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Logística de Transportes e Distribuição_Tutores

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Prévia do material em texto

Danielle Pozzo
Maick Roberto Lopes
Ricardo Buneder
(Orgs.)
E DISTRIBUIÇÃO
Logística de Transporte 
LOGÍSTICA DE 
TRANSPORTE E 
DISTRIBUIÇÃO
Danielle Pozzo
Maick RobeRto loPes
RicaRDo buneDeR
(oRgs.)
1ª eDição
Julho | 2019
Universidade La Salle Canoas | Av. Victor Barreto, 2288 | Canoas - RS
CEP: 92010-000 | 0800 541 8500 | ead@unilasalle.edu.br
Gestão Universidade
Gestão EaD
Reitor
Vice-Reitor, Pró-Reitor de Pós-grad., 
Pesq. e Extensão e Pró-Reitor de Graduação
Pró-Reitor de Administração
Diretora de Graduação
Diretor da Educação a Distância
Diretor de Extensão e Pós-Graduação Lato Sensu 
Diretora de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu
Diretor Administrativo
Diretor de Marketing e Relacionamento
Procuradora Jurídica
Assessor de Assuntos Interinstitucionais e Internacionais
Assessor de Inovação e Empreendedorismo
Chefe de Gabinete
Coordenador da Área de Educação e Cultura
Coordenador da Área de Gestão e Negócios
Coordenador da Área de Direito e Política
Coordenadora da Área de Inovação e Tecnologia
Coordenador dos Cursos de Adm., Processos Ger. e Logística
Coordenadora do Curso Gestão de Recursos Humanos
Coordenador do Curso de Ciências Contábeis
Coordenador dos Cursos Gestão Com., Gestão Fin. e Marketing
Coordenadora do Curso de Pedagogia
Coordenadora do Curso de Serviço Social
Coordenadora do Curso de Letras
Coordenador do Curso de Educação Física
Coordenadora do Curso de História
Coordenador do Curso de Engenharia da Produção
Coordenador do Curso de Análise e Desenv. de Sistemas
Prof. Dr. Paulo Fossatti - Fsc
Prof. Dr. Cledes Casagrande - Fsc
Vitor Benites 
Profª. M.ª Cristiele Magalhães Ribeiro 
Prof. Dr. Mario Augusto Pires Pool
Prof. Me. Márcio Leandro Michel
Profª. Dr.ª Patricia Kayser Vargas Mangan
Patrick Ilan Schenkel Cantanhede 
Cleiton Bierhals Decker
Michele Wesp Cardoso
Prof. Dr. José Alberto Miranda
Prof. Dr. Jefferson Marlon Monticelli
Prof. Dr. Renaldo Vieira de Souza
Prof. Dr. Renato Ferreira Machado
Prof. Me. Sílvio Denicol Júnior
Prof. Dr. Daniel Silva Achutti
Profª. Drª Ingridi Vargas Bortolaso
Prof. Me. Carlos Eduardo dos Santos Sabrito
Profª. Drª. Denise Macedo Ziliotto
Prof. Me. Eduardo Bugallo de Araújo
Prof. Dr. Paulo Roberto Ribeiro Vargas
Profª. Drª Hildegard Susana Jung
Profª. Drª. Michelle Bertoglio Clos
Profª. Drª. Lucia Regina Lucas da Rosa
Prof. Dr. José Rogério Vidal
Profª. Drª. Tatiana Vargas Maia
Prof. Dr. Charles Rech
Prof. Dr. Rafael Kunst
Diretor
Coordenadora Pedagógica
Coordenador de Produção
Coordenadora Técnica 
Prof. Dr. Mario Augusto Pires Pool
Profª. Drª. Ana Margo Mantovani
Prof. Dr. Jonas Rodrigues Saraiva
Michele de Mattos Kreme
Coordenações Acadêmicas
Equipe de Produção EaD
Anderson Cordova Nunes
Arthur Menezes de Jesus
Bruno Giordani Faccio
Daniela dos S. Cardoso
Érika Konrath Toldo
Évelyn Rocha de Araujo 
Gabriel Esteves de Castro
Gabriel da Silva Sobrosa
Guilherme P. Rovadoschi
Ingrid Rais da Silva
Jorge Fabiano Mendez
Nathália N. dos Santos S.
Patrícia Menna Barreto
Tiago Konrath Araujo
L832 Logística de transporte e distribuição / Danielle Pozzo, Maick.
Roberto Lopes, Ricardo Buneder (orgs.). – Canoas, RS : Universidade La Salle EAD, 2019.
84 p. : il. ; 30 cm. – (Gestão e negócios)
Bibliografia.
1. Administração de empresas. 2. Administração de materiais. 3. Logística. 4. Transporte de 
mercadorias. 5. Distribuição de mercadorias. 6. Canais de distribuição. I. Pozzo, Danielle Nunes. 
II. Lopes, Maick Roberto. III. Buneder, Ricardo. IV. Série.
 CDU: 658.7:656.1/.7
Bibliotecário Samarone Guedes Silveira - CRB 10/1418
Prezado estudante,
A equipe de gestão da EaD LaSalle sente-se honrada em entregar a você este material 
didático. Ele foi produzido com muito cuidado para que cada Unidade de estudos possa 
contribuir com seu aprendizado da maneira mais adequada possível à modalidade que 
você escolheu para estudar: a modalidade a distância. Temos certeza de que o conteúdo 
apresentado será uma excelente base para o seu conhecimento e para sua formação. Por 
isso, indicamos que, conforme as orientações de seus professores e tutores, você reserve 
tempo semanalmente para realizar a leitura detalhada dos textos deste livro, buscando 
sempre realizar as atividades com esmero a fim de alcançar o melhor resultado possível 
em seus estudos. Destacamos também a importância de questionar, de participar de todas 
as atividades propostas no ambiente virtual e de buscar, para além de todo o conteúdo aqui 
disponibilizado, o conhecimento relacionado a esta disciplina que está disponível por meio 
de outras bibliografias e por meio da navegação online.
Desejamos a você um excelente módulo e um produtivo ano letivo. Bons estudos!
Gestão de EaD LaSalle
APRESENTAÇÃO
APRESENTANDO OS ORGANIZADORES
Danielle Pozzo
Doutora em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do 
Sul (PUCRS) com período sanduíche na NEOMA École de Management e Mestre em 
Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). 
Atualmente é professora do Centro Universitário FADERGS. Tem experiência na área 
de Administração, atuando principalmente nos seguintes temas: logística e cadeias de 
suprimentos, estratégia e competitividade, operações e negócios internacionais, gestão 
de riscos, alianças estratégicas e inovação.
Ricardo Buneder
Graduado em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
e Mestre em Administração pela mesma instituição. Atualmente atua como professor 
dos cursos de bacharelado em Engenharia de Produção, Administração e dos tecnólogos 
em Logística, Processos Gerenciais e Gestão Comercial da Universidade La Salle.
Maick Roberto Lopes
Graduado em Engenharia de Produção Mecânica pela Universidade Braz Cubas (2005), 
especialização em Administração Industrial pela Fundação Vanzolini - USP (2008) 
e Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Metodista de Piracicaba 
(UNIMEP). Atualmente é professor do Curso de Logística da FATEC Mogi das 
Cruzes e professor nos cursos de Graduação e Pós-Graduação no Centro Paula Souza 
- Fatec Sebrae e Fatec Mogi da Cruzes, Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) 
e Faculdade Sul Brasil (FASUL). Leciona nos cursos de Administração, Engenharia, 
Comércio Exterior, Logística, Marketing, Processos Gerenciais e Gestão de Negócios e 
Inovação. Tem experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Gerência 
de Produção e Gestão de Planejamento da Produção e Supply Chain. Atua principalmente 
nos seguintes temas: Logística, Gestão da Produção, Gestão de Materiais e PCP.
Logística de
Transporte e Distribuição
APRESENTANDO A DISCIPLINA 
Seja bem-vindo à disciplina de Logística de Transportes e Distribuição. Neste livro iremos 
estudar os temas que envolvem o transporte na logística integrada; as modalidades de 
transportes: características, intermodalidade e o panorama brasileiro; os sistemas e estrutura 
operacional; os serviços de transportes; a gestão do transporte de cargas; a seleção dos 
serviços de transportes; a estrutura de tarifas; a auditoria de operações externas; a gestão 
da distribuição física e as estratégias de canais de distribuição; a determinação de nível de 
serviço; os modelos de ressurgimento e os processos de pedidos e desafios típicos.
Ao longo de nossa caminhada, você terá uma visão ampla da relevância da atividade de 
transporte para o sistema logístico e, em especial, para o processo de distribuição física, 
dado que o transporte impacta o nível de serviço ofertado. Além disso, você compreenderá 
os custos envolvidos no transporte e na distribuição física, sua influência sobre o custo 
logístico total e será capaz de propor melhorias para o aumento da eficiência do sistema 
logístico.
Na Unidade 1 (O Transporte na Logística Integrada), você irá compreender o impacto do 
transporte no custo logístico total. Na Unidade 2 (Gestão do Transporte de Cargas), você 
irá percebera importância da gestão do transporte de cargas. Na Unidade 3 (Gestão da 
Distribuição Física), você irá aprender o conceito e a relevância dos canais de distribuição. 
E, por fim, na Unidade 4 (Nível de Serviço), você irá conhecer o conceito de nível de serviço 
e suas implicações para o processo de distribuição física. Será um período de intenso 
aprendizado, e esperamos que possamos aprender muito juntos.
Bons estudos!
