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ED - Responsabilidade Social - Resposta Simulado Geral

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ED - Responsabilidade Social - Respostas Simulado Geral 
Geraldo M. Batista 
Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 
 
 
 
1 
1. Questão 
 
Leia a notícia abaixo e responda à questão a seguir: 
 
EUA reabrem, após 63 anos, caso do assassinato de jovem negro que expôs a 
brutalidade da segregação racial 
Mulher confessa, meio século depois, que mentiu ao júri que absolveu os dois homens 
brancos que lincharam Emmett Till 
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos reabriu a investigação sobre o brutal 
assassinato de Emmett Till, um menino negro de 14 anos que foi sequestrado e linchado 
em 1955 no Mississippi. O rosto completamente desfigurado e o corpo mutilado do 
adolescente expuseram com ferocidade ao resto do país e do mundo a repressão contra 
os negros no sul dos Estados Unidos. O assassinato contribuiu para o surgimento do 
movimento pelos direitos civis, que acabou com a segregação legal dos afro-americanos. 
Um júri do Mississippi, composto apenas por cidadãos brancos, inocentou os dois 
assassinos brancos, já falecidos. Mas, falando a um investigador que escrevia um livro 
sobre o caso, a mulher de um deles admitiu que mentiu ao juiz, o que motivou esperanças 
de obter justiça mais de 60 anos depois. 
1O Departamento de Justiça comunicou em março ao Congresso que voltaria a investigar 
a morte de Till depois de receber “novas informações”, mas o anúncio passou 
despercebido até ser noticiado nesta quinta-feira pela agência Associated Press. O 
Departamento de Justiça não revelou qual foi o fator novo, mas tudo indica tratar-se da 
publicação, no ano passado, de um novo livro sobre o caso. A investigação já havia sido 
reaberta em 2004, mas voltou a ser arquivada três anos depois, pela prescrição de alguns 
fatos. 
O ensaio de Timothy Tyson incluía declarações de Carolyn Donham, que no momento do 
assassinato era casada com um dos réus. Em uma entrevista em 2008, a mulher disse 
que “não era correta” a versão dos fatos que apresentara ao juiz meio século antes. 
Embora seu depoimento afinal não tenha sido utilizado, ela mentiu quando afirmou que o 
adolescente a tocou e tentou fazer avanços sexuais em seu estabelecimento comercial na 
localidade de Money, um povoado no Mississippi rural. “Nada do que esse menino fez 
poderia jamais justificar o que aconteceu com ele”, disse ela ao pesquisador. 
Emmett Till vivia num bairro de classe trabalhadora em Chicago, e no verão boreal de 
1955 viajou ao Mississippi para visitar familiares. Sua mãe o advertiu de que deveria ter 
cuidado no Sul segregado, onde o racismo nos espaços públicos era protegido por lei. Em 
24 de agosto, Till estava no lado de fora de uma loja. Brincou que tinha uma noiva branca 
em Chicago, e seus primos e amigos o desafiaram a falar com Donham, a balconista 
branca da loja. Ao sair do local, dirigiu-lhe um galanteio. 
2Roy Bryant, o marido da balconista e dono do estabelecimento, entrou em fúria quando 
soube do ocorrido. Quatro dias depois, dirigiu-se ao amanhecer, com seu meio-irmão J. 
W. Milam, à casa dos familiares do adolescente. Levaram Till em seu carro. Dirigiram até 
a beira de um rio, onde o obrigaram a se despir e o ataram a um pesado ventilador para 
algodão, cheio de arames. O surraram com tal força que um olho dele saltou fora. 
Atiraram na sua cabeça e jogaram o corpo no rio, junto com o ventilador. 
O cadáver, com um aspecto indescritível, foi achado três dias depois. A mãe do menino, 
Mamie Bradley, pediu que o corpo fosse transladado para Chicago. Lá foi exibido em 
caixão aberto, para que se pudesse ver a cara irreconhecível de Till. E uma revista afro-
americana tirou fotos do cadáver. As imagens assustadoras colocaram os EUA diante do 
incomodíssimo espelho do racismo e galvanizaram o movimento dos direitos civis. 
Contribuíram, por exemplo, para que em dezembro daquele ano Rosa Parks decidisse se 
 
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Geraldo M. Batista 
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2 
sentar em um assento reservado para brancos num ônibus público no vizinho Estado do 
Alabama. 
Nada disso, entretanto, impediu que os dois assassinos deixassem de pagar por sua 
atrocidade. Foram acusados de homicídio, mas um júri do Mississippi os absolveu. Ambos 
posaram vitoriosos depois da decisão judicial. Anos depois, os dois homens admitiram o 
crime numa entrevista, mas nunca voltaram a ser julgados com vida. Donham, porém, 
continua viva, tem 83 anos e reside na Carolina do Norte. 
 
A partir da notícia apresentada e da história da segregação racial nos EUA, é correto 
afirmar que: 
 
a) A notícia permite ilustrar como esse tipo de atrocidade acontecia tanto em cidades do 
Norte quanto do Sul, pois Emmett Till era de Chicago, no estado de Illinois onde 
nasceu a Ku Klux Klan. 
b) O racismo era garantido pela lei em muitos estados do sul dos EUA na época do 
ocorrido. (Correto) 
c) Apesar da violência do ocorrido, esse tipo de tragédia não favoreceu a causa da luta 
pelos direitos civis dos negros, pois militantes como Rosa Parks e Martin Luther King 
Jr. acreditavam, sobretudo, no diálogo como arma política. 
d) A notícia apresentada mostra como o sistema judiciário dos EUA foi capaz de reverter 
as injustiças cometidas contra Emmett Till, assim que a aprovação das leis dos direitos 
civis foi garantida, no final dos anos 1960. 
e) A história narrada na notícia apresentada mostra apenas um crime passional, sem 
qualquer relação com questões raciais. 
 
