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Autores: Prof. João Augusto Barbieri da Cunha Prof. Fábio C. Prosdócimi Anatomia dos Sistemas EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Professores conteudistas: João Augusto Barbieri da Cunha / Fábio C. Prosdócimi João Augusto Barbieri da Cunha É professor adjunto da Universidade Paulista – UNIP desde 1988. É mestre em anatomia humana – estrutura e ultraestrutura – pela Universidade de São Paulo (USP), instituição na qual também especializou-se em anatomia cirúrgica: cabeça e pescoço. Já pela Faculdade Objetivo possui especialização em cirurgia buco-maxilo-facial. Graduou- se cirurgião dentista na Faculdade Bandeirante de Odontologia. Atua como cirurgião titular do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) e é professor líder de Anatomia na Educação Física na UNIP. Fábio C. Prosdócimi Possui pós-doutorado na área de biologia molecular pela Fundação Medicina do ABC-SP, doutorado em patologia pela Universidade de São Paulo – USP, mestrado em neurociências também pela USP e especialização em anatomia humana pela mesma universidade. É graduado em Odontologia pela Universidade de Santo Amaro. É professor titular de Anatomia da Universidade Paulista – UNIP desde 2004. © Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Universidade Paulista. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Z13 Zacariotto, William Antonio Informática: Tecnologias Aplicadas à Educação. / William Antonio Zacariotto - São Paulo: Editora Sol. il. Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXII, n. 2-006/11, ISSN 1517-9230. 1.Informática e tecnologia educacional 2.Informática I.Título 681.3 ? EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Prof. Dr. João Carlos Di Genio Reitor Prof. Fábio Romeu de Carvalho Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças Profa. Melânia Dalla Torre Vice-Reitora de Unidades Universitárias Prof. Dr. Yugo Okida Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez Vice-Reitora de Graduação Unip Interativa – EaD Profa. Elisabete Brihy Prof. Marcelo Souza Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar Prof. Ivan Daliberto Frugoli Material Didático – EaD Comissão editorial: Dra. Angélica L. Carlini (UNIP) Dra. Divane Alves da Silva (UNIP) Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR) Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT) Dra. Valéria de Carvalho (UNIP) Apoio: Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos Projeto gráfico: Prof. Alexandre Ponzetto Revisão: Giovanna Oliveira EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Sumário Título da Disciplina APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................9 Unidade I 1 SISTEMA CIRCULATÓRIO (CORAÇÃO, VASOS, LINFÁTICO) .............................................................. 11 1.1 O coração ................................................................................................................................................. 12 1.1.1 Faces do coração ..................................................................................................................................... 12 1.1.2 Anatomia macroscópica do coração ............................................................................................... 14 1.1.3 Vasos pertinentes ao coração ............................................................................................................ 15 1.1.4 Complexo estimulante do coração .................................................................................................. 18 2 VEIAS E ARTÉRIAS ........................................................................................................................................... 19 2.1 Diferenças entre artérias, capilares e veias ................................................................................ 19 2.1.1 Artérias ........................................................................................................................................................ 19 2.1.2 Capilares ..................................................................................................................................................... 20 2.1.3 Veias ............................................................................................................................................................. 21 3 SISTEMA LINFÁTICO ........................................................................................................................................ 24 3.2 Miniatlas do sistema circulatório .................................................................................................. 28 4 SISTEMA RESPIRATÓRIO ............................................................................................................................... 42 4.1 Componentes do sistema respiratório ......................................................................................... 43 4.1.1 Nariz ............................................................................................................................................................. 43 4.1.2 Faringe ......................................................................................................................................................... 44 4.1.3 Laringe ......................................................................................................................................................... 44 4.1.4 Cartilagem tireoide ................................................................................................................................ 45 4.1.5 Cartilagem epiglote ............................................................................................................................... 45 4.1.6 Cartilagem cricoide ................................................................................................................................ 46 4.1.7 Cartilagens aritenoides ......................................................................................................................... 