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Estrutura conceitual para elaboração de relatório contábil-financeiro

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CONTABILIDADE 
SOCIETÁRIA 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Paolla Hauser 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula nossa conversa será sobre uma parte do CPC que trata de 
estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro. 
Aqui não vamos falar especificamente sobre os saldos e operações nas 
contas do grupo do patrimônio líquido. Vamos tratar também dos conceitos e 
regras para integralização de capital social, sobre custos de transação na 
emissão de ações e cálculo do ágio na emissão de ações. 
Esta é uma aula bastante densa, por isso leia com bastante atenção o 
material de aula e materiais complementares ao tema, assista a todas as aulas 
e fique atento às atividades propostas. 
CONTEXTUALIZANDO 
Deve ser de seu conhecimento que o patrimônio líquido de uma entidade 
demonstra a diferença entre as operações de ativo e passivo, sendo que o 
resultado ideal é um patrimônio líquido positivo, ou seja, é um resultado lucrativo. 
Entretanto, algumas empresas, quer estejam relacionados à sua atividade 
ou à sua necessidade, podem buscar recursos para expandir suas operações. 
A captação de recursos via instrumentos patrimoniais, regra geral, é 
realizada por meio de emissão de ações. Outra forma de captação é ainda por 
meio de bônus de subscrição. 
 A emissão de ações pode ocorrer no mercado primário, e as ações da 
companhia são negociadas pela primeira vez. O mercado secundário ocorre na 
sua renegociação. 
Para melhor entender a diferença entre mercado primário e secundário, 
vamos supor a seguinte situação hipotética: 
A Petrobras, com a finalidade de captar recursos financeiros para 
alavancar os seus investimentos na exploração de petróleo em águas 
profundas, emitiu novas ações no montante de 1 bilhão de reais. 
A Exxon Mobil, na qualidade de investidora, adquiriu à vista no 
mercado primário 50 milhões de reais em ações da Petrobras e, 
passados oito meses da data de aquisição, aproveitando a grande 
valorização dessas ações, negociou-as na BM&F Bovespa por 55 
milhões de reais, vendendo-as para a IBM. 
Conclusão: a Exxon Mobil, para vender as ações adquiridas da 
Petrobras, teve que colocá-las novamente no mercado, e esse 
mercado é o secundário, pois a emissora originária é a Petrobras. 
 
A investidora IBM, ao comprar as ações da investidora Exxon Mobil, 
estará comprando de um segundo, o que caracteriza a definição de 
mercado secundário. 
 
 
3 
O mercado secundário em que atuam as bolsas de valores tem por 
função dar liquidez aos investidores e garantir que, no momento de 
uma operação de venda, exista um comprador (IBM) e um vendedor 
(Exxon Mobil), viabilizando o crescimento do mercado primário e a 
consequente capitalização das empresas via mercado de ações. 
(Adriano, 2018, p. 480) 
TEMA 1 – ESTRUTURA CONCEITUAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO – CPC 00 
R1 
Ao observarmos o balanço patrimonial de qualquer entidade, notamos que 
os elementos do patrimônio líquido são demonstrados ao lado direito e 
evidenciam a diferença entre o valor total do ativo e do passivo. 
Borinelli e Pimentel (2017, 102) destacam que 
Assim definido, o montante pelo qual o patrimônio líquido é 
apresentado no balanço patrimonial depende da mensuração dos 
ativos e passivos. Como consequência, o patrimônio líquido deve 
evidenciar todos os valores decorrentes de ajustes de avaliação 
patrimonial referentes à avaliação de ativos e passivos a valores de 
mercado. 
Antes de nos aprofundarmos na estrutura do patrimônio líquido, vamos 
relembrar a estrutura do balanço patrimonial. 
Quadro 1 – Estrutura do balanço patrimonial 
ATIVO 
 
[...] 
PASSIVO 
 
[...] 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Capital 
- Capital a integralizar 
Reserva de lucros 
Reservas de capital 
Ajustes de avaliação patrimonial 
Prejuízos acumulados 
- Ações em tesouraria 
Fonte: Adriano, 2018. 
A classificação das contas do patrimônio líquido, também denominado de 
PL, é: 
 No capital social temos os valores recebidos dos sócios, quando já 
integralizados. O a integralizar representa os valores “prometidos” pelos 
 