Sumário
UNIDADE 1
Introdução à Logística de Transportes e Distribuição ..............................................................................................9
Objetivo Geral ............................................................................................................................................................9
Objetivos Específicos ................................................................................................................................................9
Questões Contextuais .................................................................................................................................................9
1.1 Conceitos Fundamentais em Logística de Transportes ....................................................................................... 10
1.2 Modais de Transporte ............................................................................................................................................ 14
1.3 Serviços de Transporte ......................................................................................................................................... 21
1.4 A Importância da Logística de Distribuição e Transportes.................................................................................. 23
Síntese da Unidade ...................................................................................................................................................25
Referências ...............................................................................................................................................................26
UNIDADE 2
Gestão do Transporte de Cargas ..............................................................................................................................27
Objetivo Geral ..........................................................................................................................................................27
Objetivos Específicos ..............................................................................................................................................27
Questões Contextuais ...............................................................................................................................................27
2.1 Introdução ............................................................................................................................................................. 28
2.2 A Importância da Gestão do Transporte de Cargas ............................................................................................. 30
2.3 Natureza das Cargas Transportadas .................................................................................................................... 34
2.4 Composição da Tarifa de Transporte .................................................................................................................... 41
2.4.1 Peso Líquido ............................................................................................................................................................41
2.4.2 Peso Bruto...............................................................................................................................................................41
2.4.3 Fator de Cubagem ...................................................................................................................................................42
2.4.4 Cubagem ................................................................................................................................................................42
2.4.5 Peso Cubado ...........................................................................................................................................................43
2.5 Negociação, Controle e Auditoria de Operações de Transporte .......................................................................... 44
2.5.1 Negociação .............................................................................................................................................................44
2.5.2 Controle ..................................................................................................................................................................44
2.5.3 Auditoria de Operações de Transporte ......................................................................................................................45
Síntese da Unidade ...................................................................................................................................................48
Referências ...............................................................................................................................................................49
UNIDADE 3
Gestão da Distribuição Física ..................................................................................................................................51
Objetivo Geral ..........................................................................................................................................................51
Objetivos Específicos ..............................................................................................................................................51
Questões Contextuais ...............................................................................................................................................51
3.1 Conceituação dos Canais de Distribuição ............................................................................................................ 52
3.2 Objetivos e Funções dos Canais de Distribuição ................................................................................................. 55
3.2.1 Objetivos dos Canais de Distribuição .......................................................................................................................55
3.2.2 Funções do Canal de Distribuição ............................................................................................................................56
3.2.3 Tipos de Canais de Distribuição ...............................................................................................................................58
3.2.4 Propriedades dos Canais de Distribuição .................................................................................................................62
3.3 Como Definir um Canal de Distribuição ............................................................................................................... 64
Síntese da Unidade ...................................................................................................................................................66
Referências ...............................................................................................................................................................67
UNIDADE 4
Nível de Serviço ........................................................................................................................................................69
Objetivo Geral ..........................................................................................................................................................69
Objetivos Específicos ..............................................................................................................................................69
Questões Contextuais ...............................................................................................................................................694.1 Nível de Serviço Logístico ..................................................................................................................................... 70
4.1.1 A Proposição de Valor Logístico ...............................................................................................................................73
4.2 Medidas de Desempenho ...................................................................................................................................... 76
4.3 Ciclo de Pedidos .................................................................................................................................................... 78
Síntese da Unidade ...................................................................................................................................................80
Referências ...............................................................................................................................................................81
Introdução à Logística de 
Transportes e Distribuição
Prezado estudante,
Estamos começando uma unidade desta disciplina. Os textos que a compõem foram 
organizados com cuidado e atenção, para que você tenha contato com um conteúdo 
completo e atualizado tanto quanto possível. Leia com dedicação, realize as atividades e 
tire suas dúvidas com os tutores. Dessa forma, você, com certeza, alcançará os objetivos 
propostos para essa disciplina.
OBJETIVO GERAL 
Discutir os principais conceitos acerca da logística de transportes e distribuição, bem 
como sensibilizar o estudante quanto à relevância da área para a gestão organizacional.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
• Compreender os principais conceitos relacionados à logística de transportes e 
distribuição;
• Conhecer os principais modais de transporte, suas vantagens e desvantagens, 
bem como suas características principais;
• Familiarizar-se com os principais serviços relacionados ao transporte e à distribuição;
• Refletir sobre o impacto da logística de transportes e distribuição na gestão dos 
processos organizacionais.
QUESTÕES CONTEXTUAIS
1. O que é logística de transporte?
2. Qual é a diferença entre suprimentos e distribuição?
3. O que é eficiência e eficácia na logística de transportes?
4. Por que e para que a logística de transportes e distribuição é importante?
5. O que são modais de transporte?
6. Quais são os principais modais de transporte que podem ser utilizados?
7. Quais são as vantagens e desvantagens de cada modal de transporte e como 
escolher quais utilizar?
8. Quais são os principais serviços de transporte que devemos conhecer e podemos 
utilizar para gerir nossas operações?
unidade 
1
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Danielle Nunes Pozzo10
1.1 Conceitos Fundamentais em Logística 
de Transportes
Para que possamos compreender a importância da logística de transportes e seus 
desmembramentos, precisamos começar pelos conceitos fundamentais. E o primeiro deles 
é a própria definição do que é transporte.
Transporte é uma das funções fundamentais, ditas primárias, da logística e 
envolve a movimentação de bens ou pessoas de um ponto de origem a um ponto de destino. 
O transporte é uma atividade crítica para a comercialização de mercadorias, mas também de 
serviços. O sistema logístico também abrange as atividades de processamento de pedidos, 
armazenagem, estoque, produção, embalagem, tecnologia da informação, compras etc. 
Todas essas atividades estão intrinsecamente relacionadas e, por isso, ao longo desta obra, 
você verá que, mesmo com foco em transportes, também relacionaremos as mesmas à 
atividade de transporte.
É comum as pessoas confundirem transporte com carga, no entanto tratam-se de 
conceitos diferentes. Carga é o nome que damos aos produtos que estão sendo transportados, 
independentemente de estarem eles no estado sólido, líquido ou gasoso. Na Unidade 2, 
aprofundaremos os tipos de carga transportados e as condições específicas de transporte 
para cada configuração. E frete, você sabe o que é? Frete é um conceito relacionado à 
carga dado que o preço cobrado pelo transporte de determinada carga. Também veremos 
as formas de cálculo de frete ao longo da Unidade 2 e sob a ótica de custos na Unidade 3.
Apresentaremos agora mais um conceito relacionado à carga: trata-se da rota, 
que nada mais é que o trajeto percorrido por uma carga através de um modal de transporte.
Outra definição importante é a de consolidação de carga, ou seja, a agregação de 
mercadorias de diferentes embarcadores com a finalidade de otimizar o espaço do veículo 
utilizado no transporte. Vamos pensar em uma situação hipotética para entender melhor 
como funciona a consolidação de carga: uma empresa X deseja transportar 16 caixas de 
livros de Porto Alegre a Manaus. Se um veículo transportar apenas as 16 caixas pelos mais 
de 4.000 km, a tarefa será cumprida. Contudo, seria possível buscar aproveitar melhor o 
transporte, incluindo outras cargas junto com as caixas de livros. 
Adicionalmente, para tornar o transporte mais bem aproveitado, podem-se utilizar 
pontos de agrupamento, localizados de forma a facilitar a armazenagem e redistribuição 
de bens e pessoas. São chamados de hubs os pontos de recebimento, processamento e 
escoamento de mercadorias e pessoas, posicionados a fim de proporcionar um melhor 
aproveitamento das rotas. Como no exemplo das caixas de livros: após sair de Porto Alegre 
em um transporte, as caixas de livros podem ser descarregadas em um hub em São Paulo 
Introdução à Logística de Transportes e Distribuição | UNIDADE 1 11
para que de lá possam ser direcionadas a outro meio de transporte que segue para Manaus, 
compartilhando transporte com outras mercadorias que irão para o mesmo destino. A lógica 
de hub logístico viabiliza que as rotas sejam mais curtas, mas ainda assim se possibilite 
transportes de longas distâncias. A configuração de hubs pode ser utilizada tanto para as 
demandas individuais de empresas, quanto para prestadores de serviços de transporte, em 
nível nacional e internacional.
Nesse contexto, ainda há um termo que se faz importante destacar: quando se 
realiza a troca de veículo, meio ou modal de transporte, indica-se que houve transbordo.
Figura 1.1 – Simulação de rota com hub e sem hub.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
SEM HUB
COM HUB
ORIGEM
ORIGEM
ORIGEM
DESTINO
DESTINO
Carga 1
Carga 2 HUB
Toda preocupação em realizar um transporte com o melhor aproveitamento 
possível é um reflexo do princípio de eficiência, que permeia todos os 
processos logísticos. O princípio da eficiência orienta que se deve aproveitar 
os recursos disponíveis de forma inteligente e, no caso do transporte, 
que se utilizem veículos, tempo, pessoas, espaço, entre outros recursos 
relacionados, da melhor forma possível para que se obtenha o maior benefício 
com o menor custo. Assim, quando se utilizam hubs e consolidação de 
cargas, busca-se aumentar a eficiência do transporte.
Também deve-se buscar a eficácia nos transportes. Define-se como eficácia 
a orientação para o atingimento dos objetivos. Ou seja, basicamente, um 
transporte eficaz trata de cumprir o que foi planejado, seja no que se refere 
a prazos, condições de entrega ou disponibilidade.