2. Questão 
 
Morreu a matriarca do movimento dos direitos cívicos – 02/2006 
 
 
Após o assassínio a tiro de Martin Luther King, em abril de 1968 em Memphis, por James 
Earl Ray, pouco antes de se iniciar uma marcha organizada pelo movimento, Coretta 
emergiu publicamente como activista de pleno direito. Aliás, o tom foi dado logo poucos 
dias depois: "A senhora King organizou o funeral do marido e foi com os filhos para 
Memphis para participar na marcha até ao fim", recordou ontem o reverendo Jesse 
Jackson. Fundou o Centro para a Mudança Social Não-Violenta com o nome do marido, 
que instalou no bairro onde ele crescera em Atlanta, e, durante 15 anos, liderou a batalha 
para tornar a data de aniversário de Martin Luther King num feriado nacional - celebrado 
desde 1986 à terceira segunda-feira de janeiro, este é o único feriado norte-americano a 
honrar um único indivíduo. 
Coretta foi uma mãe extremosa, criando sozinha quatro filhos - Yolanda Denise, Martin 
Luther III, Dexter Scott e Bernice Albertine - e incentivando-os a abraçar os ideais 
defendidos pelo pai sem deixarem de ser independentes para traçarem os seus próprios 
caminhos, mesmo se tal desafiasse ideias estabelecidas de quem e o quê eles deveriam 
ser. "Ela foi a primeira dama dos direitos humanos e ensinava que uma das formas para 
fazer a mudança passa por nos mudarmos a nós próprios de forma a sermos capazes de 
liderar os outros na direcção que devem tomar", recordou ontem à CNN o reverendo Al 
Sharpton. 
Amiúde descrita como a "matriarca do movimento dos direitos cívicos", Coretta foi uma 
defensora internacional da paz e dos direitos humanos. Reuniu-se com presidentes e 
 
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líderes mundiais e foi presa a lutar contra o apartheid, ecoando em Washington a luta de 
Nelson Mandela na África do Sul 
 
A partir da notícia apresentada e da história da luta contra a segregação racial, é correto 
afirmar que: 
 
a) Ao afirmar que Coretta Scott King “Fundou o Centro para a Mudança Social Não-
Violenta”, a notícia expõe como os interesses de Coretta deixaram a política de lado 
após a morte de Martin Luther King Jr. 
b) Ao afirmar que Coretta Scott King foi a “primeira dama dos direitos humanos”, o 
reverendo Al Sharpton equivale a luta pelos direitos civis dos negros e contra o 
apartheid à luta pelos direitos humanos. (correta) 
c) A conquista de um feriado nacional em homenagem àmemória de Martin Luther King 
Jr. mostra que o legado do líder do movimento pelos direitos civis é unânime, assim 
como a superação do racismo naquela sociedade. 
d) A notícia apresentada revela que, diferentemente de seu marido, que sempre teve um 
discurso apaziguador, Coretta Scott King se aproximava mais do ideário de Malcolm X. 
e) A biografia de Coretta Scott King revela como seu discurso sofreu uma radicalização 
após a morte de seu marido, quando ela deixou de defender a possibilidade de integr 
A fotografia a seguir foi tirada em um dos pódios mais famosos da história das 
Olimpíadas: 
 
3. Questão 
 
 O punho fechado dos atletas norte-americanos John Carlos e Tommie Smith no pódio 
dos 200 metros rasos não era uma mera comemoração: tratava-se de uma referência ao 
movimento dos Panteras Negras. O ano era 1968, quando aconteceram as Olimpíadas da 
Cidade do México, que já haviam se tornado palco de intensa agitação política às 
vésperas dos jogos com o Massacre de Tlatelolco, e foram também o cenário para o 
protesto mais famoso da história do esporte. A respeito do movimento simbolizado, leia as 
seguintes asserções: 
 
Asserção I: O movimento dos Panteras Negras surge de uma radicalização de lideranças 
negras que, a partir das ideias de Luther King Jr., lutavam pela completa integração entre 
brancos e negros nos EUA. Essas lideranças, incluindo o Dr. King, decidem que apenas o 
diálogo e as estratégias de não violência não eram ferramentas suficientes para a luta 
contra a opressão. 
 
PORQUE 
 
Asserção II: Entre as táticas dos Panteras Negras estava a crença de que as próprias 
comunidades afro-americanas deveriam cuidar de sua segurança por meio de militantes 
armados que, ao mesmo tempo, forneceriam condições de luta para a emancipação do 
negro nos EUA. Considerando as asserções acima, é correto afirmar que 
 
a) Ambas são incorretas. 
b) A asserção I é incorreta e a asserção II é correta. (Correta) 
c) A asserção I é correta e a asserção II é incorreta. 
d) A asserção II é correta e justifica a asserção I. 
e) A asserção II é correta, mas não justifica a asserção I. 
 
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Geraldo M. Batista 
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4 
4. Questão 
 
Medgar Evers, o outro "Luther King" cujo assassinato gerou protestos nos EUA 
EFE INTERNACIONAL por EFE 29/08/2013 
 