 
4 
sócios, com prazo para integralização. Esses valores podem ser gerados 
pela própria empresa, como no caso de lucro renunciado pelos sócios e 
revertido em capital social; 
 As reservas de lucro representam os lucros obtidos e retidos pela 
entidade; 
 Reservas de capital representam valores recebidos que não transitaram 
e não transitarão pelo resultado como receitas, pois derivam de 
transações de capital com os sócios (Gelbcke et al., 2018); 
 Em ajustes de avaliação patrimonial temos os valores referentes a 
contrapartidas de aumentos ou reduções de valor atribuído a elementos 
do ativo e do passivo, em decorrência de avaliação a valor justo. 
 Os prejuízos acumulados representam o resultado negativo gerado pela 
entidade; 
 Ações em tesouraria representam as ações da companhia que são 
adquiridas pela própria sociedade (podem ser quotas, no caso das 
sociedades limitadas) (Gelbke et al., 2018); 
O pronunciamento contábil do CPC 00, que trata da estrutura conceitual 
para a elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro conceitua o 
patrimônio líquido da seguinte forma: “(c) patrimônio líquido é o interesse residual 
nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos” (CPC 00 
R1, 2011). 
Iudícibus (2015) destaca que, devido ao fato de que, em regra, definimos 
o patrimônio líquido como simples diferença entre ativo e passivo, não damos a 
este um tratamento adequado. 
Podemos destacar o que o próprio CPC descreve que o resultado 
apresentado no PL demonstra, de certa forma, a saúde financeira da empresa, 
o que pode atrair (ou não) interesse de investidores ou interesse na distribuição 
de dividendos. 
Com isso, Iudicibus (2015, p. 166) destaca ainda que, 
à medida que uma boa evidenciação dos elementos constitutivos do 
patrimônio líquido possa auxiliar no discernimento de tais interesses, 
estaremos cumprindo a finalidade principal das demonstrações 
contábeis, ou seja, a de ajudarem o investidor a avaliar a tendência do 
empreendimento. 
 
 
5 
Os resultados apresentados pela entidade, tal como demonstrados no 
patrimônio líquido, serão relevantes para a tomada de decisão dos usuários das 
demonstrações contábeis. 
Este grupo de contas pode indicar restrições legais ou de outra natureza 
sobre a capacidade que a empresa tem de distribuir ou aplicar seus recursos 
patrimoniais. 
TEMA 2 – CAPITAL SOCIAL E SUA CONTABILIZAÇÃO – SUBESCRITO, 
INTEGRALIZADO E AÇÕES EM TESOURARIA 
O capital social, como vimos no tema anterior, corresponde ao 
investimento dos sócios, quando tratamos de uma empresa limitada, ou dos 
acionistas, quando sociedade por ações. 
2.1 Capital integralizado 
O capital pode ainda ser formado por valores obtidos pela própria 
empresa, como no caso de lucros não destinado ao sócio/acionista, mas sim a 
nova integralização para aumento do capital investido. 
Gelbcke et al. (2018, p. 380) definem: 
Trata-se o Capital Social, na verdade, de uma figura mais jurídica que 
econômica, já que, do ponto de vista econômico, também os lucros não 
distribuídos, mesmo que ainda na forma de Reservas, representam 
uma espécie de investimento dos acionistas. Sua incorporação ao 
Capital Social é uma formalização em que os proprietários renunciam 
à sua distribuição; é como se os acionistas recebessem essas reservas 
e as reinvestissem na sociedade. 
O capital social pode ser integralizado em espécie ou outros bens e 
direitos, como estoque de mercadorias, por exemplo. Quando isso ocorrer, o 
valor a ser registrado no capital é igual ao valor do custo de aquisição (custo 
histórico). 
A contabilização do capital social integralizado fica assim: 
 
D – Banco, estoque, imobilizado (etc) 
C – Capital Social 
 
 
 