46 4.1.8 Traqueia ...................................................................................................................................................... 46 4.1.9 Pulmões ...................................................................................................................................................... 49 4.1.10 Pleura ........................................................................................................................................................ 51 4.2 Miniatlas do sistema respiratório .................................................................................................. 53 Unidade II 5 SISTEMA DIGESTÓRIO .................................................................................................................................... 68 5.1 Atividades básicas ................................................................................................................................ 68 5.2Componentes do sistema digestório ............................................................................................ 69 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 5.2.1 Boca .............................................................................................................................................................. 69 5.2.2 Língua .......................................................................................................................................................... 71 5.2.3 Dentes .......................................................................................................................................................... 71 5.2.4 Faringe ......................................................................................................................................................... 72 5.2.5 Esôfago ....................................................................................................................................................... 73 5.2.6 Estômago ................................................................................................................................................... 74 5.2.7 Intestino delgado .................................................................................................................................... 77 5.2.8 Intestino grosso ....................................................................................................................................... 79 5.3 Glândulas anexas ao sistema digestório ..................................................................................... 86 5.3.1 Glândulas salivares ................................................................................................................................. 86 5.3.2 Glândulas sublinguais ........................................................................................................................... 86 5.3.3 Pâncreas ...................................................................................................................................................... 86 5.3.4 Fígado .......................................................................................................................................................... 88 5.3.5 Vesícula biliar ............................................................................................................................................ 90 5.4 Miniatlas do sistema digestório ..................................................................................................... 91 6 SISTEMA ENDÓCRINO .................................................................................................................................105 6.1 Tipos de glândulas (quanto ao meio de transporte de substâncias) .............................105 6.1.1 Glândulas endócrinas ..........................................................................................................................105 6.1.2 Glândulas exócrinas .............................................................................................................................106 6.1.3 Hipófise .....................................................................................................................................................106 6.1.4 Glândula pineal......................................................................................................................................107 6.1.5 Tireoide ......................................................................................................................................................108 6.1.6 Paratireoide .............................................................................................................................................108 6.1.7 Pâncreas ....................................................................................................................................................109 6.1.8 Glândulas suprarrenais .......................................................................................................................109 6.1.9 Testículos .................................................................................................................................................. 110 6.1.10 Ovários .....................................................................................................................................................111 6.2 Miniatlas do sistema endócrino ...................................................................................................111 Unidade III 7 SISTEMA URINÁRIO ......................................................................................................................................119 7.1 Rins...........................................................................................................................................................119 7.1.1 Localização ..............................................................................................................................................119 7.1.2 Cor e tamanho .......................................................................................................................................119 7.1.3 Morfologia externa ............................................................................................................................. 