DESTAQUE
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Danielle Nunes Pozzo12
Para que fique mais claro, vamos a um exemplo: um restaurante que entrega em 
domicílio estabelece um prazo de até 45 minutos para que o pedido chegue até a casa do 
cliente. Em média, o tempo de entrega que o restaurante tem conseguido manter é de 23 
minutos, o que pode ser considerado um resultado excelente. Contudo, a cada novo pedido, 
é deslocado um motoboy para cada entrega, bem como um veículo (moto), máquina de 
cartão e combustível. Pode-se dizer, inclusive, que são necessários mais entregadores para 
realizar o delivery desta forma. O que aprendemos com este caso? Que o restaurante está 
sendo eficaz, pois entrega dentro do prazo estipulado, masnão está sendo eficiente, pois 
não opta pelo melhor aproveitamento possível dos recursos para fazer as entregas.
Caso este mesmo restaurante concentrasse mais de um pedido para cada viagem 
do entregador, otimizando rotas e consolidando “cargas”, e com isso aumentasse o tempo 
médio de entrega para 42 minutos, ainda assim estaria sendo eficaz, mas também passaria 
a ser mais eficiente. Interessante, não é mesmo?
Há ainda outro princípio essencial na logística que não pode ser esquecido nesta 
discussão introdutória: o da flexibilidade. A logística é uma área que lida com um vasto 
volume de elementos que podem afetar as operações e que não estão sob o controle de 
quem gerencia os processos. Esses elementos ou fatores também são conhecidos como 
“variáveis incontroláveis” e podem desestruturar um plano logístico. Uma vez que o 
dia a dia da logística depende de fatores que não podem ser controlados, a flexibilidade 
torna-se princípio básico para a realização das atividades. Vale lembrar que, no que diz 
respeito à logística, a empresa que quiser obter vantagem competitiva deve ser capaz de 
flexibilizar o volume e o mix (variedade) demandados pelo cliente, bem como os momentos 
e locais de entrega. Mas observe que estamos falando de flexibilizar, ou seja, ajustar-se às 
adversidades para continuar atingindo os objetivos traçados. Isso não significa que não é 
necessário planejar. O planejamento, por si só, já é um princípio básico da gestão logística 
de transportes e distribuição.
O planejamento é uma atividade fundamental para a gestão, uma vez que a partir 
dele são estimados os recursos necessários, os prazos e custos envolvidos, e, até mesmo, 
planos de contingência, ou seja, a determinação do que fazer quando da ocorrência de 
acontecimentos não previstos. É a partir do planejamento que se minimizam os riscos 
e aumenta-se a eficiência das operações. É semelhante ao que acontece, por exemplo, 
nas compras do mês de uma família: se não for elaborada uma lista com os itens a 
serem adquiridos, é provável que itens sejam comprados em quantidades superiores ou 
insuficientes, que haja gasto superior ao orçamento e até mesmo que seja necessário 
retornar ao supermercado mais de uma vez. Ao longo deste livro, desenvolveremos 
diversos conteúdos importantes para a construção do planejamento logístico de transporte 
e distribuição.
Introdução à Logística de Transportes e Distribuição | UNIDADE 1 13
Outros conceitos que precisamos conhecer são os de logística de suprimentos e 
de distribuição. Não se tratam apenas de conceitos, mas de processos da logística, com 
características, fluxos e dinâmica distintos. Quando falamos de logística de suprimentos - 
que também é conhecida por seu termo em inglês, inbound logistics - nos referimos a todas 
as atividades, recursos, pessoas, demandas e cargas que representam a entrada (ou input) de 
insumos, materiais e serviços em uma organização. Assim, quando estamos organizando 
a recepção de uma carga de leite em pó para abastecer a linha de produção de uma fábrica 
de chocolates ou um lote de cadeiras que irá mobiliar o auditório da empresa, estamos 
falando de logística de suprimentos. A logística de suprimentos envolve a movimentação 
de estoques, sua armazenagem, embalagem e manuseio, bem como o gerenciamento dos 
fluxos de informações necessários à execução desse conjunto de atividades.
A logística de distribuição (também conhecida como outbound logistics), por 
sua vez, refere-se ao fluxo de materiais que sai da organização (output) para abastecer o 
mercado através dos canais de distribuição escolhidos pela empresa.
Figura 1.2 – Logística de suprimentos e logística de distribuição.
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
Fornecedores
Parceiros
Logística de
Suprimentos
A organização
Logística de
Distribuição
Cliente e
Consumidores
Parceiros
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Danielle Nunes Pozzo14
1.2 Modais de Transporte
Agora que conhecemos os principais conceitos relacionados à logística de 
transportes e distribuição, aprofundaremos um pouco mais nossa discussão com outro 
pilar fundamental para o estudo e atuação na área: os modais de transporte. Modais são 
os diversos tipos de transporte a partir dos quais as organizações podem movimentar 
suas mercadorias entre um ponto de origem e um ponto de destino. A reflexão acerca dos 
modais é importante não só para conhecer as alternativas disponíveis para o planejamento 
de uma operação, mas também para pensar criticamente sobre as vantagens e desvantagens 
de cada modal, a fim de tornar cada movimentação de mercadorias mais eficiente. Vamos 
conhecer os modais?
Existem cinco modais de transporte: rodoviário, ferroviário, dutoviário, aéreo e 
aquaviário. O modal rodoviário refere-se ao transporte realizado por meio de rodovias e 
estradas. Incluem-se nesta categoria, portanto, os transportes realizados por motocicletas, 
automóveis, ônibus, caminhões e carretas. Este é atualmente o modal de transporte mais 
utilizado no Brasil, visto que a nossa malha rodoviária é, comparativamente com os demais 
meios, a mais desenvolvida e disponível no país. Isso possibilita que se utilize este meio 
para fazer o transporte porta a porta, ou seja, seguir da origem ao destino com o mesmo 
modal.
Isso não significa que o modal rodoviário não enfrente problemas: ainda que a 
infraestrutura viária seja maior em comparação com a de outros modais, a condição crítica 
de muitas rodovias brasileiras traz sérios transtornos para o escoamento de nossos produtos. 
Além de riscos de acidentes, levam a um maior desgaste dos veículos e aumento do tempo 
de deslocamento da carga. Adicionalmente, os riscos de saques, roubos e sequestros são 
uma preocupação constante de transportadoras, embarcadores e passageiros, de modo que 
o modal acaba sofrendo também com o aumento da criminalidade e da violência. Mas, 
a pior de todas as consequências das más condições de nossa infraestrutura viária é o 
aumento do valor dos fretes que impacta negativamente em nossa competitividade.
A principal vantagem do modal rodoviário é sua característica de ligar qualquer 
ponto de origem a qualquer ponto de destino, ou seja, o fato de ser o único modal porta a 
porta. Além disso, ele complementa outros modais, como o aéreo, aquaviário e ferroviário. 
Como desvantagens da utilização do modal rodoviário, podem-se citar a limitação de 
capacidade de carga, o alto índice de poluição e ser pouco recomendado para longas 
distâncias.
Introdução à Logística de Transportes e Distribuição | UNIDADE 1 15
Uma consequência negativa importante relacionada à nossa dependência por único 
tipo de modal foi sentida por todos em maio de 2018 na paralisação dos caminhoneiros. O 
país enfrentou problemas de abastecimento de alimentos, combustíveis, medicamentos etc. 
Ainda que este tenha sido um acontecimento pontual, greves são um fator a ser considerado, 
mesmo que algumas vezes apresentem apenas impacto localizado (ex: em região específica 
de um estado, em uma organização etc.). 
Outro modal a ser estudado é o ferroviário, que por definição é o transporte 
realizado sobre trilhos. Assim, os trens são os veículos utilizados para a realização deste 
tipo de transporte, que demanda infraestrutura específica para que seja utilizado. No Brasil, 
há potencial para investimentos neste modal, que viabilizaria transporte rápido, de baixo 
custo e apto a transportar grandes volumes e tipos diversos de carga. Contudo, a malha 
ferroviária atual em nosso país é restrita, o que limita o uso deste meio de transporte. Além 
dos poucos trechos de estrutura ferroviária disponível, há ainda pontos com caraterísticas 
de trilhos e estruturas diferenciadas, o que limita a utilização desse modal. Em grande 
parte das rotas, para que se faça uso do modal ferroviário, é necessário associá-lo a outro 
modal, em geral o rodoviário, para complemento do trajeto. Isso envolve a necessidade 
de transbordos de um veículo a outro, o que implica tempode carga e descarga e a 
necessidade de pagamento de frete para cada um dos modais envolvidos no transporte, 
o que pode acabar tornando o uso do modal ferroviário inviável em termos de prazos e 
custos para muitas operações. Não esqueça: o modal ferroviário, dadas suas características 
de capacidade e baixo custo, é recomendado para o transporte de commodities (grãos, 
minérios, combustíveis, areia etc.).
Para saber mais sobre os diferentes tipos de veículos rodoviários, consulte: 
http://gg.gg/ednr9.
SAIBA MAIS
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Danielle Nunes Pozzo16
Figura 1.3 – Mapa ferroviário brasileiro.
Fonte: ANTF (2019).
O terceiro modal de transporte que vamos estudar é o dutoviário. Como o nome 
já refere, é definido pelo transporte através de dutos ou tubos. O transporte dutoviário é 
uma alternativa lenta, com custo de frete muito baixo e que permite movimentação de 
carga sem interferência de variáveis externas (ex: congestionamentos). Em contrapartida, 
há a necessidade de infraestrutura para viabilizar este meio de transporte: dutos, pontos 
de recepção, sistemas de suporte e estações de movimentação de carga são críticos para 
a realização de transporte por este modal. Devido ao grande volume de investimentos 
necessário, o transporte dutoviário é ainda incipiente no país. Adicionalmente, há a 
limitação de tipo de carga: mercadorias em estado líquido ou gasoso são as indicadas para 
este tipo de transporte.
