Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTUDO DIRIGIDO: HANSENÍASE Nome do estudante: MARINA ARANTES GERMANO Data entrega:28/05/2021 Turma: 2019-2 Responda as questões/conceitue. 1) Conceito Resposta: A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode afetar qualquer pessoa, possui uma alta infectividade e baixa patogenicidade, quer dizer que infecta muitas pessoas, no entanto só poucas adoecem 2) Características do bioagente, reservatório, transmissão, porta de entrada e saída, hospedeiro susceptível e comunicantes Resposta: • Bioagente: Mycobacterium leprae, possui um alto poder imunogênico, é um bacilo intracelular bacilo álcool- ácido resistente e se trata da única espécie de micobactéria que infecta nervos periféricos e não é cultivável in vitro (não cresce em meio de culturas artificiais) • Reservatório: Homem é conhecido como única fonte de infecção, apesar de terem sido identificados animais naturalmente infectados (tatu, macaco mangabei e chimpanzé). Os doentes que não fazem tratamento são capazes de eliminar grande quantidade de bacilos para o meio exterior. • Transmissão: A transmissão ocorre após a pessoa ter contato direto ou prologado com uma pessoa que possui a forma infectante da doença e elimina bacilos em seu exterior • Porta de entrada: Porta de entrada vias aéreas superiores • Porta de saída: Assim como a porta de entrada são as vias aéreas superiores • Hospedeiro susceptível: Qualquer indivíduo que tenha tido contato prolongado com uma pessoa com a forma infectante da doença] • Comunicantes: Familiares ou pessoas que tenham tido contato prologando com o doente ou portador no período de transmissibilidade (onde não fazia o tratamento da doença) 3) Elaborar a cadeia epidemiológica 4) Período de incubação e de transmissibilidade. Resposta: Período de incubação da hanseníase costuma durar de 2 a 7 anos, mas pode durar menos (7 meses) ou mais (10 anos) Período de transmissibilidade: Os pacientes que possuem multibacilos podem transmitir Hanseníase, no período em que não iniciam o tratamento específico 5) Manifestações: formas clínicas (indeterminada, virchowiana, tuberculoide e dimorfa). Resposta: • Hanseníase indeterminada o A forma inicial (mais benigna), evolui de forma espontânea para a cura na maioria dos casos ou evolui para as formas interligadas em cerca de 25% dos casos, o que pode ocorrer no prazo de 3 a 5 anos. o Geralmente, encontra-se apenas uma mancha hipocrômicas, de cor mais clara que a pele normal, acompanhada por alteração da sensibilidade, além de hipoestesia na pele, podendo ainda ser acompanhadas de alopecia e/ou anidrose. o Essas lesões são em pequeno número e podem se localizar em qualquer área da pele, essa forma é mais encontrada em crianças • Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa) o É a forma mais disseminada da doença, uma vez que pode comprometer áreas como nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos devido à dificuldade para separar a pele normal da danificada o Nesse tipo o bacilo se multiplica com muito mais facilidade, uma vez que a imunidade celular é nula, isso pode levar a um quadro de maior gravidade, ocorrendo anestesia dos pés e mãos o Surge o eritema nodoso hansênico, além de lesões nodulares, endurecidas e dolorosas na face, braços e pernas, que são acompanhadas por mal-estar, queda do estado geral, febre e um quadro de inflamação de órgãos internos o São lesões cutâneas onde há placas infiltradas e nódulos (hansenomas), de coloração eritemato-acastanhada ou ferruginosa, que podem se instalar também na mucosa oral. o Além disso, pode ocorrer acometimento da laringe, com quadro de rouquidão, e de órgãos internos como descrito no tópico anterior (fígado, baço, suprarrenais e testículos) o Pode ocorrer também, a chamada hanseníase histoide, onde há predominância de hansenomas com aspecto de queloides ou fibromas, com grande número de bacilos. Nesse caso há um comprometimento de maior número de troncos nervosos de forma simétrica. • Hanseníase tuberculoide o Essa é a forma mais benigna e localizada que aparece em pessoas com alta resistência ao bacilo. o As lesões são poucas (ou única) são manchas e placas de até cinco lesões, bem definidas e pouco elevados, ocorre o comprometimento do nervo e há ausência de