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Licensed to HENRIQUE DOS SANTOS PENA - asminemoreira@outlook.com Página 1 de 174 SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br DADOS DA OBRA Gestão de Conteúdo e Produção Editorial Prof. Marcelo Narciso Diagramação Prof. Josimare Mota • Livro Questões Comentadas • 5ª Edição – ANO/2021 • TOTAL DE QUESTÕES: ≈2.400 Nota do Editor Caro candidato(a), você está adquirindo um material atualizado, de alta qualidade, contendo questões gabaritadas e/ou comentadas. O conteúdo é uma junção/adaptação dos dois últimos editais do concurso para o Departamento Penitenciário de Minas Gerais. Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação para o e-mail faleconosco@bravoconcursos.com.br para esclarecer a questão. bravoconcursos.com.br Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou compartilhada por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Bravo Concursos. A violação dos direitos autorais é CRIME estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. (38) 9 9835-5115 Bravo Concursos BravoConcursosOficial Telegram Alunos Licensed to HENRIQUE DOS SANTOS PENA - asminemoreira@outlook.com https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://bravoconcursos.com.br/ https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://bravoconcursos.com.br/ https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw mailto:faleconosco@bravoconcursos.com.br https://bravoconcursos.com.br/ https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://wa.me/553898355115 http://www.youtube.com/c/BravoConcursos https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw https://t.me/joinchat/N7O0wxXbT1VVRVpwZAqERw Página 2 de 174 SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br SUMÁRIO LÍNGUA PORTUGUESA ____________________ 4 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS __________________________________ 4 MORFOLOGIA ____________________________ 9 PONTUAÇÃO _____________________________ 12 Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos conectores, Pronomes Relativos, Conjunções) ___ 21 Conjunção ________________________________ 27 Semântica _________________________________ 30 Ortografia ________________________________ 32 Verbo ____________________________________ 33 Acentuação ________________________________ 36 Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais ___________________________ 37 Reescrita de Frases. Substituição de palavras ___ 38 Significação de vocábulo e expressões __________ 40 Tipologia e Gênero Textual __________________ 41 Sintaxe ___________________________________ 42 CONSTITUIÇÃO FEDERAL. __________________ 44 RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO ________ 52 QUESTÕES RLM – SELECON ______________ 52 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ENVOLVENDO FRAÇÕES ________________________________ 55 CONJUNTOS _____________________________ 57 SILOGISMO ______________________________ 58 SEQUENCIAS DE NÚMEROS, FIGURAS, LETRAS E PALAVRAS ____________________ 59 PROPOSIÇÕES LÓGICAS __________________ 62 TABELA VERDADE _______________________ 63 EQUIVALÊNCIA LÓGICA _________________ 63 TAUTOLOGIAS, CONTRADIÇÕES E CONTINGÊNCIAS_________________________ 65 ARGUMENTO LÓGICO ___________________ 66 INFORMÁTICA _____________________________ 68 WINDOWS _______________________________ 68 EXCEL ___________________________________ 72 WORD ___________________________________ 80 POWER POINT ___________________________ 82 LIBRE OFFICE WRITER, CALC E IMPRESS _ 82 INTERNET E REDES DE COMPUTADORES _ 85 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO ___________ 89 HARDWARE ______________________________ 92 DIREITOS HUMANOS ________________________ 94 Declaração Universal dos Direitos Humanos ____ 94 Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica) __________________ 101 Convenção Contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes. __ 105 Decreto nº 40/1991 (Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes). __________________________ 105 Decreto nº 98.386/1989 (Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura). ____________ 105 Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento dos Presos (Regrasde Mandela) ___ 109 Grupos Vulneráveis e o Sistema Prisional _____ 109 Protocolo das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em Especial Mulheres e Crianças. _______________ 114 Teoria Geral dos Direitos Humanos __________ 116 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA _________________ 120 LEI FEDERAL n.º 7.210/1984 (Institui a Lei de Execução Penal) com atualizações inseridas pelo pacote Anticrime da Lei 13.964, de 2019. ______ 120 LEI ESTADUAL 11.404 DE 25/01/1994 (Contém Normas De Execução Penal No Estado de Minas Gerais). __________________________________ 132 Lei Federal n.º 9.455/1997 (Lei da Tortura) e alterações posteriores. ______________________ 136 Lei nº 13.869/2019 (antiga Lei nº 4.898/1965) - Lei de Abuso de Autoridade. ______________________ 140 Lei Federal nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) e alterações posteriores (com atualizações do Pacote Anticrime Lei nº 13.964, de 2019). ____________________________________ 143 Lei Federal nº 12.850/2013 (Organização Criminosa) com atualizações do Pacote Anticrime Lei nº 13.964, de 2019. __________________________________ 150 Lei Estadual 21.068/2013 (Porte de Arma do Agente de Segurança Penitenciário). ________________ 155 Licensed to HENRIQUE DOS SANTOS PENA - asminemoreira@outlook.com https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://bravoconcursos.com.br/ Página 3 de 174 SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br DECRETO 47.795 DE DEZEMBRO DE 2019 Revogou o Decreto 47.087 de 2016 (Dispõe Sobre a Organização da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) ________________________ 157 Código Penal Brasileiro Decreto-Lei n° 2.848/40 Art. 21 a 40 (com atualizações do Pacote Anticrime Lei nº 13.964, de 2019). __________________________ 158 LEGISLAÇÃO ESTADUAL ________________ 165 DECRETO 47.528, DE 12/11/2018 Revogou o Decreto 46.060 de 2012 (regulamenta a Lei Estadual Complementar nº 116/2011, que dispõe sobre a prevenção e a punição do assédio moral na Administração Pública Direta e Indireta do Poder Executivo Estadual) _______________________ 165 Lei Estadual nº 869/1952 e suas alterações posteriores (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais) ____________ 165 Decreto nº 46.644/2014 (Dispõe sobre o Código de Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração Estadual). ___________________ 172 Licensed to HENRIQUE DOS SANTOS PENA - asminemoreira@outlook.com https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://bravoconcursos.com.br/ Página 4 de 174 SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br LÍNGUA PORTUGUESA COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS TEXTO 1 Ciência e epidemia, construções coletivas Vacinas, atuando por meio de agentes semelhantes ao patógeno da doença, mas incapazes de causá-Ia, geram uma memória imunológica que nos protege da doença, às vezes por toda a vida. Mais que seu efeito individual, porém, importa seu efeito comunitário. Se bem utilizadas, podem proteger até quem não se vacinou. Epidemias são fenômenos intrinsecamente sociais: contraímos as doenças infecciosas e as transmitimos para as pessoas ao redor. E a reação do grupo determina o curso e a gravidade do surto. Se boa parte da população já tem imunidade contra determinada doença, é mais difícil que um indivíduo infectado contamine outras pessoas. Esse fenômeno, inicialmente estudado em animais, é chamado de imunidade de rebanho. Para a gripe, observa-se a proteção comunitária quando cerca de 40% da população é imune ao vírus; para o sarampo, a taxa fica por volta de 95%. Se um número suficiente de indivíduos for vacinado de modo a atingir a imunidade de rebanho, então a população como um todo recebe proteção contra a epidemia. É nesse contexto que segue a busca por uma vacina para a Covid- 19. Calcula-se que atingiremos a imunidade de rebanho quando entre 60 e 70% da população estiver imune ao vírus. Há quem estime que a taxa seja menor, dada a heterogeneidade da população. De um modo ou de outro, várias pesquisas (inclusive brasileiras) evidenciam que sem a vacina essas taxas não serão alcançadas no curto prazo. Para agravar a situação, pairam dúvidas sobre a imunidade a longo prazo para a doença. Essa é uma batalha que precisa ser travada com as armas da ciência. Pela primeira vez na história, o público acompanha tão de perto e com tanta expectativa a produção do conhecimento científico. E esse processo pode às vezes parecer caótico. A ciência é um processo de construção coletiva, tão social quanto a epidemia que ela tenta enfrentar. Esforços colossais foram canalizados para o enfrentamento da Covid-19 - só de vacinas temos 135 iniciativas, 22 delas sendo testadas em humanos (duas das quatro que estão no último estágio de ensaios em humanos estão sendo testadas no Brasil). Enquanto assistimos ao desenrolar dessa busca, vemos o fracasso de projetos promissores e o questionamento de informações antes tidas por favas contadas. Esse processo de construção do conhecimento científico costuma se estender por anos. Mas a urgência e a intensidade da pesquisa sobre a Covid-19 têm forçado adaptações e aperfeiçoamento. A demanda do público por informação vem estimulando estudiosos a melhorar o modo de comunicar seus achados e também as discussões sobre a construção do conhecimento. É um momento único: pela primeira vez experimentamos uma pandemia de tais proporções, com os atuais níveis de conhecimento científico e recursos de comunicação. Vamos torcer para que as pessoas, confrontadas com estudos de resultados conflitantes, descubram um pouco mais a respeito da formação do conhecimento científico. E, com sorte, passem a admirar a beleza e o esforço envolvido na construção da ciência. Gabriella Cybis Folha de São Paulo, 15/07/2020 1. 