120 7.1.4 Morfologia interna .............................................................................................................................. 120 7.2 Ureter ......................................................................................................................................................121 7.3 Bexiga urinária ....................................................................................................................................122 7.4 Uretra ......................................................................................................................................................122 7.5 Miniatlas do sistema urinário........................................................................................................123 8 SISTEMA GENITAL ........................................................................................................................................128 8.1 Sistema genital masculino .............................................................................................................128 8.1.1 Testículos ................................................................................................................................................. 128 8.1.2 Epidídimo ................................................................................................................................................ 130 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 8.1.3 Ducto deferente ....................................................................................................................................131 8.1.4 Ducto ejaculatório e vesícula seminal ........................................................................................ 132 8.1.5 Próstata .................................................................................................................................................... 132 8.1.6 Uretra ........................................................................................................................................................ 133 8.1.7 Glândula bulbouretral ........................................................................................................................ 133 8.1.8 Pênis ..........................................................................................................................................................134 8.1.9 Escroto ...................................................................................................................................................... 136 8.2 Miniatlas do sistema genital masculino ...................................................................................137 8.3 Sistema genital feminino ................................................................................................................141 8.4 Órgãos genitais internos .................................................................................................................142 8.4.1 Ovários ..................................................................................................................................................... 142 8.4.2 Tubas uterinas ....................................................................................................................................... 142 8.4.3 Útero ......................................................................................................................................................... 142 8.4.4 Vagina ....................................................................................................................................................... 145 8.5 ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS.......................................................................................................145 8.5.1 Monte do púbis .................................................................................................................................... 145 8.5.2 Lábios maiores do pudendo ............................................................................................................. 145 8.5.3 Lábios menores do pudendo ........................................................................................................... 145 8.5.4 Glândulas vestibulares maior e menor ....................................................................................... 146 8.5.5 Clitóris ...................................................................................................................................................... 146 8.6 Miniatlas do sistema genital feminino ......................................................................................147 9 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 APRESENTAÇÃO Uma obra didática por si só se presta a conduzir uma linha de pensamento acerca de um assunto específico. A área da saúde e aquela que compreende o bem-estar físico e psicológico norteia-se pelo conhecimento do corpo humano em sua plenitude, absorvendo uma visão profunda sobre o ser humano. Assim, uma base sólida de conceitos fornece o substrato adequado para um futuro profissional da saúde e do bem-estar. Com essa visão, dedicamo-nos a elaborar um livro-texto ao mesmo tempo simples de ser lido e extenso o suficiente para abordar todo o volume básico necessário para a compreensão de como o corpo humano se apresenta. Associada ao aprendizado virtual, realizado adequadamente, essa obra visa permitir ao aluno interessado em conhecer e compreender a importância da anatomia no contexto da prática da profissão, aplicar esse conhecimento no contexto da prática da profissão em seus múltiplos