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ACREDITAÇÃO HOSPITALAR AULA 6 Profª Sandra Maria Lopes de Souza 2 PLANO DE AÇÃO PARA IMPLEMENTAÇÃO DA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR CONVERSA INICIAL Nesta aula vamos abordar um modelo com as três etapas de ação para implementação da acreditação hospitalar, seguindo o modelo do Manual da ONA, o mais utilizado em grande parte das instituições de saúde. Vamos ver, também, os prováveis impactos que as instituições podem sofrer durante e após o processo, podendo ser positivos e negativos. Ao término das aulas, você terá um bom conhecimento para iniciar a colaboração na busca da acreditação hospitalar. TEMA 1 – VISÃO ORGANIZACIONAL Lembramos que acreditação hospitalar pode ser buscada por instituições públicas e privadas. Cada segmento tem um modelo de gestão, e cabe ao gestor hospitalar delinear e segmentar a visão e a cultura organizacional. Ao dar início ao processo de acreditação, pontuamos que, no Brasil, é uma ação voluntária e coordenada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA); que há hospitais que estão iniciando e outros que já estão no processo de acreditação, sendo de diferentes portes e complexidade. No caso em que não há setor de qualidade, haverá necessidade de formar o setor de Gestão da Qualidade, no qual o responsável deverá necessariamente ter conhecimento da organização, dos processos de serviços de saúde, estar comprometido com a mudança e ter autonomia de decisão. Pois haverá mudanças radicais em vários setores como de recursos humanos, tecnológicos, rotina de atendimentos e procedimentos, mudanças estas que deverão estar alinhadas com a cultura e a estrutura organizacional. Para Alástico e Toledo (2013), há duas formas de iniciar o processo de implantação dos sistemas em hospitais: por Gerenciamento por Diretrizes ou por Gerenciamento de Rotina. O Gerenciamento por Diretrizes alinha os esforços de cada setor e o comportamento de todos para com a meta proposta pela Alta Administração, possibilitando a articulação dos esforços de todos e a coordenação das ações. Gerenciamento por rotina foca a padronização dos processos obtida pelo 3 estabelecimento de fluxogramas e de procedimentos de atividades prioritárias de cada setor e do monitoramento de indicadores (Alástico; Toledo, 2013). Portanto, ao iniciar esse processo, uma reunião com a Alta Administração seria o primeiro passo para delinear os planos de ação e metodologia a serem aplicados. Existem várias opções para implantar um programa de qualidade: em uma área restrita, por setor e até um modelo de avaliação complexo (Gonçalves, 2009). Há a necessidade de ações concretas para orientar hospitais que tenham preocupação com a qualidade. Para Burmester (2018): Todas as iniciativas existentes dentro de um sistema de qualidade que não seja atribuição específica de nenhuma pessoa, nem de nenhum grupo, mas preocupação de toda a instituição, pois qualidade é consequência de uma ação coletiva e não do “departamento da qualidade”, ou da “gerência de qualidade”, ou do “grupo da qualidade” ou de qualquer outra denominação que se queira dar para algumas pessoas que teriam a preocupação com o tema. Diante dessas informações, vamos continuar nossa leitura e abordar exemplo de etapas com as ações necessárias para implantar a acreditação em um hospital, lembrando sempre que cada instituição tem autonomia para delinear a abordagem necessária e que julgue mais propícia. O limite do que se vai implantar para gestão da qualidade deve ser dada pela própria instituição (Gonçalves, 2009). TEMA 2 – ETAPA DE AÇÃO (I) Conforme o Instituto Brasileiro de Coaching (Marques, 2018) para alcançar bons resultados é necessário planejar, ter disciplina e elaborar plano de ação, que se define como uma forma de separar as etapas de elaboração da execução, obtendo estudos detalhados de todas as atividades necessárias e envolvidas. Não é diferente com o processo de acreditação. Vamos à Etapa de Ação I, mapear, analisar a melhoria de processos e procedimentos, iniciando com a determinação e mapeamento dos macroprocessos críticos e seus fluxos, na organização de saúde. Onde buscar esses macroprocessos e fluxos críticos? Na reunião com a Alta Administração e o Comitê de Acreditação, em que são discutidos as metas e o planejamento. 