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APOSTILA - POLÍCIA PENAL 2021 - SÓ QUESTÕES (ATUALIZADA-SELECON) 2

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 Página 1 de 174 
 
SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 
COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO 
 
BravoConcursosOficial bravoconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
DADOS DA OBRA 
 
Gestão de Conteúdo e Produção Editorial 
Prof. Marcelo Narciso 
 
Diagramação 
Prof. Josimare Mota 
 
• Livro Questões Comentadas 
• 5ª Edição – ANO/2021 
• TOTAL DE QUESTÕES: ≈2.400 
 
 
Nota do Editor 
Caro candidato(a), você está adquirindo um material 
atualizado, de alta qualidade, contendo questões 
gabaritadas e/ou comentadas. O conteúdo é uma 
junção/adaptação dos dois últimos editais do concurso 
para o Departamento Penitenciário de Minas Gerais. 
Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta 
obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação, 
impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das 
hipóteses, solicitamos a comunicação para o e-mail 
faleconosco@bravoconcursos.com.br para esclarecer a 
questão. 
bravoconcursos.com.br 
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou compartilhada por qualquer meio ou 
forma sem a prévia autorização da Editora Bravo Concursos. A violação dos direitos autorais 
é CRIME estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. 
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SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 
COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO 
 
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SUMÁRIO 
LÍNGUA PORTUGUESA ____________________ 4 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS __________________________________ 4 
MORFOLOGIA ____________________________ 9 
PONTUAÇÃO _____________________________ 12 
Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos 
conectores, Pronomes Relativos, Conjunções) ___ 21 
Conjunção ________________________________ 27 
Semântica _________________________________ 30 
Ortografia ________________________________ 32 
Verbo ____________________________________ 33 
Acentuação ________________________________ 36 
Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos 
e tempos verbais ___________________________ 37 
Reescrita de Frases. Substituição de palavras ___ 38 
Significação de vocábulo e expressões __________ 40 
Tipologia e Gênero Textual __________________ 41 
Sintaxe ___________________________________ 42 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. __________________ 44 
RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO ________ 52 
QUESTÕES RLM – SELECON ______________ 52 
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ENVOLVENDO 
FRAÇÕES ________________________________ 55 
CONJUNTOS _____________________________ 57 
SILOGISMO ______________________________ 58 
SEQUENCIAS DE NÚMEROS, FIGURAS, 
LETRAS E PALAVRAS ____________________ 59 
PROPOSIÇÕES LÓGICAS __________________ 62 
TABELA VERDADE _______________________ 63 
EQUIVALÊNCIA LÓGICA _________________ 63 
TAUTOLOGIAS, CONTRADIÇÕES E 
CONTINGÊNCIAS_________________________ 65 
ARGUMENTO LÓGICO ___________________ 66 
INFORMÁTICA _____________________________ 68 
WINDOWS _______________________________ 68 
EXCEL ___________________________________ 72 
WORD ___________________________________ 80 
POWER POINT ___________________________ 82 
LIBRE OFFICE WRITER, CALC E IMPRESS _ 82 
INTERNET E REDES DE COMPUTADORES _ 85 
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO ___________ 89 
HARDWARE ______________________________ 92 
DIREITOS HUMANOS ________________________ 94 
Declaração Universal dos Direitos Humanos ____ 94 
Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto 
de San José da Costa Rica) __________________ 101 
Convenção Contra a Tortura e outros Tratamentos 
ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes. __ 105 
Decreto nº 40/1991 (Convenção Contra a Tortura e 
Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos 
ou Degradantes). __________________________ 105 
Decreto nº 98.386/1989 (Convenção Interamericana 
para Prevenir e Punir a Tortura). ____________ 105 
Regras Mínimas das Nações Unidas para o 
Tratamento dos Presos (Regrasde Mandela) ___ 109 
Grupos Vulneráveis e o Sistema Prisional _____ 109 
Protocolo das Nações Unidas contra o Crime 
Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, 
Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em 
Especial Mulheres e Crianças. _______________ 114 
Teoria Geral dos Direitos Humanos __________ 116 
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA _________________ 120 
LEI FEDERAL n.º 7.210/1984 (Institui a Lei de 
Execução Penal) com atualizações inseridas pelo 
pacote Anticrime da Lei 13.964, de 2019. ______ 120 
LEI ESTADUAL 11.404 DE 25/01/1994 (Contém 
Normas De Execução Penal No Estado de Minas 
Gerais). __________________________________ 132 
Lei Federal n.º 9.455/1997 (Lei da Tortura) e 
alterações posteriores. ______________________ 136 
Lei nº 13.869/2019 (antiga Lei nº 4.898/1965) - Lei de 
Abuso de Autoridade. ______________________ 140 
Lei Federal nº 10.826/2003 (Estatuto do 
Desarmamento) e alterações posteriores (com 
atualizações do Pacote Anticrime Lei nº 13.964, de 
2019). ____________________________________ 143 
Lei Federal nº 12.850/2013 (Organização Criminosa) 
com atualizações do Pacote Anticrime Lei nº 13.964, 
de 2019. __________________________________ 150 
Lei Estadual 21.068/2013 (Porte de Arma do Agente 
de Segurança Penitenciário). ________________ 155 
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SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 
COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO 
 
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DECRETO 47.795 DE DEZEMBRO DE 2019 
Revogou o Decreto 47.087 de 2016 (Dispõe Sobre a 
Organização da Secretaria de Estado de Justiça e 
Segurança Pública) ________________________ 157 
Código Penal Brasileiro Decreto-Lei n° 2.848/40 Art. 
21 a 40 (com atualizações do Pacote Anticrime Lei nº 
13.964, de 2019). __________________________ 158 
LEGISLAÇÃO ESTADUAL ________________ 165 
DECRETO 47.528, DE 12/11/2018 Revogou o 
Decreto 46.060 de 2012 (regulamenta a Lei Estadual 
Complementar nº 116/2011, que dispõe sobre a 
prevenção e a punição do assédio moral na 
Administração Pública Direta e Indireta do Poder 
Executivo Estadual) _______________________ 165 
Lei Estadual nº 869/1952 e suas alterações 
posteriores (Estatuto dos Funcionários Públicos 
Civis do Estado de Minas Gerais) ____________ 165 
Decreto nº 46.644/2014 (Dispõe sobre o Código de 
Conduta Ética do Agente Público e da Alta 
Administração Estadual). ___________________ 172 
 
 
 
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COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
TEXTO 1 
Ciência e epidemia, construções coletivas 
 Vacinas, atuando por meio de agentes semelhantes ao patógeno 
da doença, mas incapazes de causá-Ia, geram uma memória 
imunológica que nos protege da doença, às vezes por toda a vida. 
Mais que seu efeito individual, porém, importa seu efeito 
comunitário. Se bem utilizadas, podem proteger até quem não se 
vacinou. 
 
 Epidemias são fenômenos intrinsecamente sociais: contraímos as 
doenças infecciosas e as transmitimos para as pessoas ao redor. E a 
reação do grupo determina o curso e a gravidade do surto. 
 
 Se boa parte da população já tem imunidade contra determinada 
doença, é mais difícil que um indivíduo infectado contamine outras 
pessoas. Esse fenômeno, inicialmente estudado em animais, é 
chamado de imunidade de rebanho. 
 
 Para a gripe, observa-se a proteção comunitária quando cerca de 
40% da população é imune ao vírus; para o sarampo, a taxa fica por 
volta de 95%. Se um número suficiente de indivíduos for vacinado de 
modo a atingir a imunidade de rebanho, então a população como um 
todo recebe proteção contra a epidemia. 
 
 É nesse contexto que segue a busca por uma vacina para a Covid-
19. Calcula-se que atingiremos a imunidade de rebanho quando entre 
60 e 70% da população estiver imune ao vírus. Há quem estime que 
a taxa seja menor, dada a heterogeneidade da população. 
 
 De um modo ou de outro, várias pesquisas (inclusive brasileiras) 
evidenciam que sem a vacina essas taxas não serão alcançadas no 
curto prazo. Para agravar a situação, pairam dúvidas sobre a 
imunidade a longo prazo para a doença. 
 
 Essa é uma batalha que precisa ser travada com as armas da 
ciência. Pela primeira vez na história, o público acompanha tão de 
perto e com tanta expectativa a produção do conhecimento científico. 
E esse processo pode às vezes parecer caótico. 
 
 A ciência é um processo de construção coletiva, tão social quanto 
a epidemia que ela tenta enfrentar. Esforços colossais foram 
canalizados para o enfrentamento da Covid-19 - só de vacinas temos 
135 iniciativas, 22 delas sendo testadas em humanos (duas das quatro 
que estão no último estágio de ensaios em humanos estão sendo 
testadas no Brasil). Enquanto assistimos ao desenrolar dessa busca, 
vemos o fracasso de projetos promissores e o questionamento de 
informações antes tidas por favas contadas. 
 
 Esse processo de construção do conhecimento científico costuma 
se estender por anos. Mas a urgência e a intensidade da pesquisa 
sobre a Covid-19 têm forçado adaptações e aperfeiçoamento. 
 