6 
O montante do capital social é composto pelo total subscrito pelos sócios, 
podendo existir a figura de capitala integralizar, isto é, a parcela ainda não 
realizada e que deverá ser entregue pelos sócios/acionistas no futuro. 
2.2 Capital a integralizar 
O capital a integralizar deve constar no balanço patrimonial, no grupo do 
patrimônio líquido, juntamente com o montante do capital social, sendo que o 
valor a integralizar será demonstrado em conta redutora. 
Por exemplo: 
A empresa UNI acaba de ser constituída com capital social de R$ 
100.000,00. Entretanto, os sócios só possuem R$ 70.000,00 para integralizar de 
imediato. Dessa forma, temos um capital a integralizar de R$ 30.000,00, que 
ficará representado no balanço, da seguinte forma: 
 
Capital Social 100.000,00 
(-) Capital a Integralizar (30.000,00) 
 
Borinelli e Pimentel (2017, p. 229) destacam o seguinte; 
Além da formação do capital social por aporte (integralização) dos 
sócios, o capital social também pode ser aumentado com a utilização 
de reservas, que já fazem parte do patrimônio líquido. Nesses casos, 
não há qualquer implicação econômica para a entidade, ou seja, não 
há novo ingresso de recursos no ativo, nem ocorre aumento no 
patrimônio líquido total. Assim, o aumento de capital utilizando reservas 
é uma figura mais jurídica do que econômico-financeira, pois apenas 
formaliza a incorporação de recursos sob a forma de reservas para a o 
capital social. 
Trata-se da renúncia que o sócio/acionista faz com relação ao 
recebimento do lucro, em favor da sociedade, para aumento do capital social, 
sendo utilizadas para isso as contas de reservas. 
O Código Civil determina que: 
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular 
ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, 
mencionará: 
[...] 
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo 
compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação 
pecuniária; 
IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la; 
(Brasil, 2002) 
 
 
7 
Com relação ao prazo para integralização, a legislação não traz nenhuma 
determinação, nem tampouco penalidades para os sócios que não o fizerem, 
entretanto tal condição pode estar prevista no contrato social ou na Ata de 
constituição. 
2.3 Ações em tesouraria 
Ações em tesouraria são as ações adquiridas pela própria companhia. 
Isso ocorre, normalmente, quando a organização pretende fazer o cancelamento 
de ações ou quando concede bonificação (remuneração) aos gestores em forma 
de ações. 
Gelbcke et al. (2018) destacam que “a aquisição de ações de emissão 
própria e sua alienação são transações de capital da companhia com seus 
sócios, não devendo afetar o resultado”. 
A Lei das Sociedades Anônimas (Lei n. 6.404/1976) proíbe a negociação 
das próprias ações, quando houver: 
a. as operações de resgate, reembolso ou amortização previstas em 
lei; 
b. a aquisição, para permanência em tesouraria ou cancelamento, 
desde que até o valor do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e 
sem diminuição do capital social, ou por doação; 
c. a alienação das ações adquiridas nos termos da alínea b e mantidas 
em tesouraria; 
d. a compra quando, resolvida a redução do capital mediante 
restituição, em dinheiro, de parte do valor das ações, o preço destas 
em bolsa for inferior ou igual à importância que deve ser restituída 
(Brasil, 1976) 
Tratando-se de companhia aberta, a CVM traz normas que devem ser 
analisadas para as operações de negociação com as próprias ações. 
A Instrução CVM n. 567/15, em seu art. 7º, ressalta que é vedada a 
aquisição das próprias ações, quando: 
a. tiver por objeto ações pertencentes ao acionista controlador; 
b. for realizada em mercados organizados de valores mobiliários a 
preços superiores aos de mercado; 
c. estiver em curso o período de oferta pública de aquisição de ações 
de sua emissão, conforme definição das normas que tratam desse 
assunto; ou 
d. requerer a utilização de recursos superiores aos disponíveis. (Brasil, 
2015) 
A referida norma ressalta ainda que as companhias abertas não poderão 
manter ações em tesouraria superior a 10% de cada classe de ações em 
circulação no mercado. 
 