4 Vamos citar como exemplo o macroprocesso Diagnóstico, Tratamento e Saída, considerados críticos porque estão diretamente relacionados ao tratamento de cliente/pacientes. Como é composto o macroprocesso de tratamento? Por microprocessos que tem relação com todas as formas de tratamento clínico e fisioterápico. Tem como fornecedores: farmácia, emergência, internação e assistência psicológica. Os microprocessos envolvem consulta médica, assistência de enfermagem e farmacêutica. O macroprocesso diagnóstico envolve microprocessos realizados por laboratório de microbiologia, radiologia, ultrassonografia, tomografia, trabalho dos assistentes, médicos e enfermeiros em observar e inclusive monitorar os processos fisiológicos dos pacientes. Aqui envolve controles de excreções como urina, fezes, sangue, sudorese. Têm como fornecedores: Laboratório, Radiologia e Imagem. Microprocessos envolve Diagnóstico por imagem e laboratoriais. O macroprocesso de saída, preparo da alta, e orientações de retorno quando necessário, destinam-se ao ambulatório. Os microprocessos envolvidos são: Acolhimento Domiciliar, Enfermagem, caso de óbitos, necropsia, bem como patologia clínica, histologia e citologia (Alástico; Toledo, 2013). São microprocessos de Saída Alta, Transferência e Óbito. Após mapear os processos, vamos buscar a formalização e a documentação dos procedimentos de cada setor que foi envolvido nos macroprocessos críticos. Asseguramo-nos de fazer corretamente cada etapa, com auxílio da metodologia escolhida no início. No caso, lembramos que a metodologia escolhida foi da ONA. Se o setor envolve pessoas, vamos buscar pela documentação, e podemos utilizar as ferramentas de gestão que vimos anteriormente, a exemplo do 5W e 2H e ferramenta GUT (D’Innocenzo, 2010). Lembram-se do exemplo do atraso no centro cirúrgico? Pode ser utilizado aqui nesse macroprocesso para buscar a criticidade do setor, por ser uma ferramenta de fácil visualização. A finalidade é facilitar a capacitação e compreensão dos profissionais envolvidos. Vamos a um exemplo, um roteiro preliminar de requisitos que fazem parte da busca pela acreditação. 5 Figura 1 – Roteiro preliminar Conforme Figura 1, na etapa “Conscientizar e mobilizar os profissionais”, existem tarefas que deverão ser descritas e cumpridas. O processo de conscientização deve ter início com a Alta Administração. Para tal, algumas ações deverão ser propostas, a exemplo de palestras para os profissionais, reuniões de sensibilização, visitas nos setores e comunicação com profissionais de outras instituições que estão no processo de acreditação – benchmarketing. Busca-se, desse modo, mostrar a participação da Alta Administração e que ela está envolvida no processo de implantação. Em “Formar e capacitar comitê de condução”, a tarefa será buscar profissionais responsáveis por setores e que incluir membros da Alta Administração, chefes de setores do hospital. “Capacitar e educar os profissionais” envolve a responsabilidade dos Comitês formados de promover capacitação e educação dos envolvidos, abordando conceitos, requisitos e diretrizes da Acreditação, podendo utilizar vídeos, palestras explicativas. Lembrando que o processo de acreditação pode ser assunto novo para a maioria dos colaboradores. Por fim, “Buscar a motivação e envolvimento” pode ser por meio de cartazes, mensagens de incentivos, e deve ocorrer, em cada setor, reuniões de brainstorming envolvendo os profissionais para adesão nas reuniões para traçar futurasações para o andamento do processo. Buscar a motivação e o envolvimento dos profissionais para o processo de implantação da acreditação Capacitar e educar os profissionais do hospital quanto aos conceitos, valores, requisitos e diretrizes da acreditação Formar e capacitar Comitê de condução da adequação da gestão aos requisitos de acreditação Conscientizar e mobilizar os profissionais do hospital quanto à implantação de acreditação 6 Vídeo Para entender melhor sobre a acreditarão hospitalar assista ao vídeo “Entenda como é o processo de acreditação de uma instituição de saúde”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=9zpa5pSskbE>. TEMA 3 – ETAPA DE AÇÃO (II) Conforme exemplo de Alástico e Teodoro (2013), essa fase envolve mapeamento, análise e tratamento de riscos e eventos adversos, quanto ao atendimento aos pacientes/clientes, inerentes aos microprocessos críticos. Vamos exemplificar com os seguintes microprocessos: Consulta Médica, Assistência de Enfermagem, Diagnóstico por Imagem, Alta e Saída. Aqui, vamos buscar novamente a ferramenta GUT (Gravidade, Urgência e Tendência) para detectar o prejuízo pela ocorrência do