1. (SELECON/CRA RR/2020) Leia o Texto 1 para responder à questão De acordo com a argumentação da autora, a epidemia é considerada uma construção coletiva pelo seguinte motivo: a) investir em ciência é decorrente de financiamento público b) formar pesquisadores de ponta demanda tempo longo c) evitar o contágio depende de uma ação comunitária d) testar os medicamentos exige consentimento De acordo com a argumentação da autora, a epidemia é considerada uma construção coletiva pelo motivo ► evitar o contágio depende de uma ação comunitária. Vejamos o trecho que coloca a epidemia como uma construção coletiva: "A ciência é um processo de construção coletiva, tão social quanto a epidemia que ela tenta enfrentar. Esforços colossais foram canalizados para o enfrentamento da Covid-19 - só de vacinas temos 135 iniciativas...". Nessa passagem, ao colocar a ciência como algo tão social quanto a epidemia, a autora evidencia que evitar o contágio também depende de esforços colossais, que normalmente ocorrem por meio de uma ação comunitária. a) ERRADA. O texto não afirma que investir em ciência é algo decorrente de financiamento público. O financiamento pode ser proveniente de iniciativa particular b) ERRADA. De acordo com o texto, a urgência e a intensidade da pesquisa sobre a Covid-19 têm forçado adaptações e aperfeiçoamento. Assim, o texto expõe para o leitor a pressão de curto prazo. d) ERRADA. O teste de medicamentos não é um motivo que justifica a afirmação de que a epidemia é considerada uma construção coletiva.Gabarito oficial, c. 2. (SELECON/CRA RR/2020) Leia o Texto 1 para responder à questão Considerando uma leitura global do texto, observa-se que, além de informar sobre o estágio atual dos estudos sobre a Covid-19, o texto tem o propósito de: a) valorizar a construção do conhecimento científico b) relativizar o domínio dos cientistas sobre seu objeto c) reconhecer as falhas percebidas no percurso recente d) criticar o acúmulo de saberes divergentes sobre a saúde Considerando uma leitura global do texto, observa-se que, além de informar sobre o estágio atual dos estudos sobre a Covid-19, o texto tem o propósito de valorizar a construção do conhecimento científico. Obeserve a leitura do final do texto: "Esse processo de construção do conhecimento científico costuma se estender por anos. Mas a urgência e a intensidade da pesquisa sobre a Covid-19 têm forçado adaptações e aperfeiçoamento. A demanda do público por informação vem estimulando estudiosos a melhorar o modo de comunicar seus achados e também as discussões sobre a construção do conhecimento. É um momento único: pela primeira vez experimentamos uma pandemia de tais proporções, com os atuais níveis de conhecimento científico e recursos de comunicação. Vamos torcer para que as pessoas, confrontadas com estudos de resultados conflitantes, descubram um pouco mais a respeito da formação do conhecimento científico. E, com sorte, PASSEM A ADMIRAR a beleza e o esforço envolvido na construção da ciência." As letras B e D estão incorretas, pois a autora não faz críticas e nem relativiza os saberes científicos. O texto também não evidencia o reconhecimento das falhas percebidas no percurso recente, o que nos permite eliminar também a letra c. Gabarito oficial, a. Licensed to HENRIQUE DOS SANTOS PENA - asminemoreira@outlook.com https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://bravoconcursos.com.br/ Página 5 de 174 SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br 3. (SELECON/CRA RR/2020) Leia o Texto 1 para responder à questão "Se bem utilizadas, podem proteger até quem não se vacinou" (1° parágrafo). Com base na discussão do texto, a justificativa para essa ideia é: a) a vacina já causa a doença nas pessoas b) a imunização reduz o risco de transmissão c) o recurso financeiro garante o acesso de todos d) o trabalho de divulgação favorece a proteção individual "Se bem utilizadas, podem proteger até quem não se vacinou" (1° parágrafo). Com base na discussão do texto, a justificativa para essa ideia é de que a imunização reduz o risco de transmissão. Vejamos o trecho abaixo: "Se boa parte da população já tem imunidade contra determinada doença, é mais difícil que um indivíduo infectado contamine outras pessoas. Esse fenômeno, inicialmente estudado em animais, é chamado de imunidade de rebanho. Para a gripe, observa-se a proteção comunitária quando cerca de 40% da população é imune ao vírus; para o sarampo, a taxa fica por volta de 95%. Se um número suficiente de indivíduos for vacinado de modo a atingir a imunidade de rebanho, então a população como um todo recebe proteção contra a epidemia." Dessa forma, a letra B é a nossa resposta! As demais alternativas extrapolam as ideias do texto. Gabarito oficial, b. TEXTO 2 Direito humano à alimentação adequada e soberania alimentar O direito humano à alimentação adequada está contemplado no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e sua definição foi ampliada em outros dispositivos do Direito Internacional, como o artigo 11 do Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e o Comentário Geral nº 12 da ONU. No Brasil, resultante de amplo processo de mobilização social, em 2010 foi aprovada a Emenda Constitucional nº 64, que inclui a alimentação no artigo 6º da Constituição Federal. No entanto, isso não necessariamente significa a garantia da realização desse direito na prática, o que permanece como um desafio a ser enfrentado. O direito humano à alimentação adequada consiste no acesso físico e econômico de todas as pessoas aos alimentos e aos recursos, como emprego ou terra, para garantir esse acesso de modo contínuo. Esse direito inclui a água e as diversas formas de acesso à água na sua compreensão e realização. Ao afirmar que a alimentação deve ser adequada, entende-se que ela seja adequada ao contexto e às condições culturais, sociais, econômicas, climáticas e ecológicas de cada pessoa, etnia, cultura ou grupo social. Para garantir a realização do direito humano à alimentação adequada, o Estado brasileiro tem as obrigações de respeitar, proteger, promover e prover a alimentação da população. Por sua vez, a população tem o direito de exigir que eles sejam cumpridos, por meio de mecanismos de exigibilidade. Exigibilidade é o empoderamento dos titulares de direitos para exigir o cumprimento dos preceitos consagrados nas leis internacionais e nacionais referentes ao direito humano à alimentação adequada no âmbito dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas federal, estaduais e municipais. Esses meios de exigibilidade podem ser administrativos, políticos, quase judiciais e judiciais. Durante várias décadas, por influência dos países centrais, o Brasil e outros países em desenvolvimento procuraram responder ao problema da fome com a introdução da chamada revolução verde, que foi uma espécie de campanha de modernização da agricultura mediante a introdução de um pacote tecnológico baseado no uso intensivo de máquinas, fertilizantes químicos e agrotóxicos para aumentar a produção e, consequentemente, a humanidade acabaria com a fome. Introduziu-se, assim, um modelo agroexportador centrado nas monoculturas, que favoreceu a concentração das empresas, cada vez mais internacionalizadas, de modo que atualmente 30 conglomerados transnacionais controlam a maior parte da produção, da industrialização e do comércio agroalimentar no mundo, violando a soberania alimentar. Muitos países, regiões e municípios, também dentro do Estado brasileiro, vivem sem soberania alimentar e outros tantos vivem com sua soberania alimentar ameaçada pelos fatores supramencionados. Nesse contexto, a soberania alimentar significa o direito dos países definirem suas próprias políticas e estratégias de produção, distribuição e consumo de alimentos que garantam a alimentação para a população, respeitando as múltiplas características culturais dos povos em suas regiões. Entre os desafios para a garantia do direito humano à alimentação adequada e da soberania e segurança alimentar e nutricional no Semiárido, encontram-se: a necessidade de respeitar a diversidade cultural e as formas de organização e produção, de modo que as comunidades tenham sua autonomia para produzir e consumir seus alimentos; e a importância de avançar na realização da reforma agrária, na regularização fundiária e no reconhecimento dos territórios para que os povos tenham maior autonomia para produzir seus alimentos. Irio Luiz Conti (integra o Consea Nacional e é membro da Fian Internacional.) (Disponível em: http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/ artigos/2014/direito-humano-a-alimentacao-adequada-esoberania- alimentar) 4. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 2 para responder à questão A temática central discutida no texto pode ser resumida nos seguintes termos: a) saúde/política pública b) tecnologia/trabalho manual c) direito/distribuição de renda d) alimentação/poder de decisão Com base no título (Direito humano à alimentação adequada e soberania alimentar), é muito provável que o texto vá tratar, predominantemente,de alimentação o que de fato ocorre. O título também menciona soberania alimentar. Vejam a definição de soberania alimentar no texto: Nesse contexto, a soberania alimentar significa o direito dos países definirem suas próprias políticas e estratégias de produção, distribuição e consumo de alimentos que garantam a alimentação para a população, respeitando as múltiplas características culturais dos povos em suas regiões. Gabarito oficial, d. 5. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 2 para responder à questão. No primeiro parágrafo, a primeira frase estabelece com a segunda uma relação caraterizada pelo seguinte par de palavras: a) generalização/especificação b) exemplificação/ponderação c) definição/contraposição d) comparação/definição O texto começa falando do direito à alimentação, que está presente na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Depois disso, no segundo período, há a menção do direito à alimentação no Brasil. Ou seja, primeiro há a menção do direito à alimentação de forma geral. Então, fala-se do direito à alimentação especificamente no Brasil. Gabarito oficial, a. 6. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 2 para responder à questão No segundo parágrafo, a discussão sugere incluir o seguinte aspecto: Licensed to HENRIQUE DOS SANTOS PENA - asminemoreira@outlook.com https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://bravoconcursos.com.br/ Página 6 de 174 SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br a) regular indicações universais à humanidade b) produzir normas de conservação dos produtos c) observar condições específicas dos grupos sociais d) recusar efeitos das alterações climáticas nos alimentos O direito humano à alimentação adequada consiste no acesso físico e econômico de todas as pessoas aos alimentos e aos recursos, como emprego ou terra, para garantir esse acesso de modo contínuo. Esse direito inclui a água e as diversas formas de acesso à água na sua compreensão e realização. Ao afirmar que a alimentação deve ser adequada, entende-se que ela seja adequada ao contexto e às condições (OBSERVAR CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DOS GRUPOS SOCIAIS) culturais, sociais, econômicas, climáticas e ecológicas de cada pessoa, etnia, cultura ou grupo social. Gabarito oficial, c. 7. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 2 para responder à questão De acordo com o texto, a soberania alimentar pressupõe o seguinte elemento: a) autonomia de definição de estratégias pelos países b) exploração da mão de obra familiar no campo c) enquadramento no modelo de exportação d) revisão de valores e crenças locais Muitos países, regiões e municípios, também dentro do Estado brasileiro, vivem sem soberania alimentar e outros tantos vivem com sua soberania alimentar ameaçada pelos fatores supramencionados. Nesse contexto, a soberania alimentar significa o direito dos países definirem (AUTONOMIA DE DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIAS PELOS PAÍSES) suas próprias políticas e estratégias de produção, distribuição e consumo de alimentos que garantam a alimentação para a população, respeitando as múltiplas características culturais dos povos em suas regiões. Gabarito oficial, a. 8. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Considere a seguinte frase do Texto 2 para responder à questão: “No entanto, isso não necessariamente significa a garantia da realização desse direito na prática, o que permanece como um desafio a ser enfrentado.” Essa frase introduz uma informação com o valor, no contexto, de: a) introduzir um relato de experiência b) comparar elementos dos textos expostos c) relativizar a aplicação de uma ideia importante d) reforçar um exemplo considerado bem sucedido “No Brasil, resultante de amplo processo de mobilização social, em 2010 foi aprovada a Emenda Constitucional nº 64, que inclui a alimentação no artigo 6º da Constituição Federal. No entanto, isso não necessariamente significa a garantia da realização desse direito na prática, o que permanece como um desafio a ser enfrentado.” Assegurar que toda a população tenha acesso à alimentação adequada ainda é um desafio para os governantes brasileiros. Mesmo a legislação prevendo tal direito, não necessariamente (relativização) significa a garantia da realização desse direito na prática. Gabarito oficial, c. 9. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Considere a seguinte frase do Texto 2 para responder à questão: “No entanto, isso não necessariamente significa a garantia da realização desse direito na prática, o que permanece como um desafio a ser enfrentado.” O emprego da negação introduz polêmica acerca do seguinte pressuposto: a) a prática nunca é igual à teoria b) o desejo precisa ser sempre realizado c) o direito previsto em lei deve ser assegurado d) a alimentação saudável depende de boa vontade No Brasil, resultante de amplo processo de mobilização social, em 2010 foi aprovada a Emenda Constitucional nº 64, que inclui a alimentação no artigo 6º da Constituição Federal. No entanto, isso não necessariamente significa a garantia da realização desse direito na prática, o que permanece como um desafio a ser enfrentado. A negação (isso não necessariamente garante a realização do direito), introduz uma polêmica em relação a um direito que, por estar previsto na CF, deve ser assegurado (mas nem sempre é). Gabarito oficial, c. TEXTO 3 Publicidade de alimentos e obesidade infantil: uma reflexão necessária A epidemia de obesidade e doenças crônicas é um problema que atinge, de maneira crescente, o mundo inteiro. E tornou-se consenso entre as principais organizações e pesquisadores em saúde pública que a regulação da publicidade de alimentos é uma das estratégias necessárias para combatê-la. As campanhas de marketing não apenas influenciam as escolhas alimentares na infância, mas também buscam fidelizar consumidores desde a mais tenra idade. O objeto preferencial são os alimentos ultraprocessados, feitos a partir de ingredientes industriais, com pouco ou nenhum produto fresco, e, geralmente, com alta quantidade de açúcar, gordura e/ou sódio. Em 2010, a Organização Mundial da Saúde recomendou a redução da exposição das crianças à propaganda de alimentos, sobretudo aqueles com alta quantidade de açúcar, sal e gordura. Em 2012, a Organização Pan-Americana da Saúde aprofundouse no tema e também apresentou recomendações de ações concretas por parte dos governos para reduzir a exposição das crianças à publicidade de alimentos. Para especialistas, a autorregulamentação do setor não tem funcionado. A mais recente publicação sobre obesidade do periódico Lancet, divulgada em fevereiro deste ano, indica que, até o momento, as iniciativas de regulação da propaganda não foram suficientes. Desde os avanços conquistados na proteção da amamentação, com a eliminação de anúncios que apresentam substitutos do leite materno, poucas ações efetivas foram implementadas para frear o massivo marketing da indústria de alimentos para crianças em todo o mundo. No Brasil, apesar da proibição da publicidade abusiva (direcionada à criança) prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC) desde 1990, a falta de regulamentação específica para alimentos prejudica a efetivação da lei. Em 2010, a movimentação internacional em torno do tema motivou a elaboração da primeira regulação sobre publicidade de alimentos em geral, por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A regulação, no entanto, foi suspensa logo após sua publicação, devido à pressão de diversas associações da indústria de alimentos. A Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentese Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) contribuiu