 A demanda do público por informação vem estimulando 
estudiosos a melhorar o modo de comunicar seus achados e também 
as discussões sobre a construção do conhecimento. É um momento 
único: pela primeira vez experimentamos uma pandemia de tais 
proporções, com os atuais níveis de conhecimento científico e 
recursos de comunicação. 
 
 Vamos torcer para que as pessoas, confrontadas com estudos de 
resultados conflitantes, descubram um pouco mais a respeito da 
formação do conhecimento científico. E, com sorte, passem a admirar 
a beleza e o esforço envolvido na construção da ciência. 
 
Gabriella Cybis Folha de São Paulo, 15/07/2020 1. 
 
1. (SELECON/CRA RR/2020) Leia o Texto 1 para responder à 
questão 
De acordo com a argumentação da autora, a epidemia é considerada 
uma construção coletiva pelo seguinte motivo: 
a) investir em ciência é decorrente de financiamento público 
b) formar pesquisadores de ponta demanda tempo longo 
c) evitar o contágio depende de uma ação comunitária 
d) testar os medicamentos exige consentimento 
 
De acordo com a argumentação da autora, a epidemia é 
considerada uma construção coletiva pelo motivo ► evitar o 
contágio depende de uma ação comunitária. 
Vejamos o trecho que coloca a epidemia como uma construção 
coletiva: 
"A ciência é um processo de construção coletiva, tão social quanto 
a epidemia que ela tenta enfrentar. Esforços colossais foram 
canalizados para o enfrentamento da Covid-19 - só de vacinas 
temos 135 iniciativas...". 
Nessa passagem, ao colocar a ciência como algo tão social quanto 
a epidemia, a autora evidencia que evitar o contágio também 
depende de esforços colossais, que normalmente ocorrem por 
meio de uma ação comunitária. 
a) ERRADA. O texto não afirma que investir em ciência é algo 
decorrente de financiamento público. O financiamento pode ser 
proveniente de iniciativa particular 
b) ERRADA. De acordo com o texto, a urgência e a intensidade 
da pesquisa sobre a Covid-19 têm forçado adaptações e 
aperfeiçoamento. Assim, o texto expõe para o leitor a pressão de 
curto prazo. 
d) ERRADA. O teste de medicamentos não é um motivo que 
justifica a afirmação de que a epidemia é considerada uma 
construção coletiva.Gabarito oficial, c. 
 
2. (SELECON/CRA RR/2020) Leia o Texto 1 para responder à 
questão 
Considerando uma leitura global do texto, observa-se que, além de 
informar sobre o estágio atual dos estudos sobre a Covid-19, o texto 
tem o propósito de: 
a) valorizar a construção do conhecimento científico 
b) relativizar o domínio dos cientistas sobre seu objeto 
c) reconhecer as falhas percebidas no percurso recente 
d) criticar o acúmulo de saberes divergentes sobre a saúde 
 
Considerando uma leitura global do texto, observa-se que, além 
de informar sobre o estágio atual dos estudos sobre a Covid-19, o 
texto tem o propósito de valorizar a construção do conhecimento 
científico. 
Obeserve a leitura do final do texto: 
"Esse processo de construção do conhecimento científico costuma 
se estender por anos. Mas a urgência e a intensidade da pesquisa 
sobre a Covid-19 têm forçado adaptações e aperfeiçoamento. 
A demanda do público por informação vem estimulando 
estudiosos a melhorar o modo de comunicar seus achados e 
também as discussões sobre a construção do conhecimento. É um 
momento único: pela primeira vez experimentamos uma 
pandemia de tais proporções, com os atuais níveis de 
conhecimento científico e recursos de comunicação. 
Vamos torcer para que as pessoas, confrontadas com estudos de 
resultados conflitantes, descubram um pouco mais a respeito da 
formação do conhecimento científico. E, com sorte, PASSEM A 
ADMIRAR a beleza e o esforço envolvido na construção da 
ciência." 
As letras B e D estão incorretas, pois a autora não faz críticas e 
nem relativiza os saberes científicos. 
O texto também não evidencia o reconhecimento das falhas 
percebidas no percurso recente, o que nos permite eliminar 
também a letra c. 
Gabarito oficial, a. 
 
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SÓ QUESTÕES - POLÍCIA PENAL-MG – 2021 
COORDENAÇÃO: PROF. MARCELO NARCISO 
 
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3. (SELECON/CRA RR/2020) Leia o Texto 1 para responder à 
questão 
"Se bem utilizadas, podem proteger até quem não se vacinou" (1° 
parágrafo). Com base na discussão do texto, a justificativa para essa 
ideia é: 
a) a vacina já causa a doença nas pessoas 
b) a imunização reduz o risco de transmissão 
c) o recurso financeiro garante o acesso de todos 
d) o trabalho de divulgação favorece a proteção individual 
 
"Se bem utilizadas, podem proteger até quem não se vacinou" (1° 
parágrafo). 
Com base na discussão do texto, a justificativa para essa ideia é 
de que a imunização reduz o risco de transmissão. Vejamos o 
trecho abaixo: 
"Se boa parte da população já tem imunidade contra 
determinada doença, é mais difícil que um indivíduo infectado 
contamine outras pessoas. Esse fenômeno, inicialmente estudado 
em animais, é chamado de imunidade de rebanho. 
Para a gripe, observa-se a proteção comunitária quando cerca de 
40% da população é imune ao vírus; para o sarampo, a taxa fica 
por volta de 95%. Se um número suficiente de indivíduos for 
vacinado de modo a atingir a imunidade de rebanho, então a 
população como um todo recebe proteção contra a epidemia." 
Dessa forma, a letra B é a nossa resposta! 
As demais alternativas extrapolam as ideias do texto. 
Gabarito oficial, b. 
 
TEXTO 2 
Direito humano à alimentação adequada e soberania alimentar 
 
O direito humano à alimentação adequada está contemplado no 
artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e 
sua definição foi ampliada em outros dispositivos do Direito 
Internacional, como o artigo 11 do Pacto de Direitos Econômicos, 
Sociais e Culturais e o Comentário Geral nº 12 da ONU. No Brasil, 
resultante de amplo processo de mobilização social, em 2010 foi 
aprovada a Emenda Constitucional nº 64, que inclui a alimentação 
no artigo 6º da Constituição Federal. No entanto, isso não 
necessariamente significa a garantia da realização desse direito na 
prática, o que permanece como um desafio a ser enfrentado. 
 
O direito humano à alimentação adequada consiste no acesso físico e 
econômico de todas as pessoas aos alimentos e aos recursos, como 
emprego ou terra, para garantir esse acesso de modo contínuo. Esse 
direito inclui a água e as diversas formas de acesso à água na sua 
compreensão e realização. Ao afirmar que a alimentação deve ser 
adequada, entende-se que ela seja adequada ao contexto e às 
condições culturais, sociais, econômicas, climáticas e ecológicas de 
cada pessoa, etnia, cultura ou grupo social. 
 
Para garantir a realização do direito humano à alimentação 
adequada, o Estado brasileiro tem as obrigações de respeitar, 
proteger, promover e prover a alimentação da população. Por sua 
vez, a população tem o direito de exigir que eles sejam cumpridos, 
por meio de mecanismos de exigibilidade. Exigibilidade é o 
empoderamento dos titulares de direitos para exigir o cumprimento 
dos preceitos consagrados nas leis internacionais e nacionais 
referentes ao direito humano à alimentação adequada no âmbito dos 
poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas federal, 
estaduais e municipais. Esses meios de exigibilidade podem ser 
administrativos, políticos, quase judiciais e judiciais. 
 
Durante várias décadas, por influência dos países centrais, o Brasil e 
outros países em desenvolvimento procuraram responder ao 
problema da fome com a introdução da chamada revolução verde, 
que foi uma espécie de campanha de modernização da agricultura 
mediante a introdução de um pacote tecnológico baseado no uso 
intensivo de máquinas, fertilizantes químicos e agrotóxicos para 
aumentar a produção e, consequentemente, a humanidade acabaria 
com a fome. Introduziu-se, assim, um modelo agroexportador 
centrado nas monoculturas, que favoreceu a concentração das 
empresas, cada vez mais internacionalizadas, de modo que 
atualmente 30 conglomerados transnacionais controlam a maior 
parte da produção, da industrialização e do comércio agroalimentar 
no mundo, violando a soberania alimentar. 
 
Muitos países, regiões e municípios, também dentro do Estado 
brasileiro, vivem sem soberania alimentar e outros tantos vivem com 
sua soberania alimentar ameaçada pelos fatores supramencionados. 
Nesse contexto, a soberania alimentar significa o direito dos países 
definirem suas próprias políticas e estratégias de produção, 
distribuição e consumo de alimentos que garantam a alimentação 
para a população, respeitando as múltiplas características culturais 
dos povos em suas regiões. 
 
Entre os desafios para a garantia do direito humano à alimentação 
adequada e da soberania e segurança alimentar e nutricional no 
Semiárido, encontram-se: a necessidade de respeitar a diversidade 
cultural e as formas de organização e produção, de modo que as 
comunidades tenham sua autonomia para produzir e consumir seus 
alimentos; e a importância de avançar na realização da reforma 
agrária, na regularização fundiária e no reconhecimento dos 
territórios para que os povos tenham maior autonomia para produzir 
seus alimentos. 
 