 
8 
Segundo a Lei n. 6.404/1976, parágrafo 2º, “Consideram-se ações em 
circulação no mercado todas as ações do capital da companhia aberta menos 
as de propriedade do acionista controlador, de diretores, de conselheiros de 
administração e as em tesouraria”. (Brasil, 1976) 
Conforme o art. 182, parágrafo 5º, da Lei das S/As, “as ações em 
tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do 
patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua 
aquisição” (Brasil, 1976). 
De acordo com Gelbcke et al. (2018, p. 396), “As compras das próprias 
ações são contabilizadas por seu custo de aquisição e a baixa pela alienação 
deve ser feita pelo mesmo valor de compra”. 
No que se refere aos aspectos fiscais de transações que envolvem ações 
em tesouraria, o Regulamento do Imposto de Renda determina, em seu art. 442: 
Art. 442. Não serão computadas na determinação do lucro real as 
importâncias, creditadas a reservas de capital, que o contribuinte com 
a forma de companhia receber dos subscritores de valores mobiliários 
de sua emissão a título de: 
I. ágio na emissão de ações por preço superior ao valor nominal, ou a 
parte do preço de emissão de ações sem valor nominal destinadas à 
formação de reservas de capital; 
II. valor da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; 
III. prêmio na emissão de debêntures; 
IV. lucro na venda de ações em tesouraria. 
Parágrafo único. O prejuízo na venda de ações em tesouraria não será 
dedutível na determinação do lucro real. (Brasil, 1999) 
Dessa forma, podemos observar que a operação de venda das ações em 
tesouraria não será computada na apuração do lucro real. 
TEMA 3 – TRANSAÇÃO NA EMISSÃO DE AÇÕES 
3.1 Gastos com emissão de ações 
Conforme Gelbcke et al (2018, p. 383), 
Os Balanços Patrimoniais dos exercícios sociais encerrados a partir de 
31-12-2008, deverão apresentar os gastos com captação de recursos 
por emissão de ações ou outros valores mobiliários pertencentes ao 
Patrimônio Líquido (bônus de subscrição, por exemplo) em conta 
retificadora do grupo Capital Social ou, quando aplicável, na Reserva 
de Capital que registrar o prêmio recebido na emissão das novas 
ações. 
Em função disso, a alteração do patrimônio líquido pela emissão de novas 
ações é reconhecida pelo valor líquido efetivamente recebido. 
 
 
9 
Vejamos o exemplo trazido pelo Manual de Contabilidade das Sociedades 
Anônimas: 
supondo-se que em uma determinada sociedade sejam emitidas 
2.000.000 de novas ações, com preço de $ 1,50 por ação, cujos gastos 
de emissão somaram $ 150.000. Os efeitos líquidos dessa 
contabilização serão os seguintes: 
D – Caixa 2.850.000,00 
D – Gastos com emissão de ações 150.000,00 
(retificadora do capital social) 
C – Capital Social 3.000.000,00 
Os saldos pertencentes à conta “Gastos com emissão de ações” poderão 
ser utilizados apenas para compensação com reservas de capital ou para 
redução do próprio capital social. 
Nos casos em quem não houver sucesso na captação de ações, tais 
gastos devem ser baixados como perdas do exercício. 
Esse procedimento se baseia no fato de que não é encargo da 
empresa o que se gasta para obter mais recursos dos sócios. Essa é 
uma transação de capital, e não uma atividade operacional da 
entidade. E é uma transação de capital entre a empresa e os sócios, 
que redunda num ingresso líquido de recursos, estes sim reconhecidos 
como aumento líquido de capital. (Gelbcke et al, 2018, p. 383) 
3.2 Custo de transação na emissão de ações 
De acordo com Adriano (2018, p. 479) “a operação mais comum de uma 
empresa captar recursos financeiros é por meio da emissão de ações, que pode 
ocorrer de três formas distintas: primária, secundária ou mista.” 
3.2.1 Emissão primária 
É a emissão de novas açõese ocorre no mercado primário uma vez que 
nessa operação as ações da companhia são negociadas pela primeira vez. 
Segundo Adriano (2018, p. 479), “É nesse setor de mercado que as companhias 
buscam efetivamente a captação de recursos próprios para implementar os seus 
projetos de investimentos com a finalidade de promover o seu crescimento e 
consequente incremento de riqueza gerada”. 
 