O sonho de Martin Luther King era também o de Medgar Evers, um jovem negro filho de 
agricultores e veterano de guerra cujo assassinato, em junho de 1963, foi o ponto de 
partida para a Marcha sobre Washington pelos direitos civis, que foi lembrada ontem pelo 
seu 50º aniversário. A morte de Evers comoveu o país e foi inspiração para canções, 
poemas, livros e filmes em um ano sacudido pelos atentados racistas contra ativistas 
negros. Nina Simone e Bob Dylan escreveram músicas sobre a figura do jovem que 
ficariam para a história, enquanto o filme "Fantasmas do Passado" (1996), com Whoopi 
Goldberg e Alec Baldwin, relatou sua morte. Seu assassinato foi um incentivo a mais para 
as quase 300 mil pessoas que se reuniram no Monumento a Washington e perante as 
quais Martin Luther King proclamaria seu histórico discurso "I have a dream" ("Eu tenho 
um sonho"). Evers morreu no dia 12 de junho de 1963, poucas horas depois do discurso 
do então presidente americano, John F. Kennedy, a favor dos direitos civis. O jovem foi 
atingido pelas costas com um tiro de rifle ao voltar a sua casa após uma reunião com a 
Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês), 
com a qual colaborava. Kennedy, que também seria assassinado cinco meses mais tarde, 
traçou com suas palavras daquela noite o início da legislação de justiça social mais 
radical na história dos Estados Unidos, a Lei de Direitos Civis de 1964. Um sonho que 
Evers compartilhou com Luther King, mas não pôde chegar a ver. Nascido em Decatur 
(Mississipi), no dia 2 de julho de 1925, era o terceiro dos cinco filhos de James e Jessie 
Evers, agricultores e trabalhadores de uma serraria. Sua morte, aos 37 anos de idade, 
comoveu todo o país e seus restos mortais receberam honras no famoso cemitério de 
Arlington, onde foi enterrado ao calor das mais de três mil pessoas que compareceram 
para dizer adeus. Criado em uma família humilde, Evers abandonou o ensino médio aos 
17 anos para se alistar no Exército, ainda segregado, com o qual chegou a participar da 
Batalha da Normandia (junho de 1944) e alcançou a categoria de sargento. Em seu 
retorno da Europa, Evers começou a se envolver com algumas organizações locais de 
direitos civis, e em 1954, quando a Corte Suprema americana anulou a segregação nas 
escolas públicas, foi um dos primeiros negros a solicitar admissão na Faculdade de 
Direito da Universidade do Mississipi - que foi negada. Cansado das diferenças sociais 
entre brancos e negros, Evers participou da NAACP em busca de ajuda, e acabou se 
tornando um de seus mais importantes líderes. As ameaças de morte não demoraram a 
aparecer após seu envolvimento no caso de Emmett Till, um menino negro de apenas 14 
anos sequestrado em agosto de 1955 por um grupo de homens brancos que haviam 
ouvido rumores de que Till estava flertando com uma mulher branca. O corpo do 
adolescente apareceu desfigurado no rio Tallahatchie, no Mississipi, três dias depois. 
Semanas antes de sua morte, Evers sofreu uma série de ameaças. Suas investigações 
públicas sobre o assassinato de Till e seu apoio notório a outras causas o transformaram 
em um alvo dos extremistas. No dia 28 de maio de 1963, um coquetel molotov foi lançado 
na garagem de sua casa, e cinco dias antes de sua morte, foi quase atropelado por um 
carro após sair do escritório da NAACP em Jackson, onde então vivia. A gota d'água para 
os extremistas foi um pequeno discurso que Evers deu em uma televisão local, o primeiro 
no Mississipi, no qual expôs os objetivos da luta pelos direitos civis na cidade, apenas 
uma semana antes de seu assassinato. A Justiça americana levou mais de 30 anos para 
condenar seu assassino, Byron De La Beckwith, após dois julgamentos com júris 
compostos integralmente por brancos. No terceiro, a viúva de Evers, Myrlie Evers-
 
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Williams, conseguiu que o assassino de seu marido finalmente pagasse pelo crime. 
Myrlie, que mais tarde voltaria a se casar, continuou com o legado de Evers, e inclusive 
chegou a ser escolhida presidente da NACCP pouco após a condenação de De La 
Beckwith. A viúva de Medgar Evers foi, de fato, uma das duas únicas mulheres 
convidadas como oradoras para acompanhar Luther King aos pés do Monumento a 
Lincoln, mas não pôde comparecer. Em janeiro deste ano, Myrlie Evers-Williams se 
tornou a primeira mulher a pronunciar a oração de abertura durante a posse do segundo 
mandato de Barack Obama, o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos, 
que, além disso, naquele dia, jurou o cargo sobre uma Bíblia do doutor King. 
 
Sobre esse assunto, leia as seguintes assertivas: 
 
I. Ao narrar Medgar Evers como o “outro Luther King Jr”, o texto apresentado permite 
pensar como a liderança de Luther King Jr, apesar de importante, fazia parte de 
uma rede de lideranças que tratavam de um debate em comum. 
II. Ao ler o relato apresentado, é possível pensar em relações históricas entre os 
assassinatos de Emmett Till, Medgar Evers e à luta pelos direitos civis. 
III. A bíblia escolhida por Barack Obama ao realizar o juramento como presidente dos 
EUA carrega um forte simbolismo para a história dos EUA e relacionada à luta 
pelos direitos civis dos negros. 
IV. Segundo a notícia apresentada, o assassino de Medgar Evers foi inocentado ao 
final de todos os julgamentos por ter sido julgado “com júris compostos 
integralmente por brancos”. 
 
Sobre a segregação racial nos EUA, quais assertivas estão corretos? 
 
 
a) As assertivasI, II, III e IV estão corretas. 
b) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. 
c) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas. 
d) Apenas as assertivas I e III estão corretas. 
e) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas. (Correta) 
 
5. Questão 
 
Relembre casos marcantes de violência racial nos Estados Unidos. Com a morte de cinco 
policiais brancos por um reservista negro do Exército americano, a questão voltou à tona. 
A semana de protestos devido à morte de dois policiais negros e o tiroteio que culminou 
na morte de cinco policiais brancos acendem um alerta no país com um trágico histórico 
de embates racistas. Nos últimos 14 anos, os Estados Unidos foram palco de diversos 
confrontos entre brancos e negros – geralmente a partir de atos da polícia. 
Abaixo, relembre alguns dos casos mais recentes: 
 