muito para a proteção ao aleitamento materno, porém aguarda regulamentação, desde 2006, o que compromete a fiscalização e o cumprimento da lei. Alguns avanços também precisam ser reconhecidos, como a Resolução 163/2014 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que regulamentou a propaganda abusiva, descrevendo todos os casos em que o Código do Consumidor deve ser aplicado. Porém, os órgãos de fiscalização ainda não possuem força suficiente para colocá-la em prática, também por conta da grande pressão das associações da indústria e de publicidade. Assim como na suspensão da resolução da Anvisa, esses segmentos fazem pressão contra a resolução do Conanda, alegando que esses órgãos não têm Licensed to HENRIQUE DOS SANTOS PENA - asminemoreira@outlook.com https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://bravoconcursos.com.br/ Página 7 de 174 SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br competência legal para regular a publicidade ou que as regras ferem a liberdade de expressão das empresas. Argumentos que já foram refutados por renomados juristas e contestados pelas evidências científicas na área da saúde pública. O novo Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde em 2014, reconhece a influência e coloca a publicidade de alimentos como um dos obstáculos para a alimentação saudável. O guia destaca que a regulação é necessária, pois a publicidade estimula o consumo de alimentos ultraprocessados, induzindo a população a considerá-los mais saudáveis, com qualidade superior aos demais, e frequentemente associá-los à imagem de bem-estar, felicidade e sucesso. Independentemente do tipo de alimento, a propaganda direcionada a crianças se aproveita da vulnerabilidade de indivíduos em fase de desenvolvimento para incentivar o consumo. Por isso, não deve ser permitida. Ainda temos um longo caminho pela frente para alcançar a garantia dos direitos à alimentação adequada e saudável e os direitos dos consumidores. Ana Paula Bortoletto (https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/03/publicidade- dealimentos-e-obesidade-infantil-buma-reflexao-necessariab.html) Adaptado. 10. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 3 para responder à questão A partir da discussão do texto, é possível estabelecer entre as expressões “publicidade de alimentos” e “obesidade infantil”, contidas no título, uma relação definida, respectivamente, pelo seguinte par de palavras: a) generalização/causa b) indicação/contraposição c) motivação/consequência d) exemplificação/refutação A relação existente é de causa ► consequência ou motivação (causa) ► consequência. “publicidade de alimentos” - causa ou MOTIVAÇÃO “obesidade infantil” – CONSEQUÊNCIA. Gabarito oficial, c. 11. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 3 para responder à questão Na argumentação da autora, o segundo parágrafo assume a função de: a) incentivar a liberdade de expressão b) rejeitar as orientações internacionais c) relativizar o papel do Estado no tema d) confirmar a importância da regulamentação AUTORREGULAMENTAÇÃO significa que o próprio setor econômico irá realizar sua regulamentação, ouseja, o mercado se autorregulamenta sem intervenção do Estado. SETOR REGULAMENTADO há intervenção estatal. O Estado emite leis e regulamentos determinando alguns comportamentos e diretrizes que precisam ser seguidos pelas empresas/participantes daquele setor. No segundo parágrafo, existem duas indicações de regulamentação: 01 - Organização Mundial da Saúde recomendou a redução da exposição das crianças à propaganda de alimentos 02 - Organização Pan-Americana da Saúde aprofundou-se no tema e também apresentou recomendações de ações concretas por parte dos governos para reduzir a exposição das crianças à publicidade de alimentos. Portanto, de acordo com o segundo parágrafo, podemos confirmar a importância da regulamentação, pois a “autorregulamentação do setor não tem funcionado” Gabarito oficial, d. 12. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 3 para responder à questão De acordo com o texto, um aspecto negativo da publicidade infantil reside em: a) sugerir ações de desrespeito às leis vigentes no país b) apresentar cenas impróprias aos valores tradicionais c) expressar visões parciais sobre a atividade de consumo d) aproveitar-se da condição de vulnerabilidade do público A resposta se encontra no último parágrafo do texto: “Independentemente do tipo de alimento, a propaganda direcionada a crianças se aproveita da vulnerabilidade de indivíduos em fase de desenvolvimento para incentivar o consumo. Por isso, não deve ser permitida” Gabarito oficial, d. 13. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 3 para responder à questão A leitura do trecho permite considerar a presença de sódio em alimentos como: a) indispensável b) produtiva c) maléfica d) infalível Vejamos o final do primeiro parágrafo: “O objeto preferencial são os alimentos ultraprocessados, feitos a partir de ingredientes industriais, com pouco ou nenhum produto fresco, e, geralmente, com alta quantidade de açúcar, gordura e/ou sódio” Nesse contexto, podemos concluir que a alta quantidade não só de sódio, mas de gorduras e açucares são maléficos Gabarito oficial, c. TEXTO 4 A mobilidade da criança O que significa a mobilidade para os pequenos habitantes das cidades brasileiras? Para parte deles, o ir e vir está sempre relacionado ao carro. Das janelas dos automóveis, eles enxergam reflexos da cidade, mas não participam dela. Para a maior parcela, que se locomove a pé e de transporte coletivo, há insegurança, medo e a certeza de que o pedestre é considerado um intruso, um invasor do espaço. Além de aprender que precisa atravessar a rua correndo porque o tempo do semáforo é insuficiente e o pedestre não é respeitado, a criança brasileira se acostuma a caminhar em calçadas muito estreitas e até em ruas sem a presença delas. As décadas de planejamento urbano focado no carro tornaram as ruas um território de guerra – o fato de que o Brasil é o quarto país do mundo em mortes no trânsito fala por si só. Pesquisadores internacionais há tempos discutem os efeitos da “imobilidade” e da violência no trânsito no desenvolvimento físico, cognitivo, motor e social das crianças. Exercer a independência numa cidade segura é fundamental para o crescimento saudável. Nos países em que as crianças andam de bicicleta e a pé com segurança, como na Holanda e na Dinamarca, por exemplo, os acidentes são praticamente inexistentes e a infância é um período de feliz interação na sociedade. Sobrepeso e falta de luz solar Segundo a urbanista e arquiteta espanhola Irene Quintáns, os urbanistas usam a presença de crianças no espaço público como indicador de sucesso urbano. “A ausência delas nas ruas aponta as falhas das nossas cidades”, ela diz. Moradora da capital paulista há sete anos e mãe de dois filhos, Irene acredita que privar os pequenos de caminhar não é positivo. “Uma criança que fica circunscrita à locomoção no carro tende a ficar insegura para se movimentar. Ela também tem mais dificuldade em perceber o outro. Isso se chama empatia e é muito importante para a vida em sociedade. Há ainda a questão do sedentarismo, do sobrepeso Licensed to HENRIQUE DOS SANTOS PENA - asminemoreira@outlook.com https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://bravoconcursos.com.br/ Página 8 de 174 SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG– 2021 COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br e da falta de luz solar. Crianças que caminham para a escola têm mais concentração para desenvolver atividades complexas”. Mesmo com todas as dificuldades já citadas, é importante usar o transporte público, caminhar e participar da vida na cidade. Na próxima vez que levar seus filhos à escola, reflita: por que ir de carro? Que tal descobrir a cidade ao lado deles, trocando ideias sobre o que vocês veem? Assim, eles aprendem a ser cidadãos e a viver o coletivo, enquanto exigimos que o poder público priorize a proteção das nossas crianças. (https://www.metrojornal.com.br/colunistas/2018/10/11/ mobilidade-da-crianca.html) 14. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 4 para responder à questão A temática principal do texto se baseia na relação entre: a) mobilidade urbana e infância b) hierarquia social e propriedade c) acesso a transporte e economia d) visibilidade das pessoas e planejamento A temática principal do texto se baseia na relação entre mobilidade urbana e infância. Essa ideia já é exposta no próprio título ("A mobilidade da criança"), estando expressa também nos trechos abaixo: "O que significa a mobilidade para os pequenos habitantes das cidades brasileiras? Para parte deles, o ir e vir está sempre relacionado ao carro. Das janelas dos automóveis, eles enxergam reflexos da cidade, mas não participam dela." "Além de aprender que precisa atravessar a rua correndo porque o tempo do semáforo é insuficiente e o pedestre não é respeitado, a criança brasileira se acostuma a caminhar em calçadas muito estreitas e até em ruas sem a presença delas." "Nos países em que as crianças andam de bicicleta e a pé com segurança, como na Holanda e na Dinamarca, por exemplo, os acidentes são praticamente inexistentes (...)