Em outras palavras, é na 
capacidade de compreensão do ator social que se encontra a explicação para a coesão da sociedade. Assim, ao interpretar as rotinas 
sociais, o membro as utiliza como parâmetro para a orientação do seu próprio comportamento (ações e conversações). Ao fazê-lo, 
atualiza o campo intersubjetivo que reforça os laços de reciprocidade entre os agentes, garantindo certa previsibilidade e estabilidade 
(contingente) na dinâmica interativa. Logo, as normas sociais viabilizam a ordem, não porque estão inscritas na consciência do indivíduo, 
induzindo-o a um comportamento ajustado aos interesses da comunidade, mas porque estão diante dele, servindo como uma espécie de 
“manual”, cujas instruções devem ser adaptadas às situações práticas da vida social.

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