 
 
10 
3.2.2 Emissão secundária 
 Trata-se das renegociações entre os agentes econômicos das ações 
adquiridas no mercado primário: “nessas operações, os recursos monetários 
resultantes não são transferidos para o financiamento da companhia, pois quem 
recebe efetivamente esses recursos são os acionistas que decidiram vender as 
suas ações”. (Adriano, 2018, p. 480) 
Vejamos um exemplo trazido pelo referido autor: 
A Petrobras, com a finalidade de captar recursos financeiros para 
alavancar os seus investimentos na exploração de petróleo em águas 
profundas, emitiu novas ações no montante de 1 bilhão de reais. A 
Exxon Mobil, na qualidade de investidora, adquiriu à vista no mercado 
primário 50 milhões de reais em ações da Petrobras e, passados oito 
meses da data de aquisição, aproveitando a grande valorização dessas 
ações, negociou-as na BM&FBovespa por 55 milhões de reais, 
vendendo-as para a IBM. 
Conclusão: a Exxon Mobil, para vender as ações adquiridas da 
Petrobras, teve que colocá-las novamente no mercado, e esse 
mercado é o secundário, pois a emissora originária é a Petrobras. A 
investidora IBM, ao comprar as ações da investidora Exxon Mobil, 
estará comprando de um segundo, o que caracteriza a definição de 
mercado secundário. O mercado secundário em que atuam as 
bolsas de valores tem por função dar liquidez aos investidores e 
garantir que, no momento de uma operação de venda, exista um 
comprador (IBM) e um vendedor (Exxon Mobil), viabilizando o 
crescimento do mercado primário e a consequente capitalização das 
empresas via mercado de ações. (Adriano, 2018) 
3.2.3 Emissão mista 
 Nesse caso, há concomitantemente a emissão primária e a emissão 
secundária. Segundo Adriano (2018, p. 480), “Com relação às novas ações 
emitidas, temos uma emissão primária que resultará na entrada de recursos para 
a companhia, enquanto para as ações existentes que serão vendidas pelos seus 
respectivos acionistas temos uma emissão secundária, que não resultará na 
entrada de recursos para a companhia”. 
 A definição do valor das ações é a representação de um investimento e, 
dependendo do contexto, poderá apresentar os seguintes valores distintos: 
nominal, patrimonial, de emissão e de mercado. 
De acordo com a Lei no 6.404/76, o valor nominal é determinado no 
estatuto, e a ação pode ser emitida com ou sem valor nominal (Brasil,1976). Na 
hipótese de emissão de ações sem valor nominal, todas as ações deverão ter o 
mesmo valor e não será permitido à companhia emitir novas ações com valores 
diferentes. 
 
 
11 
O valor nominal da ação resulta da divisão do capital social pelo número 
de ações que a empresa emitiu. 
Por exemplo, se o capital social é de 200.000,00 e a empresa emitiu 
50.000 ações, o valor nominal é de 4,00. 
 Já o valor patrimonial da ação resulta da divisão do patrimônio líquido pelo 
número de ações que a empresa emitiu. Por exemplo, se o patrimônio líquido é 
de 400.000,00 e a empresa emitiu 50.000 ações, o valor patrimonial é de 8,00. 
O valor de emissão ou valor de subscrição corresponde ao preço pago 
por quem subscreve a ação, se à vista ou parceladamente. 
De acordo com Adriano (2018, p.481), 
Por exemplo, caso um subscritor adquira por 1,20 a ação de uma 
empresa, cujo capital social é composto de 100.000 ações no montante 
de 100.000,00, temos que o valor nominal da ação é de 1,00, enquanto 
o seu valor de emissão será de 1,20. Quando existe diferença entre o 
valor de emissão e o valor nominal das ações, temos o ágio na emissão 
de ações, que corresponde a uma reserva de capital. 
A Lei 6.404/1976 determina que: 
Art. 13. É vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu valor 
nominal. 
§ 1º A infração do disposto neste artigo importará nulidade do ato ou 
operação e responsabilidade dos infratores, sem prejuízo da ação 
penal que no caso couber. 
§ 2º A contribuição do subscritor que ultrapassar o valor nominal 
constituirá reserva de capital (artigo 182, § 1º). (Brasil, 1976) 
Para as ações sem valor nominal, o preço será fixado no momento da 
constituição da companhia ou no momento do capital: “O preço de emissão pode 
ser fixado com parte destinada à formação de reserva de capital; na emissão de 
ações preferenciais com prioridade no reembolso do capital, somente a parcela 
que ultrapassar o valor de reembolso poderá ter essa destinação” (Brasil, 1976). 
TEMA 4 – CÁLCULO DO ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES 
A ação é a menor parcela em que se divide o capital social da companhia. 
As ações podem ser ordinárias, ou preferenciais, ou de fruição, de acordo com 
a natureza dos direitos ou vantagens conferidas a seus titulares. 
 