Irio Luiz Conti 
(integra o Consea Nacional e é membro da Fian Internacional.) 
(Disponível em: http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/ 
artigos/2014/direito-humano-a-alimentacao-adequada-esoberania- 
alimentar) 
 
4. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 2 para 
responder à questão 
A temática central discutida no texto pode ser resumida nos seguintes 
termos: 
a) saúde/política pública 
b) tecnologia/trabalho manual 
c) direito/distribuição de renda 
d) alimentação/poder de decisão 
 
Com base no título (Direito humano à alimentação adequada e 
soberania alimentar), é muito provável que o texto vá tratar, 
predominantemente,de alimentação o que de fato ocorre. O título 
também menciona soberania alimentar. Vejam a definição de 
soberania alimentar no texto: 
Nesse contexto, a soberania alimentar significa o direito dos 
países definirem suas próprias políticas e estratégias de 
produção, distribuição e consumo de alimentos que garantam a 
alimentação para a população, respeitando as múltiplas 
características culturais dos povos em suas regiões. 
Gabarito oficial, d. 
 
5. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 2 para 
responder à questão. 
No primeiro parágrafo, a primeira frase estabelece com a segunda 
uma relação caraterizada pelo seguinte par de palavras: 
a) generalização/especificação 
b) exemplificação/ponderação 
c) definição/contraposição 
d) comparação/definição 
 
O texto começa falando do direito à alimentação, que está 
presente na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Depois 
disso, no segundo período, há a menção do direito à alimentação 
no Brasil. Ou seja, primeiro há a menção do direito à alimentação 
de forma geral. Então, fala-se do direito à alimentação 
especificamente no Brasil. 
Gabarito oficial, a. 
 
6. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 2 para 
responder à questão 
No segundo parágrafo, a discussão sugere incluir o seguinte aspecto: 
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a) regular indicações universais à humanidade 
b) produzir normas de conservação dos produtos 
c) observar condições específicas dos grupos sociais 
d) recusar efeitos das alterações climáticas nos alimentos 
 
O direito humano à alimentação adequada consiste no acesso 
físico e econômico de todas as pessoas aos alimentos e aos 
recursos, como emprego ou terra, para garantir esse acesso de 
modo contínuo. Esse direito inclui a água e as diversas formas de 
acesso à água na sua compreensão e realização. Ao afirmar que a 
alimentação deve ser adequada, entende-se que ela seja adequada 
ao contexto e às condições (OBSERVAR CONDIÇÕES 
ESPECÍFICAS DOS GRUPOS SOCIAIS) culturais, sociais, 
econômicas, climáticas e ecológicas de cada pessoa, etnia, cultura 
ou grupo social. 
Gabarito oficial, c. 
 
7. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 2 para 
responder à questão 
De acordo com o texto, a soberania alimentar pressupõe o seguinte 
elemento: 
a) autonomia de definição de estratégias pelos países 
b) exploração da mão de obra familiar no campo 
c) enquadramento no modelo de exportação 
d) revisão de valores e crenças locais 
 
Muitos países, regiões e municípios, também dentro do Estado 
brasileiro, vivem sem soberania alimentar e outros tantos vivem 
com sua soberania alimentar ameaçada pelos fatores 
supramencionados. Nesse contexto, a soberania alimentar 
significa o direito dos países definirem (AUTONOMIA DE 
DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIAS PELOS PAÍSES) suas 
próprias políticas e estratégias de produção, distribuição e 
consumo de alimentos que garantam a alimentação para a 
população, respeitando as múltiplas características culturais dos 
povos em suas regiões. 
Gabarito oficial, a. 
 
8. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Considere a seguinte frase 
do Texto 2 para responder à questão: 
“No entanto, isso não necessariamente significa a garantia da 
realização desse direito na prática, o que permanece como um desafio 
a ser enfrentado.” 
Essa frase introduz uma informação com o valor, no contexto, de: 
a) introduzir um relato de experiência 
b) comparar elementos dos textos expostos 
c) relativizar a aplicação de uma ideia importante 
d) reforçar um exemplo considerado bem sucedido 
 
“No Brasil, resultante de amplo processo de mobilização social, 
em 2010 foi aprovada a Emenda Constitucional nº 64, que inclui 
a alimentação no artigo 6º da Constituição Federal. No entanto, 
isso não necessariamente significa a garantia da realização desse 
direito na prática, o que permanece como um desafio a ser 
enfrentado.” 
Assegurar que toda a população tenha acesso à alimentação 
adequada ainda é um desafio para os governantes brasileiros. 
Mesmo a legislação prevendo tal direito, não necessariamente 
(relativização) significa a garantia da realização desse direito na 
prática. 
Gabarito oficial, c. 
 
9. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Considere a seguinte frase 
do Texto 2 para responder à questão: 
“No entanto, isso não necessariamente significa a garantia da 
realização desse direito na prática, o que permanece como um desafio 
a ser enfrentado.” 
O emprego da negação introduz polêmica acerca do seguinte 
pressuposto: 
a) a prática nunca é igual à teoria 
b) o desejo precisa ser sempre realizado 
c) o direito previsto em lei deve ser assegurado 
d) a alimentação saudável depende de boa vontade 
 
No Brasil, resultante de amplo processo de mobilização social, em 
2010 foi aprovada a Emenda Constitucional nº 64, que inclui a 
alimentação no artigo 6º da Constituição Federal. No entanto, isso 
não necessariamente significa a garantia da realização desse 
direito na prática, o que permanece como um desafio a ser 
enfrentado. 
A negação (isso não necessariamente garante a realização do 
direito), introduz uma polêmica em relação a um direito que, por 
estar previsto na CF, deve ser assegurado (mas nem sempre é). 
Gabarito oficial, c. 
 
TEXTO 3 
Publicidade de alimentos e obesidade infantil: uma reflexão 
necessária 
 
A epidemia de obesidade e doenças crônicas é um problema que 
atinge, de maneira crescente, o mundo inteiro. E tornou-se consenso 
entre as principais organizações e pesquisadores em saúde pública 
que a regulação da publicidade de alimentos é uma das estratégias 
necessárias para combatê-la. As campanhas de marketing não 
apenas influenciam as escolhas alimentares na infância, mas também 
buscam fidelizar consumidores desde a mais tenra idade. O objeto 
preferencial são os alimentos ultraprocessados, feitos a partir de 
ingredientes industriais, com pouco ou nenhum produto fresco, e, 
geralmente, com alta quantidade de açúcar, gordura e/ou sódio. 
 
Em 2010, a Organização Mundial da Saúde recomendou a redução 
da exposição das crianças à propaganda de alimentos, sobretudo 
aqueles com alta quantidade de açúcar, sal e gordura. Em 2012, a 
Organização Pan-Americana da Saúde aprofundouse no tema e 
também apresentou recomendações de ações concretas por parte dos 
governos para reduzir a exposição das crianças à publicidade de 
alimentos. Para especialistas, a autorregulamentação do setor não 
tem funcionado. 
A mais recente publicação sobre obesidade do periódico Lancet, 
divulgada em fevereiro deste ano, indica que, até o momento, as 
iniciativas de regulação da propaganda não foram suficientes. Desde 
os avanços conquistados na proteção da amamentação, com a 
eliminação de anúncios que apresentam substitutos do leite materno, 
poucas ações efetivas foram implementadas para frear o massivo 
marketing da indústria de alimentos para crianças em todo o mundo. 
 
No Brasil, apesar da proibição da publicidade abusiva (direcionada 
à criança) prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC) desde 
1990, a falta de regulamentação específica para alimentos prejudica 
a efetivação da lei. Em 2010, a movimentação internacional em torno 
do tema motivou a elaboração da primeira regulação sobre 
publicidade de alimentos em geral, por parte da Anvisa (Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária). A regulação, no entanto, foi 
suspensa logo após sua publicação, devido à pressão de diversas 
associações da indústria de alimentos. A Norma Brasileira de 
Comercialização de Alimentos para Lactentese Crianças de 
Primeira 
 
Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) contribuiu muito 
para a proteção ao aleitamento materno, porém aguarda 
regulamentação, desde 2006, o que compromete a fiscalização e o 
cumprimento da lei. 
 
Alguns avanços também precisam ser reconhecidos, como a 
Resolução 163/2014 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e 
do Adolescente (Conanda), que regulamentou a propaganda abusiva, 
descrevendo todos os casos em que o Código do Consumidor deve ser 
aplicado. Porém, os órgãos de fiscalização ainda não possuem força 
suficiente para colocá-la em prática, também por conta da grande 
pressão das associações da indústria e de publicidade. Assim como na 
suspensão da resolução da Anvisa, esses segmentos fazem pressão 
contra a resolução do Conanda, alegando que esses órgãos não têm 
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competência legal para regular a publicidade ou que as regras ferem 
a liberdade de expressão das empresas. Argumentos que já foram 
refutados por renomados juristas e contestados pelas evidências 
científicas na área da saúde pública. 
 