risco, frequência, gravidade, sempre utilizando a escala de 1 pouco grave e 5 muito grave. E o que fazer após detectar os riscos? Implantar medidas preventivas à ocorrência destes, que podem ser treinamento, mudança de quadro funcional, aquisição de novos equipamentos ou calibragem, ou ainda, a tecnovigilância, que, conforme a Anvisa (2019): É o sistema de vigilância de eventos adversos e queixas técnicas de produtos para a saúde na fase de pós-comercialização, com vistas a recomendar a adoção de medidas que garantam a proteção e a promoção da saúde da população. A Tecnovigilância visa à segurança sanitária de produtos para saúde pós-comercialização (Equipamentos, Materiais, Artigos Médico-Hospitalares, Implantes e Produtos para Diagnóstico de Uso “in vitro”). Saiba mais Para saber mais sobre o tema da tecnovigilância, visite o site da Anvisa sobre o tema. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/tecnovigilancia>. Conforme os autores citados anteriormente, para cada risco crítico deve ser implantada uma proposta de melhoria, a exemplo: dispositivos de gestão, utilização de pulseiras coloridas e carimbos de alerta para identificação dos pacientes de alto risco de queda, flebite e úlcera por pressão. Flebite: inflamação de uma veia. Úlcera por pressão: lesão de pele causada pela interrupção sanguínea em uma determinada área, que se desenvolve devido a uma pressão aumentada por um período prolongado. Também conhecida como úlcera 7 de decúbito, que surge por maceração contínua da pele e dos tecidos subjacentes do tronco, das nádegas e dos membros dos indivíduos que ficam obrigados a estar durante muito tempo no leito, em decúbito. (Infopédia, 2018) Voltando às melhorias: Registros de avaliação para cada paciente/cliente internado; criar protocolos de prevenção à ocorrência de riscos; fichas de notificação de ocorrência de risco crítico mapeado, facilitando o monitoramento mensal. Figura 2 – Roteiro de Ação (II) Assim como descrito na etapa anterior, também há descrição de tarefas para cada etapa. “Iniciar a Adequação da Gestão aos Requisitos da acreditação da ONA” é quando se inicia as ações para adequação da gestão aos requisitos exigidos pelo modelo da ONA. À medida que vai decorrendo o processo de acreditação, há necessidade de comunicar as ações que serão implantadas e feitas pelo Comitê. A escolha da comunicação fica a critério do comitê, podendo utilizar reuniões, boletins informativos, palestras, sempre comunicando e agregando nas reuniões com a Alta Administração. Documentar os riscos críticos como registros de notificação, protocolos de gestão Identificar os riscos advindos dos processos críticos Documentar procedimentos operacionais dos processos críticos Identificar os processos críticos do hospital Determinar os macrofluxos e microfluxos do hospital Iniciar a Adequação da Gestão dos requisitos de acreditação da ONA Comunicar os funcionários como estão as ações de adequação da gestão do hospital relativos aos requisitos de acreditação 8 Para determinar os macro e microfluxos, como também identificar e buscar registros e mapas, há o fluxo de atendimento e o relacionamento entre todos os processos que existe no hospital, a gestão sistêmica. Por intermédio desta, identifica-se os processos críticos do hospital por meio de mapas que demonstram os processos mais críticos. Aqui a utilização da ferramenta GUT será bem aplicada, assim como os 5W e 2 H. Não basta saber quais os processos e/ou setores críticos, é preciso documentar por meio de procedimentos operacionais que estão associados aos processos críticos. Por exemplo, o Recursos Humanos (RH) talvez mostre criticidade por não apresentar documentos do corpo funcional atualizado ou completo. Já a Admissão não está identificando corretamente os pacientes ao admiti-los, gerando conflito quanto ao número de registro e/ou número do leito. Por fim, erros de prescrição de medicamentos, para D’Innoccenzo (2010), são caracterizados pela seleção incorreta da medicação, baseada na indicação, contraindicação, alergias conhecidas, dose, quantidade, via de administração, prescrição ilegível, entre outros fatores. Vídeo Para entender melhor o que envolve esta etapa, assista ao vídeo “Equipes conectadas fazem a diferença em segurança do paciente”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?time_continue=44&v=O_R7lFLgY-c>. TEMA 4 – ETAPA DE AÇÃO (III) Após passar pelos planos anteriores, chegamos ao Plano III, lembrando que o exemplo segue a metodologia elaborada por