 
 
12 
Ação ordinária: 
Tipo de ação que confere ao titular os direitos essenciais do acionista, 
especialmente participação nos resultados da companhia e direito a 
voto nas assembleias da empresa. Cada ação ordinária corresponde a 
um voto na Assembleia Geral. 
Preferencial: 
As ações preferenciais (PN) conferem ao titular prioridades na 
distribuição de dividendo, fixo ou mínimo, e no reembolso do capital. 
Entretanto, as ações PN não dão direito a voto ao acionista na 
Assembleia Geral da empresa, ou restringem o exercício desse direito. 
(Entenda..., 2006) 
4.1 Ágio na emissão de ações 
O valor de exceder ao preço de subscrição das ações pago pelos 
acionistas à Companhia e o valor nominal dessas ações são denominados de 
ágio na emissão de ações. 
Este excedente deve ser contabilizado em conta de reserva de capital, 
conforme exemplo a seguir. 
Supondo que a Companhia tenha ações ao valor nominal de $ 1,00 e 
faça um aumento de Capital de 50.000.000 de ações ao preço de $ 
1,30 cada uma, teríamos: 
D – Bancos - 65.000.000 
C – Capital Social – 50.000.000 de ações a $1,00 - 50.000.000 
Reserva de Capital 
C – Ágio na emissão de ações – 50.000.000 de ações a 0,30 - 
15.000.000 (Gelbcke et al, 2018) 
4.2 Ações sem valor nominal 
A Lei das S/As criou as ações sem valor nominal, cujo preço de emissão 
é fixado, na Constituição, pelos fundadores, e, nos aumentos de capital, pela 
assembleia geral ou pelo conselho de administração, conforme dispuser o 
estatuto. 
O preço de emissão das ações sem valor nominal pode ser fixado com 
parte destinada à formação de reserva de capital. Nesse caso, a Lei das 
Sociedades por Ações define, na letra a do parágrafo 1º do art. 182, que a parte 
do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância 
destinada à formação do capital social será classificada como reserva de capital. 
(Gelbcke et al, 2018, p. 383) 
 
 
 
 
 
 
13 
Por exemplo, 
A sociedade emite 50.000.000 de ações sem valor nominal, a serem 
vendidas por $ 1,30 cada uma, mas destina ao capital social apenas $ 
1,10 por ação. A contabilização, nesse caso, é idêntica à anterior: 
D – Bancos - 65.000.000 
C – Capital Social - 55.000.000 
Reserva de Capital 
C – Ágio na emissão de ações - 10.000.000 (Gelbcke 
et al., 2018) 
4.3 Reembolso e resgate das ações 
As ações reembolsadas podem ser consideradas como pagas à conta de 
lucros ou reservas, exceto a legal, isto é, sem redução do capital social. Durante 
sua permanência em tesouraria, o valor pago no reembolso dessas ações será, 
para fins de apresentação no balanço patrimonial, deduzido das contas de 
reservas utilizadas para o reembolso. 
De acordo com oart. 45 da Lei no 6.404/76, o valor do reembolso para 
acionistas dissidentes poderá ser estipulado com base no valor econômico da 
companhia, caso o estatuto assim o possibilite (Brasil, 1976) 
O valor econômico será fixado com base em avaliação realizada por 
peritos e poderá ser menor que o valor patrimonial da companhia, calculado com 
base no patrimônio líquido constante do último balanço aprovado em assembleia 
geral. 
De acordo com a Lei n. 6.404, “A operação em que a companhia paga aos 
acionistas o valor de suas ações por razões de dissidência nos casos previstos 
na legislação societária é denominada reembolso de ações” (Brasil, 1976). 
Segundo a mesma lei, 
As ações reembolsadas podem ser consideradas como pagas à conta 
de lucros ou reservas, exceto a legal, isto é, sem redução do capital 
social. Durante sua permanência em tesouraria, o valor pago no 
reembolso dessas ações será, para fins de apresentação no Balanço 
Patrimonial, deduzido das contas de reservas utilizadas para o 
reembolso. (Brasil, 1976) 
TEMA 5 – RESERVAS DE CAPITAL 
As reservas de capital contemplam os valores que a companhia recebeu 
e que acrescem o patrimônio sem aumentar o valor do capital social, e sem 
transitar pelo resultado no período, uma vez que não exigem qualquer sacrifício 
da entidade em termos de entrega de bens ou prestação de serviços, ou seja, 
 