momentos de aplicabilidade teórico-prática, identificar fundamentos e conceitos anatômicos e identificar estruturas anatômicas para um melhor desempenho profissional e ainda elaborar, com fundamentos científicos, metodologias adequadas às exigências das mais diferentes situações. Com uma melhor visão de como o corpo humano é composto, o futuro profissional da área de Educação Física apresenta-se agora como aquele profissional responsável pelo bem-estar proporcionado pela correta prática de atividades físicas, visando a diferentes finalidades, incluindo aquelas como treinamentos individualizados, coletivos, específicos e generalizados. Com texto dinâmico, intercalando texto escrito e figuras selecionadas, essa obra apresenta-se como didaticamente atrativa. Com sua numerosa e ampla bibliografia, situa-se como obra de referência em sua área. E, finalmente, é uma ótima contribuição na interface ciência-estudo. INTRODUÇÃO Primeiro faremos uma introdução à anatomia e você será levado a um novo campo de conhecimento, entendendo alguns conceitos fundamentais, termos adequados de emprego de palavras específicas e composição de conhecimentos científicos adotados no mundo todo. Depois, os sistemas circulatório, respiratório, digestório, urinário, genital masculino, genital feminino e endócrino serão descritos de modo didático, facilitando, assim, a sua compreensão. Ao final de cada ciclo de conteúdo, será exposto um miniatlas que, associado às figuras dispostas ao longo do texto, permitirá uma excelente descrição das principais estruturas que formam o nosso corpo. Assim, após um estudo dedicado, você será capaz de descrever os sistemas supracitados empregando corretamente a terminologia anatômica e de identificar as estruturas anatômicas deles. Além disso, estará apto a identificar os elementos anatômicos desses sistemas, o que possibilitará a sua aplicação correta no desempenho da profissão de professor de Educação Física. Por fim, será capaz ainda de descrever a localização das estruturas que compõem esses sistemas, assim como de relacionar estruturas anatômicas com os sistemas em que participam. 10 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Você deverá se programar adequadamente e se permitir estudar a área mais importante (ou uma das mais importantes) dentro do estudo das ciências da saúde. Com isso, terá uma base sólida de conhecimento, que irá alicerçar sua graduação, tornando-o apto a ser um profissional nessa área. 11 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Unidade I 1 SISTEMA CIRCULATÓRIO (CORAÇÃO, VASOS, LINFÁTICO) Vamos começar a discorrer sobre o sistema circulatório. Ele é um sistema circular fechado, contido no coração e no interior dos numerosos vasos de nosso corpo, percorrendo ininterruptamente um trajeto circular do coração para as artérias, capilares, veias e retornando ao coração. Dentro desses vasos, circula o sangue, um tecido altamente especializado, formado por alguns tipos de células, que compõem a parte figurada (células) e ficam dispersas num meio líquido, e o plasma, que corresponde à parte amorfa. Figura 1 12 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I 1.1 O coração Para falarmos sobre o sistema circulatório, vamos discorrer sobre um órgão que é o propulsor de todo o sistema circulatório: o coração. O coração adulto é um órgão em forma de cone, com tamanho aproximado de uma mão fechada. É formado, na verdade, por duas bombas distintas: um coração direito, que bombeia o sangue através dos pulmões, e um coração esquerdo, que bombeia o sangue para os órgãos periféricos. Sua localização é entre os pulmões, em um espaço chamado mediastino (meio). Está deslocado mais para o lado esquerdo do corpo. Base do coração Costelas Ápice do coração Figura 2 1.1.1 Faces do coração Em anatomia humana, descrevemos os órgãos e sua posição, e não seria diferente com o coração. Esse órgão possui faces que são referidas em relação ao externo do órgão e particularidades que o delimitam. Temos uma base voltada para cima, para trás e para a direita, ao nível da segunda e terceira vértebra, um ápice projetado para baixo, para frente para a esquerda, terminando em uma ponta arredondada, e a face diafragmática,localizada entre a base e o ápice, repousando sobre o músculo diafragmático. A face esternocostal é formada principalmente pelo ventrículo e átrio direito, a margem superior, pelos átrios, e é a região por onde os grandes vasos entram e saem. Estende-se por trás da porção inferior do esterno. É formada principalmente pelo ventrículo direito e pela pequena porção do ventrículo esquerdo. A margem inferior estende-se por trás da porção inferior do esterno. É formada principalmente pelo ventrículo direito e pequena porção do ventrículo esquerdo (figura a seguir). 13 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 3 A parede do coração é composta de três camadas: o epicárdio (camada externa), o miocárdio (camada média) e o endocárdio (camada interna). O miocárdio consiste de tecido muscular cardíaco e perfaz a maior parte do órgão. Esse tecido é encontrado unicamente no coração, tendo função e estruturas específicas. O endocárdio é uma camada fina de espitélio escamoso simples que reveste o interior do miocárdio e recobre as valvas do coração e as cordas tendíneas a elas ligadas; uma de suas características é fazer-se contínuo em relação ao epitélio que reveste os grandes vasos sanguíneos (figura a seguir). 