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BIÓPSIA · Procedimento de atenção básica e para o diagnóstico; ANAMNESE EXAME FÍSICO MANOBRAS SEMIOTÉCNICAS SINAIS E SINTOMAS LESÃO BIÓPSIA HIPÓTESE DIAGNÓSTICA EXAMES COMPLEMENTARES DIAGNÓSTICO PROVISÓRIO DIAGNÓSTICO DEDUTIVO TRATAMENTO · Bases do diagnóstico: · Conhecimento das patologias orais; · Avaliação do paciente; · Interpretação dos exames complementares. NOÇÕES BÁSICAS E TÉCNICAS · É um exame dos tecidos removidos de um individuo vivo; · O CD realiza o ato cirúrgico = biópsia; · Patologista: análise macroscópica microscópica do tecido removido, com posterior exame histopatológico ou anatomopatológico. · Depois do ato cirúrgico, colocar o tecido em formol a 10%, preencher a requisição do exame e enviar ao patologista: · Laudo diagnóstico definitivo. CONSIDERAÇÕES GERAIS · A maioria das lesões bucais podem ser diagnosticadas pelo exame microscópico; · Representa meio seguro, fácil e confiável para o diagnóstico final; · O clínico geral está apto a executar quase todas as biópsias; · Usada quando há a necessidade de documentar ou confirmar um achado clínico; · Permite assegurar quase sempre o diagnóstico da lesão; · O diagnóstico é estabelecido através de uma série de dados: correlaciona com dados clínicos, radiográficos e laboratoriais; · A finalidade é o diagnóstico, não podendo ser considerado tratamento; · Os princípios da cirurgia são respeitados. INDICAÇÕES · Leões que persistem por mais de 2 semanas (tempo para o processo de reparo) sem fatores etiológicos determinantes; · Diagnosticas e avaliar neoplasia maligna (se é ou não uma lesão maligna); · Úlceras que não cicatrizam; · Nódulos (de crescimento rápido ou lento, quando não tem base etiológicas, mais de 2 semanas): · Lesões negras, brancas e vermelhas; · Lesões intra-ósseas não identificadas por meio clínico e imaginológico; INDICAÇÕES GERAIS · Lesões que não puderam ser diagnosticadas por outros métodos; · Doenças que provocaram alterações morfológicas, como expansão; · Exploração cirúrgica de lesões sem diagnóstico; · Lesão com suspeita de malignidade. TIPOS 1) Biópsia incisional: · Realizada em lesões grandes com suspeita de malignidade; · Remove-se parte da lesão para análise microscópica; · A parte do tecido removido deve ter extensão e profundidade suficiente para análise das camadas; · Passo a passo: 1. Antissepsia com bochecho de clorexidina, por exemplo; 2. Anestesia infiltrativa ao redor da lesão; 3. Apreensão do tecido, estabilizando-o; 4. Incisão elíptica e profunda: tecido superficial e profundo, retirando parte do tecido saudável para comparação. 5. Verificar o campo cirúrgico para ver se tem alguma alteração que pode ser ainda retirada; 6. Divulsão do tecido (descolar o tecido da parede para que ele se aproxime e facilite a sutura, mas nem sempre é necessário, como na mucosa jugal) com tesoura; 7. Sutura; 8. Medicação pós-cirúrgica (analgésico). 2) Biópsia excisional: · Remove toda a lesão para avaliação e diagnóstico; · Não precisa de margem cirúrgica; · Retira o tecido superficial e profundo; · Passo a passo: 1. Antissepsia com bochecho de clorexidina, por exemplo; 2. Anestesia infiltrativa ao redor da lesão; 3. Apreensão do tecido, estabilizando-o; 4. Incisão elíptica e profunda: tecido superficial e profundo, retirando parte do tecido saudável para comparação; 5. Verificar o campo cirúrgico para ver se tem alguma alteração que pode ser ainda retirada; 6. Divulsão do tecido (descolar o tecido da parede para que ele se aproxime e facilite a sutura, mas nem sempre é necessário, como na mucosa jugal) com tesoura; 7. Sutura; 8. Medicação pós-cirúrgica (analgésico). · Indicações: · Lesões menores que 1 cm de diâmetro; · Lesões consideradas benignas clinicamente; · Qualquer lesão que possa ser removida completamente sem mutilar o paciente; · Lesões pigmentadas e vasculares pequenas. · Obs.: elevação dos tecidos com fio de sutura delimitar a lesão com o fio, segurando com mais firmeza a lesão com a pinça procedimento se torna mais rápido. · Instrumentos: · Bisturi; · Pinça saca-bocado: · Apresenta bordas cortantes, sendo utilizada para cirurgias em regiões mais posteriores da boca (orofaringe, parte posterior da língua...). Pode macerar o tecido. · Punch: · Biópsia de pele, mais utilizado na dermatologia; · Com bordas cortantes, realiza movimentos rotatórios afunda o instrumento na lesão retira o cilindro análise patológica. 