." "Segundo a urbanista e arquiteta espanhola Irene Perceba que a mobilidade urbana na infância permeia todo o texto. Gabarito oficial, a. 15. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 4 para responder à questão Uma ideia explicitamente construída sobre o leitor considera que ele: a) ignora as desigualdades sociais b) transita com crianças pela cidade c) trabalha com planejamento geográfico d) defende valores do individualismo Uma ideia explicitamente construída sobre o leitor considera que ele transita com crianças pela cidade. Percebemos isso pela leitura do final do texto: "Mesmo com todas as dificuldades já citadas, é importante usar o transporte público, caminhar e participar da vida na cidade. Na próxima vez que levar seus filhos à escola, reflita: por que ir de carro? Que tal descobrir a cidade ao lado deles, trocando ideias sobre o que vocês veem? Assim, eles aprendem a ser cidadãos e a viver o coletivo, enquanto exigimos que o poder público priorize a proteção das nossas crianças." Gabarito oficial, b. TEXTO 5 16. (SELECON/Pref Sapezal/2020) Leia o Texto 5 para responder à questão No primeiro quadrinho, a pergunta da personagem manifesta: a) alegria b) espanto c) fidelidade d) agressividade. No primeiro quadrinho, a pergunta da Mafalda manifesta seu espanto em relação à atitude de Miguelito. Assim sendo, estão claramente erradas as demais opções, a saber: Gabarito oficial, b. 17. (SELECON/Pref Sapezal/2020) Leia o Texto 5 para responder à questão No primeiro quadrinho, a personagem faz uma pergunta que mostra: a) sua submissão b) seu bom humor c) sua discordância d) seu consentimento No primeiro quadrinho, a personagem Mafalda faz uma pergunta que expressa sua discordância da postura adotada pelo seu colega Miguelito. Ela diz: "Que história é essa de ficar sentado esperando alguma coisa da vida?". Gabarito oficial, c. 18. (SELECON/Pref Sapezal/2020) Leia o Texto 5 para responder à questão A frase do segundo quadrinho expressa um posicionamento de: a) desobediência b) confirmação c) intromissão d) remorso A frase do segundo quadrinho ("É isso mesmo: vou ficar aqui esperando a vida me dar alguma coisa") expressa um posicionamento de confirmação por parte de Miguelito. Ele reafirma sua disposição de continuar esperando passivamente a vida lhe favorecer. Gabarito oficial, b. 19. (SELECON/Pref Sapezal/2020) Leia o Texto 5 para responder à questão No terceiro quadrinho, a expressão das personagens mostra que: a) todas as personagens estão felizes b) as duas comemoram a conversa Licensed to HENRIQUE DOS SANTOS PENA - asminemoreira@outlook.com https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://bravoconcursos.com.br/ Página 9 de 174 SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br c) Miguelito convenceu Mafalda d) cada uma mantém sua opinião No terceiro quadrinho, a expressão das personagens mostra que Mafalda e Miguelito mantêm suas opiniões divergentes, ou seja, Mafalda discorda da postura adotada por Miguelito e este continua inflexível. Gabarito oficial, d. 20. (SELECON/Pref Sapezal/2020) Leia o Texto 5 para responder à questão A pergunta do último quadrinho pressupõe que as pessoas, em geral, estejam: a) acomodadas b) indignadas c) solitárias d) nervosas A pergunta do último quadrinho ("Será que o mundo está assim porque está cheio de Miguelitos") pressupõe que as pessoas, em geral, estejam acomodadas, conforme o personagem Miguelito aparenta ser. Ele espera ser favorecido pelas circunstâncias da vida sem que seja necessário fazer algo e/ou assumir responsabilidade. Gabarito oficial, a. MORFOLOGIA 21. (SELECON/Pref Niterói/2019) A palavra “desvantagens” apresenta o mesmo processo de formação que: a) envelhecimento b) necessariamente c) feminização d) prestação e) sobressai A palavra “sobressai” é formada pelo acréscimo do prefixo sobre- à forma verbal sai. Logo, trata-se de uma palavra formada por derivação prefixal. Gabarito oficial, e. 22. (SELECON/Pref Niterói/2019) A palavra “cidadão” apresenta sua forma no plural com a mesma terminação de: a) escrivão b) capitão c) eleição d) cordão e) mão As palavras “mão” e “cidadão” apresentam sua forma no plural com a terminação "ãos": mãos e cidadãos. Gabarito oficial, e. 23. (SELECON/ECSP/Motorista CNH B/2019) Câncer e mulher fazem o plural com acréscimo de -es; possível faz o plural trocando- se o I por -is (possíveis). Está correta a correspondência entre a palavra e sua respectiva forma de plural na seguinte opção: a) degrau - degrais b) caráter - caracteres c) cidadão - cidadães d) bombom - bomboms Para fazer o plural de “caráter”, acrescenta-se “es”. Mas há duas particularidades que convém salientar: – o plural retoma o “c” antes do “t”, como a sua palavra de origem latina: character; – muda a sílaba tônica da palavra de “rá” para “te”. Gabarito oficial, b. TEXTO 8 24. (SELECON/Pref Sapezal/2020) Leia o Texto 8 para responder à questão Em “magrinha”, a terminação expressa a noção de: a) intensidade b) contrariedade c) consequência d) comparação No adjetivo "magrinha", o diminutivo foi utilizado para enfatizar a intensidade (alternativa "A" - correta) da característica. Esse termo poderia ser substituído pela expressão "muito magra" (com o advérbio de intensidade "muito" - superlativo absoluto analítico) ou pelo superlativo absoluto sintético "magérrima". Gabarito oficial, a. 25. (SELECON/Pref Sapezal/2020) Leia o Texto 8 para responder à questão No terceiro quadrinho, o modo verbal empregado indica ação com valor de: a) promessa b) certeza c) suposiçãod) possibilidade Gabarito oficial, c. TEXTO 9 Disponível em: https://twitter.com/Metropoles 26. (SELECON/Pref Boa Vista/2019) Leia o Texto 9 para responder à questão A palavra “já” é advérbio com valor de: a) modo b) tempo c) companhia d) instrumento O vocábulo “já” é advérbio com valor de tempo. Outros exemplos que também funcionam como advérbio de tempo são as palavras: agora, amanhã, ontem, breve, cedo. Gabarito oficial, b. Licensed to HENRIQUE DOS SANTOS PENA - asminemoreira@outlook.com https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://bravoconcursos.com.br/ Página 10 de 174 SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br 27. (SELECON/Pref Boa Vista/2019) Leia o Texto 9 para responder à questão No contexto, a palavra “mas” pode ser substituída, mantendo o sentido do diálogo, por: a) já que b) por isso c) tanto que d) no entanto Vejamos o diálogo: — Querido, vamos participar da corrida mais tradicional da cidade. — Mas sou sedentário. A palavra "mas", assim como as palavras porém, todavia, no entanto, entretanto, contudo são conjunções adversativas que expressam ideia de oposição. Para preservar a ideia original, é necessário indicar outra conjunção adversativa. Gabarito oficial, d. 28. (SELECON/CRA RR/2020) "Um dos maiores vilões da qualidade da água no Brasil é a oferta de saneamento básico. Pouco mais da metade da população brasileira, 52,4%, tinha coleta de esgoto em 2017, e apenas 46% do esgoto total é tratado". O conectivo que melhor une as duas frases é: a) mas b) pois c) logo d) caso Observe a oração: “Um dos maiores vilões da qualidade da água no Brasil é a oferta de saneamento básico. Pouco mais da metade da população brasileira, 52,4%, tinha coleta de esgoto em 2017, e apenas 46% do esgoto total é tratado.” Observe que a segunda oração é uma explicação do porque a oferta de saneamento básico ser um dos maiores vilões da qualidade da água no Brasil. Dessa forma, para unir as duas orações é necessária uma conjunção explicativa, no caso: pois. Um dos maiores vilões da qualidade da água no Brasil é a oferta de saneamento básico, pois pouco mais da metade da população brasileira, 52,4%, tinha coleta de esgoto em 2017, e apenas 46% do esgoto total é tratado. Gabarito oficial, b. 29. (SELECON/Pref Sapezal/2020) “Assim houve a formação do corpo dos seres humanos, com reflexos no desenvolvimento de sua inteligência e matriz metabólica”. Na frase, a palavra “assim” indica uma ideia de: a) consequência b) comparação c) concessão d) conclusão Como regra, a conjunção “assim” introduz uma conclusão. Outros exemplos: logo, portanto, então, por isso, por conseguinte, entre outras. Gabarito oficial, d. 30. (SELECON/Pref Sapezal/2020) “Uma proposta deve buscar a satisfação das necessidades biológicas, superando a ideia de 'ração adequada'. É preciso oferecer sabor, enaltecer os rituais e valorizar costumes e tradições”. O conectivo que evidencia a relação estabelecida entre as partes do texto é: a) se b) logo c) embora d) entretanto Uma proposta deve buscar a satisfação das