O novo Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo 
Ministério da Saúde em 2014, reconhece a influência e coloca a 
publicidade de alimentos como um dos obstáculos para a alimentação 
saudável. O guia destaca que a regulação é necessária, pois a 
publicidade estimula o consumo de alimentos ultraprocessados, 
induzindo a população a considerá-los mais saudáveis, com 
qualidade superior aos demais, e frequentemente associá-los à 
imagem de bem-estar, felicidade e sucesso. 
 
Independentemente do tipo de alimento, a propaganda direcionada a 
crianças se aproveita da vulnerabilidade de indivíduos em fase de 
desenvolvimento para incentivar o consumo. Por isso, não deve ser 
permitida. Ainda temos um longo caminho pela frente para alcançar 
a garantia dos direitos à alimentação adequada e saudável e os 
direitos dos consumidores. 
 
Ana Paula Bortoletto (https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/03/publicidade-
dealimentos-e-obesidade-infantil-buma-reflexao-necessariab.html) Adaptado. 
 
10. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 3 para 
responder à questão 
A partir da discussão do texto, é possível estabelecer entre as 
expressões “publicidade de alimentos” e “obesidade infantil”, 
contidas no título, uma relação definida, respectivamente, pelo 
seguinte par de palavras: 
a) generalização/causa 
b) indicação/contraposição 
c) motivação/consequência 
d) exemplificação/refutação 
 
A relação existente é de causa ► consequência ou motivação 
(causa) ► consequência. 
“publicidade de alimentos” - causa ou MOTIVAÇÃO 
“obesidade infantil” – CONSEQUÊNCIA. 
Gabarito oficial, c. 
 
11. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 3 para 
responder à questão 
Na argumentação da autora, o segundo parágrafo assume a função 
de: 
a) incentivar a liberdade de expressão 
b) rejeitar as orientações internacionais 
c) relativizar o papel do Estado no tema 
d) confirmar a importância da regulamentação 
 
AUTORREGULAMENTAÇÃO significa que o próprio setor 
econômico irá realizar sua regulamentação, ouseja, o mercado se 
autorregulamenta sem intervenção do Estado. 
SETOR REGULAMENTADO há intervenção estatal. O Estado 
emite leis e regulamentos determinando alguns comportamentos 
e diretrizes que precisam ser seguidos pelas 
empresas/participantes daquele setor. 
No segundo parágrafo, existem duas indicações de 
regulamentação: 
01 - Organização Mundial da Saúde recomendou a redução da 
exposição das crianças à propaganda de alimentos 
02 - Organização Pan-Americana da Saúde aprofundou-se no 
tema e também apresentou recomendações de ações concretas 
por parte dos governos para reduzir a exposição das crianças à 
publicidade de alimentos. 
Portanto, de acordo com o segundo parágrafo, podemos 
confirmar a importância da regulamentação, pois a 
“autorregulamentação do setor não tem funcionado” 
Gabarito oficial, d. 
 
12. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 3 para 
responder à questão 
De acordo com o texto, um aspecto negativo da publicidade infantil 
reside em: 
a) sugerir ações de desrespeito às leis vigentes no país 
b) apresentar cenas impróprias aos valores tradicionais 
c) expressar visões parciais sobre a atividade de consumo 
d) aproveitar-se da condição de vulnerabilidade do público 
 
A resposta se encontra no último parágrafo do texto: 
“Independentemente do tipo de alimento, a propaganda 
direcionada a crianças se aproveita da vulnerabilidade de 
indivíduos em fase de desenvolvimento para incentivar o 
consumo. Por isso, não deve ser permitida” 
Gabarito oficial, d. 
 
13. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 3 para 
responder à questão 
A leitura do trecho permite considerar a presença de sódio em 
alimentos como: 
a) indispensável 
b) produtiva 
c) maléfica 
d) infalível 
 
Vejamos o final do primeiro parágrafo: 
“O objeto preferencial são os alimentos ultraprocessados, feitos a 
partir de ingredientes industriais, com pouco ou nenhum produto 
fresco, e, geralmente, com alta quantidade de açúcar, gordura 
e/ou sódio” 
Nesse contexto, podemos concluir que a alta quantidade não só de 
sódio, mas de gorduras e açucares são maléficos 
Gabarito oficial, c. 
 
TEXTO 4 
A mobilidade da criança 
 
O que significa a mobilidade para os pequenos habitantes das cidades 
brasileiras? Para parte deles, o ir e vir está sempre relacionado ao 
carro. Das janelas dos automóveis, eles enxergam reflexos da cidade, 
mas não participam dela. 
 
Para a maior parcela, que se locomove a pé e de transporte coletivo, 
há insegurança, medo e a certeza de que o pedestre é considerado um 
intruso, um invasor do espaço. Além de aprender que precisa 
atravessar a rua correndo porque o tempo do semáforo é insuficiente 
e o pedestre não é respeitado, a criança brasileira se acostuma a 
caminhar em calçadas muito estreitas e até em ruas sem a presença 
delas. As décadas de planejamento urbano focado no carro tornaram 
as ruas um território de guerra – o fato de que o Brasil é o quarto 
país do mundo em mortes no trânsito fala por si só. Pesquisadores 
internacionais há tempos discutem os efeitos da “imobilidade” e da 
violência no trânsito no desenvolvimento físico, cognitivo, motor e 
social das crianças. Exercer a independência numa cidade segura é 
fundamental para o crescimento saudável. Nos países em que as 
crianças andam de bicicleta e a pé com segurança, como na Holanda 
e na Dinamarca, por exemplo, os acidentes são praticamente 
inexistentes e a infância é um período de feliz interação na sociedade. 
 
Sobrepeso e falta de luz solar Segundo a urbanista e arquiteta 
espanhola Irene Quintáns, os urbanistas usam a presença de crianças 
no espaço público como indicador de sucesso urbano. “A ausência 
delas nas ruas aponta as falhas das nossas cidades”, ela diz. 
 
Moradora da capital paulista há sete anos e mãe de dois filhos, Irene 
acredita que privar os pequenos de caminhar não é positivo. “Uma 
criança que fica circunscrita à locomoção no carro tende a ficar 
insegura para se movimentar. Ela também tem mais dificuldade em 
perceber o outro. Isso se chama empatia e é muito importante para a 
vida em sociedade. Há ainda a questão do sedentarismo, do sobrepeso 
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e da falta de luz solar. Crianças que caminham para a escola têm mais 
concentração para desenvolver atividades complexas”. 
 
Mesmo com todas as dificuldades já citadas, é importante usar o 
transporte público, caminhar e participar da vida na cidade. Na 
próxima vez que levar seus filhos à escola, reflita: por que ir de carro? 
Que tal descobrir a cidade ao lado deles, trocando ideias sobre o que 
vocês veem? Assim, eles aprendem a ser cidadãos e a viver o coletivo, 
enquanto exigimos que o poder público priorize a proteção das nossas 
crianças. 
 
(https://www.metrojornal.com.br/colunistas/2018/10/11/ mobilidade-da-crianca.html) 
 
14. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 4 para 
responder à questão 
A temática principal do texto se baseia na relação entre: 
a) mobilidade urbana e infância 
b) hierarquia social e propriedade 
c) acesso a transporte e economia 
d) visibilidade das pessoas e planejamento 
 
A temática principal do texto se baseia na relação entre 
mobilidade urbana e infância. Essa ideia já é exposta no próprio 
título ("A mobilidade da criança"), estando expressa também nos 
trechos abaixo: 
"O que significa a mobilidade para os pequenos habitantes das 
cidades brasileiras? Para parte deles, o ir e vir está sempre 
relacionado ao carro. Das janelas dos automóveis, eles enxergam 
reflexos da cidade, mas não participam dela." 
"Além de aprender que precisa atravessar a rua correndo porque 
o tempo do semáforo é insuficiente e o pedestre não é respeitado, 
a criança brasileira se acostuma a caminhar em calçadas muito 
estreitas e até em ruas sem a presença delas." 
"Nos países em que as crianças andam de bicicleta e a pé com 
segurança, como na Holanda e na Dinamarca, por exemplo, os 
acidentes são praticamente inexistentes (...)." 
"Segundo a urbanista e arquiteta espanhola Irene 
Perceba que a mobilidade urbana na infância permeia todo o 
texto. 
Gabarito oficial, a. 
 
15. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) Leia o Texto 4 para 
responder à questão 
Uma ideia explicitamente construída sobre o leitor considera que ele: 
a) ignora as desigualdades sociais 
b) transita com crianças pela cidade 
c) trabalha com planejamento geográfico 
d) defende valores do individualismo 
 
Uma ideia explicitamente construída sobre o leitor considera que 
ele transita com crianças pela cidade. Percebemos isso pela 
leitura do final do texto: 
"Mesmo com todas as dificuldades já citadas, é importante usar 
o transporte público, caminhar e participar da vida na cidade. Na 
próxima vez que levar seus filhos à escola, reflita: por que ir de 
carro? Que tal descobrir a cidade ao lado deles, trocando ideias 
sobre o que vocês veem? Assim, eles aprendem a ser cidadãos e a 
viver o coletivo, enquanto exigimos que o poder público priorize 
a proteção das nossas crianças." 
Gabarito oficial, b. 
 