sensibilidade (dormência). o Costuma ocorrer comprometimento simétrico de troncos nervosos, que podem causar dor, fraqueza e atrofia muscular. Nas lesões e/ou trajetos de nervos, pode existir perda total da sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, ausência de sudorese e/ou alopecia. o A manifestação é caracterizada por lesões papulosas ou nodulares, únicas ou em pequeno número, maiormente na face. o Além disso existe a forma nodular infantil, que acomete crianças de 1 a 4 anos, quando há um foco multibacilar no domicílio. • Hanseníase dimorfa (ou borderline) o Se trata de uma forma intermediária, resultante de uma imunidade também considerada intermediária, com características clínicas e laboratoriais que podem se aproximar das formas tuberculoide ou virchowiana. o Apresenta uma variedade maior de lesões cutâneas, essas têm como características placas, nódulos eritemato-acastanhados, em grande número, com tendência a serem simétricas. o As lesões se tornam avermelhadas e pode haver o acometimento dos nervos, o que dói e causa inflamação 6) Definição de caso e classificação: paucibacilar e multibacilar Resposta: • O caso da hanseníase é classificado de acordo com o número de lesões cutâneas, para que assim consiga fornecer o melhor tratamento da doença o Paucibacilar (PB): é considerado quando apresenta até 5 lesões cutâneas, sendo que muitos casos o indivíduo apresenta apenas uma, essa lesão é levemente elevada, avermelhada e com limites definidos. Na paucibacilar há a ausência da sensibilidade, fraqueza, dor e atrofia muscular. É uma forma benigna e localizada, ocorre em pessoas com alta resistência ao bacilo. o Multibacilar (MB): quando apresenta mais de 5 lesões cutâneas, ocorre o surgimento de nódulos na pele, inchaço nas pernas e atrofia muscular, nesse tipo os órgãos internos acabam sendo acometidos pela doença. É uma forma onde o bacilo se multiplica muito, induzindo a um quadro mais grave. 7) Diagnóstico: clínico, baciloscopia e Teste de Mitsuda. Resposta: • Clínico o O diagnóstico para hanseníase é principalmente clínico e epidemiológico, onde é realizado a anamnese, onde colhe informações sobre a história, sinais e sintomas, condições de vida do paciente, possíveis vínculos epidemiológicos e ocupação da pessoa, assim como as atividades que faz diariamente o É feito o exame físico (abrangendo todas os aspectos do mesmo) onde é inspecionado toda a superfície corporal da pessoa, focando nas áreas que ocorrem mais lesões características da hanseníase, como: face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas, mas elas podem ocorrer, também, na mucosa nasal. Com isso, é possível identificar lesões e áreas onde pode estar com alteração da sensibilidade e/ou comprometimentos dos nervos, que leva o nome de avaliação dermatoneurológica ▪ A alteração da sensibilidade é verificada através de uma pesquisa de sensibilidade, onde vai identificar a presença de sensibilidade através de 2 tubos de vidro, um com água fria e outro com água quente • Baciloscopia o Se trata do diagnóstico laboratorial, que consiste em observar Mycobacterium lepra por meio de esfregaço de raspados intradérmicos das lesões hansênicas do paciente ou de locais de coleta selecionados, como: lóbulos auriculares e/ou cotovelos o A baciloscopia serve como um apoio para o diagnóstico, uma vez que a doença se trata de um diagnóstico clínico, pode acontecer deste exame dar negativo,mas isso não descarta a hipótese de o paciente estar com hanseníase o Ou seja, quando a baciloscopia está disponível no hospital, deve ser solicitada, mas não deve aguardar o resultado para iniciar o tratamento, o mesmo deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico da hanseníase e a classificação do paciente em PB ou MB que foi explicada na pergunta anterior • Teste de Mitsuda o É um teste que confere a imunidade celular específica contra Mycobacterium leprae o O teste constitui de injeção intradérmica contendo bacilos mortos. Após isso, é feita a leitura do exame, onde considera-se reação positiva quando há o surgimento de ulceração e induração no local. o O teste de Mitsuda não tem muito valor no diagnóstico, é importante na classificação da doença e no prognóstico do paciente. 