14 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 4 O coração é recoberto e mantido no lugar por uma estrutura chamada pericárdio (peri significa “em volta”), separando-o dos outros órgãos do mediastino. O pericárdio é um saco fibro-seroso que envolve o coração e limita sua expansão durante a diástole. Consiste numa camada externa fibrosa (pericárdio fibroso) e numa camada interna serosa (pericárdio seroso). Este último, por sua vez, possui duas camadas, a lâmina (camada) parietal aderida ao pericárdio fibroso e a lâmina (camada) visceral (indicada pelas setas vermelhas na figura a seguir) aderida ao miocárdio, também chamada de epicárdio (indicado pela seta branca na figura a seguir). Entre as duas lâminas (camadas) do pericárdio seroso, existe um espaço virtual, a cavidade pericárdica, contendo líquido de espessura capilar, permitindo o deslizamento das lâminas uma contra a outra durante as mudanças de volume do coração (figura a seguir). Figura 5 1.1.2 Anatomia macroscópica do coração Uma vez que o coração funciona como uma bomba, apresenta câmaras de entrada e saída, valvas, através das quais é direcionado o fluxo sanguíneo. Também apresenta paredes musculares extremamente compressíveis, a fim de proporcionar força suficiente para impelir o sangue. As duas câmaras superiores (recebimento) são chamadas de átrios e são separadas por uma parede divisória, o 15 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS septo interatrial. As duas câmaras inferiores, chamadas de ventrículos, são separadas por um septo interventricular (figura a seguir). Legenda Setas brancas = átrios Seta preta = ventrículo Seta azul = septo interventricular Figura 6 1.1.3 Vasos pertinentes ao coração O átrio direito recebe sangue venoso da veia cava superior (VCS), que traz sangue principalmente das partes do corpo que ficam acima do coração, e da veia cava inferior (VCI), que traz sangue principalmente das partes inferiores do corpo. O seio coronário drena sangue da maioria dos vasos da parede do coração. O ventrículo direito drena sangue venoso para a artéria tronco pulmonar, que se divide em artérias pulmonares direita e esquerda, levando esse sangue aos pulmões. O sangue oxigenado retorna ao coração no átrio esquerdo, através das veias pulmonares direita e esquerda, e então passa para o ventrículo esquerdo, que o bombeia para a artéria aorta. A partir dessa descrição, podemos acrescer a pequena circulação, na qual ocorre a hematose (troca gasosa). 16 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 7 No nível dos orifícios de saída do tronco pulmonar e da aorta, no ventrículo direito e esquerdo, existe uma estrutura valvar para impedir o retorno do sangue por ocasião do enchimento dos ventrículos (diástole ventricular), respectivamente a valva do tronco pulmonar e a valva aorta. Entre os óstios (buracos) existem estruturas que permitem a passagem do sangue somente do átrio para o ventrículo: as valvas atrioventriculares. Entre o átrio direito e ventrículo direito, quem o faz é a valva tricúspide. Entre o átrio direito e ventrículo esquerdo, a responsável por cumprir esse papel é a valva mitral. 17 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Valva mitral (bicúspe) Figura 8 Lembrete Valva é um conjunto de válvulas. A valva atrioventricular direita é conhecida como tricúspide, enquanto a valva atrioventricular esquerda é conhecida como bicúspide ou mitral. Cada válvula apresenta-se unida às respectivas cordas tendíneas, oriundas dos músculos papilares. Figura 9 18 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Observação Durante o nosso desenvolvimento embrionário, o coração é o primeiro órgão a ser formado. Podemos dizer que, de modo simplificado, é um “par de bombas musculares reunidas em um único órgão”, uma vez que seus lados (direito e esquerdo) trabalham com sangue rico em oxigênio (lado esquerdo) e rico em gás carbônico (lado direito). 1.1.4 Complexo estimulante do coração O coração é inervado pelo sistema nervoso autônomo (SNA), que aumenta ou diminui a frequência de batimentos, mas não inicia a contração. O coração pode continuar batendo sem qualquer estímulo direto do sistema nervoso porque tem um sistema intrínseco de regulação chamado de sistema condutor. Todo músculo cardíaco é capaz de autoexcitação; isto é, gerar, espontânea e ritmicamente, potenciais de ação que resultam na contração do músculo. Os componentes do sistema são: nó (nodo) sinoatrial (figura a seguir), grupo de células especializadas, e nó (nodo) atrioventricular (figura a seguir). O nó sinoatrial (SA) está localizado na parede do átrio direito logo abaixo do óstio da veia cava superior. É ele que inicia cada batimento cardíaco, sendo, por isso, chamado de “marca-passo”. Figura 10 Observação O complexo estimulante do coração era, até pouco tempo, conhecido como sistema de condução cardíaca. Podemos observar com bastante atenção seus componentes em ilustrações, mas, mesmo assim, sua verificação em peças anatômicas é muito complexa. Sua dissecação não é, de fato, de fácil visualização. 19 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS 2 VEIAS E ARTÉRIAS Os vasos sanguíneos formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em direção aos tecidos do corpo e de volta ao coração. Temos as artérias, que transportam o sangue do coração aos tecidos. Grandes artérias se dividem em artérias de tamanho médio, que se ramificam em direção a várias regiões do corpo. Estas, por sua vez, dividem-se em artérias menores, as quais, em seu turno, ramificam-se em artérias ainda menores, chamadas de arteríolas. As arteríolas no interior dos tecidos ou dos órgãos ramificam-se em vasos microscópicos, os capilares. O retorno sanguíneo é realizado por pequenos vasos chamadosvênulas e estas, por sua vez, fundem-se para formar progressivamente maiores vasos, nomeados veias. Figura 11 2.1 Diferenças entre artérias, capilares e veias 2.1.1 Artérias 20 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Artérias são compostas por três túnicas (camadas) em torno de uma luz: túnica íntima interna (endotélio), túnica média (composta de músculo liso e tecido elástico) e túnica externa (fibras elásticas e colágeno). As fibras eláticas que compõem as artérias ajudam, com a pressão arterial, a ocorrência de uma dilatação momentânea da artéria. Figura 12 2.1.2 Capilares São compostos de uma camadade endotélio (dentro) e de uma membrana basal em torno de uma luz. 21 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 13 2.1.3 Veias São compostas das mesmas três túnicas (camadas) das artérias, em torno de uma luz, sendo a túnica externa mais espessa que as demais. Contêm valvas (conjunto de válvulas). É importante sua capacidade de contração e