TEXTO 5 
 
 
 
16. (SELECON/Pref Sapezal/2020) Leia o Texto 5 para 
responder à questão 
No primeiro quadrinho, a pergunta da personagem manifesta: 
a) alegria 
b) espanto 
c) fidelidade 
d) agressividade. 
 
No primeiro quadrinho, a pergunta da Mafalda manifesta seu 
espanto em relação à atitude de Miguelito. Assim sendo, estão 
claramente erradas as demais opções, a saber: 
Gabarito oficial, b. 
 
17. (SELECON/Pref Sapezal/2020) Leia o Texto 5 para 
responder à questão 
No primeiro quadrinho, a personagem faz uma pergunta que mostra: 
a) sua submissão 
b) seu bom humor 
c) sua discordância 
d) seu consentimento 
 
No primeiro quadrinho, a personagem Mafalda faz uma 
pergunta que expressa sua discordância da postura adotada pelo 
seu colega Miguelito. Ela diz: "Que história é essa de ficar 
sentado esperando alguma coisa da vida?". 
Gabarito oficial, c. 
 
18. (SELECON/Pref Sapezal/2020) Leia o Texto 5 para 
responder à questão 
A frase do segundo quadrinho expressa um posicionamento de: 
a) desobediência 
b) confirmação 
c) intromissão 
d) remorso 
 
A frase do segundo quadrinho ("É isso mesmo: vou ficar aqui 
esperando a vida me dar alguma coisa") expressa um 
posicionamento de confirmação por parte de Miguelito. Ele 
reafirma sua disposição de continuar esperando passivamente a 
vida lhe favorecer. 
Gabarito oficial, b. 
 
19. (SELECON/Pref Sapezal/2020) Leia o Texto 5 para 
responder à questão 
No terceiro quadrinho, a expressão das personagens mostra que: 
a) todas as personagens estão felizes 
b) as duas comemoram a conversa 
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c) Miguelito convenceu Mafalda 
d) cada uma mantém sua opinião 
 
No terceiro quadrinho, a expressão das personagens mostra que 
Mafalda e Miguelito mantêm suas opiniões divergentes, ou seja, 
Mafalda discorda da postura adotada por Miguelito e este 
continua inflexível. 
Gabarito oficial, d. 
 
20. (SELECON/Pref Sapezal/2020) Leia o Texto 5 para 
responder à questão 
A pergunta do último quadrinho pressupõe que as pessoas, em geral, 
estejam: 
a) acomodadas 
b) indignadas 
c) solitárias 
d) nervosas 
 
A pergunta do último quadrinho ("Será que o mundo está assim 
porque está cheio de Miguelitos") pressupõe que as pessoas, em 
geral, estejam acomodadas, conforme o personagem Miguelito 
aparenta ser. Ele espera ser favorecido pelas circunstâncias da 
vida sem que seja necessário fazer algo e/ou assumir 
responsabilidade. 
Gabarito oficial, a. 
 
MORFOLOGIA 
 
21. (SELECON/Pref Niterói/2019) A palavra “desvantagens” 
apresenta o mesmo processo de formação que: 
a) envelhecimento 
b) necessariamente 
c) feminização 
d) prestação 
e) sobressai 
 
A palavra “sobressai” é formada pelo acréscimo do prefixo sobre- 
à forma verbal sai. Logo, trata-se de uma palavra formada por 
derivação prefixal. 
Gabarito oficial, e. 
 
22. (SELECON/Pref Niterói/2019) A palavra “cidadão” 
apresenta sua forma no plural com a mesma terminação de: 
a) escrivão 
b) capitão 
c) eleição 
d) cordão 
e) mão 
 
As palavras “mão” e “cidadão” apresentam sua forma no plural 
com a terminação "ãos": mãos e cidadãos. 
Gabarito oficial, e. 
 
23. (SELECON/ECSP/Motorista CNH B/2019) Câncer e mulher 
fazem o plural com acréscimo de -es; possível faz o plural trocando-
se o I por -is (possíveis). 
Está correta a correspondência entre a palavra e sua respectiva 
forma de plural na seguinte opção: 
a) degrau - degrais 
b) caráter - caracteres 
c) cidadão - cidadães 
d) bombom - bomboms 
 
Para fazer o plural de “caráter”, acrescenta-se “es”. Mas há duas 
particularidades que convém salientar: 
– o plural retoma o “c” antes do “t”, como a sua palavra de 
origem latina: character; 
– muda a sílaba tônica da palavra de “rá” para “te”. 
Gabarito oficial, b. 
 
TEXTO 8 
 
 
24. (SELECON/Pref Sapezal/2020) Leia o Texto 8 para 
responder à questão 
Em “magrinha”, a terminação expressa a noção de: 
a) intensidade 
b) contrariedade 
c) consequência 
d) comparação 
 
No adjetivo "magrinha", o diminutivo foi utilizado para enfatizar 
a intensidade (alternativa "A" - correta) da característica. Esse 
termo poderia ser substituído pela expressão "muito magra" 
(com o advérbio de intensidade "muito" - superlativo absoluto 
analítico) ou pelo superlativo absoluto sintético "magérrima". 
Gabarito oficial, a. 
 
25. (SELECON/Pref Sapezal/2020) Leia o Texto 8 para 
responder à questão 
No terceiro quadrinho, o modo verbal empregado indica ação com 
valor de: 
a) promessa 
b) certeza 
c) suposiçãod) possibilidade 
 
Gabarito oficial, c. 
 
TEXTO 9 
 
Disponível em: https://twitter.com/Metropoles 
 
26. (SELECON/Pref Boa Vista/2019) Leia o Texto 9 para 
responder à questão 
A palavra “já” é advérbio com valor de: 
a) modo 
b) tempo 
c) companhia 
d) instrumento 
 
O vocábulo “já” é advérbio com valor de tempo. Outros exemplos 
que também funcionam como advérbio de tempo são as palavras: 
agora, amanhã, ontem, breve, cedo. 
Gabarito oficial, b. 
 
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27. (SELECON/Pref Boa Vista/2019) Leia o Texto 9 para 
responder à questão 
No contexto, a palavra “mas” pode ser substituída, mantendo o 
sentido do diálogo, por: 
a) já que 
b) por isso 
c) tanto que 
d) no entanto 
 
Vejamos o diálogo: 
— Querido, vamos participar da corrida mais tradicional da 
cidade. 
— Mas sou sedentário. 
A palavra "mas", assim como as palavras porém, todavia, no 
entanto, entretanto, contudo são conjunções adversativas que 
expressam ideia de oposição. Para preservar a ideia original, é 
necessário indicar outra conjunção adversativa. 
Gabarito oficial, d. 
 
28. (SELECON/CRA RR/2020) 
"Um dos maiores vilões da qualidade da água no Brasil é a oferta de 
saneamento básico. Pouco mais da metade da população brasileira, 
52,4%, tinha coleta de esgoto em 2017, e apenas 46% do esgoto total 
é tratado". 
O conectivo que melhor une as duas frases é: 
a) mas 
b) pois 
c) logo 
d) caso 
 
Observe a oração: 
“Um dos maiores vilões da qualidade da água no Brasil é a oferta 
de saneamento básico. Pouco mais da metade da população 
brasileira, 52,4%, tinha coleta de esgoto em 2017, e apenas 46% 
do esgoto total é tratado.” 
Observe que a segunda oração é uma explicação do porque a 
oferta de saneamento básico ser um dos maiores vilões da 
qualidade da água no Brasil. 
Dessa forma, para unir as duas orações é necessária uma 
conjunção explicativa, no caso: pois. 
Um dos maiores vilões da qualidade da água no Brasil é a oferta 
de saneamento básico, pois pouco mais da metade da população 
brasileira, 52,4%, tinha coleta de esgoto em 2017, e apenas 46% 
do esgoto total é tratado. 
Gabarito oficial, b. 
 
29. (SELECON/Pref Sapezal/2020) 
“Assim houve a formação do corpo dos seres humanos, com reflexos 
no desenvolvimento de sua inteligência e matriz metabólica”. 
Na frase, a palavra “assim” indica uma ideia de: 
a) consequência 
b) comparação 
c) concessão 
d) conclusão 
 
Como regra, a conjunção “assim” introduz uma conclusão. 
Outros exemplos: logo, portanto, então, por isso, por conseguinte, 
entre outras. 
Gabarito oficial, d. 
 
30. (SELECON/Pref Sapezal/2020) “Uma proposta deve buscar 
a satisfação das necessidades biológicas, superando a ideia de 'ração 
adequada'. É preciso oferecer sabor, enaltecer os rituais e valorizar 
costumes e tradições”. 
O conectivo que evidencia a relação estabelecida entre as partes do 
texto é: 
a) se 
b) logo 
c) embora 
d) entretanto 
 
Uma proposta deve buscar a satisfação das necessidades 
biológicas, superando a ideia de 'ração adequada. Logo, é preciso 
oferecer sabor, enaltecer os rituais e valorizar costumes e 
tradições. 
Gabarito oficial, b. 
 