8) Como realizar o teste de Mitsuda. Resposta: • O teste de Mitsuda é realizado através de uma injeção do antígeno integral de Mitsuda- Hayashi contendo 0,1ml por via intradérmica, na pele saudável, deve ser aplicada da face anterior do antebraço direito, a 3 cm abaixo da dobra antecubital • Após a aplicação do antígeno, aparece uma pápula de aproximadamente 1 cm no momento da inoculação. A leitura do resultado do teste é feita em 2 momentos principalmente, que serão explicados detalhadamente na próxima questão do estudo dirigido 9) Interpretação do teste de Mitsuda. Resposta: • A aplicação intradérmica do antígeno de Mitsuda origina respostas consideradas independentes, chamadas de reação precoce e reação tardia. o Reação precoce: apresenta-se por meio de eritema e induração local de 48 a 72 horas após a introdução do antígeno. Se as indurações apresentarem diâmetro maior que 10 mm são consideradas positivas. Se este diâmetro for inferior a 10mm, considera-se como resposta aos antígenos comuns do M. leprae e outras micobactérias. o Reação tardia: ocorre em torno de 28 a 30 dias depois da inoculação do antígeno, onde atinge sua intensidade máxima 10) Novo esquema terapêutico recomendado. Resposta: • Os esquemas terapêuticos variam conforme a classificação operacional da doença, que pode ser PB ou MB o Paucibacilar (PB): ADULTO Rifampicina (RFM): dose mensal de 600mg (2 cápsulas de 300mg) com administração supervisionada Dapsona (DDS): dose mensal de 100mg supervisionada e dose diária de 100mg autoadministrada CRIANÇA Rifampicina (RFM): dose mensal de 450mg (1 cápsula de 150mg e 1 cápsula de 300mg) com administração supervisionada Dapsona (DDS): dose mensal de 50mg supervisionada e dose diária de 50mg autoadministrada ▪ Duração: 6 doses, sendo 6 cartelas ▪ Seguimento do caso: deve haver comparecimento mensal para dose supervisionada ▪ Critério de alta: o tratamento estará concluído quando administrado 6 doses supervisionadas em até 9 meses; na 6a dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física, antes de receber alta por cura ▪ Importante ter atenção para mulheres em idade reprodutiva, uma vez que a rifampicina interage com anticoncepcionais orais o Multibacilar (MB) ADULTO Rifampicina (RFM): dose mensal de 600mg (2 cápsulas de 300mg) com administração supervisionada Dapsona (DDS): dose mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária de 100mg autoadministrada Clofazimina (CFZ): dose mensal de 300mg (3 cápsulas de 100mg) com administração supervisionada e uma dose diária de 50mg autoadministrada CRIANÇA Rifampicina (RFM): dose mensal de 450mg (1 cápsula de 150mg e 1 cápsula de 300mg) com administração supervisionada Dapsona (DDS): dose mensal de 50mg supervisionada e uma dose diária de 50mg autoadministrada Clofazimina (CFZ): dose mensal de 150mg (3 cápsulas de 50mg) com administração supervisionada e uma dose de 50mg autoadministrada em dias alternados ▪ Duração: 12 doses, sendo 12 cartelas ▪ Seguimento do caso: deve haver comparecimento mensal para dose supervisionada ▪ Critério de alta: o tratamento estará concluído quando administrado 12 doses supervisionadas em até 18 meses; na 12a dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física, antes de receber alta por cura ▪ Os pacientes MB que, excepcionalmente, não mostrarem melhora clínica, exibindo lesões ativas da doença ao término do tratamento preconizado de 12 doses (cartelas), deverão ser encaminhados para avaliação em serviço de referência (municipal, regional, estadual ou nacional), para se averiguar a conduta mais apropriada para o caso 11) Reações hansênicas: tipo I e II. Resposta: • São reações do sistema imunológico que causam alterações inflamatórias • Podem acontecer durante o curso da doença e/ou durante ou após o tratamento • Mais frequente de ocorrer nos pacientes multibacilares (MB) • O tratamento não deve ser suspenso caso haja reações hansênicas, deve ser mantido durante todo o quadro clínico • Esses estados reacionais são as principais causa de lesões dos nervos e de incapacidades provocadas pela hanseníase. • Reação hansênica tipo 1 o É também conhecida como reação reversa. Na reação tipo I, o sistema imunológico do indivíduo está lutando contra o bacilo ou restos de bacilos mortos da hanseníase, e isso faz o que haja a exacerbação da atividade do sistema imunológico, ou seja, a