Introdução à Logística de Transportes e Distribuição | UNIDADE 1 17
Figura 1.4 – Transporte dutoviário.
Fonte: Freepik (2019).
Continuando nossos estudos sobre modais, vamos analisar o modal aéreo, a partir 
do qual as cargas são transportadas em aviões. Esse modal é reconhecido principalmente 
pela velocidade. As cargas são transportadas, na maioria das vezes, em voos comerciais. 
Sendo assim, a contratação do modal aéreo só se justifica para cargas pequenas e de alto 
valor agregado, pois somente dessa forma serão cobertos os custos de transporte. Outra 
situação seria aquela relacionada a uma emergência na entrega. Em contrapartida, possui 
altos custos de frete se comparado a outros modais. Ainda assim, pode ser uma alternativa 
na qual a relação custo/benefício seja positiva conforme a urgência envolvida na entrega e 
o valor da carga.
Cabe salientar que o modal dutoviário é mais confiável, dado que é o único 
capaz de operar ininterruptamente (24 horas por dia, sete dias por semana).
DESTAQUE
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Danielle Nunes Pozzo18
Figura 1.5 – Evolução da quantidade de carga transportada por modal aéreo no Brasil.
Fonte: Adaptado de ANAC (2019).
Por fim, temos o modal aquaviário, que por definição é o transporte realizado 
por água. Esse modal divide-se em: fluvial (por rios), lacustre (por lagos) e marítimo (por 
mares e oceanos). O modal aquaviário possui elevada capacidade de carga (a maior entre 
todos os modais), podendo utilizar contêineres para o transporte das cargas ou transportá-
las a granel (soltas, sem embalagem, como é o caso de grãos, por exemplo). Além disso, 
outra vantagem do modal aquaviário é sua flexibilidade em relação ao tipo de carga 
transportado, uma vez que permite a movimentação de uma grande variedade de produtos.
Em contrapartida, o longo tempo de deslocamento faz com que seja a opção menos 
recomendada para operações com prazos restritos ou remessas de urgência. Assim como 
nos modais aéreo e dutoviário, o marítimo demanda infraestrutura portuária para que 
possa ser realizado de forma eficiente. Um exemplo da necessidade de investimento é o 
processo de manutenção dos calados (níveis de profundidade dos berços de atracação) que, 
se não estiverem de acordo com os parâmetros, podem inviabilizar ou limitar a recepção 
e saída de embarcações. 
1.015 876
Doméstica Internacional
1.137
1.265 1.275 1.337
1.323
1.219 1.147 1.247
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
+23%
Introdução à Logística de Transportes e Distribuição | UNIDADE 1 19
Figura 1.6 – Principais tipos de contêiner.
Fonte: Adaptado por Universidade La Salle 2019.
É bastante informação, não é mesmo? Então, para facilitar, vamos a um quadro-
resumo do que vimos até aqui.
Contêineres Refrigerados
Contêineres Insulados Porthole e Conair
Contêiner 20’
20 Pés Standard 20’x8’x8’6”
Disponível para qualquer carga seca norma.
Exemplos: bolsas, pallets, caixas, tambores, etc. 
Contêiner 40’
40 Pés Standard 4 0’x8’x8’6”
Disponível para qualquer carga seca norma.
Exemplos: bolsas, pallets, caixas, tambores, etc. 
Contêiner 40’ HC
40 High Cube 40’x8’x9’x6”
Disponível para qualquer carga seca norma.
Exemplos: bolsas, pallets, caixas, tambores, etc. 
Contêiner Reefer 20’
Com equipamento próprio para a geração de frio.
Destinados ao transporte de carga que requer 
temperaturas constantes abaixo de zero ou 
tempreraturas controladas.
Exemplos: carnes, peixes, frutas, etc.
Contêiner Reefer 40’
Com equipamento próprio para a geração de frio.
Destinados ao transporte de carga que requer 
temperaturas constantes abaixo de zero ou 
tempreraturas controladas.
Exemplos: carnes, peixes, frutas, etc.
Contêiner Reefer 40’ HC
Com equipamento próprio para a geração de frio.
Destinados ao transporte de carga que requer 
temperaturas constantes abaixo de zero ou 
tempreraturas controladas.
Exemplos: carnes, peixes, frutas, etc.
Contêiner 20’ Insulado
Sem equipamento gerador de frio.
Destinados ao transporte de carga 
que requer temperaturas constantes.
Exemplos: maças, frutas, etc.
Contêiner 40’ Insulado
Com equipamento próprio para geração de frio.
Destinados ao transporte de carga que requer 
temperaturas constantes abaixo de zero ou 
tempreraturas controladas.
Exemplos: carnes, peixes, frutas, etc.
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Danielle Nunes Pozzo20
Quadro 1.1 – Principais características dos modais de transporte de acordo com o contexto logístico brasileiro.
Modal Vantagens Desvantagens
Rodoviário
• Acesso a localidades não atendidas 
por outros modais;
• Possibilidade de transporte porta a 
porta;
• Complementa outros modais;
• Comporta transporte de cargas de 
pequeno a grande porte, dependendo 
do veículo.
• Restrições devido à qualidade inferior 
das vias;
• Preço de frete elevado se comparado 
à capacidade de carga;
• Tempo de deslocamento dependerá 
do trajeto a ser percorrido (prazo de 
entrega);
• Riscos de greve, saques, acidentes e 
poluição.
Ferroviário
• Transporte de grande volume de 
mercadorias;
• Baixo custo de frete.
• Rotas muito restritas devido à baixa 
cobertura da malha ferroviária;
• Consequente necessidade de 
complemento rodoviário para grande 
parte dos trajetos;
• Deslocamento lento.
Dutoviário
• Baixo custo de frete;
• Deslocamento lento, porém 
ininterrupto (prazos de entrega mais 
curtos);
• Baixíssima interferência de outros 
agentes no transporte.
• Necessidade de infraestrutura 
específica, que demanda alto 
investimento;
• Restrita a alguns tipos específicos de 
carga.
Aéreo
• Comporta transporte de cargas de 
pequeno porte, dependendo do 
veículo;
• Deslocamento rápido (prazos de 
entrega mais curtos).
• Alto custo de frete;
• Necessidade de infraestrutura 
aeroportuária para envio e recepção 
de carga.
Aquaviário
(Marítimo, 
lacustre e fluvial)
• Baixo custo de frete;
• Recomendado para o transporte de 
cargas de médio a grande porte.
• Necessidade de infraestrutura 
portuária para envio e recepção de 
carga;
• Tempo estendido de deslocamento 
(prazos maiores de entrega).
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
No planejamento de transportes, pode-se utilizar apenas um modal - chamado 
unimodal - ou ainda compor o trajeto com mais de um meio dos que vimos acima, o 
que chamamos de transporte multimodal. Não confunda com a mudança de veículo, 
que vimos anteriormente: quando há troca de veículo, mas o modal permanece o mesmo, 
estamos falando apenas de transbordo. 
Uma curiosidade: caso você esteja se perguntando,é possível, em condições 
específicas, que o veículo de transporte seja a própria carga que está sendo movimentada 
(por exemplo, um avião, um helicóptero, uma lancha, um ônibus, etc). Assim, tem-se o que 
chamamos de transporte por meios próprios. 
1.3 Serviços de Transporte
Avançando com nosso conhecimento, vamos agora conhecer os principais tipos de 
prestadores de serviços de transporte. São eles:
a. Armadores e companhias marítimas: são os prestadores de serviços que 
viabilizam o transporte marítimo. 
b. Transportadores rodoviários: ainda que se possa realizar transporte com agentes 
individuais, é predominante a contratação de empresas prestadoras de serviços 
de transporte rodoviário. As mesmas podem realizar movimentação de cargas 
integrais ou consolidadas (que não chegam a ocupar o espaço interno total).
c. Transportadores ferroviários: também chamados de operadores ferroviários, no 
Brasil atuam como prestadores de serviço ao mesmo tempo em que possuem a 
concessão dos trechos de atuação, estando sob sua responsabilidade a manutenção 
das estruturas. 
d. Companhias aéreas: como a nomenclatura já refere, são responsáveis pela prestação 
de serviços de transporte aéreo de carga e passageiros, tendo, geralmente, uma 
divisão da empresa para cada tipo de serviço. 
e. Consolidador de carga: ainda que prestadores de serviços especializados em 
transporte rodoviário e aéreo também prestem serviços de consolidação, há agentes 
que atuam exclusivamente nesse segmento. Prioritariamente focados no serviço 
marítimo, esses agentes geralmente não dispõem dos veículos, atuando como 
intermediários de transporte e associando mercadorias de diferentes proprietários. 
f. Freight forwarder: esse tipo de prestador de serviço caracteriza-se por integrar 
diversos serviços logísticos (ex: diferentes modais de transporte, armazenagem, 
etc), podendo inclusive associar serviços aduaneiros como forma de promover uma 
oferta combinada ao cliente, que passa a concentrar seus contatos em apenas uma 
empresa. Esse termo é geralmente utilizado para operações internacionais, mas 
pode ser aplicado a todos os agentes que atenderem às características mencionadas. 
g. Operador de Transporte Multimodal (OTM): como o nome refere, pode 
integrar serviços de transporte de diferentes modais, oferecendo assim um serviço 
com mais flexibilidade de adaptação à demanda do cliente e às necessidades do 
contexto. É importante ressaltar sua diferença em relação ao freight forwarder, 
que também associa outros tipos de serviços logísticos e aduaneiros. 