 
 
 
31. (SELECON/Pref Campo Grande/2019) Na frase, a palavra 
"mas" pode ser substituída, mantendo seu sentido atual, por: 
a) logo 
b) portanto 
c) porém 
d) enfim 
 
Precisamos substituir o termo "mas" por um conectivo que 
mantenha o sentido original, que é de oposição. A única 
conjunção adversativa está na alternativa c. 
Gabarito oficial, c. 
 
32. (SELECON/Pref Campo Grande/2019) Em "Se aliada a uma 
atividade física regular, pode fortalecer o sistema imune", o trecho 
sublinhado estabelece com o restante do período uma relação de: 
a) generalização 
b) confirmação 
c) condição 
d) proporção 
 
O conectivo "Se" é uma conjunção condicional. A ideia é de 
CONDIÇÃO. Estar aliada a uma atividade física regular é a 
CONDIÇÃO para que a alimentação equilibrada possa fortalecer 
o sistema imune. 
Gabarito oficial, c. 
 
TEXTO 13 
 
Inteligência cultural 
 
É ponto pacífico que os seres humanos são dotados de capacidades 
cognitivas superiores em relação aos símios, seus parentes mais 
próximos na evolução. Basta lembrar a linguagem, o simbolismo 
matemático e o raciocínio científico, para citar apenas algumas. Tudo 
indica que essa superioridade esteja relacionada ao grande cérebro 
que temos, três vezes maior que o dos chimpanzés, e dotado também 
de três vezes mais neurônios. 
 
A questão central é saber de que modo a estrutura do cérebro e suas 
estratégias funcionais adquiriram capacidades cognitivas tão 
poderosas e únicas entre os seres vivos. A natureza teria nos dotado 
especificamente de uma capacidade superior - a cognição social. 
 
Uma hipótese bem aceita é a da 'inteligência geral'. Dizem os seus 
adeptos que os cérebros maiores permitiram realizarmos operações 
cognitivas de todo tipo, com maior eficiência que outras espécies. 
Teríamos maior memória, aprendizagem mais rápida, percepção 
mais ágil (inclusive do estado mental de outras pessoas), 
planejamento de longo prazo. Dotado dessas potencialidades 
genéricas, o ambiente faria a diferenciação individual, lapidando 
cada um diferentemente do outro. 
 
O antropólogo M. Tomasello, do Instituto Max Planck de 
Antropologia Evolutiva, na Alemanha, defende a hipótese da 
'inteligência cultural', cuja premissa é que a natureza nos dotou 
especificamente de uma capacidade superiora cognição social - que 
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nos oferece um grau elevado de cooperação interindividual, e a 
construção de redes sociais nunca conseguida pelos símios ou 
qualquer outra espécie, mesmo aquelas que apresentam uma 
organização populacional que se pode chamar de social. Outras 
capacidades humanas seriam semelhantes às dos símios, apenas 
potencializadas pela cultura e a vida em sociedade. 
 
Se a hipótese da 'inteligência cultural' for verdadeira, existiria uma 
idade em humanos, durante o seu desenvolvimento precoce (antes 
que a cultura os influencie fortemente), em que a cognição física 
(relações de espaço, quantidade e causalidade entre fenômenos) seria 
semelhante à dos grandes símios. Nessa mesma idade, porém, a 
previsão é que a nossa cognição social seja nitidamente superior à dos 
chimpanzés e orangotangos. 
 
Os resultados obtidos pela equipe de Tomasello comprovaram a sua 
hipótese da 'inteligência cultural'. Nos testes de cognição física, as 
crianças e os chimpanzés não diferiram estatisticamente, mas ambos 
tiveram desempenho melhor que os orangotangos. Nos testes de 
cognição social, entretanto, as crianças mostraram-se muito 
superiores aos símios que, por sua vez, não diferiram entre si. 
 
Tudo indica, então, que a cultura e a vida social representam 
capacidades cognitivas que nascem conosco, possivelmente derivadas 
do nosso grande cérebro povoado por quase 90 bilhões de neurônios. 
Possivelmente, a aquisição dessa capacidade social se deu em algum 
momento entre um e dois milhões de anos atrás, quando a evolução 
foi selecionando cérebros dotados de mais que os 40 bilhões estimados 
para os australopitecos, nossosancestrais africanos. 
 
O processo seletivo continuou até chegar ao gênero Homo, que 
gradualmente atingiu os nossos atuais 90 bilhões e adquiriu novas 
capacidades: a comunicação entre indivíduos por meio da linguagem, 
a aprendizagem social de regras de conduta coletiva voltadas para a 
cooperação, a percepção do estado mental dos outros e de suas 
intenções e emoções ('teoria da mente') e o planejamento de ações 
futuras de longo prazo. 
 
Assim, nascemos propensos à cooperação social: essa é a nossa força. 
Provavelmente, os poucos genes que nos diferenciam dos chimpanzés 
são responsáveis pelos circuitos neurais que coordenam as funções 
relacionadas à vida social. Sua expressão, entretanto, deve ser 
modulada pela sociedade que nós próprios construímos. 
 
Roberto Lent 
Instituto de Ciências Biomédicas 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
(Adaptado de: http://cienciahoje.org.br/coluna/inteligencia-cultural/) 
33. (SELECON/Pref Campo Grande/2019) Considerando o 
trecho do Texto 13, responda à questão: 
 
O emprego do tempo na forma verbal destacada sugere o seguinte 
sentido sobre a ação descrita: 
a) mantém relação de dependência com a condição anterior 
b) expressa informação com conteúdo descartável 
c) é assumida como certeza em qualquer cenário 
d) estabelece oposição à existência da tese 
 
A forma verbal "existiria" está no futuro do pretérito do 
indicativo, que foi utilizado para expressar uma hipótese. Para 
que essa hipótese seja possível, é preciso que ocorra a condição 
iniciada por "Se" (conjunção condicional). 
A oração subordinada "Se a hipótese da 'inteligência cultural' for 
verdadeira" depende sintática e semanticamente da oração 
principal, exercendo a função de adjunto adverbial de condição. 
Assim, existe entre essas orações uma relação de 
DEPENDÊNCIA. A hipótese da oração principal só existe se for 
verificada a condição apresentada na oração subordinada. 
Gabarito oficial, a. 
 
34. (SELECON/Pref Campo Grande/2019) Leia o Texto 13 para 
responder à questão 
Em "Assim, nascemos propensos à cooperação social: essa é a nossa 
força" (9º parágrafo), a palavra "assim" possui valor de: 
a) condição 
b) conclusão 
c) explicação 
d) ressalva 
 
A palavra “Assim” inicia o último parágrafo do texto, ou seja, o 
trecho que CONCLUI as ideias do texto. Esse termo foi utilizado 
para expressar ideia de CONCLUSÃO. 
Gabarito oficial, b. 
 
TEXTO 14 
 
Ficar grudado no smartphone é antissocial ou hipersocial? 
 
Muitos estudiosos têm chamado atenção para as consequências do 
uso excessivo dos smartphones. Mas pesquisadores canadenses 
fizeram uma análise de diversos trabalhos publicados sobre o tema e 
concluíram que o fenômeno é simplesmente um reflexo do desejo 
profundo de se conectar com outras pessoas. Em outras palavras, eles 
sugerem que esse tipo de comportamento não é antissocial, e sim 
hipersocial. 
 
Em artigo publicado em uma revista científica, Samuel Veissière e 
Moriah Stendel, da Universidade McGill, tentam mostrar que existe 
um lado positivo nessa mania das pessoas. Para eles, é preciso ter em 
mente que o que vicia não é o aparelho, e sim a conexão que ele 
proporciona. 
 
Os autores observam que os humanos evoluíram como espécies 
exclusivamente sociais, que precisam do retorno constante dos outros 
para se guiar e saber o que é culturalmente apropriado. A interação 
social traz significado, objetivos e senso de identidade para as 
pessoas. 
 
O problema é que essa sede por conexões, que é absolutamente 
normal e até saudável, muitas vezes se transforma num 
comportamento insalubre – a hiperconectividade faz o sistema de 
recompensa no cérebro funcionar em ritmo exagerado e surge uma 
compulsão que pode trazer diversas consequências à saúde e aos 
próprios relacionamentos. 
 
Eles também reforçam que é preciso fazer um esforço para não cair 
na cilada de se comparar com os outros, já que a realidade 
apresentada nas mídias sociais é distorcida. Ter isso sempre em 
mente é uma forma de evitar as consequências negativas das 
tecnologias móveis. A outra dica é guardar o aparelho durante os 
encontros reais – já que eles são poucos, que sejam aproveita- dos ao 
máximo. 
Jairo Bauer 
(https://doutorjairo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/07/ficar- 
grudado-no-smartphone-e-antissocial-ou-hipersocial/) 
 
35. (SELECON/SECITEC MT/2018) Considerando o trecho do 
Texto 14, responda à questão: 
O quarto parágrafo pode ser iniciado pela seguinte expressão, tendo 
em vista a relação de oposição que estabelece com o parágrafo 
anterior: 
a) Por outro lado, o problema é que essa sede por conexões... 
b) Dessa forma, o problema é que essa sede por conexões... 
c) Assim sendo, o problema é que essa sede por conexões... 
d) Em seguida, o problema é que essa sede por conexões... 
 
