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Características do Filo Chordata – Yris Andrade 1 – simetria bilateral; corpo segmentado; três camadas germinativas; celoma bem desenvolvido. 2 – Notocorda (bastão esquelético) presente em algum estágio do ciclo de vida. 3 – Tubo nervoso dorsal único, porção anterior do tubo nervoso em geral alargada para formar o encéfalo. 4 – Bolsas faríngeas presentes em algum estágio do ciclo de vida; em cordados aquáticos elas se desenvolvem em fendas faríngeas. 5 – Endóstilo no assoalho da faringe ou uma glândula tireoide derivada do endóstilo. 6 – Cauda pós-anal normalmente projetando-se além do ânus em algum estágio da vida, mas pode ou não persistir. 7 – Tubo digestivo completo 8 – Segmentação, se presente, restrita à parede do corpo, cabeça e cauda, não se estendendo no interior do celoma. NOTOCORDA A Notocorda é uma estrutura flexível, em forma de bastão, que se estende ao longo do comprimento do corpo. Trata-se da primeira parte do endoesqueleto que surge no embrião. A Notocorda é um órgão hidrostático, mas distinto daqueles dos nematódeos que contem fluido em uma cavidade simples e ampla, pois o fluido da Notocorda é contido dentro das células ou nos delgados compartimentos entre elas. Os músculos prendem-se a Notocorda e, pelo fato de ela poder se dobrar sem encurtar-se, permitem movimentos ondulatórios do corpo. Em muitos protocordados e vertebrados sem maxilas, a Notocorda persiste durante toda a vida. Em todos os vertebrados, exceto em feiticeiras, uma série de vertebras cartilaginosas ou ósseas forma-se a partir de células mesenquimais, derivadas de blocos de células mesodérmicas (somitos), dispostos lateralmente à Notocorda. Na maioria dos vertebrados, a Notocorda é inteiramente substituída por vértebras, embora possam persistir remanescentes da Notocorda no interior das vértebras ou entre estas. TUBO NERVOSO DORSAL Na maioria dos filos de invertebrados que têm um cordão nervoso, ele é sólido e situa- se ventralmente ao tubo digestivo, mas, nos cordados, o único cordão nervoso é tubular e dorsal ao trato digestivo (embora seu centro possa ser quase obliterado durante o crescimento). A porção anterior torna-se dilatada, formando o encéfalo nos vertebrados. O tubo nervoso dorsal é produzido no embrião pelo dobramento da camada de células ectodérmicas na superfície dorsal do corpo, acima da Notocorda. Dentre os vertebrados, o tubo nervoso passa através dos arcos neurais das vértebras e o encéfalo é envolvido por crânio cartilaginoso ou ósseo. FENDAS E BOLSAS FARÍNGEAS Fendas faríngeas são aberturas que comunicam o lúmen da faringe com o exterior. Elas são formadas pela invaginação do ectoderma externo (sulcos faríngeos) e pela evaginação do endoderma que reveste a faringe (bolsas faríngeas). Nos cordados aquáticos, nos quais sucos e bolsas s encontram, as bolsas rompem-se para formar as fendas faríngeas. Nos amniotas, tais bolsas podem não romper a cavidade faríngea e formam-se apenas bolsas, em vez de fendas. Nos vertebrados tetrápodes (terrestres), as bolsas faríngeas dão origem a várias estruturas distintas, incluindo a tuba auditiva, a cavidade da orelha média, as amigdalas e glândulas paratireoides. A faringe perfurada evoluiu como um aparelho de alimentação por filtração, sendo usada como tal nos protocordados. A água, com partículas de alimento em suspensão, é conduzida por ação de cílios para a abertura bucal e faringe, onde o alimento é retido por muco, fluindo para fora través das fendas faríngeas. Nos vertebrados, a ação ciliar foi substituída pela ação muscular, que dirige a água através da faringe por expansão e contração da cavidade faríngea. Os arcos aórticos, que conduzem sangue pelas barras faríngeas, também foram modificados. Nos protocordados, esses arcos aórticos são vasos simples circundados por tecido conjuntivo. Os peixes primitivos acrescentam uma rede de capilares com paredes finas e permeáveis a gases, melhorando a capacidade para transferência de gases entre o sangue a água exterior. Essas adaptações conduziram à evolução de brânquias internas, aperfeiçoando a conversão da faringe de um aparelho de alimentação por filtração, nos protocordados, para um órgão respiratório nos vertebrados aquáticos.
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