 
14 
não são derivadas das atividades operacionais da organização. (Borinelli, 
Pimentel, 2017) 
Na prática, de maneira geral, o principal exemplo de reserva de capital 
refere-se ao ágio na emissão de novas ações e aos resultados positivos da 
alienação de ações em tesouraria. 
Vamos ver um exemplo, trazido por Borinelli e Pimentel (2017, p. 230) 
 Imagine, por exemplo, que o valor nominal de cada ação de uma empresa 
é $ 2,00; no entanto, no momento da emissão das novas ações, existe uma 
grande demanda por tais ações, haja vista que há excelentes expectativas 
futuras sobre o desempenho futuro da entidade. 
Assim, os acionistas estariam dispostos a pagar $ 2,30 por ação. Nesse 
caso, cada ação geraria uma entrada de caixa de $ 2,30 e haveria acréscimo no 
capital social pelo seu valor nominal de $ 2,00. Os $ 0,30 adicionais seriam 
alocados na reserva de capital. 
Assim: 
Ativo 
 
Disponibilidades 2,30 
 
 
Total do Ativo 2,30 
Patrimônio Líquido 
 
Capital Social 2,00 
Reserva de Capital 0,30 
 
Total Patrimônio Líquido 2,30 
 
Gelbcke, et al (2018) destacam que as reservas de capital somente 
podem ser utilizadas para: 
a. Absorver prejuízos, quando estes ultrapassarem as reservas de lucros. 
Convém observar que, no caso da existência de reservas de lucros, os 
prejuízos serão absorvidos primeiramente por essas contas; 
b. Resgate, reembolso ou compra de ações. 
c. Resgate de partes beneficiárias. O art. 200 da Lei no 6.404/1976, em seu 
parágrafo único, determina que o produto da alienação de partes 
beneficiárias, registrado na reserva de capital específica, poderá ser 
utilizado para resgate desses títulos (ver observação logo a seguir); 
d. Incorporação ao capital; 
e. Pagamento de dividendo cumulativo a ações preferenciais, com 
prioridade no seu recebimento, quando essa vantagem lhes for 
assegurada pelo estatuto social (art. 17, parágrafo 6º, da Lei n. 
6.404/1976, conforme nova redação dada pela Lei no10.303/2001). 
 
 
15 
Art. 167. A reserva de capital constituída por ocasião do balanço de 
encerramento do exercício social e resultante da correção monetária 
do capital realizado (artigo 182, § 2º) será capitalizada por deliberação 
da assembléia-geral ordinária que aprovar o balanço. 
§ 1º Na companhia aberta, a capitalização prevista neste artigo será 
feita sem modificação do número de ações emitidas e com aumento do 
valor nominal das ações, se for o caso. 
§ 2º A companhia poderá deixar de capitalizar o saldo da reserva 
correspondente às frações de centavo do valor nominal das ações, ou, 
se não tiverem valor nominal, à fração inferior a 1% (um por cento) do 
capital social. 
§ 3º Se a companhia tiver ações com e sem valor nominal, a correção 
do capital correspondente às ações com valor nominal será feita 
separadamente, sendo a reserva resultante capitalizada em benefício 
dessas ações. 
Saiba mais 
Leia e entenda um pouco mais sobre o ágio na operação das empresas: 
<https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_agio_-
_anderson.pdf>. 
Com base nessa leitura e no CPC 15, descubra quais foram as principais 
alterações do ágio após as regras previstas neste CPC, em comparação com as 
regras domésticas previstas antes das normas internacionais de contabilidade. 
NA PRÁTICA 
 Resolva a questão a seguir. A resposta e o comentário estão ao final deste 
documento. 
(Contábeis MPE AP FCC 2012): Os custos de capitação de recursos (aumento 
de capital com emissão de ações) efetivamente realizada, como gastos com 
advogados, contratação de agente financeiro e outros, realizados para a 
captação de recursos por meio de emissão de títulos e valores mobiliários, 
devem ser registrados na conta. 
a. de despesa do exercício em que ocorrer a capitalização. 
b. redutora do capital social no patrimônio líquido. 
c. de reserva de capital no patrimônio líquido. 
d. redutora de investimento para o qual o recurso for capitado. 
e. de despesa do ano em que o gasto for realizado. 
Fonte: Adriano, 2018, p. 504. 
 