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Inicialmente, o locutor introduz em seu discurso um argumento 
possível, direcionado a uma dada conclusão; logo em seguida, 
opõe-lhe um argumento decisivo para uma conclusão contrária. 
É o que ocorre no excerto "Por outro lado, o problema é que essa 
sede por conexões...". 
Gabarito oficial, a. 
 
36. (SELECON/SECITEC MT/2018) 
Considerando o trecho do Texto 14, responda à questão: 
Em “já que eles são poucos, que sejam aproveitados ao máximo”, a 
expressão sublinhada estabelece uma relação, no trecho, de: 
a) consequência 
b) comparação 
c) condição 
d) causa 
 
A locução "já que" equivale aos nexos textuais "uma vez que", 
"tendo em vista que", entre outros de valor causal. 
Gabarito oficial, d. 
 
PONTUAÇÃO 
 
37. (SELECON - GCM (Boa Vista)/Pref Boa Vista/2020 
Leia o texto a seguir para responder à questão 
 
Texto 15 
 
Direito humano à alimentação adequada e soberania alimentar 
 
O direito humano à alimentação adequada está contemplado no 
artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e 
sua definição foi ampliada em outros dispositivos do Direito 
Internacional, como o artigo 11 do Pacto de Direitos Econômicos, 
Sociais e Culturais e o Comentário Geral nº 12 da ONU. No Brasil, 
resultante de amplo processo de mobilização social, em 2010 foi 
aprovada a Emenda Constitucional nº 64, que inclui a alimentação 
no artigo 6º da Constituição Federal. No entanto, isso não 
necessariamente significa a garantia da realização desse direito na 
prática, o que permanece como um desafio a ser enfrentado. 
 
O direito humano à alimentação adequada consiste no acesso físico e 
econômico de todas as pessoas aos alimentos e aos recursos, como 
emprego ou terra, para garantir esse acesso de modo contínuo. Esse 
direito inclui a água e as diversas formas de acesso à água na sua 
compreensão e realização. Ao afirmar que a alimentação deve ser 
adequada, entende-se que ela seja adequada ao contexto e às 
condições culturais, sociais, econômicas, climáticas e ecológicas de 
cada pessoa, etnia, cultura ou grupo social. 
 
Para garantir a realização do direito humano à alimentação 
adequada, o Estado brasileiro tem as obrigações de respeitar, 
proteger, promover e prover a alimentação da população. Por sua 
vez, a população tem o direito de exigir que eles sejam cumpridos, 
por meio de mecanismos de exigibilidade. Exigibilidade é o 
empoderamento dos titulares de direitos para exigir o cumprimento 
dos preceitos consagrados nas leis internacionais e nacionais 
referentes ao direito humano à alimentação adequada no âmbito dos 
poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas federal, 
estaduais e municipais. Esses meiosde exigibilidade podem ser 
administrativos, políticos, quase judiciais e judiciais. 
 
Durante várias décadas, por influência dos países centrais, o Brasil e 
outros países em desenvolvimento procuraram responder ao 
problema da fome com a introdução da chamada revolução verde, 
que foi uma espécie de campanha de modernização da agricultura 
mediante a introdução de um pacote tecnológico baseado no uso 
intensivo de máquinas, fertilizantes químicos e agrotóxicos para 
aumentar a produção e, consequentemente, a humanidade acabaria 
com a fome. Introduziu-se, assim, um modelo agroexportador 
centrado nas monoculturas, que favoreceu a concentração das 
empresas, cada vez mais internacionalizadas, de modo que 
atualmente 30 conglomerados transnacionais controlam a maior 
parte da produção, da industrialização e do comércio agroalimentar 
no mundo, violando a soberania alimentar. 
 
Muitos países, regiões e municípios, também dentro do Estado 
brasileiro, vivem sem soberania alimentar e outros tantos vivem com 
sua soberania alimentar ameaçada pelos fatores supramencionados. 
Nesse contexto, a soberania alimentar significa o direito dos países 
definirem suas próprias políticas e estratégias de produção, 
distribuição e consumo de alimentos que garantam a alimentação 
para a população, respeitando as múltiplas características culturais 
dos povos em suas regiões. 
 
Entre os desafios para a garantia do direito humano à alimentação 
adequada e da soberania e segurança alimentar e nutricional no 
Semiárido, encontram-se: a necessidade de respeitar a diversidade 
cultural e as formas de organização e produção, de modo que as 
comunidades tenham sua autonomia para produzir e consumir seus 
alimentos; e a importância de avançar na realização da reforma 
agrária, na regularização fundiária e no reconhecimento dos 
territórios para que os povos tenham maior autonomia para produzir 
seus alimentos. 
 
Irio Luiz Conti 
(integra o Consea Nacional e é membro da Fian Internacional.) 
(Disponível em: http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/ 
artigos/2014/direito-humano-a-alimentacao-adequada-esoberania- 
alimentar) 
 
No último parágrafo, o emprego dos dois-pontos tem o objetivo de: 
a) delimitar aspecto mencionado 
b) reparar afirmação contundente 
c) contrapor exemplos indicados 
d) comparar vertentes discutidas 
 
O último parágrafo começa dizendo que existem desafios para 
garantir o direito humano à alimentação adequada. O sinal de 
dois pontos introduz alguns desses desafios. 
No último parágrafo, o emprego dos dois-pontos tem o objetivo 
de: 
a) CERTO. Delimitar é restringir, demarcar, colocar limites. O 
último parágrafo do texto começa falando de desafios para 
garantir o direito humano à alimentação adequada. Então, o sinal 
de dois pontos dá alguns exemplos desse desafio, mas não todos. 
Portanto, esse sinal de pontuação tem o objetivo de restringir o 
que foi mencionado anteriormente. 
Gabarito oficial, a. 
 
38. (SELECON/ENGEPRON/2017) 
TEXTO 16 
 
Densidade 
No meio do caminho tinha uma pedra porosa. Dava para ver seus 
grãos. Chegando mais perto, raios finíssimos de sol atravessavam a 
pedra. Mais perto ainda, um turbilhão, um pequeno redemoinho 
(uma galáxia minúscula) se movia lá dentro, no Ieve corpo da pedra. 
 
A pedra, no meio do caminho, era permeável: se chovesse, ficava 
encharcada. O vento do meio-dia a deixava com sono e sede. A 
neblina que às vezes baixava no fim da tarde invadia a pedra, no seu 
corpo as nuvens trafegavam sem pressa. Os sons passavam por ela e 
iam se extinguir em algum lugar desconhecido. Na pequena galáxia 
dentro da pedra havia pequenos planetas orbitando em torno de sóis 
de diamante. 
 (LISBOA, A. Caligrafias. Rio de Janeiro: Rocco, 2004) 
 
Leia a frase abaixo para responder à questão. 
 
“A pedra, no meio do caminho, era permeável: se chovesse, ficava 
encharcada” 
 
O uso dos dois-pontos estabelece entre as partes dessa frase o seguinte 
sentido: 
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a) citação 
b) divisão 
c) enumeração 
d) exemplificação 
 
“A pedra, no meio do caminho, era permeável: se chovesse, ficava 
encharcada” 
Permeável é sinônimo de poroso, característica que permite um 
corpo ser atravessado por outros corpos/substâncias através de 
seus poros. Encharcada, por sua definição, nos diz que a pedra 
estava ensopada, com excesso de água. 
Logo, ao se expor uma pedra permeável à chuva, por exemplo, 
ela ficará encharcada. 
Gabarito oficial, d. 
 
39. (SELECON/FEAM RJ/2017) 
TEXTO 17 
A humanização como dimensão pública 
das políticas de saúde 
 
No início de 2003, enfrentamos um debate no Ministério da Saúde 
defendendo a priorização do tema da humanização como aspecto 
fundamental a ser contemplado nas políticas públicas de saúde. O 
debate se fazia a partir da tensão entre concepções diferentes. Havia 
escolhas, de um lado, que visavam aos “focos e resultados dos 
programas" e, de outro, que problematizavam os processos de 
produção de saúde e de sujeitos, no plano mais amplo da alteração de 
modelos de atenção e de gestão. Neste contexto, apresentava-se para 
nós não só um desafio, mas principalmente a urgência de reavaliar 
conceitos e práticas nomeadas como humanizadas. Identificada a 
movimentos religiosos, filantrópicos ou paternalistas, a humanização 
era menosprezada por grande parte dos gestores, ridicularizada por 
trabalhadores e demandada pelos usuários. 
 
O debate ia se montando em torno das condições precarizadas de 
trabalho, das dificuldades de pactuação das diferentes esferas do 
Sistema Único de Saúde (SUS), do descuido e da falta de 
compromisso na assistência ao usuário dos serviços de saúde. O 
diagnóstico ratificava a complexidade da tarefa de se construir de 
modo eficaz um sistema público que garantisse acesso universal, 
equânime e integral a todos os cidadãos brasileiros. 
 