1992: Los Angeles 
No dia 29 de abril de 1992, as ruas de Los Angeles foram tomadas por atos violentos 
quando um júri sem membros negros absolveu quatro policiais brancos que, um ano 
antes, haviam espancado Rodney King, um taxista negro, durante uma blitz. 
O espancamento, registrado por um cinegrafista amador e cujas imagens rodaram o 
mundo, foi o estopim de uma revolta racial. Conhecida como Los Angeles Riots, a onda 
de violência, com confrontos, incêndios, saques, depredações e inúmeros crimes, durou 
 
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três dias e resultou prejuízos de US$ 1 bilhão, mais de mil prédios incendiados, 53 mortos 
e mais de mil feridos. 
Na época com 25 anos, algemado e jogado no chão, King foi golpeado 58 vezes com 
cassetetes, socos e pontapés, além de levar choques elétricos. Sofreu fraturas no crânio, 
teve um tornozelo e vários dentes quebrados, e cortes por todo o corpo. Em 2012, aos 47 
anos, ele foi encontrado morto dentro de sua piscina. 
 
2014: Ferguson 
Uma série de protestos, saques e desordem tiveram início após o episódio em que um 
policial branco matou Michael Brown, um negro de 18 anos, desarmado, em 9 de agosto 
de 2014, em Ferguson. 
Conforme os detalhes iam surgindo, a polícia estabeleceu toque de recolher na cidade e 
implantou pelotões de choque para manter a ordem no local. Junto com protestos 
pacíficos, houve saques e manifestações violentas nas imediações do local do homicídio. 
As manifestações foram retomadas, de forma violenta, em 24 de novembro de 2014, 
depois que o policial que atirou em Michael Brown não foi indiciado por um júri. Vitrines 
foram quebradas, lojas saqueadas e carros e 25 edifícios incendiados, incluindo um salão 
de beleza e uma pizzaria. Os protestos se espalharam por várias cidades dos Estados 
Unidos e foram considerados como "muito piores" pelas autoridades do que os protestos 
logo após a morte de Brown. 
 
2015: Baltimore 
A polícia de Baltimore informou que quase 500 pessoas foram presas e mais de 100 
policiais ficaram feridos desde o início dos protestos na cidade, em 23 de abril de 2015. 
As manifestações começaram após a morte de Freddie Gray, um jovem negro de 25 anos 
que foi ferido enquanto estava sob custódia policial. 
As manifestações, que haviam começado de maneira pacífica, acabaram se 
transformando em fortes distúrbios por parte de um grupo de violentos manifestantes, a 
sua maioria jovens, que saquearam algumas partes da cidade e levaram as autoridades a 
tomar fortes medidas de segurança. Pelo menos 20 policiais ficaram feridos em incidentes 
que começaram depois do enterro de Gray e que levaram à prisão quase 30 pessoas, a 
maioria jovens. 
 
2015: Charleston 
Em 18 de junho de 2015, um homem branco de 21 anos, identificado como Dylann Roof, 
entrou na Metodista Episcopal Africana, uma das mais antigas igrejas da comunidade 
negra de Charleston, e acompanhou o culto por cerca de uma hora antes de abrir fogo. 
Ele matou nove pessoas, incluindo Clementa Pinckney, o pastor local. 
Entre os protestos, um pediu pela retirada da bandeira dos Estados Confederados da 
América da Assembleia Legislativa local, pois seria um símbolo racista e de ódio. 
 
A partir dos casos compilados que foram apresentados e da história do racismo nos EUA, 
é correto afirmar que: 
 
a) O trecho que afirma “Entre os protestos, um pediu pela retirada da bandeira dos 
Estados Confederados da América da Assembleia Legislativa local, pois seria um 
símbolo racista e de ódio” mostra como o racismo é mais presente nos estados do 
Norte. 
 
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7 
b) A cronologia dos casos e a gravidade do acontecido em Los Angeles, em 1992, 
mostra como a situação do racismo nos EUA se tornou mais amena no século XXI. 
c) Ao afirmar que “As manifestações, [...] haviam começado de maneira pacífica”, o 
jornalista destaca como foi a ação violenta dos policiais que deflagrou os conflitos em 
Baltimore, em 2015. 
d) Os ataques narrados têm uma relação direta com aqueles realizados pela Ku Klux 
Klan ao longo do século XX. 
e) Os casos mencionados mostram como diferentes comunidades afro-americanas 
associaram a violência policial, o sistema judiciário e os símbolos políticos dos EUA ao 
racismo no país. (correto) 
 
6. Questão 
 
Memória afro na capital dos EUA 
WASHINGTON DC - O jovem não se contenta em observar a escultura dos atletas 
olímpicos, uma das peças que mais atrai a atenção no Museu Nacional de História e 
Cultura Afro-Americana, em Washington DC. Ele se posta ao lado dela e imita a imagem 
dos dois americanos que, em 1968, reproduziram no pódio a saudação do grupo Panteras 
Negras, em protesto contra a discriminação racial no país. Com a cabeça baixa, mão 
fechada e punho ao alto, o menino espera que o pai bata uma foto e logo sai da pose, 
para dar lugar a outro visitante, que repetirá seu gesto. 
 A cena parece ter virado rotina no espetacular museu, inaugurado há um ano na capital 
americana. E é só um exemplo da reação dos espectadores — majoritariamente negros 
— diante de um acervo que cobre a História afro-americana, do período da escravidão até 
aqui. 
Adiante, outro destaque referente à chamada era da luta pelos direitos civis no país: o 
vestido de Rosa Parks, a costureira e ativista que, em dezembro de 1955, recusou-se a 
ceder seu lugar no ônibus a um branco. Entre as outras centenas de peças do museu, 
vamos encontrar as que lembram a contribuição dos negros, por exemplo, nas áreas da 
cultura e dos esportes: como as luvas de Muhammad Ali e o Cadillac de Chuck Berry. 
 