Alástico e Teodoro (2013), mas que enquadra muito bem na metodologia ONA, e é de fácil entendimento. Para cada macroprocesso evidenciado, foram propostos e implantados indicadores para medir e acompanhar os desempenhos e os riscos. Vamos a alguns indicadores comuns de ocorrer: Macroprocesso Tratamento: taxa de prescrições médicas suspensas e erros de prescrição médica – consulta médica; ocorrência de flebite, úlcera de pressão, queda de paciente, incidência de erros na administração de medicação assistência de enfermagem; Macroprocesso Diagnóstico: taxa de perda de filme de RX; taxa de exames por paciente/cliente e repetição destes. Lembrando que, ainda, 9 em vários locais no Brasil, o serviço de radiologia utiliza filmes e não imagem computadorizada. Macroprocesso Saída: taxa de alta inferior a 48 horas, rotatividade do leito, espera por transferência, ocorrência de óbitos após 72 horas de internação. Aqui, lembramo-nos da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) com a Portaria n. 2.616, de 12 de maio de 1998 – que dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção pelos hospitais do país, de programa de controle de infecções hospitalares. Essa portaria define infecção hospitalar, em seu Anexo II – Conceitos e critérios diagnósticos das infecções hospitalares, item 1.2.1, como “aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares”. Segue, por fim, dando orientações sobre os critérios para o diagnóstico. Em um hospital ou clínicas de saúde, é muito importante o profissional responsável pela assistência ao paciente/cliente diagnosticá-lo o mais rápido possível para sua recuperação breve e para não ter complicações no ambiente hospitalar. Na Figura 3, podemos visualizar as etapas finais para o processo de implantação da acreditação. Figura 3 – Etapas finais do processo de implantação da acreditação Agendar a auditoria oficial da acreditação e tomas as devidas providências necessárias Realizar auditoria interna em todos os setores para preparar a instituiçãopara a acreditação e realizar ajustes se necessário Monitorar e melhoras os processos que apresentam criticidade: treinamento, análise crítica em investimentos humanos e infraestrutura Implantar indicadores de desempenho aos processos e riscos críticos,clientes, fornecedores e de aprendizado 10 Para implantar indicadores de desempenho nos processos, as atividades que foram recém-implantadas devem ser monitoradas periodicamente em relação aos indicadores que são evidenciados quando utilizados, a exemplo da Norma ISO 19.011:02, a qual relaciona as etapas e o realinhamento dos processos, a melhoria contínua. Agora, vamos para a realização de auditoria interna, que é muito importante em cada setor, checando e repassando o cumprimento cada requisito avaliado em uma auditoria oficial de acreditação. Ao contratar uma Agência Acreditadora, para auditoria oficial de acreditação, a Alta Administração deve estar ciente e conivente com a escolha. A acreditação hospitalar abre perspectivas para práticas associadas à gestão da qualidade e gestão hospitalar, trazendo um novo rumo para os padrões de referência da prática da assistência na saúde. TEMA 5 – PROVÁVEIS IMPACTOS DA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR A acreditação hospitalar consiste em um processo de avaliação voluntário, periódico e reservado, cujo objetivo é garantir a qualidade da assistência por meio de padrões previamente aceitos, conforme a metodologia oferecida pela ONA. Porém, isso não garante que as instituições não sofram impactos positivos e/ou negativos no decorrer do processo ou mesmo quando alcançam a acreditação. A literatura nos mostra vários exemplos da implicação da implantação da acreditação hospitalar, entre todos os citados, vamos listar os que mais ocorrem (Gonçalves, 2009; Mendes; Mirandola, 2015). Na figura 4, podemos verificar alguns impactos que podem ocorrer com a acreditação hospitalar. 