Não restava dúvida: o SUS é uma conquista nascida das lutas pela 
democracia no país que, em 1988, ganham estatuto constitucional. 
Garantir o “caráter constituinte" do SUS impõe que possamos 
identificar os problemas contemporâneos que se dão na relação entre 
Estado e as políticas públicas. É esta relação que queremos 
problematizar neste momento que o projeto de uma Política Nacional 
de Humanização (PNH) retoma o que está na base da reforma da 
saúde do porte daquela que resultou na criação do SUS. 
 
Nos primeiros passos que demos imediatamente nos confrontamos 
com outro aspecto presente no âmbito do que se nomeava como 
programas de humanização: havia projetos, atividades, propostas, 
mas em todos era evidente o caráter fragmentado e separado dessas 
iniciativas não só na relação de baixa horizontalidade que se 
verificava entre elas, mas também no modo vertical como elas se 
organizavam dentro do Ministério da Saúde e do SUS. Tínhamos, 
então, um duplo problema: seja o da banalização do tema da 
humanização, seja o da fragmentação das práticas ligadas a 
diferentes programas de humanização da saúde. Na verdade, trata-
se de um mesmo problema em uma dupla inscrição teórico-prática, 
daí a necessidade de enfrentarmos a tarefa de redefinição do conceito 
de humanização, bem como dos modos de construção de uma política 
pública e transversal de humanização da/na saúde. 
 
Diante desse duplo problema, a Secretaria Executiva do Ministério 
da Saúde propôs a criação da PNH. Como política, a humanização 
deveria traduzir princípios e modos de operar no conjunto das 
relações entre todos que constituem o SUS. Era principalmenteo 
modo coletivo e co-gestivo de produção de saúde e de sujeitos 
implicados nesta produção que deveria orientar a construção da 
PNH como política pública. 
 
Regina Benevides 
Eduardo Passos 
Fragmento extraído de Revista Ciência & Saúde, Rio de Janeiro, 
2005. (Disponível em:scielo.br/) 
 
No terceiro parágrafo, o emprego dos dois-pontos estabelece o 
seguinte sentido entre as partes da frase: 
a) explicar uma negação 
b) introduzir uma alternativa 
c) ratificar um posicionamento 
d) apresentar uma ponderação 
 
Observem o terceiro parágrafo: 
"Não restava dúvida: o SUS é uma conquista nascida das lutas 
pela democracia no país que, em 1988, ganham estatuto 
constitucional." 
Os dois pontos isolam um aposto explicativo, que ratificam 
(confirmam) uma informação anterior. 
Notem o emprego da frase "não restava dúvida", evidenciando a 
certeza da ideia envolvida. 
Gabarito oficial, c. 
 
40. (SELECON/Pref Boa Vista/2020) 
TEXTO 18 
 
Publicidade de alimentos e obesidade infantil: uma reflexão 
necessária 
 
A epidemia de obesidade e doenças crônicas é um problema que 
atinge, de maneira crescente, o mundo inteiro. E tornou-se consenso 
entre as principais organizações e pesquisadores em saúde pública 
que a regulação da publicidade de alimentos é uma das estratégias 
necessárias para combatê-la. As campanhas de marketing não 
apenas influenciam as escolhas alimentares na infância, mas também 
buscam fidelizar consumidores desde a mais tenra idade. O objeto 
preferencial são os alimentos ultraprocessados, feitos a partir de 
ingredientes industriais, com pouco ou nenhum produto fresco, e, 
geralmente, com alta quantidade de açúcar, gordura e/ou sódio. 
 
Em 2010, a Organização Mundial da Saúde recomendou a redução 
da exposição das crianças à propaganda de alimentos, sobretudo 
aqueles com alta quantidade de açúcar, sal e gordura. Em 2012, a 
Organização Pan-Americana da Saúde aprofundou-se no tema e 
também apresentou recomendações de ações concretas por parte dos 
governos para reduzir a exposição das crianças à publicidade de 
alimentos. Para especialistas, a autorregulamentação do setor não 
tem funcionado. 
 
A mais recente publicação sobre obesidade do periódico Lancet, 
divulgada em fevereiro deste ano, indica que, até o momento, as 
iniciativas de regulação da propaganda não foram suficientes. Desde 
os avanços conquistados na proteção da amamentação, com a 
eliminação de anúncios que apresentam substitutos do leite materno, 
poucas ações efetivas foram implementadas para frear o massivo 
marketing da indústria de alimentos para crianças em todo o mundo. 
 
No Brasil, apesar da proibição da publicidade abusiva (direcionada 
à criança) prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC) desde 
1990, a falta de regulamentação específica para alimentos prejudica 
a efetivação da lei. Em 2010, a movimentação internacional em torno 
do tema motivou a elaboração da primeira regulação sobre 
publicidade de alimentos em geral, por parte da Anvisa (Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária). A regulação, no entanto, foi 
suspensa logo após sua publicação, devido à pressão de diversas 
associações da indústria de alimentos. A Norma Brasileira de 
Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de 
Primeira 
 
Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) contribuiu muito 
para a proteção ao aleitamento materno, porém aguarda 
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regulamentação, desde 2006, o que compromete a fiscalização e o 
cumprimento da lei. 
 
Alguns avanços também precisam ser reconhecidos, como a 
Resolução 163/2014 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e 
do Adolescente (Conanda), que regulamentou a propaganda abusiva, 
descrevendo todos os casos em que o Código do Consumidor deve ser 
aplicado. Porém, os órgãos de fiscalização ainda não possuem força 
suficiente para colocá-la em prática, também por conta da grande 
pressão das associações da indústria e de publicidade. Assim como na 
suspensão da resolução da Anvisa, esses segmentos fazem pressão 
contra a resolução do Conanda, alegando que esses órgãos não têm 
competência legal para regular a publicidade ou que as regras ferem 
a liberdade de expressão das empresas. Argumentos que já foram 
refutados por renomados juristas e contestados pelas evidências 
científicas na área da saúde pública. 
 
O novo Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo 
Ministério da Saúde em 2014, reconhece a influência e coloca a 
publicidade de alimentos como um dos obstáculos para a alimentação 
saudável. O guia destaca que a regulação é necessária, pois a 
publicidade estimula o consumo de alimentos ultraprocessados, 
induzindo a população a considerá-los mais saudáveis, com 
qualidade superior aos demais, e frequentemente associá-los à 
imagem de bem-estar, felicidade e sucesso. 
 
Independentemente do tipo de alimento, a propaganda direcionada a 
crianças se aproveita da vulnerabilidade de indivíduos em fase de 
desenvolvimento para incentivar o consumo. Por isso, não deve ser 
permitida. Ainda temos um longo caminho pela frente para alcançar 
a garantia dos direitos à alimentação adequada e saudável e os 
direitos dos consumidores. 
Ana Paula Bortoletto (https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/03/publicidade-
dealimentos-e-obesidade-infantil-buma-reflexao-necessariab.html) Adaptado. 
 
Considere a frase a seguir e responda à questão 
 
“As campanhas de marketing não apenas influenciam as escolhas 
alimentares na infância, mas também buscam fidelizar consumidores 
desde a mais tenra idade.” (1º parágrafo) 
 
A vírgula delimita duas ideias consideradas, no trecho, como: 
a) alternativas 
b) contrapostas 
c) insuficientes 
d) convergentes 
 
Percebam que a estrutura "não apenas..., mas também" tem 
valor aditivo (acréscimo). 
Logo, as ideias relacionadas se somam e são convergentes entre 
si. 
Gabarito oficial, d. 
 
41. (SELECON/Pref Sapezal/2019) 
TEXTO 19 
O que é a síndrome do coração festeiro 
 
O nome parece indicar algo positivo. Afinal, a festa está associada ao 
descanso, a celebrações e inclusive à felicidade. Mas, neste caso, nada 
mais longe da realidade. A chamada "síndrome do coração festeiro" 
se refere ao aumento de problemas cardiovasculares após os feriados. 
 
O termo foi cunhado em 1978 pelo pesquisador Philip Ettinger e sua 
equipe da CMDNJ-New Jersey Medical School (EUA) quando, 
depois de estudar 32 internações em hospitais distintos, eles 
perceberam que, depois de uma série de dias livres, aumentava a 
quantidade de pacientes que chegavam com problemas 
cardiovasculares ao médico. A causa: o aumento do consumo de 
álcool durante as festas. 
 
"Os casos ocorriam depois das farras de fim de semana ou das 
festividades", apontaram os especialistas, acrescentando que os 
problemas normalmente apareciam entre domingo e terça-feira 
(quando o aumento do consumo de álcool ocorria no fim de semana) 
e durante os últimos dias do ano, nas festas natalinas. 
 
Esse não foi o único trabalho sobre essa síndrome. Trinta e quatro 
anos depois, especialistas da Universidade de Coimbra (Portugal) 
fizeram uma revisão da pesquisa de Ettinger e concluíram que, 
efetivamente, o consumo de álcool, longe de trazer benefícios para 
nossa saúde, "desempenha um papel importante no aparecimento de 
arritmias [um distúrbio da frequência ou do ritmo cardíaco, que pode 
se manifestar com sintomas como agitação no peito, aceleração dos 
batimentos do coração, dor, dificuldade para respirar, tontura, 
sudorese

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