Uma cidade-museu dos direitos civis 
Em agosto 1963, foi a vez de Martin Luther King deixar seu nome associado para sempre 
ao memorial. Literalmente. Como um dos organizadores da Marcha sobre Washington — 
eram mais de 250 mil pessoas pedindo emprego, liberdade e fim da segregação racial —, 
o reverendo fez o discurso que marcou toda uma era. A famosa frase “I have a dream” 
está gravada na escadaria do memorial, no lugar em que King estava, quando a 
pronunciou. 
Inspirado em um templo grego, o monumento tem 30m de altura e 36 colunas que 
correspondem aos 36 estados que os EUA tinham quando Lincoln morreu, em 1865. A 
escultura do presidente mede 5,8m, o equivalente, proporcionalmente, a 8,5m se ela 
tivesse sido modelada de pé. O memorial pode ser visitado todo dia. 
Luther King. O Martin Luther King Jr. Memorial pode parecer inacabado pelo tipo de corte 
na pedra de onde sai sua imagem. Não está. E, para muitos, a forma como a escultura foi 
trabalhada mostra que a luta pelos direitos civis ainda está em processo. 
A obra está dividida em duas partes. Dois enormes montes de pedra estão ligeiramente 
posicionados antes da escultura de King, de 9 metros de altura, como se estivessem 
abrindo passagem para o Nobel da Paz de 1964, assassinado em 1968. Alvo de 
diferentes críticas — da escolha do projetista, o escultor chinês Lei Yixin, a algumas das 
frases de King ali inscritas —, o monumento recebe milharesde turistas todo dia. Em 
 
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meio aos jardins do National Mall, de frente para a Tidal Baisin, pode ser visitado a 
qualquer hora. 
 
A partir da notícia apresentada e da luta pelos direitos civis nos EUA, é correto afirmar 
que: 
 
a) O fato de que o memorial seja visitado majoritariamente por negros mostra como 
brancos e latinos nos EUA são avessos à memória da luta pelos direitos civis. 
b) O memorial organiza uma narrativa bem-intencionada sobre a luta pelos direitos civis 
dos negros, mas termina por reproduzir um discurso vitimista ao dar destaque apenas 
para figuras que foram atacadas pelo racismo. 
c) A presença de figuras do esporte e da música no memorial dilui a proposta política da 
luta pelos direitos civis dos negros, que reivindicou mudanças da lei e não das práticas 
culturais do país. 
d) O monumento também foi alvo de críticas, que passaram pelo debate em torno de 
quais frases de Martin Luther King Jr. seriam escolhidas – o que mostra que o legado 
de Dr. King ainda pode ser alvo de discussões nos dias de hoje. (Correta) 
e) A criação de um memorial dedicado à memória afro-americana mostra como nos EUA, 
diferentemente do Brasil, há uma integração da história de origem africana ao 
entendimento da narrativa nacional daquele país. 
 
 
7. Questão 
 
O que une os famosos discursos de Luther King, Robert Kennedy e Obama 
 
Livros que reúnem grandes discursos celebram o domínio da arte da persuasão. São 
volumes repletos de floreios retóricos, de apelos comoventes a ideais universais, com 
cadências elevadas e promessas fáceis. Porém, dois dos retóricos mais importantes do 
século 20 - ambos assassinados há 50 anos - protagonizaram discursos impregnados de 
dúvidas, de caráter autorreflexivo e questionador, que expressavam uma vulnerabilidade 
íntima. 
Martin Luther King, principal liderança do movimento pelos direitos civis nos EUA, foi 
morto em 4 de abril de 1968. No mesmo dia, o então senador Robert F. Kennedy 
desembarcava no Estado de Indiana, onde faria campanha para ser nomeado candidato a 
presidente pelo Partido Democrata. Ao tomar conhecimento do crime, ele mudou a 
agenda e proferiu um extraordinário discurso improvisado, inspirado em um baque 
pessoal - o assassinato do irmão mais velho, o presidente John F. Kennedy, cinco anos 
antes - e em autores clássicos que ajudaram a moldar sua visão de mundo. 
"Meu poeta favorito é Ésquilo", disse Kennedy à plateia, antes de citar um trecho de 
Agamemnon, tragédia grega de autoria do dramaturgo, traduzida pela historiadora Edith 
Hamilton em 1930: 
"Em nosso sono, a dor que não se pode esquecer cai gota a gota no coração até que, em 
nosso desespero, contra nossa vontade, a sabedoria vem a nós pela sublime graça de 
Deus." [...] 
[...] suas palavras moderadas tiveram um efeito poderoso. O público em Indianápolis se 
dispersou em silêncio, diferentemente do que aconteceu em outras 110 cidades dos EUA 
em que houve tumulto após o anúncio da morte do ativista negro. 
Na manhã seguinte ao assassinato de Luther King, Kennedy falou em Cleveland, no 
Estado de Ohio, sobre "a ameaça insensata da violência". Ele condenou não só a 
 
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violência das balas e das bombas, mas "a violência das instituições; a indiferença, a 
inação e a lenta decadência", assim como a alienação que nos leva a "olhar para nossos 
irmãos como alienígenas: homens com os quais compartilhamos uma cidade, mas não 
uma comunidade; homens ligados a nós por uma moradia em comum, mas não por um 
esforço comum". 
Luther King pregava sobre estarmos "entrelaçados em um único tecido do destino". E 
Kennedy estendeu a metáfora: "Sempre que rasgamos o tecido da vida que outro homem 
de forma dolorosa e desajeitada teceu para si próprio e para seus filhos, toda a nação é 
degradada". 
É difícil não se surpreender com a candura presente em "dolorosa e desajeitada". Essas 
palavras expressam nossas tentativas desastradas e imperfeitas de criar uma vida 
significativa, assim como nossa vulnerabilidade, cujo reconhecimento não é uma 
fraqueza, mas uma fonte de força. O restante do discurso de Kennedy foi caracterizado 
por essa sensibilidade aguçada: 
"Mas talvez podemos nos lembrar - mesmo que só por um tempo - que aqueles que vivem 
conosco são nossos irmãos; que compartilham conosco o mesmo curto período de vida; 
que buscam - como nós - nada mais a não ser a chance de viver suas vidas com 
propósito e felicidade, com toda a satisfação e realização que puderem ter." 
"Certamente, esta ligação de uma fé comum, esta ligação de um objetivo comum pode 
começar a nos ensinar algo. Certamente, podemos aprender, no mínimo, a olhar para 
aqueles ao nosso lado como companheiros. E certamente podemos começar a trabalhar 
mais para curar as feridas entre nós e nos tornarmos, em nossos próprios corações, 
irmãos e compatriotas novamente", acrescentou. 
 