necessidades biológicas, superando a ideia de 'ração adequada. Logo, é preciso oferecer sabor, enaltecer os rituais e valorizar costumes e tradições. Gabarito oficial, b. 31. (SELECON/Pref Campo Grande/2019) Na frase, a palavra "mas" pode ser substituída, mantendo seu sentido atual, por: a) logo b) portanto c) porém d) enfim Precisamos substituir o termo "mas" por um conectivo que mantenha o sentido original, que é de oposição. A única conjunção adversativa está na alternativa c. Gabarito oficial, c. 32. (SELECON/Pref Campo Grande/2019) Em "Se aliada a uma atividade física regular, pode fortalecer o sistema imune", o trecho sublinhado estabelece com o restante do período uma relação de: a) generalização b) confirmação c) condição d) proporção O conectivo "Se" é uma conjunção condicional. A ideia é de CONDIÇÃO. Estar aliada a uma atividade física regular é a CONDIÇÃO para que a alimentação equilibrada possa fortalecer o sistema imune. Gabarito oficial, c. TEXTO 13 Inteligência cultural É ponto pacífico que os seres humanos são dotados de capacidades cognitivas superiores em relação aos símios, seus parentes mais próximos na evolução. Basta lembrar a linguagem, o simbolismo matemático e o raciocínio científico, para citar apenas algumas. Tudo indica que essa superioridade esteja relacionada ao grande cérebro que temos, três vezes maior que o dos chimpanzés, e dotado também de três vezes mais neurônios. A questão central é saber de que modo a estrutura do cérebro e suas estratégias funcionais adquiriram capacidades cognitivas tão poderosas e únicas entre os seres vivos. A natureza teria nos dotado especificamente de uma capacidade superior - a cognição social. Uma hipótese bem aceita é a da 'inteligência geral'. Dizem os seus adeptos que os cérebros maiores permitiram realizarmos operações cognitivas de todo tipo, com maior eficiência que outras espécies. Teríamos maior memória, aprendizagem mais rápida, percepção mais ágil (inclusive do estado mental de outras pessoas), planejamento de longo prazo. Dotado dessas potencialidades genéricas, o ambiente faria a diferenciação individual, lapidando cada um diferentemente do outro. O antropólogo M. Tomasello, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, na Alemanha, defende a hipótese da 'inteligência cultural', cuja premissa é que a natureza nos dotou especificamente de uma capacidade superiora cognição social - que Licensed to HENRIQUE DOS SANTOS PENA - asminemoreira@outlook.com https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://bravoconcursos.com.br/ Página 11 de 174 SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br nos oferece um grau elevado de cooperação interindividual, e a construção de redes sociais nunca conseguida pelos símios ou qualquer outra espécie, mesmo aquelas que apresentam uma organização populacional que se pode chamar de social. Outras capacidades humanas seriam semelhantes às dos símios, apenas potencializadas pela cultura e a vida em sociedade. Se a hipótese da 'inteligência cultural' for verdadeira, existiria uma idade em humanos, durante o seu desenvolvimento precoce (antes que a cultura os influencie fortemente), em que a cognição física (relações de espaço, quantidade e causalidade entre fenômenos) seria semelhante à dos grandes símios. Nessa mesma idade, porém, a previsão é que a nossa cognição social seja nitidamente superior à dos chimpanzés e orangotangos. Os resultados obtidos pela equipe de Tomasello comprovaram a sua hipótese da 'inteligência cultural'. Nos testes de cognição física, as crianças e os chimpanzés não diferiram estatisticamente, mas ambos tiveram desempenho melhor que os orangotangos. Nos testes de cognição social, entretanto, as crianças mostraram-se muito superiores aos símios que, por sua vez, não diferiram entre si. Tudo indica, então, que a cultura e a vida social representam capacidades cognitivas que nascem conosco, possivelmente derivadas do nosso grande cérebro povoado por quase 90 bilhões de neurônios. Possivelmente, a aquisição dessa capacidade social se deu em algum momento entre um e dois milhões de anos atrás, quando a evolução foi selecionando cérebros dotados de mais que os 40 bilhões estimados para os australopitecos, nossosancestrais africanos. O processo seletivo continuou até chegar ao gênero Homo, que gradualmente atingiu os nossos atuais 90 bilhões e adquiriu novas capacidades: a comunicação entre indivíduos por meio da linguagem, a aprendizagem social de regras de conduta coletiva voltadas para a cooperação, a percepção do estado mental dos outros e de suas intenções e emoções ('teoria da mente') e o planejamento de ações futuras de longo prazo. Assim, nascemos propensos à cooperação social: essa é a nossa força. Provavelmente, os poucos genes que nos diferenciam dos chimpanzés são responsáveis pelos circuitos neurais que coordenam as funções relacionadas à vida social. Sua expressão, entretanto, deve ser modulada pela sociedade que nós próprios construímos. Roberto Lent Instituto de Ciências Biomédicas Universidade Federal do Rio de Janeiro (Adaptado de: http://cienciahoje.org.br/coluna/inteligencia-cultural/) 33. (SELECON/Pref Campo Grande/2019) Considerando o trecho do Texto 13, responda à questão: O emprego do tempo na forma verbal destacada sugere o seguinte sentido sobre a ação descrita: a) mantém relação de dependência com a condição anterior b) expressa informação com conteúdo descartável c) é assumida como certeza em qualquer cenário d) estabelece oposição à existência da tese A forma verbal "existiria" está no futuro do pretérito do indicativo, que foi utilizado para expressar uma hipótese. Para que essa hipótese seja possível, é preciso que ocorra a condição iniciada por "Se" (conjunção condicional). A oração subordinada "Se a hipótese da 'inteligência cultural' for verdadeira" depende sintática e semanticamente da oração principal, exercendo a função de adjunto adverbial de condição. Assim, existe entre essas orações uma relação de DEPENDÊNCIA. A hipótese da oração principal só existe se for verificada a condição apresentada na oração subordinada. Gabarito oficial, a. 34. (SELECON/Pref Campo Grande/2019) Leia o Texto 13 para responder à questão Em "Assim, nascemos propensos à cooperação social: essa é a nossa força" (9º parágrafo), a palavra "assim" possui valor de: a) condição b) conclusão c) explicação d) ressalva A palavra “Assim” inicia o último parágrafo do texto, ou seja, o trecho que CONCLUI as ideias do texto. Esse termo foi utilizado para expressar ideia de CONCLUSÃO. Gabarito oficial, b. TEXTO 14 Ficar grudado no smartphone é antissocial ou hipersocial? Muitos estudiosos têm chamado atenção para as consequências do uso excessivo dos smartphones. Mas pesquisadores canadenses fizeram uma análise de diversos trabalhos publicados sobre o tema e concluíram que o fenômeno é simplesmente um reflexo do desejo profundo de se conectar com outras pessoas. Em outras palavras, eles sugerem que esse tipo de comportamento não é antissocial, e sim hipersocial. Em artigo publicado em uma revista científica, Samuel Veissière e Moriah Stendel, da Universidade McGill, tentam mostrar que existe um lado positivo nessa mania das pessoas. Para eles, é preciso ter em mente que o que vicia não é o aparelho, e sim a conexão que ele proporciona. Os autores observam que os humanos evoluíram como espécies exclusivamente sociais, que precisam do retorno constante dos outros para se guiar e saber o que é culturalmente apropriado. A interação social traz significado, objetivos e senso de identidade para as pessoas. O problema é que essa sede por conexões, que é absolutamente normal e até saudável, muitas vezes se transforma num comportamento insalubre – a hiperconectividade faz o sistema de recompensa no cérebro funcionar em ritmo exagerado e surge uma compulsão que pode trazer diversas consequências à saúde e aos próprios relacionamentos. Eles também reforçam que é preciso fazer um esforço para não cair na cilada de se comparar com os outros, já que a realidade apresentada nas mídias sociais é distorcida. Ter isso sempre em mente é uma forma de evitar as consequências negativas das tecnologias móveis. A outra dica é guardar o aparelho durante os encontros reais – já que eles são poucos, que sejam aproveita- dos ao máximo. Jairo Bauer (https://doutorjairo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/07/ficar- grudado-no-smartphone-e-antissocial-ou-hipersocial/) 35. (SELECON/SECITEC MT/2018) Considerando o trecho do Texto 14, responda à questão: O quarto parágrafo pode ser iniciado pela seguinte expressão, tendo em vista a relação de oposição que estabelece com o parágrafo anterior: a) Por outro lado, o problema é que essa sede por conexões... b) Dessa forma, o problema é que essa sede por conexões... c) Assim sendo, o problema é que essa sede por conexões... d) Em seguida, o problema é que essa sede por conexões... Licensed to HENRIQUE DOS