dilatação, de armazenar grandes quantidades de sangue, de torná-lo disponível quando for necessário ao restante da circulação e de impeli-lo para frente por meio da chamada bomba venosa. Figura 14 22 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 15 – Esquema geral da circulação corpórea 23 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Sistema arterial Figura 16 – Imagem do sistema circulatório com a apresentação do esquema geral da circulação arterial 24 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Sistema venoso Figura 17 – Esquema geral da circulação venosa 3 SISTEMA LINFÁTICO O sistema linfático é formado por vasos e órgão linfoides e nele circula a linfa, desse modo, é basicamente um sistema auxiliar de drenagem, ajudando o sistema venoso. O tecido linfático é uma 25 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS forma especializada de tecido conjuntivo reticular que contém grandes números de linfócitos. Existem dois tipos de linfócitos que participam das respostas imunes: linfócitos B e linfócitos T. Os linfócitos B nos protegem contra doenças por meio da produção de anticorpos. Os linfócitos T nos defendem contra as doenças por meio da destruição das células invasoras e micróbios. Figura 18 – Esquema geral da circulação linfática 26 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Os vasos linfáticos se originam nos tecidos periféricos e conduzem a linfa para o sistema venoso. A linfa se assemelha ao plasma sanguíneo, porém, com menor concentração de proteína. Nem todas as moléculas do líguido tecidual passam para os capilares sanguíneos. É o caso de moléculas de grande tamanho, que são recolhidas em capilares especiais: capilares linfáticos, de onde a linfa segue para os vasos linfáticos e destes para os troncos linfáticos, os mais volumosos, que, por sua vez, lançam-na em veias de médio ou grande calibre. Figura 19 – Estrutura do leito capilar Componentes do sistema linfático, como os nódulos linfáticos, são massas de tecido linfático de formato oval que não são encapsuladas. 27 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 20 – Estrutura do leito capilar (em maior aumento) Alguns dos órgãos que fazem parte do sistema linfático são as tonsilas (amígdalas), o baço e o timo. Observação Calcula-se que sejam produzidos entre 2 a 3 litros de linfa por dia em um indivíduo adulto. Esse volume é reconduzido, através dos ductos torácico e linfático direito, à circulação sanguínea, na desembocadura desses ductos na confluência entre as veias subclávia e jugular interna, em ambos os lados. Uma visão geral das funções do sistema linfático pode ser resumida da seguinte forma: • Drenagem do fluido intersticial em excesso no espaço intercelular. • Transporte das vitaminas solúveis em lipídios e dos lipídios da dieta do trato gastrointestinal para o sangue. • Proteção, por meio da resposta imune, contra invasão. Os linfócitos T destroem invasores direta ou indiretamente. Os linfócitos B se transformam em plasmócitos produtores de anticorpos. 3.1 28 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I 3.2 Miniatlas do sistema circulatório Figura 21 – Principais artérias do corpo humano 29 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 22 – Principais artérias do corpo humano 30 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 23 – Principais artérias do corpo humano 31 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 24 – Principais artérias do corpo humano Figura 25 – Principais artérias do corpo humano 32 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 26 – Principais artérias do corpo humano Figura 27 – Principais artérias do corpo humano 33 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 28 – Principais artérias do corpo humano 34 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 29 35 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 30 Figura 31 – Principais artérias do corpo humano 36 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 32 – Principais artérias do corpo humano Figura 33 – Principais artérias do corpo humano 37 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 34 – Principais artérias do corpo humano 38 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 35 – Coração: vista anterior Figura 36 – Coração: vista posterior 39 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 37 – Coração in situ: vista anterior Figura 38 – Coração: anatomia interna 40 EF IS - R ev isã o: G iova na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 39 – Coração anatomia interna Figura 40 – Coração: corte transversal, vista superior 41 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 41 – Esqueleto fibroso do coração Figura 42 – Complexo estimulante do coração, esquema simplificado 42 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I 4 SISTEMA RESPIRATÓRIO As células do nosso corpo utilizam continuamente o oxigênio para suas reações metabólicas, liberando energia a partir das moléculas dos nutrientes e produzindo ATP (Adenosina Trifosfato). A troca de gases com a atmosfera, o sangue e as células é denominada respiração. Três processos básicos estão envolvidos. Ventilação pulmonar – ou respiração – é a inspiração (entrada) e a expiração (saída) de ar entre a atmosfera e os pulmões. Respiração externa (pulmonar) é a troca de gases entre os pulmões e o sangue na qual este último recebe O2 e libera CO2. Respiração interna (tecidual) é a troca de gases entre o sangue e as células na qual ele fornece O2 e recebe CO2. O sistema respiratório consiste em: nariz, faringe, laringe (voz), traqueia, brônquios e pulmões. Estruturalmente, pode ser dividido em duas porções: sistema respiratório superior e sistema respiratório inferior. O primeiro é composto por nariz, faringe e estruturas associadas, e o segundo, por laringe, traqueia, brônquios e pulmões. Figura 43 43 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS 4.1 Componentes do sistema respiratório 4.1.1 Nariz O ar penetra no nariz pelas narinas (duas) e passa por uma cavidade interna (cavidade do nariz). O septo nasal (septo do