Introdução à Logística de Transportes e Distribuição | UNIDADE 1 21
1.3 Serviços de Transporte
Avançando com nosso conhecimento, vamos agora conhecer os principais tipos de 
prestadores de serviços de transporte. São eles:
a. Armadores e companhias marítimas: são os prestadores de serviços que 
viabilizam o transporte marítimo. 
b. Transportadores rodoviários: ainda que se possa realizar transporte com agentes 
individuais, é predominante a contratação de empresas prestadoras de serviços 
de transporte rodoviário. As mesmas podem realizar movimentação de cargas 
integrais ou consolidadas (que não chegam a ocupar o espaço interno total).
c. Transportadores ferroviários: também chamados de operadores ferroviários, no 
Brasil atuam como prestadores de serviço ao mesmo tempo em que possuem a 
concessão dos trechos de atuação, estando sob sua responsabilidade a manutenção 
das estruturas. 
d. Companhias aéreas: como a nomenclatura já refere, são responsáveis pela prestação 
de serviços de transporte aéreo de carga e passageiros, tendo, geralmente, uma 
divisão da empresa para cada tipo de serviço. 
e. Consolidador de carga: ainda que prestadores de serviços especializados em 
transporte rodoviário e aéreo também prestem serviços de consolidação, há agentes 
que atuam exclusivamente nesse segmento. Prioritariamente focados no serviço 
marítimo, esses agentes geralmente não dispõem dos veículos, atuando como 
intermediários de transporte e associando mercadorias de diferentes proprietários. 
f. Freight forwarder: esse tipo de prestador de serviço caracteriza-se por integrar 
diversos serviços logísticos (ex: diferentes modais de transporte, armazenagem, 
etc), podendo inclusive associar serviços aduaneiros como forma de promover uma 
oferta combinada ao cliente, que passa a concentrar seus contatos em apenas uma 
empresa. Esse termo é geralmente utilizado para operações internacionais, mas 
pode ser aplicado a todos os agentes que atenderem às características mencionadas. 
g. Operador de Transporte Multimodal (OTM): como o nome refere, pode 
integrar serviços de transporte de diferentes modais, oferecendo assim um serviço 
com mais flexibilidade de adaptação à demanda do cliente e às necessidades do 
contexto. É importante ressaltar sua diferença em relação ao freight forwarder, 
que também associa outros tipos de serviços logísticos e aduaneiros. 
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Danielle Nunes Pozzo22
h. Courier: esse serviço refere-se ao transporte de remessas (mercadorias) de pequeno 
volume e de baixo valor comercial. Também chamados de “correio expresso”, 
“remessa expressa” ou simplesmente “correio”, essa opção é recomendada para 
casos em que se tem apenas um volume ou ainda em casos de envio de amostras, 
presentes, peças únicas de reposição, entre outros.
Uma observação importante: esses prestadores de serviços de transporte podem 
atuar em trânsito doméstico, ou seja, nacional, e/ou internacional.
Introdução à Logística de Transportes e Distribuição | UNIDADE 1 23
1.4 A Importância da Logística de Distribuição 
e Transportes
A esta altura de nossa primeira unidade, é provável que você já tenha compreendido 
os principais elementos que envolvem a logística de transporte e distribuição e, portanto, 
já consiga perceber que se trata de uma área de grande importância para a gestão 
organizacional. Todavia, vamos dedicar esta pequena e última seção da unidade a uma 
reflexão sobre o impacto desta área, como forma de consolidarmos o aprendizado desta 
unidade. 
Vamos separar os principais pontos que sustentam a relevância da logística:
1. Impacto no preço;
2. Impacto na satisfação e na qualidade;
3. Impacto na sustentabilidade organizacional;
4. Impacto na competitividade e na consolidação de vantagens competitivas.
Inicialmente, vamos pensar nos custos logísticos. A logística afeta o preço das 
mercadorias que consumimos diariamente e, por isso, é crítica para os negócios e para a 
sociedade. Muitas pessoas acham, por exemplo, que quando há aumento de combustível, elas 
podem ser pouco afetadas se não possuírem um veículo. É algo comum de se ouvir. Mas se 
pensarmos que o combustível é um dos custos do transporte e que, portanto, soma-se ao que 
indiretamente pagamos por produtos e serviços, já mudamos a perspectiva. 
Os custos logísticos estão embutidos no preço final do que pagamos, pois a maioria das 
atividades logísticas ocorre no back office (onde o cliente e o consumidor não visualizam). Por 
isso é tão difícil de enxergar. Mas tenha certeza de que está lá e afeta os demais pontos desta 
discussão. Assim, é fundamental que se planejem formas eficientes e eficazes de realizar a 
logística de transporte e distribuição. 
A logística de transportes e distribuição também está ligada à qualidade e satisfação 
dos clientes e consumidores. Vamos primeiro olhar para a qualidade. Supondo que fabriquemos 
peças lindas de decoração, com design inovador e altos índices de qualidade (acabamento 
impecável, materiais resistentes e nobres, etc.). Ao transportar de forma equivocada, pode-se 
gerar avarias que prejudiquem a integridade da peça, que portanto, acaba de perder o nível de 
qualidade que tinha de fábrica devido a um transporte inadequado.
Quem nunca recebeu (ou ouviu alguém reclamar de) uma caixa danificada? Isso acaba 
gerando o segundo ponto deste tópico: a insatisfação do cliente. Ora, quem espera receber uma 
entregatem expectativa de obter um produto íntegro. Ao receber algo que não atende a esse 
requisito, o cliente pode inclusive desistir da compra e seus potenciais pedidos futuros podem 
estar ameaçados.
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Danielle Nunes Pozzo24
A má gestão da logística de transportes e distribuição pode também gerar atrasos, 
que igualmente geram insatisfação e desistências. Os atrasos também significam recursos 
envolvidos em algo por mais tempo que o necessário, ou seja, mais desperdício.
Equívocos na logística de transporte e distribuição também podem resultar em 
entrega de produtos equivocados ou em lotes parciais: outro caso que não agrega pontos 
positivos para a operação. Você já viu aqueles casos em que a mala do viajante é perdida? 
Ou alguém que, ao comprar um produto, como uma televisão de 60 polegadas, recebe em 
casa uma de 45? São exemplos de problemas na logística de transporte e distribuição que 
afetam não só a experiência do consumidor, mas a reputação da organização no mercado 
e eleva os custos da organização (com retrabalho, retratações, captação de novos clientes 
etc.).
Tudo isso deve ser levado em consideração quando se fala de sustentabilidade 
organizacional. A sustentabilidade que falamos aqui se refere à continuidade de uma 
organização ao longo do tempo e, considerando que custos, reputação, demanda são 
elementos críticos para a permanência de uma organização no mercado, a logística 
certamente possui um papel importante. 
No mesmo sentido, entregas eficientes e eficazes só tendem a contribuir 
positivamente, podendo inclusive ser um diferencial positivo em relação aos concorrentes 
e que faça com que o cliente compre de uma organização e não de outra por causa disso. 
Essa diferenciação, também chamada de vantagem competitiva, pode modificar a posição 
de uma organização no mercado, aumentando significativamente sua visibilidade, receita 
e sustentabilidade. 
É bastante coisa, você não acha? Por isso, precisamos cuidar da logística de 
transportes e de distribuição com tanta atenção: ela pode ser o diferencial entre uma 
empresa bem-sucedida e outra que venha a fechar as portas. 
Segundo reportagem da revista Veja publicada no dia 7 de junho de 2019, 
os Correios perderam 20% de participação como prestadores de serviço de 
courier em seis anos no mercado nacional. Os principais motivos alegados 
por empresas e consumidores são os atrasos nas entregas e os preços 
elevados. A expectativa é de que, em cinco anos, prestadores de serviço 
privados serão os líderes neste segmento, até então dominado pela estatal. 
Acesse a reportagem em: http://gg.gg/edoon.
SAIBA MAIS
SÍNTESE DA UNIDADE
Iniciamos nossa jornada pela logística de transporte e distribuição a partir dos 
conceitos fundamentais sobre o tema, entendendo o que de fato compõe esta área de atuação, 
bem como seus principais termos. Discutimos definições essenciais como suprimentos, 
distribuição, eficiência, eficácia, rotas, hubs e a concepção de frete logístico. 
Aprofundamos nossa discussão ao compreender os tipos de modais de transportes, 
suas vantagens e desvantagens e os principais serviços de transporte.
Ainda, nesta unidade, discutimos a importância da logística de transportes e 
distribuição na gestão das operações organizacionais, tomando consciência acerca dos 
impactos e potencialidades das decisões neste campo para os resultados de negócio. 
Introdução à Logística de Transportes e Distribuição | UNIDADE 1 25
SÍNTESE DA UNIDADE
Iniciamos nossa jornada pela logística de transporte e distribuição a partir dos 
conceitos fundamentais sobre o tema, entendendo o que de fato compõe esta área de atuação, 
bem como seus principais termos. Discutimos definições essenciais como suprimentos, 
distribuição, eficiência, eficácia, rotas, hubs e a concepção de frete logístico. 
Aprofundamos nossa discussão ao compreender os tipos de modais de transportes, 
suas vantagens e desvantagens e os principais serviços de transporte.
Ainda, nesta unidade, discutimos a importância da logística de transportes e 
distribuição na gestão das operações organizacionais, tomando consciência acerca dos 
impactos e potencialidades das decisões neste campo para os resultados de negócio. 
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Danielle Nunes Pozzo26
REFERÊNCIAS
ANAC, Anuário do Transporte Aéreo - 2017. Brasília, 2018. Acesso em: jun. 2019. Disponível 
em: http://gg.gg/edopo.
BALLOU, R. H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais e distribuição 
física. São Paulo: Atlas, 2010.
BBC. Greve dos caminhoneiros: a cronologia dos 10 dias que pararam o Brasil. 