'Amor difícil' 
Os apelos à empatia universal geralmente são apresentados sem complexidade, mas 
Kennedy oferece uma ressalva em sua fala: "mesmo que só por um tempo". Há uma 
honestidade sedutora nessa sugestão: devemos amar nossos companheiros cidadãos 
perpetuamente, mas esse compromisso emocional é uma tarefa significativa. Não é fácil 
honrar nosso elo comum todos os dias ("mas talvez podemos nos lembrar") ou não cair 
nas temíveis representações do "outro", a quem somos encorajados a desconfiar. 
Luther King trabalhou para criar o que ele chamava de "comunidade amada" e escreveu 
extensivamente sobre o ágape, a noção grega de "amor sem interesse". Não se trata do 
sentimento correspondido, mas do amor "pelo inimigo-vizinho de quem você não pode 
esperar nada de bom em troca". Uma generosidade radical, um "altruísmo perigoso". 
Esse compromisso com aqueles que são hostis ou indiferentes, que não retribuirão nosso 
afeto, pode ser chamado de "amor difícil". 
Como discursou Kennedy, "não o amor descrito com tanta facilidade nas revistas 
populares… o verdadeiro amor é altruísta e envolve o sacrifício e a doação". 
O último sermão de Luther King para sua congregação, na Igreja Batista Ebenezer, em 
Atlanta, em 4 de fevereiro de 1968, expressa o cerne do "amor difícil". Ao descrever como 
gostaria de ser lembrado em seu funeral, o líder negro disse: "Gostaria que alguém 
falasse do dia em que Martin Luther King tentou amar alguém". O verbo "tentar" mostra 
que a tarefa de amar é desafiadora e interminável. Não pode ser resumida a um clichê ou 
tratada com a "facilidade" que Kennedy ironizou. Tanto o então senador quanto Luther 
King evitavam oferecer soluções fáceis ou favorecer preconceitos preguiçosos. Eles 
consideravam o coração como o músculo mais importante: quanto mais ele ama, melhor 
ele ama. A princípio, não é fácil exercitá-lo - somos cautelosos, desconfiados em relação 
aos outros e temos medo da rejeição -, mas a fluência só vem com a prática. 
 
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Na véspera de ser assassinado, quando as ameaças de morte se intensificaram, Luther 
King proferiu um discurso profético em apoio à greve dos trabalhadores de saneamento 
público em Memphis, no Tennessee. I've Been to the Mountaintop ("Eu Estive No Topo da 
Montanha", em tradução livre) é uma obra-prima em termos de desenvoltura e entrega, 
que faz uma verdadeira viagem de Jericó ao Monte Olimpo, do Alabama até a Roma 
Antiga. 
O ápice retórico do discurso é um momento de grande intimidade ("se eu tivesse 
espirrado, teria morrido", em referência à ocasião em que Luther King foi apunhalado com 
um estilete por uma mulher com transtornos mentais) e revela o tema principal de sua 
fala: ele se sentia privilegiado em participar da luta pelos direitos civis e havianascido, 
como diz a passagem bíblica, "para um tempo como este". [...] 
Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/vert-cul-44035726>. Acesso em: 06 
nov. 2018. 
 
A partir do texto apresentado, é correto afirmar que: 
 
a) Figuras do Partido Democrata, como Robert Kennedy, questionavam a legitimidade da 
militância exercida por Martin Luther King Jr. 
b) Os discursos de Luther King Jr. e Bob Kennedy eram “repletos de floreios retóricos, de 
apelos comoventes a ideais universais, com cadências elevadas e promessas fáceis”. 
c) A ideia de um “Amor difícil” reflete a desilusão de Martin Luther King Jr. com os 
caminhos dos EUA e sua abdicação do princípio da não violência como estratégia 
política. 
d) Tanto Bob Kennedy quanto Luther King Jr. debatiam sempre situações particulares, 
específicas, para evitarem as generalizações típicas dos princípios universalizantes. 
e) Após o assassinato de Martin Luther King Jr., diferentes cidades estadunidenses 
foram tomadas por tumultos. (correta) 
 
8. Questão 
 
Eleições americanas: a impactante foto de homem branco jogando ácido em jovens 
negras que voltou à tona nos EUA 
 
Esta fotografia correu o mundo e foi fundamental para o avanço dos direitos civis nos 
Estados Unidos. Ela mostra o rosto em pânico de duas mulheres negras em uma piscina, 
enquanto um homem branco joga ácido clorídrico na água. A foto foi tirada em 18 de 
junho de 1964 em um hotel na cidade de Saint Augustine, na Flórida. De imediato, o 
registro se converteu em um dos símbolos da segregação racial que durante décadas 
impediu os negros de compartilharem espaços públicos e privados com a população 
branca na maioria dos Estados americanos do sul. 
Um passado racista 
"Este tem sido historicamente um dos Estados mais racistas nos Estados Unidos", afirma 
Kenneth Nunn, fundador do Centro para o Estudo das Relações Raciais e de Raça da 
Universidade da Flórida. "É um dos lugares em que houve mais linchamento de negros e, 
ao contrário de outros Estados do Sul, como Geórgia ou Alabama, não houve um 
movimento significativo a favor dos direitos civis", explica Nunn à BBC News Mundo, 
serviço em espanhol da BBC. "A realidade é que havia tanta violência aqui, que era muito 
difícil se organizar, já que as pessoas estavam sendo mortas." [...] 
O movimento de Santo Agostinho 
 