nariz) é uma divisória (parede) interna, dividindo a cavidade nasal em duas narinas. Ele é formado pela lâmina perpendicular dos ossos etmoide e vômer e da cartilagem. Nas entradas das narinas, temos seu vestíbulo. O ar, quando entra pelas narinas, passa primeiramente por pelos espessos, que filtram as grossas partículas de pó. Na parede interna das narinas, encontramos “prateleiras” que se salientam na parede lateral da cavidade, chamadas de conchas nasais superior, média e inferior. Entre essas estruturas (conchas), encontramos os meatos (espaços), que levam o nome referente à estrutura à qual pertencem. Uma túnica (epitélio) mucosa reveste a cavidade e suas projeções. As conchas nasais aumentam a área para o aquecimento, o umedecimento e a filtragem do ar. No teto da cavidade nasal, encontra-se o epitélio olfatório. Figura 44 – Cavidade do nariz, parede lateral As estruturas internas nasais são particularmente voltadas para três funções básicas: aquecer, umedecer e filtrar o ar que entra; receber estímulos olfativos e fornecer um compartimento de ressonância 44 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I para os sons da fala. O ar, entrando pelas narinas, passa primeiro através dos pelos grossos que filtram as partículas grandes de pó. Na sequência, passa por três “prateleiras” formadas pelas conchas nasais, que aumentam a área de contato do ar e são revestidas por uma mucosa pseudoestratificada ciliada, a qual produz muco, umedece, aquece e filtra partículas de pó. 4.1.2 Faringe A faringe é um tubo muscular que serve tanto ao sistema respiratório quanto ao digestório. Comunica-se pela região posterior da cavidade nasal através de uma região (estrutura), a das coanas. Com a cavidade bucal (boca, posterior), comunica-se pelas fauces, com o ouvido médio, pela tuba auditiva, com a laringe, pela região da glote e com o esôfago, inferiormente. Sua divisão é estabelecida entre nasofaringe e laringofaringe. A nasofaringe, assim denominada por ser a porção superior da faringe, tem duas comunicações com a cavidade do nariz, denominadas coanas, dois óstios (orifícios) faríngeos das tubas auditivas (com as tubas auditivas) e o chamado istmo faríngeo, comunicação com a parte oral da faringe. Figura 45 4.1.3 Laringe A laringe é um tubo que contém nove cartilagens, sendo três ímpares e três pares. São elas: tireoide, cricoide, epiglote (ímpares), aritenoides, cuneiformes, corniculadas (pares). Na região de entrada da laringe, formam-se dois pares de pregas horizontais, que se estendem uma de cada lado desde a cartilagem aritenoide, as cordas vocais. 45 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS 4.1.4 Cartilagem tireoide Consiste numa cartilagem hialina e forma a parede anterior da laringe, dando a ela sua forma triangular. Ela é frequentemente maior nos homens que nas mulheres, devido à influência dos hormônios sexuais masculinos durante a puberdade. Figura 46 4.1.5 Cartilagem epiglote É uma cartilagem elástica grande em forma de folha, revestida por epitélio, situada na parte superior da laringe. O pecíolo (caule) da epiglote está fixado à cartilagem tireoide, mas a porção da “folha” não é fixa à cartilagem tireoide, ficando livre para se mover para cima e para baixo como uma porta de alçapão. Durante a deglutição, a laringe eleva-se, fazendo a epiglote cobrir a entrada (ádito) da laringe como uma tampa, fechando-a. Figura 47 46 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I 4.1.6 Cartilagem cricoide É um anel de cartilagem hialina fixado ao primeiro anel de cartilagem da traqueia. Figura 48 4.1.7 Cartilagens aritenoides São pares e são constituídas de cartilagem hialina. Localizam-se acima da cartilagem cricoide e fixam-se às pregas vocais e aos músculos da faringe, atuando na produção da voz. Figura 49 4.1.8 Traqueia É um órgão condutor de ar localizado anteriormente ao esôfago. Ela se estende da laringe à parte superior da quinta vértebra torácica. Tem aproximadamente 2,5 cm de diâmetro por 11 cm de comprimento. É composta de anéis de cartilagem em forma de “C”. Ao final, se divide em brônquio principal direito e esquerdo. Ao penetrar nos pulmões, cada brônquio principal se divide em ramos menores ”lobares” ou 47 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS “secundários” e estes, por sua vez, em “segmentares” e “bronquíolos”. Nas terminações dos bronquíolos, temos as estruturas chamadas de “alvéolos pulmonares” (sacos). Sua aparência e configuração lembram “cachos de uva”. Saiba mais Consulte: BARRETO, M. Prática pneumológica. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. Figura 50 48 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 51 49 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Observação Estima-se que, caso os alvéolos pulmonares pudessem ser “costurados” entre si, apresentariam uma área equivalente a meia quadra de tênis. Desse modo, percebe-se que a espessura dos alvéolos pulmonares é extremamente delgada, o que permite e facilita a troca de gases (oxigênio e gás carbônico). 4.1.9 Pulmões Os pulmões são órgãos pares com formato que se assemelhama “cones”, situados na cavidade torácica. São separados pelo coração e por outras estruturas do mediastino. O pulmão é uma estrutura elástica que sofre colapso como um balão e expele seu ar por meio da traqueia sempre que não houver força para manter-se insuflado. Não há fixações entre os pulmões e as paredes da caixa do torácica, exceto num local, onde são suspensos por seu hilo. Os pulmões podem ser expandidos de duas formas: movimento do diafragma, aumentando ou diminuindo a cavidade torácica, e elevação e depressão das costelas para aumentar e reduzir o diâmetro anteroposterior da cavidade torácica. Cada pulmão é dividido em lobos por uma ou mais fendas profundas denominadas fissuras. O pulmão esquerdo possui uma fissura oblíqua e dois lobos; o pulmão direito, duas fissuras (oblíqua e horizontal). Cada lobo recebe seu próprio brônquio (lobar). Assim, o brônquio principal direito ramifica-se em três brônquios lobares denominados superior, médio e inferior. Sua base é larga e côncava e assenta-se no músculo diafragma. Seus componentes estruturais são: hilo, incisura cárdica, lobos (superior, médio, inferior), fissura horizontal e oblíqua. Figura 52 50 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 53 – Brônquios principais e lobares Observação Um objeto estranho, ao adentrar o sistema respiratório, tende a se posicionar no interior do brônquio principal direito, uma vez que este é mais amplo e oblíquo quando comparado ao brônquio principal esquerdo, mais estreito e horizontal. Isso facilita tanto um atendimento clínico de emergência quanto um melhor posicionamento em um exame de imagem. 