11 Figura 4 – Impactos organizacionais com a implantação da acreditação hospitalar Melhoria na gestão, ênfase no planejamento estratégico e visão de futuro. Melhorias dos serviços prestados. Segurança e diminuição de riscos aos pacientes. Mudança no comportamento dos profissionais de saúde. Ênfase na seleção, no treinamento e na educação continuada. Padronização dos processos de atendimento e insumos. Vigilância e controle de infecção hospitalar. Utilização racional dos insumos (medicamentos, equipamentos, solicitação de exames, entre outros). Maior satisfação de pacientes, reconhecimento do nome da instituição pelo público. Como impactos negativos, podemos citar a resistência a mudanças que muitas vezes os colaboradores e a Alta Administração têm, a busca e seleção de fornecedores que estejam em conformidade com as exigências da Lei – citadas nas ISOs 19.011:02 e 14.000, nas normas de qualidade e no próprio manual da ONA, e na Anvisa. Impacto financeiro nas instituições, em curto e longo prazo e motivação do quadro funcional, que, após a acreditação, deverá ter um novo modelo de trabalho ou uma grande adaptação a ele. NA PRÁTICA Para um gestor hospitalar, a acreditação representa um desafio e agrega um modelo de trabalho inovador e com visão de futuro com foco na gestão da qualidade. É fácil implantar o processo? Não é, mas o ganho quando realizado é superior aos esforços desprendidos: ganho com a satisfação do paciente/cliente, ganho nos processos de trabalhos, e um lugar de destaque para com as instituições prestadoras de serviços de saúde. Lembrando que onde havia um processo de atendimento com ponto crítico pode ser mudado para um ponto forte, conforme exemplos que demos no decorrer das aulas, no atendimento em centro cirúrgico, que envolviam outros processos e não somente o CC. Assim, podemos ter uma visão sistêmica da gestão hospitalar. 12 FINALIZANDO Nesta aula pudemos ter a noção de como é, e o que envolve o programa de implantação da acreditação hospitalar, suas etapas e o que as compõem. Vimos também as ferramentas de gestão que podem ser utilizadas e em quais processos mais se adéquam. E finalmente, os impactos que a acreditação hospitalar pode trazer, sendo impactos positivos e negativos, a depender da instituição, sua complexidade, localização geográfica e tipo de gestão que ela exerce. O Manual de Acreditação deverá ser seu livro de cabeceira, para que seja lido e relido e se torne fonte de inspiração para futuros modelos na manutenção da qualidade (Marques, 2015, p. 177). 13 REFERÊNCIAS ALÁSTICO, G. P.; TOLEDO, J. C. Acreditação Hospitalar: proposição de roteiro para implantação. Gestão da Produção, São Carlos, v. 20, n. 4, p. 815-831, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/gp/v20n4/aop_gp128412.pdf>. Acesso em: 1 abr. 2019. ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Tecnovigilância. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/tecnovigilancia>. Acesso em: 1 abr. 2019. BRASIL. Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n. 2.616, de 12 de maio de 1998. Dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção pelos hospitais do país, de Programa de Controle de Infecções Hospitalares. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/ite m/portaria-n-2-616-de-12-de-maio-de-1998>. Acesso em: 1 abr. 2019. BURMESTER, H. Gestão da qualidade em saúde. Revista Administração Saúde, v. 18, n. 70, jan./mar. 2018. Disponível em: <http://cqh.org.br/ojs- 2.4.8/index.php/ras/article/view/78/98>. Acesso em: 1 abr. 2019. D’INNOCENZO, M. (Coord.). Indicadores, auditoria, certificações: ferramentas de qualidade para gestão em saúde. São Paulo: Martinari, 2010. “EQUIPES conectadas fazem a diferença em segurança do paciente” diz enfermeira canadense. IBSP – Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente, 5 jan. 2018. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch? time_continue=44&v=O_R7lFLgY-c>. Acesso em: 1 abr. 2019. FLEBITE. In: Dicionário Infopédia de Termos Médicos. Porto: Porto Editora, [S.d.]. Disponível em: <https://www.infopedia.pt/dicionarios/termos- medicos/flebite>. Acesso em: 1 abr. 2019. GONÇALVES, H. L. Gestão hospitalar: administrando o hospital moderno. São Paulo: Saraiva, 2009. MANUAL DAS ORGANIZAÇÕES PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE. São Paulo: Organização Nacional de Acreditação, 2018. MARQUES, R. A importância de definir um plano de ação. Portal IBC, 5 fev. 2018. Disponível em: <https://www.ibccoaching.com.br/portal/coaching-carreira/import ancia-definir-plano-acao/>. Acesso em: 1 abr. 2019. 14 MARQUES, S. M. F. Implantação de programa de acreditação de serviços de saúde: a qualidade como vantagem competitiva. Rio de Janeiro: MedBook, 2015. MENDES, H. S.; MIRANDOLA, T. B. S. Acreditação hospitalar como estratégia de melhoria: impactos em seis hospitais acreditados. Revista Prod., São Carlos, v. 22, n. 3, jul./set. 2015. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/0104-530x1226- 14>. Acesso em: 1 abr. 2019.
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