Disponível em: http://gg.gg/edoq4. Acesso em: 04 jun. 2019.
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B.; BOWERSOX, J. C. Gestão logística da 
cadeia de suprimentos. 4. ed. São Paulo: McGraw Hill, 2014.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos: estratégia, planejamento e 
operações. 4. ed. São Paulo: Pearson, 2011.
CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações: manufatura e 
serviços: uma abordagem estratégica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
CRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. 5. ed. São Paulo: 
Cengage, 2018.
LAMBERT, D. M. Supply chain management: processes, partnerships, performance. 2.ed. 
Jacksonville: SCMI, 2006.
NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e 
avaliação. 3. ed., rev., atual e ampl. Rio de Janeiro: Elsevier: Campus, 2007.
SIMCHI-LEVI, D.; KAMINSKY, P.; SIMCHI-LEVI, E. Cadeias de suprimentos: 
projeto e gestão. Porto Alegre: Bookman, 2016.
SLACK, N.; ALISTAR, B.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 8. Ed. São Paulo: 
Atlas, 2018.
WANKE, P. Logística e transporte de cargas no Brasil: produtividade e eficiência no século 
XXI. São Paulo: Atlas, 2010.
Gestão do Transporte de Cargas
Prezado estudante,
Estamos começando uma unidade desta disciplina. Os textos que a compõem foram 
organizados com cuidado e atenção, para que você tenha contato com um conteúdo 
completo e atualizado tanto quanto possível. Leia com dedicação, realize as atividades e 
tire suas dúvidas com os tutores. Dessa forma, você, com certeza, alcançará os objetivos 
propostos para essa disciplina.
OBJETIVO GERAL 
Demonstrar a importância do transporte de cargas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
• Especificar a natureza das cargas transportadas;
• Compreender a estrutura que compõe as tarifas de transporte;
• Entender como realizar uma auditoria de operações de transporte, bem como sua 
importância.
QUESTÕES CONTEXTUAIS
1. Você já parou para refletir sobre a importância do transporte de cargas para 
a economia de um país? O Brasil praticamente parou quando, em maio de 2018, 
houve a greve dos caminhoneiros. O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de 
todas as riquezas produzidas por um país, recuou. 
2. O que torna o transporte de cargas tão importante? 
3. Como fazer para deslocar os produtos de que necessitamos, desde os locais 
onde são fabricados até nossas casas? 
4. Quais os fatores que compõem as tarifas dos transportes e que influência elas 
têm sobre o custo de vida?
unidade 
2
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Ricardo Buneder28
2.1 Introdução
Olá, nesta Unidade vamos estudar os seguintes tópicos: importância da gestão do 
transporte de cargas, quais os tipos de cargas transportadas, qual a composição de uma 
tarifa de transporte, a negociação de tarifas, o controle do serviço de transporte e, por 
fim, a auditoria de operações de transporte. Esses são pontos muito importantes, dado 
que os custos com transporte totalizam aproximadamente 60% dos custos logísticos das 
empresas brasileiras. 
Outro ponto a ser salientado é a má qualidade da infraestrutura logística 
brasileira. Apenas a título de exemplo, constata-se que o modal rodoviário é responsável 
por 62,7% de todas as movimentações de carga do país (Instituto ILOS, 2016). Mas esse 
percentual, quando combinado comoutros modais, chega a 100% das movimentações. 
Por quê? Digamos que sua empresa exporte um produto para a Europa. Você dirá que o 
modal utilizado é o marítimo. Correto, mas não só, pois para ir da empresa até o porto 
foi necessário utilizar o modal rodoviário. A Figura 2.1, que veremos a seguir, mostra 
a Matriz de Transportes de Cargas brasileira. Nela fica claro o desequilíbrio entre os 
vários modais de transporte.
Se tomarmos essas informações e compararmos com os com dados apresentados 
pelo Relatório Gerencial sobre Rodovias (Pesquisa CNT 2018) de que no Brasil há 
213.453 km de rodovias pavimentadas e 1.349.939 km de rodovias não pavimentadas, 
correspondendo, respectivamente, a 12,4% e 78,5% da extensão da malha rodoviária 
nacional, teremos uma ideia dos efeitos, não apenas sobre a segurança dos condutores, 
mas também sobre o desgaste dos veículos, velocidades desenvolvidas e tempo de 
viagem, entre outros. Esses fatos impactam negativamente a competitividade de 
nossos produtos quando comparados aos dos nossos concorrentes no mercado externo. 
A Figura 2.2 apresenta o estado de nossa malha rodoviária, a partir de pesquisa 
realizada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), no ano de 2018.
Gestão do Transporte de Cargas | UNIDADE 2 29
Figura 2.1 – Matriz brasileira de transporte de cargas.
Fonte: Adaptado de Instituto ILOS (2016).
Figura 2.2 – Malha rodoviária brasileira.
Fonte: Adaptado de Pesquisa CNT de Rodovias - Relatório gerencial (CNT 2018, p. 11).
12,6%
21,0% 62,8%
3,6%
DutoviárioAquaviárioFerroviárioRodoviário
Total de Rodovias
1.720.700 Km
Rodovias Pavimentadas
213.453 Km
12,4%
Rodovias não Pavimentadas
1.349.939 Km
78,5%
Rodovias Federais
65.615 Km
30,7%
Rod. Estaduais Transitótias, 
Estaduais e Municipais
147.838 Km
69,3 %
Rodovias Federais Duplicadas
6.407 Km
9,8 %
Rod. Federais Pista Simples
57.812 Km
88,1%Rod. Federais em Duplicação
1.396 Km
2,1%
Rodovias Planejadas
157.309 Km
9,1%
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Ricardo Buneder30
2.2 A Importância da Gestão do Transporte de Cargas
A compreensão da importância da gestão do transporte de cargas é fundamental 
para a boa formação de um profissional da área de logística, pois a atividade de transporte é 
uma das atividades logísticas ditas primárias, ou seja, aquelas atividades que são essenciais 
para o funcionamento de um sistema logístico. Apenas para lembrar, são três as atividades 
primárias em logística: (a) o transporte; (b) os estoques; e (c) o processamento de pedidos. 
O transporte á a atividade principal de um sistema logístico, pois todos os produtos 
precisam ser movimentados/transportados de um ponto ao outro em uma cadeia de 
suprimentos. O transporte também é responsável pelo posicionamento geográfico das 
mercadorias. Assim, por exemplo, se uma determinada empresa com sede em São Paulo 
decide ter um depósito para seus produtos na região metropolitana de Porto Alegre a fim 
de atender mais rapidamente seus clientes do Rio Grande do Sul, será preciso, primeiramente, 
transportar/movimentar seus produtos, desde São Paulo até o depósito localizado na região 
metropolitana de Porto Alegre, pois esse foi o local onde a empresa decidiu posicionar 
geograficamente seu estoque para atender seus clientes gaúchos. Outro aspecto importante 
a ser salientado é que o transporte é responsável por aproximadamente dois terços dos 
custos logísticos de uma empresa. 
Continuando nossa análise sobre as atividades primárias, vamos falar um pouco 
sobre estoques. Por que as empresas mantêm estoques? Porque elas tentam equilibrar as 
oscilações da oferta com as oscilações da demanda. Ou seja, os estoques atuam como um 
“amortecedor” entre a oferta e a demanda de produtos. Todos sabemos que tanto a oferta 
de produtos (lado dos fornecedores) como sua demanda (lado dos compradores) variam 
É de extrema importância que 
você compreenda o impacto dos 
transportes na economia brasileira. 
Nesse sentido, sugere-se a leitura 
do texto “Entenda como é a 
infraestrutura logística brasileira”, 
que pode ser acessado em: 
http://gg.gg/eakqc, e que assista a 
este vídeo sobre Custos Logísticos 
no Brasil: http://gg.gg/eakrm.
VÍDEO
Gestão do Transporte de Cargas | UNIDADE 2 31
segundo diversas circunstâncias. Ou seja, a taxa de oferta (a quantidade de produtos que 
chegam dos fornecedores por unidade de tempo) não é necessariamente igual à taxa de 
demanda (a quantidade de produtos consumidos pelos clientes por unidade de tempo). 
Quer um exemplo? Vamos imaginar que você compra produtos de um determinado 
fornecedor para vender a seus clientes. Esses produtos enviados pelo seu fornecedor 
podem sofrer alguma demora na entrega em função de atraso no transporte, ou podem 
ter sido enviados com erro (você pediu o produto X e lhe foi enviado o produto Y), ou, 
ainda, podem ter sido danificados durante o transporte do fornecedor até sua empresa. 
Todos esses fatores, para citar apenas alguns, farão com que o tempo de entrega do seu 
fornecedor seja mais longo do que o esperado. É a isso que chamamos de variabilidade na 
oferta. Pelo lado da demanda, por sua vez, pode ser que um de seus clientes faça um pedido 
maior do que ele costuma comprar, podendo fazer com que você fique sem produtos para 
atender os demais clientes. Ou você resolve diminuir temporariamente o preço de seus 
produtos a fim de vender mais. Se não houver estoque suficiente, provavelmente você 
não conseguirá atender todos os clientes e perderá vendas. Essas situações exemplificam 
a variabilidade que pode ocorrer na demanda. A fim de ilustrar o porquê das empresas 
manterem estoques, vamos fazer uma analogia com a caixa d´água que existe em sua casa. 
Se houver uma interrupção no abastecimento da água que vem da rua, a taxa de oferta de 
água será zero (não há mais água vindo do fornecedor). No entanto, a taxa de consumo 
será maior do que zero, pois os moradores da casa (clientes) continuarão a ter sua demanda 
atendida pela água estocada na caixa, pelo menos por um determinado tempo.