 
 
16 
FINALIZANDO 
Nesta aula estudamos parte das contas existentes no grupo do patrimônio 
líquido de uma entidade, que pode muitas vezes passar despercebido pelos 
gestores, mas que se trata de uma importante informação na tomada de 
decisões para o negócio. 
 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
ADRIANO, S. Manual dos pronunciamentos contábeis comentados. São 
Paulo: Atlas, 2018. 
ALMEIDA, M. C. Curso de contabilidade avançada em IFRS e CPC. São 
Paulo: Altas, 2014. 
ANDRADE FILHO, E. O. Imposto de renda das empresas. 12. ed. São Paulo: 
Atlas, 2016. 
BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 11 jan. 2002. 
_____. Lei n. 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 17 dez. 1976. 
_____. Decreto n. 3.000, de 26 de março de 1999. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 29 mar. 1999. 
BRASIL. Comissão de Valores Imobiliários. Instrução CVM 567. Diário Oficial 
da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 18 set. 2015. Disponível em: 
<http://www.cvm.gov.br/legislacao/instrucoes/inst567.html>. Acesso em: 4 jun. 
2018. 
BORINELLI, M. L.; PIMENTEL, R. C. Contabilidade para gestores, analistas 
e outros profissionais. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC 00 (R1) – Estrutura 
conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. 15 dez. 
2011. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=80>. Acesso em: 4 jun. 2018. 
ENTENDA a diferença entre ações preferenciais e ordinárias. O Globo, 13 nov. 
2006. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/economia/entenda-diferenca-
entre-acoes-preferenciais-ordinarias-4549107#ixzz5BIW85Veistest>. Acesso 
em: 4 jun. 2018. 
FERRARI, E. L. Contabilidade geral: teoria e mais de 1000 questões. 12. ed. 
rev. Rio de Janeiro: Impetrus, 2012. 
GELBCKE, E. R. et al. Manual de contabilidade societária. 3. ed. São Paulo: 
Atlas, 2018. 
 
 
18 
IUDICIBUS, S. de. Teoria da contabilidade. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 
IUDICIBUS, S. de; MARION, J. C. Contabilidade comercial. 10. ed. São Paulo: 
Atlas, 2016. 
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2013. 
VICECONTI, P.; NEVES, S. das. Contabilidade avançada e análise das 
demonstrações financeiras. 17. ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2013.19 
RESPOSTA 
Gabarito: b. redutora do capital social no patrimônio líquido. 
Comentário 
Os gastos com emissão de ações representam as despesas relativas com 
advogados, instituições financeiras, auditores, publicidade etc. necessárias para 
a emissão de ações. Antes da Lei no 11.638/07, as despesas decorrentes da 
emissão de novas ações eram lançadas diretamente no resultado do exercício, 
impactando-o. 
Agora, essas despesas são lançadas em uma conta chamada gastos com 
emissão de ações, sendo compensada depois como contrapartida de uma 
reserva de capital ou redução do capital social. 
Quando não houver sucesso na operação de captação das ações, os 
gastos com emissão de ações são lançados como perdas no referido exercício. 
O objetivo da mudança foi a proteção do atual acionista, pois os mesmos 
eram prejudicados pela decisão da empresa em se capitalizar. 
Antes, como as despesas decorrentes da emissão de novas ações eram 
lançadas diretamente no resultado, as mesmas diminuíam o resultado do 
exercício, e, com a redução do resultado, os acionistas atuais da empresa 
passavam a receber menos dividendos. Com a mudança decorrente da Lei no 
11.638/07, os atuais acionistas não são mais prejudicados com as operações de 
capitalização da empresa (Adriano, 2018, p. 504).

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