resposta imune ocorre devido a boa capacidade do indivíduo de destruir bacilos o O quadro clínico do indivíduo pode ser dividido em dois: ▪ Pele: há o aparecimento de novas lesões (manchas, pápulas e placas, podem ulcerar e descamar e lesões mais antigas que ficam mais eritematosas e ou edematosas ▪ Nervos: paciente apresenta sinais e sintomas neurais: há diminuição da força muscular, aumento da área de anestesia e/ou dor espontânea à palpação de nervo periférico ▪ Pode ocorrer também edema de extremidades e/ou de face • Reação hansênica tipo 2 o É também conhecida como reação de eritema nodoso hansênico. Ocorre devido a exacerbação da resposta imune humoral por depósitos de imunocomplexos em indivíduo que possuem pouca capacidade para destruir bacilos (multibacilares). o É considerada a mais frequente o O quadro clínico do paciente pode ser dividido em 3 ▪ Pele: há o aparecimento de nódulos subcutâneos dolorosos e avermelhados, chamado de Eritema Nodoso Hansênico (ENH), pode estar acompanhado de espessamentos dos nervos ▪ Manifestações sistêmicas: pode ocorrer mal-estar, dor articular, mialgia, febre aumento da frequência cardíaca e respiratória, neurite e até mesmo comprometimento hepático ou esplênico ▪ Alterações laboratoriais: essas alterações são geralmente observadas em casos mais graves, há o aumento de enzimas hepáticas e/ou de provas laboratoriais inflamatórias ▪ Pode ainda ocorrer edema de pés e mãos, que necessita de um atendimento de urgência 12) Notificação compulsória: não/sim (mediata/imediata). Resposta: A hanseníase se trata de uma doença de notificação compulsória em todo território nacional, entretanto não é considerada imediata, se trata de uma notificação mediata, que deve ocorrer de forma semanal. Além disso, a investigação da hanseníase é considerada obrigatória. 13) Prevenção de incapacidades Resposta: • Há cuidados recomendados para prevenir as incapacidades e diminuir morbidade devido ao episódio reacional • A detecção precoce é extremamente importante para a prevenção das incapacidades que são causadas pela hanseníase • É necessário que haja uma avaliação sistemática com frequência do indivíduo para acompanhar o tratamento o Monitorar a função neural sensitiva e motora o Neurite: repouso do membro afetado • As atividades de prevenção de incapacidades são desenvolvidas de acordo com o quadro clínico do paciente ede sua avaliação sistemática • Além do mais, pode ser feitas técnicas simples, orientadas na unidade de saúde, onde é orientado ao paciente como fazer o auto cuidado. Além disso, é fundamental que o paciente e sua família sejam envolvidos no tratamento da doença, e que entendam que para o sucesso do tratamento e a cura, o paciente é tão importante quanto a equipe de saúde que está o acompanhando • Algum dos sinais e sintomas principais e suas condutas são SINAIS E SINTOMAS CONDUTA Dor neural aguda Imobilização do membro até a remissão do sintoma Encaminhamento imediato para consulta médica. Orientação quanto à redução da sobrecarga do nervo durante a realização das atividades. Orientação quanto a auto cuidados Dor à palpação do nervo ou ao fazer esforço Orientação quanto à redução de sobrecarga no nervo durante a realização das atividades. Orientação quanto a auto cuidados. Encaminhamento para consulta médica caso a dor persista Diminuição da sensibilidade dos olhos, mãos e pés Acompanhamento da alteração de sensibilidade. Orientação quanto a auto cuidados Diminuição de força muscular dos olhos, mãos e pés Acompanhamento da alteração de força muscular Exercícios após remissão dos sinais e sintomas agudos. Orientação quanto a auto cuidados Iridociclite: olho vermelho, dor, diminuição da acuidade visual, diminuição da mobilidade e tamanho da pupila Encaminhamento imediato e urgente ao oftalmologista. Orquiepididimite: Inflamação nos testículos. Nefrite: inflamação nos rins Vasculite: inflamação dos vasos sangüíneos Encaminhamento imediato para consulta médica. 