Figura 2.3 – Analogia entre estoque e caixa d’água.
Fonte: Adaptado de Slack, Johnston e Chambers (2009, p. 359).
Taxa de crescimento
do processo de entrada
Taxa de demanda do
processo de saída
Estoque
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Ricardo Buneder32
Por último, temos o processamento de pedidos, que é a atividade primária que 
envolve todos os aspectos das solicitações dos clientes, incluindo o recebimento inicial do 
pedido, a entrega, o faturamento e a cobrança. Trata-se de uma atividade crítica em termos 
do tempo necessário para disponibilizar bens e serviços para os clientes, pois envolve o 
processamento de informações, as quais devem ser as mais exatas possíveis. Não custa 
lembrar que um pedido realizado por um cliente a um fornecedor nada mais é do que uma 
informação enviada a esse fornecedor. É da exatidão dessa informação e de sua velocidade 
de processamento que depende a resposta ao cliente.
Conforme já discutido, é inegável a importância do transporte de cargas para 
uma logística eficiente e eficaz, pois diariamente milhares de empresas produzem e 
comercializam uma infinidade de produtos que precisam ser transportados. Além disso, 
vimos o impacto significativo do transporte sobre os custos logísticos de uma empresa. 
Para aprofundar seus conhecimentos sobre a importância da gestão de 
estoques, assista aos vídeos nos links a seguir. O primeiro é conteúdo do 
Sebrae, e o segundo, do ILOS Instituto de Logística e Supply Chain.
Sebrae: http://gg.gg/eaksw.
ILOS Instituto de Logística e 
Supply Chain: http://gg.gg/eakt0.
VÍDEO
Para saber mais como funciona e 
sobre as etapas do processamento de 
pedidos, assista ao vídeo produzido 
pelo canal Movidos pela Logística 
neste link: http://gg.gg/eaktj.
VÍDEO
Gestão do Transporte de Cargas | UNIDADE 2 33
Outro aspecto a ser considerado e que vem ganhando a cada dia mais importância diz 
respeito à influência do transporte sobrea qualidade dos serviços logísticos oferecidos aos 
clientes, dada sua influência sobre o tempo e confiabilidade das entregas das mercadorias. 
Essas duas variáveis são importantes quando pensamos no transporte como fator 
estratégico. Se a empresa foca no atendimento a clientes que têm no preço seu principal 
fator de decisão sobre as compras, então é possível utilizar um meio de transporte mais 
lento e, por consequência, mais barato para atendê-los. Por outro lado, se os clientes da 
empresa valorizam a entrega rápida e confiável, não se importando que isso acarrete preços 
maiores, pode-se utilizar alternativas de transporte mais rápidas e confiáveis. É claro que 
essas decisões sobre meios de transporte são fortemente dependentes do tipo de carga a ser 
transportada, conforme veremos na sequência de nosso estudo.
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Ricardo Buneder34
2.3 Natureza das Cargas Transportadas
De acordo com Nogueira (2018, p. 93), existem diferentes cargas, cada uma com 
suas respectivas características. A seguir, vamos apresentar cada uma delas:
• Transporte de carga seca: produtos não perecíveis e que podem ser transportados 
independentemente das intempéries (calor, frio, sol, chuva etc.). Exemplos: 
madeiras, ferragens, materiais de construção (exceto cimento) etc.
• Transporte de veículos: geralmente são acondicionados em carretas chamadas 
“cegonhas” ou guinchos. As carretas, em sua grande maioria, transportam veículos 
zero-quilômetro, enquanto os guinchos transportam, predominantemente, veículos 
usados.
Figura 2.4 – Caminhão cegonha.
Fonte: Freepik (2019).
• Transporte de produtos perigosos: são realizados em caminhões-tanque, pois 
esses acomodam a carga com maior segurança. Também podem ser transportados 
por trens e navios. Vale lembrar que é considerado produto perigoso toda e qualquer 
substância que, dadas suas características físicas e químicas, possa oferecer, quando 
em transporte, risco à segurança pública, saúde de pessoas e meio ambiente, de 
acordo com os critérios de classificação da ONU, publicados através da Portaria nº 
204/97 do Ministério dos Transportes. A classificação desses produtos é feita com 
base no tipo de risco que apresentam.
Gestão do Transporte de Cargas | UNIDADE 2 35
Figura 2.5 – Caminhão de transporte de produtos perigosos.
Fonte: Freepik (2019).
• Transporte de pallets e racks: são transportados, em sua grande maioria, 
em caminhões sider que agilizam o processo de carga e descarga, não se 
descartando também a utilização de caminhões baú, quando necessário. 
Geralmente, os produtos transportados são acondicionados de forma unitizada, 
para facilitar sua movimentação, carregamento e descarregamento. 
Figura 2.6 – Pallet e rack.
Fonte: Pixabay (2019).
Para ter acesso à Portaria 204/97 do Ministério dos Transportes sobre o 
transporte terrestre de produtos perigosos, acesse: http://gg.gg/eakv6.
SAIBA MAIS
(a) Pallet (b) Rack
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Ricardo Buneder36
• Transporte de contêiner: a técnica de conteinerização pode ser definida como 
o transporte direto de mercadorias de qualquer tipo, em contêineres apropriados. 
Como vantagens desse tipo de transporte, podemos citar maior proteção para 
as mercadorias contra intempéries e choques devido ao reforço oferecido pelo 
contêiner. Os contêineres também podem ser transferidos de um modal de 
transporte para outro, sem demandar grandes operações de manuseio na carga e 
descarga. Em função disso, os contêineres têm tido sua aceitação ampliada entre os 
transportadores, companhias de seguros e embarcadores de carga. Cabe salientar 
que os caminhões que realizam o transporte de contêineres necessitam de um 
porta-contêiner, ou seja, um equipamento adequado para o transporte dos mesmos.
Figura 2.7 – Contêiner.
Fonte: 123RF (2018).
Para saber mais sobre unitização 
de cargas acesse o vídeo do canal 
Logística em Nossas Vidas no link 
a seguir: http://gg.gg/ealxt.
VÍDEO
Gestão do Transporte de Cargas | UNIDADE 2 37
• Transporte de perecíveis: essas mercadorias requerem maior cuidado por serem 
passíveis de deterioração ou decomposição, exigindo, assim, condições especiais de 
temperatura e/ou arejamento para a manutenção de suas características orgânicas. 
Esses produtos são transportados em caminhão-baú refrigerado para garantir a 
qualidade do produto desde seu ponto de origem até sua entrega no cliente, ou em 
contêineres refrigerados, no caso de transporte por navio.
Figura 2.8 – Caminhão-baú refrigerado.
Fonte: Freepik (2019).
Figura 2.9 – Contêiner refrigerado.
Fonte: Shutterstock (2019).
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Ricardo Buneder38
• Transporte graneleiro: define-se carga a granel como toda carga homogênea, 
sem acondicionamento específico, apresentando-se na forma sólida. Compreende 
as cargas não acondicionadas, portanto, sem invólucro,/embalagem. Essas cargas 
são geralmente transportadas em caminhões graneleiros, trens ou navios, os quais 
possuem características específicas para esse tipo de transporte.
Figura 2.10 – Caminhão graneleiro.
Fonte: Pixabay.
Figura 2.11 – Trem graneleiro.
Fonte: 123RF (2018).
Gestão do Transporte de Cargas | UNIDADE 2 39
Figura 2.12 – Navio graneleiro.
Fonte: 123RF (2018).
• Transporte de líquidos: são geralmente acondicionados em caminhões com 
carroceria-tanque de aço, também chamados de caminhão cisterna, carro-tanque 
ou caminhão-pipa. Diferentemente do transporte de produtos perigosos, aqui se 
está falando de produtos como suco e água. O caminhão cisterna ou caminhão-pipa 
é utilizado exclusivamente para o transporte de água. 
Figura 2.13 – Caminhão-tanque para o transporte de suco de laranja.
Fonte: Pixabay (2019).
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Ricardo Buneder40
Figura 2.14 – Navio para transporte de suco.
Fonte: Seatrade (2019).
Para um detalhamento maior sobre principais tipos de carga, acesse o link: 
http://gg.gg/eal8i.
SAIBA MAIS
Você já percorreu alguns quilômetros seguindo um caminhão graneleiro na 
época da colheita de grãos em alguma estrada de nosso país? Reparou a 
quantidade de grãos que vai se perdendo a partir da carroceria do veículo. 
O que podemos concluir sobre a eficiência e eficácia desse modal de 
transporte para esse tipo de carga?
REFLETINDO
2.4 Composição da Tarifa de Transporte
Quando falamos em tarifa de transporte, estamos nos referindo ao valor do frete 
cobrado pelas transportadoras. Existem diversas variáveis que influenciam esse valor. 
Como exemplos, podemos mencionar a distância a ser percorrida, os impostos, o preço do 
combustível e, até mesmo, o peso e o volume da carga a ser transportada.
Nesse sentido, vamos iniciar nosso estudo sobre composição de tarifas de frete a 
partir das definições de quatro aspectos relevantes para a composição dessa tarifa: peso 
líquido, peso bruto, fator de cubagem e cubagem.
2.4.1 Peso Líquido
O peso líquido representa o peso real do produto, ou seja, sem considerar a 
embalagem. De modo geral, as embalagens são constituídas de caixas de papelão, 
de madeira, embalagens plásticas, metálicas e, até mesmo, paletes. Desse modo, pode-se 
dizer que o peso líquido de uma mercadoria é o seu peso total menos o peso de tara.