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Na Flórida, o momento da virada aconteceu a partir de 1963, com o Movimento de Santo 
Agostinho. O nome faz referência à cidade de Saint Augustine, no norte do Estado - a 
colônia europeia mais antiga do país, em que um grupo de ativistas afro-americanos, 
liderados pelo dentista Robert Hayling, realizou protestos durante meses para exigir o fim 
da segregação. A mãe do governador de Massachusetts, que aparece nesta foto com 
Robert Hayling, também foi presa em Saint Augustine Hayling e seus companheiros foram 
detidos várias vezes e nunca desistiram, mesmo depois de serem sequestrados e 
espancados por membros da Ku Klux Klan. 
Na primavera de 1964, o Movimento de Santo Agostinho recebeu o apoio crucial da 
Conferência da Liderança Cristã do Sul, liderada na época por Martin Luther King Jr., que 
enviou à cidade vários de seus colaboradores mais próximos para ajudar a organizar 
manifestações em massa que acabaram ganhando atenção internacional. 
Os manifestantes marcharam pelo centro de Saint Augustine, em uma área conhecida na 
época como "mercado de escravos", enquanto hordas de brancos os insultavam, atirando 
pedras e garrafas. 
Centenas de ativistas foram presos, a ponto de faltar espaço nas delegacias da cidade 
para abrigá-los. Aos manifestantes se juntaram freiras, rabinos e muitos cidadãos brancos 
que defendiam o fim da segregação. Até mesmo a mãe do governador de Massachusetts 
foi presa enquanto protestava em um comércio apenas para brancos. 
O protesto do hotel 
O próprio Martin Luther King Jr. foi até Saint Augustine, onde foi preso em 11 de junho de 
1964, após tentar entrar no restaurante do hotel Monson, onde a presença de afro-
americanos não era autorizada. Um dos pontos altos dos protestos aconteceu uma 
semana depois no mesmo hotel, no dia 18 de junho, quando um grupo de ativistas negros 
e brancos se jogou na piscina do estabelecimento, em meio a uma forte presença de 
policiais e da imprensa. 
Enfurecido, o gerente do hotel, Jimmy Brock, pegou uma garrafa de ácido clorídrico, 
usado para limpar azulejos, e começou a jogar nos banhistas para eles saírem da água. 
Um policial pulou na piscina para deter os ativistas, que não se feriram, mas acabaram 
atrás das grades com seus trajes de banho. As fotografias e gravações do episódio 
correram o mundo, e a repercussão foi tão forte que até mesmo o presidente americano 
Lyndon B. Johnson chegou a dizer: "Nossa política externa e tudo mais vai para o inferno 
por causa disso." 
No dia seguinte, após cerca de três meses de impasse devido à falta de acordo entre os 
legisladores, o Senado dos EUA aprovou a Lei dos Direitos Civis, que decretou o fim da 
segregação racial em espaços públicos e privados em todo o país. "Não tenho certeza se 
a lei seria aprovada sem o que aconteceu em Saint Augustine, foi um marco. Éramos 
jovens e acreditávamos que havíamos feito algo (importante), e fizemos", disse J.T. 
Johnson, um dos ativistas que pularam na piscina, à rede americana de rádio NPR. 
 
A partir da imagem e da notícia apresentadas, é correto afirmar que: 
 
a) O breve relato da luta pelos direitos civis organizado na notícia apresentada mostra 
como apenas após a presidência de L. Johnson foi possível algum tipo de 
militância mais organizada por parte dos negros estadunidenses. 
b) A história apresentada permite pensar como diferentes manifestações se 
organizavam, a partir de lideranças locais e nacionais, sendo que todas elas 
influíram na conquista dos direitos civis dos negros. 
 
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c) A comunidade afro-americana na Flórida, de acordo com o texto, esteve quase 
sempre na vanguarda do combate ao racismo nos EUA, o que explica os níveis de 
integração entre brancos, negros e latinos nesse estado. 
d) Na história apresentada temos um exemplo de como após o fim da KKK as leis e o 
sistema político dos EUA eram os responsáveis pelas políticas de segregação e 
linchamento dos negros. 
e) O Movimento de Santo Agostinho, portanto, católico, expôs as divisões do 
movimento negro dos EUA na medida em que não recebeu apoio do pastor Martin 
Luther king Jr. 
 
9. Questão 
 
A luta pelos direitos civis: de Abraham Lincoln a Martin Luther King Jr 
 
Alexis de Tocqueville, o historiador liberal, observou, em sua visita aos Estados Unidos, 
em 1831, que o grande problema futuro da América era o negro. Sentiu que o país inteiro 
se dividia sobre a questão da escravidão. No Sul achavam-na natural, uma “peculiar 
instituição” como os escravagistas a chamavam. No Norte, crescia a opinião de que ela 
era abominável e moralmente insustentável num país cristão. 
Durante quase um século, Norte e Sul contemporizaram a seu respeito. A divergência 
aumentou conforme as terras do Oeste passaram a ser ocupadas. Para os nortistas, 
defensores do Movimento Free Soil, “Terra Livre”, deveria-se liberá-las, as novas terras, 
apenas para os homens livres afim de colonizá-las. Aos sulistas, isso soava como um 
impedimento à expansão dos seus interesses, todos eles ligados à perpetuação e 
expansão da escravidão. Em suma, os Estados Unidos, como disse o Presidente Abraão 
Lincoln num célebre discurso, “era uma casa dividida, meio livre meio escrava”. 
 