14) Precaução de isolamento utilizada Resposta: a precaução de isolamento utilizada na hanseníase é a precaução padrão. Que consiste nos seguintes tópicos: 1. Higiene de mãos 2. Uso de barreiras: EPI 3. Prevenir exposição a patógenos veiculados por sangue e líquidos corpóreos: após puncionar o paciente precisamos precisar descartar o lixo nos lugares corretos 4. Descontaminação de superfícies 5. Artigos e equipamentos: inclusive roupas 6. Cuidado com roupas 7. Etiqueta da tosse: cobrir a boca com o cotovelo quando for espirrar (acrescentado em 2007) CASO DE APLICAÇÃO – HANSENÍASE Analise o caso e responda as questões: A Sra. Janaína, 49 anos, cozinheira, está no 4º dia de internação por Hanseníase, em surto reacional tipo 2 e infecção de lesões cutâneas em mãos, usando Clofazimina, Talidomida, Prednisona, Oxacilina e Penicilina cristalina. Refere que há 2 anos começou a apresentar lesões eritematosas em membros, além de queimar-se com frequência ao cozinhar por diminuição da sensibilidade nas mãos. Após confirmar diagnóstico por biópsia das lesões, mantem-se em tratamento até hoje. EF: consciente, orientada, melhora do estado geral, febril (38-38,3º C), nódulos em orelha, madarose (ausência de cílios), nódulos eritematosos dolorosos em MMSS (escore de dor 5 em escala numérica), cerca de 8 lesões eritemato-acastanhadas em MMSS e MMII. Apresenta baciloscopia positiva para Hansen e reação de Mitsuda negativo. 1) Qual a forma clínica da hanseníase apresentada pela paciente? Justifique com base nas informações do caso Resposta: A forma clínica apresentada pela paciente corresponde a hanseníase virchowiana (ou lepromatosa). O que caracteriza essa forma e está descrito no caso (assim como grifado em amarelo) são a diminuição da sensibilidade nas mãos, madarose superciliar e ciliar, nódulos eritematosos e lesões eritemato-acastanhadas 2) Justifique o uso de cada medicamento prescrito pelo médico CLOFAZIMINA Esse medicamento é usado para o tratamento de pacientes com hanseníase paucibacilar e multibacilar, o qual a paciente apresenta TALIDOMIDA A paciente apresenta Eritema Nodoso Hansênico (ENH), que é uma reação crônica da hanseníase, apresentada pelo paciente PREDNISONA É usado por causa dos episódios reacionais hanseníase, nesse caso a paciente apresenta surto reacional do tipo 2 OXACILINA É indicado para pacientes que estão infectados por bactéria gram positiva. A Mycobacterium leprae é uma bactéria gram-positiva por isso a escolha desse medicamento PENICILINA CRISTALINA É indicada para infecções cutâneas leves e moderada, a hanseníase causa múltiplas lesões de pele e o paciente apresenta cerca de 8 como informado 3) Identifique os 5 principais diagnósticos de enfermagem e elabore as prescrições correlacionadas. DIAGNÓSTICO ESCOLHA INTERVENÇÃO INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA A integridade da pele da paciente apresenta alterações e está prejudicada, possui diversas lesões devido a doença e queimaduras, além de nódulos Limpar com soro fisiológico ou substância não tóxica, conforme apropriado. Comparar e registrar regularmente todas as mudanças na lesão Orientar o paciente e a família sobre sinais e sintomas de infecção DOR AGUDA Paciente relatou características de dor através de um elemento padronizado, a mesma alega estar com dor em uma escala 5 Realizar uma avaliação completa da dor, incluindo local, características, início/duração, frequência, qualidade, intensidade e gravidade, além de fatores precipitadores. Assegurar que o paciente receba cuidados precisos de analgesia Considerar o tipo e a fonte da dor ao selecionar uma estratégia para seu alívio Investigar o uso atual de métodos farmacológicos de alívio da dor pelo paciente RISCO DE INFECÇÃO Devido as lesões que a paciente apresenta está mais susceptível a entrada e multiplicação de microrganismos patogênicos Limpar a pele do paciente com agente antimicrobiano, conforme apropriado Orientar o paciente e a família sobre sinais e sintomas de infecção Assegurar o emprego da técnica adequada no cuidado de feridas INTEGRIDADE TISSULAR PREJUDICADA A paciente apresenta um dano no sistema tegumentar, há um dano tecidual por conta das lesões e nódulos presentes Documentar local, tamanho e aspecto da lesão Limpar com soro fisiológico ou substância não tóxica, conforme apropriado RISCO DE SÍNDROME DO DESUSO No caso é relatado que a paciente apresenta lesões e dor no MMII e isso pode levar ao desuso e consequentemente causar uma incapacidade Determinar o estado de mobilidade Monitorar o local e a natureza do desconforto ou da dor durante o movimento/atividade
Compartilhar