Exemplo:
Uma mercadoria possui peso total de 10 quilos, porém somente a caixa onde ela 
está embalada pesa 1 quilo. Logo, é possível notar que o peso líquido da mercadoria é de 
9 quilos.
Ou seja:
Peso líquido = (Peso total) – (Peso de tara) 
2.4.2 Peso Bruto
O peso bruto representa o peso total da carga, incluindo as embalagens. Ou seja, o 
peso bruto é a soma do peso líquido da carga com o peso das embalagens/recipientes que 
abrigam a carga.
Exemplo:
Se uma carga possui peso líquido de 20 quilos e sua embalagem pesa 5 quilos, o 
peso bruto será 20 kg + 5 kg = 25 kg.
Ou seja:
(Peso Líquido) + (Tara) = Peso Bruto
Gestão do Transporte de Cargas | UNIDADE 2 41
2.4 Composição da Tarifa de Transporte
Quandofalamos em tarifa de transporte, estamos nos referindo ao valor do frete 
cobrado pelas transportadoras. Existem diversas variáveis que influenciam esse valor. 
Como exemplos, podemos mencionar a distância a ser percorrida, os impostos, o preço do 
combustível e, até mesmo, o peso e o volume da carga a ser transportada.
Nesse sentido, vamos iniciar nosso estudo sobre composição de tarifas de frete a 
partir das definições de quatro aspectos relevantes para a composição dessa tarifa: peso 
líquido, peso bruto, fator de cubagem e cubagem.
2.4.1 Peso Líquido
O peso líquido representa o peso real do produto, ou seja, sem considerar a 
embalagem. De modo geral, as embalagens são constituídas de caixas de papelão, 
de madeira, embalagens plásticas, metálicas e, até mesmo, paletes. Desse modo, pode-se 
dizer que o peso líquido de uma mercadoria é o seu peso total menos o peso de tara.
Exemplo:
Uma mercadoria possui peso total de 10 quilos, porém somente a caixa onde ela 
está embalada pesa 1 quilo. Logo, é possível notar que o peso líquido da mercadoria é de 
9 quilos.
Ou seja:
Peso líquido = (Peso total) – (Peso de tara) 
2.4.2 Peso Bruto
O peso bruto representa o peso total da carga, incluindo as embalagens. Ou seja, o 
peso bruto é a soma do peso líquido da carga com o peso das embalagens/recipientes que 
abrigam a carga.
Exemplo:
Se uma carga possui peso líquido de 20 quilos e sua embalagem pesa 5 quilos, o 
peso bruto será 20 kg + 5 kg = 25 kg.
Ou seja:
(Peso Líquido) + (Tara) = Peso Bruto
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Ricardo Buneder42
2.4.3 Fator de Cubagem
O fator de cubagem é uma constante utilizada para o cálculo da cubagem. Trata-se 
da determinação do peso ideal de uma carga em relação ao volume por ela ocupado.
Assim, pode-se dizer que o fator de cubagem é a relação entre o volume e o peso 
de uma carga, o qual é calculado a partir da seguinte forma:
Fator de Cubagem = Peso da Carga (Kg) / Volume da Carga (m3)
Exemplo:
Um caminhão possui capacidade de carga de 15.000 kg e volume de 50 m3. 
Seu fator de cubagem é: 15.000 kg / 50 m³ = 300 kg/ m³.
A tabela a seguir mostra os valores de fator de cubagem para os modais rodoviário, 
aéreo e marítimo.
Tabela 2.1 – Fatores de cubagem padrão.
Modal de Transporte Fator de Cubagem Padrão (kg/m³)
Rodoviário 300 kg/m³
Aéreo 166,6667 kg/m³
Marítimo 918 kg/m³
Fonte: Adaptado de Hive Cloud (2019).
2.4.4 Cubagem
A fim de compreendermos o conceito de cubagem, devemos primeiramente abordar 
o conceito de peso cubado e o porquê de sua existência. O peso cubado é uma unidade 
expresso em kg e seu objetivo é o de igualar mercadorias muito volumosas e mercadorias 
muito pesadas. 
Isso evita que um transportador tenha prejuízo ao transportar uma mercadoria 
volumosa para a qual a taxa de frete tenha sido determinada a partir de seu peso. 
Analogamente, se a taxa de frete foi estabelecida a partir do volume da carga transportada, 
o transportador pode ser prejudicado caso o peso dessa carga for muito elevado.
A cubagem é a multiplicação das dimensões de uma mercadoria embalada.
Importante: para o cálculo de cubagem, devemos nos certificar de que a mercadoria 
esteja devidamente embalada. Feito isso, devem ser verificadas as dimensões altura (A), 
largura (L) e comprimento/profundidade (C), as quais devem ser multiplicadas entre si:
Gestão do Transporte de Cargas | UNIDADE 2 43
CUBAGEM = (A x L x C)
Repare que a unidade da cubagem é o m³, pois a multiplicação das dimensões da 
carga (A x L x C) resulta em m³.
Exemplo:
Colocar do seguinte modo: Qual a cubagem de uma caixa de madeira cujas 
dimensões são 1,50 m de altura, 2,00 m de largura e 0,80 m de profundidade? 
Cubagem = A x L x C
Cubagem = 1,50 m x 2,00 m x 0,80 m = 2,40 m³
2.4.5 Peso Cubado
O peso cubado é expresso em kg e seu objetivo é o de otimizar a capacidade do 
transporte, isto é, procurar ocupar o máximo do espaço disponível sem ultrapassar o peso 
permitido.
A fórmula para o cálculo do peso cubado é:
PESO CUBADO = FATOR DE CUBAGEM X CUBAGEM
Quando do orçamento de um frete, os transportadores consideram o peso que for 
maior entre o peso bruto e o peso cubado.
Exemplo:
Utilizando as mesmas dimensões da caixa de madeira do exemplo anterior, vamos 
calcular seu peso cubado supondo que a mesma tenha de ser transportada através do modal 
rodoviário.
FATOR DE CUBAGEM PARA MODAL RODOVIÁRIO = 300 kg / m³ (vide 
Tabela 1)
CUBAGEM DA CAIXA DE MADEIRA = 1,50 m x 2,00 m x 0,80 m = 2,40 m³
PESO CUBADO = 300 kg / m³ x 2,40 m³ = 720 kg
Para que possamos aprofundar o conhecimento sobre composição de 
tarifa de transporte, recomendamos que você leia o material disponibilizado 
através do link a seguir: http://gg.gg/eam30. 
SAIBA MAIS
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO | Ricardo Buneder44
2.5 Negociação, Controle e Auditoria de Operações 
de Transporte
Em um mercado com níveis de competição cada vez mais elevados, a pressão pela 
diminuição de custos é uma constante. Nesse sentido, a negociação dos valores de frete é 
muito importante, dado que os custos com transporte representam aproximadamente dois 
terços dos custos logísticos de uma empresa.
2.5.1 Negociação
Uma das responsabilidades da gestão de transportes é a de buscar a tarifa mais baixa 
possível que seja coerente com o nível de serviço desejado. Ou seja, se uma entrega deve ser 
feita em, no máximo, três dias, o embarcador deve buscar o atendimento dessa demanda pelo 
menor custo possível. Nesse sentido, cabe citar Bowersox et al (2014), que afirmam que a 
chave para uma negociação eficaz é buscar acordos “ganha-ganha”, nos quais transportadores 
e embarcadores partilham ganhos de produtividade.
2.5.2 Controle
Também são de responsabilidade da gestão de transportes o rastreamento, os 
serviços expressos e a administração das horas de serviços dos motoristas. 
a. Rastreamento: uma das maiores preocupações de um transportador é manter 
a segurança das mercadorias sob sua responsabilidade e ajudar um embarcador 
a acompanhar o transporte de suas cargas. Para tal propósito, existem diversas 
tecnologias que podem ser utilizadas. A mais usual é o rastreamento através do 
GPS (Sistema de Posicionamento Global), que pode ser empregado através do uso 
de computadores, smartphones e tablets. Trata-se de um sistema que acompanha o 
veículo vinte e quatro horas por dia, em tempo real. Através desse sistema, o gestor de 
frota tem acesso a informações importantes, como abertura e fechamento de portas 
do veículo, velocidade etc., bem como jornada do motorista, relatórios gerenciais, 
controle de posição e outras informações. Além disso, esse sistema também permite 
enviar alertas e bloquear o caminhão, se necessário. 
b. Serviços expressos: dizem respeito a solicitações do embarcador ao transportador 
para que seja dada prioridade de movimentação a alguns de seus itens.
c. Administração das horas de serviço dos motoristas: tal gestão é necessária para 
garantir que os motoristas tenham um tempo de descanso apropriado entre suas 
Gestão do Transporte de Cargas | UNIDADE 2 45
jornadas de trabalho. No Brasil, a Lei nº 13.103/2015 determina que a jornada diária 
de um motorista deve ser de 8 horas, perfazendo uma jornada semanal de 44 horas. 
Além disso, deve ser respeitado o intervalo mínimo de 1 hora para refeição.
2.5.3 Auditoria de Operações de Transporte
Quando a prestação do serviço de transporte não ocorre de acordo com o combinado, 
os embarcadores podem fazer reclamações junto aos transportadores a fim de obterem 
restituição. Essas reclamações, de acordo com Bowersox et al (2014), são classificadas 
como “perdas e danos” ou “sobretarifa/subtarifa”.
As “perdas e danos” estão relacionadas a perdas financeiras resultantes de mau 
desempenho do transportador. Geralmente ocorrem quando a carga é perdida ou danificada 
no período que está em trânsito. 
Já as reclamações por “sobretarifa/subtarifa” ocorrem quando o valor cobrado 
pelo frete é diferente do esperado.

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