A partir do texto apresentada sobre a história da segregação racial nos EUA, é correto 
afirmar que: 
 
a) Ao afirmar que o “país inteiro se dividia sobre a questão da escravidão”, Tocqueville 
falava da divisão de opinião entre brancos e negrospor todo o país. 
b) Como o texto de Tocqueville mostrava, era impossível antever que a questão racial 
nos EUA seria um problema político em um futuro próximo. 
c) A partir da descrição dos EUA no século XIX, é possível compreender, em alguma 
medida, porque a luta contra a segregação racial se deu mais marcadamente nos 
estados do Sul.(correta) 
d) A partir do texto é possível compreender porque os EUA foram dos últimos países a 
abolirem à escravidão: tanto os estados do Norte quanto os do Sul se apoiavam 
economicamente na prática escravista, que consideravam moralmente justificável. 
e) O histórico apresentado deixa claro que o motivo principal da Guerra Civil foi a luta 
pela posse da terra, sem relação direta com a escravidão. 
 
 
10. Questão 
 
No centenário de Mandela, luta contra racismo continua atual 
 
 
 
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O líder sul-africano, com seu rosto tranquilo e voz calma, ensinou as pessoas que o 
racismo deveria ser substituído pelo amor 
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou por sua 
religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas 
podem ser ensinadas a amar". Nelson Mandela, o homem que pregou o amor ao invés do 
racismo faria 100 anos nesta quarta-feira (18). E a África do Sul está em festa nesta 
quarta-feira. (...) 
 
O regime do Apartheid 
A África do Sul foi colonizada por britânicos e holandeses. A presença dos colonizadores 
era pequena, se comparada à população local, mas isso não impediu que, no começo do 
século XX, leis que dividiam o país entre negros e brancos, favorecendo o segundo grupo, 
fossem aprovadas. (...) Nesta África do Sul dividida, brancos e negros não tinham acesso 
aos mesmos serviços de educação, saúde e nem mesmo podiam se casar. 
 
Líder em um país partido 
Foi neste país, partido pelas desigualdades, que Mandela viveu. Mas ele não se 
conformou e lutou contra elas. Após recusar se tornar um líder estudantil na Universidade 
Fort Hare, a primeira que frequentou, Mandela se mudou para Joanesburgo. Foi ali, na 
capital do país, que Mandela teve contato com o CNA. E começou a atuar na militância. 
No início, ele fazia parte da ala que defendia estratégias de resistência não violentas. No 
entanto, à medida que aumentava a violência do Estado contra as pessoas negras, ele se 
viu obrigado a mudar de posição. Mandela ajudou a fundar e participou ativamente da 
criação do Umkhonto we Sizwe (Lança de uma Nação, em tradução livre do xhosa), o 
braço armado do CNA, também conhecido pela sigla MK. 
 
Vigiado pela CIA 
Sua liderança chamou tanta atenção que assim como os líderes dos movimentos de 
direitos civis nos EUA, Martin Luther King, Malcolm X e Medgar Evers, Mandela passou a 
ser vigiado pela CIA. Santoro destaca que a figura de Mandela surgiu no mesmo 
momento em que os Estados Unidos também viviam uma política de segregação racial. 
Por isso, os líderes negros norte-americanos estavam observando atentamente tudo o 
que se passava na África, em busca de inspiração. Portanto, Mandela pode ser 
considerado "uma das grandes referências na luta antirracista no século XX. 
 
Prisão perpétua 
Na cadeia, Mandela foi confinado e mal podia receber visitas. Sua própria mãe morreu 
acreditando que ele fosse um criminoso. Sua esposa na época, Winnie Mandela — uma 
mulher tão atuante quanto ele na luta contra a segregação racial, ela mesma presa 
diversas vezes — também não conseguia vê-lo mais que uma vez por ano. Ele não 
estava autorizado sequer a receber informações do mundo exterior e jornais não 
chegavam até a prisão. Com o tempo, Mandela se interessou por aprender o africâner, 
idioma falado principalmente pelos brancos na África do Sul. As pressões do governo 
contra ele também foram diminuindo, ao mesmo tempo que a pressão de instituições 
internacionais pela sua liberdade, aumentavam e ele recebia homenagens em vários 
lugares do mundo, mesmo estando preso. 
 
Com a chegada de Frederik de Klerk ao poder, em 1989, as negociações para a soltura 
de Mandela avançam. No ano seguinte, o líder é posto em liberdade. Após ganhar o 
 
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Nobel da Paz, em 1993 e ser eleito presidente no ano seguinte, Mandela se tornou um 
dos líderes mais conhecidos do planeta. Sua morte, em 2013, consternou o mundo inteiro. 
Mandela, com seu rosto tranquilo, ensinou as pessoas que o racismo deveria ser 
substituído pelo amor. 
 
Considerando a história de vida de Nelson Mandela e a luta contra o racismo nos EUA e 
no restante do mundo, é correto afirmar que: 
 
a) A prisão de Mandela nos EUA mostra como a presença da CIA no combate aos 
movimentos de independência na África se deu de maneira explícita. 
b) A biografia de Nelson Mandela o distancia em muitos aspectos da militância realizada 
por lideranças como Martin Luther King Jr. e Malcolm X, pois, diferentemente dos dois 
últimos, ele viveu em país cujo regime (Apartheid) legalizava a segregação entre 
brancos e negros. 
c) O fato de que Mandela se tornou ícone político é uma evidência de que o mundo de 
hoje, diferentemente do que acontecia no Apartheid, superou o racismo. 
d) De acordo com a notícia, Mandela inicia sua militância aceitando estratégias de 
“respostas violentas à opressão violenta”, mas rapidamente mudou sua postura e 
adotou a não violência como princípio político. 
e) A biografia de Nelson Mandela permite pensar em uma série de paralelismos com 
àquelas das lideranças do movimento pelos direitos civis nos EUA: a luta dos negros 
por direitos contra a segregação nos anos 1960, a violência da repressão e o controle 
da CIA. (correta)

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