51 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 54 – Lobos do pulmão Figura 55 – Face posterior do pulmão direito 4.1.10 Pleura É uma membrana serosa de dupla camada que envolve e protege cada pulmão. A camada externa é aderida à parede da cavidade torácica e ao diafragma e é denominada pleura parietal. A camada interna, a pleura visceral, reveste os pulmões. Entre as pleuras existe um espaço, a cavidade pleural, que contém 52 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I um líquido lubrificante secretado pela pleura (líquido pleural), permitindo a redução de atrito a fim de que os pulmões se movam facilmente durante a respiração. Figura 56 – Região do tórax (pulmões) Figura 57 53 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS 4.2 Miniatlas do sistema respiratório Figura 58 – Cavidade nasal óssea Figura 59 – Cavidade nasal óssea 54 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 60 – Cavidade nasal e seios paranasais Figura 61 – Cavidade nasal óssea e cartilaginosa 55 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 62 – Cavidade nasal Figura 63 – Seios paranasais e cavidade nasal corte frontal óssea 56 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 64 – Seios paranasais Figura 65 – Faringe 57 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 66 – Faringe Figura 67 – Laringe 58 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 68 – Laringe 59 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 69 – Laringe 60 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 70 – Pulmão Figura 71 – Pulmão 61 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 72 – Pulmão e árvore brônquica 62 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 73 – Segmentação pulmonar 63 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Figura 74 – Traqueia e brônquios 64 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Figura 75 – Traqueia e brônquios 65 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Resumo O nosso corpo é formado por trilhões de células, que, agrupadas em um tecido formam, a grosso modo, um órgão. Um conjunto de órgãos com uma função afim formam um sistema. Dessa maneira, podemos agrupar esses conjuntos de órgãos em sistemas com funções complementares, como o sistema cardiorrespiratório, que apresentamos. O sistema circulatório ou cardiovascular é composto pelo coração, seu principal órgão, pelos vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e por órgãos linfáticos. Sem dúvida é o coração que desperta maior interesse, inclusive por ser relacionado tanto ao funcionamento do corpo como, tradicionalmente, a sentimentos (motivo pelo qual durante muito tempo foi conhecido como o principal órgão do corpo). Deve-se a isso o fato de as artérias que irrigam o coração serem denominadas coronárias, em uma referência à expressão “coroa do rei”. As artérias são os vasos que conduzem o sangue de modo centrífugo, ou seja, para distante do coração. Já as veias são vasos que conduzem o sangue em direção ao coração (de modo centrípeto). Os capilares associam as artérias e veias, formando um complexo de vasos intercomunicantes. O sistema linfático mostra-se como um sistema auxiliar de drenagem ao sistema venoso. O sistema respiratório é especial no ser humano, uma vez que faz a comunicação do meio externo e interno através de trocas gasosas utilizando órgãos condutores de ar, como nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e órgãos respiratórios, os pulmões. A troca gasosa faz parte de um complexo transporte de moléculas associados ao sistema circulatório, originando, dessa maneira, o sistema cardiorrespiratório. 66 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 Unidade I Exercícios Questão 1. O sistema respiratório possui como função principal permitir a entrada de oxigênio e a saída de gás carbônico do nosso corpo. A respeito desse sistema, marque a alternativa que indica corretamente o nome das estruturas indicadas pelos números 1, 2 e 3 na figura a seguir: Figura 76 – Esquema das vias respiratórias A) 1 – laringe; 2 – traqueia; 3 – pulmões. B) 1 – traqueia; 2 – pulmão; 3 – alvéolos. C) 1 – traqueia; 2 – brônquio; 3 – pulmões. D) 1 – brônquio; 2 – bronquíolo; 3 – alvéolos.E) 1 – traqueia; 2 – brônquio; 3 – alvéolos. Resposta correta: alternativa E. Análise das alternativas Justificativa: as estruturas indicadas são a traqueia (1), os brônquios principais (2) e os alvéolos pulmonares (3). 67 EF IS - R ev isã o: G io va na - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 3/ 02 /2 01 7 ANATOMIA DOS SISTEMAS Questão 2 (UFTM, 2012). O esquema a seguir ilustra a circulação humana: Figura 77 – Esquema da circulação humana A respeito do esquema e da fisiologia cardiovascular, foram feitas as seguintes afirmações: I – O átrio esquerdo recebe sangue proveniente dos pulmões por meio das veias pulmonares e o átrio direito recebe sangue proveniente das veias cavas. II – O sangue presente nos vasos 1 e 2 é rico em oxihemoglobina e nos vasos 3 e 4 existe sangue rico em íons bicarbonato. III – Todas as veias transportam sangue venoso e todas as artérias transportam sangue arterial. IV – A sístole do ventrículo esquerdo, apontado pelo número 5, possibilita que o sangue venoso atinja os pulmões. Está correto o que se afirma apenas em: A) I. B) I e II. C) II e III. D) I, III e IV. E) II, III e IV. Resolução desta questão na plataforma.
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