3) Biópsia por congelação (trans-cirúrgico ou pesquisa): · Realizada no centro cirúrgico; · O tecido é congelado cortado direto colocado sob a lâmina coloração com azul de toluidina. FUNÇÃO: identificar a presença de células malignas na margem cirúrgica ou se é ou não uma lesão maligna ou benigna. 4) Curetagem ou raspagem (intra-óssea): · Necessita de maior habilidade cirúrgica; · Realiza-se o rompimento da cortical óssea posterior curetagem; · Utiliza-se broca Trefina: retirada de um cilindro. 5) Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) ou biópsia por aspiração: · Realizado em nódulos sólidos com intenção de retirar células; · Afasta o êmbolo da seringa = pressão negativa movimento em várias direções, puxando e voltando com o êmbolo dispensa na lâmina o material fixa com álcool 90º; · PUNÇÃO X PAAF: · É uma manobra semiológica que antecede a biópsia, realizada com agulha grossa; · 1º verifica se tem líquido; · 2º Verifica qual o tipo de líquido: pus, saliva, sanguinolento, líquido cístico; · Distende na lâmina o material e fixa, mas não necessariamente precisa mandar para análise. 6) Citopatologia ou Raspado ou Citologia Esfoliativa: · Materiais: · Lápis ou lapiseira; · Espátula de metal ou escovinha; · Lâminas para microscopia; · Recipiente com álcool 96; · Roda a escovinha várias vezes na lesão passa sob a lâmina coloca a lâmina em canaletas para armazenar álcool para fixar. CONTRA-INDICAÇÕES GERAIS · Quando as condições sistêmicas do paciente não são compatíveis com as manobras cirúrgicas; · Diabetes, hemofílicos, cardiopatas, anêmicos, hipertensos descompensados. CONTRA-INDICAÇÕES LOCAIS · Lesões vasculares: não fazer biópsia incisional, devido ao sangramento local; · Necessário diagnóstico com vitropressão como manobra semiológica auxiliar; · Punção: manobra semiológica auxiliar; · Melanoma: biópsia incisional = metástase = FALSO: · Se descartar a hipótese de ser lesão vascular, pode fazer sim a biópsia; · Fortes indícios de melanoma, realizar biópsia excisional com margem. · Obs.: metástase: são implantes tumorais descontínuos em relação ao tumor primário: · Quanto mais agressivo, de crescimento rápido maior a probabilidade de metástase. · Melanoma maligno: · Sinais de malignização: pele e boca; · Palato e rebordo alveolar. Benigna Maligna Simetria Assimétrica Bordos regulares Bordos irregulares 1 cor só Várias cores Diâmetro 6<mm Diâmetro > 6mm Pouca evolução Mudanças no tamanho, forma, cor ou outras. COMPLICAÇÕES · Hemorragia; · Dificuldade de cicatrização; · Infecções. CUIDADOS COM O MATERIAL · Não comprimir o espécime; · Não dilacerar; · Remover sangue e outros indutos com soro fisiológico (limpeza); · Fixações (formol): para paralisar as células daquele local; · Passar informações ao patologista – Essencial. FIXAÇÃO E ENVIO PARA O LABORATÓRIO · Imediatamente: formol 10%; · Volume de solução 10x o volume da peça; · Frasco bem vedado; · Identificar o frasco: nome do paciente. ETAPAS DO PROCESSAMENTO HISTOLÓGICO 1. Coleta: clínico ou cirurgião; 2. Fixação: formol a. Macroscopia – patologia. 3. Desidratação: álcool; 4. Clarificação: xilol; 5. Inclusão: parafina; 6. Microtomia; 7. Coloração: HE. ERROS E FALHAS · Usode substâncias antissépticas corantes; · Introdução do agente anestésico sobre a lesão, porque gera alteração morfológica; · Falta de representatividade do material (não retirou na profundidade correta); · Manipulação inadequada da peça; · Fixação inadequada (ex.: álcool, soro, éter); · Informações deficientes; · Troca de material pelo clínico; · Troca de material no laboratório. BIÓPSIA · Avaliar riscos, benefícios e a profundidade de realizar o procedimento; · Método confiável e simples; · Seguir o processo de diagnóstico; · Ter uma hipótese; · Profissional apto: CD.
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