SANTOS PENA - asminemoreira@outlook.com https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://bravoconcursos.com.br/ Página 12 de 174 SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br Inicialmente, o locutor introduz em seu discurso um argumento possível, direcionado a uma dada conclusão; logo em seguida, opõe-lhe um argumento decisivo para uma conclusão contrária. É o que ocorre no excerto "Por outro lado, o problema é que essa sede por conexões...". Gabarito oficial, a. 36. (SELECON/SECITEC MT/2018) Considerando o trecho do Texto 14, responda à questão: Em “já que eles são poucos, que sejam aproveitados ao máximo”, a expressão sublinhada estabelece uma relação, no trecho, de: a) consequência b) comparação c) condição d) causa A locução "já que" equivale aos nexos textuais "uma vez que", "tendo em vista que", entre outros de valor causal. Gabarito oficial, d. PONTUAÇÃO 37. (SELECON - GCM (Boa Vista)/Pref Boa Vista/2020 Leia o texto a seguir para responder à questão Texto 15 Direito humano à alimentação adequada e soberania alimentar O direito humano à alimentação adequada está contemplado no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e sua definição foi ampliada em outros dispositivos do Direito Internacional, como o artigo 11 do Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e o Comentário Geral nº 12 da ONU. No Brasil, resultante de amplo processo de mobilização social, em 2010 foi aprovada a Emenda Constitucional nº 64, que inclui a alimentação no artigo 6º da Constituição Federal. No entanto, isso não necessariamente significa a garantia da realização desse direito na prática, o que permanece como um desafio a ser enfrentado. O direito humano à alimentação adequada consiste no acesso físico e econômico de todas as pessoas aos alimentos e aos recursos, como emprego ou terra, para garantir esse acesso de modo contínuo. Esse direito inclui a água e as diversas formas de acesso à água na sua compreensão e realização. Ao afirmar que a alimentação deve ser adequada, entende-se que ela seja adequada ao contexto e às condições culturais, sociais, econômicas, climáticas e ecológicas de cada pessoa, etnia, cultura ou grupo social. Para garantir a realização do direito humano à alimentação adequada, o Estado brasileiro tem as obrigações de respeitar, proteger, promover e prover a alimentação da população. Por sua vez, a população tem o direito de exigir que eles sejam cumpridos, por meio de mecanismos de exigibilidade. Exigibilidade é o empoderamento dos titulares de direitos para exigir o cumprimento dos preceitos consagrados nas leis internacionais e nacionais referentes ao direito humano à alimentação adequada no âmbito dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas federal, estaduais e municipais. Esses meiosde exigibilidade podem ser administrativos, políticos, quase judiciais e judiciais. Durante várias décadas, por influência dos países centrais, o Brasil e outros países em desenvolvimento procuraram responder ao problema da fome com a introdução da chamada revolução verde, que foi uma espécie de campanha de modernização da agricultura mediante a introdução de um pacote tecnológico baseado no uso intensivo de máquinas, fertilizantes químicos e agrotóxicos para aumentar a produção e, consequentemente, a humanidade acabaria com a fome. Introduziu-se, assim, um modelo agroexportador centrado nas monoculturas, que favoreceu a concentração das empresas, cada vez mais internacionalizadas, de modo que atualmente 30 conglomerados transnacionais controlam a maior parte da produção, da industrialização e do comércio agroalimentar no mundo, violando a soberania alimentar. Muitos países, regiões e municípios, também dentro do Estado brasileiro, vivem sem soberania alimentar e outros tantos vivem com sua soberania alimentar ameaçada pelos fatores supramencionados. Nesse contexto, a soberania alimentar significa o direito dos países definirem suas próprias políticas e estratégias de produção, distribuição e consumo de alimentos que garantam a alimentação para a população, respeitando as múltiplas características culturais dos povos em suas regiões. Entre os desafios para a garantia do direito humano à alimentação adequada e da soberania e segurança alimentar e nutricional no Semiárido, encontram-se: a necessidade de respeitar a diversidade cultural e as formas de organização e produção, de modo que as comunidades tenham sua autonomia para produzir e consumir seus alimentos; e a importância de avançar na realização da reforma agrária, na regularização fundiária e no reconhecimento dos territórios para que os povos tenham maior autonomia para produzir seus alimentos. Irio Luiz Conti (integra o Consea Nacional e é membro da Fian Internacional.) (Disponível em: http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/ artigos/2014/direito-humano-a-alimentacao-adequada-esoberania- alimentar) No último parágrafo, o emprego dos dois-pontos tem o objetivo de: a) delimitar aspecto mencionado b) reparar afirmação contundente c) contrapor exemplos indicados d) comparar vertentes discutidas O último parágrafo começa dizendo que existem desafios para garantir o direito humano à alimentação adequada. O sinal de dois pontos introduz alguns desses desafios. No último parágrafo, o emprego dos dois-pontos tem o objetivo de: a) CERTO. Delimitar é restringir, demarcar, colocar limites. O último parágrafo do texto começa falando de desafios para garantir o direito humano à alimentação adequada. Então, o sinal de dois pontos dá alguns exemplos desse desafio, mas não todos. Portanto, esse sinal de pontuação tem o objetivo de restringir o que foi mencionado anteriormente. Gabarito oficial, a. 38. (SELECON/ENGEPRON/2017) TEXTO 16 Densidade No meio do caminho tinha uma pedra porosa. Dava para ver seus grãos. Chegando mais perto, raios finíssimos de sol atravessavam a pedra. Mais perto ainda, um turbilhão, um pequeno redemoinho (uma galáxia minúscula) se movia lá dentro, no Ieve corpo da pedra. A pedra, no meio do caminho, era permeável: se chovesse, ficava encharcada. O vento do meio-dia a deixava com sono e sede. A neblina que às vezes baixava no fim da tarde invadia a pedra, no seu corpo as nuvens trafegavam sem pressa. Os sons passavam por ela e iam se extinguir em algum lugar desconhecido. Na pequena galáxia dentro da pedra havia pequenos planetas orbitando em torno de sóis de diamante. (LISBOA, A. Caligrafias. Rio de Janeiro: Rocco, 2004) Leia a frase abaixo para responder à questão. “A pedra, no meio do caminho, era permeável: se chovesse, ficava encharcada” O uso dos dois-pontos estabelece entre as partes dessa frase o seguinte sentido: Licensed to HENRIQUE DOS SANTOS PENA - asminemoreira@outlook.com https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://bravoconcursos.com.br/ Página 13 de 174 SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br a) citação b) divisão c) enumeração d) exemplificação “A pedra, no meio do caminho, era permeável: se chovesse, ficava encharcada” Permeável é sinônimo de poroso, característica que permite um corpo ser atravessado por outros corpos/substâncias através de seus poros. Encharcada, por sua definição, nos diz que a pedra estava ensopada, com excesso de água. Logo, ao se expor uma pedra permeável à chuva, por exemplo, ela ficará encharcada. Gabarito oficial, d. 39. (SELECON/FEAM RJ/2017) TEXTO 17 A humanização como dimensão pública das políticas de saúde No início de 2003, enfrentamos um debate no Ministério da Saúde defendendo a priorização do tema da humanização como aspecto fundamental a ser contemplado nas políticas públicas de saúde. O debate se fazia a partir da tensão entre concepções diferentes. Havia escolhas, de um lado, que visavam aos “focos e resultados dos programas" e, de outro, que problematizavam os processos de produção de saúde e de sujeitos, no plano mais amplo da alteração de modelos de atenção e de gestão. Neste contexto, apresentava-se para nós não só um desafio, mas principalmente a urgência de reavaliar conceitos e práticas nomeadas como humanizadas. Identificada a movimentos religiosos, filantrópicos ou paternalistas, a humanização era menosprezada por grande parte dos gestores, ridicularizada por trabalhadores e demandada pelos usuários. O debate ia se montando em torno das condições precarizadas de trabalho, das dificuldades de pactuação das diferentes esferas do Sistema Único de Saúde (SUS), do descuido e da falta de compromisso na assistência ao usuário dos serviços de saúde. O diagnóstico ratificava a complexidade da tarefa de se construir de modo eficaz um sistema público que garantisse acesso universal, equânime e integral a todos os cidadãos brasileiros. Não restava dúvida: o SUS é uma conquista nascida das lutas pela democracia no país que, em 1988, ganham estatuto constitucional. Garantir o “caráter constituinte" do SUS impõe que possamos identificar os problemas contemporâneos que se dão na relação entre Estado e as políticas públicas. É esta relação que queremos problematizar neste momento que o projeto de uma Política Nacional de Humanização (PNH) retoma o que está na base da reforma da saúde do porte daquela que resultou na criação do SUS. Nos primeiros passos que demos imediatamente nos confrontamos com outro aspecto presente no âmbito do que se nomeava como programas de humanização: havia projetos, atividades, propostas, mas em todos era evidente o caráter fragmentado e separado dessas iniciativas não só na relação de baixa horizontalidade que se verificava entre elas, mas também no modo vertical como elas se organizavam dentro do Ministério da Saúde e do SUS. Tínhamos, então, um duplo problema: seja o da banalização do tema da humanização, seja o da fragmentação das práticas ligadas a diferentes programas de humanização da saúde. Na verdade, trata- se de um mesmo problema em uma dupla inscrição teórico-prática, daí a necessidade de enfrentarmos a tarefa de redefinição do conceito de humanização, bem como dos modos de construção de uma política pública e transversal de humanização da/na saúde. Diante desse duplo problema, a Secretaria Executiva do Ministério da Saúde propôs a criação da PNH. Como política, a humanização deveria traduzir princípios e modos de operar no conjunto das relações entre todos que constituem o SUS. Era principalmenteo modo coletivo e co-gestivo de produção de saúde e de sujeitos implicados nesta produção que deveria orientar a construção da PNH como política pública. Regina Benevides Eduardo Passos Fragmento extraído de Revista Ciência & Saúde, Rio de Janeiro, 2005. (Disponível em:scielo.br/) No terceiro parágrafo, o emprego dos dois-pontos estabelece o seguinte sentido entre as partes da frase: a) explicar uma negação b) introduzir uma alternativa c) ratificar um posicionamento d) apresentar uma ponderação Observem o terceiro parágrafo: "Não restava dúvida: o SUS é uma conquista nascida das lutas pela democracia no país que, em 1988, ganham estatuto constitucional." Os dois pontos isolam um aposto explicativo, que ratificam (confirmam) uma informação anterior. Notem o emprego da frase "não restava dúvida", evidenciando a certeza da ideia envolvida. Gabarito oficial, c. 40. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) TEXTO 18 Publicidade de alimentos e obesidade infantil: uma reflexão necessária A epidemia de obesidade e doenças crônicas é um problema que atinge, de maneira crescente, o mundo inteiro. E tornou-se consenso entre as principais organizações e pesquisadores em saúde pública que a regulação da publicidade de alimentos é uma das estratégias necessárias para combatê-la. As campanhas de marketing não apenas influenciam as escolhas alimentares na infância, mas também buscam fidelizar consumidores desde a mais tenra idade. O objeto preferencial são os alimentos ultraprocessados, feitos a partir de ingredientes industriais, com pouco ou nenhum produto fresco, e, geralmente, com alta quantidade de açúcar, gordura e/ou sódio. Em 2010, a Organização Mundial da Saúde recomendou a redução da exposição das crianças à propaganda de alimentos, sobretudo aqueles com alta quantidade de açúcar, sal e gordura. Em 2012, a Organização Pan-Americana da Saúde aprofundou-se no tema e também apresentou recomendações de ações concretas por parte dos governos para reduzir a exposição das crianças à publicidade de alimentos. Para especialistas, a autorregulamentação do setor não tem funcionado. A mais recente publicação sobre obesidade do periódico Lancet, divulgada em fevereiro deste ano, indica que, até o momento, as iniciativas de regulação da propaganda não foram suficientes. Desde os avanços conquistados na proteção da amamentação, com a eliminação de anúncios que apresentam substitutos do leite materno, poucas ações efetivas foram implementadas para frear o massivo marketing da indústria de alimentos para crianças em todo o mundo. No Brasil, apesar da proibição da publicidade abusiva (direcionada à criança) prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC) desde 1990, a falta de regulamentação específica para alimentos prejudica a efetivação da lei. Em 2010, a movimentação internacional em torno do tema motivou a elaboração da primeira regulação sobre publicidade de alimentos em geral, por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A regulação, no entanto, foi suspensa logo após sua publicação, devido à pressão de diversas associações da indústria de alimentos. A Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) contribuiu muito para a proteção ao aleitamento materno, porém aguarda Licensed to HENRIQUE DOS SANTOS PENA - asminemoreira@outlook.com https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://www.instagram.com/bravoconcursosoficial/ https://bravoconcursos.com.br/ Página 14 de 174 SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br regulamentação, desde 2006, o que compromete a fiscalização e o cumprimento da lei. Alguns avanços também precisam ser reconhecidos, como a Resolução 163/2014 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que regulamentou a propaganda abusiva, descrevendo todos os casos em que o Código do Consumidor deve ser aplicado. Porém, os órgãos de fiscalização ainda não possuem força suficiente para colocá-la em prática, também por conta da grande pressão das associações da indústria e de publicidade. Assim como na suspensão da resolução da Anvisa, esses segmentos fazem pressão contra a resolução do Conanda, alegando que esses órgãos não têm competência legal para regular a publicidade ou que as regras ferem a liberdade de expressão das empresas. Argumentos que já foram refutados por renomados juristas e contestados pelas evidências científicas na área da saúde pública. O novo Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde em 2014, reconhece a influência e coloca a publicidade de alimentos como um dos obstáculos para a alimentação saudável. O guia destaca que a regulação é necessária, pois a publicidade estimula o consumo de alimentos ultraprocessados, induzindo a população a considerá-los mais saudáveis, com qualidade superior aos demais, e frequentemente associá-los à imagem de bem-estar, felicidade e sucesso. Independentemente do tipo de alimento, a propaganda direcionada a crianças se aproveita da vulnerabilidade de indivíduos em fase de desenvolvimento para incentivar o consumo. Por isso, não deve ser permitida. Ainda temos um longo caminho pela frente para alcançar a garantia dos direitos à alimentação adequada e saudável e os direitos dos consumidores. Ana Paula Bortoletto (https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/03/publicidade- dealimentos-e-obesidade-infantil-buma-reflexao-necessariab.html) Adaptado. Considere a frase a seguir e responda à questão “As campanhas de marketing não apenas influenciam as escolhas alimentares na infância, mas também buscam fidelizar consumidores desde a mais tenra idade.” (1º parágrafo) A vírgula delimita duas ideias consideradas, no trecho, como: a) alternativas b) contrapostas c) insuficientes d) convergentes Percebam que a estrutura "não apenas..., mas também" tem valor aditivo (acréscimo). Logo, as ideias relacionadas se somam e são convergentes entre si. Gabarito oficial, d. 41. (SELECON/Pref Sapezal/2019) TEXTO 19 O que é a síndrome do coração festeiro O nome parece indicar algo positivo. Afinal, a festa está associada ao descanso, a celebrações e inclusive à felicidade. Mas, neste caso, nada mais longe da realidade. A chamada "síndrome do coração festeiro" se refere ao aumento de problemas cardiovasculares após os feriados. O termo foi cunhado em 1978 pelo pesquisador Philip Ettinger e sua equipe da CMDNJ-New Jersey Medical School (EUA) quando, depois de estudar 32 internações em hospitais distintos, eles perceberam que, depois de uma série de dias livres, aumentava a quantidade de pacientes que chegavam com problemas cardiovasculares ao médico. A causa: o aumento do consumo de álcool durante as festas. "Os casos ocorriam depois das farras de fim de semana ou das festividades", apontaram os especialistas, acrescentando que os problemas normalmente apareciam entre domingo e terça-feira (quando o aumento do consumo de álcool ocorria no fim de semana) e durante os últimos dias do ano, nas festas natalinas. Esse não foi o único trabalho sobre essa síndrome. Trinta e quatro anos depois, especialistas da Universidade de Coimbra (Portugal) fizeram uma revisão da pesquisa de Ettinger e concluíram que, efetivamente, o consumo de álcool, longe de trazer benefícios para nossa saúde, "desempenha um papel importante no aparecimento de arritmias [um distúrbio da frequência ou do ritmo cardíaco, que pode se manifestar com sintomas como agitação no peito, aceleração dos batimentos do coração, dor, dificuldade para respirar, tontura, sudorese
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